JARDIM SUSPENSO: SAÚDE QUE BROTA. ALVES, Weslley de Oliveira1 ; SANCHES, Matheus Silva2; KEMPES, Neyla Ferreira3; SILVA, Daniele de O. M. 4; JACOB, Edelma Alencar Lima 5 Faculdades Adamantinenses Integradas – FAI Subprojeto: CIÊNCIAS BIOLOGICAS RESUMO Segundo a Organização Mundial da Saúde 80% dos países do hemisfério Sul utilizam medicina complementar alternativa, ou seja, fazem uso de algum tipo de planta medicinal no tratamento ou prevenção de alguma doença. Essas espécies vegetais possuem em sua estrutura inúmeras substâncias químicas, os princípios ativos que são capazes de agir em diversas partes do organismo humano e animal produzindo benefícios. No entanto cuidados especiais com a origem, identificação, manejo e extração devem ser tomados uma vez que elas também podem apresentar toxidade. Na escola, esse conhecimento e prática são poucos difundidos, a maioria dos alunos desconhecem essas informações e utilizam essas terapias de forma errada ou indiscriminada. Dessa forma, o projeto “Jardim suspenso -Saúde que brota” a ser desenvolvido na área de Ciências Biológicas do PIBID/FAI/CAPES, na escola estadual Osvaldo Martins de Osvaldo Cruz – SP , com adolescentes do ensino médio do 1º aos 3º anos, tem como objetivos, conhecer quais principais plantas medicinais fazem parte do cotidiano familiar dos alunos, proporcionar aos mesmos conhecimentos sobre o uso correto, como essas agem no organismos, já que elas possuem inúmeras substâncias químicas, além de seus “princípios ativos”, capazes de proporcionar efeitos terapêuticos. O trabalho, objetiva ainda, produzir culturas medicinais de forma sustentável utilizando pequenos espaços e materiais de baixo custo econômico e operacional (garrafas pet vazia), com ações ecológicas corretas e de forma simples, promover a interdisciplinariedade uma vez que conhecimentos da Química e Biologia serão utilizados. Por fim a construção do Jardim suspenso disponibiliza ações de trato pedagógico, cultural e medicinal, explorando as múltiplas formas de aprendizagem, integrando varias formas e métodos de aprendizagem, proporcionando assim um amplo campo de pesquisa já que, através dele é possível obter as conexões entre elementos do ecossistema bem como enfatizar a importância da reciclagem, trabalhando com a diversidade de plantas, o melhor aproveitamento de espaço e uso de matérias reutilizadas, levando alternativas sustentáveis no manuseio, o cultivo de plantas para saúde visando a preservação das espécies vegetais, disponibilizando uma interligação entre a saúde e as questões referentes ao meio ambiente. Através dessa pesquisa o grupo espera o interesse dos alunos pelo cultivo e manuseio correto, repassando assim este aprendizado, expandindo o conhecimento deixando a prática cultural popular. Palavras-chave: Jardim suspenso – plantas medicinais – reciclagem. Anais do II Encontro PIBID/CAPES/FAI – 14 a 16 de agosto de 2014, FAI, Adamantina – SP. INTRODUÇÃO As plantas medicinais fazem parte do cotidiano da maioria das pessoas, sendo utilizadas em aplicações terapêuticas, alimentar-condimentar, aromática e perfumística. É dentro do âmbito da família que os conhecimentos a respeito de sua utilização se propagam, na maioria das vezes de forma oral, sob a forma de chás.Dessa forma, em algumas culturas, elas tornam-se os primeiros recursos terapêuticos utilizados para tratar e prevenir enfermidades, assim como para promover a saúde. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 80% dos países do Hemisfério Sul utilizam medicina complementar alternativa, ou seja, fazem uso de algum tipo de planta medicinal no tratamento ou prevenção de alguma doença. No Brasil, as discussões sobre o seu uso na medicina alternativa inicio-se a partir da 8ª Conferência Nacional de Saúde realizada em 1986, mas só em 1992 na 10ª conferência é que se iniciou o estímulo à pesquisa e incorporação destas no atendimento público de saúde, ( WOLFFENBUTETEL, p. 9, 2010). Ainda, de acordo com Wolffenbutetel (p. 86, 2010), essas espécies vegetais possuem em sua estrutura inúmeras substâncias químicas, os princípios ativos também conhecidos como óleos essenciais, que são capazes de agir em diversas partes do organismo humano e animal produzindo benefícios. No entanto cuidados especiais com a origem, identificação, manejo e extração devem ser tomados uma vez que elas também podem apresentar toxidade, é o caso por exemplo dos óleos essenciais com elevado teor de cânfora, presente no alecrim (Rosmarinus officinalis) que, pode desencadear crises epiléticas e também neutralizar a ação de medicamentos homeopáticos. Apesar da simplicidade prática envolvida, por exemplo, no preparo de um chá, diversos mecanismos físico-químicos complexos estão presentes nos processos de extração, tais como: difusão, osmose, pressão de vapor, cinética de reação e outros. No entanto, na escola, esse conhecimento e prática são pouco difundidos, a maioria dos alunos desconhecem essas informações e utilizam essas terapias de forma errada ou indiscriminada, podendo causar danos à sua saúde e ou inibir o efeito de medicamento de uso contínuo. Dessa forma, o projeto jardim suspenso “Saúde que brota” a ser desenvolvido na área de Ciências Biológicas do PIBID/FAI/CAPES, na escola estadual Osvaldo Martins de Osvaldo Cruz – SP , com adolescentes do ensino médio do 1º aos 3º anos, tem como objetivos, conhecer quais as principais plantas medicinais fazem parte do cotidiano familiar dos alunos, proporcionar aos mesmos conhecimentos sobre o uso correto, e a ação delas, produzir culturas medicinais de forma sustentável, promover a interdisciplinariedade uma vez que conhecimentos da Química e Biologia serão utilizados. Anais do II Encontro PIBID/CAPES/FAI – 14 a 16 de agosto de 2014, FAI, Adamantina – SP. Por fim a construção do Jardim suspenso disponibiliza ações de trato pedagógico, cultural e medicinal, explorando as múltiplas formas de aprendizagem, integrando varias formas e métodos de aprendizagem, proporcionando assim um amplo campo de pesquisa já que, através dele é possível obter as conexões entre elementos do ecossistema bem como enfatizar a importância da reciclagem, trabalhando com a diversidade de plantas, o melhor aproveitamento de espaço e uso de matérias reutilizadas, levando alternativas sustentáveis no manuseio, o cultivo de plantas para saúde visando a preservação das espécies vegetais, disponibilizando uma interligação entre a saúde e as questões referentes ao meio ambiente. Através dessa pesquisa o grupo espera o interesse dos alunos pelo cultivo e manuseio correto, repassando assim este aprendizado, expandindo o conhecimento deixando a prática cultural popular. MATERIAL E MÉTODOS Para desenvolver o projeto, a equipe de bolsistas do sub grupo de Biologia PIBID/FAI/CAPES realizará várias atividades com os alunos do ensino médio da Escola Estadual Osvaldo Martins, de Osvaldo Cruz - SP, estas serão organizadas em várias etapas. A primeira etapa compreenderá: a investigação, a pesquisa e plantio das espécies, conforme a tabela 1 abaixo, a segunda etapa compreenderá atividades relacionadas à extração dos princípios ativos e elaboração de uma cartilha contendo informações sobre as plantas suas indicações e formas corretas de utilização. Para isso os alunos serão divididos em pequenos grupos conforme as séries e o número de plantas. Para o plantio serão utilizados pequenos espaços da escola, já que as plantas serão cultivadas suspensas em uma armação de madeira e ou metal adquirindo a forma de um “jardim suspenso”, que poderá ser deslocado à outros locais, como forma de mostrar que até mesmo tendo um ambiente pequeno é possível fazer o cultivo de alguma espécie medicinal. Também serão utilizados materiais de baixo custo econômico e operacional (garrafas pet vazia), para acomodar as mudas coletadas pelos alunos. O manejo e o trato seguirão as boas práticas de cultivo, com adubação orgânica e regas conforme a necessidade de cada planta. Tabela 1- Atividades a serem desenvolvidas no projeto: 1 2 3 4 5 6 Questionário investigativo do uso de plantas medicinais. Tabulação dos dados e apresentação em forma de gráficos no mural da escola. Distribuição dos alunos em grupos de pesquisa. Apresentação das pesquisas realizadas pelos alunos. Plantio das espécies medicinais Confecção do jardim suspenso com as plantas. Anais do II Encontro PIBID/CAPES/FAI – 14 a 16 de agosto de 2014, FAI, Adamantina – SP. RESULTADOS E DISCUSSÃO Através do desenvolvimento desse projeto o grupo espera um maior interesse dos alunos para a pesquisa, que os conhecimentos adquiridos possam ser repassados à toda comunidade, principalmente às suas famílias, auxiliando-os dessa forma no convívio diário através do cultivo e manuseio correto, de plantas medicinais, expandindo o conhecimento adquirindo e deixando a prática cultural popular CONCLUSÕES A utilização de plantas para o tratamento de doenças que acometem os seres humanos é uma prática milenar e que ainda hoje aparece como o principal recurso terapêutico de muitas comunidades e grupos étnicos, no entanto, na escola esse conhecimento e prática é pouco difundido, a maioria dos alunos desconhecem essas informações e utilizam essas terapias de forma errada ou indiscriminada dessa forma é que se torna relevante a participação do educador, que, envolvido com todo o contexto social, pode partir da prática cotidiana de seus alunos e procurar, em uma abordagem participativa e integrada, construir elementos que ressaltem a cultura popular adaptando-os à sua prática pedagógica. AGRADECIMENTOS Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES. REFERÊNCIAS CARVALHO, Luciana Marques de; Qualidade em plantas medicinais; disponível em <http://www.cpatc.embrapa.br/publicacoes_2010/doc_162.pdf> acesso em 10/07/2014 FILHO, Valdir Cechinel; Rosendo A. Yunes; Estratégias para a obtenção de compostos farmacologicamente ativos a partir de plantas medicinais. Conceitos sobre modificação estrutural para otimização da atividade; disponível em< http://www.scielo.br/pdf/qn/v21n1/3475.pdf> acesso em 07/07/2014. FOOD INGREDIENTS BRASIL, Extratos vegetais; disponível em <http://www.;Extratos vegetais; http://www.revista-fi.com/materias/120.pdf> acesso dia 07/07/2014 MIYAKE, Thaila; Métodos de extração e fracionamento de extratos VEGETAIS; disponível em <http://www.uepg.br/fitofar/dados/tecnicasextrativas.pdf> acesso dia 07/07/2014 Anais do II Encontro PIBID/CAPES/FAI – 14 a 16 de agosto de 2014, FAI, Adamantina – SP. 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