40 Evento Minas Láctea Profissionalização do setor impulsiona evento Além da 41ª Expomaq, o público pode conferir o Lac’ Ideia, circuito de palestras, a 40ª Exposição de Produtos Lácteos e o 2º Fino Paladar, além das inovações em equipamentos e ingredientes para o setor lácteo. Evento Na edição de 2013, um público visitante de 14 mil pessoas conferiu as novidades trazidas ao mercado por 130 expositores. Considerado sucesso pelos organizadores, o Minas Láctea ganha a cada ano mais impulso com a busca por profissionalização do setor de laticínios. Neste ano, entre negócios gerados e prospectados, a organização estimou giro de R$ 200 milhões nos dias 15, 16 e 17 de julho, quando o Minas Láctea aconteceu no Expominas, em Juiz de Fora (MG). Além da 41ª Expomaq (Exposição de Máquinas, Equipamentos, Embalagens e Insumos para a Indústria Laticinista), o Minas Láctea contou com o Lac’ideia, circuito de palestras, que teve como objetivo a difusão de tecnologia sobre insumos, equipamentos e técnicas para produção de lácteos e será realizado de forma bienal e alternada com as palestras científicas promovidas pelo ILCT (Instituto de Laticínios Cândido Tostes). O 2º Fino Paladar, espaço para degustação de produtos que utilizam tecnologias em implementos, embalagens e insumos 42 desenvolvidos pelas empresas expositoras também fez parte do Minas Láctea e o público pode esclarecer dúvidas sobre as características dos produtos disponibilizados nessa área da exposição. Os tradicionais eventos, a Expolac (40ª Exposição de Produtos Lácteos) e o 40º Concurso Nacional de Produtos Lácteos, mostraram aos visitantes as inovações trazidas ao mercado pelos laticínios brasileiros. Expomaq Na área de equipamentos, o público pode conhecer novas tecnologias que estão chegando ao Brasil. “O equipamento que faz a salga do queijo em cascata, trazido por uma indústria argentina, e as linhas de automação para produção de queijo fresco em menor escala, apresentado por uma empresa francesa, permitem que o pequeno produtor acelere a fabricação, reduza a mão de obra e aprimore as condições de higiene”, exemplifica o professor de projetos, instalações e equipamentos do ILCT, Pedro Henrique Baptista de Oliveira. Entretanto, muitos equipamentos antes importados, hoje já são 100% fabricados no Brasil. “Os produtores estão enfrentando dificuldade com mão de obra e precisam ampliar produtividade para permanecer no mercado, por isso, o setor está em franca mecanização”, explica Mairon Mesquita, coordenador do Minas Láctea. Entre os fornecedores que trouxeram tecnologia do exterior está a Globoinox, que abriu nova empresa, a Globotecnical, fruto de joint venture com a espanhola Tecnical. Com a parceria, a companhia fornece instalação de plantas e equipamentos para queijos prensados, inclusive, já está finalizando implantação no Paraná. Os componentes dos equipamentos da Globotecnical são produzidos na Espanha e fabricados no Brasil. A Comat é outra empresa do exterior que acaba de se instalar no Brasil. A companhia já tinha clientes no país e as novas necessidades de laticínios brasileiros contribuíram para a abertura da filial. Os componentes são produzidos na Itália e engenheiros e técnicos da empresa finalizam a montagem no Brasil. Entre as máquinas automatizadas da Comat do Brasil estão tanques maturadores de coalhada em palco, máquina de filar contínua com ferramentas de filagem, moldadeira com sistema de pré-endurecimento, grupo de drenagem maturação da coalhada, moldadeiras, tanque maturador de coalhada, linha de endurecimento, linha de salmoura, linha de endurecimento e salmoura. Rocco Tanga, da área comercial da empresa, afirma: “começamos bem, pois já fechamos dois grandes negócios para instalação de linhas completas automatizadas em duas empresas, a Lacto, do Paraná e Laticínios Porto Alegre (RS)”. Tito Pegorini, consultor italiano para laticínios, que atua no Brasil há alguns anos, sabe das carências nas indústrias nacionais e levou para a Expomaq produtos de empresas europeias para o setor de queijos. Entre as empresas apresentadas pelo consultor está a Milklab e sua filadora a vapor. Pegorini explica que: “no Brasil, o produtor de mussarela tem lucro baixo e seu custo tem aumentado muito ultimamente. A Milk-lab traz equipamento com tecnologia a vapor para mussarela ou requeijão, que pode receber vapor direto ou indireto, possibilitando padronização do processo. O equipamento é adequado para médios e grandes fabricantes, que têm retorno rápido do investimento”. Pela Agrogest, Pegorini mostrou a grande ideia de um pequeno fabricante italiano. Trata-se de prateleiras para queijos que necessitam cura. Atualmente, no Brasil, ainda são utilizadas prateleiras de madeira. O parmesão, por exemplo, necessita grande quantidade de anti-mofo. As prateleiras de polipropileno da Agrogest evitam mofo, são laváveis e podem ser movidas por empilhadeiras e apenas um operador faz a manipulação. Outra empresa representada na feira pelo consultor italiano foi a Tecnal, que disponibiliza equipamentos automatizados para queijos moles para grandes laticínios e linhas de 5 mil a 30 mil litros/ hora. Possui ainda linha manual com pequenas cubas para produção de 15 a 20 mil litros/dia. A vantagem dos equipamentos está em proporcionar maior rendimento e queijo mais padronizado. As linhas são flexíveis, permitindo produzir vários tipos de queijos moles, inclusive, os de cabra e gourmets. Entre as empresas brasileiras, a Bellinox chamou atenção na Expomaq, com sua drenoprensa automática para prensagem e corte de queijos Prato e Mussarela. O equipamento é operado por apenas um funcionário e a entrega técnica é realizada com treinamento de operador. Projetado e fabricado pela Bellinox, a máquina é adequada para laticínios que processam a partir de 30 mil litros de leite. O diferencial do equipamento é o sistema de cremalheira que elimina ruído, além de maior durabilidade e dos rolamentos por serem também de aço inox. Alexandre Bonfanti, sócio-gerente da empresa, ressalta: “com a atual falta de qualificação e custo de mão de obra, a busca por automação é significativa entre os laticínios e, consequentemente, o equipamento chamou muita atenção dos visitantes”. Há três anos, a Águia Inox leva novidades para a Expomaq. “Primeiro foi uma Drenoprensa automática, que drena, prensa a massa e depois corta, em seguida, foi uma modadeira carrossel, na qual o queijo já sai enformado. Este ano, trouxemos uma drenoprensa menor e vertical que economiza espaço e já derrama a massa na forma. Isso é muito importante porque diminui demais o risco de contaminação do queijo”, explica Luiz Gonzaga Junior, engenheiro de produtos e vendas da Águia Inox. “Sempre fazemos bons negócios aqui, porque o movimento é grande. É uma oportunidade para o cliente ver a máquina e entender o processo”, completa. A Separatori apresentou uma padronizadora que clarifica e retira a nata tanto quanto o produto demandar. “É a primeira padronizadora de leite 100% nacional”, comemora Marcos Francisco, diretor industrial da empresa. O diretor da empresa afirma que: “esta feira sinaliza as vendas para o ano todo. Um cliente traz o outro e aqui damos desconto. Esperamos aumentar as vendas este ano em 25%”. A Padroniza mostrou pela primeira vez sua máquina que “retira da salmoura a bactéria e a proteína, da qual a bactéria se alimenta, explica Milton Francisco dos Santos, diretor comercial da Padroniza. Santos 43 Evento parência e está disponível com opção para várias cores. Conta também com diversidade nas especificações de barreira de oxigênio. No evento, a empresa apresentou suas linhas de embalagens metalizadas e personalizadas, além de sua linha de máquinas para embalagem a vácuo. embalagens impressas. Ainda tivemos a satisfação de embalar a maioria dos queijos premiados no Concurso Nacional de Produtos Lácteos”, comemora Botega. Entre os produtos que a Protervac levou para a mostra, está a linha Enco-Bag, termo encolhível, que traz como diferencial e inovação, a possibilidade de maior shelf life para os produtos, que pode chegar a 90 dias. A nova embalagem tem ainda mais trans- Algumas empresas fizeram sua estreia na Expomaq. Foi o caso da Akso e seu diretor técnico, o engenheiro Marcelo Carraro afirma que esta primeira participação superou as expectativas. “O evento permitiu conhecer melhor o setor de laticínios, proporcionando aproximação com diversos clientes e também a geração de negócios na feira e após a exposição”, enfatiza Carraro. AGUIA INOX prefere não revelar o preço, mas afirmou que “o custo é baixo pelo que a máquina faz”. Vista como uma feira bem focada e com público interessado em negócios, Marcos Botega, gerente de produtos da Protervac, avaliou a Expomaq: “durante o evento fechamos cerca de 19 contratos em venda de máquinas e 10, no segmento de 44 PADRONIZA No evento, a empresa destacou o Master Mini, um equipamento compacto e com excelente relação custo x benefício. Para os mais variados tipos de leite, realiza análises de gordura, extrato seco desengordurado, densidade, proteína, lactose, sólidos, água adicionada, ponto de congelamento e temperatura. Possui saída serial RS232, adaptador veicular de 12V para medições em campo e sistema de limpeza automatizado. Mostrando tecnologia brasileira para a área de tratamento de fluidos em bombas para leite, sucos, iogurtes, requeijão, doces e outros alimentos, a Tetralon apresentou suas novas tecnologias que possibilitam operação com maior eficiência, diminuindo perdas e minimizando manutenção. A empresa disponibiliza bombas especiais para cada tipo de aplicação e possui poucos concorrentes. Segundo Ricardo Fernandes, diretor da Tetralon, muitas indústrias já enxergam os diferenciais das bombas da empresa e valorizam sua tecnologia, que evita parar a linha de produção e possui bombas com sistema CIP. Entre os fabricantes que adotaram os produtos da Tetralon, estão JBS e BRF. Entre as grandes fornecedoras do setor de leite, a Tetra Pak apresentou o One Stop Shop, que se trata de um shopping de pós-venda da companhia, com atendimento 24 horas e em todos dos dias da semana. Nele, o cliente encontra tudo que necessita para as linhas de envase, de processo e distribuição funcionarem perfeitamente. Durante a Expomaq, a Tetra Pak lançou novos 45 Evento produtos para complementar o portfólio do One Stop Shop, como kits para peças de reposição para manutenções semanais e a nova cola hot-melt para canudos. “Os lançamentos visam aumentar ainda mais a segurança alimentar, otimizar os custos e incrementar a produtividade das linhas de produção”, complementa Eduardo Eisler, vice-presidente de Estratégia de Negócios América Central e Sul. A área de processamento apresentou no stand uma estação com cinco categorias de atuação da empresa: lácteos, queijos, bebidas, alimentos preparados e sorvetes. Pedro Rodrigues, diretor de marketing e categorias da Divisão Sistemas de Processamento da Tetra Pak, ressaltou também outros aspectos considerados fundamentais para a empresa. “Voltamos a falar de rastreabilidade, mas com foco em controle automático de planta. A automação implica em redução de custos e a Tetra Pak propõe controle do processo, que permite otimizar o tempo de utilização da planta”, afirma Rodrigues. Os operadores vão ganhar mais o perfil de terem foco em performance e não em equipamento. 46 Trata-se do sistema Tetra Plant Master, que incorpora vários sistemas com o objetivo de otimizar a produção. Os processos serão executados sempre da mesma forma, não dependendo de humor e outros fatores externos. Outro conceito destacado foi o “Caixa no Chão”, que consiste em ampliar a integração do processo produtivo das indústrias e aumentar a produtividade, podendo incrementar sem necessidade de instalação de novos equipamentos em até 40% o volume mensal de “caixas no chão” e, consequentemente, aumentar o lucro das indústrias. “Falamos com nossos clientes sobre todas as áreas até chegar às caixas no chão. É um enfoque global, holístico”, complementa Rodrigues. Qualidade do leite Instrumentos com mais tecnologia para análise do leite também foram mostrados na Expomaq. A 3M levou para o evento uma série de produtos que reduzem o tempo e trazem resultados mais precisos. Entre os produtos apresentados pela 3M estava o MDS, solução para análise de patógenos, como Salmonella E.coli 0157 e Listeria por meio de reagentes específicos e detecção molecular, que indicam presença ou não de microrganismos em aproximadamente 24 horas. Compacto, simples no manuseio e robusto na solução, o MDS é portátil e adaptável a qualquer laboratório. A empresa apresentou também o MLS (Sistema de Luminescência Microbiana), método rápido de monitoramento de esterilidade de produtos lácteos (UHT e produtos de shelf life estendido). O sistema pode reduzir o tempo de liberação dos produtos finais em comparação aos métodos tradicionais. Os resultados são detectados por meio de presença de ATP (Adenosina Trifosfato) microbiano e expressos em RLU’s (Unidades Relativas de Luz). Os níveis de RLU’s indicam a liberação ou reprocesso do produto final. Marcelo Leonardo, business manager da área de Food Safety da 3M Brasil, explica que: “o leite é um de nossos principais focos na área de food safety e temos soluções para as indústrias aumentarem produtividade. Há alguns anos, vem aumentando muito a procura por métodos e sistemas que contribuam para a melhoria da qualidade do leite. Ainda há muita diferença entre o segmento de cárneos e do leite na busca por qualidade, mas esse fato pode ser atribuído à exportação maior dos cárneos, que têm vencer barreira sanitária para chegarem a outros países. Já, os lácteos não têm ainda esse tipo de pressão por não ter exportação expressiva”. Sobre o movimento da feira, Jaqueline Zaramella, analista de marketing da Cap-Lab, ressaltou que: “apesar instável momento econômico que o mercado em geral está passando, não nos sentimos desfavorecidos com relação aos anos anteriores. Tivemos um bom movimento de clientes que se mostroram muito interessados em investir em novas tecnologias para o controle de qualidade. Além de diversos outros que esperam a Expomaq para finalizar compras maiores ou desenvolver algum tipo de negociação”. Neste ano, a Cap-Lab levou inúmeras novidades para a feira, entre os destaques dois novos aparelhos que vindos diretamente da Itália: o Minifoodlab, sistema que permite quantificar a uréia em leite e cloretos em queijo e o Foodlab, um analisador multiparâmetro para lácteo, como ele é possível realizar análise em leite de ácido L-Láticos, fosfatase alcalina, uréia, peroxidase, lactose, , fructosil-lisina, peróxido de hidrogênio, cloretos e amônia em leite e queijos. No quesito segurança de alimentos, os processos para limpeza desempenham papel fundamental e, nesse segmento, uma das plataformas de atuação da Sealed Air destacada na feira mostrou soluções para as indústrias. Entre elas, novas tecnologias para desinfecção em indústrias alimentícias, como a Divosan SHP, produto formulado à base de peróxido de hidrogênio acelerado, que garante excelente 47 Evento ação antimicrobiana para desinfecção de ralos e superfícies. Com amplo espectro de ação, é eficaz contra vírus, fungos, esporos e bactérias, incluindo Staphylococcus aureus, Salmonella cholaeresuis, Pseudomonas aeruginosa, Enterococcus hirae, Eschirichia coli e Listeria monocytogenes. A Sealed Air conta também com embalagens, a exemplo da linha Grip&Tear da Cryovac, que possui sistema abre-fácil e proporciona a mesma vida útil de uma embalagem a vácuo convencional. A empresa disponibiliza ainda a Ulma Flow-VacR, um sistema inovador desenvolvido para embalar carnes processadas e queijos. Além de atender demandas em qualquer formato, peso e tamanho com agilidade, a embalagem ainda permite reduzir perdas e custos com mão de obra. Outra área de atuação da empresa oferece produtos e tecnologias para o uso consciente da água nas indústrias. A plataforma de sustentabilidade da Sealed 48 Air incorpora serviços que verificam onde e como é possível reduzir o uso da água, orientando seu uso racional de água, assim como de energia. Os serviços englobam reutilização de água de processo, tecnologia e inovações sustentáveis, dimensionamento hídrico ideal para a planta industrial e os serviços são customizados. Ingredientes As empresas fornecedoras de ingredientes para lácteos destacaram-se ao levar inovações para o evento. Murilo Pires da Globalfood ressaltou que há um movimento grande em relação à fortificação de alimentos com proteína. O iogurte grego é um exemplo e a categoria chegou para ficar no mercado. No rastro desse produto vêm outros, como os fermentados com maior teor de proteína, que possuem vários aminoácidos, ajuda a aumentar a saciedade e contribui na redução de peso. Pires afirma que: “é um produto funcional e a proteína e é a bola da vez mundialmente. O iogurte grego pegou esse vácuo, trazendo também sabor e textura”. Existe um grande mercado a ser explorado no Brasil e nos demais países do BRICs com produtos que tenham apelo funcional e nutricionais e, segundo Pires, a Globalfood estruturou-se para ser rápida em apresentar soluções que permitem às indústrias levarem novos produtos em linha com as tendências de mercado. Nesta edição da Expomaq, a Ashland voltou à carga dos queijos processados. A empresa desenvolveu produto que ainda não existia no Brasil, o queijo análogo, que tem as mesmas características do queijo, grande quantidade de amido e permite utilização de aroma. É possível produzir um Cheddar com custo de 20% a 30% inferior ao tradicional. O produto é ideal para cadeias de fastfood. “Nosso foco é o mercado institucional, que consome grande volume de análogo. Com o alto preço do leite e o reflexo na produção de queijos, o análogo é alternativa adequada para o mercado institucional reduzir os custos. Trabalhamos muito na qualidade dessa solução, que pode ser aplicada em tipos de queijos para fatiar, cremoso e em bloco para ralar como substituto do parmesão”, afirma Antonio Carlos Ferreira, da Ashland. Em sua primeira participação na Expomaq, a Saporiti apresentou seus produtos destinados à substituição de cacau, aromas e ingredientes. Entre as soluções estão: aromas para iogurtes e para cream cheese de cebola e para sobremesas lácteas. A empresa oferece ingredientes naturais e artificiais. A maior parte dos clientes da Saporiti são médios e pequenos fabricantes. Fernando Baglioli Lickfeldt, da área de marketing da empresa, afirma que: “é nossa primeira vez na feira e, como ficamos no pavilhão anexo, onde a grande parte dos expositores era do segmento de máquinas, a visitação não foi como esperávamos”. “O mercado de produtos lácteos está em amplo crescimento no Brasil e é considerado estratégico pela Ingredion”, analisa o gerente de negócios do segmento de lácteos da empresa, Emerson Diniz. “Mais uma vez participamos da feira com novas soluções industriais para o segmento de laticínios, fruto de intenso investimento em tecnologia e inovação.” Uma das novidades apresentada pela empresa no evento tem como foco o mercado de requeijões. A solução permite a fabricação de um produto mais saudável, com taxa zero de gordura e menos calorias, mas sem perder a cremosidade que o distingue. A solução une características saudáveis e também sabor e cremosidade. Um ótimo custo-benefício para o fabricante, que poderá ofertar produtos alinhados ao gosto do consumidor. A Ingredion trouxe ainda novas fórmulas para a indústria de iogurtes. Uma das sensações do mercado, o iogurte grego foi bem aceito pelo consumidor, mas ainda enfrenta resistência de quem busca produtos com baixo teor calórico e de gordura. “Levando em conta esse anseio do consumidor, desenvolvemos um iogurte grego com alto teor de fibras e menos calorias, mas sem perder a textura diferenciada do produto”, destaca Diniz. Também foram apresentadas soluções de iogurte com substituto de gelatina para produtos mais cremosos e com textura aveludada, além de uma linha de queijos 49 Evento processados com características de fatiabilidade e derretimento ideais para produção de pizzas e aplicações semelhantes. Em linha com a tendência de saudabilidade, a Tovani Benzaquen levou para a Expomaq, a Sucralose da marca Splenda, que permite redução de açúcar e de baixo custo. Outra solução distribuída pela empresa possibilita a redução de sal em queijos e requeijão. Trata-se de fibra probiótica extraída da chicória. A Tovani apresentou também o fosfato de cálcio da Innophos, que substitui o fosfato de sódio. Ainda na linha de substituição dos atuais vilões da alimentação, a Hexus apresentou produtos que substituem açúcar e gordura. A empresa possui sistemas para bebidas lácteas, iogurtes, requeijão, doce de leite. A Hexus possui o SSI (Soluções Saudáveis Integradas), originários de fontes naturais e têm como base gomas hidrocolóides e são ideiais para produtos premium. Tradicional fornecedora de ingredientes para alimentos, a BKG Adicom, que passou a ser ICL, trouxe solução inusitada para redução de sódio – o Saloma, que substitui 40% de sal e 30% de sódio. O ingrediente é natural, vem de Israel, do Mar Morto e tem como vantagem não alterar o shelf life dos produtos. “O lançamento antes da feira demonstrou que foi muito bem recebido porque mantém a atividade da água nos níveis do sal”, esclarece Katarina Wagner, da ICL. A Gemacom Tech divulgou na feira a inauguração de seu CIT (Centro de Inovação Tecnológia), que comportará uma planta piloto de UHT e será e voltado para as áreas de lácteos e panificação. A empresa ainda investe em pesquisas e está desenvolvendo proteínas lácteas, que tem como alternativa de aplicação os iogurtes gregos light com zero gordura. A Gemacom Tech desenvolveu também iogurte grego em pastilhas, que foi exposto como inovação na Expolac. Com a visão da importância da Expomaq para o setor lácteo, Lucio Alberto Forti Antunes, gerente da divisão de laticínios da Chr. Hansen, ressalta: “é um evento em que as empresas do setor apresentam ao mercado o que há de mais inovador. É um ponto de encontro de profissionais da área de lácteos e local onde temos certeza que está o público que nos interessa ter contato”. Durante a feira deste ano, a Chr.Hansen destacou o Chy-MaxTM para a categoria de queijos, lançado há três anos e já é sucesso. Recentemente, a empresa lançou a versão pó do produto para atender as mais diversas necessidades das indústrias. Ainda para aplicação em queijos, a Chr. Hansen destacou as culturas RSF para produção de queijo Prato e as culturas STI para Mussarela. “Oferecer aos consu- 50 midores um queijo Prato com mais sabor e Mussarela com ótima fatiabilidade são detalhes de excelência e diferencia os produtos de nossos clientes no mercado”, complementa Antunes. Com corantes naturais em seu porfólio, a diretora Helo Blanco, da Doce Aroma, observou que a demanda por esse ingrediente tem aumentado até em segmentos da alimentação em que se usavam artificiais. Durante a Expomaq, a Doce Aroma levou carmim de cochonilha, clorofila para queijos e cúrcuma para aplicação em iogurtes. A Clariant mostrou no evento seus sistemas para produção de queijos processados com teores de proteína de 0 a 18, que atribui à Mussarela, por exemplo, maior fatiabilidade, aos espalháveis mais espalhabilidade. Os sistemas simplificam o processo de produção, pois com a mesma solução utiliza em dois tipos de queijos. A empresa possui também solução que possibilita produção de iogurte grego com menor teor de gordura e possibilita utilizar clain probiótico com apelo rico em fibras. A DuPont, por meio da sua unidade de negócios de Nutrição & Saúde, e a Fermentech, distribuidora de produtos DuPont™ 51 Expomaq Gotas de iogurte grego 2º lugar Destaque Especial Canestrado 3º lugar Destaque EspEcial A Lenda 1º lugar Destaque Especial DUPONT Evento Danisco®, e destacou na Expomaq as soluções em achocolatados, iogurte grego e queijos, oferecendo, melhor rendimento e valor agregado para a indústria de lácteos. Entre os conceitos apresentados na feira, estão: creme de leite com baixa concentração de gordura e que oferece as mesmas propriedades de cobertura e cremosidade dos produtos tradicionais, além de economia e maior rendimento, graças ao sistema estabilizante Grindsted® WPB. Para o segmento de achocolatados, a empresa apresenta um leite achocolatado com estabilizante Recodan®, baixo teor de açúcar e enriquecido com cálcio e em vitamina K2, contribuindo para a saúde óssea dos con- 52 sumidores. Já para o mercado de iogurtes, a DuPont apresentou um conceito produzido com sistema estabilizante Grindsted® SBB, culturas Yo-Mix™, pectina Grindsted® e culturas protetoras Holdbac™. O iogurte é cremoso, rico em proteínas, com baixo teor de gordura e sem conservantes. Destaque também para as soluções durante o processo de fabricação de Mussarela: as culturas Choozit™ Swift e a linha Choozit™ Star 20 para o controle isofuncional e bacteriofágico com fermentos liofilizados. Durante o evento, Arnaldo Siguemoto, diretor de Vendas para a DuPont Nutrição & Saúde Brasil, Bolívia e Paraguai esclareceu que: “através da aquisição da Danisco foi complementado o portfólio na área de alimentos da empresa, que já contava com as marcas Bunge e Solae”. A Dupont atua com base no tripé: alimentação, energia e segurança. Com a Danisco é possível servir também a indústria de alimentos na entrega de valor e o diretor aponta que: “já temos produtos para processos e textura para queijos e novos investimentos ainda estão alinhados com os projetos da Danisco, que devem englobar conceitos de nutrição e saudabilidade. Existe demanda por alimentação mais saudável e possibilidades de explorar funcionalidade. Além de nutrir melhor, a Dupont tem em sua cultura, a inovação e seguirá investindo nisso para crescer”. O Brasil, atualmente, é um dos mercados chaves para a empresa e ocupa a terceira posição de faturamento da Dupont. substituídas por tabelas e figuras. A linguagem, apesar da alta complexidade de algumas etapas, foram colocadas na forma mais didática possível. O livro foi doado para a Caixa Escolar do ILCT e para adquirir, os interessados podem entrar em contato com a escola. Miniusina Idealizada pelo Instituto de Laticínios Cândido Tostes, pela primeira vez uma miniusina foi montada nas dependências do Minas Láctea. No local, o público pode conferir a reprodução do funcionamento de uma indústria de lácteos, desde a análise da matéria-prima até a distribuição do produto. Ao final, os visitantes degustam os produtos e recebem informações sobre como produzir, quais os equipamentos necessários, a importância da higiene na produção e na qualidade dos alimentos. O evento de Juiz de Fora teve como Lançamento de livro atração, os vencedores do 40º Concurso No stand da DuPont, aconteceu ainda o lançamento do livro “Queijos Especiais”, Nacional de Produtos Lácteos, disputado obra de Mucio Furtado, gerente técnico da por 54 indústrias de oito estados do Brasil. Foram premiados os três primeiros lugares DuPont América Latina. O autor explica que: “meus livros anteriores foram dedica- das categorias Queijo Prato, Queijo Gouda, Queijo Provolone, Queijo Parmesão, Queijo dos a queijos industriais com maior voluReino, Queijo Minas padrão, Requeijão me de produção. Nesta nova obra, abordo Cremoso, Doce de Leite Pastoso, Queijo queijos que agregam valor destinados a nichos de mercado de produtos premium”. tipo Gorgonzola, Manteiga de primeira qualidade e os três melhores produtos Furtado destaca no livro, as propriedades inovadores como ‘Destaque Especial’. dos queijos “estrangeiros” e pouco conhecidos, como Raclette Suíço, o Stilton Britânico, (Veja com lista de vencedores) Taleggio Italiano ou o Reblochon Francês, além Epamig dos mais difundidos como Camembert, Brie, À frente da Epamig, Marcelo Lana, preGorgonzola e Cheddar. A obra apresenta sidente da entidade, considerou que o suas características de cada produto, com cesso do Minas Láctea deve-se ao público detalhes da fabricação, possíveis defeitos segmentado, interessado exclusivamente e métodos para prevenção. em realizar negócios. “Nesse sentido, a EpaO livro foi patrocinado pela DuPont e mig tem contribuído com a profissionalizaeditado pela Setembro Editora, a mesma ção crescente do mercado”, destacou Lana. responsável pela publicação da Revista Durante o evento, o presidente da Indústria de Laticínios. A obra será distribuída para empresas e o valor arrecadado Epamig destacou também que a entidade deve priorizar pesquisas e inovações. Para será revertido para o fundo de bolsas de isso, já existem metas a serem cumpriestudo de alunos carentes do ILCT. das para atingir os objetivos. “No setor Ainda durante a Expomaq foi lançado de lácteos, por exemplo, será verificado o livro “Queijos – Aspectos Técnicos”, de o que a sociedade espera do ILCT e como João Pedro de M.Lourenço Neto (Joca). “O transferir o conhecimento para o proobjetivo foi fazer um livro sobre tecnolodutor. Estamos trabalhando em parceria gia de fabricação e tem abordagem sobre com a Embrapa Polo do Leite e os grandes composição de matéria-prima e tecnodesafios para o setor são: diminuir custos, logias específicas. A ideia foi focar nos melhorar automação, otimizar a produção constituintes do leite e como preparà-lo em toda cadeia e sustentabilidade”. para fabricação e fazer o detalhamento Em tempos em que pesquisa e inovade fases importantes de diversos tipos ção são pontos cruciais para o crescimende queijos. A preocupação foi ser o mais to do Brasil, o Minas Láctea cumpriu sua prático e objetivo possível”, informa Joca, missão de apresentar ao setor laticinista como o autor é mais conhecido no setor. soluções para evoluir e imprimir mais A obra é direcionada a laticinistas e qualidade à sua produção. Agora, é torcer iniciantes porque reduz todas as etapas para que a economia brasileira permita de fabricação. Com o objetivo de faciliao setor ocupar novos espaços e que o tar o entendimento, sempre que possível, mercado continue a crescer. as longas exposições por escrito foram 53 Evento 40º CONCURSO NACIONAL DE PRODUTOS LÁCTEOS MANTEIGA Empresa Marca Cidade Estado 1º Cooperativa Mista dos Produtores de Leite de Morrinhos Complem Morrinhos GO 2º Usina de Beneficiamento Paiolzinho Laticínios Paiolzinho Cruzília MG 3º Usina de Beneficiamento Cooperativa Regional de Produtores Rurais de Sete Lagoas Sete Sete Lagoas MG PROVOLONE Empresa Marca Cidade Estado 1º Ind. De Laticínios 2 irmãos Ltda Queijos Lucca Luminárias MG 2º Laticínios Tirolez TIROLEZ Tiros MG 3º Laticínios PJ Laticínios PJ Ingaí MG REINO 54 Empresa Marca Cidade Estado 1º Laticínios Tirolez TIROLEZ Carmo do Paranaíba MG 2º José Geraldo Peixoto Ferreira Rio do Peixe Bom Jardim de Minas MG 3º Laticínios Curral de Minas Laticínios Curral de Minas Oliveira MG REQUEIJÃO Empresa Marca Cidade Estado 1º Laticínios Tirolez TIROLEZ Monte Aprazível SP 2º Usina de Beneficiamento Cooperativa Regional de Produtores Rurais de Sete Lagoas Sete Sete Lagoas MG 3º Laticínios Curral de Minas Laticínios Curral de Minas Oliveira MG PRATO Empresa Marca Cidade Estado 1º Industria de Laticínios 2 irmãos Queijos Lucca Luminárias MG 2º Laticínios Noroeste Da Vaca João Pinheiro MG 3º Laticínios PJ Laticínios PJ Ingaí MG 55 Evento DOCE DE LEITE PASTOSO Empresa Marca Cidade Estado 1º Fundação Arthur Bernardes Laticinios Funarbe Viçosa MG 2º Laticínios Gardingo Indústria e comérico Laticínios Gardingo São João do Oriente MG 3º Doces Mirahy Doces Mirahy Miraí MG GOUDA Empresa Marca Cidade Estado 1º Ind. De Laticínios 2 irmãos Queijos Lucca Luminárias MG 2º Laticínios Vitória Laticínios Vitória Ltda São João del Rei MG 3º Usina de Beneficiamento Paiolzinho Laticínios Paiolzinho Cruzília MG PARMESÃO 56 Empresa Marca Cidade Estado 1º Frimesa Cooperativa Central Frimesa Marechal Cândido Rondon PR 2º Laticínios Tirolez TIROLEZ Arapuá MG 3º Laticínios Curral de Minas Laticínios Curral de Minas Oliveira MG GORGONZOLA Empresa Marca Cidade Estado 1º Laticínios D annita LATICINIOS D ANNITA LTDA Lavras MG 2º Ind. De Laticínios 2 irmãos Queijos Lucca Luminárias MG 3º Laticínios Cruziliense Queijos Cruzília Cruzília MG MINAS PADRÃO Empresa Marca Cidade Estado 1º Cooperativa Agropecuária do Vale do Paracatu Coopervap Paracatu MG 2º Laticínios Fazenda Real Paladar de Minas Presidente Bernardes MG 3º Laticínio Serra Dourada Laticínio Serra Dourada Extrema MG DESTAQUE ESPECIAL Empresa Produto Cidade Estado 1º Laticínios Cruziliense A Lenda: Feito a quatro mãos, pelos mestres queijeiros vivos e pelos que já se foram. Cruzília MG 2º Laticínios Carolina Gotas de iogurte grego Ribeirão Claro PR Usina de Beneficiamento Paiolzinho Queijo Canestrado: queijo do período colonial, produzido com 4,6 % de gordura com fermento típico do norte da Itália, sabor picante e maturado em temperatura ambiente. Cruzília MG 3º 57