AS CONSIGNAS EM MUSICOTERAPIA GRUPAL*
Éber Marques Júnior
Claudia Regina de Oliveira Zanini
Ivany Fabiano Medeiros
Escola de Música e Artes Cênicas/UFG
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PALAVRAS-CHAVE: Musicoterapia, Consigna, Dinâmica Grupal.
INTRODUÇÃO
O grupo é um conjunto de pessoas movidas por necessidades semelhantes que se
reúnem em torno de uma tarefa específica (PICHON RIVIÈRE, 1994). Tendo em vista os
aspectos que concernem à dinâmica grupal, Mailhiot (1981) comenta que a comunicação nãoverbal e a expressão corporal são aspectos que têm contribuído para a ampliação da
compreensão dos processos grupais.
Com relação à coordenação de um grupo, Gayotto (2003) afirma que é o papel do
condutor, direcionar estratégias que facilitam a articulação dos processos que se desenvolvem
e são estabelecidos pelo grupo. Acredita-se que neste mecanismo são utilizadas consignas
como forma de direcionamento.
“As consignas são um conjunto de mecanismos dinâmicos que o musicoterapeuta
coloca em funcionamento antes e durante a sessão de musicoterapia a fim de produzir,
estimular e promover a relação com o paciente e/ou grupo de pacientes”. (OSLÉ, p. 9)1
Muitas são as nomenclaturas utilizadas pelos condutores de grupo ao propor uma
atividade. Barcellos (1992) chama de intervenção, Ruud (1990) direcionamento e Bruscia
(1998) de Experiências. A palavra/termo Consigna vem sendo utilizada em Musicoterapia. O
seu significado em uso corrente, tanto no português quanto no espanhol, encontra pouca
ligação com o seu significado quando utilizado em Musicoterapia.
No Brasil pouca informação é encontrada sobre o nome consigna, mas sabe-se que no
português advêm do termo consignação. A origem deste termo ainda é pouco investigada ao
se tratar de contexto terapêutico ou musicoterapêutico.
1
Tradução livre.
Na Colômbia o termo consigna, em espanhol, quer dizer slogan (lema), como as
propagandas utilizadas em publicidade. Também se refere ao posto que se dá à algumas
autoridades no exército: as medalhas entregues aos oficiais são consignas. Sendo assim a
palavra Consigna não é de origem espanhola e sim inglesa significando slogan.
No The Free Dictionary, site online que reúne definições de outros dicionários, podese encontrar as seguintes definições de Consigna:
“Ordem ou instrução que se dá a um subordinado ou a membros de uma ocupação
política ou associação”. (Diccionario Manual de la Lengua Española, 2007)
“Ordem que recebe uma pessoa ou grupo que vai intervir em uma ação determinada”.
(Diccionario Enciclopédico, 2009)
“Ordem, proposta ou introdução”. (Copyright, 2009)
No Brasil, o termo consigna está entre lado com consignação, consignar que, segundo
o Dicionário Escolar da Língua Portuguesa (1986, p.291), quer dizer “confiança; enviar a
alguém para que as negocie; determina renda ou soma de dinheiro para despesa ou pagamento
da divida; entregar ou depositar”.
Na área de Musicoterapia, Benenzon (1998) traz consigna como uma forma de
direcionar os pacientes dentro de um contexto musicoterapêutico, cabendo ao musicoterapeuta
criar mecanismos para produzir estímulos e acionar a relação com o paciente. Entre estes
mecanismos encontra-se o espaço, tempo, instrumentos, preparação do setting e todos os
meios de expressão corporal do musicoterapeuta. Para o autor, o musicoterapeuta pode
colocar este mecanismo antes e durante a sessão de Musicoterapia.
A consigna pode ser classificada em dois âmbitos, Verbal: diretiva (na qual o
musicoterapeuta fornece informações verbais específicas), semi-diretiva (na qual o
musicoterapeuta fornece informações verbais básicas permitindo ao paciente a exploração) e
não diretiva (na qual o musicoterapeuta pede para improvisar livremente), ou Não Verbal:
diretiva (na qual o musicoterapeuta elege o mesmo instrumento que o paciente e se põe a
executar, sem verbalizar ), semi-diretiva (quando o musicoterapeuta faz um gesto com as
mãos demonstrando os instrumentos) e não diretiva (quando o musicoterapeuta apenas
observa, sem se mover ou proclamar palavras).
Para Benenzon (1998), cada consigna tem suas indicações e contra-indicações. Cabe
ao musicoterapeuta utilizar a mais adequada em seu setting, tendo em vista a clientela
almejada.
Para Barcellos (1992) as intervenções musicais têm o mesmo objetivo das
intervenções verbais, no entanto, são feitas a partir da introdução ou modificação de
elementos da música. Para ela, as principais formas de intervenções verbais faladas ou
cantadas são: Interrogar, Informar, Confirmar, Clarificar, Recapitular, Assinalar, Interpretar,
Indicar, Sugerir, Meta-Intervenções e Outras Intervenções.
As consignas tem como objetivo direcionar o paciente a uma determinada atividade.
Benenzon (1998) classifica as consignas como verbal: diretiva, semi-diretiva e não diretiva,
ou não verbal: diretiva, semi-diretiva e não diretiva. Partindo deste principio, Baranow (1999)
explica que:
A Musicoterapia pode ser diretiva, quando o Musicoterapeuta dá instruções,
orientações e sugestões durante as sessões ou não-diretivas, quando sons e/ou
instrumentos são disponibilizados e o Musicoterapeuta somente observa as reações e
atuações do indivíduo. (BARANOW, 1999, p. 37)
Consignas excessivas, insuficientes ou determinadas pela ansiedade do profissional
podem exercer uma influência iatrogênica sobre o grupo. Assim, o musicoterapeuta pode
controlar ou desestabilizar a direção de um grupo, se a utilização ou forma das instruções não
forem adequadas para o momento. Benenzon (1985, p. 93) afirma que: “Muitas vezes um
musicoterapeuta impacienta-se ou entra em estado de ansiedade por não compreender o que
está ocorrendo no contexto não-verbal”.
Estas questões que dizem respeito ao manejo do grupo pelo musicoterapeuta são o
principal foco desta pesquisa, pois são aspectos fundamentais para o desenvolvimento de uma
boa relação terapêutica e o transcorrer de um processo musicoterapêutico.
OBJETIVOS
Objetivo Geral:
Compreender como se dá a utilização das consignas em Musicoterapia de grupo e
como elas podem ser direcionadas dentro de um contexto grupal.
Objetivos Específicos:
 Realizar uma revisão bibliográfica sobre o termo consigna e sua utilização no setting
musicoterápico.
 Observar como cada indivíduo lida com as consignas dadas pelo musicoterapeuta.
 Observar o impacto e a receptividade das consignas diferenciadas, verbais ou não
verbais e sua influência no contexto da terapia grupal.
 Analisar o nível de resistência e fluidez do paciente ou do grupo perante as consignas
trazidas pelo musicoterapeuta.
 Compreender e observar a receptividade das consignas diretiva, semi-diretiva e não
diretiva.
 Apresentar o trabalho desenvolvido em eventos científicos regionais e/ou nacionais.
METODOLOGIA
O presente trabalho trata-se de uma pesquisa qualitativa, dividida em duas etapas,
acerca do termo consigna e sua utilização no setting musicoterápico. Teixeira (2009) descreve
que na pesquisa qualitativa o pesquisador deve procurar reduzir a distância entre a teoria e os
dados, entre o contexto e a ação, usando a lógica da análise fenomenológica, isto é, da
compreensão dos fenômenos pela sua descrição e interpretação. As experiências pessoais do
pesquisador são elementos importantes na análise e compreensão dos fenômenos estudados.
Na primeira etapa da pesquisa foi feito um levantamento bibliográfico do termo
consigna, investigando sua origem, sua definição e sua aplicação em musicoterapia, assim
como outras terminologias utilizadas para descrever as ações do musicoterapeuta ao conduzir
o processo, como as intervenções.
Na segunda etapa o projeto baseou-se na observação e análise de três sessões de
Musicoterapia Grupal, documentadas em vídeo pela pesquisadora observadora (Participante
do PIBIC – Programa de Institucional Bolsista de Iniciação Científico), sendo a duração dos
vídeos entre 30 a 50 minutos. Para proceder a análise, foram feitas anotações e fichamentos
sobre cada um dos vídeos, tendo como base para as observações o Protocolo de Observação
de Grupos em Musicoterapia (ZANINI, MUNARI e COSTA, 2009), elaborado na primeira
fase da pesquisa (ZANINI, 2003).
Todos os participantes da pesquisa eram maiores de dezoito anos e concordaram em
participar da pesquisa através da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(TCLE), liberando o uso da imagem com fins de pesquisa.
O grupo observado em vídeo foi coordenado por uma musicoterapeuta mestranda da
EMAC/UFG, que realiza sua dissertação na linha de pesquisa “Música, Educação e Saúde”.
Os sujeitos da pesquisa eram idosos institucionalizados. Durante a pesquisa, foram realizadas
supervisões com a professora orientadora do projeto.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Conforme descrito na metodologia, após o levantamento bibliográfico foram
analisadas três sessões de Musicoterapia Grupal gravadas em vídeo, essas sessões foram
escolhidas devido as diferentes consignas utilizada pela musicoterapeuta. Foram elas: a
primeira, a quarta e sexta sessões realizadas com um grupo, que teve de três a sete
participantes.
Os principais pontos observados no decorrer das sessões serão descritos a seguir e
relacionados com a fundamentação teórica apreendida na primeira etapa do presente estudo.
Foram utilizadas pela musicoterapeuta do grupo duas das experiências musicais
definidas por Bruscia (2000): audição e recriação musical.
No primeiro video/sessão, podemos notar três aspectos relevantes, sendo o primeiro
caracterizado logo no início da sessão, quando a musicoterapeuta dá a consigna ao grupo de
cantar uma música da qual eles já tinham prévio conhecimento, sendo essa a música a ser
trabalhada durante a sessão. Para Benenzon (1998) cada consigna tem suas indicações e
contra-indicações. Cabe ao musicoterapeuta utilizar a mais adequada em seu setting, tendo em
vista a clientela almejada. Mas, enquanto a musicoterapeuta dá a consigna, observa-se que
uma participante, que chamarei de Z, pega um instrumento percussivo e começa a tocar.
BENENZON (1985, p. 93) afirma que: “muitas vezes um musicoterapeuta impacienta-se ou
entra em estado de ansiedade por não compreender o que está ocorrendo no contexto nãoverbal”. A Musicoterapeuta retoma a proposta ignorando o não verbal, logo após surge a
resistência vinda dos participantes. J diz “De ontem pra hoje eu não dormi”, Z “Acordei
cinco horas porque estava esperando minha filha”, N “eu não vou escolher nenhuma música,
eu vim aqui só pra escutar”. Castilho (1998) fala que o ato de recusar uma reflexão ou uma
proposta de uma técnica do terapeuta pode vir a ser um mecanismo de defesa do grupo.
Em relação à coordenação de grupo, Gayotto (2003, p. 34) explica que o coordenador
deve “estar atento à comunicação verbal e à não verbal, mas sobretudo às comunicações
verbais mais significativas e relacionadas à situação grupal”. O segundo aspecto relevante da
sessão seria a flexibilidade da musicoterapeuta de criar estratégias para facilitar a articulação
do grupo. A musicoterapeuta vem com a proposta de complementação da consigna original
desviando do verbal, entregando instrumentos musicais percussivos pequenos a cada
participante, sem dizer nada. Moscovici (2002) e Mailhiot (1981) comentam que a
comunicação não-verbal e a expressão corporal são aspectos que tem contribuído para a
ampliação da compreensão dos processos grupais, pois o ato de um olhar, um gesto, um
deslocamento físico, uma aproximação ou um afastamento constituem formas não verbais de
interação.
O terceiro aspecto relevante da sessão seria uma reorganização da consigna dada.
Através do movimento do grupo fez-se necessário mudar o meio de comunicação. Segundo
Barcellos (1992, p. 20): “as intervenções musicais têm o mesmo objetivo das intervenções
verbais. No entanto, são feitas a partir da introdução ou modificação de elementos da música”.
O desvio dado possibilitou a retomada da consiga original. A musicoterapeuta pega o violão e
começa a dedilhar as músicas em acordes simples, dando um suporte melódico, acolhendo o
grupo como ele estava. Os participantes começam a tocar os instrumentos percussivos e
consequentemente cantam a música.
No segundo vídeo/sessão, correspondente à quarta sessão realizada, podemos observar
que a musicoterapeuta retoma a proposta realizada na sessão de numero três, utilizando a
consigna verbal para obter resultados não-verbais. A proposta viria a ser um recorte da
história de vida dos participantes. Eles deveriam compartilhar algo importante sobre sua
história de vida com os colegas e depois cantar uma música relacionada com este momento.
Nesta sessão foram utilizadas duas das experiências musicais, audição e recriação musical.
Segundo Bruscia (2000) a experiência receptiva/audição musical está relacionada às
reminiscências e tem como objetivo utilizar a escuta musical para evocar lembranças de
experiências e eventos passados da vida do paciente. Entre os objetivos da audição, segundo
este autor, estão: explorar ideias e pensamentos; facilitar a memória, as reminiscências; e,
evocar as fantasias e a imaginação.
É importante notar que a referida sessão foi conduzida por consignas que sofreram
variações no decorrer do processo, às vezes atingindo a acumulação delas ao incluírem as
técnicas auditivas e re-criativas. Benenzon (1998) traz a ideia que o musicoterapeuta deve
fornecer apenas uma consigna por sessão, permitindo ao paciente expressar-se melhor. Ele
ainda explica que consignas excessivas, insuficientes ou determinadas pela ansiedade do
profissional podem exercer uma influência iatrogênica sobre o grupo. Devido ao acúmulo de
consignas alguns participantes pareceram não compreender todos os direcionamentos.
O terceiro e último vídeo/sessão observado, que viria a ser a sexta sessão, podemos
dividir em dois períodos, sendo o primeiro o início da sessão, quando a musicoterapeuta
cumprimenta os participantes, retomando a sessão anterior e trazendo uma proposta através da
consigna “Hoje eu vou pedir para vocês escolherem um instrumento”, apontando com a mão
para os instrumentos no centro. Nesta primeira parte da sessão predomina a Consigna Verbal
Semi-diretiva que, segundo Benenzon (1998), é quando o musicoterapeuta fornece
informações verbais básicas permitindo ao paciente a exploração. Nesse primeiro período foi
permitido aos participantes escolherem as músicas que eles almejavam tocar e cantar sem
restrições.
No segundo período houve a predominância de direcionamento específico/diretivos da
musicoterapeuta ao retomar a proposta, dando outra consigna: “todos devem acompanhar a
música com os instrumentos, às vezes com uma batida e às vezes duas batidas” e, “eu irei
dizer quando devem mudar as batidas”. Benenzon (1998) define estas consignas como Verbal
Diretiva que, segundo ele, é quando o musicoterapeuta fornece informações verbais
específicas. Já, para Baranow (1999), a Musicoterapia vem a ser diretiva quando o
musicoterapeuta fornece instruções, sugestões e orientações durante as sessões. A
musicoterapeuta forneceu consignas antes e durante a atividade musical, o que possibilitou
que o grupo, acompanhasse a produção musical, tocando e cantando conjuntamente. A forma
como foram conduzidas as consignas deu aos participantes um estimulo até o final da sessão,
motivando-os para sua produção musical.
No decorrer do processo musicoterapêutico, analisando os vídeos, foi possível notar a
predominância de consignas verbais e a boa receptividade delas pelos participantes. Elas
foram conduzidas baseadas em um bom vinculo, fornecidos através de músicas do
conhecimento dos participantes. Isto vem corroborar com o pensamento de Benenzon (1998),
quando explica que as consignas verbais diretivas são úteis em grupos de idosos, pois o
paciente idoso encontra-se fixado em torno do próprio ambiente cultural, sendo que uma
consigna como essa lhe permite se expressar livremente dentro de uma limitação ou contexto.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A presente pesquisa trouxe uma compreensão acerca do que é consigna e como ela foi
utilizada pela musicoterapeuta durante as intervenções. Através deste estudo pode-se observar
como os participantes lidam com as consignas fornecidas pelo musicoterapeuta, assim como a
aceitação e resistência. Os aspectos foram observados devido aos relatórios e fichamentos
elaborados acerca das gravações/videos feitos, além da utilização do Protocolo de Observação
de Grupos em Musicoterapia, elaborado na primeira fase da pesquisa de Zanini (2003). Com a
análise foi possível observar e relacionar com a literatura como o grupo reage perante as
consignas trazidas.
Estas questões que dizem respeito ao manejo do grupo pelo musicoterapeuta foram o
principal foco desta pesquisa, pois são aspectos fundamentais para o desenvolvimento de uma
boa relação terapêutica atentando-se ao processo de tratamento. O musicoterapeuta que
trabalha com grupos tem vários aspectos importantes para observar em uma sessão,
atentando-se às formas de consignas verbais e não verbal.
Concorda-se com Benenzon (1998) quando afirma que cada consigna tem suas
indicações e contra indicações. O musicoterapeuta deve ter sensibilidade ao utilizá-las no
setting, tendo em vista a clientela atendida, o tipo de atendimento (individual ou grupal)
mejada e objetivos a serem alcançados.
REFERÊNCIAS
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São Paulo: Editora Cultrix, 1964.
BARCELLOS, Lia Rejane Mendes. Caderno de Musicoterapia 2. Rio de Janeiro: Editora
Enelivros, 1992.
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Janeiro: Enelivros, 1985.
______________________. La nueva musicoterapia. Buenos Aires: Lumen, 1998.
CASTILHO, A. A. Dinâmica do Trabalho em Grupo. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1998.
GAYOTTO, M. L. (org.) Liderança II: aprenda a coordenar grupos. Petrópolis: Vozes, 2003.
MAILHIOT, G. T. Dinâmica e Gênese dos grupos. São Paulo: Duas Cidades, 1981.
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OSLÈ, Roberto. Fundamentos de La Musicoterapia de Grupo. Teses Nº 58 Musicoterapia
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PICHON-RIVIÈRE, E. O processo grupal. (El proceso grupal). Trad. de Marco Aurélio
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PESQUISA EM MUSICOTERAPIA, 2009. Anais... Curitiba: Griffin, 2009. Disponível em:
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Relatório Final revisado pela professora orientadora.
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As Consignas em Musicoterapia Grupal