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Evento
Minas Láctea
Profissionalização do setor
impulsiona evento
Além da 41ª Expomaq, o público pode conferir o
Lac’ Ideia, circuito de palestras, a 40ª Exposição
de Produtos Lácteos e o 2º Fino Paladar,
além das inovações em equipamentos e
ingredientes para o setor lácteo.
Evento
Na edição de 2013, um público visitante
de 14 mil pessoas conferiu as novidades trazidas ao mercado por 130 expositores. Considerado sucesso pelos organizadores, o Minas
Láctea ganha a cada ano mais impulso com
a busca por profissionalização do setor de
laticínios. Neste ano, entre negócios gerados
e prospectados, a organização estimou giro
de R$ 200 milhões nos dias 15, 16 e 17 de
julho, quando o Minas Láctea aconteceu no
Expominas, em Juiz de Fora (MG).
Além da 41ª Expomaq (Exposição de
Máquinas, Equipamentos, Embalagens e
Insumos para a Indústria Laticinista), o
Minas Láctea contou com o Lac’ideia, circuito de palestras, que teve como objetivo
a difusão de tecnologia sobre insumos,
equipamentos e técnicas para produção
de lácteos e será realizado de forma bienal
e alternada com as palestras científicas
promovidas pelo ILCT (Instituto de Laticínios Cândido Tostes).
O 2º Fino Paladar, espaço para degustação de produtos que utilizam tecnologias
em implementos, embalagens e insumos
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desenvolvidos pelas empresas expositoras também fez parte do Minas Láctea e o
público pode esclarecer dúvidas sobre as
características dos produtos disponibilizados nessa área da exposição.
Os tradicionais eventos, a Expolac (40ª
Exposição de Produtos Lácteos) e o 40º Concurso Nacional de Produtos Lácteos, mostraram aos visitantes as inovações trazidas
ao mercado pelos laticínios brasileiros.
Expomaq
Na área de equipamentos, o público
pode conhecer novas tecnologias que
estão chegando ao Brasil. “O equipamento que faz a salga do queijo em cascata,
trazido por uma indústria argentina, e as
linhas de automação para produção de
queijo fresco em menor escala, apresentado por uma empresa francesa, permitem
que o pequeno produtor acelere a fabricação, reduza a mão de obra e aprimore
as condições de higiene”, exemplifica o
professor de projetos, instalações e equipamentos do ILCT, Pedro Henrique Baptista de Oliveira.
Entretanto, muitos equipamentos antes
importados, hoje já são 100% fabricados
no Brasil. “Os produtores estão enfrentando dificuldade com mão de obra e precisam ampliar produtividade para permanecer no mercado, por isso, o setor está
em franca mecanização”, explica Mairon
Mesquita, coordenador do Minas Láctea.
Entre os fornecedores que trouxeram
tecnologia do exterior está a Globoinox,
que abriu nova empresa, a Globotecnical,
fruto de joint venture com a espanhola Tecnical. Com a parceria, a companhia fornece
instalação de plantas e equipamentos para
queijos prensados, inclusive, já está finalizando implantação no Paraná.
Os componentes dos equipamentos da
Globotecnical são produzidos na Espanha
e fabricados no Brasil.
A Comat é outra empresa do exterior que acaba de se instalar no Brasil. A
companhia já tinha clientes no país e as
novas necessidades de laticínios brasileiros contribuíram para a abertura da filial.
Os componentes são produzidos na Itália
e engenheiros e técnicos da empresa finalizam a montagem no Brasil.
Entre as máquinas automatizadas da
Comat do Brasil estão tanques maturadores de coalhada em palco, máquina de filar
contínua com ferramentas de filagem, moldadeira com sistema de pré-endurecimento,
grupo de drenagem maturação da coalhada,
moldadeiras, tanque maturador de coalhada, linha de endurecimento, linha de salmoura, linha de endurecimento e salmoura.
Rocco Tanga, da área comercial da
empresa, afirma: “começamos bem, pois já
fechamos dois grandes negócios para instalação de linhas completas automatizadas em duas empresas, a Lacto, do Paraná
e Laticínios Porto Alegre (RS)”.
Tito Pegorini, consultor italiano para laticínios, que atua no Brasil há alguns anos,
sabe das carências nas indústrias nacionais
e levou para a Expomaq produtos de empresas europeias para o setor de queijos.
Entre as empresas apresentadas pelo
consultor está a Milklab e sua filadora a
vapor. Pegorini explica que: “no Brasil, o
produtor de mussarela tem lucro baixo e
seu custo tem aumentado muito ultimamente. A Milk-lab traz equipamento com
tecnologia a vapor para mussarela ou requeijão, que pode receber vapor direto ou
indireto, possibilitando padronização do
processo. O equipamento é adequado para
médios e grandes fabricantes, que têm
retorno rápido do investimento”.
Pela Agrogest, Pegorini mostrou a
grande ideia de um pequeno fabricante
italiano. Trata-se de prateleiras para queijos que necessitam cura. Atualmente, no
Brasil, ainda são utilizadas prateleiras de
madeira. O parmesão, por exemplo, necessita grande quantidade de anti-mofo. As
prateleiras de polipropileno da Agrogest
evitam mofo, são laváveis e podem ser
movidas por empilhadeiras e apenas um
operador faz a manipulação.
Outra empresa representada na feira
pelo consultor italiano foi a Tecnal, que
disponibiliza equipamentos automatizados para queijos moles para grandes
laticínios e linhas de 5 mil a 30 mil litros/
hora. Possui ainda linha manual com
pequenas cubas para produção de 15 a
20 mil litros/dia. A vantagem dos equipamentos está em proporcionar maior
rendimento e queijo mais padronizado. As
linhas são flexíveis, permitindo produzir
vários tipos de queijos moles, inclusive, os
de cabra e gourmets.
Entre as empresas brasileiras, a Bellinox chamou atenção na Expomaq, com
sua drenoprensa automática para prensagem e corte de queijos Prato e Mussarela.
O equipamento é operado por apenas um
funcionário e a entrega técnica é realizada
com treinamento de operador. Projetado e fabricado pela Bellinox, a máquina
é adequada para laticínios que processam a partir de 30 mil litros de leite. O
diferencial do equipamento é o sistema
de cremalheira que elimina ruído, além
de maior durabilidade e dos rolamentos
por serem também de aço inox. Alexandre Bonfanti, sócio-gerente da empresa,
ressalta: “com a atual falta de qualificação e custo de mão de obra, a busca por
automação é significativa entre os laticínios e, consequentemente, o equipamento
chamou muita atenção dos visitantes”.
Há três anos, a Águia Inox leva novidades para a Expomaq. “Primeiro foi uma
Drenoprensa automática, que drena, prensa a massa e depois corta, em seguida, foi
uma modadeira carrossel, na qual o queijo
já sai enformado. Este ano, trouxemos
uma drenoprensa menor e vertical que
economiza espaço e já derrama a massa
na forma. Isso é muito importante porque
diminui demais o risco de contaminação
do queijo”, explica Luiz Gonzaga Junior,
engenheiro de produtos e vendas da Águia
Inox. “Sempre fazemos bons negócios aqui,
porque o movimento é grande. É uma oportunidade para o cliente ver a máquina e
entender o processo”, completa.
A Separatori apresentou uma padronizadora que clarifica e retira a nata tanto
quanto o produto demandar. “É a primeira
padronizadora de leite 100% nacional”, comemora Marcos Francisco, diretor industrial da empresa. O diretor da empresa
afirma que: “esta feira sinaliza as vendas
para o ano todo. Um cliente traz o outro e
aqui damos desconto. Esperamos aumentar as vendas este ano em 25%”.
A Padroniza mostrou pela primeira vez
sua máquina que “retira da salmoura a
bactéria e a proteína, da qual a bactéria se
alimenta, explica Milton Francisco dos Santos, diretor comercial da Padroniza. Santos
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Evento
parência e está disponível com opção para
várias cores. Conta também com diversidade
nas especificações de barreira de oxigênio.
No evento, a empresa apresentou suas
linhas de embalagens metalizadas e personalizadas, além de sua linha de máquinas para embalagem a vácuo.
embalagens impressas. Ainda tivemos a
satisfação de embalar a maioria dos queijos premiados no Concurso Nacional de
Produtos Lácteos”, comemora Botega.
Entre os produtos que a Protervac levou
para a mostra, está a linha Enco-Bag, termo
encolhível, que traz como diferencial e
inovação, a possibilidade de maior shelf life
para os produtos, que pode chegar a 90 dias.
A nova embalagem tem ainda mais trans-
Algumas empresas fizeram sua estreia na Expomaq. Foi o caso da Akso e
seu diretor técnico, o engenheiro Marcelo
Carraro afirma que esta primeira participação superou as expectativas. “O evento permitiu conhecer melhor o setor de
laticínios, proporcionando aproximação
com diversos clientes e também a geração
de negócios na feira e após a exposição”,
enfatiza Carraro.
AGUIA INOX
prefere não revelar o preço, mas afirmou que
“o custo é baixo pelo que a máquina faz”.
Vista como uma feira bem focada e
com público interessado em negócios,
Marcos Botega, gerente de produtos da
Protervac, avaliou a Expomaq: “durante o
evento fechamos cerca de 19 contratos em
venda de máquinas e 10, no segmento de
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PADRONIZA
No evento, a empresa destacou o Master Mini,
um equipamento compacto e com excelente relação custo x benefício. Para os mais variados tipos
de leite, realiza análises de gordura, extrato seco
desengordurado, densidade, proteína, lactose,
sólidos, água adicionada, ponto de congelamento
e temperatura. Possui saída serial RS232, adaptador veicular de 12V para medições em campo e
sistema de limpeza automatizado.
Mostrando tecnologia brasileira para a área
de tratamento de fluidos em bombas para leite,
sucos, iogurtes, requeijão, doces e outros alimentos, a Tetralon apresentou suas novas tecnologias
que possibilitam operação com maior eficiência,
diminuindo perdas e minimizando manutenção.
A empresa disponibiliza bombas especiais para
cada tipo de aplicação e possui poucos concorrentes. Segundo Ricardo Fernandes, diretor da
Tetralon, muitas indústrias já enxergam os diferenciais das bombas da empresa e valorizam sua
tecnologia, que evita parar a linha de produção e
possui bombas com sistema CIP. Entre os fabricantes que adotaram os produtos da Tetralon,
estão JBS e BRF.
Entre as grandes fornecedoras do setor de
leite, a Tetra Pak apresentou o One Stop Shop, que
se trata de um shopping de pós-venda da companhia, com atendimento 24 horas e em todos dos
dias da semana. Nele, o cliente encontra tudo
que necessita para as linhas de envase, de processo e distribuição funcionarem perfeitamente.
Durante a Expomaq, a Tetra Pak lançou novos
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Evento
produtos para complementar o portfólio
do One Stop Shop, como kits para peças de
reposição para manutenções semanais e a
nova cola hot-melt para canudos. “Os lançamentos visam aumentar ainda mais a
segurança alimentar, otimizar os custos e
incrementar a produtividade das linhas de
produção”, complementa Eduardo Eisler,
vice-presidente de Estratégia de Negócios
América Central e Sul.
A área de processamento apresentou no
stand uma estação com cinco categorias de
atuação da empresa: lácteos, queijos, bebidas, alimentos preparados e sorvetes.
Pedro Rodrigues, diretor de marketing e
categorias da Divisão Sistemas de Processamento da Tetra Pak, ressaltou também
outros aspectos considerados fundamentais para a empresa. “Voltamos a falar de
rastreabilidade, mas com foco em controle automático de planta. A automação
implica em redução de custos e a Tetra
Pak propõe controle do processo, que
permite otimizar o tempo de utilização da
planta”, afirma Rodrigues. Os operadores
vão ganhar mais o perfil de terem foco
em performance e não em equipamento.
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Trata-se do sistema Tetra Plant Master, que
incorpora vários sistemas com o objetivo
de otimizar a produção. Os processos serão executados sempre da mesma forma,
não dependendo de humor e outros fatores externos.
Outro conceito destacado foi o “Caixa no Chão”, que consiste em ampliar
a integração do processo produtivo das
indústrias e aumentar a produtividade,
podendo incrementar sem necessidade de
instalação de novos equipamentos em até
40% o volume mensal de “caixas no chão”
e, consequentemente, aumentar o lucro
das indústrias.
“Falamos com nossos clientes sobre todas as áreas até chegar às caixas no chão.
É um enfoque global, holístico”, complementa Rodrigues.
Qualidade do leite
Instrumentos com mais tecnologia para
análise do leite também foram mostrados
na Expomaq. A 3M levou para o evento
uma série de produtos que reduzem o tempo e trazem resultados mais precisos.
Entre os produtos apresentados pela
3M estava o MDS, solução para análise
de patógenos, como Salmonella E.coli 0157
e Listeria por meio de reagentes específicos e detecção molecular, que indicam
presença ou não de microrganismos em
aproximadamente 24 horas. Compacto,
simples no manuseio e robusto na solução, o MDS é portátil e adaptável a qualquer laboratório.
A empresa apresentou também o MLS
(Sistema de Luminescência Microbiana),
método rápido de monitoramento de esterilidade de produtos lácteos (UHT e produtos de shelf life estendido). O sistema pode
reduzir o tempo de liberação dos produtos
finais em comparação aos métodos tradicionais. Os resultados são detectados por
meio de presença de ATP (Adenosina Trifosfato) microbiano e expressos em RLU’s
(Unidades Relativas de Luz). Os níveis de
RLU’s indicam a liberação ou reprocesso
do produto final.
Marcelo Leonardo, business manager
da área de Food Safety da 3M Brasil, explica
que: “o leite é um de nossos principais focos na área de food safety e temos soluções
para as indústrias aumentarem produtividade. Há alguns anos, vem aumentando
muito a procura por métodos e sistemas
que contribuam para a melhoria da qualidade do leite. Ainda há muita diferença
entre o segmento de cárneos e do leite
na busca por qualidade, mas esse fato
pode ser atribuído à exportação maior dos
cárneos, que têm vencer barreira sanitária para chegarem a outros países. Já, os
lácteos não têm ainda esse tipo de pressão
por não ter exportação expressiva”.
Sobre o movimento da feira, Jaqueline
Zaramella, analista de marketing da Cap-Lab, ressaltou que: “apesar instável momento econômico que o mercado em geral
está passando, não nos sentimos desfavorecidos com relação aos anos anteriores.
Tivemos um bom movimento de clientes
que se mostroram muito interessados
em investir em novas tecnologias para
o controle de qualidade. Além de diversos outros que esperam a Expomaq para
finalizar compras maiores ou desenvolver
algum tipo de negociação”.
Neste ano, a Cap-Lab levou inúmeras
novidades para a feira, entre os destaques
dois novos aparelhos que vindos diretamente da Itália: o Minifoodlab, sistema
que permite quantificar a uréia em leite e
cloretos em queijo e o Foodlab, um analisador multiparâmetro para lácteo, como
ele é possível realizar análise em leite de
ácido L-Láticos, fosfatase alcalina, uréia,
peroxidase, lactose, , fructosil-lisina, peróxido de hidrogênio, cloretos e amônia em
leite e queijos.
No quesito segurança de alimentos, os
processos para limpeza desempenham papel fundamental e, nesse segmento, uma
das plataformas de atuação da Sealed Air
destacada na feira mostrou soluções para
as indústrias. Entre elas, novas tecnologias para desinfecção em indústrias
alimentícias, como a Divosan SHP, produto
formulado à base de peróxido de hidrogênio acelerado, que garante excelente
47
Evento
ação antimicrobiana para desinfecção de
ralos e superfícies. Com amplo espectro de
ação, é eficaz contra vírus, fungos, esporos e bactérias, incluindo Staphylococcus
aureus, Salmonella cholaeresuis, Pseudomonas
aeruginosa, Enterococcus hirae, Eschirichia coli
e Listeria monocytogenes.
A Sealed Air conta também com embalagens, a exemplo da linha Grip&Tear
da Cryovac, que possui sistema abre-fácil
e proporciona a mesma vida útil de uma
embalagem a vácuo convencional. A empresa disponibiliza ainda a Ulma Flow-VacR, um sistema inovador desenvolvido para
embalar carnes processadas e queijos.
Além de atender demandas em qualquer
formato, peso e tamanho com agilidade, a
embalagem ainda permite reduzir perdas
e custos com mão de obra.
Outra área de atuação da empresa
oferece produtos e tecnologias para o
uso consciente da água nas indústrias. A
plataforma de sustentabilidade da Sealed
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Air incorpora serviços que verificam onde
e como é possível reduzir o uso da água,
orientando seu uso racional de água, assim
como de energia. Os serviços englobam
reutilização de água de processo, tecnologia e inovações sustentáveis, dimensionamento hídrico ideal para a planta industrial e os serviços são customizados.
Ingredientes
As empresas fornecedoras de ingredientes para lácteos destacaram-se ao
levar inovações para o evento. Murilo
Pires da Globalfood ressaltou que há um
movimento grande em relação à fortificação de alimentos com proteína. O iogurte
grego é um exemplo e a categoria chegou
para ficar no mercado. No rastro desse
produto vêm outros, como os fermentados
com maior teor de proteína, que possuem
vários aminoácidos, ajuda a aumentar a
saciedade e contribui na redução de peso.
Pires afirma que: “é um produto funcional
e a proteína e é a bola da vez mundialmente. O iogurte grego pegou esse vácuo,
trazendo também sabor e textura”.
Existe um grande mercado a ser explorado no Brasil e nos demais países do
BRICs com produtos que tenham apelo
funcional e nutricionais e, segundo Pires,
a Globalfood estruturou-se para ser rápida
em apresentar soluções que permitem às
indústrias levarem novos produtos em
linha com as tendências de mercado.
Nesta edição da Expomaq, a Ashland
voltou à carga dos queijos processados. A
empresa desenvolveu produto que ainda
não existia no Brasil, o queijo análogo, que
tem as mesmas características do queijo,
grande quantidade de amido e permite
utilização de aroma. É possível produzir
um Cheddar com custo de 20% a 30% inferior ao tradicional.
O produto é ideal para cadeias de
fastfood. “Nosso foco é o mercado institucional, que consome grande volume
de análogo. Com o alto preço do leite e o
reflexo na produção de queijos, o análogo
é alternativa adequada para o mercado
institucional reduzir os custos. Trabalhamos muito na qualidade dessa solução,
que pode ser aplicada em tipos de queijos
para fatiar, cremoso e em bloco para ralar
como substituto do parmesão”, afirma
Antonio Carlos Ferreira, da Ashland.
Em sua primeira participação na Expomaq, a Saporiti apresentou seus produtos destinados à substituição de cacau,
aromas e ingredientes. Entre as soluções
estão: aromas para iogurtes e para cream cheese de cebola e para sobremesas
lácteas. A empresa oferece ingredientes
naturais e artificiais. A maior parte dos
clientes da Saporiti são médios e pequenos fabricantes.
Fernando Baglioli Lickfeldt, da área
de marketing da empresa, afirma que:
“é nossa primeira vez na feira e, como
ficamos no pavilhão anexo, onde a grande
parte dos expositores era do segmento de
máquinas, a visitação não foi como esperávamos”.
“O mercado de produtos lácteos está
em amplo crescimento no Brasil e é considerado estratégico pela Ingredion”, analisa
o gerente de negócios do segmento de
lácteos da empresa, Emerson Diniz. “Mais
uma vez participamos da feira com novas
soluções industriais para o segmento de
laticínios, fruto de intenso investimento
em tecnologia e inovação.”
Uma das novidades apresentada pela
empresa no evento tem como foco o mercado de requeijões. A solução permite a
fabricação de um produto mais saudável,
com taxa zero de gordura e menos calorias, mas sem perder a cremosidade que
o distingue. A solução une características
saudáveis e também sabor e cremosidade.
Um ótimo custo-benefício para o fabricante, que poderá ofertar produtos alinhados
ao gosto do consumidor.
A Ingredion trouxe ainda novas fórmulas para a indústria de iogurtes. Uma das
sensações do mercado, o iogurte grego foi
bem aceito pelo consumidor, mas ainda
enfrenta resistência de quem busca produtos com baixo teor calórico e de gordura. “Levando em conta esse anseio do consumidor, desenvolvemos um iogurte grego
com alto teor de fibras e menos calorias,
mas sem perder a textura diferenciada do
produto”, destaca Diniz.
Também foram apresentadas soluções
de iogurte com substituto de gelatina para
produtos mais cremosos e com textura
aveludada, além de uma linha de queijos
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Evento
processados com características de fatiabilidade e derretimento ideais para produção de pizzas e aplicações semelhantes.
Em linha com a tendência de saudabilidade, a Tovani Benzaquen levou para a
Expomaq, a Sucralose da marca Splenda,
que permite redução de açúcar e de baixo
custo. Outra solução distribuída pela empresa possibilita a redução de sal em queijos e requeijão. Trata-se de fibra probiótica
extraída da chicória. A Tovani apresentou
também o fosfato de cálcio da Innophos,
que substitui o fosfato de sódio.
Ainda na linha de substituição dos atuais
vilões da alimentação, a Hexus apresentou
produtos que substituem açúcar e gordura. A
empresa possui sistemas para bebidas lácteas, iogurtes, requeijão, doce de leite.
A Hexus possui o SSI (Soluções Saudáveis Integradas), originários de fontes naturais e têm como base gomas hidrocolóides e são ideiais para produtos premium.
Tradicional fornecedora de ingredientes para alimentos, a BKG Adicom, que
passou a ser ICL, trouxe solução inusitada
para redução de sódio – o Saloma, que
substitui 40% de sal e 30% de sódio. O ingrediente é natural, vem de Israel, do Mar
Morto e tem como vantagem não alterar o
shelf life dos produtos.
“O lançamento antes da feira demonstrou que foi muito bem recebido porque
mantém a atividade da água nos níveis do
sal”, esclarece Katarina Wagner, da ICL.
A Gemacom Tech divulgou na feira a
inauguração de seu CIT (Centro de Inovação Tecnológia), que comportará uma
planta piloto de UHT e será e voltado para
as áreas de lácteos e panificação. A empresa ainda investe em pesquisas e está
desenvolvendo proteínas lácteas, que tem
como alternativa de aplicação os iogurtes
gregos light com zero gordura.
A Gemacom Tech desenvolveu também
iogurte grego em pastilhas, que foi exposto como inovação na Expolac.
Com a visão da importância da Expomaq para o setor lácteo, Lucio Alberto Forti
Antunes, gerente da divisão de laticínios da
Chr. Hansen, ressalta: “é um evento em que
as empresas do setor apresentam ao mercado o que há de mais inovador. É um ponto
de encontro de profissionais da área de
lácteos e local onde temos certeza que está
o público que nos interessa ter contato”.
Durante a feira deste ano, a Chr.Hansen destacou o Chy-MaxTM para a categoria de queijos, lançado há três anos e já é
sucesso. Recentemente, a empresa lançou
a versão pó do produto para atender as
mais diversas necessidades das indústrias.
Ainda para aplicação em queijos, a Chr.
Hansen destacou as culturas RSF para
produção de queijo Prato e as culturas
STI para Mussarela. “Oferecer aos consu-
50
midores um queijo Prato com mais sabor
e Mussarela com ótima fatiabilidade são
detalhes de excelência e diferencia os
produtos de nossos clientes no mercado”,
complementa Antunes.
Com corantes naturais em seu porfólio,
a diretora Helo Blanco, da Doce Aroma, observou que a demanda por esse ingrediente tem aumentado até em segmentos da
alimentação em que se usavam artificiais.
Durante a Expomaq, a Doce Aroma levou
carmim de cochonilha, clorofila para queijos e cúrcuma para aplicação em iogurtes.
A Clariant mostrou no evento seus sistemas para produção de queijos processados com teores de proteína de 0 a 18, que
atribui à Mussarela, por exemplo, maior
fatiabilidade, aos espalháveis mais espalhabilidade. Os sistemas simplificam o
processo de produção, pois com a mesma
solução utiliza em dois tipos de queijos.
A empresa possui também solução que
possibilita produção de iogurte grego com
menor teor de gordura e possibilita utilizar
clain probiótico com apelo rico em fibras.
A DuPont, por meio da sua unidade de
negócios de Nutrição & Saúde, e a Fermentech, distribuidora de produtos DuPont™
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Expomaq Gotas de iogurte grego 2º lugar Destaque Especial
Canestrado 3º lugar Destaque EspEcial
A Lenda 1º lugar Destaque Especial
DUPONT
Evento
Danisco®, e destacou na Expomaq as
soluções em achocolatados, iogurte grego e
queijos, oferecendo, melhor rendimento e
valor agregado para a indústria de lácteos.
Entre os conceitos apresentados na feira, estão: creme de leite com baixa concentração de gordura e que oferece as mesmas
propriedades de cobertura e cremosidade
dos produtos tradicionais, além de economia e maior rendimento, graças ao sistema estabilizante Grindsted® WPB. Para
o segmento de achocolatados, a empresa
apresenta um leite achocolatado com estabilizante Recodan®, baixo teor de açúcar e
enriquecido com cálcio e em vitamina K2,
contribuindo para a saúde óssea dos con-
52
sumidores. Já para o mercado de iogurtes,
a DuPont apresentou um conceito produzido com sistema estabilizante Grindsted®
SBB, culturas Yo-Mix™, pectina Grindsted®
e culturas protetoras Holdbac™. O iogurte
é cremoso, rico em proteínas, com baixo
teor de gordura e sem conservantes.
Destaque também para as soluções durante o processo de fabricação de Mussarela:
as culturas Choozit™ Swift e a linha Choozit™ Star 20 para o controle isofuncional e
bacteriofágico com fermentos liofilizados.
Durante o evento, Arnaldo Siguemoto,
diretor de Vendas para a DuPont Nutrição
& Saúde Brasil, Bolívia e Paraguai esclareceu que: “através da aquisição da Danisco
foi complementado o portfólio na área
de alimentos da empresa, que já contava
com as marcas Bunge e Solae”. A Dupont
atua com base no tripé: alimentação,
energia e segurança. Com a Danisco é possível servir também a indústria de alimentos na entrega de valor e o diretor aponta
que: “já temos produtos para processos e
textura para queijos e novos investimentos ainda estão alinhados com os projetos
da Danisco, que devem englobar conceitos
de nutrição e saudabilidade. Existe demanda por alimentação mais saudável e
possibilidades de explorar funcionalidade.
Além de nutrir melhor, a Dupont tem em
sua cultura, a inovação e seguirá investindo nisso para crescer”.
O Brasil, atualmente, é um dos mercados chaves para a empresa e ocupa a terceira posição de faturamento da Dupont.
substituídas por tabelas e figuras. A
linguagem, apesar da alta complexidade
de algumas etapas, foram colocadas na
forma mais didática possível. O livro foi
doado para a Caixa Escolar do ILCT e para
adquirir, os interessados podem entrar em
contato com a escola.
Miniusina
Idealizada pelo Instituto de Laticínios
Cândido Tostes, pela primeira vez uma
miniusina foi montada nas dependências
do Minas Láctea. No local, o público pode
conferir a reprodução do funcionamento
de uma indústria de lácteos, desde a análise da matéria-prima até a distribuição do
produto. Ao final, os visitantes degustam
os produtos e recebem informações sobre
como produzir, quais os equipamentos
necessários, a importância da higiene na
produção e na qualidade dos alimentos.
O evento de Juiz de Fora teve como
Lançamento de livro
atração, os vencedores do 40º Concurso
No stand da DuPont, aconteceu ainda
o lançamento do livro “Queijos Especiais”, Nacional de Produtos Lácteos, disputado
obra de Mucio Furtado, gerente técnico da por 54 indústrias de oito estados do Brasil.
Foram premiados os três primeiros lugares
DuPont América Latina. O autor explica
que: “meus livros anteriores foram dedica- das categorias Queijo Prato, Queijo Gouda,
Queijo Provolone, Queijo Parmesão, Queijo
dos a queijos industriais com maior voluReino, Queijo Minas padrão, Requeijão
me de produção. Nesta nova obra, abordo
Cremoso, Doce de Leite Pastoso, Queijo
queijos que agregam valor destinados a
nichos de mercado de produtos premium”. tipo Gorgonzola, Manteiga de primeira
qualidade e os três melhores produtos
Furtado destaca no livro, as propriedades
inovadores como ‘Destaque Especial’.
dos queijos “estrangeiros” e pouco conhecidos, como Raclette Suíço, o Stilton Britânico, (Veja com lista de vencedores)
Taleggio Italiano ou o Reblochon Francês, além
Epamig
dos mais difundidos como Camembert, Brie,
À frente da Epamig, Marcelo Lana, preGorgonzola e Cheddar. A obra apresenta
sidente da entidade, considerou que o suas características de cada produto, com
cesso do Minas Láctea deve-se ao público
detalhes da fabricação, possíveis defeitos
segmentado, interessado exclusivamente
e métodos para prevenção.
em realizar negócios. “Nesse sentido, a EpaO livro foi patrocinado pela DuPont e
mig tem contribuído com a profissionalizaeditado pela Setembro Editora, a mesma
ção crescente do mercado”, destacou Lana.
responsável pela publicação da Revista
Durante o evento, o presidente da
Indústria de Laticínios. A obra será distribuída para empresas e o valor arrecadado Epamig destacou também que a entidade
deve priorizar pesquisas e inovações. Para
será revertido para o fundo de bolsas de
isso, já existem metas a serem cumpriestudo de alunos carentes do ILCT.
das para atingir os objetivos. “No setor
Ainda durante a Expomaq foi lançado
de lácteos, por exemplo, será verificado
o livro “Queijos – Aspectos Técnicos”, de
o que a sociedade espera do ILCT e como
João Pedro de M.Lourenço Neto (Joca). “O
transferir o conhecimento para o proobjetivo foi fazer um livro sobre tecnolodutor. Estamos trabalhando em parceria
gia de fabricação e tem abordagem sobre
com a Embrapa Polo do Leite e os grandes
composição de matéria-prima e tecnodesafios para o setor são: diminuir custos,
logias específicas. A ideia foi focar nos
melhorar automação, otimizar a produção
constituintes do leite e como preparà-lo
em toda cadeia e sustentabilidade”.
para fabricação e fazer o detalhamento
Em tempos em que pesquisa e inovade fases importantes de diversos tipos
ção são pontos cruciais para o crescimende queijos. A preocupação foi ser o mais
to do Brasil, o Minas Láctea cumpriu sua
prático e objetivo possível”, informa Joca,
missão de apresentar ao setor laticinista
como o autor é mais conhecido no setor.
soluções para evoluir e imprimir mais
A obra é direcionada a laticinistas e
qualidade à sua produção. Agora, é torcer
iniciantes porque reduz todas as etapas
para que a economia brasileira permita
de fabricação. Com o objetivo de faciliao setor ocupar novos espaços e que o
tar o entendimento, sempre que possível,
mercado continue a crescer.
as longas exposições por escrito foram
53
Evento
40º CONCURSO NACIONAL DE PRODUTOS LÁCTEOS
MANTEIGA
Empresa
Marca
Cidade
Estado
1º
Cooperativa Mista dos Produtores de Leite de
Morrinhos
Complem
Morrinhos
GO
2º
Usina de Beneficiamento Paiolzinho
Laticínios Paiolzinho
Cruzília
MG
3º
Usina de Beneficiamento Cooperativa
Regional de Produtores Rurais de Sete Lagoas
Sete
Sete Lagoas
MG
PROVOLONE
Empresa
Marca
Cidade
Estado
1º
Ind. De Laticínios 2 irmãos Ltda
Queijos Lucca
Luminárias
MG
2º
Laticínios Tirolez
TIROLEZ
Tiros
MG
3º
Laticínios PJ
Laticínios PJ
Ingaí
MG
REINO
54
Empresa
Marca
Cidade
Estado
1º
Laticínios Tirolez
TIROLEZ
Carmo do Paranaíba
MG
2º
José Geraldo Peixoto Ferreira
Rio do Peixe
Bom Jardim de Minas
MG
3º
Laticínios Curral de Minas
Laticínios Curral de Minas
Oliveira
MG
REQUEIJÃO
Empresa
Marca
Cidade
Estado
1º
Laticínios Tirolez
TIROLEZ
Monte Aprazível
SP
2º
Usina de Beneficiamento Cooperativa
Regional de Produtores Rurais de Sete Lagoas
Sete
Sete Lagoas
MG
3º
Laticínios Curral de Minas
Laticínios Curral de Minas
Oliveira
MG
PRATO
Empresa
Marca
Cidade
Estado
1º
Industria de Laticínios 2 irmãos
Queijos Lucca
Luminárias
MG
2º
Laticínios Noroeste
Da Vaca
João Pinheiro
MG
3º
Laticínios PJ
Laticínios PJ
Ingaí
MG
55
Evento
DOCE DE LEITE PASTOSO
Empresa
Marca
Cidade
Estado
1º
Fundação Arthur Bernardes
Laticinios Funarbe
Viçosa
MG
2º
Laticínios Gardingo Indústria e comérico
Laticínios Gardingo
São João do Oriente
MG
3º
Doces Mirahy
Doces Mirahy
Miraí
MG
GOUDA
Empresa
Marca
Cidade
Estado
1º
Ind. De Laticínios 2 irmãos
Queijos Lucca
Luminárias
MG
2º
Laticínios Vitória
Laticínios Vitória Ltda
São João del Rei
MG
3º
Usina de Beneficiamento Paiolzinho
Laticínios Paiolzinho
Cruzília
MG
PARMESÃO
56
Empresa
Marca
Cidade
Estado
1º
Frimesa Cooperativa Central
Frimesa
Marechal Cândido Rondon
PR
2º
Laticínios Tirolez
TIROLEZ
Arapuá
MG
3º
Laticínios Curral de Minas
Laticínios Curral de Minas
Oliveira
MG
GORGONZOLA
Empresa
Marca
Cidade
Estado
1º
Laticínios D annita
LATICINIOS D ANNITA LTDA
Lavras
MG
2º
Ind. De Laticínios 2 irmãos
Queijos Lucca
Luminárias
MG
3º
Laticínios Cruziliense
Queijos Cruzília
Cruzília
MG
MINAS PADRÃO
Empresa
Marca
Cidade
Estado
1º
Cooperativa Agropecuária do Vale do Paracatu
Coopervap
Paracatu
MG
2º
Laticínios Fazenda Real
Paladar de Minas
Presidente Bernardes
MG
3º
Laticínio Serra Dourada
Laticínio Serra Dourada
Extrema
MG
DESTAQUE ESPECIAL
Empresa
Produto
Cidade
Estado
1º
Laticínios Cruziliense
A Lenda: Feito a quatro mãos,
pelos mestres queijeiros vivos e
pelos que já se foram.
Cruzília
MG
2º
Laticínios Carolina
Gotas de iogurte grego
Ribeirão Claro
PR
Usina de Beneficiamento Paiolzinho
Queijo Canestrado: queijo do
período colonial, produzido
com 4,6 % de gordura com
fermento típico do norte da
Itália, sabor picante e maturado
em temperatura ambiente.
Cruzília
MG
3º
57
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