INFORME SOBRE TRANSFERÊNCIA DE EXPERIÊNCIAS DE ORQUESTRAS JUVENIS A motivação da seleção do tema As orquestras juvenis têm sido utilizadas, assim como outras atividades no âmbito da arte e da cultura , como instrumentos de educação, promoção cultural e inclusão social dos jovens e adolescentes que vivem em comunidades carentes. Aprender um instrumento musical, fazer parte de uma orquestra e tocar em concertos públicos, contribui para a valorização social dos adolescentes por suas famílias e comunidades, leva à auto-estima, à valorização da cultura, ao desenvolvimento de hábitos de estudo e disciplina e geram oportunidades de profissionalização dessa mão-de-obra e acesso futuro a um mercado de trabalho antes inacessível. No âmbito do Programa BLP, em seu Banco de Dados, encontra-se registro de várias experiências envolvendo crianças, jovens e adolescentes no exercício de atividades de arte e cultura. Como exemplo, destacamos particularmente: Orquestra de Chamoscús de Buenos Aires, classificada entre as melhores práticas no Prêmio Dubai de 2006 e de 2008; Sistema de Orquestas Infantiles y Juveniles de Argentina (SOIJAR), premiada em 2010 (ver Anexo 8), e a Orquestra do Coque do Recife ( ver Anexo 9), a qual premiada pelo Prêmio CAIXA Melhores Práticas 2009 concorreu também ao P. Dubai 2010 , tendo sido classificada entre as boas práticas. A importância do tema na América Latina Encontram-se exemplos de orquestras juvenis em várias cidades e países da América Latina, sendo que a maioria das experiências bem-sucedidas se inspiraram no exemplo do Sistema Nacional de Orquestras Juvenis e Infantis da Venezuela - El Sistema, fundado há 30 anos naquele país. No Brasil, o exemplo mais conhecido é o da Orquestra de Heliópolis em São Paulo, fonte de inspiração e estímulo para a multiplicação de muitas práticas semelhantes em outras cidades. 1 É importante ressaltar, entre as experiências que colhemos através de pesquisa na web, que a disseminação das orquestras juvenis e o intercâmbio entre elas, tem merecido a atenção e o apoio de organismos de cooperação internacional atuantes na Região da América Latina, tais como : Agência Espanhola de Cooperação para o Desenvolvimento, PNUD, Corporação Andina de Fomento ( CAF), UNESCO, destaca-se pela sua importância a criação do Programa de Apoio à Constituição do Espaço Musical Ibero-Americano Iberoorquestras Juvenis – um projeto multilateral de cooperação técnica e financeira para incentivar o desenvolvimento musical, especialmente entre crianças e jovens de médios e escassos recursos e em situação de risco social ( ver Anexos 1 e 4 ). Com a finalidade de promover o intercâmbio cultural e a transferência de conhecimentos, estimular os jovens músicos a perseguirem seus estudos e aperfeiçoamento bem como estimular a formação de platéias, órgãos de governo, organismos de cooperação e patrocinadores privados tem promovido uma série de eventos - seminários, oficinas e encontros. Destacam-se, entre outros: Seminário Ibero-Americano: Educação Musical e Inclusão Social, realizado de 09 a 12 de Novembro de 2009, no SESC Consolação em São Paulo/SP. ( Anexo 2 ) 1º Festival Internacional de Orquestas Infanto - Juveniles, Iguazú en Concierto, realizado Del 26 a 29 de Março de 2009 na Cidade de Puerto Iguazú, Argentina. ( Anexo 5 ) Resumos de algumas experiências selecionadas – Ver Anexos Lições aprendidas A leitura dos materiais coletados permite identificar algumas lições aprendidas nos processos de criação e desenvolvimento de orquestras juvenis na Região. A saber: • Características do público-alvo Crianças, adolescentes e jovens de médios e escassos recursos dos países participantes, privilegiando a inclusão dos grupos em situação de risco social. “O trabalho em equipe, a constância e a disciplina necessárias para fazer parte de uma orquestra aprofundam a formação destas crianças e jovens para a vida em sociedade.” • Objetivos - Difundir entre as crianças, adolescentes e jovens a prática orquestral como uma valiosa ferramenta para o desenvolvimento artístico e humano, assim como para a integração social dos setores mais desfavorecidos da população. - Estimular a formação de novos públicos e ampliar as perspectivas de trabalho dos futuros profissionais da música. - Fomentar a confecção de instrumentos musicais. 2 • Promotores Órgãos de Governo - nacional, estadual/provincial, municipal; organismos de cooperação regional e internacional; fundações culturais. • Escala ( local, provincial/estadual, nacional) Embora algumas experiências tenham se iniciado por iniciativa local, a partir dos resultados alcançados e do estágio de desenvolvimento, as práticas vão se estendendo a outras cidades nos respectivos Estados, como nos casos da Bahia e de São Paulo, até atingirem uma abrangência nacional, como nos casos da Argentina e da Venezuela. • Dificuldades/obstáculos/problemas enfrentados - Problemas sócio-econômicos dos jovens músicos e suas famílias, que afetam as condições de saúde e educação em geral e a disponibilidade de tempo para dedicação ao estudo do instrumento e participação nos ensaios - Aquisição e manutenção dos instrumentos - Problemas financeiros na contratação de maestros e professores, aluguel ou cessão de espaços apropriados, realização de concertos e intercâmbio internacional - Direção musical e disponibilidade de um músico ou maestro que tenha condições de dedicação ao projeto social. • Tamanho das orquestras As maiores orquestras chegam a mais de 100 participantes, em alguns exemplos os conjuntos musicais chegam a se multiplicar dando origem também às orquestras infantis que servem de iniciação musical aos jovens músicos. • Foco (música clássica, folclórica, popular) A maior parte das orquestras juvenis da Região dedicam-se à música clássica ou erudita, considerando-se a sua universalidade, não significando no entanto que o repertório não inclua e valorize os compositores nacionais e mesmo a música folclórica dos respectivos países. Problemas que se apresentam para a transferência Entre outros, observam-se os seguintes: - Adoção de métodos de ensino musical diferenciados; - Níveis diferenciados de educação musical dos componentes das orquestras; - Necessidade de patrocínio para cobrir os custos da transferência; 3 Conclusão : uma proposta de trabalho para o Fórum Ibero-americano e do Caribe Melhores Práticas Considerando o perfil institucional e os recursos humanos, técnicos e financeiros disponíveis para apoiar as atividades a serem desenvolvidas, a cada ano, pelas instituições associadas, sejam como Nós Sub-regionais ou Pontos Focais, face à abrangência regional e a multiplicação das orquestras juvenis, cabe indagar-se sobre qual o diferencial que o Fórum pode oferecer para a divulgação das lições aprendidas e a multiplicação das práticas em questão ? Tradicionalmente, os Planos de Ação incluem algumas alternativas: (a) elaboração de estudos de caso, (b) promoção e/ou documentação de transferências, (c) apresentação de boas práticas em Seminários e Reuniões, (d) estímulo e apoio às inscrições de boas práticas no Prêmio Dubai, (e) divulgação através do Banco de Dados do BLP e, mais recentemente, através da publicação dos Catálogos de Melhores Práticas. Todas as alternativas podem ser utilizadas, em havendo disponibilidade de fundos específicos, para despertar o interesse dos parceiros, gestores locais, promotores culturais e membros das orquestras juvenis existentes ou a se constituírem. Uma alternativa seria o Fórum apoiar a formação de uma rede regional, através da criação de um site na web que funcione como elemento de conexão entre as práticas, estimulando um processo autônomo de aprendizagem e transferência de lições aprendidas. Seria uma alternativa de menor custo, além de atrair eventualmente patrocínios de empresas públicas e privadas atuantes na Região. 4 ANEXOS Anexo 1 Orquestra Juvenil Ibero-Americana Por ocasião da XVII Cimeira Ibero-Americana de Chefes de Estado e de Governo, celebrada em Santiago do Chile, os Mandatários encarregaram a Secretaria Geral Ibero-Americana de tomar as medidas pertinentes para pôr em funcionamento um programa que levasse à criação da Orquestra Juvenil Ibero-Americana. Na Cimeira de São Salvador aprovaram a iniciativa de apoio à constituição do Espaço Musical Ibero-Americano mediante a criação do programa IBEROQUESTRAS JUVENIS. Trata-se de um projeto multilateral de cooperação técnica e financeira para incentivar o desenvolvimento musical, especialmente entre crianças e jovens de médios e escassos recursos e em situação de risco social. O programa IBERORQUESTRAS analisa e toma como referência as experiências que, nesta área, foram desenvolvidas com sucesso em diversos países ibero-americanos, especialmente o Sistema Nacional de Orquestras Infantis e Juvenis da Venezuela. Trata-se de um projeto artístico e educativo-social. Artístico porque é dedicado à formação de músicos e educativo-social porque pretende forjar cidadãos. O trabalho em equipe, a constância e a disciplina necessárias para fazer parte de uma orquestra aprofundam a formação destas crianças e jovens para a vida em sociedade. O programa foi constituído em Março de 2009 mediante a adesão de oito países e a formação de uma Comissão Intergovernamental, integrada pelos representantes das autoridades competentes no âmbito das orquestras juvenis dos respectivos governos ibero-americanos. Como uma das suas primeiras atividades, estabeleceu-se um acordo para a formação da Orquestra Juvenil Ibero-Americana (OJI) que iniciou a sua digressão com a apresentação perante os Chefes de Estado e de Governo, enquadrada na XIX Cimeira Ibero-Americana do Estoril. Todos os países ibero-americanos estão representados na Orquestra, integrada por 130 jovens músicos. O apoio dos países e o patrocínio e dedicação do Ministério da Cultura de Espanha, a Corporação Andina de Fomento (CAF), o Instituto Nacional das Artes Cénicas e da Música de Espanha, a Agência Espanhola de Cooperação para o Desenvolvimento, a Jovem Orquestra de Espanha, a Fundação do Estado para o Sistema das Orquestras Juvenis e Infantis da Venezuela, a Fundação Calouste Gulbenkian, o Instituto Internacional de Música Ibérica e Juventudes Musicais, bem como o compromisso dos Maestros Gustavo Dudamel, José 5 Antonio Abreu, José Luis Turina e toda a equipa que está por detrás, tornaram este esforço possível. Para a preparação da orquestra, os jovens intérpretes passaram quase duas semanas de ensaios intensivos na localidade sevilhana de Pilas. Dez professores de alto nível, sob a direção orquestral do Maestro Christian Vasquez, permitiram a coordenação da orquestra. O período de convivência serviu para a troca de experiências e conhecimentos entre os jovens integrantes dos diferentes sistemas orquestrais, fortalecendo com eles os objetivos e alcances do Programa IBERORQUESTRAS JUVENIS. A estréia oficial da Orquestra Juvenil Ibero-Americana terá lugar no dia 1 de Dezembro de 2009 como encerramento da XIX Cimeira IberoAmericana de Chefes de Estado e de Governo. À frente da formação, e com um programa aberto, estará o Maestro Gustavo Dudamel, figura mundial da direção de orquestra e símbolo do desenvolvimento dos sistemas orquestrais da Venezuela, um exemplo para o mundo inteiro. No dia 2 de Dezembro realizar-se-á o segundo concerto da digressão na Fundação Calouste Gulbenkian de Lisboa, e no dia 3 de Dezembro o terceiro, no Auditório Nacional de Música de Madrid. Enrique Secretário-Geral V. Iglesias Ibero-Americano 24 Novembro 2009 Fonte: http://www.musica.gulbenkian.pt/ 6 ANEXO 2 SEMINÁRIO IBERO-AMERICANO: EDUCAÇÃO MUSICAL E INCLUSÃO SOCIAL SESC Consolação 09 a 12 de novembro de 2009, das 8h às 20h O SESC São Paulo, a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID), através do Centro Cultural de Espanha em São Paulo e a Santa Marcelina Cultura, organização responsável pelo programa Guri Santa Marcelina, realizam o Seminário Ibero-americano de Educação Musical e Inclusão Social. Esta iniciativa objetiva investir na construção de uma nova cultura sobre educação musical e inclusão social, estimular a formação dos profissionais envolvidos em programas de natureza sócio-educativa e dar a conhecer alguns dos Programas e Projetos de Educação Musical na América Latina e Espanha que tenham em seu escopo a inclusão social. Além da mobilização das áreas envolvidas – cultura, serviço social, educação musical, gestão cultural, entre outras – e da sensibilização da sociedade para o tema, almeja-se a criação de uma rede de contatos que possibilitem ações tais como: • Investir na construção de uma nova cultura sobre educação musical e inclusão social • Estimular a formação dos profissionais envolvidos em programas de natureza sócioeducativa • Informar sobre alguns dos Programas e Projetos de Educação Musical na América Latina e Espanha que tenham em seu escopo a inclusão social. • Compartilhar experiências e saber acumulado • Identificar necessidades comuns e criar formas de articulação, de fortalecimento e de ajuda recíproca entre os programas • Propiciar e fortalecer as relações entre as organizações e programas participantes, com ênfase na troca de experiências nas áreas de pedagogia musical, intervenção social e gestão • Promover o encontro e o diálogo entre alunos e professores dos programas participantes • Criar uma rede de contatos e de intercâmbios que possibilitem ações de melhoria dos programas já existentes e de apoio às futuras iniciativas. 7 ANEXO 3 Salvador, 11/07/2008 De bairros pobres para a sala de concerto Projeto na Bahia forma núcleos de orquestras para ensinar crianças e adolescentes de baixa renda a tocar e fabricar instrumentos musicais JULIANA SAYÃO Um projeto na Bahia está ensinando música clássica e confecção de instrumentos musicais a crianças e adolescentes pobres. Baseada em uma experiência venezuelana, a iniciativa já foi implantada em Salvador, onde resultou na formação de duas orquestras juvenis, mas deve ser ampliada na própria capital baiana e levada a outros municípios do Estado. Chamado NEOJIBÁ (Núcleo de Estudos de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia), o projeto beneficia atualmente 100 jovens em Salvador. Ele consiste em aulas de música, formação de orquestras e capacitação em reforma e fabricação de instrumentos, de modo a contribuir para integração social e formação ética e cultural por meio da música. A ação é uma parceria entre o governo estadual, por meio da Fundação Cultural do Estado da Bahia, e o PNUD. "A música é comprovadamente uma matéria que deve fazer parte do currículo escolar, porque ela faz desenvolver mais o cérebro da criança, isso é fato", defende Ricardo Castro, coordenador e idealizador do NEOJIBÁ e diretor da Orquestra Sinfônica da Bahia. "A novidade do projeto é a pratica orquestral, a musica feita em conjunto. Essa atividade é primordial para o desenvolvimento da criança". Pianista internacionalmente reconhecido, Castro teve a idéia de trazer para a Bahia, estado onde nasceu, uma proposta semelhante à da Fundación del Estado para el Sistema Nacional de las Orquestras Juveniles e Infantiles de Venezuela. A entidade venezuelana atende mais de 250 mil crianças e jovens e possui 140 núcleos de formação musical. Atualmente, a fundação presta suporte ao NEOJIBÁ, principalmente em recursos humanos, expertise e material pedagógico. "A gente está seguindo a pedagogia da Venezuela e os conselhos de José Antônio Abreu [fundador do projeto da Venezuela]", diz o pianista, "São os únicos com uma pedagogia que funciona com essa qualidade e velocidade". Em vigor desde junho de 2007, quando foi aberta a primeira seleção para crianças e jovens de 8 a 18 anos, o projeto na Bahia ensina a tocar instrumentos como violino, viola, violoncelo, contrabaixo, flauta, oboé, clarineta, fagote, trompa, trompete, trombone, tuba e percussão. Jovens artesãos são, também, capacitados a reformar e fabricar instrumentos de corda. A primeira orquestra foi formada em 2007 — a Orquestra Juvenil Dois de Julho. Sua primeira apresentação aconteceu em 20 de outubro no Teatro Castro Alves, 15 dias após o 8 início dos ensaios, sob a regência do maestro venezuelano Manuel Lopéz Gomes, mostrando a inclinação do projeto de trabalhar também com músicos internacionais. Desde então, foram diversas apresentações. Em abril deste ano foi criada a Orquestrinha, grupo infantil que conta com o monitoramento dos membros da Dois de Julho. As duas funcionam no núcleo formado no Teatro Castro Alves, mas há planos de expansão do projeto, com a criação de centros espalhados por Salvador. "O projeto está em trâmite de assinatura, mas já foi aprovado pela Procuradoria Geral do Estado", diz Maria Teresa Amaral Fontes, do PNUD. A intenção é expandir para todo o estado da Bahia, segundo Ricardo Castro. "Se não tiver nada parecido no país, nós podemos pensar em crescer ainda mais", diz ele. 9 ANEXO 4 III REUNIÃO DE COORDENADORES NACIONAIS E DE RESPONSÁVEIS DE COOPERAÇÃO São Salvador, 26 - 28 outubro 2008 TÍTULO: Programa de Apoio à constituição do Espaço Musical Ibero-Americano, Iberorquestras Juvenis. PROPONENTE: República Bolivariana de Venezuela e Secretaria-Geral IberoAmericana, SEGIB. PAÍSES PARTICIPANTES: Equador, Colômbia, Espanha, México. Pendentes de receber carta de confirmação aos 20/10/2008: Argentina. ÁREA TEMÁTICA: Cultura. ANO DE PRESENTAÇÃO: 2008. DATA DE INICIO E DURAÇÃO: 2009. Revisão anual e renovação trienal. CUSTO DO PROGRAMA: Se criará o Fundo Iberorquestras Juvenis com uma contribuição anual mínima de 100.000 dólares por cada país que se aderir. JUSTIFICATIVA E CONTEXTO DO PROGRAMA O Programa de Apoio para a constituição do Espaço Musical Ibero-Americano, IBERORQUESTRAS JUVENIS, é um projeto multilateral de cooperação técnica e financeira para fomentar o desenvolvimento musical, especialmente entre a infância e a juventude de médios e pequenos recursos e em situações de risco social. O programa IBERORQUESTRAS JUVENIS valoriza e toma como referente as experiências que, neste campo, foram desenvolvidas com êxito em diversos Países IberoAmericanos, em especial, o Sistema de Orquestras Infantis e Juvenis da Venezuela. O programa IBERORQUESTRAS JUVENIS surge conforme os objetivos fixados na Declaração da XVII Cúpula Ibero-Americana celebrada no Chile sob o lema “Coesão social e políticas sociais para alcançar sociedades mais inclusivas na Ibero-América”; de maneira específica conforme o objetivo número 25, que insta a elaborar “em consulta com os Ministérios da Cultura ou órgãos competentes, um programa ibero-americano conducente à criação da Orquestra Ibero-Americana”. LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA: Países Ibero-Americanos que decidam aderir-se ao Programa. DESTINATÁRIAS/OS DO PROGRAMA: I- Crianças, adolescentes e jovens de médios e escassos recursos dos países participantes, privilegiando a inclusão dos grupos em situação de risco social. II– Públicos ibero-americanos. 10 III- Maestros, solistas e instrumentistas relacionados com as orquestras infantis e juvenis ibero-americanas OBJETIVOS GERAIS: - Difundir entre as crianças, adolescentes e jovens a prática orquestral como uma valiosa ferramenta para o desenvolvimento artístico e humano, assim como para a integração social dos setores mais desfavorecidos da população. - Fomentar a presença e o conhecimento da diversidade cultural ibero-americana no âmbito da música, estimulando a formação de novos públicos na região e ampliando as perspectivas de trabalho dos futuros profissionais da música. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 1) Fomentar nos países ibero-americanos a criação de Sistemas Orquestrais e Corais que promovam a participação inclusiva e protagonista de crianças, adolescentes e jovens de médios e baixos recursos. 2) Ampliar o mercado de trabalho aberto aos jovens Profissionais da Música. 3) Fortalecer, através da integração Orquestral e coral, a reabilitação e o resgate de jovens e crianças de médios e baixos recursos, com a prática orquestral como instrumento de prevenção e luta contra a droga, a violência e a delinqüência. 4) Propiciar a mobilidade de instrumentistas, profissionais, solistas e diretores iberoamericanos. 5) Contribuir a difundir o repertório musical ibero-americano histórico e atual, através de sua interpretação em concertos, publicações, gravações, etc. ATIVIDADES E RESULTADOS: 5.1. Atividades: 1) Criação nos diferentes países de uma rede de orquestras e coros infantis e juvenis, especialmente naquelas zonas cuja população esteja integrada majoritariamente por grupos sociais de médios e baixos recursos, ou em situação de risco social. 2) Fomento da distribuição, circulação e promoção de espetáculos musicais iberoamericanos protagonizados por crianças e jovens nos Estados Parte do Programa. 3) Criação de um programa de Capacitação Instrumental e Treinamento Orquestral Juvenil e Infantil, aberto aos docentes de todos os países membros. 4) Encargo de obras a compositores ibero-americanos, para ser programada de forma conjunta pelas diferentes orquestras e coros infantis e juvenis dos países participantes, favorecendo desse modo o intercâmbio de instrumentistas e a mobilidade de solistas, diretores e profissionais. 5) Apoio aos auditórios e salas de concertos, assim como aos festivais nacionais e internacionais da Ibero-América, para que dêem freqüente cabida em seus programas às orquestras e coros infantis e juvenis. 11 5.2. Resultados: • Inclusão social e desenvolvimento artístico e humano dos participantes. • Maior presença de orquestras e coros infantis e juvenis nas programações habituais de auditórios e salas de concertos. • Aumento dos públicos, especialmente populares e jovens, para os concertos e espetáculos musicais ibero-americanos. • Processos associativos de organizações e instituições dedicadas à gestão das orquestras e coros infantis e juvenis dos diferentes países ibero-americanos, para facilitar o intercâmbio de informação sobre os resultados obtidos, avaliar as atividades realizadas e propor e estudar novas vias de atuação. • Aumento da mobilidade de instrumentistas, professores, solistas e diretores iberoamericanos pelos diferentes países. • Maior difusão do repertório ibero-americano, tanto histórico como atual. 6. INTEGRAÇÃO DE GÊNERO E ETNIA (POVOS ORIGINÁRIOS E AFRODESCENDENTES) • Difundir entre as crianças, adolescentes e jovens –como a expressa a convenção pela diversidade cultural da UNESCO- as criações dos povos indígenas e afrodescendentes, com o propósito de impulsionar o conhecimento e a valorização da diversidade e das riquezas culturais presentes na Música de todos os povos da região. • Procurar a presença de jovens indígenas e afro-descendentes nas Orquestras e Coros Juvenis. • Apontar à paridade de gênero nas Orquestras e Coros Juvenis assim como no grupo de solistas com o qual se promova a mobilidade. • Incorporar criações dos povos indígenas e afro-descendentes no repertório das Orquestras e Coros Juvenis. INDICADORES DE SEGUIMENTO: 7.1. Indicadores de seguimento: • Estudos anuais de participação de crianças, adolescentes e jovens nas orquestras e coros infantis e juvenis, com referências estatísticas às áreas e grupos sociais de procedência. • Estudos anuais de assistência de público nos países participantes do Programa aos concertos e espetáculos musicais celebrados. • Estudo anual do repertório interpretado pelas diferentes orquestras e coros infantis e juvenis, e valorização estatística das obras de compositores ibero-americanos programados. • Estudo anual da presença de solistas e diretores ibero-americanos nos concertos e espetáculos musicais oferecidos pelas orquestras e coros infantis e juvenis. • Indicadores que permitam medir a integração de gênero recolhida no ponto 6. 12 7.2. Revisões e seguimento do programa: Relatório anual das atividades desenvolvidas pelo Programa e os resultados obtidos, tendo em conta os indicadores apresentados e no formato proporcionado pela SEGIB. Ao terceiro ano se efetuará uma avaliação do cumprimento e impacto do Programa. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DO PROGRAMA. Durante o primeiro semestre de 2009 se constituirá o Fundo Iberorquestras Juvenis e a Unidade Técnica e se desenharão e publicarão as bases da Convocatória Pública do Programa com suas distintas modalidades, e se executarão durante o segundo semestre. Neste mesmo período, se desenhará o cronograma a três anos, incorporando as atividades definidas neste documento de projeto. ORGANIZAÇÃO DO PROGRAMA PARA SUA EXECUÇÃO. ORGANISMOS PARTICIPANTES DOS PAÍSES. ÓRGÃOS DE IBERORQUESTRAS JUVENIS: • Conselho Intergovernamental O Conselho Intergovernamental está integrado pelas autoridades nacionais designadas pelos Estados Parte e a Secretaria-Geral Ibero-Americana, SEGIB, como membro com direito ao uso da palavra e não a voto. • Comitê Executivo O Comitê Executivo está integrado por três membros do Conselho Intergovernamental eleitos pelo pleno do mesmo entre os países que fazem parte do Programa. Unidade Técnica • A Unidade Técnica atua como secretaria técnica do Conselho Intergovernamental e está integrada por profissionais designados pelo mesmo. MEMBROS DO PROGRAMA: Os Estados Ibero-Americanos que participam do Programa e realizem contribuições econômicas ao Fundo IBERORQUESTRAS JUVENIS. Existe também a categoria de membros associados para todas aquelas entidades públicas e privadas e pessoas naturais dos Estados Ibero-Americanos que contribuem economicamente ao Programa. ORÇAMENTO. Estabelece-se um Fundo Financeiro multilateral –denominado Fundo Iberorquestras Juvenis- que inicialmente contará com: A contribuição anual mínima que será de U$100.000 por país. Assim mesmo, os Estados Parte se comprometem a colocar à disposição de IBERORQUESTRAS JUVENIS suas estruturas e plataformas informáticas, 13 técnicas e logísticas com a finalidade de garantir o cumprimento dos objetivos do Programa. Por outra parte, poderão contribuir ao Fundo entidades públicas e privadas ou pessoas naturais que decidam colaborar com os fins do Programa. O orçamento da Unidade Técnica do Programa não excederá o 5 % do total das contribuições ao Fundo Iberorquestras Juvenis que se dedicará às atividades do Programa recolhidas na convocatória do mesmo. SUSTENTABILIDADE DO PROGRAMA. Os dois elementos que assinalam a sustentabilidade deste Programa são: • A existência de sistemas de orquestras juvenis em vários países da região, com grande experiência e prestígio em alguns deles como é o caso da Venezuela. • A experiência de outros programas culturais como Ibermedia ou Ibercena quanto à constituição de Fundos que se utilizam, através de convocatórias, para apoiar as atividades do setor cultural do qual se trate. Estes fundos sustentam-se no tempo e as contribuições dos países mantêm uma regularidade notável. ARTICULAÇÃO COM A CONFERÊNCIA IBERO-AMERICANA. PARTICIPAÇÃO DE OUTROS ATORES. O Programa estabelece uma participação da SEGIB em seu órgão máximo que é o Conselho Intergovernamental de IBERORQUESTRAS JUVENIS. Se realizará um processo de seguimento e avaliação de acordo ao estabelecido no Manual Operativo, aprovado na XVI Cúpula Ibero-Americana de Chefes de Estado e de Governo (Montevidéu, 2007). Se informará da evolução do Programa à Conferencia Ibero-Americana de Ministros da Cultura e se promoverá a articulação do mesmo com outros Programas e Iniciativas IberoAmericanas, tanto para sua difusão através de TEIB e de seu canal cultural, como das colaborações com outros programas culturais como Ibermedia ou Ibercena. VISIBILIDADE DO PROGRAMA. Por suas próprias características, este Programa é de uma grande visibilidade através das atuações das próprias Orquestras Juvenis. Ademais, uma vez que se desenvolva o Programa, se construirá uma página Internet do mesmo e se divulgará através de meios de comunicação da região. 14 ANEXO 5 IGUAZÚ EN CONCIERTO. 1º FESTIVAL INTERNACIONAL DE ORQUESTAS INFANTO – JUVENILES Por primera vez en Argentina, se realizará el 1º Festival Internacional de Orquestas Infanto - Juveniles, Iguazú en Concierto. El evento se realizará del 26 al 29 de Mayo de 2010 en la Ciudad de Puerto Iguazú, en coincidencia con el festejo del Bicentenario de la Revolución de Mayo. Participarán más de 600 miembros de orquestas y coros infanto - juveniles de Argentina, Chile, Paraguay, Brasil, Uruguay, Costa Rica, Bolivia, Panamá, Venezuela, Costa Rica, Cuba, Guatemala, Honduras, Perú, Ucrania e Italia. Iguazú en Concierto fue creado para potenciar los recursos culturales y turísticos de la Provincia de Misiones, fusionando armoniosamente la belleza natural de la región con el talento musical de niños y jóvenes. La orquesta infantil de Misiones “Los Grillitos Sinfónicos” oficiará de anfitriona del festival. Con la dirección artística de la reconocida profesora Andrea Merenzon, las orquestas realizarán conciertos individuales en siete hoteles cinco estrellas de la Ciudad de Puerto Iguazú y un concierto en la represa Itaipú Binacional en Foz de Iguacu. Cada una interpretará un programa que incluye obras del repertorio clásico universal, así como también, de su folclore nacional. Iguazú en Concierto es un festival que también busca promover la actividad de las orquestas infantiles y juveniles. En los últimos años ha crecido cuantitativa y cualitativamente el número de orquestas que forman a niños desde los 3 años de edad. Muchos países han creado sistemas de orquestas (redes coordinadas desde una organización central) que llevan información, instrumentos y recursos de todo tipo a los sectores más vulnerables o recónditos de cada país. Este movimiento es aún muy nuevo y está en constante crecimiento. Iguazú en Concierto reunirá a varias orquestas que representan programas de indiscutible consistencia pedagógica y cuyos resultados demuestran la seriedad del trabajo realizado. En el concierto final del festival, las orquestas compartirán el escenario demostrando al mundo que la música crea puentes de comunicación, rompe barreras culturales e idiomáticas y logra unir a los niños de diferentes países en la persecución de un mismo objetivo: el trabajo en equipo y la excelencia artística. Las Orquestas Argentina: Grillitos Sinfónicos –orquesta anfitriona– Directora general: María Alejandra Vendrell Director musical: Miguel Brizuela La Orquesta Infantil “Grillitos Sinfónicos” surge con la misión de brindar a los niños la posibilidad de aprender a ejecutar instrumentos de orquesta desde pequeños. Participa en 15 proyectos junto a actores, cantantes, bailarines y grupos de circo. Además, organiza el Festival de Orquestas Infantiles en Posadas y posee creaciones propias, como el primer musical de la orquesta llamado “Música Versus Silencio” obra con guión, actuación, imágenes grabadas y música en vivo para el público infantil. Orquesta Sinfónica del Sistema de Orquestas Infanto-Juveniles de Argentina Directora: María Valeria Atela La Fundación del Sistema de Orquestas Infantiles y Juveniles de la Argentina busca promover, desarrollar y fortalecer un sistema de orquestas valorando su potencial como herramienta de educación y promoción sociocultural. La Orquesta de la Fundación participa anualmente en festivales internacionales en países de Latinoamérica y del mundo difundiendo los talentos musicales de la Argentina. Paraguay: Orquesta Sinfónica del Programa Sonidos de la Tierra Director: Luis Szarán Sonidos de la Tierra es un proyecto que posibilita el acceso directo a la educación musical a más de 3 mil niños y jóvenes de escasos recursos del Paraguay. La organización ha rescatado y difundido más de 200 obras del repertorio tradicional, y, además, cuenta con artesanos capacitados – muchos de ellos, niños – que construyen instrumentos musicales a partir de desperdicios como latas, botellas de plástico y cartones. Uruguay: Fundación de Sistema de Orquestas Infantiles y Juveniles del Uruguay Director: Ariel Britos y Claudia Rieiro La Fundación de Sistemas de orquestas infantiles y juveniles del Uruguay está conformada por tres orquestas reconocidas: la Atípica Tango Band, la Sinfónica José Artigas y la Orquesta Sinfónica Infantil de Montevideo. Con casi cien integrantes, en marzo de 2010 comenzaron una nueva gira por Europa. El éxito de esta fundación ha trascendido Uruguay logrando el reconocimiento de “Artistas por la Paz” por parte de la UNESCO, entre otras menciones internacionales. Brasil: Orquesta de Cordas Pão de Açúcar Director: Daniel Misiuk Dirección Artística: Renata Jaffé Las Orquestras del Grupo Pão de Açúcar son cinco: Osasco, Santos, Brasilia, Río de Janeiro y Fortaleza. Desde sus comienzos en el año 2000 hasta la actualidad participaron en más de 350 conciertos y ante más de 150 mil personas en Brasil y en el resto del mundo. La selección de los mejores estudiantes conforma la Orquesta de cuerdas Pão de Açúcar que ya recibió varios premios por promover la inclusión social y la educación por medio de su programa de música. Italia: Orquesta y Coro Pequeñas Huellas Directora: Margherita Pupulin 16 El grupo musical Pequeñas Huellas, que une a niños y chicos de diferentes edades y nacionalidades, divulga a través de la música la cultura de la paz y de la igualdad. A principios de este año, fueron invitados al acto de clausura de la marcha mundial por la paz en la Provincia de Mendoza, Argentina, en donde se congregaron más de 20 mil personas. Los conciertos que realiza Pequeñas Huellas los dirige Margherita Pupulin, una joven de 16 años con un increíble talento. Bolivia: Orquesta San José de Chiquitos Director: Javier Ezequiel Wengrowicz La Orquesta Misional de San José de Chiquitos, fundada por Deysi Rivero junto al Profesor Rubén Darío Suárez Arana, difunde la cultura de los pueblos originarios del lugar y de las misiones jesuíticas de su pueblo, San José. En su última visita a la Argentina, la orquesta realizó 24 conciertos por el país en 20 días, y registró su primer material sonoro que se editará junto a un dvd documental sobre el trabajo de la agrupación. Chile: Orquesta Filarmónica Infantil-Juvenil del Colegio Gabriela Mistral de Machalí Director: Marcial Pino González La Orquesta Filarmónica de Machalí cuenta con 41 intérpretes, alumnos y ex alumnos del Colegio Gabriela Mistral. En 2010, el conjunto de Machalí clasificó para el Encuentro Nacional de Orquestas Infanto-Juveniles al que sólo acceden las ocho mejores orquestas de Chile. También, forma parte de la red del Sistema Nacional de Orquestas Juveniles de Chile que cuenta actualmente con más de 300 miembros en todo el país y que realiza cerca de 3 mil conciertos por año. México, Perú, Ecuador, Panamá, Ucrania, Costa Rica, Corea, y Armenia: Iguazú en Concierto también contará con la participación de niños y adolescentes de otros países del mundo como Corea, Armenia y Costa Rica, entre otros. Se hará una selección exhaustiva de los talentos musicales más destacados de cada país para que integren el gran concierto final uniéndose a las orquestas y los coros participantes del evento. 17 ANEXO 6 NEOJIBÁ/Bahia O Neojibá é um programa de formação de núcleos de orquestras e corais infanto-juvenis no Estado da Bahia, visando a excelência e a integração social por meio da prática coletiva da música. Sua estratégia está focada na construção ética e pedagógica da infância e da juventude, mediante a instrução e a prática orquestral e coral, capacitação em ensino musical, novas tecnologias e na reparação de instrumentos musicais. Além de ser uma iniciativa de cunho artístico-cultural, o Neojibá é uma importante ação de formação e capacitação de crianças e adolescentes, com foco na transmissão e multiplicação do conhecimento. “Uma orquestra jovem é para ver, não é só para ouvir. É retrato da vitalidade da música”, avisa Beth Ponte, contando que, devido à idade dos integrantes, tem-se outra imagem do repertório clássico. “Esses grupos quebram um tabu: mostram que é possível apresentar musica clássica para público jovem. São a evidência de que concerto pode ser acessível, divertido, envolvente”, afirma. Observa que tais grupos andam em expansão no Brasil e é só elogios para a moçada: “Eles são o futuro da música”, afirma. Ela avalia que está em curso rejuvenescimento musical e importante trabalho de formação de público. “O Brasil precisa de música clássica, é direito do cidadão e diversidade cultural”, afirma. Formação de orquestras jovens, para ela, é prática transformadora de integração social e de convivência. A Orquestra Juvenil da Bahia existe há três anos. É formada pelos melhores integrantes de dois outros grupos: as orquestras 2 de julho e Castro Alves. Os jovens já são professores da orquestra infantil – todos os integrantes têm, no mínimo, um aluno. Os Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia (Neojiba), têm cerca de 100 integrantes, com idade entre 12 e 25 anos, e regência do maestro Ricardo Castro. Orquestra Sinfônica Jovem de Campinas/ São Paulo “Põe um instrumento na mão do jovem e a violência acaba”. A afirmação foi feita pelo compositor e maestro Ernst Mahle, 76 anos, logo após o concerto da Orquestra Sinfônica Jovem de Campinas no dia 20 de maio, quando foi homenageado. Ele demonstrou sua satisfação ao ver os resultados do trabalho musical com jovens e ressaltou que “o Brasil precisava ter uma Orquestra como essa em cada cidade”. Reconhecido internacionalmente pela dedicação a educação musical principalmente com jovens, Mahle defende que o envolvimento com a música e a disciplina do trabalho em conjunto teriam efeitos muito positivos no combate a violência, se fossem adotados desde cedo pelas escolas. “Se pudéssemos ter uma Orquestra como esta em toda cidade, com certeza não teríamos tanta violência”, afirma. 18 ANEXO 7 Escola de Música e Orquestra Filarmônica Musicalizar, Estado do ACRE Para celebrar a primeira fase da parceria entre o Governo do Estado e a ONG Escola de Música e Orquestra Filarmônica Musicalizar, neste sábado, 25, acontece a partir das 20 horas, no Teatro Plácido de Castro, um concerto sinfônico onde serão orquestradas a 7ª Sinfonia de Beethoven e a 1ª Sinfonia de Mendelssohn. A apresentação é uma mostra do trabalho que vem sendo feito ao longo dos dez anos de existência da orquestra. É de sumo interesse do Governo do Estado, através de seu órgão gestor das políticas públicas de cultura, o fomento e o incentivo à manutenção de corpos artísticos permanentes, como os corpos de baile, os corais, as orquestras, as bandas marciais e assim por diante explica Daniel Zen, presidente da Fundação Elias Mansour. Assim, essa parceria visa o estímulo à manutenção de uma estrutura de orquestra que possa vir a se tornar a base para a constituição da futura Orquestra Sinfônica do Acre conclui. Segundo Romualdo Freitas, coordenador da Musicalizar, o Governo do Estado, vem apoiando financeiramente a Orquestra, primeiramente com a manutenção de cursos de formação para adolescentes e jovens carentes. Quando ganhamos maior estabilidade artística, o Governo passou a patrocinar concertos que realizávamos nas escolas e eventualmente no Teatro Plácido de Castro disse. Em 2007 a negociação alcançou outro estágio, quando a ONG resolveu trabalhar separando os projetos de formação das apresentações. Só assim a Orquestra daria um salto de qualidade garante Romualdo. A possibilidade foi levantada novamente esse ano, quando a Fundação Elias Mansour teve acesso a mais recursos e o convênio pôde ser firmado, deixando o trabalho de resgate social através da música, realizado pela Escola, como um projeto diferenciado. Profissionalização - A parceria firmada entre o Governo do Estado, através da Fundação Elias Mansour e Secretaria de Educação, com a Escola de Música, vai transformar a Orquestra Filarmônica em Orquestra Sinfônica do Acre, profissionalizando os músicos que nela atuam, através de remuneração pelo trabalho prestado, que compõe ensaios e apresentações mensais. A diferença mais marcante é que sendo Sinfônica ela terá mais recursos do Estado que da iniciativa privada explica Romualdo. Podemos considerar este um projeto piloto para o que vai ser efetivado de fato. Até dezembro estaremos trabalhando experimentalmente com o grupo que já está formado diz. Ano que vem deve ser feito um concurso para a contratação de um grupo estável, que fará apresentações durante todos os meses, a partir de março. A orquestra é uma realidade, e essa é apenas uma transição para que ela possa funcionar como uma orquestra profissional, como é no Brasil inteiro conclui. Orquestra Filarmônica Com dez anos de existência, a Orquestra Filarmônica Musicalizar vem realizando trabalho constante com a difusão da música erudita no Estado. Por conta disso recebeu uma premiação de 30 mil reais do Programa de Apoio à Orquestra da 19 Funarte, patrocinado pela Petrobrás, para a aquisição de partituras, instrumentos e acessórios. Além disso, dois dos músicos que passaram pela orquestra, hoje compõem o corpo de músicos de duas orquestras juvenis: um na Orquestra do Palácio das Artes em Minas Gerais e outro na Orquestra Juvenil do Estado de São Paulo. O Governo do Estado apoiando a transição para a Sinfônica está fazendo um grande bem para a cultura local, pois o nosso interesse nunca foi formar a melhor orquestra, trazendo músicos de fora. A intenção sempre foi fazer uma orquestra com pessoas daqui, preferencialmente carentes, para que futuramente conseguissem um emprego e transformassem a cultura local conclui Romualdo. O Concerto Sinfônico é uma realização do Governo do Estado, através da Fundação Elias Mansour e Secretaria de Educação, e da ONG Escola de Música e Orquestra Filarmônica Musicalizar. Serviço: Teatro Plácido de Castro Av. Getúlio Vargas Ao lado do Sesc/Bosque Autor: Jerônimo Artur 20 ANEXO 8 Premio Internacional de Dubai 2010 Resumen 1. a) Nombre de la Mejor Práctica: Sistema de Orquestas Infantiles y Juveniles de Argentina (SOIJAR) b) Ciudad/pueblo: Cdad. De Buenos Aires (sede oficial). Nota: el Sistema se desarrolla en distintas localidades de diferentes provincias del país) c) País: Argentina d) Región El Sistema tiene implementación concreta en localidades de todas las regiones geográficas del país. e) ¿Ha sido esta iniciativa presentada antes? No. La iniciativa que sí fue presentada fue la Orquesta-Escuela de Chascomús modelo pedagógico del Sistema que se presenta en esta oportunidad que fue destacada como Mejores Prácticas en su primera y segunda presentación. Si sí, ¿cuando y cual era su título? - 2006 Orquesta-Escuela Municipal de Chascomús. - 2008 Orquesta-Escuela de Chascomús: integración socio-comunitaria. 2. Dirección de la Mejor Práctica Nombre: Fundación Sistema de Orquestas Infantiles y Juveniles de Argentina Calle: Suipacha 370 4to. B Ciudad: Buenos Aires Código Postal: C1008AAH País: Argentina Teléfono: 0054 2241-431654 / Fax y Teléfono: 0054 2241-423794 Mail: [email protected] Página web: www.sistemadeorquestas.org.ar 3-Persona de contacto Lic. María Valeria Atela (Presidente) 4. Tipo de Organización: Fundación x 6. Asociados: Socio 1 Nombre: Mozarteum Argentino 21 Tipo de organización Organización no gubernamental x Tipo de apoyo: Apoyo financiero x Apoyo técnico x Apoyo administrativo x Socio 2 Nombre de la organización: Dirección General de Cultura y Educación de la Provincia de Buenos Aires - Programa Provincial de Orquestas-Escuelas Tipo de organización Gobierno Central x Tipo de apoyo: Apoyo financiero x Apoyo técnico x Apoyo administrativo x Socio 3 Nombre de la organización: Fundación del Estado para el Sistema Nacional de Orquestas Juveniles e Infantiles de Venezuela (FESNOJIV) Tipo de organización Gobierno Central x Fundación x Tipo de apoyo Apoyo técnico x Socio 4: Nombre: Universidad Nacional de San Martín (UNSAM). Tipo de organización Gobierno Central x Académica/investigación x Tipo de apoyo Apoyo técnico x 11. Resumen: La Fundación Sistema de Orquestas Infantiles y Juveniles de Argentina (SOIJAR) asume como misión la promoción, desarrollo y fortalecimiento de un Sistema de Orquestas consideradas como una herramienta educativa y de promoción socio cultural. Desde fines de los 90 se multiplicaron proyectos orientados a la formación musical, contención e integración social, con el acento puesto en los sectores menos favorecidos de la sociedad y dieron a lugar a un incipiente entramado construido a partir de relaciones informales establecidas entre distintas iniciativas organizadas como orquestas de niños y jóvenes. Sobre esa base, la Fundación apunta a formalizar y fortalecer una red entre los diversos emprendimientos y a ampliarla mediante una articulación con sistemas de orquestas 22 infantiles y juveniles de Latinoamérica y del resto del mundo. Agrupa hoy a unos 5000 niños y jóvenes de todo el país de entre 3 y 23 años. Beneficia a unas 20.000 personas a través de asesorías y capacitaciones para y en todo el país y asesora un plantel de 300 docentes e instrumentistas. Paralelamente impulsa a la creación de nuevas orquestas infantiles y juveniles como proyectos educativos, sociales y culturales. En virtud de los avances que se verifican en diferentes proyectos ya puestos en marcha y en función de las expectativas que despierta la posibilidad de un trabajo en conjunto, ha creado una Orquesta Sinfónica Nacional Infantil y una Orquesta Sinfónica Nacional Juvenil que se presenta como un seleccionado de alumnos del Sistema, alumnos regulares de orquestas de todo el país, en importantes marcos y actividades culturales. 12. Fechas clave: Fechas clave 2010 Nota: solicitamos disculpas por no haber podido explicar el significado de cada actividad en menos de seis palabras. - III Festival de Orquestas del SOIJAR (del 18 al 27 de febrero): clínica musical y pedagógica para 700 chicos de toda la Argentina, Chile, México y Colombia. - Jornada “Orquesta-Escuela como herramienta educativa y de promoción socio-cultural” en conjunto con la Dirección General de Cultura y Educación de la Provincia de Buenos Aires - Viaje a Nantes, Francia, de un grupo de 16 alumnos del Sistema, especialmente seleccionados, en el que realizarán varios conciertos y clínicas. - Organización a nivel Nacional del Concurso “Del Barrio a la Sala de Conciertos” (OEA) con acto y concierto de cierre en Washington. - 3era. Capacitación del SOIJAR en la FESNOJIV (Venezuela) y concierto en la Residencia argentina en Caracas en el marco del acto del 9 de Julio, Día de la Independencia Argentina. 13. Narrativa: En 2000 palabras o menos, explique su trabajo, usando los encabezamientos y sugerencias que se indican a continuación. SITUACIÓN ANTES DEL COMIENZO DE LA INICIATIVA (50 palabras aproximadamente) En las últimas décadas Argentina ha vivido fuertes crisis socioeconómicas que han afectado a numerosos sectores de la población haciendo que crezca la pobreza y surjan nuevas problemáticas especialmente en niños y jóvenes. A partir de los 90, se multiplicaron las orquestas infanto-juveniles centradas en dar oportunidades, respuestas y alternativas socioeducativas a estos sectores y trabajando por la integración social. 23 ESTABLECIMIENTO DE PRIORIDADES (100 palabras aproximadamente) A partir de la Orquesta–Escuela de Chascomús, la primera de su tipo en Argentina, se fue visualizando la necesidad de fortalecer orquestas con sus mismos objetivos. Visualizando la necesidad de establecer un trabajo en red de los proyectos antes mencionados y de la fuerte necesidad de recursos de capacitación, materiales y técnicos de los mismos la FESNOJIV y el Mozarteum Argentino impulsaron la creación del SOIJAR. Se establecieron como prioridades ahondar en el relevamiento de las orquestas del país, fortalecer el vínculo e intercambio con la FESNOJIV, ir consensuando líneas de trabajo en común con las diferentes orquestas nacionales, ofrecer asesoramiento y acompañamiento, y desarrollar la investigación tanto a nivel pedagógico como de impacto en los participantes. FORMULACIÓN DE OBJETIVOS Y ESTRATEGIAS El objetivo principal es promover, desarrollar y fortalecer las orquestas infantiles y juveniles como herramientas de educación y promoción sociocultural. A partir de la demanda de numerosos interesados en desarrollar la propuesta y de quienes ya la llevan adelante se implementaron actividades de capacitación para niños, jóvenes, profesores y directores del Sistema, lo que hizo necesaria la elaboración de planes y programas fundados en la investigación de procesos y resultados positivos que puedan ser transferidos hacia nuevos proyectos destinados a mejorar las prácticas educativas, tanto en los aspectos específicamente relacionados con la metodología de la formación musical, como en los ámbitos que distinguen la propuesta: el social y el cultural. Este trabajo, actualmente en estudio, ya está demostrando su impacto local, regional y nacional. A partir del trabajo propuesto por la FESNOJIV articular la tarea propia con la de otros sistemas de orquestas infantiles de Latinoamérica y del mundo se torna, una consecuencia y una necesidad. MOVILIZACIÓN DE RECURSOS En estos 5 años de actividad nos hemos apoyado fuertemente en la labor de la OrquestaEscuela de Chascomús, modelo pedagógico del SOIJAR por su trayectoria (inició sus actividades hace 12 años) y creada por la Presidente de la Fundación. Sus resultados académicos e impacto socio comunitario es destacable: beneficia a 550 chicos en una población de aproximadamente 35.000 habitantes. A partir de esto, sinergizamos los recursos pedagógicos y logísticos, entre muchos otros. A través de distintos tipos de asociaciones y convenios con universidades, instituciones intermedias y organismos gubernamentales financiamos recursos específicos vinculados a nuestra razón de ser y obtenemos su compromiso para labores vinculadas a nuestro desarrollo. En este sentido, trabajamos articuladamente con el Programa Provincial de OrquestasEscuela para la financiación de todos los recursos vinculados al funcionamiento del 24 SOIJAR en la provincia de Buenos Aires. A través de un convenio con a Universidad Nacional de San Martín conseguimos recursos específicos relacionados a la investigación y a la capacitación docente y técnica. A raíz del fuerte trabajo en colaboración con la FESNOJIV alcanzamos fuerte apoyo para la capacitación docente y para el desarrollo estratégico del Sistema. Con el Mozarteum Argentino, a través de una beca anual, conseguimos recursos para la financiación de una mujer de nivel jerárquico, destinada a la expansión institucional del SOIJAR, la comunicación y la obtención de recursos. Hasta ahora, obtuvimos recursos específicos para concretar acciones importantes que colaboran con modificar la realidad social de niños y jóvenes como así también a fortalecer la excelencia musical del Sistema. RESULTADOS ALCANZADOS El SOIJAR acciona después de 5 años de labor con 5.000 niños y jóvenes de 3 a 23 años, beneficiando a 20.000 personas a través de asesorías y capacitaciones para y en todo el país. Asesora un plantel de 300 docentes, instrumentistas y personal idóneo. Cuenta con un equipo único en el país de 30 pedagogos musicales, investigadores y no docentes. Ha participado con más de 30 becarios de dos Capacitaciones en la FESNOJIV con el objetivo de perfeccionar los procesos implementados y lograr la multiplicación de los mismos en todo el territorio nacional argentino. Cuenta con un Banco de Instrumentos, un Archivo, Biblioteca Musical y Mediateca que están a disposición de específica de los alumnos y docentes del Sistema y está abierto a interesados en general. Estos recursos mejoraron los elementos técnicos, pedagógicos y metodológicos con un alto impacto en las comunidades locales históricamente relegadas de los bienes sociales y culturales. Ha logrado relacionar las Orquestas con el Sistema, ofrecerles capacitación y servicios mejorando su forma de trabajo y la optimización de sus resultados. Esto se hace visible en los sostenidos procesos de fortalecimiento e integración social, la complementación positiva con el sistema educativo formal con la consiguiente permanencia y desarrollo de los niños en el mismo. Además ha promocionado la actividad en diferentes ámbitos gubernamentales en diferentes puntos del país. Asimismo la participación y pertenencia a una Orquesta–Escuela produce transformaciones personales en niños y jóvenes, especialmente en situaciones de vulnerabilidad constituyéndose en herramientas para su formación integral y su capacitación laboral y una forma directa de acceso a la dimensión del trabajo digno y reconocido con los beneficios sociales que esto conlleva. Hasta le fecha ya se han incorporado como docentes 59 de jóvenes formados en el Sistema constituidos en verdaderos multiplicadores de su experiencia y formación. SOSTENIBILIDAD La experiencia de más de 12 años de la Orquesta-Escuela de Chascomús, modelo pedagógico del Sistema, la creación, en el 2005, del Programa Provincial de OrquestasEscuela de la Dirección General de Cultura y Educación de la Provincia de Buenos Aires 25 con 20 orquestas en funcionamiento en la actualidad basados en los lineamientos de implementación conforme al Sistema, la participación de instituciones intermedias y personalidades destacadas del ámbito de la Cultura y la Educación, el crecimiento constante de Orquestas Infantiles y Juveniles en Argentina, la permanencia de estas en el tiempo y el reconocimiento, el apoyo institucional de la FESNOJIV para la conformación de un Sistema Nacional en Argentina y su desarrollo estratégico, la participación regular y sostenida de reconocidos docentes en el desarrollo y la excelencia de los diversos proyectos, la visibilidad de los proyectos expresados a través de eventos culturales, conciertos y festivales, con los impactos y resultados generados tanto en el nivel musical de los alumnos de las orquestas como sus transformaciones personales y sociales, la apropiación comunitaria de las Orquestas, sumada a la participación creciente en los medios de comunicación gráfica, radial, televisiva y virtual, locales, regionales y nacionales, son elementos destacados que podemos enumerar para la sostenibilidad de la Fundación. A partir de estos resultados y del fiel seguimiento de nuestra misión son palpables en cada proyecto del Sistema los resultados de inclusión social de sus participantes. No solo la propuesta en sí sino el valor simbólico de la misma en el marco de cada comunidad hacen de esta actividad una verdadera máquina de inclusión a partir del desarrollo de la autoestima de cada niño y joven que logramos que se sume. Las declaraciones de interés desde todos los ámbitos legislativos, municipales, provinciales y nacionales, son fruto del reconocimiento del SOIJAR y de sus actividades. Más aún se puede registrar el reconocimiento de la importancia de convertir la propuesta en política estatal a partir de la creación del mencionado Programa Provincial de Orquestas-Escuelas en la provincia de la Argentina con mayor población y con el peor índice cuantitativo de personas con necesidades básicas insatisfechas como lo es la Provincia de Buenos Aires. LECCIONES APRENDIDAS A partir del conocimiento de la realidad de cada Orquesta Infantil y Juvenil de Argentina y sus dificultades de sostenibilidad y desarrollo programado y sistemático, podemos considerar una de las lecciones aprendidas la importancia, para los múltiples proyectos, de la necesidad de trabajar con fuentes diversas de aportes económicos, financieros, logísticos y humanos, articulando con el sector público en sus diferentes niveles, tanto con el sector privado, con sus aportes empresariales y personales, la presentación en programas y subsidios, como el desarrollo de la capacidad de autogestión, a través de asociaciones civiles sin fines de lucro, alcanzando con todas estas fuentes un equilibrio en dinamismo constante que permita respuestas flexibles y rápidas a los cambios que la situación país requiere. No podemos dejar de mencionar las lecciones brindadas por la FESNOJIV. Una de estas lecciones a destacar y que se encuentra expresada claramente en el ideario de la Fundación SOIJAR es la de presentar a las orquestas infantiles y juveniles como proyectos innovadores de transformación personal y social como asimismo expresiones de alta 26 calidad cultural y musical logrando una sinergia única que involucra y potencia las diferentes dimensiones del ser personal y comunitario. Sin embargo resaltamos como propio del SOIJAR la convicción lograda en todo este tiempo de trabajo de privilegiar estrategias de participación en los proyectos de los sectores de niños y jóvenes con problemáticas socioeconómicas, urbanas, suburbanas y rurales, conservando un porcentaje de alumnos que convivan con estas problemáticas (entre un 70 y un 80%) con la participación complementaria de otros sectores sociales funcionando así como espacios de integración y de fortalecimiento comunitario. Creemos que tenemos que seguir trabajando en ofrecer como Sistema la experiencia y apoyo de los proyectos más maduros y desarrollados como instrumentos que potencian, a partir de los resultados demostrados y reconocidos, el trabajo de las nuevas orquestas. La importancia de establecer los lineamientos fundamentales que nos constituyen como Sistema con la cualidad de evaluar y reformular constantemente los procesos presentados es otra de las lecciones aprendidas y a su vez por desarrollar. TRANSFERENCIAS La misión esencial del la Fundación consiste en la réplica de orquestas como herramientas educativas y de promoción sociocultural en todo el territorio argentino, colaborando para ello en la reformulación de las Orquestas existentes, incorporando en su quehacer cotidiano y su proyección estratégica institucional las acciones tendientes a lograr los mencionados objetivos de la dimensión social; y favorecer la creación de nuevas orquestas que desarrollen desde su origen ese perfil que otorga al Sistema características innovadoras y hasta revolucionarias en cuanto a la forma de entender y utilizar la herramienta musical y orquestal manteniendo un profundo sentido de excelencia. Esta práctica beneficia y complementa otras prácticas relacionadas a la inclusión social, la igualdad de oportunidades, la formación en valores, la inserción y permanencia en los sistemas educativos formales. Uno de los aspectos fundamentales del SOIJAR es transferir experiencias de la FESNOJIV, con más de 35 años de desarrollo y país pionero mundial en esta forma de concebir la música como herramienta de transformación social con una determinada metodología de trabajo; y de la Orquesta-Escuela de Chascomús, por caso pionera en la Argentina, evidenciando la factibilidad de esa transferencia con eficiencia y capacidad de sustentabilidad, atendiendo las cualidades e improntas culturales e institucionales propias de nuestro país. Es importante mencionar la transferencia que se realiza con el Programa Provincial, que réplica la experiencia pedagógica de la Orquesta-Escuela de Chascomús en más de 20 localidades extendidas en todo el territorio de la provincia de Buenos Aires (equivalente a la superficial de España) y la transferencia directa en el PPOE del SOIJAR de los 27 desarrollos metodológicos del mismo, siendo la Fundación autor registrado de la propiedad intelectual de esos procesos. Con el fin de facilitar la formación y desarrollo de Orquestas Infantiles y Juveniles se ha generado, el marco teórico y metodológico uniforme que brinda la posibilidad de acompañar sistemáticamente las acciones y evaluar los resultados parciales de las mismas y velar por el desarrollo de herramientas singulares al territorio local y regional donde las orquestas se forman, entendiendo que la utilización pedagógica de elementos culturales propios es la mejor manera de integrar a las Orquestas en la comunidad de pertenencia y ofrecerse como una genuina propuesta de mejoramiento social y cultural. A partir del SOIJAR y a través de diferentes actividades se busca que las orquestas con más trayectoria, experiencia y resultados apoyen y se interrelacionen con orquestas en formación. Este intercambio se da a lo largo del extenso territorio del país y son de tipo pedagógico: Jornadas de Capacitación Técnico-pedagógicas de desarrollo regular anual para docentes y multiplicadores, material: Comodato de instrumentos de estudio y de calidad, institucionales: consultaría en temas jurídicos y asesoría en elaboración de proyectos, entre otros. Los beneficios y resultados logrados con cada una de estas acciones se pueden observar tanto en el crecimiento del Sistema en sí mismo, como en el mejor cumplimiento de los objetivos particulares de cada orquesta siendo estos aspectos de una complementariedad necesaria y concreta construyendo una red con lineamientos comunes, donde se van facilitando también la circulación de recursos. 28 ANEXO 9 Submission Format to the DUBAI Award 2010 Resumed 1. a) b) c) d) Name of Best Practice Citizen Children’s Orchestra in the Coque Community Recife, Pernambuco State Brazil Latin America 2. Address of Best Practice Rua General Estilac Leal, 439 Recife, Pernambuco State 50090-450 Brazil Tel: 55 81 3428.7600 Fax: 55 81 34287600 E-Mail: [email protected] Web: www.orquestracriancacidada.org.br 3. Contact Person: João José Rocha Targino 4. Type of Organization Non-Governmental Organization 6. PARTNERS National Confederation of Industry Type of Organization: Business Association Type of Support: Financial Caixa Econômica Federal Type of Organization: Public Enterprise Type of Support: Financial Pamesa do Brasil S.A. Type of Organization: Private company Type of Support: Financial Companhia Hidrelétrica do São Francisco - CHESF Hydropower Company Type of Organization: Private company Type of Support: Financial 29 Gerdau Aços Longos S.A. Steel Mill Type of Organization: Private company Type of Support: Financial Brazilian Army– Northeast Military Command Type of Organization: Federal Government Type of Support: Political and Technical Institute of Joint Accountability for Education Type of Organization: Non-Governmental Organization Type of Support: Administrative and Financial UNIMED Recife Medical Services Cooperative Type of Organization: Professional Association Type of Support: Technical Companhia Energética de Pernambuco – CELPE State Power Utility Type of Organization: Private company Type of Support: Administrative and Financial Baker Tilly – Auditors Type of Organization: Private company Type of Support: Administrative and Financial 11. Summary The Citizen Child Welfare Association focuses on social work addressing young people and children in at-risk groups threatened by urban violence. In 2006, it set up a music school in the poverty-stricken Coque community, which is home to some 40,000 inhabitants in the Recife Municipality. Its purposes were to: avoid the marginalization of schoolchildren exposed to this risk due to the domestic and urban violence around them; to encourage the exercise of citizenship, stressing civic pride, ethics and above all disciplined behavior in terms of constructing citizens; training multiplicatory agents for citizenship in their home areas; provide vocational training for 130 young people in this community through music, learning to play string and percussion instruments that will allow them to be absorbed by the labor market after five years; foster digital inclusion by reducing levels of violence; lessen truancy; address food shortages, monitor the body mass index of schoolchildren; provide psychological, educational, medical and dental care for schoolchildren; and modify current cultural habits, helping extend their horizons. Participants were selected from among the best pupils recommended by public schools in Coque. It has already been noted the following achievements: significant increase in the body mass index and height of these youngsters, with stronger family links, and even some homes restructured through the psychological support offered to family members; 100% literacy among the project students more than eight years old, through catch-up classes and hiring a 30 tutor with experience in early childhood education; 100% reduction in truancy and the drop-out rate among this group of schoolchildren; deployment of citizenship, moving away from the at-risk group; education for social harmony with classes in personal cleanliness, hygiene, etiquette, discipline and behavior in groups; setting up a Citizen Children’s Orchestra with significant progress in musical learning and knowledge ( two students were selected on merit to study abroad); rapid information technology learning processes, through daily lessons given at the telecenter, set up through donations. The feasibility of this Practice was underpinned by establishing partnerships, including with the Brazilian Army, which hosts the orchestra facilities at its Coque unit. 13. Narrative a) Situation before the Initiative Began Before becoming involved with the Orchestra, these 130 youngsters had limited prospects for their lives. Many of them were unable to read and write, and were underweight due to poor nutrition. None of them had been in contact with musical instruments before, and were unfamiliar with computer technology and language courses. Neither did they have medical care schemes or psychological assistance. Living in violent and promiscuous settings, they were subject to situations resulting in severe physical and social vulnerability. High truancy and drop-out rates helped steer them off course even more. This was the reason why this area was selected to house the Music School, as these were promising surroundings for setting up an Orchestra. b) Establishment of Priorities Preventing schoolchildren from drifting along the one-way path leading to drugs and crime; ensuring good quality meals, education and recreation for the project beneficiaries; providing vocational training to usher these young people onto the labor market; exercising citizenship, stressing civic rights, ethics and above all disciplined behavior in terms of citizen formation; obtain sufficient resources to keep the 130 students studying through to the end of the course; absorb more underprivileged young people into the Project, in order to provide them with vocational training in addition to promoting the physical and mental wellbeing of these students through broad-based medical, dental, psychological and educational assistance. c) Formulation of Objectives and Strategies In order to achieve the Project goals, the selected strategy was to set up a Music School where students would spend five hours a day, with mandatory attendance at public schools in Coque, using the Suzuki method developed by Shinichi Suzuki and adapted to the local context, guaranteeing an introduction to music with hands-on experience of the instruments in a playful way; selection of teachers bearing in mind their experience with this method and teaching children and adolescents; training for partnerships with public and private enterprises in order to ensure financial backing and upkeep for the Orchestra; set up a 31 partnership with the UNIMED RECIFE medical care in order to allow free medical and dental treatment for these students. f) Results Achieved (1) On the musical side, this Orchestra has achieved excellent results, always achieving 100% in terms of accomplishments. Two students were selected on personal merit to study abroad, the first in August 2009, for a violin course at a famous European school in Warsaw, Poland. The second is a ‘cellist, who will go to the United States later this year. (2) We noted a remarkable improvement in social behavior, as the students visit theaters, hotels, event venues and even palaces for their presentations, behaving with decorum and dignity. (3) Better physical and oral health; through the medical aid scheme provided free of charge by our partner UNIMED RECIFE. Regular examinations are conducted by specialists and speech therapists, together with clinical examinations and laboratory tests. A steady flow of healthy meals, financed by the Project and prepared by the Brazilian Army has contributed incisively to enhancing physical heath and building up body mass. (4) Closer integration with families, with some homes even being restructured due to the psychological support provided to student families. (5) 100% literacy among project students more than eight years old, through catch-up classes and hiring a tutor with experience in early childhood education. (6) Education for social harmony, with classes in personal cleanliness, hygiene, etiquette, discipline and behavior as a group. (7) Fast learning of information technology, thus avoiding digital illiteracy among the project students. g) Sustainability The financial aspect was the first stumbling-block to be surmounted when setting up the Orchestra, with the assistance of the Brazilian Army that built its Music School and allowed its employees to prepare meals for the students, with the food purchased on our account. In order to move ahead with the purchase of musical instruments and furniture, we received initial funding from the National Confederation of Industry (CNI) and the CHESF Hydropower Utility. Subsequently, new agreements, sponsorships and partnerships were established. At the moment, we are starting to receive fees donated for performances by the students. At the social level, it was decided to establish different percentages for boys and girls, with the boys being assigned 60% to 70%, as they are involved more closely with violence, according to published statistics. However, these percentages do not reflect any genderrelated discrimination, but are designed solely to protect students who are more exposed to crime. As working with at-risk young people and children threatened by urban violence is one of our priorities, the Music School was welcomed by the Citizen Child Welfare Association, which has long been involved with social work focused on street children. The Orchestra is managed by the President of this Association, and its General Coordinator is a founding partner of this Association (neither receiving any remuneration) with conductor Maestro Cussy de Almeida serving as its Musical Coordinator. They handle the decisions taken for the Orchestra, assisted by the people in charge of each area. Other participants include the teaching and accounting staff, psychologists, educators, auditors 32 (Baker Tilly), information technology, instrument making and foreign language classes (English and Spanish). As may be noted, the type, number and quality of the public and private partnerships have played a decisive role in the results achieved, including social, cultural and educational changes, with a radical improvement in the health of these youngsters, reflected through their classroom performances. Now up to date with the syllabus, they receive medical, dental and psychological care through the partnership with the UNIMED association of medical practitioners, all contributing definitively to the sustainability of this initiative. h) Lessons Learned Opportunities may reveal major talents. This was the first and most important lesson learned. It is very gratifying to watch the moral, physical and cultural development of these students, during such a brief period of togetherness and learning. The absorption of moral values by the group, which is characterizing them as real citizens, is more than a lesson: it confirms that this aspect is the most valuable accomplishment of the Project – forming men and women citizens of good character in a national context assailed by so much moral impoverishment. Measuring the increase in the body mass index is merely a formal indicator that does not truly demonstrate all the transformations achieved. From children lacking social education, who did not even know how to use a bathroom, and were unable to live peacefully with each other, whose games reflected the violence of their surroundings, they have now developed into youngsters who can remain silent during the long rehearsals of the Orchestra; and who discuss the music of Bach, Vivaldi or Ravel. In their formal wear, they are the pride of their parents and relatives, who once saw most of them dirty and ragged. Having never before even seen a violin or a bass, they now know how to clean and care for these instruments, drawing harmonious sounds from them, playing classical music and pop songs that enchanted even President Lula. From these young people, we learn that it is quite possible to learn a profession; it is quite possible to move away from a context of violence and death while helping their relatives to progress towards a better life. We see many families becoming closer, no longer abusing their children, due to regular meetings and dialogs with them. When necessary, we contact the Child Services Council in order to protect our students from violence in their homes. Despite so many lessons that have been taught and learned, there is no doubt that we still have much to teach and learn in the future, all to the melodic sounds of the Citizen Children’s Orchestra. i) Transfers The success of this Orchestra has attracted visitors eager to replicate this Project, striving to achieve the evident results that it has obtained. These requests were submitted by the Ipojuca Town Council through its Mayor Pedro Serafim, who is eager to launch a broadranging outreach project in his Municipality. Studies are currently under way on donating a plot of land where the Music School will be built. We are very enthusiastic about this project, and some of the teachers have offered to share their time and become multiplicatory agents for the Suzuki teaching methodology with local music experts. Additionally, the possibility of sending teachers from Ipojuca to Recife has been studied, 33 for advance training with the Citizen Children’s Orchestra staff, as well as proving them with advice and assistance on the purchase of instruments and other necessary materials. Another important proposal came from the Meridional Foundation, a Spanish institution that has expressed its interest in building a Music School along the same lines at the Citizen Children’s Orchestra in the Coque Community. This Spanish group is already working with the Tamandaré community in Pernambuco State, and is eager to use this Orchestra as a model to help underprivileged youngsters who find it hard to obtain jobs and earn incomes in the Mata Sul region of this State. 34