199 TRATAMENTO DE MASTITE SUBCLÍNICA EM BOVINOS UTILIZANDO BIOTERAPIA ANNA CHRISTINA DE ALMEIDA(*) (**) YONARA MARIA FONSECA (***) TAIS MARIA PINHEIRO SOARES ( DELCIO BUENO DA SILVA ***) (****) TÂNIA TOLEDO MARTINS BUELTA (****) GUSTAVO LEOPOLDO MOTA E. SILVA RESUMO Avaliou-se a eficiência da bioterapia para tratamento de mastite subclínica em bovinos. O bioterápico na potência 12 CH foi produzido a partir de amostras de leite dos quartos infectados e administrado três vezes ao dia, por via oral, durante 21 dias. A eficiência do tratamento foi observada através da redução no grau de reações ao CMT entre os dias zero e 21 (p<0,05), como também no número de colônias de microganismos patogênicos isolados (p<0,01). A frequência de microganismos isolados foi 40% de S. aureus, 30% de Streptococcus sp, 15% de Bacillus sp, 10% de E. coli, e 5% de Cândida sp. PALAVRAS-CHAVE- mastite, bovino, bioterapia, tratamento SUMMARY TREATMENT OS BOVINE SUBLICINICAL MASTITES WITCH UTILIZATION OF BIOTERPIC We evaluated the effectiveness of biotherapy in the treatment of subclinical mastites in cattle. Biotherapics with a 12 CH potency were production of the milk of samples from the mamary glands infected, wich was performed with the aplications three times a day, orally, for 21 days. The effectivenes of the treatment was observed trought the reduction in the rate of reaction to the CMT, between the 1st na 21nd days (p<0,05) as well as in the number of the colonies of patogenic microganisms isolated from the mamary glands. Thefrequency of isolated microganisms was of 40% of S. aureus, 30% of Streptococcus sp, 15% of Bacillus sp, 10% of E. coli na 5% of Candida sp. KEY WORDS: mastites, cattle (livestock), bioterapy, treatment 1. INTRODUÇÃO Dentre as doenças de maior importância nos sistemas de exploração pecuária está a mastite, que afeta acentuadamente a produção leiteira mundial, pela redução na capacidade produtora dos rebanhos infectados (Silva, 1999), pela queda na qualidade do produto final com diminuição no rendimento industrial para fabricação de derivados e pelas alterações na composição do leite mamítico (Langoni, 1999). Kirk et al. (1994) ponderam que as mastites subclínicas são responsáveis por 10% a 11% de perda na capacidade produtiva/vaca/ano. No Brasil, Domingues (1993), comparando a produção de leite entre quartos com mastite subclínica, com seus homólogos negativos, verificou queda de produção significativa dos quartos mamários positivos sendo 15,97%, 21,43% e 30,73% para os resultados (+), (++) e (+++) ao CMT, respectivamente. Vários são os programas propostos para controlar a mastite e em consequência diminuir os impactos econômicos da mesma na atividade leiteira (Muller, 1999). Os programas de controle da enfermidade devem aumentar o retorno econômico, serem altamente efetivos e aplicáveis a vários rebanhos, reduzir novas infeções, encurtar a duração das infeções existentes, promover evidências palpáveis da redução de mastite clínica (Philpot, 1984), além de serem práticos, efetivos, baratos e ter como objetivo principal controlar ou erradicar as mastites contagiosas e manter baixos os níveis da mastite ambiental (Muller, 1999). A utilização do tratamento com antimicrobianos é uma medida realizada no controle da mastite. As principais metas de uma terapia antimicrobiana são: prevenção da mortalidade nos casos agudos, retorno à composição e produção normal do leite, eliminação das fontes de infecção e prevenção de novas infeções no período seco (Cullor, 1993). O tratamento adequado das mastites é uma das formas mais práticas e eficientes de controle, por eliminar um elo importante da cadeia epidemiológica desta enfermidade (Langoni et al., 1999). Domingues (1993), demonstrou que o diagnóstico precoce e o tratamento adequado na mastite bovina subclínica podem restabelecer a produção de leite do quarto mamário na mesma lactação, com aumento significa- * Prof. da Faculdade de Medicina Veterinária- Universidade de Alfenas, Alfenas-MG, MG-179, Km 0, C.P 23, CEP 37130-000 **Aluno da Faculdade de Medicina Veterinária- Universidade de Alfenas, Alfenas-MG, MG-179, Km 0, C.P. 23, CEP 37130-000 *** Prof. da Faculdade de Medicina Veterinária - Universidade de Alfenas, Alfenas-MG, MG-179 km 0 C.P. 23 CEP 37130-000 ****Aluno Universidade de Alfenas, Alfenas -MG-179, Km 0, C. P. 23, Cep 37130-000, Alfenas R. Un. Alfenas, Alfenas, 5:199-203,1999 200 A. C. de ALMEIDA et al. tivo da produção das tetas tratadas. Verifica-se na atualidade que apesar da disponibilidade de vários antimicrobianos para tratamento da mastite, o problema de resistência dos microrganismos a estes acentuou-se pelo uso indiscriminado e inadequado, particularmente no Brasil (Costa, 1996).O insucesso do tratamento também pode relacionar-se a capacidade de sobrevivência intracelular de algumas bactérias e também a alterações anatomopatológicas induzidas por certas infecções impedindo o acesso do medicamento no foco (Barragy, 1994) Além dos altos custos com o tratamento, a presença de resíduos de antibióticos no leite advindo dos tratamentos, é um problema de saúde pública e um problema tecnológico em toda a cadeia leiteira, uma vez que os resíduos tem um efeito inibidor no desenvolvimento de fermentos lácteos utilizados na fabricação de laticínios (Berthelot & Bergonier, 1994). A preocupação crescente com a presença de resíduos de antibióticos no leite gera uma busca de métodos alternativos para a abordagem clássica dos antibióticos (Costa et al., 1996) A homeopatia tem sido utilizada em todas as áreas da saúde como forma alternativa de tratamentos. Toda a arte da terapeutica homeopática consiste na aplicação da lei dos semelhantes (Soares, 1988). Qualquer que seja o conteúdo de um medicamento, se os sintomas observados por seu uso se assemelham intensamente à totalidade de sintomas de um dado caso clínico, este será o medicamento específico para tal doença (Hamley, 1979). Os Bioterápicos ou nosódios são medicamentos preparados a partir de excreções, secreções, tecidos e órgãos de animais e vegetais, fisiológicos ou patológicos ou ainda micorganismos (Boericke, 1993), podendo então serem aplicados com aspectos preventivos, uma vez que poderá utilizar o agente etiológico da determinada doença (Soares, 1988). As propriedades terapêuticas dos princípios e medicamentos homeopáticos começam a ganhar cada vez mais espaço no tratamento veterinário Relatos de profissionais adeptos da homeopatia revelam alta frequência de sucessos em tratamento de parasitoses e enfermidades infecciosas, inclusive em tratamentos de mamites (Costa, 1998). No entanto, a literatura científica específica sobre o assunto é bastante escassa, necessitando então de adequação de protocolos de tratamento e condução de pesquisa dentro de metodologia previamente estabelecida para que seja comprovada cientificamente a eficácia dos mesmos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência de bioterápicos no tratamento de mastite subclínica bovina. R. Un. Alfenas, Alfenas, 5:199-203,1999 2. MATERIAL E MÉTODOS Avaliou-se o tratamento de 20 quartos mamários provenientes de vacas em diferentes estágios de lactação, com mamite subclínica detectada através do CMT (Schalm & Noorlander, 1957). Após higienização das tetas com aspersão de solução clorada (1%) e secagem com papel toalha, coletou-se as amostras de leite em frascos estéreis, sendo os mesmos conservados sob refrigeração até a realização das análises laboratoriais, no Laboratório de Doenças Infecciosas da Universidade de Alfenas, Alfenas, MG. Aliquotas de 0,01mL de cada amostra foram semeadas em ágar sangue-bovino 5% e ágar saborround-dextrose e incubadas a 37 ºC por até 96 horas. A cada 24 horas observou-se as características morfológicas das colônias e procedeu-se isolamento e identificação dos microorganismos através de provas morfologicas, bioquímicas e fisiológicas (Langoni, et al., 1998). O número de colônias identificadas presentes em cada placa foi anotado. Para cada animal, a partir de uma aliquota de leite proveniente da amostra então coletada, produziu-se um bioterápico na potência 12 CH, segundo o método centesimal Hahnemaniano (Boericke, 1993). Instituiu-se tratamento por 21 dias, com administração por via oral com gotejamento na língua, na dosagem de 0,5 mL, três vezes ao dia. Amostras de leite dos animais em tratamento foram coletadas nos dias 07, 14 e 21 após o inicio do mesmo, com realização de CMT, cultura isolamento e identificação dos microorganismos conforme citado anteriormente, assim como contagem do número de colônias identificadas. Os resultados obtidos nas análise dos dias zero, 07, 14 e 21 foram comparados estatisticamente, pelo teste de t para observações independentes, de acordo com Vieira (1991). Durante o tratamento os animais foram mantidos isolados do rebanho, em regime de estabulação, ordenhados manualmente duas vezes ao dia com realização de pré e pós-dipping com solução clorada 1% e 4%, respectivamente. Realizou-se higienização rigorosa do ambiente em que os mesma permaneceram. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Na seleção dos vinte quartos mamários a serem tratados com bioterápicos, todos eram CMT positivos e caneca telada negativa, caracterizando mastite subclínica. Ao se cultivar as amostras de leite coletadas nesta oportunidade (dia zero), a freqüência TRATAMENTO DE MASTITE SUBCLÍNICA EM BOVINOS UTILIZANDO BIOTERAPIA.201 ação secundária ou contrária, onde o organismo estará atuando para restauração do estado de normalidade (Hamley, 1979). As reações observadas nas reações ao CMT, acompanham as ocorridas no número de colônias isoladas, apesar de uma significância menor entre algumas coletas. Houve um aumento no grau de reações entre os dias zero e sete (p<0,05) e uma redução não significativa entre os dias zero e quatorze, em decorrência das variações no número de colônias isoladas nestas duas coletas, pois o grau de reação ao CMT é compatível com a gravidade da infeção subclínica do quarto mamário (Scalm e Noorlander, 1957). Entre as análises dos dias zero e vinte um ocorreu redução em nível de significância menor (p<0,05) em relação ao número de colônias isoladas (p<0,01) , pois as células somáticas ainda são eliminadas até que ocorra a resolução da lesão inflamatória (Scalm e Noorlander, 1957) mesmo que o agente etiológico não esteja mais presente. No entanto, ao se avaliar as análises entre os dias sete e quatorze, sete e vinte um e quatorze e vinte um, a redução nas reações foi de alta significância (p<0,01) (Tabela.1). de isolamentos de microrganismos foi de 40% (08/20) para S. aureus, 30 % (6/20) para Streptococcus sp, 15% (3/20) para Bacillus sp, 10% (2/20) para E. coli e 5% (1/20) para Candida sp. Ao se comparar a dinâmica do número de colônias de microrganismos patogênicos isolados em cada quarto mamário entre as coletas, observa-se uma elevação entre os valores do dia zero e do dia sete (p<0,01) e uma redução entre as coletas dos dias zero e quatorze (p<0,01) , dias zero e vinte um (p<0,01), assim como entre os dias sete e quatorze (p<0,01) e quatorze e vinte (p<0,01) . A elevação no número de colônias isoladas entre as duas coletas iniciais e redução nas subsequentes é explicada pelo princípio da homeopatia, onde inicialmente há uma exacerbação da enfermidade com posterior reação do organismo (Schembri, 1992). Todo medicamento homeopático produz um certo grau de alteração na saúde do indivíduo por um tempo longo ou curto. Esta alteração é denominada ação primária do medicamento, sendo esta perceptível clinicamente. A reação da força vital contra esta alteração é a Tabela 1. Microrganismos isolados, reação ao CMT e número de colônias isoladas em cada quarto mamário nas coletas de leite realizadas antes e após a instituição de tratamento com bioterápico em vacas com mastite subclínica Quarto mamário 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 Microganismos isolados Staphylococcus aureus S. aureus S. aureus S. aureus S. aureus S. aureus S. aureus S. aureus Streptococcus sp Streptococcus sp Streptoccus sp Streptococcus sp Reação ao CMT (em cruzes) por coleta 1ª 2ª 3ª 4ª No. de colônias isoladas por coleta ª 1 2ª 3ª 4ª 2 2 3 1 3 3 2 3 1 3 3 2 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 2 2 1 2 2 2 N*** 3 2 2 N 1 T* 3 2 3 3 1 T 1 T 3 N 2 N 13 16 5 16 1 29 36 21 39 28 13 1 24 35 9 37 3 41 47 61 41 54 98 1 2 3 3 20 1 11 32 I 12 15 2 0 1 2 0 4 0 2 15 24 5 7 0 0 13 Streptococcus sp 2 3 2 1 24 32 24 12 14 Streptococcus sp 2 2 2 T 19 44 10 3 15 16 17 18 19 20 Bacillus sp Bacillus sp Bacillus sp E. coli E. coli Candida sp 2 1 1 1 3 3 3 3 3 2 3 1 2 3 1 1 3 2 2 3 T 1 1 1 36 8 2 24 37 22 75 17 9 65 58 63 08 I** 3 9 48 24 08 24 1 2 6 6 * reação traço **No. de colônias incontáveis *** Reação negativa ao CMT R. Un. Alfenas, Alfenas, 5:199-203,1999 202 A. C. de ALMEIDA et al. Ao se comparar isoladamente as reações frente à cada agente patogênico isolado (Tabela.1), observa-se que nos quartos mamários 08 e 16, onde foi identificado S. aureus e Bacillus sp, respectivamente não houve redução no número de colônias como também no grau de reação ao CMT. Nos quartos 03 e 05 como nos 11 e 12 onde se identificou S. aureus e Streptococcus sp, respectivamente, não houve isolamento desses agentes como também reação ao CMT na última análise. É interessante abordar estes aspectos, pois a homeopatia não atua em agentes microbianos em particular, mas sim em indivíduos como um todo, de forma que os reflexos do desequilíbrio apresentado como doença, se processem em todo o organismo, podendo as reações serem variadas com os indivíduos (Mercier, 1987). Nas condições de realização do trabalho o tratamento se mostrou eficiente na cura dos quartos mamários em estudo. A otimização do tratamento é necessária pois, pela diversidade etiológica e alta prevalência da doença, o tratamento seria mais eficaz se pudesse ser utilizado em massa no rebanho, com o objetivo de cura e também prevenção do aparecimento de novos casos, assim como de recidivas da infecção. Já é conhecido que o tratamento homeopático está vinculado à imunologia pois, além de curar, determina imunização indireta, inespecífica e natural, capacitando o organismo a se defender contra os agentes morbígenos. No tratamento das endemias e epidemias, o conhecimento da extensão epidemiológica e dos estudos teóricos dos quadros sintomáticos e a identificação de possíveis medicamentos, são medidas preliminares que se destinam ao levantamento de um plano ou método de trabalho, ainda que a homeopatia tenha suporte científico em tratamentos individualizados ( Schembri, 1992). COSTA, B. Homeopatia na cura e prevenção de doenças. Balde branco, julho, p.28-33, 1998 COSTA, E. O, MANGERONA, A. 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