ABORDAGENS
METODOLÓGICAS EM
INGLATERRA E EM PORTUGAL
11, 12 e 13 de Maio 2015
16.30h-21.30h
Escola Secundária Júlio Dantas
Lagos
CURSO DE FORMAÇÃO
Dislexia – Abordagens metodológicas em Inglaterra e em Portugal
FORMADORES: Mark Sherin e Linda Austin (Inglaterra) Sílvia Maria Sezília (Portugal)
Especialistas em Dislexia - CENTRO DE DISLEXIA - LYNDHURST SCHOOL - SOUTHWARK LONDON
Língua de trabalho: Inglês e Português - Tradução simultânea
JUSTIFICAÇÃO
No âmbito da experiência do projecto europeu Comenius-Regio “School Radio for Learning” - levado a
cabo pelo Ministério da Educação e Ciência - DGESTE-DSRAL, pelo Centro de Formação Rui Grácio e
por escolas do Algarve, em parceria com Southwark Council, a Aculco Radio e escolas de Southwark,
Londres - foram detectadas necessidades de formação de professores no âmbito da Dislexia, o que
deu azo à concepção e organização de um curso sobre esta temática, tendo em conta a experiência
e a partilha científico-pedagógica entre as duas regiões.
A dislexia é uma desvantagem oculta que afecta aproximadamente 10 % da população. Por que se
torna importante atender às necessidades de 10% dos alunos? Porque a escola deve primar pela
inclusão e pela equidade social, desde o início da escolaridade.
A entrada no primeiro ano do 1º Ciclo do Ensino Básico marca o início da escolaridade obrigatória e da
aprendizagem formal da leitura e da escrita. Em 2004, o Ministério da Educação sublinhou o carácter
instrumental desta aprendizagem ao enunciar que «a restrição da competência linguística impede a
realização integral da pessoa, isola da comunicação, limita o acesso ao conhecimento (…). Entende-se
que o domínio da Língua Materna, como factor de transmissão e apropriação dos diversos conteúdos
disciplinares, condiciona o sucesso escolar» (Departamento da Educação Básica (2004). Organização
Curricular e Programas – 1º Ciclo. Lisboa: Editorial do Ministério da Educação, p. 135).
O entendimento da leitura como acto catalisador do sucesso pessoal e social torna a aquisição da
leitura e da escrita, dentro do conjunto das aprendizagens que a criança faz quando inicia a
escolarização, aquela que mais determina o seu percurso educativo. É o nível de domínio lectoescritor
que a criança possui que qualifica o seu acesso a um processo de ensino-aprendizagem sistematizado
no princípio alfabético.
O processo de ensino-aprendizagem do aluno com Dislexia é, neste sentido, pautado por significativos
constrangimentos com efeitos diretos no nível de proficiência curricular.
A presente formação visa, assim, desenvolver/optimizar as competências e conhecimentos dos
docentes no atendimento a alunos com dislexia, potenciando a intervenção educacional e
perspectivando-a enquanto parte integrante do processo de ensino-aprendizagem.
O contacto com metodologias e materiais pedagógicos, utilizados em Inglaterra e em Portugal,
promoverá a reflexão no seio da comunidade docente, tendo como base a partilha científica e
pedagógica entre as duas regiões.
CONTEÚDOS
1. Conceito de Dislexia;
2. Conceito de consciência fonológica;
3. Aprendizagem multissensorial;
4. Estratégias de leitura, escrita, ortografia e memória;
4. Materiais/Programas de intervenção/reeducação em Inglaterra e em Portugal.
OBJECTIVOS
1. Rever a definição de Dislexia e como isso afecta o ensino e, consequentemente, o sucesso
educativo dos alunos;
2. Conhecer abordagens/materiais/programas específicos para intervenção e reeducação na área da
Dislexia em Inglaterra e em Portugal;
3. Desenvolver conhecimentos e competências práticas no âmbito da intervenção educacional em
Dislexia;
4. Optimizar o trabalho pedagógico com alunos com Dislexia.
MODALIDADE / DURAÇÃO / CRÉDITOS
Curso / 15 horas / 0,6 créditos para progressão na carreira docente
METODOLOGIA
Exposição teórico-prática, com recurso a audio-visuais;
Actividades e dinâmicas de grupo: exploração prática de metodologias e materiais pedagógicos no
âmbito da Dislexia, em Inglaterra e em Portugal;
Grupos de Discussão;
Reflexão colectiva.
AVALIAÇÃO DOS FORMANDOS
Os formandos responderão a um Questionário/Reflexão final, que aborda a importância da formação
na optimização de metodologias/abordagens no trabalho pedagógico com alunos com Dislexia.
Ponderações na avaliação: 25% para assiduidade e participação nas sessões (mínimo de 2/3 de
assiduidade em 15 horas de formação) e 75% para a Reflexão final.
- De acordo com a legislação em vigor, o resultado final da avaliação final será expressa através das
seguintes menções qualitativas:
«Excelente» - de 9 a 10 valores;
«Muito Bom» - de 8 a 8,9 valores
«Bom» - de 6,5 a 7,9 valores
«Regular» – de 5 a 6,4 valores
«Insuficiente» – de 1 a 4,9 valores
- A classificação final e as unidades de crédito para a progressão na carreira docente constarão no
certificado final a emitir pelo Centro de Formação.
AVALIAÇÃO DA ACÇÃO
A avaliação final da oficina de formação será efectuada com base em:
 questionário on-line a preencher pelos formandos;
 relatório dos formadores.
INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES
INSCRIÇÕES ON-LINE até 7 de Maio de 2015 no site: http://centroruigracio.esjd.pt/
INFORMAÇÕES: Centro de Formação Dr. Rui Grácio  Sede: Escola Secundária Júlio Dantas, Largo Prof.
Egas Moniz, 8600–904 Lagos Tel. +351 282 77 09 97  Fax. Tel. +351 282 77 09 98  e-mail:
[email protected]  URL: http://centroruigracio.esjd.pt/
 Facebook: https://www.facebook.com/CFAERuiGracio
BIBLIOGRAFIA
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avaliação e intervenção. Viseu: PsicoSoma.
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Esteves, Sandrina (2013). Fluência na leitura – Da avaliação à intervenção. Viseu:PsicoSoma.
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Rios, Catarina (2013). Programa de promoção do desenvolvimento da consciência fonológica. Viseu:
PsicoSoma.
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Sim-Sim, I., Silva, A., Nunes, C. (2008). Linguagem e Comunicação no Jardim de Infância. Lisboa: DGIDC
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Sucena, A. e Castro, S. (2008). Aprender a Ler e Avaliar a Leitura. Coimbra: Edições Almedina.
Torres, M.ª Rivas Torres e Fernandéz, Pilar (2001). Dislexia, disortografia e disgrafia. Lisboa: McGraw-Hill.
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