1 Censura / Monica G. Zoppi Fontana Caro Aluno: Essa atividade pós-exibição é a segunda, de um conjunto de 7 propostas, que têm por base o segundo episódio do programa de áudio Hora de Debate. As atividades pós-exibição são compostas por textos que retomam os programas e encaminham sugestões de atividades a serem realizadas por vocês. Recomendamos que elas sejam feitas após a exibição em sala de aula desse episódio. No Portal do Professor você encontrará um jogo interativo correspondente a esse mesmo episódio e que trata dos mesmos temas das atividades. 2 Censura / Monica G. Zoppi Fontana Atividade Censura Episódio Combatendo o preconceito: argumentação e linguagem Programa Hora de Debate. Campanhas de prevenção contra DSTs: Linguagem em alerta A censura é uma prática que, de uma forma ou de outra, se mostra presente nas mais diversas sociedades. Durante a Idade Média, a Igreja Católica chegou a elaborar uma lista de livros proibidos aos fiéis, conhecida como Index librorum prohibitorum. Na história brasileira, a censura marcou o período da ditadura militar: proibia-se a publicação de notícias, livros, músicas e filmes que deixassem supor qualquer crítica ao regime político do país. Durante as Olimpíadas de 2008, milhares de jornalistas que chegaram à China sentiram os efeitos da censura vigente no país. Naquele momento, eram inacessíveis, por exemplo, sites que mostravam a repressão às comunidades a favor da independência do Tibete, região central da Ásia controlada pela China desde 1951. A censura pode, assim, ser definida como uma forma de interdição do dizer, que incide sobre a circulação de textos e sentidos na sociedade (Orlandi, 2002), e que é feita a partir de uma posição de poder, mediante medidas de controle e repressão da enunciação. Cabe, então, a seguinte pergunta: por que se considera, a partir de uma determinada posição ideológica, que um certo texto não deve circular em uma dada comunidade? Embora as razões da censura possam ser de diferentes ordens (política, moral, religiosa etc.), em todos os casos, é comum o fato de que o ato de silenciar é sempre excludente, opressivo, na medida em que visa à dominação (idem, 2003). Ao impedir que determinados discursos circulem na sociedade, “proíbem-se certos sentidos, porque se impede o sujeito de ocupar certos lugares, certas posições” (op. cit., p. 107) – por exemplo, posições contrárias ao regime militar, no caso da ditadura por que passou o Brasil. Um aspecto fundamental no funcionamento da censura, ainda segundo Orlandi (ibidem), diz respeito ao fato de que ela incide sobre a figura política do cidadão, isto é, 3 Censura / Monica G. Zoppi Fontana aquele responsável perante a lei. Dessa forma, “o sujeito não pode dizer o que sabe ou que se supõe que ele saiba” (Orlandi, 2002), porque está sujeito à interdição. Se, por um lado, a censura objetiva apagar determinados sentidos, por outro, esse poder é sempre acompanhado por uma forma de resistência. Isso pode ser ilustrado pelas diferentes canções da MPB compostas à época da ditadura, que criticavam duramente o regime político, mas de maneira indireta, através de metáforas e de analogias, entre outros recursos lingüísticos. Autores: Monica Graciela Zoppi Fontana (coord.) Leandro Rodrigues Alves Diniz Pesquisa de materiais: Heloísa Rutschmann Fonsechi Referências: ORLANDI, E. As formas do silêncio. No movimento dos sentidos. Campinas: Unicamp, 2002. ______. A fala de muitos gumes (as formas do silêncio). In: ______. A linguagem e seu funcionamento: as formas do discurso. Campinas: Pontes, 2003. p. 263-276. Exercício 1 Leia trechos da reportagem abaixo, publicada na Folha Online em 04 de janeiro de 2009. "Google católico" bloqueia conteúdo impróprio da Folha Online Em geral, os resultados de buscas que aparecem no Google são uma mostra do que o internauta está, de fato, procurando, quando digita palavras ou expressões no site. Entretanto, um site chamado CatholicGoogle quer "limpar" essas buscas, dando destaque a resultados que estejam de acordo com os preceitos religiosos. A ideia do site é ser o "melhor modo de bons católicos navegarem na internet". O CatholicGoogle tenta bloquear conteúdos impróprios, como sites pornôs, e dar mais visibilidade a páginas que tenham relação com a Igreja Católica. Uma busca por "sex", por exemplo, mostra sites sobre a visão religiosa do ato sexual. 4 Censura / Monica G. Zoppi Fontana Site CatholicGoogle dá destaque em buscas a sites relacionados à visão católica dos assuntos (...) O CatholicGoogle informa que não tem relação com o Google, embora informe que trabalha com o gigante das buscas para melhorar a qualidade das buscas. O site usa o serviço Google Custom Search Engine, de pesquisas personalizadas, para filtrar os resultados. Fonte: Folha on-line. ‘Google católico’ bloqueia conteúdo impróprio. 04 jan. 2009. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u486028.shtml. Acesso em 24. mar. 2009 1. Discuta com seus colegas as seguintes questões: a. Qual a sua opinião sobre um buscador como esse? b. Quais as maiores dificuldades em se criar um sistema de buscas que impeça o acesso a páginas da Internet cujo conteúdo seja contrário ao da doutrina católica? Seria suficiente impedir o acesso a páginas que contêm um determinado conjunto de palavras? Em caso positivo, que palavras deveriam constar nessa lista? 2. Entre na versão em português do “Google católico”, acessando a seguinte 5 Censura / Monica G. Zoppi Fontana página: http://www.googlecatolico.com.br/ . Faça buscas através de palavras como “camisinha”, “aborto”, “eutanásia” e “inquisição”. Que ocorrências aparecem na primeira página? Compare-as com as que aparecem através de uma busca com as mesmas palavras através do Google: www.google.com.br. Que diferenças/semelhanças você pode observar? A partir de suas buscas, discuta com seus colegas a eficácia do sistema de filtragem do “Google católico”. Atente para os anúncios que aparecem à direita da tela, após a realização de uma busca. Eles também estão sujeitos aos mesmos mecanismos de filtro utilizados no “Google católico”? Por quê? Faça uma lista dos assuntos ou textos que “furam” o filtro, isto é, que conseguem escapar a este tipo de censura ao acesso a informações consideradas ofensivas do ponto de vista católico. 3. O que você opina sobre o funcionamento da censura? Que conteúdos você considera que deveriam sofrer algum controle ou restrição de circulação? A quem caberia esse controle ou interdição: ao Estado, à Igreja, à Família, a órgãos de regulação ou comitês de ética setorial (quais)? Pense em exemplos de controle que você conheça, como por exemplo, a restrição por faixa etária para a exibição de filmes. Faça uma lista desses mecanismos de controle e procure materiais que o exemplifiquem. Exercício 2 Durante a ditadura militar brasileira (1964-1985), diferentes artistas, como Caetano Veloso, Chico Buarque, Elis Regina, Geraldo Vandré, Gilberto Gil, Milton Nascimento e Raul Seixas, tiveram suas músicas censuradas. Faça um levantamento de canções que foram censuradas nesse período, consultando a Internet, a biblioteca de sua escola e outros materiais a que você tiver acesso. Converse também com seu professor de história, com seus pais, avós e/ou conhecidos que viveram à época da ditadura, que poderão lhe dar dicas importantes para seu trabalho. Encontre as letras de algumas dessas músicas, e, em pequenos grupos, discuta os possíveis motivos pelos quais elas foram censuradas. Observe, ainda, a maneira como as músicas mobilizam diferentes recursos para protestar contra a ditadura, sem fazer referência explícita a ela. Graças a esses recursos, algumas músicas foram censuradas somente depois de fazerem um grande sucesso entre o público, quando militares se davam conta da crítica à ditadura feita pela música. Esse foi o caso da canção “Cálice”, de Chico Buarque e Gilberto Gil, que explora, dentre 6 Censura / Monica G. Zoppi Fontana diversos outros elementos, a homofonia entre “cale-se” (que alude à censura que marcou a ditadura militar brasileira) e “cálice”, objeto sagrado utilizado para conter o vinho que será consagrado durante a eucaristia, segundo a tradição da Igreja Católica. Analise os diferentes recursos lingüísticos mobilizados pelos compositores como tentativa de “driblar” a censura (procure metáforas e analogias presentes no texto). Exercício 3 Em 2002, uma campanha publicitária do Ministério da Saúde, voltada para a prevenção de DSTs entre homossexuais, foi vetada pelo Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária (Conar), após ser exibida na televisão por 15 dias. Assista à campanha, acessando o link http://www.youtube.com/watch?v=ZMV7iw6rs10 . Em seguida, leia os fragmentos selecionados da matéria abaixo: 28/7/2006 - Conar vetou propaganda com gays Conar vetou propaganda com gays Evandro Éboli – O Globo BRASÍLIA. Entidades da sociedade civil que atuam em defesa dos direitos dos portadores do vírus da Aids estão indignadas com uma decisão do Conselho Nacional de Autoregulamentação Publicitária (Conar), que vetou a veiculação na TV de uma propaganda do Ministério da Saúde direcionada aos homossexuais. Apesar da proibição ser de agosto de 2002, as ONGs só tomaram conhecimento da proibição agora, quando o grupo Pela Vidda, de São Paulo, que está organizando uma mostra itinerante de filmes sobre Aids, pediu ao governo federal uma cópia do anúncio. O Ministério da Saúde informou que não poderia ceder a peça publicitária por causa do veto do Conar. O filme foi veiculado em 2002, durante 15 dias, e custou R$ 3 milhões. Na propaganda, um pai atende à porta e dispensa um rapaz, dizendo que o filho não quer mais vê-lo. De volta à sala, diante do filho desconsolado, o pai avisa que o rapaz já foi embora e diz: “Você encontrará outro, não fique triste.” A mãe, ao lado, complementa: “Outro que use camisinha”. No final, aparece a mensagem de que “respeitar as diferenças é tão importante quanto usar camisinha”. O Conar recorreu a argumentos morais para recomendar a suspensão da propaganda. O relator do processo no conselho afirmou no seu parecer que o anúncio “choca o núcleo familiar”, é constrangedor e tem impacto negativo indiscutível: “Esse impacto carrega consigo inegáveis efeitos negativos, contraproducentes e fortemente chocantes. No ambiente familial, de que fazem parte crianças, jovens, adultos e idosos, às vezes com visitantes, colaboradores domiciliares e outros, em diversos graus de intimidade ou de formalismo, o anúncio é causador de constrangimento, o que se agrava se houver alguém presente que seja portador da diferença, assumida ou oculta, ou pessoa de sua família. A 7 Censura / Monica G. Zoppi Fontana força do impacto negativo é indiscutível”, afirmou o relator. M. S., do Pela Vidda, disse que, se tivesse tomado conhecimento à época da proibição, teria organizado uma mobilização contra a decisão do Conar. — É lamentável que o governo tenha gasto tanto dinheiro num filme que não pode ser exibido justamente para quem deveria ser o público-alvo, que são os homossexuais. É uma censura absurda e vamos tentar derrubá-la — disse M. S. (...) Fonte: http://www.ibvivavida.org.br/noticias.asp?id=2486 Acesso em 30 set. 2008. Leia agora parte da síntese do processo julgado pelo Comitê de Ética do Conar, cuja decisão final levou à proibição da exibição da campanha. RESPEITABILIDADE [...] Considera este relator que esse impacto carrega consigo inegáveis efeitos negativos, contraproducentes e fortemente chocantes. [...] [...] Há considerável deformação da imagem habitual da família, em relação ao que se passa na realidade, ao se delinear essa plena indiferença em relação à diferença. A par de a realidade existente nas famílias não ser o cultivo do romantismo homossexual, não há respeito a famílias telespectadoras, com a confusão introduzida pelo quadro em seu lar, e com essa intromissão a perturbação de sua maneira de tratar a questão da homossexualidade. Este relator, além da compreensão que tem o dever de dedicar à diferença, faz um esforço, gênero "advogado do diabo", para tentar compreender e não desaprovar o anúncio. Várias particularidades negam apoio ao que seria esse jus sperneandi. A invasão do ambiente da família pelo anúncio, considerada a matéria que é objeto deste, constitui interferência que, no entendimento do relator, é indevida e inadmissível [...] Pensa este relator que o anúncio não se coaduna com o senso de responsabilidade social, ao impor-se, na forma que escolheu, a quaisquer telespectadores, ambientes e momentos. Assim, também, não leva em conta o aspecto educacional, pelo menos no que faz parte da prerrogativa da família a que nos referimos. Essa particularidade ganha especial ênfase se considerarmos que as crianças e jovens podem ser induzidos a imaginar que seja fato corriqueiro a mãe convencer o filho a ter esperança de ter um "rapaz que o mereça", pela naturalidade do conforto dado pela personagem genitora. As normas éticas admitem que a publicidade, além de incentivar o consumo de bens e serviços, promova instituições, conceitos e idéias. Na que ora analisamos, é notório o propósito de difundir o uso de preservativo, para isso utilizando o jargão popular. Acrescenta o pedido de compreensão para a diferença como algo de igual importância. As cenas e as falas, no seu conjunto, excluem o objetivo de outra indicação para o preservativo, que não a de evitar doenças sexualmente transmissíveis e, essencialmente, a prevenção da síndrome de 8 Censura / Monica G. Zoppi Fontana imunodeficiência adquirida ("sida" ou "aids"). [...] Ninguém, em bom juízo, é contrário à prevenção, nessas e em outras situações, mas encarar homossexualismo como banalidade e introduzir a imagem de solidariedade e aconselhamento quase lírico e esperançoso de futuro romance homossexual, da mãe ao filho, podem contribuir para que se originem numerosos problemas, o que não seria preciso ocorrer para se fazer a profilaxia. Chocando o núcleo familial - o que certamente faz o anúncio, em grande número de casos, da forma como referimos -, a publicidade, a nosso ver, não respeita devidamente muitas pessoas e tem conteúdo que não atende ao interesse social. Mesmo sem algo que se possa dizer indecente, fere o pudor de muitas pessoas, é desorientadora e por vezes antagônica da orientação familial. A imagem traçada, com certa trivialidade, da condição homossexual, apoiada na confiança e credulidade com que as pessoas presenciam a televisão, e cultivada na mente dos que têm menos conhecimentos ou são inexperientes, pode levá-los a concluir que o homossexualismo é mero resultado de "opção", vocábulo freqüentemente utilizado, como se aplica, por exemplo, à escolha de um clube, de um restaurante ou de uma roupa, o que, definitivamente, não é o caso. Não se discutem aqui as variações de comportamento sexual, e dispensamo-nos de fazer acréscimos a esse respeito, mas não se trata de simples opções ou escolhas, e sim de matéria de altíssima complexidade, que precisa de orientação competente e segura, atributos ausentes no anúncio, notoriamente superficial e inaceitavelmente ousado. Quando há crianças e jovens dentre os telespectadores, como se passa forçosamente quanto ao anúncio sob exame, a publicidade deve merecer os cuidados respectivos, o que não se vê no caso; a ingenuidade, a credulidade, a inexperiência, a timidez, o respeito e o temor reverencial, ou às vezes até a postura de coragem exploratória constituem, nessas faixas etárias, nutrientes fortíssimos de impulsos para uma criança ou jovem aderir a proposições e satisfazer curiosidades, justificando a si próprio sob a forma de vencer desafios, realizar aventuras e outras iniciativas não isentas de riscos e conseqüências nefastas.(...) Conclusão Diante do exposto e nos termos deste parecer, é aplicável à publicidade examinada o disposto na letra c do art. 50 do Código Brasileiro de Auto-Regulamentação Publicitária (sustação). É o voto do Relator. São Paulo, 31 de agosto de 2002 Relator Fonte: Processo julgado pelo Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária (Conar). Disponível em: http://www.conar.org.br/html/decisoes_e_casos/2002_set.htm. Acesso em: 31 agosto 2008. Em pequenos grupos, discuta com seus colegas as seguintes questões: 9 Censura / Monica G. Zoppi Fontana 1. Na sua opinião, a censura da propaganda é válida ou não? Por quê? 2. Conforme explicado no texto que precede essa atividade, embora as razões da censura possam ser de diferentes ordens (política, moral, religiosa etc.), em todos os casos, é comum o fato de que o ato de silenciar é sempre excludente, opressivo, na medida em que visa à dominação (Orlandi, 2003). Tendo isso em vista, responda as seguintes questões: a. Segundo o relator do processo, um dos motivos pelos quais se justifica a censura do anúncio diz respeito ao fato de que ele “não se coaduna com o senso de responsabilidade social ao impor-se na forma que escolheu, a quaisquer telespectadores, ambientes e momentos”, e tampouco “leva em conta o aspecto educacional, pelo menos no que faz parte da prerrogativa da família”. Você concorda com esses argumentos? Por quê? b. É possível afirmar que a noção de família em que o relator do processo se baseia é excludente. Por quê? c. Separe os principais argumentos como justificativa para censurar a propaganda. Trata-se de argumentos de que ordem (política, social, moral, religiosa, científica etc.)? Você concorda com eles? Por quê? Hora de Escrever Escreva uma carta ao relator do processo julgado pelo Comitê de Ética do CONAR, que vetou a propaganda do Ministério de Saúde dirigida ao público homossexual, a fim de solicitar: 1) a revogação da proibição de veiculação da propaganda, ou 2) a manutenção da proibição, a despeito da pressão de alguns setores da sociedade. Argumente no sentido de justificar por que você considera a censura da propaganda válida ou não. Você poderá escrever sua carta colocando-se numa das seguintes posições: 1) a do presidente de uma ONG que luta pela prevenção de DSTs; 2) a de um pai de família conservador; 3) a de um homossexual soro-positivo; 4) a de um padre ou pastor que seja contra o relacionamento homossexual. Ao escrever seu texto, mobilize argumentos que sejam pertinentes e coerentes conforme a imagem do interlocutor – no caso, o relator do processo – e a do remetente. 10 Censura / Monica G. Zoppi Fontana PARA SABER MAIS Como você já sabe, as práticas políticas e culturais sofreram forte censura durante os períodos ditatoriais na história do Brasil. De 1964 a 1988, o cinema brasileiro e os trabalhadores da cultura e intelectuais em geral viram suas obras serem cerceadas, proibidas e retalhadas pelos órgãos de censura governamentais, notadamente o DEOPS. Dezenas de filmes e cineastas foram alvo da censura. Você não era nascido na época, por isso, a possibilidade de conhecer documentos preciosos reunidos sobre esse período autoritário e nefasto de nossa história lhe dará acesso a uma importante dimensão da nossa memória política e cultural. Visite e divulgue entre seu colegas e amigos a página do projeto: MEMÓRIA DA CENSURA NO CINEMA BRASILEIRO http://www.memoriacinebr.com.br/ Veja uma breve descrição do universo de vozes silenciadas e imagens interditadas que você encontrará nesse acervo: O projeto [...] Em dezembro de 2005, o projeto disponibilizou gratuitamente mais de seis mil documentos relativos a 175 filmes brasileiros – processos de censura, documentos do DEOPS-SP e material de imprensa. Deste total, seis filmes não tiveram seus processos de censura localizados - Amor bandido; Wilsinho Galileia; Cuidado, madame; Imagens do silêncio; Sem essa, aranha e Copacabana, mon amour e participam do projeto apenas com material de imprensa. Outros cinco não tiveram qualquer material de imprensa localizado - Álbum de família; 1968; Ironweed; Gigante da América e Cinema inocente. Estão presentes seus processos de censura. Agora, em outubro de 2007, estamos disponibilizando mais 269 filmes, de trinta e cinco cineastas, grande parte representantes do cinema marginal, da pornochanchada e do cinema independente. No total, a filmografia de sessenta cineastas brasileiros está amplamente representada. Outros quarenta e seis cineastas são citados por suas participações em filmes episódicos. [...] Para finalizar Este trabalho foi realizado tendo sempre em mente nossas limitações e a consciência de que, como disse Marc Bloch em seu livro Apologia da Historia ou o Oficio de Historiador, “a vida é muito breve, os conhecimentos a adquirir muito longos para permitir, até para o mais belo gênio, uma experiência total da humanidade”. Fizemos nossa parte e disso, nos orgulhamos. Fonte: Disponível em: http://www.memoriacinebr.com.br/projeto.asp Acesso em 12 de fevereiro de 2010