TRICEVERSA
Revista do Centro Ítalo-Luso-Brasileiro
de Estudos Lingüísticos e Culturais
ISSN 1981 8432
www.assis.unesp.br/cilbelc
TriceVersa, Assis, v.1, n.1, maio-out. 2007
CILBELC
UMA NOVA REVISTA
A revista eletrônica TriceVersa surge por iniciativa dos membros do Centro
Ítalo-Luso-Brasileiro de Estudos Lingüísticos e Culturais (CILBELC), sediado na
Faculdade de Ciências e Letras de Assis (UNESP). Fundado em 2005, o CILBELC já
realizou três edições de seu Colóquio Internacional, que contou com a
participação de renomados pesquisadores nacionais e estrangeiros e resultou na
publicação de duas coletâneas de ensaios. Com o objetivo de promover o estudo
das culturas brasileira, italiana e portuguesa e com o propósito de divulgar a
produção científica pertinente a esse objetivo maior do Centro, lança-se a
TriceVersa, publicação eletrônica semestral constituída de ensaios, artigos,
resenhas, traduções e textos literários, que está aberta à colaboração de
pesquisadores qualificados de todo o mundo.
(http://www.assis.unesp.br/cilbelc/Texto/como%20publicar.pdf)
Neste número inaugural colaboram autores portugueses, italianos e
brasileiros de reconhecida competência em suas respectivas áreas de atuação. De
Portugal, vieram os textos de Pedro Eiras e Arnaldo Saraiva, cuja ortografia foi
mantida sem alterações. Eiras reflete sobre os ecos de “Litania”, de Eugénio de
Andrade, em poemas de Gastão Cruz e Manuel Gusmão. Já Saraiva tece
considerações sobre o poema “Despedida”, do já citado Eugénio de Andrade.
Representando a Itália, colaboram com contos Aniello Angelo Avella e
Iginio Ugo Tarchetti, cujo texto foi traduzido para o português por Maurício
Santana Dias.
O Brasil está aqui representado por vários colaboradores. Dos três textos
dedicados à poesia, dois tratam das relações entre poetas brasileiros e italianos.
Patricia Peterle analisa as citações e alusões à Divina comédia em Drummond,
Bilac, Mário de Andrade e Haroldo de Campos. Maria Luiza Berwanger da Silva,
TriceVersa, Assis, v.1, n.1, maio-out. 2007
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por sua vez, evidencia os liames poéticos que unem Giuseppe Ungaretti, Haroldo
de Campos e Horácio Costa. No terceiro texto, Mariarosaria Fabris disserta sobre
o experimentalismo formal do futurismo italiano.
Dois artigos tratam da repercussão das obras e das idéias de autores
brasileiros
entre
os
portugueses.
Maria
Eunice
Moreira
destaca
os
condicionamentos políticos que afetaram a recepção de Gonçalves Dias e José de
Alencar
pelos
críticos
portugueses.
Já
Regina
Zilberman
recupera
os
desdobramentos políticos e literários de uma viagem de Erico Verissimo a
Portugal em 1959 mediante análise do livro de memórias Solo de clarineta (1975)
e de documento contemporâneo do serviço diplomático norte-americano sediado
em Lisboa. O artigo de Alexandre Montaury analisa o romance As naus, de Lobo
Antunes, que retrata o retorno em massa de portugueses a Lisboa por ocasião da
independência das colônias africanas.
Por fim, o artigo de Antonio Celso Ferreira procura rever a obra de Sérgio
Buarque de Holanda à luz do seu processo de formação intelectual, considerando
sua convivência com escritores, seu contato com as obras de historiadores nãoprofissionais, suas viagens ao exterior (Alemanha e Itália) e sua afirmação como
historiador profissional em instituições como o Museu Paulista e a USP.
A diversidade de especialidades e enfoques revelada por este número
inaugural da TriceVersa não é casual; reflete, ao contrário, uma diretriz
fundamental da revista, que está aberta a disciplinas e correntes teóricometodológicas diversificadas.
Assim como o CILBELC, a TriceVersa é um projeto coletivo e não está a
serviço de vaidades maiores ou menores. Seu compromisso é com a pesquisa
acadêmica e as culturas portuguesa, italiana e brasileira. Seus editores atuais
estão dispostos a enfrentar todo e qualquer obstáculo para que a TriceVersa
cumpra a sua missão com brilho e pontualidade.
Assis, 31 de outubro de 2007
OS EDITORES
TriceVersa, Assis, v.1, n.1, maio-out. 2007
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