Ano I Fevereiro / 2008 #1 TRIBUTAÇÃO Redução de impostos garante água mais barata para população LEGISLAÇÃO Regulamento de Boas Práticas visa maior segurança ao consumidor de água mineral e natural Associação Goiana das Indústrias de Água Mineral DNPM Trabalho do órgão de classificação e fiscalização de águas é garantia de produto de qualidade na mesa do consumidor Editorial Caro leitor, É com tamanha satisfação que comemoramos a primeira edição da Revista Aginam, veículo que nasce para ser um instrumento de informação confiável acerca do grandioso universo da água, seus benefícios e importância. A revista faz parte das ações da Associação Goiana das Indústrias de Água Mineral (Aginam), visando uma maior aproximação com seu público e parceiros. A Aginam foi criada no final de 2005 com o propósito de ser uma entidade presente e atuante na luta por melhorias para o mercado de água mineral e potável, objetivando, assim, assegurar benefícios para os produtores de água e principalmente para o consumidor. Com cerca de 18 indústrias, Goiás assume cada vez mais função de destaque no crescente mercado das águas e, por isso mesmo, a necessidade da criação de uma associação como a Aginam se fazia imprescindível. Articular junto ao governo, informar sobre as inovações tecnológicas e promover ações em prol da melhoria do setor são algumas das metas da nossa associação que, já em sua primeira luta, saiu vitoriosa ao conseguir baixar parte da tributação que incide sobre a água envasada: uma grande conquista para o setor e um grande benefício repassado ao consumidor final, que você confere na matéria Aginam consegue redução de imposto para água. Por estarmos conscientes do grande potencial que tem a Aginam é que convocamos a todos os produtores de água mineral e potável a se juntarem a nós, pois juntos seremos ainda mais fortes. Aproveito para agradecer aqui as empresas que já fazem parte da Aginam: Bela Vista, Cristalina, Cristalmina, Goyá, Iza, Nativa, Pura e Pura & Leve. Aos consumidores, o convite de participarem conosco na luta que é de todos nós, pela melhoria e maior qualidade dos produtos ofertados no mercado. E que todos possam utilizar a Revista Aginam como um veículo de informação, conscientização e, sobretudo, união. Uma boa leitura! revista da Ronaldo Miranda Machado revista da REVISTA AGINAM Revista da Associação Goiana das Indústrias de Água Mineral [email protected] Presidentes Ronaldo Miranda Machado, Gilvan Lima Ascenso Empresas fundadoras Bela Vista, Cristalina, Cristalmina, Goyá, Iza, Nativa, Pura e Pura & Leve. Publicação Juliano M Stúdio - (62) 3241 1250 Jornalista responsável: Karla Rady JP 01147 GO Reportagem: Janaina Gomes Estagiário de jornalismo: Augusto Diniz Diagramação e arte: Antônio Prudente Impressão: Gráfica Formato Tiragem: 5.000 exemplares Obs.: As matérias assinadas são de inteira responsabilidade do autor. É proibida a reprodução do conteúdo desta revista sem a devida citação da fonte. 03 Capa A água mineral e seus benefícios I nodora, insípida e incolor. Assim é descrita a água nos livros de escola. Mas esta não é bem uma verdade completa. Indispensável ao dia-a-dia de qualquer ser vivente, a água pode, sim, ter gostos. A água mineral, por exemplo, possui características químicas, físicas e físico-químicas que as tornam especiais, diferentes da comum. Minerais e outras substâncias dissolvidas – como sais, compostos de enxofre e gases –, alteram o gosto (mesmo que muito sutilmente) e podem, ainda, agregar valor terapêutico a água. Provenientes de fontes naturais, as águas minerais são resultado de uma infiltração profunda de águas de superfície que atingem o subterrâneo, o que confere características especiais a esta água. Geralmente, elas possuem uma maior dissolução de sais minerais, maior temperatura e pH alcalino. A composição química, além da origem da fonte, a temperatura e a presença de gases estão entre os fatores utilizados para classificar os diferentes tipos de águas minerais. As águas do Centro-Oeste, por exemplo, por possuírem baixo teor de sais minerais são consideradas uma das mais leves do mundo. Radioativa: Tem ação funcional das afecções hepático-biliares. Elimina o ácido úrico na gota, reumatismo gotoso e hiperuricemia. Indicada como sedativo do sistema nervoso é, também, muito eficiente contra processos alérgicos e Alcalina mal funcionamento das Bicarbonatada: glândulas. Indicada para tratamento de cálculos renais, distúrbios Ferruginosa: Indicada para hepáticas e casos de tratamento de artritismo e gota. anorexia, anemia e astenia. 04 gastrointestinais, enfermidades Água mineral faz bem pra você Carbogasosa: Indicada no tratamento Saiba como são classificados alguns dos diferentes tipos de água quanto à sua composição química e como podem ajudar na sua saúde de distúrbios funcionais do estômago. Usadas como águas de mesa, tem sabor agradável, é estimulante do processo digestivo e indicados no tratamento de cálculos renais. Fluoretada: Contribui para saúde de dentes e ossos. Alcalino Diminui em até 27% os Terrosa Magnesiana: riscos de fratura na Indicada para distúrbios vértebra. digestivos, insuficiência e congestão hepática, discinesia vesiculares e colites. Sulforosa: Oligomineral: Tem ação diurética e pode ser utilizada nas afecções da pele como eczemas e seborréia. É indicada nos tratamentos do aparelho digestivo. Estimula a produção de hormônios nas glândulas de secreção interna e o funcionamento do Ingerida, é indicada para distúrbios funcionais do fígado. Benéfica, também, para diabéticos. Os banhos sulfurosos são indicados para reumatismos e doenças de pele. Os banhos carbo-sulfurosos de imersão são indicados no tratamento de hipertensão, como sedativos de excitação neuro-psíquica. pâncreas na diabete. Temperaturas e gases As águas também são classificadas quanto à temperatura e a presença de gases. Em relação a este último podem ser consideradas Francamente Radioativas, Radioativas, Fortemente Radioativas, Toriativas e Sulforosas. Quanto à temperatura, são classificadas como Fontes Frias (inferior a 25oC), Hipotermais (entre 25 e 33 oC), Mesotermais (entre 33 e 36 oC), Isotermais (entre 36 e 38 oC) e HIpertermais (acima de 38 oC). 05 Tributação Sede de impostos A insaciável arrecadação tributária atualmente em vigor cria mal-estar mercadológico e freia um segmento altamente promissor e indispensável ao consumidor A água é um alimento indispensável à vida. Mais que uma bebida, a água é essencial para o funcionamento do organismo. De acordo com recente relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), 6% de todas as doenças do mundo hoje são decorrentes do consumo de água inadequada. A diarréia, por exemplo, mata mais de 2 milhões de pessoas por ano, sendo que pelo menos 1,5 milhão são crianças com menos de 5 anos. Tais características deveriam bastar para fazer dela importante componente da cesta básica. Afinal, suprir a população com água de boa qualidade significa mais saúde para o cidadão e, conseqüentemente, menos 06 despesas para o governo no que se refere à implantação e à manutenção de estruturas ambulatoriais e hospitalares, para citar apenas um bom exemplo. Entretanto, essa condição de alimento só é percebida pelos organismos governamentais que tratam da saúde. Do ponto de vista tributário, a esmagadora maioria dos governos posiciona a água mineral no mesmo patamar dedicado aos produtos elaborados e de consumo eletivo, como sucos, refrigerantes e até bebidas alcoólicas. Dessa forma, enquanto um alimento igualmente importante para a saúde humana – o leite – é tributado em 7 % a título de ICMS, a água mineral, equiparada ina- dequadamente aos refrigerantes, aos sucos e às cervejas, é taxada à razão de 17 %. Essa brutal diferença é um dos principais fatores que tornam o litro comercializado de água mineral mais caro que o litro do leite. A legislação tributária em vigor, que prevê alíquota de 17 % e a aplicação do procedimento de substituição tributária, gera um custo excessivo para o produtor, além de transformá-lo, compulsoriamente, num financiador do tesouro estadual. Por esse mecanismo, o governo estadual tem a antecipação garantida do recolhimento de tributo, enquanto, do ponto de vista do produtor, que normalmente vende a prazo, sua remuneração ainda não está garantida. O que se observa, portanto, é que a taxação como é feita hoje inviabiliza muitos negócios, prejudica o crescimento da indústria goiana e aumenta o preço do produto final para o consumidor, que, apesar de baixo em termos absolutos, ainda não é suportável por boa parcela da população goiana. Conclusão: o consumidor compra menos do que gostaria, o produtor vende, lu- cra e investe menos do que poderia, e o governo deixa de arrecadar. Somando-se a essa situação a possibilidade não materializada do impacto positivo na saúde da população, decorrente de um maior consumo de água de boa qualidade, verificase que nessa equação todos saem perdendo. Investimentos x tributação O Estado de Goiás tem, hoje, cerca de 20 indústrias de envase de água mineral e natural estabeleci- das. Este número somado a entrada de produtos de outras unidades federativas (as quais, inclusive, contam com alíquota menor) geram a chamada concorrência perfeita, tendo como ponto referencial o consumidor. Do ponto de vista da indústria, o caminho da água da fonte às prateleiras é mais turbulento. Além da carga tributária altíssima, o segmento sofre com a sazonalidade do consumo. Apesar de ser um bem essencial de consumo, a ingestão da água pelo ser hu- mano sofre expressiva variação de acordo com as condições climáticas, tendo seu pico de consumo nos meses mais quentes e secos (agosto, setembro e outubro) e apresentando baixo consumo nos meses chuvosos (de novembro a março) e no início da seca (de abril a julho), devido às temperaturas mais amenas. Além disso, tem de ser levado em conta a manutenção e a proteção necessárias de áreas verdes para a preservação dos aqüíferos. Procedimento caro, cujo re- Tributação florestamento com elemenOs impostos tos da flora regional inviabiliza a área para outros fins Se somados, todos os impostos que incidem sobre a a não ser o da preservação água envasada quase alcançam a incrível marca de das nascentes e garantia da 40% do valor do produto. Não há sede que agüente! qualidade da água reservada ao consumo. Esse contex■ ICMS 17% to reduz a margem de lucro ■ PIS 11,9% das empresas e as torna to■ COFINS 2,5% talmente dependente da escala de produção, o que por ■ Contribuição Social 1,08% si só pode não ser o suficien■ Imposto de Renda 1,2% te para que se mantenham ■ Parcela variável do Imposto de Renda no mercado por muito temmais ou menos 1,5% po. Sem contar que para au■ CFEM 2% mentar a produção há de se ter preparo, equipamento e condições de aumentar Total estimado.............37,18% sua força de trabalho, o que necessariamente passa por mais investimentos. aumento de consumo, de lu- se de água mineral natural, cratividade e, também, arre- tanto pela riqueza mineral Transparência de mercado cadação. Ganham a empre- quanto pelo profissionalissa, o Estado e o consumidor mo e cuidado ambiental das A solução para o proble- – não só em economicamen- empresas aqui instaladas. ma é óbvia: redução de tri- te, mas também, em quali- Basta que reine o bom senso butos. Assim, a cadeia se tor- dade e saúde. para que este mercado possa na positiva novamente, com Goiás tem tudo para ser navegar pelas águas calmas conseqüente baixa de preços, líder no segmento de enva- da bonança. ■ Dúvida do consumidor Por que um litro de água pode custar mais que um litro de leite? Água e leite são considerados alimentos indispensáveis à vida. O governo, entretanto, taxa o primeiro como alimento e o segundo como bebida. Ora, se ambos são bebidas e se ambos são considerado alimento devido às características nutricionais, a distinção só pode ser vista como medida de arrecadação tributária. Ao colocar 08 a água ao lado de bebidas que são eletivas (o consumidor pode ou não tomar) e de preparo elaborado, o governo incorpora uma série de tributos que vão aumentar o preço final da água, limitando o seu consumo para somente parte da população. Na verdade, assim como o leite, a água deveria ser taxada como alimento (e assim ser incorporada à cesta básica), pois ninguém no mundo vive sem água! ARTIGO Conquistas Aginam consegue redução de imposto para água Vitória da associação traz benefícios ao setor e à população, que deverá incluir o produto dentre os itens da cesta básica U ma das maiores preocupações dos empresários do setor de água mineral em Goiás é a alta carga tributária, que responde por cerca de 40% do custo final do produto. Em Goiás, somente a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da água mineral chegava a 17%. Fundada no final de 2005, a Associação Goiana das Indústrias de Água Mineral (Aginam) fez gestões junto à Secretaria da Fazenda pela redução deste percentual. Os empresários do setor reivindicavam que pelo menos o imposto cobrado no garrafão de 20 litros fosse reduzido, já que este produto está cada vez mais presente nos lares dos goianos. A Aginam obteve, assim, sua primeira conquista ao conseguir que o Governo Estadual baixasse a base de cálculo, o que acabou acarretando uma redução de 17 para 12% no garrafão de 20 litros. Fator que contribuiu para a desoneração da produção e conseqüentemente para a redução do preço final para o consumidor. Novas determinações da Anvisa O s consumidores podem ficar ainda mais tranqüilos quanto à água mineral produzida no mercado brasileiro. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou no ano passado a RDC Nº. 173, que dispõe sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas para Industrialização e Comercialização de Água Mineral Natural e de Água Natural envasada no país. A RDC destina-se, ainda, aos estabelecimentos que desenvolvam atividades de armazenamento, transporte, distribuição e/ ou comercialização. Com a resolução, a Anvisa pretende aperfeiçoar as ações de controle sanitário na área de alimentos e proteger a saúde da população. A regulamentação entrou em vigor em março deste ano e agora o consumidor tem apenas que cumprir o seu papel enquanto fiscalizador do mercado, denunciando quaisquer irregularidades encontradas nas águas disponíveis no mercado. 09 Destaque Produção goiana: Compr Água Cristalina Em 1957, Chrystalino Costa analisou a água de sua propriedade e descobriu que tinha em casa água mineral fluoretada de altíssima qualidade, leveza e teor de pureza. Assim, nasceu a Água Cristalina, que brota direto da fonte Olhos D’Água. Hoje uma grande indústria de envase, a Água Cristalina empenha-se para trazer ao consumidor produtos cada vez melhores, como seu popular garrafão de 20 litros, através de aprimoramento constante dos seus sistemas de envase, armazenagem e distribuição. Saiba mais: www.aguacristalina.com.br. Água Cristalmina São Miguel do Passa Quatro estão localizadas as fontes Bom Jardim e Sumaia, de onde é retirada a Água mineral Cristalmina. A preocupação da empresa é atender as normas da Agência Ambiental, preservando o meio-ambiente e entregar ao consumidor um produto de qualidade. Com idéia inovadora no mercado, a empresa entra com o pensamento de expandir sua área de atuação e fazer seus produtos alcançarem outros estados do país. Para mais informações: (62) 3293-4615 Água Goyá Localizada em Bom Jesus, Sul de Goiás, a Água Goyá é uma das empresas mais bem conceituadas do ramo. Instalada em uma área que mantém mais de um milhão de m2 de reserva natural, a Água Goyá conta com parque industrial de última geração, equipamentos, tubulação e reservatório em aço inoxidável, além de sistema de envase que funciona em circuito fechado totalmente automatizado. A empresa possui uma extensa linha de produtos que vai desde água em copos até garrafões. Para saber mais: www.aguagoya.com.br. 10 romisso com a qualidade Água Iza Fundada em 1989, na Cidade de Goiás, a Água Iza tem enorme tradição no Centro-Oeste. A empresa é reconhecida pela preocupação que tem com o meio ambiente e a qualidade e tecnologia com que extrai sua água mineral. Com duas fontes e uma vazão de 30 mil litros por hora, a Iza realiza controles e monitoramentos diários das características físico-químicas e microbiológicas das fontes e dos produtos envasados. Em 2005, sua excelência foi reconhecida através do Prêmio Qualidade Brasil. Para saber mais: www.aguaiza.com.br. Água Nativa Fundada em 2000, a Água Nativa é uma das maiores indústrias de água do Centro-Oeste. Com unidades em Hidrolândia, conhecida como a cidade das águas, Novo Gama e Paranoá (ativação prevista para janeiro/2008), a Nativa atua não somente na região mas, também, no Triângulo Mineiro, Bahia e Tocantins. A indústria envasa 14 produtos desde copos de 200 ml a garrafões de 20 litros, incluindo a produção de vasilhame plástico de 20 litros. A Nativa produz, ainda, as próprias embalagens. Para saber mais: www.aguanativa.com.br. Água Pura Mineral Localizada próxima a Piracanjuba, a Pura Água Mineral é uma empresa preocupada com a preservação ambiental e, assim, com a qualidade da água mineral oferecida aos seus clientes. Direto da Fonte Raio de Sol para sua indústria de envase, a Pura Água Mineral se preocupa em manter a composição química da água, utilizando para isso equipamentos em aço inoxidável e atendo-se às normas ambientais. Recentemente, a indústria recebeu do SEBRAE o certificado e BPF e APPCC. Para saber mais: www.aguamineralpura.com.br. 11 Acqua Pura e Leve Com a preocupação de manter intocada a Área de Preservação Ambiental do Planalto Central e da Bacia do Descoberto, a Acqua Pura e Leve trabalha em prol do meio ambiente e da saúde do consumidor. Localizada em Brazlândia (DF), a fonte Rodeador, mais conhecida como Fonte da Vida, é de onde o Grupo Odilon Santos retira a água mineral que já tem tradição por estar há 10 anos no mercado, marcas da excelência e da aceitação do produto no mercado. O grupo é conhecido por mais de seis décadas de trabalho com seriedade. Mais informações: www.acquapuraeleve.com.br Legislação Projeto de Lei prestes a ser sancionado Proposto pelo vereador Wanderlan Renovato (PSDB-GO), PL 060 prevê mudanças na comercialização e armazenamento de água, dentre outras coisas Prestes a ser aprovado pela Câmara Municipal de Goiânia, o Projeto de Lei 060/2007, discorre sobre industrialização, comercialização, armazenamento, distribuição e transporte de água mineral natural, 12 potável de mesa e mineralizada artificialmente em Goiânia. De autoria do vereador Wanderlan Renovato (PSDB-GO), o PL prevê a adequação das empresas que comercializam o produto a alguns requisitos como armazenamento em estabelecimento próprio, transporte e separação de galões de água de forma adequada e longe de produtos químicos ou ambientes com alta incidência de luz e calor. Atualmente, o projeto obteve parecer favorável da Procuradoria e da Câmara de Vereadores, tendo inclusive já sido avaliado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Concluídas as etapas o projeto será encaminhado ao prefeito municipal, para que haja a sanção da lei. Wanderlan detalha que a preocupação no estabelecimento destas normas foi de iniciativa dos próprios produtores de água mineral. Segundo ele, até o momento o projeto de lei 060/2007 não obteve nenhuma contrapartida ou o chamado ‘pedido de vistas’, o qual atrasaria sua aprovação. Com a efetivação da lei, ele acredita que tanto consumidores quanto as indústrias de água mineral serão beneficiados, uma vez que “as empresas estão preo- Divulgação Wanderlan Renovato: o estabelecimento das normas será bom tanto para o consumidor quanto para a indústria cupadas com a qualidade do produto. Elas se preocupam com a ponta da cadeia, ou seja, com a saída do produto”. “Assim, a indústria também irá se sentir mais segura, pois o projeto visa garantir a qualidade da água”, enfatiza o vereador. Renovato diz que as princi- pais situações de alteração da qualidade da água são decorrentes não do envase mas de armazenamento inadequado de galões, no mesmo ambiente em que há botijão de gás, produtos químicos, além de alta incidência de luz, exposição direta ao sol, dentre outros fatores. ■ 11 Crescimento Mercado brasileiro em alta De acordo com o Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM), o Brasil alcança o 6° lugar na lista dos maiores produtores do segmento. O mercado de água mineral no Brasil tem se mostrado bastante promissor, tendo em vista que o crescimento do segmento é progressivo. O único contratempo diz respeito à elevada carga tributária. A alta tributação ainda é algo que precisa de debates entre empresários e Governos Estaduais e Federal para que seja amenizada. “O governo precisa entender a água como alimento e não como bebida. Sua tributação como a de bebida alcoólica faz o preço subir e não condiz com a verdade, já que a água é um alimento indispensável à vida”, esclarece o presidente da Associação Goiana das Indústrias de Água Mineral (AGINAM), Ronaldo Miranda. 14 Para que se tenha idéia do crescimento do segmento de água mineral, o Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM) e Associação Brasileira da Indústria de Água Mineral (Abinam) detalha que o mercado mundial de água envasada vem apresentando crescimento da ordem de 20% ao ano. Em 2001, a produção e consumo mundial foram estimados em 107,5 bilhões de litros de água mineral, com destaque para a liderança da Europa com 42,3 bilhões de litros. Em seguida está a América Latina com 22,9 bilhões de litros, a América do Norte com 20,4 bilhões de litros, a Ásia e a Austrália com 18,6 bilhões de litros e o Norte da África e o Oriente com 6,2 bilhões. Brasil em 6° lugar Seguindo o ritmo do crescimento mundial, o Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM) aponta, preliminarmente que, em 2002, o Brasil consumiu cerca de 5,8 bilhões de litros. Com essas estatísticas, o Brasil alcança o 6° lugar no ranking dos maiores produtores do segmento. A evolução do mercado brasileiro de águas minerais tem sido gradativo, com o consumo anual per capita chegando a 25 litros no ano de 2001 e faturamento em torno de US$ 400 milhões, conforme estimativa da Associação Brasileira da Indústria de Água Mineral (Abinam). Contudo, o consumo anual per capita brasileiro ainda é considerado baixo se comparado a índices de outros países como Itália, México e França, os quais variam de 120 a 150 litros. O DNPM ressalta que o mercado de água mineral tem se tornado altamente segmentado e regionalizado. Em 1996, o número de empresas responsáveis por 50% da produção nacional de água mineral e potável de mesa era de 13, já em 2001 houve a ampliação para 26 empresas, números estes que vêm crescendo ano a ano. Segurança Garantia de qualidade à mesa O D e p a r t a m e n t o ou a destinada a fins balneNacional de Pro- ários, assim como os demais dução Mineral minérios, é sujeita à legisla(DNPM) foi cria- ção do Código de Mineração do em 1934 com o objetivo e do Código de Águas Minede planejar e fomentar a ex- rais. ploração mineral no Brasil, contribuindo para o melhor Tipos de água aproveitamento dos abunPara quem pensa que toda dantes recursos existentes. água é igual, os hidrólogos – Explorar qualquer recurso estudiosos sobre o assunto, não é tarefa fácil e passa por provam que não. No Centrouma série de Oeste, por exigências exemplo, as – tudo para águas são do garantir que tipo Bicaros bens púbonatadas blicos sejam (baixa miexplorados neralização), adequadaou seja, de mente e rebaixo teor de sultem em sódio, senprodutos de do excelenboa qualidates para inde no mercagestão. Este Sebastião Peixoto Filho do. fator tem Para tancontribuído to, são necessários inúme- para fomentar a produção ros requisitos. A exploração local e fazer com que os emda água mineral, potável de presários do setor comecem a mesa para consumo humano pensar na exportação do pro16 duto. “Mesmo águas famosas, como a Perrier, têm alta concentração do elemento”, compara o geólogo do DNPM /GO mestre em Hidrogeologia, Sebastião Peixoto Filho. O geólogo lembra ainda que as águas adicionadas de sais e as sodas não são sujeitas à fiscalização do DNPM. “As pessoas devem ficar atentas porque muitas vezes estas águas estão dispostas nos supermercados junto com as águas minerais ou potáveis”, lembra Peixoto. Água de qualidade Para garantir a qualidade da água consumida no Estado, o DNPM realizou, recentemente, uma reunião com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para acertar a melhor forma de acompanhar e fiscalizar a produção de água em Goiás. A idéia é uniformizar os procedimentos e orientar o minerador na produção de um produto de qualidade. Sebastião Peixoto frisa a importância do solo para composição da água e da necessidade de se preservar todos os mananciais. “Estamos procurando medidas que orientem o minerador a produzir águas de qualidade. O consumidor final deverá ganhar com este trabalho conjunto”, concluiu. s Curiosidade a sobre a águ Você sabia? Água para que te quero 80% dos leitos hospitalares nos países em desenvolvimento são ocupados por pacientes acometidos por doenças de veiculação hídrica. 100 anos antes de Cristo, um homem consumia 12 litros de água por dia para satisfazer as suas necessidades. Os romanos aumentaram esse consumo para 20 litros dia e, no século XIX, o consumo passou para uma média diária, nas cidades, de 50 litros nas cidades. Já no século XX chegamos a consumir 800 litros de água por dia para atender as nossasnecessidades. Sódio = sede Água nas indústrias A água que temos em nosso organismo, possui uma enorme quantidade de sódio dissolvido. Quando perdemos líquido pela urina, pelo suor ou ainda na forma de vapor, pela respiração; aumenta a concentração desse mineral no sangue. O cérebro, ao notar o excesso de sódio, estimula a produção de certos hormônios, pela glândula hipófise, que desencadeiam a inconfundível e desagradável sensação de sede. Para se produzir um barril de boa cerveja, é necessária a utilização de 1800 litros de água e 2000 litros são necessário para a produção de cada tonelada de sabão. Entretanto, isso não é nada se comparado ao consumo de 250.000 litros, usados na produção de uma tonelada de aço. Um milhão de litros de água, são gastos para se produzir mil quilos de papel, e 2.750.000 litros para se produzir mil quilos de borracha. Qualidade é saúde Rosqueadoras e Enchedoras para Bebidas Vinox ENCHEDORA ROTATIVA GRAVIMÉTRICA AUTOMÁTICA – VX ERGA 20 ROSQUEADORAS E ENCHEDORAS PARA BEBIDAS VINOX ■ Construção: Em aço carbono ASTM 36, em aço ■ Construção: Em aço inox AISI 304. ■ 10(dez) Válvulas de enchimento ■ Base: Em aço carbono SAE 1020. ■ Moto redutor; ■ Correia antiderrapante; ■ Sistema de regulagem de altura; ■ Sistema de alimentação: Automático. ■ Capacidade de Produção: Conforme a necessidade. ■ Tipos de Vasilhames: Diversos. Obs: Tampa alimentada manualmente. inox AISI 304, polido, jateado e escovado ■ Nível do reservatório controlado através de sensores de nível ■ mínimo e máximo, o qual aciona a válvula pneumática. ■ Entrada dos garrafões controlada através de sensores de presença de vasilhames. ■ Equipada com moto redutor 0,5cv – Trifásico 220/380v – 60Hz ■ Velocidade de rotação controlada através de inversor de freqüência. ■ Sistema de Operação: Sistema de envase gravimétrico. ■ Capacidade de Produção: até 1000 unidades/h Fone/Fax: (54) 3452 9111 - [email protected] Vinox Equipamentos para Bebidas Ltda - Trav. José Serafim Fedatto, 130 – Bairro Borgo 95700-000 - Bento Gonçalves – RS – Brasil Artigo Dr. Vinicius Ferreira Faria A Importância da água A água é o mais abundante componenA perda de 20% de água corpórea pode te único do organismo. As células metabo- causar a morte, e uma perda de 10% caulicamente ativas do músculo e de vísceras sa distúrbios severos. Sem alimentos, um (fígado, rins) têm a mais alta concentra- indivíduo adulto pode viver semanas, poção de água, e as células de tecido calci- rém, sem água, em clima moderado, não ficado (ossos, dentes) têm a menor con- mais que 5 dias. centração. A água total do Em indivíduos nororganismo é maior em atlemais o consumo de tas do que em não atletas e água é controlado prinA água também diminui significativamente cipalmente pela sensacom a idade devido à dimição de sede. A água não é fundamental nuta massa muscular. é ingerida apenas como para os processos A água é um componenlíquido, mas também te essencial para todos os como parte dos alifisiológicos tecidos do organismo, tormentos ingeridos. Ela de digestão, nando viável o funcionaé rapidamente absormento celular e todas suas vida porque se move absorção e reações. Ela também é funlivremente através das excreção. damental para os procesmembranas. A perda sos fisiológicos de digestão, de água normalmente absorção e excreção. Deocorre através dos rins sempenha papel-chave na estrutura e na (urina), trato gastrointestinal (fezes) e função do sistema circulatório e age como transpiração (suor). um meio de transporte para os nutrientes O organismo não possui dispositivo e todas as substâncias corpóreas. A água para armazenamento de água, portanto mantém a constância física e química dos a quantidade perdida deve ser restituílíquidos intra e extracelulares e tem uma da para manter a saúde e a eficiência do função direta na manutenção da tempe- organismo. A necessidade de água para ratura corpórea. A evaporação da trans- adultos saudáveis é de 35 mL por Kg de piração esfria o corpo durante o tempo peso ou 2,5 litros por dia. quente, podendo dissipar até 600 Kcal de calor do corpo durante a evaporação de 1 *Dr. Vinicius Ferreira Faria é Nutricionista, pós-graduado em Atividade Física do Exercício litro de água transpirada. 14