CONFORTO TÉRMICO ALTERANDO A PRODUÇÃO LEITEIRA
Patricia Bertoncelli1, Thomas Newton Martin2, Magnos Fernando Ziech3, Wagner
Paris3, Paulo Segatto Cella3
1
Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Agronomia da Universidade Federal
de Santa Maria, Santa Maria, Brasil ([email protected])
2
Professor da Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, Brasil
3
Professor da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Dois Vizinhos, Brasil
Recebido em: 30/09/2013 – Aprovado em: 08/11/2013 – Publicado em: 01/12/2013
RESUMO
Objetivou-se com o presente trabalho realizar uma revisão da literatura considerando
as inter-relações entre as variáveis influenciadoras no conforto térmico sobre a
produção leiteira. A produção leiteira é dependente de vários fatores, dentre eles
destaca-se a genética animal, o manejo, a nutrição e o conforto térmico, dentre
outros. As faixas de conforto térmico são variáveis para cada raça/categoria animal,
níveis de produtividade e a adequação do ambiente, onde os animais permaneçam
mais próximos às temperaturas ideais, fazem com que a produção possa ser
maximizada. A produtividade de leite esta diretamente ligada ao tempo em que o
animal está submetido à zona termo neutra, ou seja, quanto maior o tempo em que o
animal permanece em conforto maior será sua produtividade. Além da variabilidade
natural devido às condições apresentadas anteriormente, as faixas de conforto
térmico deveriam ser mais intensivamente estudadas ampliando assim as condições
para produção animal. Dessa forma, com a sumarização de informações a respeito
do tema, torna-se mais fácil disponibilizar condições favoráveis para a produção
leiteira.
PALAVRAS-CHAVE: Ambiência, produtividade, qualidade do leite
THERMAL COMFORT MODIFYING THE MILK PRODUCTION
ABSTRACT
The objective of this paper to review the literature considering the interrelation ships
between the variables influencing the thermal comfort of dairy production. Milk
production is dependent on several factors, including animal genetics, management,
nutrition and thermal comfort, among others. The temperature comfort are variables
for each race / animal category, levels of productivity and suitability of the
environment where the animals remain closer to optimal temperatures, cause the
production can be maximized. The milk yield is directly linked to the time when the
animal is undergoing term neutral zone, ie the longer the time during which the
animal remains in greater comfort productivity. Besides the natural variability due to
the conditions presented above, the temperature comfort should be more intensively
studied thus broadening the conditions for livestock. Thus, with the summarization of
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information on the subject, it becomes easier to provide favorable conditions for dairy
production.
KEYWORDS: Ambiance, productivity, milk quality
INTRODUÇÃO
A produção animal vem sendo uma constante preocupação e motivo de
atenção e esforços de vários pesquisadores, que buscam incessantemente através
de estudos nas diversas áreas do conhecimento cientifico, responder dúvidas e
encontrar alternativas que buscam o rendimento produtivo dos animais
(RODRIGUES et al., 2010).
O leite é um alimento completo nutricionalmente e apresenta várias
características, sendo utilizado em larga escala pela população mundial. Sua
importância vem dos nutrientes encontrados na sua composição (proteínas,
minerais, vitaminas, lipídios, glicídios dentre outros). Assim, esse alimento
proporciona benefícios para saúde humana, sendo que todos seus nutrientes têm
ação direta em nosso organismo, como por exemplo, o cálcio que é essencial para a
estrutura óssea, na dentição e na imunidade. A produção leiteira é uma atividade
econômica que possui importante função social, sendo efetuada principalmente por
pequenos produtores (GOMES & FERREIRA FILHO, 2007). Devido ao elevado
consumo e as mudanças de hábitos da população (FANK & MARTIN, 2008), esse
produto agropecuário deve ser produzido seguindo rigorosamente os padrões de
qualidade.
O sucesso na produtividade é atingido com qualidade e em quantidade
atendendo a demanda dos consumidores, com isso, diversos fatores devem ser
considerados. Dentre eles, cita-se a adaptabilidade das diversas raças de animais
leiteiros as condições regionais (MCMANUS et al., 2008). Segundo BENEDETTI et
al. (2008) a produtividade de leite em regiões subtropicais é baixa, comparando com
outras regiões tropicais.
Animais quando adaptados a determinados ambientes, respondem
positivamente a produtividade, no entanto quando ocorre variação de temperatura
nesse ambiente os animais ativam seu sistema termorregulatório para manter seu
conforto térmico. Mesmo sendo o sistema natural de controle de temperatura
corporal, a termo regulação ocasiona um esforço extra no animal e desta forma
ocasiona uma alteração na sua produtividade. Quando ocorre essa variação de
temperatura tanto calor como frio, os animais priorizam a manutenção da
homeotermia e dessa forma a produção de leite e a reprodução são as primeiras
funções a serem prejudicadas pelo estresse térmico, um dos primeiros sinais visíveis
desse estresse é o aumento da frequência respiratória para promover a perda de
calor por meio de evaporação (ALMEIDA et al., 2011).
Para que o ambiente seja considerado confortável o animal deve se encontrar
em equilíbrio térmico, ou seja, quando o calor produzido é perdido para o ambiente
sem causar prejuízos a homeostase do animal (SILVA et al., 2010).
O conforto ambiental é afetado pelo estresse térmico e possui influência direta
dos elementos do clima como o vento, a chuva, a umidade relativa do ar, radiação
solar e temperatura. E as diferentes intensidades destes elementos aplicados sobre
os animais definindo a produção animal.
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Conforme ocorrem variações nas condições de genética, nutrição e ambiência
ocorrem alterações na dinâmica da produção leiteira. Sendo a nutrição um fator de
extrema importância, pois o animal transforma o alimento em produto de interesse
humano. Dessa forma, o entendimento da inter-relação dos elementos do clima com
os fatores genéticos, nutricionais e fisiológicos, faz com que a produtividade animal
possa ser ampliada.
Sendo assim, o objetivo desse estudo foi elaborar uma breve revisão
descrevendo as variáveis ou fatores que alteram o conforto térmico dos animais e
consequentemente a produção leiteira.
CONFORTO TÉRMICO
À medida que aumenta a umidade relativa e a temperatura ambiente altera a
susceptibilidade dos bovinos ao estresse calórico, pois ultrapassam a zona de
conforto térmico, quando isso ocorre a dissipação de calor é dificultada, aumentando
então a temperatura corporal e causando um efeito negativo sobre o desempenho
produtivo dos animais (SILVA et al., 2012).
Para o entendimento da relação entre o conforto térmico e a produção leiteira,
deve-se considerar que o animal faz parte de um ambiente, no qual existe uma
interação, existindo fatores externos e internos que alteram a capacidade produtiva.
Os fatores externos são compostos por elementos físicos (espaço, luz, sons e
equipamentos), químico (concentração de gases na atmosfera), biológicos (o próprio
animal e os organismos associados a ele como endo e ectoparasitas), sociais
(densidade de animais, comportamento e ordem de dominância) e elementos
climáticos (temperaturas cardiais, umidade relativa do ar, vento e radiação solar). Os
fatores internos do animal são alterados pelas condições externas do ambiente,
características das construções destinadas aos animais, tipos de materiais
utilizados, orientação das construções e sombreamento (MENDES & PAULUS,
2008).
Ao intensificar o sistema produtivo o produtor certamente deve possuir maiores
preocupações no que diz respeito ao ambiente em que esses animais estão, pois
junto com a intensificação está a homogeneidade genética dos animais, estreitando
cada vez mais a amplitude (mínima e máxima) dos elementos climáticos que
condicionam a produtividade. Em contra posição, as alterações antropogênicas
visam à redução do tempo de exposição dos animais aos limites que ultrapassam os
pontos críticos inferiores e superiores (Figura 1).
As alterações ambientais provocam consequências fisiológicas nos animais
como respostas de regulação da temperatura. Quanto menor a energia destinada a
esses processos maior é a quantidade de energia disponibilizada para a produção
leiteira. O correto entendimento dessa dinâmica repercutirá nas instalações
zootécnicas destinadas aos animais.
ZONAS DE CONFORTO TÉRMICO
A maior produtividade de um animal ocorre quando o mesmo encontra-se em
homeostasia. Segundo MARTELLO et al. (2004), há vários indicativos que podem
caracterizar o bem estar e o conforto do animal, que serão determinados por meio
de elementos climáticos. Para a obtenção de boas produtividades o animal precisa
ser submetido a um ambiente com temperaturas adequadas para que possa se
alimentar corretamente e converter o alimento em produção.
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A preocupação com o conforto animal é crescente, já que no Brasil o clima é
predominantemente tropical, possuindo altas temperaturas médias na maior parte do
ano o que vai favorecer ainda mais o estresse térmico. Nesse sentido SOUZA et al.
(2010), indicam que a temperatura é um dos fatores ambientais que irá interferir de
forma significativa na produtividade.
Os animais têm sua máxima capacidade de produção dentro de uma zona de
termo neutralidade (ZTN), que significa uma faixa de temperatura adequada que
possibilite o seu conforto térmico, mas esta faixa varia de acordo com a idade,
espécie e raça, ingestão de alimentos, composição da dieta, alojamento, sistema de
climatização entre outros (AZEVEDO et al., 2005). Os processos de perda de calor
dentro da ZTN são os não evaporativos consistindo em radiação, condução e
convecção.
Autores como MONTALDO et al. (2010) afirmam que dentro da faixa de
conforto as funções fisiológicas relacionadas com a manutenção da temperatura
corporal constante ocorrem sem a mínima mobilização dos mecanismos
termorreguladores, assim os animais, sob estas condições não sofreram estresse
por frio ou calor e tem um mínimo desgaste, possibilitando também melhores
condições de saúde e produtividade para o mesmo.
KADZERE et al. (2002) e AZEVEDO et al. (2005) indicam que para bovinos
leiteiros a ZTN situa-se entre 5 e 25°C, porém o se u limite superior pode variar entre
24 e 27°C. Por meio da Figura 1, percebe-se que ao afastar-se da região ótima (BC) existirá tanto o estresse pelo frio quanto pelo calor o que poderá levar o animal
até a morte.
FIGURA 1 - Relação entre a produção de calor pelo animal e a
temperatura ambiente, apresentando A = Temperatura de
conforto (mínimo calor metabólico produzido); B =
Temperatura crítica máxima; C = Temperatura crítica mínima;
D = Temperatura de estresse térmico (máximo calor
metabólico produzido). Adaptado de Perissinotto (2003).
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ASPECTOS GENÉTICOS
Para obter incremento de produtividade principalmente em regiões tropicais
onde a temperatura e umidade são elevadas, é necessário utilizar genótipos mais
produtivos e oferecer um ambiente compatível com o requerimento do animal
(FAÇANHA et al., 2013). Também é importante a utilização de animais adaptados,
que apresentem uma alta produtividade. As raças nativas assumem um papel
importante devido a seu grande potencial adaptativo e produtivo.
Uma das estratégias para minimizar o problema do estresse térmico em vacas
leiteiras é por meio de estratégias de cruzamento. Assim a melhor opção seria o
cruzamento de uma espécie com maior resistência ao calor com outra de alta
produção.
Neste sentido, QUEIROZ et al. (2009), sugerem o cruzamento de bovinos de
raça européia com raças zebuínas, pois estes têm sido largamente utilizados para
elevar o potencial dos animais, devido à expressão da heterose. Pois animais
zebuínos em comparação com animais europeus são mais resistentes ao calor e a
outros fatores ambientais que causam estresse térmico (BÓ et al., 2003).
Algumas das causas dos animais zebuínos serem mais resistentes ao calor
são atribuídas a sua maior capacidade de sudorese, baixa produção de leite e a taxa
metabólica basal (HANSEN, 2004). Desta forma, com o passar do tempo os
criadores e geneticistas brasileiros procuraram combinar as características
desejáveis de animais zebuínos e europeus, produzindo animais mestiços,
geralmente utilizando as raças gir e holandesa.
No que diz respeito aos búfalos (Bubalus bubalis), esses possuem elevada
capacidade adaptativa estando distribuídos por diversas regiões, possuindo boa
capacidade de aceitação de pastagens com baixos valores nutricionais (SILVA et al.
2011). Além disso, podem ser citadas algumas particularidades como a espessura
da epiderme que é inferior nos bovinos comparativamente com os bubalinos bem
como a coloração ser escura. Essas características fazem com que o bubalino possa
dissipar calor mais eficientemente por não ter uma camada de pêlos que forma um
isolante, mas em contra posição o animal é mais prejudicado em condições de
radiação direta pela coloração da epiderme.
O número de glândulas sebáceas em bubalinos é elevado, podendo chegar a
149 glândulas/cm2 (búfalos Mediterrâneo) o que faz com que haja elevada
refletividade da pele do animal (VILLARES, 2003).
ALIMENTAÇÃO
Atualmente com a intensificação da produção do leite está interligada a um
maior aporte alimentar implicando em aumento na produção de calor metabólico. Em
condições de desvios da ZTN existe uma dificuldade de manutenção do equilíbrio
térmico, em condições de calor. A produção animal está diretamente relacionada
com a quantidade e a qualidade nutricional dos alimentos que este animal consome.
Neste sentido SOUZA & ERPEN (2009) indicam que a fonte de nutriente mais
econômica é a pastagem.
O sistema de silvipastoril realiza a integração entre a produção florestal e
animais, fazendo com que algumas características sejam vantajosas principalmente
em zonas tropicais como as brasileiras. Nesse sistema, verifica-se que a
temperatura do solo, a radiação fotossinteticamente ativa, o total da radiação global
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e a velocidade do vento se reduzem do sistema sem árvores em comparação ao
com árvores (SOARES et al., 2009). Dessa forma, os animais estarão mais propícios
em estarem mais próximo a ZTN para assim realizarem a ingestão de alimento e
terem seus potenciais fisiológicos de produção maximizados.
Segundo SOARES et al. (2009), existe um estímulo ao crescimento da parte
aérea de forrageiras sob a sombra, essas plantas apresentam melhor qualidade,
especialmente maior teor de PB na lâmina foliar e maior relação folha colmo, embora
a quantidade de matéria seca seja diminuída com a presença de sombreamento.
Contudo, espera-se que os animais sendo manejados em sistemas silvipastoril
obtenham bons resultados, pois existe um sistema de sombreamento que possibilita
a não variação brusca da temperatura. Desta forma, os animais não irão reduzir a
ingestão de alimentos pelo calor excessivo, nem alocar energia para aquecimento
no caso de frio excessivo dada pela proteção arbórea e consequentemente redução
da velocidade do vento.
Os animais mais afetados pelo estresse calórico são aqueles com alto
potencial genético de produção leiteira (KADZERE et al., 2002), sendo que são
dependentes de grande ingestão de matéria seca, o que vai resultar em excesso de
calor metabólico e necessidade de mecanismos termorregulatórios eficazes para
manter a homeostasia fisiológica.
Os animais que apresentam estresse térmico irão reduzir o consumo de
alimentos, tentando minimizar a taxa metabólica e a produção de calor interno
(GASTEINER et al., 2007). Diminuindo assim o consumo alimentar e a produção de
leite. Segundo pesquisas realizadas por PARSONS et al. (2001), no caso de vacas
leiteiras as reduções são de aproximadamente 15% no consumo de alimentos,
conseqüência do estresse térmico. A redução da ingestão de alimentos em
bubalinos é percebida a partir de 34,4 ºC (GUIMARÃES et al., 2001).
Bovinos leiteiros de alta produção possuem elevada exigência nutricional e
devem receber alimentos de qualidade, pois quanto pior o valor nutritivo dos
ingredientes que compõem a dieta, maior deverá ser o consumo. O fornecimento de
alimentos com alto teor de fibra e baixa digestibilidade aumentam o tempo de
retenção no rúmen, consequentemente a maior taxa de fermentação produz mais
calor pelo metabolismo basal.
Em situações de temperaturas e umidades elevadas tem se aumentado o
estresse térmico dos animais, e como mecanismo de controle do aumento da
temperatura corporal o animal diminui bruscamente a ingestão de matéria seca
afetando a produção desejada. Uma técnica utilizada para diminuir o calor produzido
pelo metabolismo basal, causado pela digestão, é a utilização de gordura na dieta,
pois esta apresenta mais energia por unidade, sendo possível uma menor ingestão
para suprir as exigências energéticas dos animais de alta produção.
AVALIAÇÃO DO ESTRESSE CALÓRICO
Com o conhecimento a respeito dos problemas causados pelo estresse
calórico devem-se buscar parâmetros que orientem as ações de manejo que visam
reduzir os danos causados pelo estresse calórico. MINKA & AYO (2010) afirmam
que os dois parâmetros fisiológicos que são mais utilizados como medida de
adaptabilidade e conforto animal são as alterações na frequência respiratória e na
temperatura retal.
Já para avaliar os impactos ambientais sobre os bovinos são utilizados os
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índices de temperatura e umidade do ar, estes podem descrever de forma mais
precisa os efeitos ambientais sobre a capacidade dos animais em dissipar calor
(ARIAS et al., 2008).
Antigamente as avaliações do conforto térmico dos animais eram realizadas,
principalmente, pelo índice de temperatura e umidade relativa do ar, recentemente
essas avaliações foram adaptadas e considera-se a radiação solar e velocidade do
vento os dois fatores mais importantes no equilíbrio térmico dos bovinos (ARIAS &
MADER, 2010).
Em seus estudos ARMSTRONG (1994) indicou um índice de conforto, o qual
utilizou à umidade relativa do ar e a temperatura ambiente que são dados
disponíveis nas estações climatológicas. A expressão é: ITU = TBs – 0,55 (1-RH)
(TBs-58), em que ITU significa Índice de Temperatura e Umidade (adimensional);
TBs, refere-se a temperatura do ar (graus Fahrenheit); e RH, indica a umidade
relativa do ar expressa em valores decimais.
ARMSTRONG (1994) realizou uma classificação do estresse térmico de acordo
com a variação de (ITU) em ameno ou brando (72 a 78), moderado (79 a 88) e
severo (89 a 98). Se o ITU for menor que 72 caracteriza um ambiente sem estresse
térmico. No mesmo sentido SILVA et al. (2002), afirmaram que o valor do ITU a
partir do qual as vacas da raça holandesa iniciam a queda da produção de leite é
igual a 72.
Entretanto, AZEVEDO et al. (2005) afirmam que na literatura, tanto nacional
quanto internacional, é limitada a quantidade de informações que se referem aos
níveis críticos desse índice para vacas mestiças, pois se dispusessem destes níveis
críticos de índice de umidade e temperatura, poderiam fornecer subsídios aos
criadores, para que estes adotassem técnicas de manejo que pudessem diminuir os
contratempos causados pelo estresse calórico em seus rebanhos.
Em um estudo para Vacas Leiteiras 1/2, 3/4 e 7/8 Holandês-Zebu (HZ) em
período de lactação AZEVEDO et al., (2005) obtiveram diferentes valores críticos
para a produção leiteira. Os valores críticos superiores ao índice de temperatura e
umidade foram iguais a 80, 77 e 75 para os grupos genéticos 1/2, 3/4 e 7/8
Holandês-Zebu, respectivamente. Já para a frequência respiratória, os valores
críticos superiores de ITU estimados para os referidos grupos genéticos foram 79, 77
e 76, respectivamente. A partir dos três grupos genéticos estudados obteve-se o
valor crítico superior de ITU igual a 79, baseado na temperatura da superfície
corporal. Além disso, as vacas do grupo genético ½ HZ demonstraram maior
tolerância ao calor que as 7/8 HZ, enquanto as ¾ HZ se situaram em posição
intermediária.
Outro indicador do conforto térmico é verificado por meio da temperatura retal
que segundo SILVA (2000) trata-se de um bom indicador da temperatura corporal. A
temperatura retal pode inferir no equilíbrio entre a perda e o ganho de calor, e
mesmo os bovinos sendo homeotermos em condições de estresse calórico
dependendo da duração e intensidade, alteram a taxa da temperatura corporal, ou
seja, a chamada hipertermia (PEREIRA et al., 2008). Em contra partida, AZEVEDO
et al. (2005), afirmam que a freqüência respiratória é um melhor indicador de
estresse calórico que a temperatura retal, esta afirmação vem dos resultados de
suas análises de correlação.
Estudos realizados por RODRIGUES et al. (2010) onde avaliaram os efeitos da
ventilação em vacas em lactação em clima quente, observaram-se valores elevados
da temperatura retal no grupo de vacas sem climatização, porém isso não interferiu
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na produção. Os benefícios foram associados a uma baixa freqüência respiratória,
diminuição da temperatura retal e aumento na produção de leite. De acordo com
MARTELLO (2004), os decréscimos que são observados na produção do leite de
vacas sob a condição de estresse térmico acontecem em razão dos efeitos
envolvidos no balanço de energia, nas modificações endócrinas na regulação
térmica entre outros.
REDUÇÃO DO ESTRESSE CALÓRICO
A partir do entendimento das inter-relações entre os fatores que causam
alterações fisiológicas a partir do estresse calórico que resultam em redução da
produtividade leiteira, podem-se indicar alterações antropogênicas que visam reduzir
o estresse por calor. Naturalmente o animal busca regular a sua temperatura em
relação a sua ZCT, isso é verificado em dias cuja temperatura é elevada devido a
intensa radiação solar, fazendo com que as vacas leiteiras pastem mais no início da
manhã e ao final da tarde comparativamente aos horários mais próximos ao meio
dia. Nos horários mais quentes do dia os animais procuram sombras e lugares com
água para refrescar-se (BACCARI JÚNIOR, 2001).
A principal forma de redução do estresse calórico nos animais é por meio de
fornecimento de sombra (natural ou artificial). Porém alguns autores indicam que o
desempenho dos animais é diferenciado, fazendo com que haja preferência pela
sombra natural. Essa utilização de plantas vem ao encontro à utilização do sistema
silvipastoril que em algumas áreas brasileiras começa a possuir um desenvolvimento
maior. Porém, algumas vezes o sombreamento natural não está disponível o que faz
com que o produtor tenha que utilizar o sombreamento artificial por meio de sombras
ou abrigos que utilizam telados que podem ser de material sintético para ampliar a
durabilidade.
Dessa forma, existe uma redução na radiação direta que atinge o animal,
reduzindo-se o total de calor mesmo considerando que a sombra se torna outra fonte
de radiação infravermelha. Além disso, os materiais que os abrigos artificiais são
construídos alteram sensivelmente a absorvidade, a transmissividade e a
condutividade da energia radiante para o interior dos abrigos (FONSECA, 2010).
A orientação das construções também afeta a dinâmica da transmissão de
calor, pois no período do verão uma elevada porcentagem de sombra sob a
estrutura com um longo eixo orientado leste-oeste, é maior que na orientação nortesul. Em contra-partida no inverno, a quantidade de piso que é iluminado pelo sol é
aproximadamente a mesma. Além do tipo de material da construção, a cor da pintura
da construção também é importante, pois cores claras possuem uma maior
refletividade e cores escuras uma maior transmissividade.
MARTELLO et al. (2004), buscando avaliar a influência de alguns recursos de
climatização na produção de leite e na termorregulação dos animais, analisou
instalações com nebulizadores associados a ventiladores, instalação com tela de
sombreamento e instalação controle com sombreamento com telhas de cimentoamianto, utilizando 10 primíparas e 17 multíparas em lactação. Observaram que a
maior produção de leite das multíparas foi observada no tratamento com tela.
CONCEIÇÃO (2008), buscando sugerir um tipo de sombra que oferecesse um
conforto térmico considerável a novilhas holandesas e mestiças holandesa x jersey,
avaliou dois tipos de sombreamento solido (telhas de fibrocimento sem cimento
amianto e telhas galvanizadas), um tipo de sombreamento flexível (tela de
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polipropileno com 80% de proteção solar) e o efeito do não sombreamento sobre os
animais. A autora constatou que o maior efeito benéfico da qualidade do
sombreamento é obtido nos horários em que a radiação solar é mais elevada, nos
horários mais quentes do dia entre as 10:00 e 15:00 horas, nesse horário foram
constatadas reduções médias de carga térmica radiante de 12,3; 9,6 e 7,2%
(P<0,05) para as telhas de fibrocimento, galvanizadas e tela de polipropileno,
respectivamente, em relação ao tratamento sem sombra. Os benefícios obtidos com
a telha de fibrocimento, também foi observado quando a autora analisou o índice de
temperatura de globo negro e umidade (ITGU), pois mesmo considerando a grande
variação deste índice entre os tratamentos e os horários do dia pesquisados, foi
obtido uma redução satisfatória do ITGU a sombra, também verificou que quando
comparadas a sombras sólidas e a tela, esta primeira obteve melhores resultados de
conforto térmico.
NAAS & ARCARO JÚNIOR (2001) realizaram estudos do efeito térmico sobre
os animais em lactação em instalações com ventilação e aspersão e segundo os
autores os resultados obtidos, além do aumento na produção de leite, também se
observou menores valores na freqüência respiratória e temperatura retal, dos
animais submetidos à instalação climatizada em comparação aos animais
analisados em instalações com ausência de climatização.
SOUZA et al. (2010b) só obtiveram resultados nas variáveis fisiológicas,
enquanto a produção leiteira não variou, em condições de sombreamento. Desta
forma, ao utilizarem-se formas de ampliação de regiões sombreadas de maneira
natural ou artificialmente, juntamente com metodologias que permitam a aspersão de
água sobre os animais, construções zootécnicas ventiladas, fornecimento de água
de qualidade e temperatura adequadas é possível minimizar os efeitos do estresse
calórico.
EFEITOS DA AMBIÊNCIA NA PRODUÇÃO DE LEITE
O ambiente físico onde os animais ficam alojados possui grande influência
sobre o desempenho, pois abrange elementos meteorológicos que afetam os
mecanismos de transferência de calor e dessa forma a regulação do balanço térmico
entre o animal e o ambiente no qual a homeotermia é mantida de forma indireta
pelos processos de transferência de calor por convecção, radiação, condução e
evaporação, esses processos ocorrem na superfície do animal (ALMEIDA et al.,
2011). A eficiência da produtividade quando os animais estão em conforto térmico é
maior, pois não precisam acionar seus mecanismos termorregulatórios que gastam
energia e também causam estresse aos animais ( SOUZA et al., 2005;FERREIRA et
al., 2009).
Quando os animais acionam os mecanismos de termorregulação as funções
menos vitais ao organismo como a produção e reprodução e o bem-estar, ficam
prejudicados quando a intensidade e a duração do estresse ambiental ultrapassam a
capacidade compensatória geneticamente determinada (BERTIPAGLIA et al., 2007).
Com o aumento da temperatura há a necessidade de diminuição do ritmo de
produção de calor, pois os limites da termorregulação são atingidos mais
rapidamente em meios quentes (temperatura crítica máxima) que em meios frios.
Em curtos períodos os grandes animais têm vantagens sobre os pequenos frente ao
calor, porque, devido a sua capacidade de isolamento, esquentam mais lentamente.
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Por longos períodos a tolerância ao calor, tanto nos pequenos quanto nos grandes
animais, depende da sua capacidade de perda do calor.
Na maioria das espécies domésticas está comprovado que a temperatura
corporal começa a subir como resposta à ação da temperatura do meio quando esta
sobe de 28 para 32ºC. A hipertermia se acentua quando a elevação da temperatura
acima deste valor está associada à umidade elevada, radiação solar intensa,
produção metabólica elevada em nível geral e alta produção de leite (RODRIGUES
et al. 2010). Segundo os mesmos autores à medida que a hipertermia se acentua a
atividade respiratória e a sudorese não conseguem manter a temperatura corporal
ideal, o que provoca finalmente um desajuste na termorregulação.
A Tabela 1 apresenta algumas variáveis medidas em vacas européias
produtoras de leite sob ambiente confortável e outro ambiente com temperatura
elevada. Observa-se que mesmo com o aumento da freqüência respiratória,
consumo de água, taxa de sudação e respiratória dos animais em temperaturas
elevadas, estes não foram suficientes para manter as variáveis produtivas que foram
afetadas negativamente, evidenciando que o controle do ambiente é de fundamental
importância para a produtividade animal.
TABELA 1.Valores médios de vacas européias em ambiente confortável e aquecido.
o
Produção
de
calor
metabólico
(kcal/hora)
Temperatura retal (0C)
Frequência respiratória (mov./min)
Consumo de água (kg/dia)
Taxa de sudação (g m3/h)
Taxa respiratória (g/m3/h)
Consumo de concentrado (kg/dia)
Consumo de feno (kg/dia)
Produção de leite
Peso vivo
Fonte: Adaptado de TITTO, 1998.
a 18 C
841
38,6
32
57,9
94,6
60,6
9,7
5,8
18,4
486
o
a 30 C
629
39,9
94
74,7
150,6
90,9
9,2 (-5,1%)
4,5 (-22,4%)
15,7 (-14,6%)
482
Por menor que seja, sempre haverá um agente exógeno influindo sobre o
organismo, seja ele um fator climático, seja um agente patógeno, ou ainda a fome, a
sede, o medo provocado por uma companheira de rebanho ou por elemento
estranho, mudança do manejo, etc.
Porém, isso não deve servir como desestímulo, nem como conformismo. Pelo
contrário, existem práticas de manejo baratas e simples que maximizam
consideravelmente os lucros do produtor. Somam-se a essas as vacinas,
desinfecções de estábulos e demais medidas profiláticas, além de boa distribuição
de cochos e bebedouros, estábulos adequados aos animais, boa divisão de
pastagens. Também é importante um bom conhecimento zootécnico, um manejo
eficaz e observação freqüente do comportamento animal.
Nos trópicos, duas estratégias são possíveis para melhorar os níveis
produtivos dos animais, sendo a primeira o melhoramento genético e a segunda a
manipulação do ambiente.
A redução da taxa de produção em ambientes quentes são é mais observada
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em animais de raças européias, do que em zebuínas, porém existem algumas
formas de manipulação do ambiente para evitar a redução na taxa de produção. A
utilização da nebulização ou aspersão é bastante eficiente para bovinos em
reprodução e produção de leite (ALMEIDA et al. 2010). Entretanto esta deve estar
associada ao uso de ventiladores, pois quando as gotículas de água caem sobre o
animal este libera o calor para o ambiente, se o mesmo não for arejado com a
expulsão deste ar úmido e quente o estresse térmico gerado é pior, influenciando
negativamente na produção animal.
Deve-se ter o conhecimento de como e porque os animais respondem aos
desafios do ambiente para tomar a decisão estratégica ou tática para reduzir as
perdas durante o calor com o objetivo de atingir o potencial animal de produção.
Para tomar-se a decisão estratégica deve-se saber como o animal se comporta no
ambiente, como e quais são as perdas a longo prazo e usar isso como base para
promover as modificação adequadas no ambiente.
A decisão tática está ligada com o dia-a-dia e é influenciada pela dinâmica:
“desafio do ambiente x resposta animal”. Na Figura 2 pode-se observar quais são as
temperaturas críticas em função do nível de produtividade desejado, podendo-se
com isto realizar o planejamento estratégico e tático do sistema produtivo.
FIGURA 2 - Temperatura ambiente crítica e zona de termoneutralidade para performance ótima e
perdas produtivas por estresse em bovinos.
(Adaptado de HAHN, 1999).
ALMEIDA et al. (2010), avaliando os efeitos da climatização na pré-ordenha
sobre o acondicionamento térmico, fisiologia, produção de leite e relação
custo/beneficio do sistema de resfriamento adiabático evaporativo (SRAE), testando
os diferentes tempos de exposição dos animais ao SRAE no curral de espera sendo
estes 0, 10, 20 e 30 minutos, obteve como resultado que o tratamento de 30 minutos
de exposição permitiu manter as variáveis e os índices de conforto entre os limites
recomendados, quando as variáveis fisiológicas como (Frequência respiratória,
temperatura retal e temperatura de pelame) mostraram valores inferiores no
tratamento de 30 minutos, refletindo positivamente na produção de leite, com um
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aumento de 4,35%, quando comparado ao tratamento 0 minutos. Segundo os
mesmos autores o investimento no SRAE promoveu um aumento de R$1.266,84 na
renda mensal, sendo necessários 58 dias para ocorrer o retorno do capital.
ALMEIDA et al. (2013) analisando o comportamento, produção e qualidade do
leite de vacas holandês-Gir com climatização no curral com os tratamentos de 10, 20
e 30 minutos e tratamento controle de exposição a climatização, concluiu que
quando expostos a uma climatização de 30 minutos os animais apresentam um
melhor condicionamento térmico ambiental, esses animais também apresentaram
uma maior frequência de acesso ao comedouro, bebedouro e tempo de ruminação,
indicando baixo nível de estresse e melhoria no bem-estar animal, com maior
produção de leite. Segundo os autores os tempos de 10, 20 e 30 minutos de
exposição das vacas ao sistema de resfriamento evaporativo não apresentaram
alterações significativas na qualidade do leite e na composição química do leite,
quando comparado com os valores de vacas que não foram submetidas ao sistema
de climatização.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estresse térmico é um importante fator a ser entendido pelos produtores e
técnicos inseridos na produção leiteira. A dificuldade de identificar o cio, manutenção
da gestação, baixo consumo de alimento e baixa produção leiteira serão uma
constante na produção de leite em regiões tropicais e subtropicais onde ocorre
pouca variação climática.
A produção de vacas leiteiras está diretamente ligada à proporção de tempo
que o animal está submetido à zona de termo neutralidade. Sendo que a zona de
termo neutralidade é influenciada pela raça e categoria animal, alimentação, sistema
produtivo, construções zootécnicas e elementos do clima (temperatura e umidade,
principalmente). A ampliação dos valores produtivos de leite ocorrerá pela
modificação desses fatores de modo a contemplar as exigências animais.
Atualmente a busca por um sistema produtivo ideal é incessante onde se procura o
consumo e utilização de produtos conseguidos de forma mais naturais.
O efeito do estresse térmico no desempenho e no comportamento animal,
possivelmente será um problema crescente devido às altas taxas populacionais.
Somente o trabalho em conjunto dos técnicos produtores e pesquisadores poderá
diminuir os efeitos do estresse térmico, buscando alternativas viáveis e adaptadas a
cada situação.
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conforto térmico alterando a produção leiteira