Aulas de
ESTUDO ORIENTADO
Ensino Médio
Material Estruturado para o Professor do Estudo Orientado das Escolas em Tempo Integral
O Ensino Médio tem como propósito situar o sujeito como produtor do conhecimento e
participante do mundo do trabalho. Assim, segundo o PCN do Ensino Médio (1999), a escola,
em cumprimento ao seu papel primordial, deve pensar num currículo como instrumentação
da cidadania democrática, contemplando conteúdos e estratégias de aprendizagem que
capacitem o ser humano para a realização de atividades nos três domínios da ação humana: a
vida em sociedade, a atividade produtiva e a experiência subjetiva, incorporando como
diretrizes gerais e orientadoras as quatro premissas apontadas pela UNESCO para a educação
na sociedade contemporânea:




APRENDER A CONHECER – saberes que permitem compreender o mundo;
APRENDER A FAZER – desenvolvimento de habilidades e o estímulo ao surgimento de
novas aptidões;
APRENDER A CONVIVER – aprender a viver juntos, desenvolvendo o conhecimento do
outro e a percepção das interdependências;
APRENDER A SER – preparar o indivíduo para elaborar pensamentos autônomos e
críticos; exercitar a liberdade de pensamento, discernimento, sentimento e
imaginação.
Logo, conforme o PCN (1999), a partir desses princípios gerais, o currículo deve ser articulado
em torno de eixos básicos orientadores da seleção de conteúdos significativos, tendo em vista
as competências e habilidades que se pretende desenvolver no Ensino Médio, considerando o
contexto da sociedade em constante mudança e a prova da validade e de relevância social
desse currículo.
Nesse sentido, é fundamental que a escola ofereça condições para que a exploração desse
currículo ocorra de forma plena e possa ser usufruído pelos estudantes de maneira
significativa. Ao estudante devem ser oferecidos espaços para as suas aprendizagens e dentre
elas, aquelas que o forneçam uma condição prévia, ou seja, a capacidade de se organizar para
os seus próprios estudos.
CONSULTORIA PROFA. MS. THEREZA PAES BARRETO – UFPE/Instituto de Co-Responsabilidade
pela Educação/ICE
2
Caro Professor,
O Estudo Orientado integra a Parte Diversificada do Currículo dentro das inovações
em conteúdo, método e gestão das Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral. Tem
o objetivo de “ensinar” o jovem a estudar, apoiá-lo e orientá-lo no seu estudo diário,
através da utilização de técnicas de estudos que o auxiliará no seu processo de
aprendizagem, assegurando-lhe o espaço adequado para a realização do Estudo
Orientado, visando a excelência acadêmica e consequentemente a construção do Seu
Projeto de Vida.
Neste material apresentamos um conjunto de seis (6) aulas que servirão de estrutura
para a maneira em que os jovens deverão organizar-se para estudar. Essas aulas são
embasadas em técnicas de estudos, necessárias para garantir uma aprendizagem
significativa. As aulas do Estudo Orientado foram elaboradas para que o jovem
entenda que estudar é diferente de fazer tarefa, que é diferente de ler, que é diferente
de copiar. Estudar é, analisar um objeto, fazê-lo próprio e poder (re) produzi-lo no
futuro.
Para que isso seja possível, além das Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral
oferecerem a condição (tempo, ambiente e recursos) para que o estudante receba a
orientação para estudar, para fazer tarefas, para utilizar-se das variadas técnicas de
leitura, análise e manipulação de dados e informações, você professor, tem sua
parcela de contribuição em estimular os estudantes a: QUERER estudar (ter uma
atitude positiva para o estudo); PODER estudar ( ter aptidões como capacidade
intelectual, vontade, hábitos de estudo, condições pessoais, familiares); SABER
estudar, dominar técnicas, utilizar estratégias que favoreçam a aprendizagem.
Dessa forma, ofereceremos aos estudantes as condições básicas para a aquisição de
competências e habilidades nas distintas áreas do conhecimento humano. Esse manual
aborda questões fundamentais para a realização de um bom estudo,
RESPONSABILIDADE PESSOAL, ORGANIZAÇÃO PESSOAL, ORGANIZAÇÃO MATERIAL,
TÉCNICAS DE ESTUDOS.
Ao final do ano letivo, bem como de toda a jornada do Ensino Médio, cada jovem
deverá ter entendido que o que ele deseja construir em sua vida está diretamente
ligado a sua excelência acadêmica. O Estudo Orientado tem base na Pedagogia da
Presença, no olhar atento ao desenvolvimento acadêmico que cada estudante merece
ter do seu professor, de uma escola pensada para apoiá-lo na construção do seu
Projeto de Vida.
Bom trabalho!
3
Objetivos do Estudo Orientado
 Reconhecer a necessidade e importância da aquisição de hábitos e rotinas de
estudo.
 Identificar os hábitos essenciais para a criação de uma rotina de estudos.
 Reconhecer os elementos essenciais para o ato de estudar.
 Compreender a diferença entre intensidade e qualidade de estudo.
 Apropriar-se da capacidade de se organizar para estudar.
 Compreender e aplicar técnicas de estudo na rotina diária.
 Consolidar hábitos e rotinas de estudo.
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AULAS
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
Aula 1
Reconhecer a necessidade e importância
da aquisição de hábitos e rotinas de
estudo.

Compromisso com a agenda

Relação entre estudos e
desenvolvimento do cidadão.
Identificar os hábitos essenciais para a
criação de uma rotina de estudos.

Diferença entre intensidade e
qualidade de estudo.
Apropriar-se da capacidade
organizar para estudar.

Desenvolvimento de bons
hábitos para estudar.

Organização do tempo.

Prioridades no estudo.

Seleção de materiais.

Planejamento de um esquema
semanal de estudos.

Organização da agenda de
atividades escolares.
Responsabilidade
Pessoal
Aula 2
Organização Pessoal e
Material
Aula 3
Técnicas de estudo I
Aula 4
Técnicas de estudo II
Aula 5
Técnicas de estudo III
Aula 6
Criação de um Plano
de Estudos
de
CONCEITOS TRABALHADOS
se
Compreender e aplicar técnicas de
estudo na rotina diária.

Técnicas de Análise.
Compreender e aplicar técnicas de
estudo na rotina diária.

Técnicas de Síntese.
Compreender e aplicar técnicas de
estudo na rotina diária.
 Manejo da informação.
Aprender na prática a utilizar-se das
Técnicas de Estudos
 Combinação de Teorias de
Estudos e a Prática cotidiana.
5
Aula 1
Responsabilidade Pessoal
Conceito de Responsabilidade Pessoal por Daniel Malaguti (advogado e escritor).
"Fazer continuamente um questionamento crítico pessoal sobre a sociedade e seus
valores, se utilizando deste entendimento para ditar suas próprias ações no cotidiano.”
A Responsabilidade Pessoal é essencial para o sucesso dos estudos, através da boa
organização do tempo o estudante pode fazer uso de agendas, cadernos, blocos de
notas, qualquer meio em que possa distribuir, acompanhar e controlar suas atividades.
Fazendo esse acompanhamento diário dos compromissos, o aluno obterá o domínio
necessário de todas as suas atividades sendo assíduo nos prazos e cumprindo todos os
seus deveres. Como qualquer tipo de aprendizagem, o controle e o compromisso com
seus deveres, exigirão disciplina.
Ter domínio das boas razões do por quê estudar, é uma prática de autoconhecimento
que atua primeiramente como uma injeção de motivação e ao longo prazo se
personifica em metas a serem alcançadas. Encontrar um sentido no ato de estudar é a
alavanca que o jovem necessita para alçar o vôo rumo ao seu sonho.
Objetivos:
- Conscientizar os estudantes da necessidade de um estudo eficaz;
- Reconhecer a necessidade e importância da aquisição de hábitos e rotinas de estudo.
Conceitos trabalhados:
Compromisso com a agenda.
Relação entre estudos e desenvolvimento do cidadão.
Atividades:
 Apresentação sobre o Estudo Orientado – 10 min
 Questionário de hábitos – 15min
 Texto Sua vida, sua história - Responsabilidade Pessoal 15 min
 Conversa final – 10 min
Atividade 1: Apresentação - 15 min
6
Essa apresentação não se recomenda a leitura, visto que existem alguns termos que o
aluno certamente não conhecerá, por isso professor, leia antes e explique a seus
alunos, adequando à linguagem, se necessário.
Algumas perguntas surgirão a respeito do Estudo Orientado, como essas: Para que
serve? Como funcionará? É para fazer as tarefas que não dá tempo de fazer em casa? É
para descansar?
O primeiro aspecto que tem que ficar claro para o estudante é que o Estudo Orientado
NÃO É PARA REALIZAR TAREFAS ou pelo menos não se resume a isso, o ato de fazer as
atividades passadas pelos professores é apenas mais uma atribuição que ele terá que
realizar nesse espaço, porém, necessitarão saber, como estudar? Como priorizar as
demandas? Entender que estudar não pode ser sinônimo de cansaço, mau humor, dor
de cabeça, ou seja, algo negativo.
Os estudantes precisão criar o hábito de estudar, segundo o dicionário da língua
portuguesa, hábito é: “Comportamento que determinada pessoa aprende e repete
frequentemente, sem pensar como deve executá-lo. Uso, costume; maneira de viver;
modo constante de comportar-se, de agir. Muitas ações da vida cotidiana constituem
hábitos. O hábito difere do instinto, que é um comportamento inato, não aprendido.”
Quando aprendemos a realizar determinadas ações que exigem que pensemos em
técnicas para realizá-las, com o tempo já não precisamos pensar nelas, é o que
acontece quando descemos uma escrevemos, quando descemos uma rua, quando
levantamos o braço para tomar água, ficamos hábeis com o tempo. O mesmo acontece
quando adquirimos o hábito de estudar e fazemos uso das técnicas de estudo de
maneira natural.
De acordo com a matriz curricular ampliada das Escolas em Tempo Integral, o jovem
terá duas horas aula de Estudo Orientado por semana para desenvolver sua própria
metodologia de estudo e priorizar esses momentos para o aprimoramento de suas
aprendizagens. O bom uso do horário de estudo se dará quando esse jovem entender
que adquirir o hábito de estudar não é fácil, mas faz-se necessário e precisa ser de
qualidade, não necessariamente intenso, para que o tempo que ele dedica para
estudar seja eficaz.
Peça que os estudantes façam a leitura das 28 sentenças seguintes e considere quais
se aplicam a seu caso. (Questionário deve ser impresso e distribuído uma cópia para
cada aluno). A ideia é que o jovem descubra como os hábitos que já têm podem
influenciar de maneira positiva ou não na elaboração de rotinas para estudos.
Se a sentença tiver alguma relação com o seu cotidiano, assinale “S” (Sim). Caso
contrario, assinale “N” (Não):
7
1.
S
N Gostaria de ler mais rapidamente.
2.
S
N Vou para a aula, mas não presto muita atenção.
3.
S
N Raramente faço revisão para as provas, na verdade, estudo na
véspera, à noite.
4.
S
N Acho que passo mais tempo do que o necessário
estudando.
5.
S
N Geralmente estudo com o rádio e/ou a televisão
ligados.
6.
S
N Raramente termino toda minha lição de casa a tempo.
7.
data
S
N Em geral, escrevo os trabalhos na semana (ou noite) anterior à
que tenho de entregá-lo.
8.
S
N Leio todos os livros na mesma velocidade e do mesmo modo.
9.
S
N Sou um craque para escrever mensagens instantâneas, mas não
consigo encontrar as informações de que preciso na internet.
10.
S
N Fico muito ansioso quando tenho muita lição de casa.
11.
S
N Nunca consigo terminar as leituras obrigatórias a tempo.
12.
S
N Na sala de aula, parece que sempre anoto a coisa errada.
13.
S
N Com frequência esqueço lições importantes e datas de provas.
14.
S
N Fico nervoso antes de exames e me saio pior do que acho que
deveria.
15.
S
N Com frequência preciso reler passagens duas ou três vezes para
entendê-las.
16.
muito
S
N Geralmente, quando termino de ler um capítulo, não lembro
do que li.
17.
S
entender
N Tento anotar tudo o que o professor diz, mas não consigo
minhas anotações.
8
18.
ou
S
N Só consigo estudar por uns 15 minutos, depois, fico entediado
distraído.
19.
maior
.
20.
S
N Quando faço um trabalho ou escrevo um relatório, passo a
parte do tempo com uma enciclopédia no meu colo.
S
N Parece que sempre estudo a coisa errada.
21.
S
N Não uso nenhum tipo de agenda.
22.
S
N Estudo para alguns testes mas, na hora, sempre esqueço o que
estudei.
23.
uma
S
N Não tenho tempo suficiente para me sair bem na escola e ter
vida social.
24.
S
N Não consigo entender os aspectos importantes dos livros-texto.
25.
S
prova, não
N Quando consulto minhas anotações de aula antes de uma
consigo entendê-las
26.
N Odeio ler.
S
27.
S
organizo
28.
perda
S
N Não tiro notas boas em provas dissertativas porque não
bem as idéias.
N Passo bastante tempo no computador, mas parece que é uma
de tempo.
Reflexão: Professor, trabalhe com a turma em cima dos seus resultados dando as
devidas orientações especificadas no esboço abaixo.
O que significam as respostas? Se respondeu “sim” para as questões:

2, 5, ou 18 − Precisa trabalhar mais a concentração.

1, 8, 15, 16, 24 ou 26 − Sua leitura e capacidade de compreensão o estão
impedindo de seguir em frente.

3, 14, ou 22 − Precisa aprender a estudar para as provas e reduzir o nível de
ansiedade relacionado a elas.
9

4, 6, 10, 11, 13, 21 ou 23 − Sua habilidade de organização o está
decepcionando.

7, 19, 27 − Você está gastando muito tempo para “redigir” os trabalhos, pois
ainda não aprendeu as habilidades adequadas para pesquisa ou
organização.

9 ou 28 − É preciso aperfeiçoar suas habilidades em relação ao computador.

12, 17, 20 ou 25 − Precisa adotar um sistema mais eficiente para fazer
anotações das aulas e leituras.
Atividade 3: Leitura do texto: Sua vida, sua história (20 min)
Desenvolvimento: Será entregue a cada estudante o texto sobre Responsabilidade
Pessoal, ao final da leitura eles farão um resumo do texto, ressaltando as ideias
principais, autor (a) e escrever suas opiniões sobre o texto.
Sua vida, sua história.
Somos o resultado das escolhas que fazemos, sejam ou não realizadas sabiamente.
É uma realidade inquestionável, nada do que fazemos, falamos, sentimos é jogado
num vazio, que se perderá. O que fazemos hoje terá, certamente, respostas em algum
momento no futuro.
Daí a necessidade de repensarmos sobre nossa responsabilidade no que diz respeito a
nós mesmos.
Estamos mesmo plantando árvores que darão bons frutos ou estamos vivendo sem
nos preocuparmos com o impacto que as nossas ações, palavras e sentimentos podem
causar no outro e, hora menos hora, em nós mesmos?
Está na hora de nos assumirmos como protagonistas das nossas próprias histórias e
considerarmos que cada dia que nasce é uma nova página do livro da nossa vida que
se apresenta. O escritor desta história somos nós mesmos e podemos desempenhar
vários papéis nesta dramatização, que se dá no decorrer do dia, sendo evidenciada por
meio de expressões como a fala, a ação ou a reação e, até mesmo, na ausência destas,
pois nas nossas vidas até o silêncio transmite mensagens.
Muitas pessoas não se assumem como autores conscientes. Há quem já viveu muitas
experiências, mas mesmo assim não entendeu que a dor pode até ser inevitável, mas
somos nós mesmos que damos os moldes em cada circunstância. Não é apenas dançar
10
conforme pede a música, mas, muito mais do que isto, é se conscientizar de que
música está sendo tocada, para não nos deixarmos levar pelos embalos de situações
negativas.
Tudo se dá pela perspectiva que lançamos sobre o que nos acontece. Muitos são
aqueles que ao serem informados sobre algum problema, sentem-se como vítimas
sem ter o que fazer. Outros há que ao serem informados de problemas afins buscam,
imediatamente, a melhor forma de contorná-los, de maneira que a força natural de
todo ser humano é somada à experiência de cada dia de alguém que, se não vencer, ao
menos luta até o final, não descansando até o esgotar de todas as possíveis chances de
vitória.
São de pessoas assim que o mundo precisa para ser melhor. Pessoas convictas de que
o bem é sempre a melhor escolha e que sem ele não se pode ser feliz.
E por falar em felicidade, concluo que ela será a resposta para as escolhas feitas no
hoje, no agora, no que ainda pode ser feito para vivermos em harmonia e paz.
(Erika de Souza Bueno Coordenadora Educacional da empresa Planeta Educação
(www.planetaeducacao.com.br )
Conversa final: 15 min
Neste momento será interessante sentir se os estudantes entenderam o que é de fato
é o Estudo Orientado, se eles compreenderam que é de responsabilidade deles o bom
aproveitamento de horário. Algumas perguntas devem ser feitas para a reflexão dos
estudantes,
Se faltar um pouco de segurança por parte de alguns, é importante que esse conceito
seja debatido nessa ocasião para que os que entenderam bem possam passar seus
conhecimentos para os demais. Se possível professor, dê alguns exemplos da
Responsabilidade Pessoal no cotidiano. A compreensão sobre à responsabilidade
Pessoal é fundamental para que os jovens possam dar sentido a sua rotina de estudo.
O material que será produzido por eles na atividade do texto é fundamental para fazer
uma avaliação da produção textual, ortografia ou outras carências que possam estar
expressas no texto produzido pelos jovens.
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Aula 2
Organização Pessoal e Material
A Organização Pessoal e Material criará nos jovens o bom hábito de estudar, visto que
a separação e priorização do que se tem para fazer, garantirá menos tempo de
dedicação a uma determinada atividade, porém, será uma aprendizagem de qualidade.
Questione os estudantes quanto ao conhecimento que eles trazem de si, O que eu
preciso saber? Quais são minhas metas? Quais as minhas prioridades? Quanto tempo
eu separo para meus estudos? Passar o dia inteiro na escola é sinal de que estudei de
verdade? Tenho espaço e silêncio para estudar na minha casa? Como está sendo a
qualidade dos meus estudos? Eu sei estudar?
Todos esses questionamentos e quais mais surgirem de você professor, servirão para a
reflexão dos estudantes quanto ao valor que eles atribuem a um horário de estudos
e/ou aos estudos, propriamente dito e se de fato tem qualidade e eficácia esses
momentos que eles desprendem para estudar.
Objetivos
 Identificar os hábitos essenciais para a criação de uma rotina de estudos.
 Apropriar-se da capacidade de se organizar para estudar.
Conceitos trabalhados:
-Diferença entre intensidade e qualidade de estudo.
-Reconhecimento dos elementos essenciais no estudo.
-Desenvolvimento de bons hábitos para estudar.
Organização do tempo.
-Prioridades no estudo.
-Seleção de materiais.
-Planejamento de um esquema semanal de estudos.
-Organização da agenda de atividades escolares.
Atividades:
 Vídeo 1: Como montar um horário de estudo? - 20 min
12
 Vídeo 2: Um dia na vida de um desorganizado -10 min
 Construindo uma agenda pessoal - 15 min
 Conversa final – 5 min
Atividade 1: Vídeo 1 Como montar um horário de estudo?
Desenvolvimento: Após a leitura dos alunos das dicas de organização pessoal será
passado um vídeo educativo que ensina como os jovens podem criam o hábito de
estudar, é dinâmico e agradável.
Como montar um horário de estudo?
http://www.youtube.com/watch?v=DaGgmxiEuEQ (Professor Wolf de Biologia)
Atividade 2: Um dia na vida de um desorganizado
Desenvolvimento: Junte os jovens para assistirem a um vídeo curto que mostra a
rotina de uma pessoa que não planeja seu dia. Logo após discuta com os estudantes, o
que eles perceberão nessa história? Algum deles se identificou com o personagem? O
que o personagem precisa fazer para otimizar seu dia?
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http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=PMoINjIgE3o
A organização material está diretamente ligada à organização pessoal. Quem planeja
bem seus horários, suas atividades, elenca uma ordem de prioridade, ou seja, é uma
pessoa ORGANIZADA, consequentemente tem todos os seus materiais de estudo
organizados.
Para ser um jovem organizado, a realização de pequenas ações do cotidiano como,
forrar a cama após despertar, retirar os pratos e talheres da mesa quando acabar de
comer, realizar as tarefas domésticas entre outras atividades da rotina de qualquer
pessoa, pode ajudá-lo na criação de bons hábitos.
Atividade 3: Agenda pessoal
Desenvolvimento: Entregue aos estudantes uma folha de ofício e peça para que eles
elaborem uma agenda pessoal, utilizando a tabela que segue com as indicações
necessárias, essa atividade servirá como primeiro exercício para construção do seu plano de
estudo.
Preencha este horário segundo a distribuição na qual eles projetarão suas ações de rotina
em uma semana. Durante a elaboração é preciso dar algumas dicas, aproveite para
conhecer um pouco da rotina de seus estudantes e instruí-los caso necessitem.
Indicações:
Pinta de vermelho o tempo ocupado em aulas;
Pinta de cor de verde o tempo que pretendes dedicar a estudar;
Pinta de laranja o tempo que ocupa em atividades não escolares, mas que são obrigatórias,
fixas e regulares, como um esporte ou uma outra atividade.
2ª feira
3ª feira
4ª feira
5ª feira
6ª feira
Sábado
Domingo
8h
9h
10h
11h
14
12h
13h
14h
15h
16h
17h
18h
19h
20h
21h
22h
15
Conversa final:
A ideia é estimular os jovens que já têm uma organização pessoal iniciada e estruturála. Apoiar aos jovens que ainda não se planejam para organizarem uma rotina,
estimulá-los a começarem um planejamento de pequenas ações até suas escolhas
futuras. Alguns questionamentos podem ser feitos. Será que o que estou fazendo
primeiro na minha rotina é realmente a prioridade? Porque é preciso organizar uma
rotina diária e semanal? Mesmo estudando o dia inteiro, preciso fazer uma rotina?
Para reflexão
Em geral, o jovem é conhecido como o “desorganizado”, essa conclusão foi retirada
apenas dando uma olha em seu quarto, na sua mochila, na mesa de estudos, no
guarda-roupa, nos sapatos... Porém devemos admitir que é uma “bagunça
organizada”, pois só ele sabe, exatamente, onde estão todas as coisas que necessita
dentro desse seu Mundo(quarto).
Porém, para garantir a eficácia de um bom estudo é preciso começar pela Organização
Pessoal que consequentemente atingirá a organização material, do seu tempo, de sua
agenda, de seus compromissos e prioridades. Quando se tem planejamento,
conseguimos fazer tudo o que queremos, com economia de energia e de tempo.
16
Aula 3
Técnicas de estudo –ANÁLISE.
A aula sobre Técnicas de Estudo, será apresentada em três partes, Analise, Síntese e
elaboração.
Objetivo: Compreender e aplicar técnicas de estudo na rotina diária.
Atividades
 Conversa sobre a aula anterior – 10 min
 Vídeo – Vida Maria-30 min
 Conversa final – 10 min
Analisar é, segundo o dicionário da Língua Portuguesa, decompor um todo em suas
partes: analisar uma substância. / Estudar, examinar: analisar documentos. / Criticar:
analisar um romance.
Para garantir um bom entendimento do que se estar lendo, é preciso utilizar-se das
diversas técnicas que de leituras que existem, como sublinhar, fazer resumo,
anotações à margem, todas essas técnicas ajudarão na absorção do conteúdo lido e a
construção do conhecimento.
A leitura solidifica o estilo, amplia o conhecimento, muda comportamentos e ajuda na
articulação lingüística, também é uma atividade extremamente importante para o
homem civilizado, atendendo a múltiplas finalidades. A leitura insere o ser humano em
um vasto mundo de conhecimentos, propiciando a obtenção de informações em
relação a qualquer contexto e área do saber.
Atividade 1: Ver o vídeo Vida Maria e analisá-lo.
Desenvolvimento: Entregue uma folha de papel ofício para cada estudante e
diga que eles assistirão a um vídeo que talvez muitos já tenham visto, porém
direcione o olhar deles para os aspectos técnicos, roteiro, autor, temática e
etc. Eles escreverão na folha o roteiro que segue abaixo, é importante que
17
você professor leia sobre esse trabalho tão bonito e importante, feito pelos
produtores do curta, Vida Maria, para que possa agregar mais conhecimento
a respeito desse vídeo. Essa atividade visa instruí-los para realizarem outras
análises, de textos, de filmes, atividades esportivas e etc.
http://www.youtube.com/watch?v=6-1CjDCmEiM
Material necessário: Computador, internet, retroprojetor.
Roteiro de análise
1. Titulo:
2. Tema central:
3. Créditos:
4. Quem produziu? Não apenas o nome, mas contar quem é e o que faz.
5. Em que ano?
6. Com que finalidade?
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Quais as principais temáticas abordadas?
Qual a relação entre o vídeo e seus estudos?
Conversa final: Pensar um pouco sobre algumas questões do ato de analisar, seja
filme, textos, novela, partidas de futebol. Como é possível ver a mesma situação de
maneira diferente? Porque é importante saber quem escreveu ou produziu um filme?
Para que serve uma analise? É mais interessante ver um filme, vídeo, texto quando
estamos focados em aspectos de técnicos?
Professor, acrescente as perguntas que achar pertinente.
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Aula 4
Técnicas de estudo - SÍNTESE
De acordo com o dicionário da língua portuguesa, Síntese é: Exposição genérica ou
abreviada; resumo, sumário, sinopse: síntese histórica. Uma forma de se obter a
capacidade de síntese é desenvolver habilidades de leitura e produzir bastantes textos.
Existem algumas técnicas de síntese, elas buscam facilitar o objetivo da síntese que é
condensar a informação do todo, facilitando a aprendizagem. Esquema, resumo,
quadro sinóptico são algumas das técnicas da síntese.
Objetivo: Compreender e aplicar técnicas de estudo na rotina diária.
Atividades:




Conversa sobre a aula anterior – 5 min
Explicando conceitos -15 min
Construindo um Esquema - 25 min
Conversa final – 5 min
Atividade 1: Leia com os alunos definições de algumas técnicas de síntese.
Esquema
O esquema é uma consequência
gráfica e ordenada do sublinhado. Nela se
criam laços hierarquizados entre as
principais idéias que conformam um tema.
Isto é, estabelecem-se quais são as idéias
principais, as secundárias e os argumentos
de apoio e se estabelece a relação que têm
entre si.
Os esquemas permitem que de uma mirada se obtenha uma idéia clara do conteúdo e
da estrutura da informação, para depois poder estudá-la e analisá-la a profundidade.
Os esquemas são de grande ajuda para organizar os tempos de estudo, bem como
para saber o que levamos estudado, o que nos falta e no que temos pôr maior ênfase.
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Para elaborar um esquema é necessário:
1. Fazer uma leitura de compressão e elaborar o sublinhado.
2. Procurar as palavras e conceitos finque e enunciá-los em frases curtas.
3. Ordenar o conteúdo definindo o tema central, as idéias principais e as
secundarias de forma que se possa ir decompondo a informação.
Mapa Conceitual
Mapas Conceituais são representações gráficas
semelhantes a diagramas, que indicam relações
entre
conceitos
ligados
por
palavras.
Representam uma estrutura que vai desde os
conceitos mais abrangentes até os menos
inclusivos. São utilizados para auxiliar a
ordenação e a sequenciação hierarquizada dos
conteúdos de ensino, de forma a oferecer
estímulos adequados ao aluno.
Resumo
Por que resumir um texto? Qual a finalidade?
Resumir é o ato de ler, analisar e traçar em
poucas linhas o que de fato é essencial e mais
importante
para
o
leitor.
Quando reescrevemos um texto, internalizamos
melhor o assunto e não nos esquecemos dele.
Afinal, não aprendemos com um simples passar
de olhos pelas letras! Dessa forma, podemos até dizer que lemos o texto, mas quanto
a assimilar...será difícil afirmar que sim!
O fato de sintetizar um texto ou capítulos longos pode se tornar um ótimo hábito e
auxiliá-lo muito em todas as disciplinas, pois estará atento às ideias principais e se
lembrará dos pontos chaves do conteúdo.
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
http://www.brasilescola.com/redacao/resumo-texto.htm
21
Atividade 2: Elaborando um ESQUEMA
Desenvolvimento: Cada aluno irá escolher um texto, de preferência de algum
conteúdo que esteja estudando no momento, para que resultará útil a elaboração de
um esquema feito com palavras chaves.
Com base exemplo a seguir os estudantes irão construir seus próprios esquemas.
Exemplo:
Humanas
Jornalismo
Direito
Áreas
Engenharia Civil
Exatas
Licenciatura em Matemática
Ciência da Computação
Saúde
Medicina
Terapia Ocupacional
Odontologia
Conversa final: Estas técnicas deverão fazer parte do cotidiano dos jovens, visto que a
ideia principal é ensiná-los a estudar com qualidade e com sentido, se possível
relacione todas as aulas que tivemos até agora, com os Pilares da Educação.
22
Aula 6
Técnicas de MANEJO DE INFORMAÇÃO
Objetivo: Compreender e aplicar técnicas de estudo na rotina diária.
A informação é essencial para vida dos seres humanos, ela não se esgota nem perde a
validade, por isso, não é importante apenas quando vamos estudar, ela se faz
necessária sempre.
A busca de informação foi sofrendo modificações com o passar do tempo e com a
melhoria das tecnologias. Hoje, o problema que temos é, onde buscar as informações?
O que fazer com tantas informações? Como armazenar minhas informações?
Por esses motivos, algumas técnicas são utilizados no manejo das informações
adquiridas, para manejar as informações, consideremos a busca de informação e a
elaboração de informação.
Busca de informação – As técnicas usadas na busca de informação ou documentação
servem para facilitar o acesso à informação desconhecida ou conhecida e arquivada.
Meios para a busca de informação, pessoas, dicionários, enciclopédia, internet,
livrarias, bibliotecas, meios de comunicação.
Elaboração da informação - Essas técnicas servem organizar a informação que possui
ou adquiriu e trabalhar com elas. Meios, fichas de leituras, apontamentos, arquivo
pessoal.
Atividades:
 Conversa sobre a aula anterior – 5 min
 Pesquisa de campo – 40 min
 Conversa final – 5 min
Atividade1: Pesquisa de campo - Busca da informação
23
Desenvolvimento: Agende a aula deste dia para que seja realizada na biblioteca ou no
laboratório de informática. Oriente os estudantes para a realização de uma busca de
informação. Separe os estudantes em dois grupos, um ficara responsável pela busca de
informação, através em livros pela internet ou biblioteca a respeito de algum tema
elegido por você professor ou pelos próprios jovens, a historia da cidade onde se
localiza a escola pode seu um tema.
Grupo 1: Busca da informação- É responsável pela busca de informações em pelo
menos em 4 livros diferentes, farão um resumo da informação encontrada.
e guardar as fontes teóricas nas quais pesquisaram.
Grupo 2: Elaboração da informação – O segundo grupo colocarás as fontes teóricas do
grupo 1 nas nos normas da ABNT e fara uma ficha de leitura baseada no resumo do
grupo anterior.
Exemplo de ficha de leitura:
Autor:
Título:
Edição:
Lugar:
Paginas (onde estavam as informações retiradas ):
Tema ou argumento:
Opinião pessoal do grupo:
Conversa final: Ao final, todos terão que saber fazer uma referência bibliográfica e
saber buscar e guardar de forma organizada as informações. Como alunos do Ensino
Médio
24
Aula 6
Elaborando um Plano de Estudos
Após todas as aulas teóricas de estruturação do correto uso dos horários de Estudo
Orientado, essa aula foi estruturada em forma de um passo a passo para os estudantes
elaborarem seus Planos de Estudos, unindo a teoria com sua prática cotidiana de
estudos.
Guia de orientação na elaboração do plano de estudo
Antes de iniciar o Plano de Estudo propriamente dito, é preciso se fazer algumas
perguntas:
Etapa 1 – o que antecede o Plano de Estudos.
1. QUANDO estudar?
-Em horários que garantam o máximo rendimento do aluno.
Dica: Autoconhecimento como ferramenta para a elaboração de um bom plano
de estudo. O aluno necessita descobrir qual é o horário de maior rendimento pessoal
(De manhã? De tarde? À noite?) e distribuir as disciplinas.
-Em horários sem nenhuma outra atividade programada.
Dica: Fazer uma análise cuidadosa do horário das aulas e das demais atividades
extra-escolares (dança, natação), tomando consciência de como o aluno ocupa seu
tempo ao longo da semana. Devem ser discriminados os horários livres e
dentre
eles selecionar os mais adequados ao estudo.
Dica: Construção de um plano de estudo realista. Nenhuns dos horários
programados para estudar devem coincidir com alguma atividade preferida do aluno
(um programa televisivo, por exemplo), o que provocaria infrações em seu
cumprimento ou falta de concentração. O aluno deve ajustar o plano de estudo às
condições e às circunstâncias particulares da sua vida pessoal e escolar.
2. O QUE estudar?
25
-A ordem de abordagem das disciplinas a estudar, pode ser guiada através do seguinte
método:
O estudo deve ser iniciado por uma disciplina de dificuldade média, seguindo-se as
mais difíceis ou que se tem menos afinidade e deixando-se para o fim (quando está
mais cansado) as mais fáceis.
-Revisar como estratégia fundamental para a retenção do conteúdo.
Dica: O plano de estudo deve contemplar um tempo dedicado a REVISAR as
matérias vistas em classe do dia corrente.
3. ONDE estudar?
-Biblioteca: Garante tranquilidade e silencio , além de um acervo de livros onde o
aluno pode consultar.
-Casa: Se faz necessário uma avaliação desse ambiente por conta do aluno.
Questionamentos como: Posso equilibrar as distrações de forma que não diminuam
meu rendimento no estudo?
Meus familiares estão colaborando para que eu obtenha a concentração exigida?
Dica : O plano de estudo deve ser do conhecimento de toda a família e respeitado por
todos. O estudante compromete-se a estudar. Os pais comprometem-se a facilitar-lhe
a criação de um ambiente de estudo favorável, sem ruídos nem interrupções.
-Sala de aula: No nosso caso em especifico, dispomos de momentos, na agenda
semanal da escola, que objetivam e viabilizam horários apenas para o estudo dos
alunos. Para tanto, deve-se criar a consciência de respeitar o ambiente coletivo,
evitando ruídos desnecessários. Também se deve fazer uso dos recursos disponíveis
nesse espaço, como amigos e professores para o esclarecimento das dúvidas.
4. QUANTO tempo estudar?
-Evitar sobrecarregar os dias que possuam muitas aulas. Em contrapartida, priorizar os
dias com pouca carga horária voltada às aulas, para empregar estudos mais longos e
de maior complexidade, que exijam uma grande capacidade de raciocínio do alunado.
-O plano de estudo deve se comportar como um instrumento que respeita as
individualidades de cada aluno. Alguns precisam estudar mais tempo do que outros.
Etapa 2 – Entendendo como se faz um Plano de Estudos
26
Na hora de planejar o corpo do seu plano de estudo, o aluno deve ter claramente as
respostas das seguintes questões:
O que tem que fazer?
Listar todas as atividades pendentes. Exemplo:
 Trabalhos de casa das disciplinas de...
 Rever a matéria dada nas aulas de...
 Se preparar para o teste de...
 Fazer revisões da matéria... da disciplina de...
Como distribuir as atividades?
 Elaborar um plano de estudo, a partir da definição de três momentos
fundamentais:
Momento de preparação (5 minutos): Preparação do
material necessário para evitar posteriores interrupções e
quebras de atenção e rendimento.
Tempo de estudo: Escolher um tempo, que dê ao estudo
o rendimento pretendido.
Tempo de descanso:Não devem ser dedicados a
atividades demasiado motivadoras (ex: computador, TV),
que poderiam levar o aluno a perder a motivação para
regressar ao estudo.
Qual material vai precisar?
 Pensa no material necessário: manuais, cadernos diários, dicionários, máquina
de calcular, lápis, borracha, etc;
 Coloca todo esse material no local de estudo.
O que vai fazer exatamente?
27




Que assuntos/matérias vai estudar?
Em que capítulos/páginas do manual está essa matéria?
Em que lições do caderno está essa matéria?
Que atividade vai fazer para estudar?
No seu horário de estudo deve constar atividades como:
 Fazer as leituras exigidas e necessárias.
 Sempre fazer anotações e esquemas.
 Fazer exercícios de fixação do tipo questionário ou exercícios de raciocínio
(matemáticos, testes, múltipla escolha).
Etapa 3 – Montando o Plano de Estudos
Os quadros abaixo auxiliam o estudante a desenvolver o hábito de especificar ao
máximo o conteúdo do seu plano de estudo.
No primeiro quadro estão listadas algumas propostas amplas e muito vagas que
favorecem o esquecimento e também outras propostas alternativas e mais detalhadas.
O que vou estudar?
Propostas que ajudam pouco
Estudar Inglês
Estudar Matemática
Estudar História.
Estudar Ciências.
Estudar Português.
Propostas que podem ajudar
Se preparar para o próximo teste de Inglês.
Fazer os exercícios da matéria que demos
ontem na aula de Matemática.
Estudar a matéria da última aula que tivemos
História.
Tirar dúvidas que tive ao estudar para o teste
de Ciências.
Escrever o texto que a professora pediu para
Português.
28
Resolver os problemas que vão cair no teste de
Estudar Química.
Química
O segundo quadro expõe o método que o estudante deve utilizar na sua preparação.
Como é que vou estudar?
Propostas que ajudam pouco
Propostas que podem ajudar
Ler da página 23 à página 29 do livro de Ciências.
Ler o livro de Ciências.
Comparar com as anotações.
Fazer um resumo da matéria.
Consultar o livro de Biologia.
Estudar Biologia.
Fazer um esquema do texto.
Escrever o texto.
Consultar os glossários de Inglês.
Preparar o teste de Inglês.
Fazer os exercícios do livro.
Etapa 4- Avaliando o Plano de Estudos
O exercício avaliativo é uma prática primordial para quem almeja sucesso nos projetos
que executa. O plano de estudo é uma espécie de processo em que ao longo do seu
desenvolvimento, o aluno vai adquirindo experiências do que é de fato eficaz, e do que
não funciona. Podendo refazer seu plano de estudo substituindo os pontos falhos por
melhoras oportunas.
Abaixo segue um exemplo quadro avaliativo para ser exposto em classe. Lembra-se
que podem ser acrescentadas mais questões, se for da necessidade individual do
aluno.
29
Avaliação
Questões a colocar
SIM
Cumpri os objetivos a que me propus?
Que dúvidas ficaram por esclarecer?
O que é que vou ter que voltar a estudar?
Houve exercícios que não soube resolver?
Vou ter que repetir o estudo desta matéria?
O tempo dedicado ao estudo de cada disciplina estava bem distribuído?
Encontrei o que precisava nos materiais que utilizei para estudar?
Preciso de ajuda do professor?
Quais os exercícios que não consegui resolver?
O que gostaria de fazer se tivesse tido mais tempo?
O ambiente escolhido garantiu 100% do meu rendimento?
O horário escolhido foi coerente com meus limites e capacidades?
30
NÃO
ANEXOS
Material de apoio ao Professor
Professor,
Seguem em anexo alguns materiais que servem como apoio no dia a
dia dos com seus estudantes nos horários de estudo que não fazem
parte dessas 4 aulas introdutórias de orientação aos estudos dos
estudantes, faça uso dessas atividades e outras que encontrar e
julgar necessárias para estruturar os estudantes rumo a um estudo
diário significativo.
Essa ação deve ser um compromisso seu, tendo em vista que ser
professor é educar em todos os ambientes da escola entendendo-os
como ambientes de aprendizagem, não se restringindo apenas a sua
sala de aula e seus conteúdos específicos.
31
1. Técnicas de análise
1.1. Leitura
1.1.1. Compreensão
1.1.2. Retenção
1.1.3. Maus hábitos da leitura
1.1.4. Dicas para desenvolver bons hábitos de leitura
1.2. Anotações
1.3. Sublinhado
2. Técnicas de Síntese
2.1. Esquema
2.2. Resumo
2.3. Quadro Sinótico
2.4. Mapas Conceituais
2.4.1. Definição
2.4.2. Diretrizes
2.4.3. Como construir um Mapa conceitual
1. Técnicas de análise
1.1. Leitura
“A leitura de livros bons é como uma conversa
com os melhores homens do passado.”
René Descartes
32
1.1.1 Compreensão:
Compreender o que se ler é um fator imprescindível e determinante no
rendimento do aluno.
Quando a leitura é compreendida se cria a concepção dos conceitos principais e
secundários do texto. Ao mesmo tempo, se torna capaz de distinguir as idéias
explicitas e implícitas contidas nele.
A leitura pode ser feita quantas vezes o aluno achar necessário.
Para verificar se conseguiu compreender efetivamente o texto, o aluno pode
responder perguntas em relação ao mesmo ou tentar redigir a idéia central
com suas próprias palavras.
Para absorver a idéia principal do texto no ato da leitura, o aluno deve focalizar
as palavras-chaves.
“Não basta saber ler que Eva viu a uva. É preciso compreender qual a posição
que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e
quem lucra com esse trabalho.”Paulo Freire
1.1.2. Retenção:
O processo de retenção envolve tudo que se consegue absorver e armazenar através
da
leitura. É o que o aluno consegue guardar, lembrar em situações que se
relacionem com o que foi lido, associar com outro conteúdo já existente em sua
memória.
O ato de reter está estritamente interconectado ao aprender: Só se retém o que se
aprende.
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) a Lei 9.394,
determina que o professor de todas as áreas tenha como compromisso promover a
produção da leitura e da escrita.
1.1.3. Maus hábitos de leitura:
Deve-se alertar ao aluno a respeito de certos hábitos equivocados que não só atrasam
a velocidade da leitura como também enfraquecem a compreensão e retenção dos
conceitos.
A seguir, segue uma lista de hábitos que requerem atenção especial na hora da leitura:
-Vocalização
Ato de acompanhar a leitura com movimentos labiais, sem emitir-se som.
33
Inviabiliza o rendimento pleno da leitura, já que atenção do leitor é desviada. O aluno
preocupa-se em vocalizar cada palavra lida, perdendo assim, o significado global
abordado no texto.
-Regressão
Ato de regressar à parte que já foi lida do texto. O aluno muitas vezes pode fazer isso
involuntariamente.
Caso o professor perceba essa debilidade no seu aluno deve alertá-lo sobre esse
problema de maneira que o oriente a ficar mais atento na hora de ler.
É imprescindível o acompanhamento do educador na leitura dos alunos em sua fase
fundamental da educação, onde se constrói todo o alicerce educacional e as
ferramentas básicas para o aprendizado. O profissional deve ser capaz de detectar tais
hábitos, orientar na sua possível melhora e acompanhar de forma que se certifique que
houve de fato, a mudança.
-Movimentos Corporais
Qualquer movimento físico realizado na hora da leitura se configura na ordem inversa
a do aprendizado.
-Insuficiência no vocabulário
O aluno que dispõe de um vocabulário amplo potencializa, acelera e enriquece o seu
aprendizado.
A seguir, listamos alguns passos como exercícios visando à melhora do vocabulário:





Sublinhar a palavra desconhecida.
Buscar seu significado no dicionário.
Anotar sinônimos referentes a essa palavra.
Criar frases, nas quais possa empregar a nova palavra.
Preparar um arquivo que contenha as palavras descobertas com
seus respectivos significados, sinônimos e frases criadas. O
arquivo deve ser constantemente revisado buscando assim, a
retenção das novas palavras.
1.1.4. Dicas para desenvolver bons hábitos de leitura:
 Focalizar a atenção e concentração, eliminando distrações externas.
 Buscar ambientes confortáveis e organizados.
34
 Buscar as palavras-chave a fim de entender o texto em sua totalidade.
 Desenvolver vocabulário, através de um incremento na freqüência com que se
ler.
 Criar estratégias para corrigir maus hábitos que se percebam na leituravocalização, regressão, etc.
 Revisar e repensar no conteúdo lido são exercícios que verificam se o aluno
está
conseguindo assimilar o conteúdo.
 Resumir e reescrever o que leu potencializa a compreensão.
Quem domina com segurança satisfatória a leitura, dispõe de uma poderosa
ferramenta que lhe permite organizar o raciocínio, expor claramente os pensamentos,
apreender com precisão as idéias contidas no texto, contextualizar assuntos diversos
em função da sua maior capacidade de compreensão acumulada ao longo do processo
de aprendizagem.
1.2. Anotações
A técnica de anotar à margem dos textos, possibilita ao aluno voltar a atenção para
aquilo que julga relevante.
Emprega-se tanto de maneira verbal como simbólica. Palavras-chave, comentários,
figura, desenho, sinais (exclamação, interrogação) e outros da criatividade do aluno,
são válidos para assinalar suas considerações.
1.2 Sublinhando
Técnica de análise de texto, que consiste em grifar as idéias importantes de maneira
que volte a atenção à parte destacada numa posterior releitura. Objetiva dividir as
partes do texto em graus de relevância distintos.
Não se devem sublinhar frases ou linhas inteiras, apenas os dados importantes e as
palavras-chave.
Os componentes do sangue
O sangue humano é um líquido denso de cor vermelha. É formado pelo plasma
sanguíneo, os glóbulos vermelhos, os glóbulos brancos e as plaquetas.
35
2. Técnicas de Síntese
2.1. Esquema
Forma de sintetizar conceitos, mediante uma estruturação de temas importantes,
contidos no texto.
Nada mais é do que uma organização gráfica do que já foi previamente
sublinhando.
O esquema deve ser:
Ordenado
Claro
Conciso
Simples
Perceptível
Uma de suas principais vantagens é garantir ao estudante a possibilidade de uma
visão ampla do conteúdo estudado.
Exemplos de esquemas:
Esquema com chaves
Humanas
Jornalismo
Direito
Áreas
Engenharia Civil
Exatas
Licenciatura em Matemática
Ciência da Computação
Saúde
Medicina
Terapia Ocupacional
Odontologia
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Esquema com flechas
Jornalismo
Áreas
Humanas
Direito
Exatas
Engenharia Civil
Licenciatura em Matemática
Saúde
Medicina
Odontologia
Esquema com números
1. Áreas
1.1.
1.2.
1.3.
Humanas
1.1.1. Jornalismo
1.1.2. Direito
Exatas
1.2.1. Engenharia Civil
1.2.2. Licenciatura em Matemática
1.2.3. Ciência da Computação
Saúde
1.3.1. Medicina
1.3.2. Odontologia
2.2. Resumo
Resumir é apresentar de forma breve e concisa um determinado conteúdo.
Um bom resumo permite ao estudante encontrar rapidamente as idéias,
informações e conceitos desenvolvidos pelo autor ao longo do texto.
37
Existem três tipos usuais de resumo, que são:
Resumo Indicativo
Indica apenas os pontos principais do texto, não apresentando dados
qualitativos, quantitativos, etc.
Resumo Informativo
Informa o leitor suficientemente, de maneira que ele possa decidir sobre a
conveniência da leitura do texto inteiro. Expõe finalidades, metodologia,
resultados e conclusões.
Resumo crítico (resenha)
Resumo redigido com intuito de fazer uma análise interpretativa do
documento.
O resumo deve ser:
 Breve e conciso: Elimina-se qualquer tipo de exemplos e detalhes
secundários, dados pelo autor.
 Pessoal: Deve ser redigido com as palavras do aluno. Quando
reescrevemos um texto internalizamos melhor os assuntos.
 Logicamente estruturado: Deve seguir uma sequência lógica, nada de
frases soltas. O texto deve apresentar coerência, contendo relação
entre tudo que for abordado.
2.3. Quadro Sinótico
Variante do esquema, sobretudo utilizado quando há predominância de dados
quantitativos, como datas, números, nomes, etc.
Técnica similar a do esquema, porém configurada na forma de um quadro.
Exemplo de um Quadro Sinótico:
Esquema
Descrição
Compila e
ordena
logicamente
as idéias.
Estrutura
Ordenação
hierarquizada.
Esqueleto,
Utilidade
Quando se
domina um
tema, serve
como visão
Tipos
De
desenvolviment
o.
38
rápida de
repasse e ajuda
a compreender
a estrutura do
tema.
Relação lógica e Estudo criativo,
significativa das racional.
idéias.
Desenvolviment
o intelectual.
De barras.
Texto
globalizador,
sem detalhes,
explicando as
idéias
fundamentais.
Relação e
interdependênci
a de idéias.
Indicativo.
estrutura.
Mapa
conceitu
al
Resumo
Quadro
Sinótico
Expressão
gráfica das
conexões
significativa
s das idéias.
Extrai as
idéias como
visão global,
narração.
Visão global
de idéias
interrelacionada
s.
Assegura o
conhecimento
da essência da
idéia geral.
De chaves.
De flechas.
Simples.
Complexos.
Informativo.
Crítico.
Classifica e
ordena as
idéias.
Quadro de
dupla entrada.
2.4. Mapa Conceitual
2.4.1. Definição
Diagramas de relações entre significados, sem possuir nenhum tipo de ordem
temporal ou sequêncial, estando diretamente ligado a conceitualização e
aquisição de uma base sólida para o aprendizado.
Atua como estratégia facilitadora da aprendizagem buscando relacionar e
hierarquizar conceitos.
Abaixo segue um exemplo de mapa conceitual, abordando os conceitos
integrados no seu entendimento global:
39
2.4.2. Diretrizes
É indispensávelcompreender claramente e saber diferenciar os significados e
papéis, dos conceitos e das palavras-de-ligação, no mapa conceitual.
Conceitos: Unidade de conhecimento que agrega significado a um termo.
Palavras-de-ligação:Palavras que servem para interligar conceitos e indicar a
existência de uma relação entre eles.
o Pode-seseguir o modelo hierárquico, no qual conceitos mais
abrangentes se situam na parte superior do mapa, e os mais específicos
estariam na parte inferior.
o Em princípio, o uso de figuras geométricas o comprimento e a formas
das retas, nada significam no mapa conceitual.
40
o O mapa deve ser capaz de evidenciar e relacionar conceitos no contexto
de uma disciplina, matéria de estudo e conjunto de informações.
o O individuo que une dois conceitos através de uma linha, deve ser
altamente capaz de expor o significado da relação que vê sobre esses
conceitos.
o O Mapa conceitual não objetiva ser auto-explicativo. Deve ser explicado
por quem o fez, de modo que externalize o porquê das suas
interconexões.
o Mapas conceituais revelam explicitamente como está organizada a
estrutura conceitual e cognitiva dos estudantes.
2.4.4. Como construir um Mapa conceitual
Atividade sugerida 2: Construindo seu mapa conceitual
Abaixo estão alguns passos para a uma confecção prática do mapa
conceitual em sala de aula:
1. Explica-se brevemente e com exemplos, os significados de conceito
e Palavras-de-ligação.
2. Escolhe-se um assunto do livro-texto com o qual o aluno já esteja
familiarizado.
3. Desenha-se na lousa duas colunas. Uma contendo os conceitos
encontrados pelos alunos naquele texto e a outra contendo as
palavras-de-ligação.
4. Em construção conjunta com o aluno, o professor escolhe quais dos
conceitos encontrados na lousa são os mais abrangentes e quais as
Palavras-de-ligação são as mais adequadas.
5. Procuram-se agora os conceitos mais específicos.
6. Constrói agora o mapa conceitual, apresentando para o aluno a
lógica usada nas relações e esclarecendo as dúvidas que possam
surgir.
7. A sala é divida em quatro grupos, dando a cada grupo uma cartolina
e um tema em comum.
8. Os grupos devem ler o tema e repetir os passos especificados acima
(do 1 ao 6), confeccionando agora o seu próprio mapa conceitual.
41
9. Por fim, é feita a socialização dos grupos. Ao final, os alunos devem
tomar consciência de que, ainda trabalhando em cima do mesmo
conteúdo, os mapas conceituais sairão diferentes e que para serem
bons não precisam ser iguais.
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Referências
PEÑA, Ontoria Antonio MAPAS CONCEITUAIS – Uma técnica para aprender
Autor: Antonio Ontoria Peña
Editora: Loyola,2005
MAPAS CONCEITUAIS E APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA
Autor: Marco Antonio Moreira
Editora Centauro, 2010
COMO APRENDER: ANDRAGOGIA E AS HABILIDADES DE APRENDIZAGEM
Autor: Carlos Tasso Eira De Aquino
Editora: Pearson Prentice Hall, 2008
A GRANDE JOGADA
Autor: Celso Antunes
Ed. Vozes, 2009
SUCESSO ESCOLAR NOS MEIOS POPULARES: AS RAZÕES DO IMPROVÁVEL
Autor: Bernard Lahire
São Paulo:Ática, 2004.
Fontes on line
Por Sabrina Vilarinho ( Graduada em Letras)
http://www.brasilescola.com/redacao/resumo-texto.htm
Wolf (Professor de Biologia)
http://www.youtube.com/watch?v=DaGgmxiEuEQ
Um dia na vida de um desorganizado.
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=PMoINjIgE3o
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Download

Orientação de Estudos