AVALIAÇÃO DE PERDAS EM SETOR DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA EM CRUZ DE REBOUÇAS, MUNICÍPIO DE IGARASSU, ESTADO DE PERNAMBUCO Francisco de Assis Soares de Araújo1; Suzana Maria Gico Lima Montenegro2 Resumo: Este trabalho apresenta uma pesquisa feita cujo objetivo foi identificar, qualificar e quantificar perdas de água no setor remembrado (105/110) da rede de abastecimento de água do Distrito de Cruz de Rebouças, Município de Igarassu – PE. Esse setor é alimentado por poço artesiano e foi hidraulicamente isolado da rede de abastecimento à qual pertence. O sistema é operado pela COMPESA – Companhia Pernambucana de Saneamento e foi escolhido como um estudo de caso visando a identificação de metodologias apropriadas à detecção e quantificação de perdas em sistemas de abastecimento de água, principais fontes de erro nas estimativas e dificuldades em geral. Foram instalados dispositivos de medição de vazão, volume e detecção de vazamentos, e efetuadas consultas aos cadastros técnico e comercial da concessionária. Com os dados disponíveis foi procedida estimativa de perdas físicas e não físicas. Estimou-se a perda global em 32,26%. Do total de perdas, estimaram-se 4,65% de perdas físicas, 53,38% de perdas não físicas e, 41,97% de perdas não classificadas. Finalmente, são formuladas sugestões para que o sistema opere com taxas mínimas aceitáveis de perda de água, considerando-se os controles administrativo e operacional integrados e sempre atualizados. Abstract: This work presents the development of a research program aimed to identify, qualify and classify water losses in a sector of the water supply network of the district of Cruz de Rebouças, Igarassu, Pernambuco. This sector is being supplied by a deep well and has been isolated from the sistem that is belongs. This sistem is operated by COMPESA-Pernambuco Water Supply Company and has been chosen as a case study looking at to identify apropriated methodologies to the detection and quantify of losses in water supply network, the mistakes take its source from the estimatives and difficulties in general. Some equipaments for measure of outflaw, capacity and detection of leakages have been installed and analising comertial and technical date from the water supply company records. The global water loss in the studied water suply network sector has been estimated as 32.26%. The physical water losses have been estimated as 4.65%. The non-physical water losses correspond to 53.38% of the total water losses, and the remaining 41.97% have been classified as others. Final sugestions are withdrawn with respect to administrative and operational control actions aimed at the condition for the operation of the system under minimum water losses occurance. Palavras-Chave: perdas em setor de abastecimento de água, detecção de perdas com hidrômetropadrão. 1 Professor da Escola Politécnica de Pernambuco – UPE, Av. Getúlio Vargas, 940/201, Bairro Novo, Olinda-PE, CEP 53.030-010, Fone: 0xx81-3439.1796, Fax: 0xx81-3429.6689, E-mail: [email protected] 2 Professora da Escola de Engenharia–UFPE-CT, Av. Acadêmico Hélio Ramos, s/n, CEP 50740-530, Recife-PE. Fone: 0xx81-3271.8709, E-mail: [email protected] 1 INTRODUÇÃO As redes de abastecimento de água são dimensionadas com o fim de promover, em condições satisfatórias, o recebimento da fonte produtora e a distribuição do líquido aos consumidores, com bons desempenhos técnico-operacional e econômico-financeiro. Deve-se ainda prever algumas situações decorrentes de fatores adversos que o sistema esteja submetido, como por exemplo, danos e conseqüências que podem advir das variações de pressão e de vazão, originando avarias em tubos, conexões e demais singularidades, daí resultando em vazamentos na rede. Atualmente, pesquisa detalhada em redes de distribuição de água tem sido uma estratégia adotada na intenção de se conhecer com profundidade as condicionantes de uma rede de abastecimento de água. As empresas de abastecimento de água no Brasil, comumente operam com índices de perdas que variam entre 30% e 60% em média, apesar de que, existem localidades em que a perda é maior, como no caso do Sistema de Abastecimento de Água-SAA da cidade de Juazeiro no Estado da Bahia, onde o índice de perdas em 1998 atingiu 71%, sendo esse um dos motivos pelos quais foi implantado o Projeto Piloto-PP do Plano Nacional de Combate ao Desperdício de Água-PNCDA (MIRANDA et al, 1998). Na Região Metropolitana do Recife – RMR-PE, o volume de água não contabilizado é da ordem de 50% do volume distribuído. Estas perdas concorrem para a operação deficiente sob o ponto de vista técnico, instigando a descontinuidade no fornecimento de água, comprometendo as finanças da empresa de abastecimento de água, bem como seu conceito junto ao público consumidor. As perdas estão relacionadas a aspectos técnicos - vazamento na rede de distribuição e nos ramais prediais, bem como a aspectos comerciais - ligações clandestinas, submedições de medidores, avarias e desvios fraudulentos de hidrômetros. Este trabalho apresenta o desenvolvimento de uma pesquisa feita com o objetivo de identificar, qualificar e quantificar perdas em um setor de abastecimento de água do Distrito de Cruz de Rebouças, Município de Igarassu, PE. O município integra, juntamente com outros treze, a Região Metropolitana de Recife. Esse setor é alimentado por poço artesiano e foi hidraulicamente isolado da rede de abastecimento a qual pertence sendo escolhido como um estudo de caso, visando a identificação e avaliação de metodologias apropriadas à detecção e quantificação de perdas em sistemas de abastecimento de água. Rede de abastecimento de água em Cruz de Rebouças O trabalho de pesquisa foi feito pela necessidade de se conhecer o índice de perdas de água na rede de abastecimento de Cruz de Rebouças, tomando-se por referência um setor, hidraulicamente isolado, podendo servir de modelo para a rede como um todo, e até mesmo para outros sistemas de idênticas características. A pesquisa foi feita em dois setores remembrados em um único setor da rede de abastecimento de água do Distrito de Cruz de Rebouças, Município de Igarassu-PE, e foi desenvolvida através dos estudos sobre perdas totais e suas classificações. A rede está dividida em setores comerciais (105, 110 e 115) e abastecida pelos poços (P-2-4) e (P-2-7), onde se denotava incompatibilidade técnica com os requisitos para a condução da pesquisa, uma vez que o regime de abastecimento de água na área sofria intermitência. Os dois setores de abastecimento de água em estudo não atendiam aos requisitos da pesquisa por não dispor de abastecimento contínuo. Visando a solução deste problema, foram desenvolvidos dois sistemas de automação para a operação dos poços, de forma a permitir o abastecimento dos setores sem intermitência. A pesquisa foi completamente voltada para o setor (105/110), setor este que é conseqüência do remembramento dos setores (105) e (110), tendo como fonte de produção o poço (P-2-7) que 2 alimenta um reservatório do tipo “apoiado” que abastece o referido setor, isolado fisicamente do restante da rede. Com isto, foi executada uma série de intervenções na rede de distribuição, no intento de se conseguir estanqueidade e isolamento entre as áreas de influência de cada fonte de abastecimento. Após concluídas as ações, foram realizados os devidos testes na rede de distribuição, onde foi constatado o isolamento hidráulico entre os setores. Dispositivos instalados e medições O setor (105/110) é constituído de um poço artesiano como fonte produtora, alimentando um reservatório do tipo apoiado com abastecimento por gravidade e dotado de funcionamento contínuo. Foi implantado um sistema de automação para evitar extravasamento do reservatório, abaixamento excessivo do nível dinâmico do poço e, permitir o abastecimento contínuo. A pesquisa foi desenvolvida em um período de 10 (dez) meses, através do levantamento das perdas totais e suas classificações. Para o monitoramento das pressões foram instalados 10 manômetros registradores de gráficos em pontos de consumo mais afastados da distribuição e os de cotas mais elevadas, e foram comparadas as leituras antes e depois das ações físicas de intervenção na rede. O trabalho de pesquisa no setor teve como principal objetivo à identificação das perdas de água e suas origens. Daí, havendo a necessidade de quantificá-las através dos medidores de vazão e Data Logger, bem como classificá-las por meio de hidrômetros-padrão, verificando-se submedição de micromedidores e subestimativas de consumos não medidos. Geofone foi empregado para detecção de ligações clandestinas e vazamentos não visíveis, além de consultas a registros de ocorrências na verificação de outros tipos de perdas METODOLOGIA Iniciou-se com a determinação da produção de água do poço, utilizando-se do tubo de Pitot modelo Cole, desenvolvendo-se trabalhos de campo e cálculo de seus coeficientes e parâmetros, utilizando-se de equações, tabelas e ábacos. Em seguida, passou-se a determinar o volume de água distribuído ao setor, pelas leituras do registrador contínuo tipo Data Logger interligado ao macromedidor instalado na tubulação de saída do reservatório apoiado. Os volumes de água consumidos foram determinados consultando-se as folhas de controle da micromedição no setor e pelas estimativas de consumo dos pontos não medidos. Conhecidos os volumes de água distribuídos ao setor e consumidos, as perdas totais foram quantificadas. Essas perdas foram classificadas empregando-se o geofone eletrônico para detecção de vazamentos não visíveis e ligações clandestinas e, por consultas a documentos com registros de alterações envolvendo perdas. Técnicas foram aplicadas com o auxílio de hidrômetros-padrão instalados em série com os medidores existentes para avaliação de submedições e fraudes nesses medidores. Os hidrômetrospadrão também foram utilizados na subestimativa de consumos não medidos, sendo instalados em pontos estratégicos para medição desses consumos. Medição da produção do poço A capacidade de produção do poço que alimenta o setor foi medida com o emprego do tubo de Pitot, obedecendo-se a uma seqüência de atividades de campo e aplicação de equações. Levando-se em consideração os fatores de correção conseqüentes da intervenção na tubulação quando da utilização do Pitot e acessórios auxiliares como o manômetro “U“ e o galgador, a capacidade de produção do referido poço, QP, foi calculada pela expressão: QP = K c . Vc . K d (1) 3 Sendo: K c = F v . K a . Ae . K p (2) Onde: Kc - coeficiente ou fator de área (m2) Vc - velocidade média central (m/s); Kd - coeficiente de correção da densidade do líquido manométrico. FV - fator de velocidade; Ka - coeficiente de correção devido à variação entre diâmetros real e nominal. Ae - correção da área efetiva devido a introdução do Pitot (m2); Kp - coeficiente de correção da área devido a projeção do registro de derivação; Fator de velocidade O fator de velocidades FV, Equação (3), foi calculado pela média das raízes quadradas dos valores das deflexões, d, obtidas com o auxílio do gráfico conforme a Figura 1, nas interseções das linhas horizontais dos raios médios, Rn, com a curva de velocidade, exceto a central, dividida pela raiz quadrada da deflexão central, dc. n ∑ d FV = 1 n (3) dc Coeficiente de correção do diâmetro O coeficiente de correção do diâmetro foi calculado pela Equação Dr Ka = Dn 2 (4) O diâmetro real interno do tubo de saída do poço, no ponto de interseção onde foi implantado o Tap, foi calculado com o uso do galgador (calibre). Coeficiente de correção da área devido à projeção do registro de derivação O registro de derivação, Tap, devido à sua introdução, provoca redução de área na seção da tubulação que sai do poço no ponto de inserção, sendo necessária a sua correção através do coeficiente de área-KP. Coeficiente de correção da densidade do líquido manométrico Ao Tubo de Pitot foi interligado um manômetro “U”, com o líquido manométrico formado por tetracloreto de carbono diluído com benzina adicionado a um corante, com densidade relativa nominal de 1,60. O líquido manométrico teve sua densidade corrigida do seu valor nominal para o valor real, variação esta ocasionada em função da temperatura na oportunidade da medição da produção do poço. A densidade real, dr, do líquido manométrico foi calculada pela Equação (5) levando-se em consideração 06 (seis) medições das relações entre diferentes colunas de água e respectivas colunas 4 do líquido manométrico para cada equilíbrio, no manômetro “U”, sendo ha a coluna de água e, hm, a coluna do líquido manométrico, conforme o Quadro 3. n ha ∑ (5) 1 hm dr = 1 + n O coeficiente de correção da densidade do líquido manométrico foi calculado pela Equação (6), sendo dn o diâmetro nominal do tubo de saída do poço. Kd = dr − 1 dn − 1 (6) Medição da água destinada ao consumo Os volumes de água medidos e destinados ao consumo, foram os considerados com base no monitoramento, possibilitando assim a emissão de relatórios gerados pelas leituras do Data Logger interligado ao macromedidor eletromagnético instalado no tubo de descida do reservatório apoiado, no período de janeiro a outubro de 2.000. Considerando que o macromedidor de vazão é um equipamento que, pelo seu uso contínuo, tende à fadiga e desgastes dos seus componentes, e ainda pelas condições em que é normalmente submetido, como variação de temperatura e qualidade da água, provocando muitas vezes corrosão e encrostamentos, apresenta erros por submedição dando margem às perdas de água. A submedição do macromedidor instalado no tubo de descida do reservatório, pôde ser estimada, a princípio, “In Loco” por processo empírico de cubagem, comparando-se leituras do medidor e respectivas diferenças de volumes no reservatório. Este índice foi considerado nos cálculos de perdas do volume de água ofertado ao setor utilizando-se da Equação (7) IM = VM VO (7) Medição do consumo de água A medição do consumo de água do setor (105/110) foi feita analisando-se por faixas e categorias de consumidores, pelos números de ligações e economias e, considerando as condições do consumo, ou seja, para pontos de consumo com hidrômetros instalados, estando estes com medição real ou medição pela média das três últimas leituras, quando o medidor apresentava alguma irregularidade por ocasião da leitura do mês em curso. Quanto às ligações não medidas, a concessionária definiu taxas de consumo com valores entre 10 e 30 m3/mês após análise sumária desses consumos. Volume total de água perdida e índice de perda total As Equações (8) e (9) representam, respectivamente, volume das perdas totais, VP, e índice de perda total, IP, ou seja, são correspondentes a todas as perdas físicas e não físicas que ocorreram no setor de abastecimento, desde a oferta no reservatório apoiado até o consumo. VP = V O − (Vm + V E) IP = V O − (V m V O + V (8) E ) x 100 (9) 5 Sendo: - Vm (volume micromedido) a soma das leituras dos hidrômetros instalados nos diversos pontos de consumo do referido setor; - VE (volume estimado) a soma dos volumes estimados dos pontos de consumo que não dispõem de medidores (considerado de 10 a 30 m3/mês por ponto de consumo não medido, dependendo da faixa de consumo presumível). Determinação das perdas totais Inicialmente as perdas totais foram quantificadas e, em seguida, qualificadas, utilizando-se de instrumentos de medição – macro e micromedidores de vazão; registrador contínuo - Data Logger; instrumentos de detecção - geofone eletrônico; consultas aos arquivos da concessionária envolvendo alterações com perdas de água – comunicações sobre vazamentos, estouramento e manutenção da rede com perda de água. Índices de submedição em micromedidores O cálculo do índice de submedição da micromedição foi estabelecido com o emprego de hidrômetros novos, de classes metrológicas B e C, servindo-se como hidrômetros-padrão, dispostos em série com os hidrômetros existentes nos pontos de consumo. Foram empregadas condições para o cálculo do índice de submedição, através de uma amostragem que pudesse representar de maneira o mais real possível a submedição do sistema ou da rede de abastecimento como um todo, servindo de parâmetro, não só para o referido setor ou a rede, mas também no dimensionamento de sistemas de abastecimento idênticos. O índice de perda de submedição, Ism, de micromedidores instalados em pontos de consumo foi calculado pela Equação (10). n I sm = ∑ (V mP − V m ) 1 x100 ∑ V mP (10) Onde: - VmP é o volume medido pelo hidrômetro-padrão instalado em série com o existente; - Vm é o volume medido pelo hidrômetro existente no ponto de consumo. Medição do índice de subestimativa de consumo não medido O índice de perda por erros cometidos na estimativa dos volumes de consumos dos “pontos não medidos”, IsE, foi avaliado instalando-se 10 (dez) hidrômetros classe metrológica B em pontos especialmente escolhidos (nas proximidades das interligações do tubo da rede com o ramal predial), sem ônus adicionais para os consumidores envolvidos, sendo monitorados com leituras regulares VmP e comparados com os valores antes estimados - VE. Este índice foi calculado pela equação (11) a seguir n IsE = ∑ (VmP − VE ) 1 ∑ VmP x100 (11) Medição de vazamentos Foi constituída uma “turma de vazamentos”, que, no período de intervenção na rede, percorreu toda a malha de distribuição à procura de vazamentos visíveis, localizando e eliminando esses pontos de vazamento. Para identificação de vazamentos não visíveis, foi feita uma varredura na rede de distribuição por técnicos equipados com geofone eletrônico. 6 Medição do volume de água em ligações clandestinas O volume recuperado foi estimado no período de 10 (dez) meses e o valor foi computado no índice de subestimativa, IsE, e considerado como consumo estimado corrigido. Fraudes em pontos de consumo Para detecção de fraudes em medidores instalados em pontos de consumo, foi feita vistoria ao acaso em diversos pontos, além de vistoriar os próprios pontos em que foram instalados os hidrômetros-padrão. Estimativa do extravasamento no reservatório Esta estimativa foi conseguida, consultando-se os registros de alterações sobre as perdas por extravasamento do reservatório que alimenta o setor (105/110). Outras perdas Outros tipos de perdas, verificadas no setor de abastecimento no período considerado, poderiam ser conhecidos consultando-se os históricos de alterações, porém, essas perdas não foram registradas pela concessionária. As perdas totais ocorridas no sistema em estudo foram calculadas a cada mês pela diferença entre os volumes de água ofertado e consumidos e, computadas para todo o período de estudo. Com isto, a diferença entre as perdas totais e as classificadas, chamada “OUTROS”, foram as perdas que não puderam ser identificadas RESULTADOS Medição da vazão do poço Foi calculada a vazão do poço através das Equações (1) e (2), cujos termos foram encontrados conforme o desenvolvimento a seguir. Fator de velocidade O Fator de velocidade foi calculado com base no gráfico de velocidades, Figura 1, formado com o uso do Pitot Cole por ocasião da medição da produção do poço. O Quadro 1 mostra os diferenciais de pressão di3, correspondentes aos pontos D eqüidistantes. Rn são os valores dos raios médios dos anéis de igual área em que foi dividida a seção reta do tubo de saída do poço. Os valores d são os diferenciais de pressão correspondentes aos pontos de cruzamento das linhas horizontais de Rn com a curva de velocidades no gráfico da Figura 1. Quadro1: Diferenciais de pressão correspondentes aos respectivos raios médios D(mm) 0 15 30 45 60 75 90 105 120 135 150 di (cm) 11,4 15,0 16,0 16,3 16,3 16,2 16,0 16,1 15,6 13,8 13,4 Rn(mm) 3,85 12,25 21,97 33,92 51,28 75 98,72 116,08 128,03 137,75 146,15 d (cm) 12,60 14,70 15,60 16,20 16,30 16,2* 16,10 15,80 14,60 13,80 13,50 *Diferencial de pressão central-dc. 3 Diferenciais lidos por ocasião da medição da produção do poço 7 Os diferenciais de pressão d, dos respectivos pontos Rn, foram assinalados no gráfico, conforme a Figura 1. Cruz de Rebouças - Poço (P-2-7) EP 068-E-006 Gráfico de Velocidades (m/s) 150 13,50 135 13,80 Diâmetro (mm) 120 15,80 14,60 105 16,10 90 75 dc=16,20 60 16,30 45 30 16,20 14,70 15 12,60 15,60 0 11 12 13 14 15 16 17 Diferenciais-d (cm) Figura 1: Gráfico de Velocidades formado com o uso do tubo de Pitot Aplicando-se na Equação (3) os diferenciais de pressão d e dC, o Fator de velocidade encontrado foi FV=0,96. Correção do diâmetro A correção do diâmetro do tubo de saída do poço foi feita medindo-se o diâmetro real com o galgador (altura do gancho= 25mm). O diâmetro real encontrado foi Dr=154 mm. Conhecendo-se o diâmetro nominal da canalização, Dn=150 mm, utilizando-se da Equação (4), foi encontrado o coeficiente de correção do diâmetro Ka =1,054. Correção de área efetiva A correção da área devido à introdução do Pitot na tubulação, foi calculada pela diferença entre a área da seção do tubo, com diâmetro de 150mm e a área do Pitot introduzido, onde foi encontrado Ae = 0,017188 m2. Coeficiente de correção da projeção do registro de derivação Em função do diâmetro nominal do tubo, 150mm, e do comprimento do registro-Tap nele introduzido (1,0 mm), o coeficiente encontrado foi Kp=0,998. Coeficiente de área Aplicando os valores anteriormente calculados na Equação (2), o coeficiente de área encontrado foi KC=0,01736 m2. Velocidade central O Quadro 2 indica as 10 (dez) velocidades conforme as respectivas deflexões manométricas, que foram medidas no centro geométrico da seção do tubo de saída do poço, no ponto de inserção, com 8 o uso do Pitot, onde as leituras foram efetuadas através do manômetro “U” a cada minuto. Com isto, a velocidade central média encontrada foi Vc=1,198 m/s, que corresponde à média das velocidades. Quadro 2:Velocidade central pelo diferencial de pressão Hora Deflexão Velocidade (mm) (m/s) 16:15 16,1 1,201 16:16 16,2 1,205 16:17 16,0 1,197 16:18 15,9 1,194 16:19 16,3 1,209 16:20 16,2 1,205 16:21 16,0 1,160 16:22 16,9 1,194 16:23 16,2 1,205 16:24 16,2 1,205 Coeficiente de correção da densidade do líquido manométrico O Quadro 3 mostra o somatório das relações entre as colunas de água e líquido manométrico que, aplicada à Equação (5) verifica-se a densidade real, sendo esta aplicada à Equação(6), o coeficiente encontrado foi Kd=1,02. Quadro 3: Densidade real, dr, do líquido manométrico N0 ha hm ha/hm 1 0,75 1,10 0,68 2 1,10 1,85 0,59 3 1,70 2,75 0,62 4 2,15 3,50 0,61 5 3,05 5,10 0,60 6 4,40 7,50 0,59 3,69 Σ (ha/hm) Média (ha/hm) 0,62 dr = 1,62 Produção do poço Substituindo os valores, anteriormente calculados, na Equação (1), o valor encontrado para a capacidade de produção do poço foi QP=1.832,82 m3/dia. Na Figura 2 é apresentado gráfico do comportamento de vazão da curva de produção do poço, relativo ao período de 01 a 08 de maio de 2000, extraído do Data Logger interligado ao macromedidor instalado na tubulação de saída do poço. 9 Figura 2: Curva da produção do poço que alimenta o setor (105/110) Medição da água destinada ao consumo A Figura 3 apresenta o gráfico do comportamento de vazão medida entre 01 e 08 de abril do mesmo ano, extraído do registrador contínuo. Figura 3: Gráfico de vazão ofertada ao setor (105/110) Após esta operação o medidor foi destinado ao laboratório de hidrômetros da concessionária para calibragem, oportunidade em que se constatou um índice de macromedição, IM, de 97%. Este índice foi considerado nos cálculos de perdas do volume de água ofertado ao setor utilizando-se da Equação (7), ou seja: VO= VM/0,97, onde VO (volume ofertado) é o volume total de água que passou pelo macromedidor e, VM (volume macromedido), o volume que foi extraído da leitura do macromedidor instalado na saída do reservatório apoiado que abastece o setor em estudo, com o auxílio do Data Logger. Medição do consumo de água O Quadro 4, a seguir, mostra o acompanhamento da micromedição no setor (105/110), correspondente ao período de janeiro a outubro de 2000. Quadro 4: Acompanhamento da micromedição CRUZ DE REBOUÇAS ITEM N0 DE LIGAÇÕES SEM HIDRÔMETRO N0 DE LIGAÇÕES COM HIDRÔMETRO N0 DE LIGAÇÕES COM MEDIÇÃO REAL N0 DE HIDRÔMETROS INSTALADOS SETOR (105/110) ANO- 2000 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT TOTAL 85 114 100 95 89 77 83 79 67 83 872 1685 1699 1688 1704 1710 1693 1701 1702 1701 1705 16988 1423 1417 1416 1386 1382 1408 1370 1368 1375 1384 13929 12 10 13 28 25 12 16 12 12 8 148 10 VOLUMES (m3) N0 DE HIDRÔMETROS SUBSTITUÍDOS COM HIDRÔMETRO CONSUMO R EAL CONSUMO P/MÉDIA* SOMA - Vm SEM HIDRÔMETRO (ESTIMADO)-VE TOTAL (com e sem hidrômetro) 32 - 5 6 13 5 5 6 8 4 84 17256 19089 15994 17153 17722 17741 16026 16865 16785 15990 170621 2859 2831 3146 2841 2758 3270 2655 2738 2780 2649 28527 20115 21920 19140 19994 20480 21011 18681 19603 19565 18639 199148 1080 1422 1225 1135 1125 995 1085 1022 1195 972 11256 21195 23342 20365 21129 21605 22006 19766 20625 20760 19611 210404 *Registro de consumo pela média das (03) três últimas leituras Volume total de água perdida e índice de perda total O Quadro 5 apresenta os resultados mensais e globais correspondentes aos volumes ofertados, medidos e estimados bem como os índices de perdas totais. Este Quadro fornece o resumo da situação em que se encontra o setor quanto às perdas de água, baseado nas submedições de medidores instalados em pontos de consumo e nas subestimativas de consumos de pontos não medidos. Quadro5 : Volumes e Índice de Perda Total no Setor (105/110) ÍNDICE (%) VOLUMES DE ÁGUA (m3) MÊS VO Vm VE VP IP JAN 28865 20115 1080 7670 26,57 FEV 33905 19920 1422 12563 37,05 MAR 30469 22140 1225 7104 23,32 ABR 28634 19994 1135 7505 26,21 MAI 32539 19408 1125 12006 36,90 JUN 39869 23011 995 15863 39,79 JUL 30212 18681 1085 10446 34,58 AGO 29292 19565 1022 8705 29,72 SET 29981 19565 1195 9221 30,76 OUT 29640 18639 972 10029 33,84 TOTAL 313407 201038 11256 101113 32,26 Determinação das perdas totais O valor das perdas totais no setor em estudo foi avaliado através de cálculos envolvendo os volumes ofertado e consumido (medido e estimado). O Quadro 9 apresenta os resultados mensais e globais correspondentes aos volumes ofertados, medidos e estimados bem como os índices de perdas totais, e ainda, fornece o resumo da situação em que se encontra o setor quanto às perdas de água, baseado nas submedições de medidores instalados em pontos de consumo e nas subestimativas de consumos de pontos não medidos. Índices de submedição em micromedidores A estimativa foi feita considerando uma amostra de 18 (dezoito) hidrômetros-padrão. Estes hidrômetros-padrão foram instalados em caixas metálicas especiais implantadas no muro frontal do imóvel, do lado de fora, para evitar fraudes por by-pass. 11 O Quadro 6 adiante mostra o resultado encontrado para o índice de submedição, Ism, com os hidrômetros-padrão instalados, ao final de 09 (nove) leituras monitoradas no período de 60 (sessenta) dias, ou seja, uma média de uma leitura semanal. Medição do índice de subestimativa de consumo não medido O Quadro 7 mostra o resultado encontrado para o índice de subestimativa, IsE, com os 10 (dez) hidrômetros-padrão instalados, ao final de 09 (nove) leituras monitoradas no período de 60 (sessenta) dias. Quadro 6: Índice de submedição em micromedidores Hidrômetros Leituras (m3) 0 N Classe Vm VmP VmP - Vm 1 B 72,30 77,50 5,20 2 B 72,30 87,30 6,30 3 B 121,70 132,82 11,17 4 C 138,80 154,0 15,20 5 C 94,60 99,90 5,30 6 B 91,37 97,40 6,03 7 C 103,00 116,40 13,40 8 C 221,30 259,50 38,20 9 B 88,45 92,50 4,05 10 C 138,30 152,24 13,94 11 B 69,00* 81,50 12,50 12 B 117,40* 122,20 4,80 13 B 92,00* 110,00 18,00 14 B 86,50* 97,50 11,00 15 B 123,00* 138,50 15,50 16 B 78,00* 89,00 11,00 17 B 88,50* 101,00 12,50 18 B 94,00* 110,50 16,50 SOMA 1150,77 1269,56 220,59 Ism = 17,38% * Hidrômetro com mais de 10 anos N0 de Economias 03 04 04 03 04 02 02 04 02 Quadro 7: Índice de subestimativa de consumos não medidos no setor (105/110) Hidrômetros Leituras (m3) N0 de Economias N0 Classe VmP VE VmP - VE 1 B 38,60 20,00 18,60 02 2 B 31,40 20,00 11,40 3 B 34,20 20,00 14,20 02 4 B 65,50 40,00 25,50 04 5 B 38,70 20,00 18,70 02 6 B 85,00 60,00 25,00 06 7 B 38,30 20,00 18,30 8 B 77,50 40,00 37,50 04 9 B 36,60 20,00 16,60 02 12 10 B SOMA 92,50 60,00 538,30 320,00 IsE = 40,55% 32,50 218,30 06 Medição de vazamentos Os volumes de vazamentos visíveis foram os resultados das estimativas dos volumes perdidos nos pontos consertados, sendo computados nos meses de março-340 m3, maio-237 m3 e agosto-252 m3, no total de 829 m3. Para identificação de vazamentos não visíveis, foi feita uma varredura na rede de distribuição por técnicos equipados com geofone eletrônico, sendo localizado e eliminado 03 (três) pontos de vazamento na rede, em conseqüência de perfurações, com diâmetro médio de 4 (quatro) mm. Foi estimada a vazão inicial de vazamento por ponto em 640 m3/mês, mas estando os pontos sob pressão de 2 kg/cm2, o coeficiente de descarga considerado foi de 0,63, com isto, considerou-se o volume mensal calculado em 403 m3 para cada ponto de vazamento. Não se sabendo do tempo real de vazamento, o período considerado foi o da realização da pesquisa, ou seja, 10 (dez) meses, com volume mensal perdido de 1.209 m3 e total de 12.090 m3. Medição do volume de água em ligações clandestinas Foram detectadas 07 (sete) ligações clandestinas, LC, utilizando-se o geofone e, por consultas aos cadastros técnico e comercial. Das ligações clandestinas detectadas, 02 (duas) foram regularizadas, 02 (duas) foram desativadas e 03 (três) foram colocadas em evidência, como consumos não medidos (arbitrada taxa mínima – 10 m3/dia) para posterior regularização. O volume recuperado foi estimado com base na Equação (11), conforme os seguintes cálculos: - Volume de água: correspondente ao volume estimado, VE, de 20 m3 (os volumes estimados para os pontos de consumo não medidos variam de 10 a 30 m3, logo, foi considerado o valor intermediário); - Período: 10 (dez) meses; - Correção: Considerou-se o índice de subestimativa de consumo não medido, incidente no setor (105/110), ou seja, IsE=40,55%, que conforme os cálculos, tem-se: 40,55=(VmP 20)x100/VmP, logo VmP=33,64 m3/mês, para cada ligação clandestina detectada. - Volume total mensal: V=33,64x 7=235,50m3. Fraudes em pontos de consumo Foram registradas em 07 (sete) pontos de consumo com fraudes dos tipos “by pass”, retardamento e dano intencionais em hidrômetro, detectados em conseqüência da instalação de hidrômetros-padrão. Essas perdas foram computadas para todo o período de estudo com base no volume calculado para ligação clandestina menos o consumo mínimo estimado, ou seja, V=33,64-10=23,64 m3 a cada mês por ponto flagrado, perfazendo um total de 7x23,64=165,50 m3/mês. Estimativa do extravasamento no reservatório Consultando-se os registros de alterações sobre as perdas por extravasamento do reservatório que alimenta o setor (105/110), constatou-se que no dia 24/set/2000 ocorreu um extravasamento do reservatório em conseqüência de problemas na LP (Linha Privada) do sistema de automação que interliga o poço (P-2-7) e o reservatório apoiado, cujo volume perdido foi contabilizado pela oferta total no dia, 995,0 m3, e pelo tempo de ocorrência do acidente que teve início às 6:00h aproximadamente e a equipe da concessionária compareceu ao local às 16:05h (a demora se deu por ter sido um fim de semana), sendo possível estimar o volume extravasado em 416 m3. 13 Outras perdas As perdas totais ocorridas no sistema em estudo foram calculadas a cada mês pela diferença entre os volumes de água ofertado e consumidos e, computadas para todo o período de estudo, 10 (dez) meses. Com isto, a diferença entre as perdas totais e as classificadas, são as chamadas “OUTROS”, perdas que não puderam ser classificadas. O Quadro 8 mostra de maneira discriminada os volumes de perdas identificadas pela pesquisa e os Quadros 9 e 10 apresentam respectivamente, o índice de perdas totais (físicas e não físicas) e, o resumo dos volumes que se verificaram no período de estudo. Quadro 8 : Volumes de perdas identificadas no setor (105/110) N0 DE PONTOS VOLUMES (m3) TIPOS DE PERDAS DETECTADOS RECUPERADOS VAZAMENTOS VISÍVEIS 05 252,00 VAZAMENTOS NÃO VISÍVEIS 01 4.030,00 LIGAÇÕES CLANDESTINAS 07 2.355,00 FRAUDES 07 1.655,00 EXTRAVASAMENTOS 01 416,00 OUTROS* 42.437,00 TOTAL 21 * Correspondentes a perdas não classificadas 51.145,00 Outras Perdas Perdas Não Físicas Perdas Físicas Quadro 9: Resumo das perdas de água no setor (105/110) Demonstrativo dos Percentuais de Perdas de Água Vazamentos 4,26% (Visíveis e Não Visíveis) Extravasamento 0,15% Soma 4,41% Submedição de Hidrômetros 13,82% Subestimativa 2,53% (Pontos Não Medidos) Ligações Clandestinas 0,78% Fraudes em Medidores 0,54% Soma 17,67% Não classificadas Soma Total 8,50% 8,50% 30,58% CONCLUSÕES Produção do poço A medição da produção de água do poço, correspondente ao volume mensal de 54.985 m3 foi de grande importância, considerando que este abastecia apenas o setor (105), cujo consumo médio era 14 de aproximadamente 38% da capacidade total do poço. Com isto resolveu-se remembrar os setores (105) e (110) em um único, o setor (105/110), cujo volume médio mensal ofertado é de 30.400 m3, correspondente a 55% da sua capacidade de produção total. O poço (P-2-7) é uma fonte com produção residual capaz de atender a população atual e se dispor ao suprimento de outros setores da rede de abastecimento, caso haja necessidade. Das perdas e índices de submedição e subestimativa O objetivo do estudo foi conseguido, considerando que as perdas foram identificadas, quantificadas e qualificadas no seu contexto geral. Os resultados obtidos poderão servir como parâmetros em trabalhos complementares destinados a própria rede à qual pertence o setor (105/110) e a outros sistemas de abastecimento de água com as mesmas características. Na classificação das perdas, usaram-se recursos disponíveis que possibilitaram a localização de vazamentos não visíveis e ligações clandestinas, sendo assim eficientes na sua utilização. O monitoramento foi levado a efeito com o emprego de registradores contínuos - Data Logger, de medidores e por consultas ao pessoal técnico-administrativo e acervo literário. O que foi conseguido contribui para um melhor desempenho técnico-operacional visando boas manutenções corretiva e preventiva do sistema como um todo, desde a malha de distribuição à rede de medidores. Dos valores de perdas descritos no Quadro 9, verifica-se que às perdas físicas - 4,41% correspondem a um percentual relativamente baixo. Das perdas não físicas - 17,67%, verifica-se que os maiores percentuais correspondem a submedição de hidrômetros e subestimativas de consumos de pontos não medidos, o que foi conseguido, com muito êxito, pois os índices de submedição- Ism de micromedidores instalados em pontos de consumo e, de subestimativas de consumos não medidos- IsE, calculados com o auxílio de hidrômetros-padrão, constituíram parâmetros importantes que foram aplicados ao sistema como um todo. As perdas que não puderam ser classificadas foram da ordem de 8,50%. BIBLIOGRAFIA COELHO, A. C. Medição de água e controle de perdas. Rio de Janeiro: ABES, 1983. 339 p, 21 cm, volume 1, 2a edição. Bibliografia: p 119-132 e 229. ISNB 85-7022-016-2. DETECÇÃO DE VAZAMENTOS NÃO VISÍVEIS. Em Pauta - Revista ABENDE - Associação brasileira de ensaios não destrutivos. CENTRE-Centro de Treinamento, São Paulo, pp. 27-29, 7072, 2000. FRAGA, A. S. e MELLO, E. A Micromedição e o Sucesso do Programa de Redução de Perdas, 1996, DMAE, Porto Alegre-RS, jan 2000. Disponível em: <http://www.terravista.pt/IlhadoMel/1314.perdas.htm> acesso em 18/01/00. GERMANOPOULOS, G. e JOWITT, P. Leakage reduction by excessive pressure minimization in a water supply network, Proc. Institution Civ. Engrs. Part 2, 1989, 87, June: 195-214, 1989. JOWITT, P. e XU, CH. Optimal valve control in water distribution networks, J.W.R.Pl.M., Vol. 116, n0 4, July/August: pp 455-472, 1991. MIRANDA, E. C.; ALVES, R. F. F. e ROCHA, W. 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Em Pauta - Revista DAE, São Paulo, n0 54, Ano 25, pp 68-69, 1964. 15 Quadro 10: Quadro Geral dos Volumes de Água CRUZ DE REBOUÇAS SETOR (105/110) ANO/2000 PONTOS DE VOLUMES (m3) CONSUMO (m3) OFERTA (m3) MEDIDOS NÃO IM=97% Ism=17,38% MEDIDOS VP IP VAZAMENTOS LIGAÇÃO IsE=40,55% MÊS EXTRAVASA (m3) (%) OUTROS CLANDES FRAUDES MENTO TINA NÃO VM VO Vm VPM VE VPE VISÍVEL VISÍVEL 1209 235,5 165,5 JAN 27999 28865 20115 24346 1080 1817 7670 26,57 1209 235,5 165,5 FEV 32888 33905 21920 26531 1422 2392 10563 31,16 1209 235,5 165,5 MAR 29555 30469 19140 23166 1225 2061 10104 33,16 340 1209 235,5 165,5 ABR 27775 28634 19994 24200 1135 1909 7505 26,21 1209 235,5 165,5 MAI 31563 32539 20480 24788 1125 1892 10934 33,60 237 1209 235,5 165,5 JUN 28673 29560 21011 25431 995 1674 7554 25,55 1209 235,5 165,5 JUL 29306 30212 18681 22611 1085 1825 10446 34,58 1209 235,5 165,5 AGO 28413 29292 19603 23727 1022 1719 8667 29,59 252 1209 235,5 165,5 416 SET 29082 29981 19565 23681 1195 2010 9221 30,76 1209 235,5 165,5 OUT 28751 29640 18639 22560 972 1635 10029 33,84 TOTAL 294005 303098 199148 241041 11256 18934 92694 30,58 829 12090 2355 1655 416 Legenda: VP = Volume de água perdido VPM = Volume de água que passou pelo micromedidor IP = Índice de perda de água VPE = Volume de água consumido pelo ponto estimado (não medido) 1092 3372 3292 915 4012 845 4167 1984 2265 3835 25778 16