Sr. Presidente, colegas Parlamentares, apenas gostaria de fazer um registro ao
Presidente da Comissão, Deputado Mendes Ribeiro, ao Relator da Comissão,
Senador Delcidio Amaral, e aos demais membros e relatores setoriais.
Uma demanda da agricultura brasileira era aumentar o volume de recursos
para comercialização.
Estamos vivendo um momento extremamente difícil com relação ao plantio da
safra 2008/2009. Entendemos que haverá também um momento crucial
durante a comercialização da safra que estamos plantando neste momento
para o ano que vem.
Prontamente, o Relator, o Presidente e os membros da Comissão ampliaram
em 1 bilhão e 500 milhões, Deputado Mendes. Ontem, numa reunião na
Confederação Nacional da Agricultura, vários Parlamentares, Deputados e
Senadores que lá estiveram com a Senadora Kátia Abreu, que ontem assumiu
a Presidência da Confederação Nacional da Agricultura, renderam
homenagens à Comissão, em especial a V.Exa., Sr. Presidente e também ao
Relator pelo incremento dos recursos que estão alocando, porque sabemos
que vamos precisar desses recursos. Não sei se serão suficientes, Deputado
Gilmar Machado, porque o volume da comercialização da agricultura e da
pecuária brasileira chega a quase 300 bilhões. Estamos colocando 3 bilhões,
que representa 1%, mas é 100% do que havia hoje no Orçamento. Então, isso
é importante. Fazemos esse registro, agradecendo.
Hoje pela manhã, Sr. Presidente, estivemos com o Presidente do Banco
Central, juntamente com a Organização das Cooperativas do Brasil e diversos
segmentos, abordando justamente esse tema. O Deputado Zonta, que é
Presidente da Frente Parlamentar Cooperativista, o Deputado Arnaldo Jardim e
eu, também como membro dessa Frente, estivemos conversando com o
Presidente do Banco Central e relatando a ele as dificuldades que o setor
estátendo hoje no sentido de plantar e custear essa safra.
Vimos que os bancos, de maneira geral, reduziram a oferta de crédito para o
custeio da safra. Vejam que no ano passado, de 1º de julho a 31 de outubro,
foram emprestados em torno de 24 bilhões; no mesmo período deste ano, está
em 25; aumentou apenas 7%. Embora o Banco do Brasil tenha aumentado em
35% o volume de crédito, os bancos particulares reduziram em quase 30% o
volume nesse mesmo período.
Então, estamos quase no mesmo valor. As grandes tradings que financiavam a
agricultura e a pecuária, a produção brasileira, retiraram-se do processo.
Conseqüentemente, as cooperativas assumiram um papel importante no
financiamento, assim como os cerealistas e revendas de insumo, por todo este
Brasil.
Este segmento está precisando de recursos. O fôlego está muito pequeno.
Precisamos para o plantio de medidas que possam ajudar. Se isso não ocorrer
agora, já estamos desenhando uma queda significativa na produção do ano
que vem. Contrastando até, como o próprio Presidente do Banco Central dizia
ontem, quando 30 trilhões de dólares estão sumindo da economia mundial, o
setor que poderia, em 6 meses, dar a resposta, está sem crédito.
Também era comentado numa das reuniões, Deputado Paulo Piau, que o
próprio BNDES fazia há alguns dias, Deputado Jardim, que para a agricultura
há 3,5% de um determinado valor que vão aplicar. Imaginem: um setor que
gera 40% dos empregos deste País foi responsável por mais de 90% das
reservas que o País tem hoje, de 100% que vão emprestar, apenas 3,5% seria
para o setor agropecuário. Então, isso é realmente lastimável.
Precisamos dar mais recursos para quem produz. Esse pessoal não está
especulando, mas produzindo. Portanto, é extremamente importante o pleito
que o setor foi levar hoje, em nome de toda a agricultura brasileira, ao
Presidente do Banco Central.
Muito obrigado.
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