RELAÇÕES DE GÊNERO E SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA Giane Franciele Negri1 RESUMO: O texto é resultado parcial de estudos realizados sobre a saúde sexual e reprodutiva da mulher, numa perspectiva de gênero. A metodologia utilizada baseou-se em aproximações sucessivas com a temática de estudos. Para isto, foi realizado o levantamento bibliográfico de artigos na Revista Estudos Feministas, identificando aqueles que abordaram as questões de gênero, saúde sexual e reprodutiva, com vistas a conhecer a revista que é relevante na área. A partir da identificação e seleção de textos, foi realizada a leitura e estudos dos que subsidiaram a formulação desse texto. Trata-se de um estudo sobre saúde sexual e reprodutiva, na perspectiva de gênero. PALAVRAS-CHAVE: gênero; mulher; reprodutiva; saúde; sexual. INTRODUÇÃO Este texto apresenta os resultados parciais de um projeto de iniciação científica que está em desenvolvimento e que tem por objetivos: realizar o levantamento de textos na Revista Estudos Feministas que abordassem aspectos relacionados à saúde sexual e reprodutiva das mulheres; participar das atividades desenvolvidas pelo Projeto de pesquisa que está em estágio de desenvolvimento e que tem como questão norteadora: há uma relação entre os processos de resistência das agricultoras familiares e as políticas sociais adotadas pelas instituições públicas? O levantamento bibliográfico foi realizado nos exemplares da Revista de Estudos Feministas publicados entre 1993 a 2012. Neste levantamento bibliográfico preocupou-se em observar aqueles textos (artigos e resenhas) que abordavam a temática referente à questão de gênero, saúde reprodutiva e sexual, saúde da mulher rural, ponto central na relação dos dois projetos (de iniciação científica e de pesquisa), identificando as derivações temáticas que 1 Estudante do Curso de Serviço Social da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Unioeste, Campus de Toledo/PR, E-mail: [email protected]. Bolsista de iniciação científica (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq): Projeto: Metamorfose da questão social, diversidade humana e os direitos à saúde sexual e reprodutiva. Esta proposta de iniciação científica está vinculada às atividades do projeto de pesquisa: Relações de Gênero e Agricultura Familiar: estudo na linha Cerro da Lola – Toledo/PR (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, Chamada MCTI/CNPq/SPM-PR/MDA nº 32/2012), coordenado pela Professora Rosana Mirales [email protected]. 1 permeiam esses temas. Ou seja, o caminho teórico trilhado como metodologia para identificação dos textos, diz respeito à saúde reprodutiva, saúde sexual, saúde da mulher e saúde da mulher rural. O levantamento bibliográfico realizado nos vinte exemplares da Revista Estudos Feministas, no período entre 1993 a 2012, identificou 47 artigos com os temas: saúde reprodutiva (tecnologias reprodutivas, aborto, maternidade, fecundação, esterilização, direitos e políticas) e saúde sexual. Devido à quantidade de artigos identificados, decidiu-se por retirar os textos que abordavam o tema aborto, reduzindo-se a quantidade para dezoito, assim distribuídos: 1993 - três; 1994 - um; 1995 - um; 1998 – dois; 2000 – quatro; 2001 – um; 2004 – dois; 2009 – três; 2012 – um. Em terceiro momento de definição de critérios para seleção do material bibliográfico levantado, decidiu-se separar os textos que abordavam as tecnologias reprodutivas, permanecendo o total de doze artigos que tratam dos temas: 2009 – dois; 1993 – dois; 1994 – um; 1995 - um; 1998 – um; 2000 – três; 2009 – um; 2012 – um. Desses doze textos, dois são resenhas e não foram realizados fichamentos: 2000 - um; 2009 – um. Com relação à temática mulher rural, não foram identificados textos que continham essa palavra chave no título. Este fato não impediu o encaminhamento de aproximações às atividades do projeto de pesquisa, que avançou com as revisões bibliográficas, a formulação de instrumentais para os levantamentos de campo e a realização dos mesmos. A partir das leituras e do fichamento dos textos estudados objetivou-se um primeiro contato com a temática saúde sexual e reprodutiva a partir de uma perspectiva de gênero, possibilitando também a apropriação de alguns aspectos relevantes para a compreensão do tema. RELAÇÕES DE GÊNERO E SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA Nas leituras dos artigos selecionados, foram identificados alguns aspectos, noções ou categorias relativas à saúde sexual e reprodutiva. Uma destas (no decorrer do texto, outras serão abordadas), a integralidade no campo da saúde, que tem vários desdobramentos, isto é, ela significa que as políticas de saúde devem atuar de forma intersetorial com as demais áreas assegurando aos indivíduos uma vida de qualidade, ou seja, a integralidade não deve ser entendida somente no campo biológico, mas no social, e deve ser operacionalizada por meio da articulação entre os setores de serviços: públicos e privados (já que esse é o formato da saúde 2 pública no país); de alta, média e baixa complexidade, de modo que as necessidades de acesso a uma saúde integral pela população sejam efetivadas (GUARESCHI; MEDEIROS, 2009). A década de 1980 no Brasil representou um grande avanço no que diz respeito aos direitos reprodutivos das mulheres e um exemplo disso refere-se ao Programa de Assistência Integral a Saúde da Mulher (PAISM), criado em 1983, que concebe a mulher em todas as fases de seu ciclo vital, ou seja, aqui, integralidade refere-se a uma totalidade do indivíduo do sexo feminino (BERQUÓ, 1993). Com relação ao Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher, ele se efetiva como um novo pensar e agir sobre a questão da saúde da mulher, entendendo a integralidade como um conjunto de ações que preconizam a assistência clínica- ginecológica, o pré- natal, o parto, câncer de colo de útero e de mama, doenças sexualmente transmissíveis, planejamento familiar, etc. Além disso, a integralidade se efetiva através da articulação dos diferentes níveis de gestão e de administração, pela forma de atendimento e pela ligação entre os serviços e o modo de ensino e controle da saúde (GUARESCHI; MEDEIROS, 2009). Observou-se nos estudos realizados, que a noção de direitos sexuais e reprodutivos se formulou por meio da prática política das mulheres que buscavam a efetivação da cidadania e também reivindicavam questões em torno da regulação da fecundidade e de liberdade reprodutiva. Nessa perspectiva, os direitos reprodutivos têm como base a saúde e consequentemente a luta pela democracia e são compreendidos a partir da interrelação das questões que contemplam a saúde reprodutiva (como: parto, aborto, contracepção, concepção, gestação, maternidade, amamentação etc), garantindo assim, que a mulher não se sujeite a uma posição de submissão (ÁVILA, 1993). Na luta pela consolidação da reprodução enquanto campo de direitos, o Estado e as políticas sociais são fundamentais enquanto lugar de efetivação dos direitos reprodutivos, pois no campo do direito e de livre exercício da autonomia poderá haver igualdade de gênero, raça, classe. Essa busca pela autonomia das mulheres no que diz respeito à liberdade reprodutiva enfrentou e ainda enfrenta a postura patriarcal do Estado, e a influência da Igreja Católica e outros mecanismos de controle, que insistem em cercear a liberdade reprodutiva das mulheres (ÁVILA, 1993). 3 A luta incessante pela efetivação dos direitos reprodutivos enfrenta em sua trajetória questões que perpassam décadas, como o racismo - outra questão identificada na leitura dos textos. O fortalecimento do movimento feminista negro se deu pela articulação com o movimento negro e pelas indagações sobre relações de gênero e a ocupação da mulher nos cargos de chefia e liderança dentro do movimento, isto é, mesmo dentro da dinâmica do movimento negro, as mulheres não ocupavam cargos de liderança, pois estes eram ocupados pelos homens (DAMASCO; MAIO; MONTEIRO, 2012). Segundo Damasco et al (2012, p. 137) “... as feministas negras centraram a atuação no campo da saúde e dos direitos reprodutivos, por meio de denúncias sobre supostas políticas de controle de natalidade que teriam como alvo principal a população negra”. No mesmo sentido, Roland (1995, p. 510) afirma que no mesmo período, “... a maioria dos programas e convênios com objetivo de reduzir a taxa de fecundidade foi dirigida para o Nordeste, tendo muitos recursos injetados nas secretarias de Saúde através de convênios privados. O resultado é que onde temos a maior concentração de negros e pobres no Brasil foi onde se verificou a maior redução na taxa de fecundidade nessa década”. A justificativa utilizada pelo poder público para explicar essa situação era a de que a redução da fecundidade faria com que a pobreza diminuísse, mas isso não se concretizou, pois com o passar das décadas, houve a diminuição da taxa de fecundidade, porém a pobreza permaneceu. As afirmações realizadas pelo movimento feminista negro e pelo movimento negro eram de que o real motivo para que o Nordeste fosse o alvo dessas políticas de esterilização devia-se ao fato de que prevalecia nesta região a maior concentração de população negra e pobre no Brasil, e por isto a maioria dos programas de esterilização cirúrgica destinava-se ao Nordeste, na tentativa de controlar o aumento dessa população (DAMASCO; MAIO; MONTEIRO, 2012). No que diz respeito à esterilização, por um lado, as mulheres passaram a expressar seu direito de não querer ter mais filhos, mas por outro lado, o fato da saúde pública não ter uma cobertura total de acesso às políticas de saúde, fez e ainda faz com que as mulheres não tenham informações e acesso a outras práticas contraceptivas, obrigando-as a se utilizarem da prática de esterilização cirúrgica, que é bastante adotada durante os partos cirúrgicos e realizada muitas vezes em condições precárias e sem a garantia de continuidade na assistência pela saúde pública (BERQUÓ, 1993). 4 No âmbito do poder público, as denúncias acerca da esterilização em massa da população negra, nos anos de 1990, fizeram com que as autoridades adotassem medidas de investigação, como a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito– CPMI, para investigar a esterilização em massa de mulheres no Brasil e para averiguar se a prática da esterilização cirúrgica se configurava como uma política eugênica (de restrição ou favorecimento do desenvolvimento de determinadas raças, etnias e classes sociais) direcionada à população negra no país. O resultado da CPMI foi a proposta de criação de um projeto de lei para normatizar e regular a prática da esterilização cirúrgica no Brasil, que posteriormente serviu de base para a Lei de Planejamento Familiar nº 9.263 de janeiro de 1996 (DAMASCO; MAIO; MONTEIRO, 2012). A maioria das esterilizações realizadas num provável número de 12 milhões de mulheres (baseado no PNAD de 1986) pode ter ocorrido de maneira abusiva, sendo recorridas pelas mulheres pelo não acesso a outros métodos contraceptivos (ROLAND, 1995, p. 512). A análise da autora para as escolhas das mulheres se refere ao fato de que a oferta desses métodos contraceptivos, na rede pública é extremamente precária e a interrupção voluntária da gravidez é ilegal - exceto em caso de estupro e risco de vida. Isso leva a adoção de práticas de saúde na adoção de cirurgias de cesarianas, muitas vezes desnecessárias, como via para realização da esterilização. Outro argumento adotado pela autora, explicativo da situação, é o desmantelamento do Sistema Único de Saúde. Segundo a autora, por isso a implantação do PAISM em 1983, unificou as tendências do movimento de mulheres, negras e feministas, na busca da garantia de que as mulheres pudessem ter acesso amplo e de qualidade às questões da saúde reprodutiva (ROLAND, 1995, p. 513), ou seja, como fortalecimento nas buscas de alternativas de enfrentamento à situação do alto índice de esterilização de mulheres. As autoras enfatizam que a equidade de gênero deve ser construída, favorecendo a promoção na revisão dos lugares sociais relacionados ao sexo, aos quais foram prescritos histórica e culturalmente. Uma das necessidades que se coloca com relação à masculinidade no campo da saúde reprodutiva refere-se à dimensão da paternidade. A paternidade é constituída e entendida a partir do contexto histórico-cultural e dos padrões sociais impostos como um marco de responsabilidade na vida do homem, ou seja, ela se constitui como uma identidade de gênero 5 quanto ao lugar social que deve ocupar. Isso exige a revisão das questões de responsabilidades, que firmam os lugares sociais que homens e mulheres devem exercer. A partir disto, a figura masculina não deve ser pensada apenas como apoio das mulheres, mas sim, como sujeitos ativos no processo reprodutivo, objetiva e subjetivamente, de acordo com os seus anseios (SIQUEIRA, 2000). A participação dos parceiros das mulheres nas questões referentes à saúde reprodutiva é relativa, pois alguns não se envolvem em nenhuma fase reprodutiva da parceira, já em outros casos existe o diálogo e a participação dos mesmos. Diante disso, percebe-se que muitas vezes a mulher aceita de maneira passiva o papel de cuidar das questões de planejamento familiar, mas também se autodetermina através disso em relação ao homem, como se tivesse o poder sobre esse assunto, enquanto que ele não detém esse conhecimento. Esta relação que vai da passividade à autodeterminação, acaba, por muitas vezes, perpetuando uma relação desigual de divisão de responsabilidades, que sobrecarrega a mulher com o cuidado dos filhos, planejamento familiar, afazeres domésticos, etc, mantendo-a em uma condição de gênero desigual (MINELLA, 2000). Outro aspecto a que se referem os textos é que algumas mulheres ainda entendem a questão da saúde reprodutiva como um fator secundário, pois a visita delas aos postos de saúde ocorre, em primeiro lugar, pela procura por assistência de sua saúde em geral, dos familiares e depois por sua saúde reprodutiva. Quando buscam a saúde reprodutiva, a maioria delas preocupa-se com as questões de planejamento familiar (e seus significados) e utilização de métodos contraceptivos, sendo os mais utilizados os hormonais, o preservativo e o Dispositivo Intra-Uterino-DIU (MINELLA, 2000). A partir das leituras realizadas é possível perceber alguns aspectos que delimitam as questões de gênero no campo da saúde sexual e reprodutiva. Estes aspectos manifestam-se no cotidiano das mulheres, mas também estão presentes no dia a dia dos homens, seja nas relações entre mãe e filho, esposo e esposa, irmã e irmão, ou em qualquer outra situação em que o sexo masculino e o feminino se manifestam. Também são parte das práticas de saúde desenvolvidas pela Política de Saúde e que envolve diferentes profissionais em práticas especializadas e interdisciplinares. 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS Conclui-se nesta primeira etapa de estudos, que as relações de gênero na sociedade capitalista, são marcadas por uma diversidade de aspectos, que vão delimitando quais são as atribuições que a mulher e o homem devem desempenhar no seu cotidiano. Essa definição histórica e cultural dos papéis sociais desempenhados pelos sexos repercute no processo de construção da noção de direitos sexuais e direitos reprodutivos. Como exemplo, podemos citar a visão reproduzida na sociedade, de que cabe a mulher a tarefa de criar e educar os filhos, ou seja, cuidar das questões de planejamento familiar. Atribuição esta destinada à mulher a partir da transposição de sua condição biológica para a percepção de que a mesma possui certa sensibilidade e afetividade para desempenhar esta função, como também a responsabilidade de cuidar dos afazeres domésticos, características que não seriam peculiares ao sexo masculino. Isso reafirma a configuração das relações desiguais com base no gênero. Nota-se a partir das leituras realizadas, que os movimentos feministas e de mulheres mostram-se fundamentais neste processo de consolidação dos direitos sexuais e reprodutivos, na medida em que buscam por meio da informação, da mobilização e do debate formas de pressionar e reivindicar do poder público uma ação mais qualificada, de modo que se possam garantir as mulheres o acesso à política de saúde pública, que disponibilize meios de informar, de prevenir doenças e gravidez, de poder escolher em meio às alternativas dos métodos contraceptivos, fortalecendo a autonomia destas. Além disso, na luta contra as práticas de racismo e contra a realização de esterilizações sem a escolha das mulheres e a assistência continuada pela saúde pública, estes movimentos se fizeram (e se fazem) fortemente presentes, pressionando o Estado e os parlamentares a legislarem e darem respostas às questões objetivas da realidade das mulheres. Destaca-se com isto o papel do Estado no que diz respeito à efetivação dos direitos sociais, políticos e civis dos/das cidadãos/cidadãs, pois é por meio da ação das instituições públicas, a partir da implementação de políticas sociais e que garantam a efetividade dos direitos aos indivíduos e coletividades. Outro fato importante no que diz respeito à luta do movimento de mulheres e do movimento feminista, diz respeito à transmissão de informações e conhecimento para a sociedade civil, na tentativa de buscar meios de descontruir as visões e ações que oprimem e cerceiam a liberdade e autonomia das mulheres, de modo que possam desempenhar suas 7 atividades de trabalho, da vida pessoal, enquanto protagonistas de sua própria história, e não como seres submissos ou inferiores em relação ao sexo oposto. Esta condição relacional de gênero exige a mudança nas posturas femininas e masculinas, em favor da igualdade. Neste processo, é importante ressaltar a relevância da autonomia das mulheres no sentido de que estas decidam sobre seu corpo, seus desejos e suas necessidades e o que lhes é conveniente, não podendo nem o Estado, a família, a sociedade e nem os dogmas religiosos decidirem sobre o que será melhor para cada uma. Ou seja, a partir da possibilidade de decidir sobre aquilo que é mais adequado para sua vida, as práticas de cerceamento de sua liberdade vão se descontruindo – pela via do conhecimento e da informação - de modo a construir-se uma perspectiva em que a mulher não é mais percebida em nenhum espaço como um ser submisso ou inferior em relação ao homem. Ou seja, o que muda, não é a condição de gênero, pois permanecerá a construção histórica e cultural, renovada em bases de respeito à autonomia dos indivíduos. O que muda, é a forma patriarcal que subordina e subalterniza a mulher ao poder masculino. Os aspectos da saúde sexual e reprodutiva da mulher estudados até então, trazem algumas das categorias as quais se configuram como elementos que constituem a saúde sexual e a saúde reprodutiva da mulher, mas, cabe mencionar que estes aspectos estudados brevemente até momento e que envolve outros temas como: movimentos de mulheres e movimentos feministas, racismo, integralidade no campo da saúde, paternidade, planejamento familiar, participação dos homens nas questões reprodutivas e sexuais, concepção, contracepção, fecundidade, esterilidade. Isso não define por si só o que vem a ser a saúde sexual e saúde reprodutiva da mulher, no entanto mostram algumas características importantes para se compreender esta temática, uma vez que a partir da integralidade, devemos entender estes aspectos enquanto uma totalidade do sexo feminino e que envolve também o sexo masculino e, portanto, relações de gênero. REFERÊNCIAS ÁVILA, Maria Betânia. Modernidade e cidadania reprodutiva. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 1, n. 2: 382-392, jul-dez/1993. 8 BERQUÓ, Elza. BRASIL, UM CASO EXEMPLAR – anticoncepção e partos cirúrgicos – à espera de uma ação exemplar. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 1, n. 2: 366-381,jul-dez/ 1993. Dossiê: Mulher e Direitos Reprodutivos. DAMASCO, Mariana Santos; MAIO, Marcos; MONTEIRO, Simone. Feminismo negro: raça, identidade e saúde reprodutiva no Brasil (1975-1993). Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 20, n. 1: 133-151, jan-abr/2012. GUARESCHI, Neuza Maria de Fátima; MEDEIROS, Patrícia Flores de. Políticas públicas de saúde da mulher: a integralidade em questão. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 17, n. 1: 31-48, jan-abr/2009. MINELLA, Luzinete Simões. Autodeterminação e passividade feminina e masculina no campo da saúde reprodutiva. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 8, n. 1: 169-185, jan-jun/2000. ROLAND, Edna. Direitos reprodutivos e racismo no Brasil. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 3, n. 2: 506-514, jul- dez/ 1995. SIQUEIRA, Maria Juracy Toneli. Saúde e direitos reprodutivos: o que os homens têm a ver com isso? Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 8, n. 1: 159-168, jan-jun/2000. 9