MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL
Programa de Desenvolvimento Profissional Continuado
"Parâmetros em Ação"
RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO
NOME: Maria Amabile Mansutti
Data: 18/05/2000 - Local: Superintendência de Ensino Fundamental da SEE de
Goiás
Assunto - Implantação do Programa PCN em Ação e situação do Programa da
Escola Ativa no Estado de Goiás
Representantes do MEC/SEF – Marília Costa e Maria Amabile Mansutti
Participantes
Eliana Maria França Carneiro
Maria Aparecida Costa
Ana Doriene Rodrigues
Alcides Veiga Jardim
Marilda Valente
Maria das Graças Ribeiro
Marina Brasil Chaves
Cecília Torres
Regina Maria da Silva
Nadir Neves
Cargo
Contato
Tel
SEE/GO
Ensino 202 35 55
Superintendente de
Fundamental
Coordenadora da Escola Ativa e 202 25 498
EI
Supervisora - Fudescola
202 56 08
Coordenadora
Estadual
da 202 15 44
Escola Ativa
Coordenadora da Escola Ativa e 202 48 25
EI
Coordenadora da Escola Ativa e
EI
Coordenadora da Escola Ativa e
EI
Chefe de Departamento do E F
Técnica
Pedagógica
responsável pelo Encontro
Técnica Pedagógica
da
Assuntos tratados
ESCOLA ATIVA – ver relatório Marília
PCN EM AÇÂO
1- Características da formação dos professores que atuam nas escolas
públicas
No Estado de Goiás dos professores que atuam no Ensino Fundamental, 80% têm
formação no curso de magistério e 20 % são leigos. Dos que atuam de 5ª a8ª
série, 33% tem formação em área específica, o restante freqüentou apenas o
curso de magistério. A SEE/GO vem centrando esforços no sentido de investir na
formação dos professores que atuam no segundo segmento do EF e para tanto
está contratando uma Universidade do Ceará, que tem autorização para ministrar
cursos de licenciatura à distância, para realizar essa formação.
2- Constituição dos pólos para Implantação do Programa
O Estado é formado por 242 municípios distribuídos em 35 sub secretarias. Estas
por sua vez foram agrupadas em 8 pólos para desenvolverem os PCN em Ação.
Em setembro de 99 a equipe da SEF realizou um Encontro Inicial no município de
Formosa. A partir dessa data a SEE realizou encontros utilizando sua própria
equipe, sob a coordenação da profªRegina Maria da Silva, sem acompanhamento
pela SEF.
Até o momento foram realizados encontros em quatro pólos: Pires do Rio, Rio
Verde, Luiziânia e São Luís de Montes Belos e Formosa, envolvendo 25
municípios.
Está prevista a realização de novos encontros em mais quatro pólos: Morrinhos,
Goiás, Uruaçu e Metropolitana. O próximo será em Morrinhos com data prevista
para 16, 17 e 18 de junho de 2 000.
2- Como está sendo realizado o Encontro Inicial
O Encontro está sendo realizado em 3 dias (24 h), os coordenadores são técnicos
da SEE que participaram do Encontro em Formosa e os participantes são os
técnicos das sub secretarias. Estes técnicos, por sua vez, são responsáveis pela
formação dos coordenadores de grupo nas regiões em que atuam. No primeiro e
segundo dias do encontro são discutidos os módulos gerais e no terceiro dia
dividem-se os participantes por área para trabalharem com módulos específicos. A
partir daí os técnicos das sub secretarias desenvolvem o trabalho da formação dos
coordenadores de grupo, sem o acompanhamento da equipe central da SEE.
Essa ação ainda não atingiu os professores.
Na visão da professora Cecília, que atualmente é responsável pela implantação do
Programa no Estado, esta organização não está sendo satisfatória e precisaria ser
modificada antes da realização dos próximos encontros. Porém, a opinião da
Professora Regina Maria, que tem acompanhado os encontros, é desejável que os
próximos aconteçam nos moldes previstos, uma vez que tudo já está organizado,
e só depois se pense no redirecionamento do Programa. Existe uma forte
incompatibilidade, entre os técnicos da SEE, sobre esta questão.
Um problema que preocupa a equipe é o fato de que os técnicos considerarem o
PCN em Ação como um programa muito interessante, do ponto de vista
metodológico, mas que deixa a desejar no aspecto que se refere ao
aprofundamento de conteúdos e que precisa ser adaptado para de ajustar –se à s
necessidades locais.
Outro ponto levantado foi com relação ao baixo nível de formação dos professores
que atuam no EF. Na opinião da superintendente a SEE/Go não dispõe de
profissionais que possam ser coordenadores de grupo e o PCN em Ação não vai
dar conta de formar esses quadros. Mesmo que se mantenha a formação dos
coordenadores de grupo, para que possam atuar no futuro, neste momento a
formação dos professores teria que ser feita diretamente por especialistas de área,
sem passar pela mediação dos coordenadores.
Analisando a situação ponderei que, embora possa não ser intencional, está
havendo uma descaracterização do Programa PCN em Ação nos moldes em que
ele está sendo desenvolvido pela SEE. Primeiro porque me pareceu que os
responsáveis por sua implantação não compreenderam que ele acontece em duas
fases e, portanto, não estão sabendo como orienta-lo. Além disso, foi criado um
formador intermediário - os técnicos das secretarias - aos quais se transmitem
algumas informações sobre o Programa, num encontro de três dias, e depois
solicita - se que trabalhem com os coordenadores de grupo, sem nenhum
acompanhamento e assessoria. Nestes moldes é bem provável que a formação
esteja sendo pensada como repasse de informações.
Certamente essa descaracterização aconteceu devido a algumas razões. Goiás foi
um dos primeiros estados a solicitar a Encontro Inicial, em setembro de 99. A
partir daí a SEE continuou desenvolvendo o trabalho sem manter contato com a
SEF.
Por outro lado, desde que o Programa foi divulgado para os estados, até o
presente,
ele
sofreu
vários
ajustes
e
incorporou
novos
modos
de
operacionalização, que não estavam previstos no início. A falta de contato da SEF
com a SEE de Goiás não permitiu que esta tivesse conhecimento dos avanços do
Programa.
Outro fator que pode ter contribuído para o distanciamento entre o que a SEF está
propondo e o que a SEE/GO vem realizando - em termos de formação - é a não
contratação de um representante da Rede Nacional de Formadores para
assessorar a secretaria.
Rediscuti o Programa ressaltando sua finalidade e objetivos e explicitando as
ações que caracterizam a primeira e a segunda fase. Estabeleci comparações
entre o Programa e as ações de formação que têm sido desenvolvidas pelas
secretarias, mostrando que aspectos precisam ser superados e como o PCN em
Ação pode ser uma alternativa para isso. Ponderei que a preocupação da
SEE/GO, no que se refere aos conteúdos específicos das áreas, poderá ser
contemplada na segunda fase e que para tanto será necessário contar com
assessorias especializadas. Apresentei a idéia de parceria com as Universidades.
A superintendente ficou de estabelecer contato com a UFG. Alertei para o fato de
que é fundamental investir na formação de coordenadores de grupo (pensando em
uma metodologia eficiente) para que, ao longo de dois anos, a secretaria possa
contar com quadros de bons formadores, o que hoje não existe e ela precisa
solicitar fora do Estado.
Por fim, considerei que o primeiro passo seria o de reorganizar a primeira fase de
implantação do Programa nos pólos que já realizaram o Encontro Inicial e
reestrutura - lo antes de realiza-lo nos novos pólos. Avaliei que a realização do
Encontro da forma como está estruturado não atende ao que é esperado pela
SEF.
3- Outras ações de formação que estão sendo planejadas pela SEE
A SEE pretende promover um curso de formação de professores de 5ª a 8ª série,
com recursos do FNDE. Esse curso teria 120h, sendo 40 h presenciais e 80 h não
presenciais. Discuti sobre a possibilidade de usar o material do PCN em Ação
para desenvolver esse trabalho.
Outras Informações sobre a SEE de Goiás
1- O Projeto PCN com Arte está acontecendo.
2- A formação de EI é desenvolvida nos pólos de Formosa (50 pessoas) e
Campos Belos (28 pessoas). Estuda-se a possibilidade de implantar mais um pólo
de EI em Luiziânia.
3- A formação de EJA é desenvolvida sob a responsabilidade de outra
Superintendência. Os representantes de EJA não estiveram presentes na reunião,
pois estavam desenvolvendo um trabalho fora da Superintendência.
4- Existem várias escolas em comunidades calunga para as quais não se tem um
projeto específico. Está é uma das preocupações da superintendente.
5- Existem duas escolas funcionando em área indígena. Parece-me que a
coordenação da SEF, que apóia as escolas indígenas, acompanha este trabalho.
Outras observações
A Superintendente do Ensino Fundamental afirmou que não foi avisada sobre a
realização do Encontro Inicial no pólo de Itapuranga e referiu-se a uma certa
dificuldade em articular –se com as secretarias municipais, que organizaram esse
pólo, devido a problemas políticos.
Sobre a Escola Ativa
Fiquei em dúvida sobre a seguinte questão: a SEE de Goiás está tentando
desenvolver uma política para as escolas rurais e uma das conseqüências disto é
acabar com as escolas multi seriadas. Como esta decisão se articula com o
projeto da Escola Ativa? Ver relatório da Marília Costa.
Providências a serem tomadas
SEE de Goiás
1- Decidir sobre como será o formato do Encontro Inicial nos pólos nos quais ele
ainda não foi realizado e a forma de acompanhamento dos pólos onde ele já
aconteceu.
2- Informar a SEF sobre o cronograma dos novos encontros e solicitar a equipe de
formadores da SEF, se julgar necessário.
3- Pensar num projeto de formação para atender as necessidades das escolas
que ficam nas comunidades calunga.
MEC/SEF
1- Indicar, o mais breve possível, o representante da Rede Nacional de
Formadores para o Estado de Goiás. Para fazer essa indicação é preciso
considerar que há um certo antagonismo entre a SEE e as SME e que talvez uma
pessoa que não tome partido de uma ou de outra secretaria possa desenvolver
melhor a função de assessoria na implantação do Programa.
Obs - Indicações da Secretária de Educação de Goiás para representantes da
Rede. Prof ª Ione Maria de Oliveira Valadares (assessora de gabinete da SEE) e
profªCelina Calaça (aposentada).
Representante da SEF
1- Enviar exemplares dos Referencias para a Formação de Professores. A SEE
não dispõe de nenhum.
2- Entrar em contato com a SEE/GO, até o final de maio, para saber sobre as
decisões quanto à continuidade dos encontros e informa-se sobre o cronograma.
Maria Amabile Mansutti
28/05/2000
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Parâmetros em Ação - Ministério da Educação