A Fundação para a Investigação em Nutrição apresenta um simpósio no III Congresso de FESNAD O uso de adoçantes numa dieta equilibrada ajuda a melhorar o bem-‐estar e a saúde § Os adoçantes de sem ou com baixas calorias são uma ajuda eficaz na dieta das pessoas com diabetes, uma vez que o controle da diabetes centra-‐se na manutenção dos níveis de açúcar no sangue § É comum que as pessoas que os consomem de forma habitual tenham um estilo de vida saudável, com hábitos alimentares e de atividade física adequados § É necessário potenciar tanto a educação nutricional como os estilos de vida saudáveis, com especial enfase para o exercício físico Lisboa, 9 de março de 2015.-‐ O número de pessoas com excesso de peso e obesidade está a aumentar nos últimos anos, como mostram vários estudos científicos. A utilização de ferramentas que ajudem a limitar ou reduzir o consumo diário de energia, como são os adoçantes sem ou com baixas calorias, é uma ajuda eficaz para tentar reduzir estes números tão preocupantes. Estes são alguns aspetos fundamentais que estiveram em destaque no simpósio ‘Eficácia e segurança de adoçantes não calóricos', organizado pela Fundação para a Investigação em Nutrição (FIN) no âmbito do III Congresso da Federação Espanhola de Nutrição, Alimentação e Dietética (FESNAD), que teve lugar em Sevilha. Segundo afirmou o Prof. Dr. Lluís Serra-‐Majem, Professor de Medicina Preventiva e Saúde Pública e Diretor do Instituto Universitário de Investigações em Biomedicina e Saúde (IUIBS) da Universidade de Las Palmas de Gran Canaria, assim como Presidente da Fundação para Investigação em Nutrição e da Academia Espanhola de Nutrição e Ciências da Alimentação, "os adoçantes com baixas calorias são uma ajuda eficaz na dieta de pessoas com diabetes, uma vez que uma parte do controle da diabetes se concentra em manter os níveis de açúcar no sangue. Além disso, os adoçantes com baixas calorias são uma alternativa ao açúcar e desempenham um papel importante no controlo do peso, o que ajuda a prevenir a obesidade". A mesma afirmação é defendida pela Dra. Pilar Riobó, Chefe adjunta do Serviço de Endocrinologia na Fundação Jiménez Díaz idc-‐salud, de Madrid. "Adoçantes sem ou com baixas calorias são um ingrediente usado em muitos alimentos e bebidas por mais de um século, muito populares em todo o mundo. Além disso, a evidência científica tem demonstrado que não sobre estimulam os recetores do gosto, não causam a fome e fazem com que não se coma em excesso posteriormente". Da mesma forma, é comum que as pessoas que os consomem regularmente tenham um estilo de vida saudável, com hábitos alimentares e atividade física adequados. Como explica ainda a Dra. Riobó, "dentro de uma dieta hipocalórica, os adoçantes ajudam a fazer com que a mesma não se torne aborrecida, evitando a monotonia sem aportar calorias aumentando assim o grau de aceitação da dieta". Segundo afirma o Dr. Francisco Guarner, Chefe da Seção de Gastroenterologia do Hospital Universitário Vall d'Hebron, em Barcelona, “alguns estudos de intervenção em indivíduos não diabéticos têm demonstrado que o consumo regular de adoçantes artificiais aumenta o nível de hemoglobina glicosilada no sangue, bem como a correlação entre o consumo desses adoçantes, peso corporal e perímetro abdominal. Estes dados observacionais não são uma prova inequívoca da possível causa-‐efeito, pois o excesso de peso é muitas vezes a razão para o consumo de adoçantes e não o contrário”. Exaustivo protocolo de aprovação Tal como explica o Prof. Dr. Arturo Anadón, pertencente ao Departamento de Toxicologia e Farmacologia da Faculdade de Veterinária da Universidade Complutense, “todos os adoçantes sem ou com baixas calorias passam por um rigoroso protocolo de avaliação e aprovação por parte da Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA), pelo que a sua segurança é garantida”. Salienta-‐se que os compostos que os formam encontram-‐se de forma natural noutro tipo de alimentos como vegetais e frutas, “e demonstrou-‐se que o uso dentro das quantidades diárias recomendadas não representa qualquer risco para o desenvolvimento de doenças", afirma o Prof. Anadón. "Dos adoçantes estudados até agora analisados na União Europeia, tem-‐se verificado que alguns têm um resultado positivo na obesidade quando utilizados de forma racional e prudente. O uso de adoçantes sem ou baixos em calorias é algo positivo que ajuda a melhorar o bem estar da saúde, e são uma ferramenta a considerar para o controle das doenças não transmissíveis como a diabetes". Maior educação nutricional É verdade que, apesar de a sua eficácia e segurança estarem apoiados por evidências científicas, existem muitas informações contraditórias sobre a sua utilização e que podem gerar incerteza nos consumidores. "Dada a incerteza que às vezes é gerada sobre a influência dos adoçantes sem ou com baixas calorias nos hábitos alimentares e de atividade física em quem os consome, é necessário promover tanto a educação nutricional como estilos de vida saudáveis, com ênfase especial no exercício físico". Esta indicação é dada pela Prof. Dra. Carmen Gómez Candela, chefe de Unidade de Nutrição Clínica e Dietética do Hospital Universitário La Paz, e diretora do Grupo de investigação em Nutrição e Alimentos Funcionais do Instituto de Investigação Hospital Universitário La Paz (IdiPAZ). Para mais informações: Andreia Sá -‐ Jorge Azevedo 91 338 66 20 / 91 329 95 42 e-‐mail: [email protected] -‐ [email protected]