Características do Curso:
Denominação: Andrologia e Inseminação Artificial Suína
Nível: Curso de Extensão Universitária
Carga Horária: 80 horas (2 módulos de 40h cada)
Taxa (por módulo): R$ 300,00 (estudantes) e R$ 400,00 (profissionais)
Pagamento total: em 4 parcelas de R$ 150,00 ou de R$ 200,00 (abril, maio e agosto,
setembro)
Custo: Minímo $ 150,00 / hora / aula.
Vagas: 35 (trinta e cinco) = 30 para estudantes e 5 para profissionais formados.
Período: Módulo I (FEV = 4, 18, 25 / MAR = 3, 10, 17, 24, 31 / ABR = 7, 14, 28 - 2016)
Módulo II (MAI = 5, 12, 19 / JUN = 2, 9, 16, 23, 30 / JUL = 7, 14 - 2016)
O curso terá uma duração de 10 semanas/módulo com aulas as 5ª feiras à tarde.
Docentes: Dr. Ricardo Toniolli (Pós Doutor em Reprodução Animal)
M.Sci. Daianny Barboza Guimarães (Mestra em Reprodução Animal)
Participação: Será exigido de cada participante um mínimo de 75% de presença para ter
direito ao certificado ao final do curso.
Ementa do Curso e Conteúdo Programático:
Todos os assuntos abordados durante o curso serão inerentes à fisiologia da reprodução do macho
suíno e seus possíveis problemas. Será evidenciado o inter-relacionamento do sistema endócrino sexual,
possíveis problemas e fatores ambientais que influenciam no perfeito funcionamento dos eventos
reprodutivos e produção espermática do varrão. Serão abordadas também todas as etapas e cuidados
específicos visando à produção de uma dose de sêmen de boa qualidade e dentro dos padrões sanitários
exigidos.
Objetivos do Curso:
Proporcionar aos participantes um nível de conhecimento que permita a compreensão dos principais
processos fisiológicos da reprodução animal, bem como, dos aspectos andrológicos e manejo reprodutivo do
macho suíno, além de permitir a compreensão de algumas biotécnicas da reprodução.
Recursos didáticos:
O curso será ministrado através de aulas expositivas teóricas com data show, quadro branco e pincel,
podendo haver interação com os participantes. Serão também ministradas aulas práticas no Laboratório de
Reprodução Suína e Tecnologia de Sêmen da FAVET / UECE, bem como visita a uma suinocultura
tecnificada.
Conteúdo programático:
ANDROLOGIA E MANEJO REPRODUTIVO
1.1. Características gerais dos gametas masculinos
1.2. Aspectos anátomo-fisiológicos do genital do varrão
* Diferenciação sexual
* Localização e morfologia nas diferentes espécies domésticas
* Diferentes compartimentos espermáticos
* Glândulas sexuais acessórias
* Funções da bolsa escrotal
* Epitélio seminífero e tecido intersticial
* Diferenças espermáticas entre mamíferos
* Fatores que afetam a espermatogênese
* Cinética da espermatogênese (ciclos)
* Produção diária de espermatozoides
1.3. Formação morfológica dos espermatozoides
* Ciclo do epitélio seminífero
1.4. Importância da reprodução na produção racional
* Eficiência reprodutiva
a) Diferentes conceitos
b) Fatores que influenciam a freqüência de coletas
c) Reposição de animais no rebanho
* Processo reprodução e produção racional
1.5. Idade a reprodução e utilização dos reprodutores
* Introdução na criação
a) Quarentena e adaptação sanitária
b) Normas de recepção de reprodutores
* Manejo antes e durante a puberdade
a) Manejo reprodutivo dos varrões
b) Manejo durante a cobrição
c) Condicionamento de varrões
* Cuidados na coleta e materiais
a) Fatores que influenciam a freqüência de coletas
b) Manejo visando a monta natural
c) Esquema de uso de varrões
d) Fases de um ejaculado
e) Recomendações gerais
1.6. Controle endócrino do reprodutor suíno
* Generalidades sobre hormônios
* Classificação geral dos hormônios
* Mecanismos de ação hormonal
* Relação hipotálamo – hipófise - gônadas
* Controle hormonal da espermatogênese
1.7. Espermatozoides após a ejaculação
* Capacitação espermática
a) Mudanças nas proteínas
b) Mudanças na composição lipídica
* Reação acrossômica
* Sobrevivência no trato genital feminino
1.8. Papel das células de Sertoli e de Leydig
* Localização
* Características estruturais
* Diferentes funções
a) Da célula de Sertoli e da Leydig
* Principais proteínas específicas
a) Inibina
b) Proteína androgênica de ligação (ABP)
c) Peptídeos tipo GnRh
d) Hormônio anti-Mülleriano
* Barreira Hemato-testicular
* Regulação da função testicular e espermatogênica
1.9. Aspectos importantes na seleção de um varrão
* Características a serem consideradas na seleção de reprodutores
a) Performance reprodutiva de um macho
b) Aspectos anatômicos
c) Aspectos comportamentais
d) Padrões seminais desejáveis
* Cuidados com o reprodutor na pré-coleta
a) Quarentena e adaptação sanitária
b) Normas de recepção de reprodutores
c) Manejo de reprodutores
d) Fatores que influenciam a freqüência de coletas
e) Fases do ejaculado: uretral, rica, pobre, gelatinosa
f) Detalhes importantes durante a coleta
g) Cuidados para minimizar a contaminação do ejaculado
* Coleta de sêmen propriamente dita
* Manejo reprodutivo dos machos em uma central de produção de sêmen
a) Condicionamento do varrão
* Parâmetros de fertilidade da eficiência reprodutiva em suínos
BIOTECNOLOGIA DA REPRODUÇÃO SUÍNA
2.1. Principais características de uma central produtora de sêmen
* Tipos e localizações de centrais produtoras de sêmen
a) Fatores de ordem regional
b) Fatores de ordem técnica
c) Fatores do tipo de programa
d) Fatores de ordem de funcionabilidade
e) Fatores de ordem da localização
* Diferentes áreas de uma central de produção de sêmen
* Material necessário a coleta e processamento do sêmen
* Obtenção de um ejaculado de qualidade
a) Boas práticas de coleta
b) Fontes de contaminação na coleta
c) Efeito da contaminação bacteriana sobre a dose de sêmen
d) Fatores que afetam a qualidade do ejaculado
* Principais cuidados no manuseio do ejaculado durante o processo
a) Manipulação e conservação do sêmen
b) Preparação do diluente
c) Minimizar oscilações térmicas
d) Taxa de diluição
e) Intervalo entre coletas e diluição
f) Diluição propriamente dita
g) Envaze e armazenagem
h) Efeito da agitação e ressuspensão
* Fichas de controle dos reprodutores e de análises do ejaculado
2.2. Processamento e análise do ejaculado
* Fatores que influenciam na qualidade do ejaculado suíno
a) Fontes de contaminação em centrais
b) Riscos e impacto da transmissão de doenças pela IA
c) Fatores Exógenos
d) Fatores Endógenos
e) Controle higiênico
f) Transporte do sêmen
g) Medidas de segurança sanitária
h) Comprometimento da motilidade
i) Procedimento com ejaculado após a coleta
* Parâmetros de avaliação de um ejaculado in natura
a) Volume e temperatura
b) Aspecto ou concentração
c) Colorações anormais
d) Odor e sabor
e) Motilidade e vigor espermático
f) Causas de anomalias da motilidade
* Manuseio correto do ejaculado do varrão
a) Durante a coleta
b) Possíveis fatores de contaminação
c) Recepção do ejaculado
* Preparo e controle de qualidade da dose de sêmen
* Durabilidade e viabilidade da dose inseminante
2.3. Análises laboratoriais da qualidade espermática
* Introdução
* Avaliação macroscópica
a) Volume do ejaculado
b) Cor do ejaculado
c) Odor do ejaculado
d) Temperatura do ejaculado
e) Aspecto do ejaculado
* Avaliação microscópica
a) Porcentagem de células móveis (avaliação quantitativa)
b) Viabilidade espermática (% de células vivas)
c) Vigor espermático (avaliação qualitativa)
d) Concentração espermática
e) Aglutinação espermática
f) Morfologia espermática
* Testes de avaliação espermática
a) Integridade da membrana espermática
b) Integridade do acrossoma e da cromatina
c) Teste de termorresistência
d) Determinação do pH do ejaculado
e) Exame microbiológico
2.4. Diluentes para o sêmen suíno
* Aspectos gerais
* Escolha do diluente
a) Características desejáveis
b) Na prática como proceder
* Composição e principais diluentes para inseminação
* Diluentes de congelação
a) Diluente de resfriamento e de congelação
b) Diluente de ressuspensão
c) Diluição em plasma seminal
2.5. Criopreservação do sêmen
* Conceito e Histórico
* Importância do processo de criopreservação
* Tipos de crioprotetores
a) Extracelulares
b) Intracelulares
* Passo a passo do processo de congelação
a) Resfriamento do sêmen
b) Congelação do sêmen
c) Métodos de envaze do sêmen
d) Armazenamento do sêmen
e) Descongelação do sêmen
* Protocolos de congelação nas espécies: suíno, canino, bovino, equino, caprino e ovino
2.6. Uso do sêmen congelado
* Eventos físico-químicos na congelação
a) Fatores estressantes da congelação
b) Alterações que ocorrem e como preveni-las
* Transição de fase de lipídeos de membrana no espermatozoide
a) 1ª modificação espermática na queda da temperatura
b) Controle da fluidez da membrana
c) Temperaturas de transição
d) Funcionamento da membrana plasmática
e) Sensibilidade da membrana plasmática
f) Colesterol
* Mudanças de volume
* Concentração de solutos e cristais de gelo
a) Razões dos danos celulares: congelação / descongelação
b) Adição de crioprotetores
c) Inicio da formação do gelo extra celular
d) Congelação: lenta, rápida, muito rápida
e) Durante a descongelação
2.7. Análise de proteínas do sêmen e identificação de marcadores de fertilidade
* Histórico
* O que são MPF (marcadores protéicos de fertilidade) ?
* Onde estão presentes ?
* Qual a sua função ?
* Como pode ser utilizado ?
* Extração das proteínas do sêmen
a) Proteínas da membrana plasmática
b) Proteínas do plasma seminal
* Eletroforese
a) Hidratação, focalização e eletroforese
* Identificação da proteína
* Exemplo de marcadores de fertilidade
INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL SUÍNA
3.1. Introdução (Breve Histórico)
3.2. Revisão sobre anatomia do Aparelho Genital Feminino
3.3. O que é necessário para tal prática
* Manejo
a) Alimentação
b) Idade dos animais
* Instalações, Anotações e Higiêne
* Formas armazenagem e utilização do sêmen
a) Sêmen in natura
b) Sêmen resfriado
c) Sêmen congelado
* Viabilidade do gameta no genital feminino
* Número de espermatozoides por dose inseminante
3.4. Vantagens e limitações da técnica
3.5. Implantação de um programa de IA
* Características avaliadas
* Tipos de programas
3.6. Instalações necessárias ao processo
* Áreas de uma central produtora de sêmen
* Sala de coleta de sêmen: requisitos
* Laboratório propriamente dito
3.7. Coleta de sêmen
* Treinamento de reprodutores jovens
* Coleta e manipulação do ejaculado
* Frações do ejaculado
* Equipamentos para coleta de sêmen
* Preparação do material de coleta
* Controle higiênico do processo
* Transporte do sêmen
3.8. Tecnologia de sêmen
* Lista de material de laboratório para a IA suína
* Processamento do ejaculado à nível de laboratório
* Métodos de avaliação da qualidade espermática
* Conservação do sêmen: refrigerado e congelado
* Diferentes diluentes de sêmen
* Heterospermia
3.9. Controle sanitário de reprodutores em central de IA
3.10. Alimentação de machos em sistema de coleta
3.11. Princípios de higiêne em centrais produtoras de sêmen
3.12. Manejo reprodutivo
* Escolha do reprodutor
* Escolha da matriz
3.13. Detecção do cio
* Métodos de pesquisa e importância da identificação do cio
* Momento de ovulação
3.14. Inseminação artificial propriamente dita
* Momento ideal para realizar a IA
* Freqüência e qualidade das IA
* Alguns protocolos de IA
* Como inseminar
* Cuidados com a fêmea
* Inseminação artificial transcervical
3.15. Avaliação dos resultados de eficiência reprodutiva
3.16. Rotina do trabalho laboratorial - DISCUSSÕES
* Principais aspectos;
* Compreensão biotecnológica
* Sua aplicabilidade.
* Procedimentos extra laboratório;
PARTE PRÁTICA
1. Filmes diversos sobre o assunto;
2. Estudo prático e manipulação de genitais suínos (peças de matadouro);
3. Avaliação prática de um reprodutor;
4. Apresentação da rotina de trabalho de um laboratório de produção de sêmen;
5. Visita a uma granja da região;
6. Preparo de lâminas para análise morfológica;
7. Preparo do varrão e coleta de sêmen;
8. Avaliação do sêmen in natura e diluído;
9. Diluição, cálculo e preparo de uma dose inseminante;
10. Prática de inseminação artificial (condicional à local e condução).
4.0. Bibliografia para consulta
1. CAVALCANTI, S.S. Suinocultura Dinâmica, 1a ed., FEP-MVZ Editora, Belo Horizonte-MG,
1998. 494p.
2. COMBARNOUS, Y. Biochimie des communications cellulaires, Éditions Médicales Internationales, Cachan-France, 1994. 268p.
3. HAFEZ, E.S.E. Reproduction in farm animals, 4a ed., Lea & Febiger, Philadelphia, USA, 1980.
627p.
4. McDONALD, L.E. Veterinary endocrinoligy and reproduction, 3a ed., Lea & Febiger,
Philidelphia, USA, 1980. 560p.
5. MIES FILHO, A. Reprodução dos animais e inseminação artificial, 4a ed., Vol. I e II, Sulina,
Porto Alegre, 1977.
6. SOBESTIANSKY, J.; WENTZ, IVO; SILVEIRA, P.R.S.; SESTI, L.A.C. Suinocultura
Intensiva, 1a ed., EMBRAPA, 1998. 388p.
7. THIBAULT, C.T. & LEVASSER, M.C. La Reproduction chez les mammifères et l’homme, 1a
ed., Ellipses – INRA, 1991. 790p.
8. CORRÊA, M.N.; MEINCKE, W.; LUCIA Jr, T.; DESCHAMPS, J.C. Inseminção artificial em
Suínos, 1ª ed., Printpar Gráfica e Editora Ltda, 2001. 193p.
9. BORTOLOZZO, F.P.; WENTZ, I.; BENNEMANN, P.E.; BERNARDI, M.L.; WOLLMANN,
E.B.; FERREIRA, F.M.; NETO, G.B. Suinocultura em ação: Inseminação artificial na
suinocultura tecnificada, 1ª ed., UFRGS, 2005. 185p.
10. KÖNIG, I. Inseminacion de la cerda: Biologia, tecnica e organizacion, 3a ed., Editorial Acribia,
Zaragoza, España,1979. 181p.
11. HERRICK, J.B. & SELF, H.L. Evaluacion de la fertilidad del toro y del verraco, 3a ed.,
Editiroal Acribia, Zaragoza, España, 1981. 135p.
12. SOBESTIANSKY, J.; WENTZ, I.; SILVEIRA, P.R.; BARCELLOS, D.; LIGNON, G.B.;
PIFFER, I.A. Manejo em suinocultura: Aspectos sanitários, reprodutivos e de meio ambiente,
1a ed, Embrapa-CNPSA. Circular Técnica no 7, 1987. 156p.
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