CAESP – Filosofia – 1A e B – 13/05/2015 SOFISTAS E SÓCRATES Sofistas: são eruditos que possuem conhecimentos sobre várias áreas e ficaram famosos na história como mestres educadores para o domínio da palavra, do discurso público e da manipulação da opinião pública. sofistas usavam a dialética de Heráclito e a lógica de Parmênides para a construção de argumentos para o discurso público e a conquista de votos nas assembleias. Os os sofistas tudo é uma convenção social, assim, não existe uma verdade absoluta, mas diversas possibilidades de verdades a serem primeiramente acordadas e depois sustentadas e defendidas por quem for interessado. Para Sofistas: tudo é convencionado, qualquer coisa poderá ser ensinada, e o principal ensino realizado pelos sofistas era o da retórica. Como Retórica: é a arte do logos que não está apenas no raciocínio e discurso, mas também a persuasão. E a persuasão da retórica é uma forma de construção da vida política que não pode existir em uma tirania, apenas em uma democracia, pois apenas na democracia é que pode existir a possibilidade do diálogo. Protágoras de Abdera (480 – 410 a.C.): “O homem é a medida de todas as coisas, das que são, e o que elas são, e das que não são, e o que elas não são.” (Acréscimos em destaque inseridos para melhor entendimento da frase, a original não os possui.) significado dessa frase está no primado da convenção realizada em sociedade para a valorização das coisas, de todas as coisas. Que nós, seres humanos, é que ditamos o valor das coisas, que as definimos. É, em sociedade, que construímos uma convenção de como é valorada a realidade, não importando como ela é de fato, pois isso não é cognoscível. O Górgias de Leontini (484 – 375 a.C.): As palavras: são convenções que resumem múltiplas sensações. A linguagem é o que compete ao homem investigar, desenvolver, aprimorar, para atender a seus interesses e necessidades. As palavras, desvinculadas da physis, não mais expressão da "alma das coisas", as palavras se dessacralizam. Mas, com isso, os valores humanos que elas exprimem perdem o peso do absoluto e da universalidade, tornam-se convencionais, circunstanciais, relativos. Desta forma, não é possível o conhecimento da verdade, e sua busca não é necessária por não haver nada a ser encontrado. Sócrates (469 a 399 a.C.): o ponto de mutação da filosofia grega: uma incansável busca pessoal pelo conhecimento ele questionava a si mesmo, ao mundo e a seus semelhantes sobre tudo. Em não deve ser confundido com uma defesa desse conhecimento, pois, para a defesa dele, seria necessário pode afirmar uma posse prévia do conhecimento, e isso para ele não era possível, pois o conhecimento é uma construção dialética. Porém, Sócrates (469 a 399 a.C.): o ponto de mutação da filosofia grega: foco da busca filosófica de Sócrates está na busca da “maneira de viver”, é uma busca da ética da ação humana no mundo. Ele irá buscar, através do refinamento dos questionamentos sobre todo o conhecimento, a criação de um sistema que permita saber qual a melhor maneira de se viver. Mas não apenas a vida individual, mas a vida social e política, a vida da polis. O Sócrates: “só ti mesmo”: sei que nada sei” e “conhece-te a “Conhece-te a ti mesmo”: a busca do conhecimento deve passar continuamente por uma avaliação de si mesmo, ou seja, do sujeito do conhecimento e de como esse conhecimento modifica o sujeito. Para Sócrates, não há uma construção do conhecimento que não seja transformadora do sujeito. O próprio ato de conhecer a si mesmo, reconhecer seu estado atual de conhecimento de si e do mundo, é transformador na medida em que estabelece um ponto de partida na busca do conhecimento. Sócrates: “só ti mesmo”: “Só sei que nada sei” e “conhece-te a sei que nada sei” (crítica do conhecimento): o início da construção do conhecimento está na constatação da própria ignorância sobre o que se deseja conhecer. Não existe logicamente a necessidade de construir um conhecimento que já está feito. É o que Sócrates chamará da “busca da verdade”. Essa busca da verdade não é um “encontro da verdade”, mas uma construção contínua, em uma sequência de questionamentos que vão refinando constantemente o saber que se tem sobre um determinado assunto. Método socrático O (recordação): método socrático de construção do conhecimento se baseia na noção de que o conhecimento já é possuído pelas pessoas (todas elas), porém foi esquecido ao longo da vida. Sendo que os questionamentos realizados no debate são formas de guiar as pessoas para a lembrança (recordação) desse conhecimento esquecido na memória. Etapas do método socrático: 1. Exortação: convite à busca do conhecimento. 2. Indagação: questionamentos iniciais sobre o que se busca conhecer. Estabelecimento de um ponto de partida para a busca daquele conhecimento específico. 3. Ironia: através das perguntas feitas ao interlocutor fazer com que esse perceba o seu próprio desconhecimento sobre aquilo que ele acreditava saber. 4. Maiêutica: questões que visam orientar o interlocutor na construção do conhecimento sobre o objeto de conhecimento que é alvo daquele diálogo. Muito obrigado! TENHAM UM BOM DIA! Prof. Heleno Licurgo do Amaral <[email protected]>