UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Miguel José dos Santos Júnior RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR CURITIBA 2008 RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR CURITIBA 2008 Miguel José dos Santos Júnior RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR Relatório apresentado como requisito de complementação para graduação em Medicina Veterinária, na Universidade Tuiuti do Paraná. Orientador: João Ari Gualberto Hill. Orientador Profissional: Luciano Penteado. CURITIBA 2008 TERMO DE APROVAÇÃO Miguel Jose dos Santos Junior RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR Este trabalho de conclusão de curso foi julgado e aprovado para a obtenção de graduação em medicina veterinária da Universidade Tuiuti do Paraná. Curitiba, 31 de novembro de 2007. Curso de Medicina Veterinária Universidade Tuiuti do Paraná Orientador: Profª: João Ari Gualberto Hill Instituição e Departamento Profº: Beatriz Calderari Vianna Instituição e Departamento Profº: Marcelo Arne Feckinghaus Instituição e Departamento : AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus por mais esse objetivo alcançado. Ao meu Pai Miguel e minha mãe Eunice, por acreditar em mim e agüentar tudo que passei durante a faculdade e principalmente por eles terem financiado esse sonho que tive e estou realizando. Aos meus avós , meu irmão Moises e minha irmã Melissa, ao meu cunhado Leôncio, que sempre me deu força e conselhos. Aos meus amigos que sempre estiveram do meu lado dando força e alegria amigos esse que não poderia deixar de citar neste agradecimento, Marco, Alex, Glauber, Ziza, Helo, Jonanthas, Carol, Suelen, Andréa, Diego, Victor Hugo, Marina, Elisa, Everton, Bruno, Roberto. Á todos os professores da Universidade Tuiuti do Paraná por esses anos de formação. Agradecer aos integrantes da minha banca, professor Marcelo e professora Beatriz por disponibiliza do seu tempo e principalmente dos seus conhecimentos para comigo. Ao meu orientador, João Ari Gualberto Hill, que me recuso a chamar de professor pois ele foi meu mestre devo a ele tudo que aprendi Obrigado João. Agradeço finalmente os médicos veterinários que me deram suporte no meu estagio supervisionado, Luis Nasser ( Ludy) , Luciano Penteado, Manoel Sá, Rubens Junior, Carlos Ronaldo e a todos da Firmasa. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................7 2 DESCRIÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO.............................................................8 3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS........................................................................10 4 INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO FIXO.................................................12 4.1 VANTAGENS DA IATF.....................................................................................13 4.2 DESVANTAGENS DA IATF..............................................................................14 5 IMPLANTAÇÃO DA IATF....................................................................................15 5.1 TOUROS...........................................................................................................19 6 CICLO ESTRAL...................................................................................................20 6.1 PUBERDADE....................................................................................................20 6.2 FASES DO CICLO ESTRAL.............................................................................21 6.2.1 Fase folicular ou estrogênica.........................................................................22 6.2.2 Fase luteínica.................................................................................................23 7 HORMÔNIOS NATURAIS DAS FÊMEAS..........................................................25 7.1 HORMÔNIOS HIPOTALÂMICOS LIBERADORES E INIBIDORES.................25 7.2 HORMÔNIOS ADENO-HIPÓFISE...................................................................25 7.3 HORMÔNIOS ESTERÓIDES GONODAIS......................................................26 7.3.1 Estrógeno......................................................................................................26 7.3.2 Progestágenos..............................................................................................27 7.4 HORMÔNIOS PLACENTÁRIOS......................................................................27 7.4.1 eCG- Gonadatrofina corionica eqüina...........................................................28 7.5 PROSTAGLANDINA.........................................................................................28 8 PROTOCOLO USADO REALIZADO NO ESTÁGIO...........................................30 9 DISCUSSÃO.........................................................................................................36 10.CONCLUSSÃO...................................................................................................37 REFERÊNCIAS.......................................................................................................38 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 – LOCAL DE ESTÁGIO...........................................................................9 FIGURA 2 – ESCORE CORPORAL 1,5..................................................................17 FIGURA 3 – ESCORE CORPORAL 2,5..................................................................17 FIGURA 4 – ESCORE CORPORAL 3,0..................................................................18 FIGURA 5 – ESCORE CORPORAL 4,5..................................................................18 FIGURA 6 – PRIMEIRA ONDA FOLICUALR...........................................................23 FIGURA 7 – SEGUNDA ONDA FOLICULAR..........................................................24 FIGURA 8 – TERCEIRA ONDA FOLICULAR..........................................................24 FIGURA 9 – IMPLANTAÇÃO DO CIDR®................................................................31 FIGURA 10 - ESTROGIN®.......................................................................................32 FIGURA 11 – RETIRADA DO IMPLANTE..............................................................33 FIGURA 12 - LUTALYSE® E E.C.P®.......................................................................33 FIGURA 13 - NOVORMON®.....................................................................................34 FIGURA 14 – INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL...............................................................35 RESUMO O seguinte relatório possui as atividades desenvolvidas pelo aluno Miguel Jose dos Santos Junior, Orientado pelos Médicos Veterinários Manoel de Sá filho e Luciano Penteado na área profissional e pelo Professor João Ari Gualberto Hill na área acadêmica, durante o estagio curricular obrigatório em medicina veterinária, realizado na Firmasa (Campo Grande/MS) na área de Reprodução animal em Bovinos, no período de 4 de agosto a 31 de outubro do ano de 2008 , completando um total de 520 horas. Por se tratar de uma empresa de consultoria em reprodução a Firmasa me proporcionou o acompanhamento de sua rotina,Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), Transferência de Embriões em Tempo fixo (TETF), diagnostico de gestação, exames ultrassonográficos, sexagem e também manejo dos bovinos. Palavras chave: Reprodução, Firmasa, IATF, ultra-som, TETF, Bovinos. 1 INTRODUÇÃO Esse trabalho tem por objetivo relatar o estágio supervisionado que foi realizado na Firmasa Pecuária com Tecnologia, no período de 4 de agosto até 31 de outubro. Esta empresa localiza-se na cidade de Campo Grande no estado do Mato Grosso de Sul. Dentre as principais atividades realizadas destacaram-se: a reprodução de bovinos onde se acompanhou trabalhos com IATF (inseminação artificial em tempo fixo) que pode ser considerado o carro chefe da empresa e ainda trabalhos com TETF (transferência de embrião em tempo fixo). Existem vários procedimentos que antecedem e procedem a cada uma destas técnicas, avaliação de vacas e novilhas, ultra-sonografia antes e depois da IATF ou da TETF, implantação do protocolo e todo o apoio técnico necessário relacionado a reprodução. Qualquer outro serviço não relacionado com reprodução era terceirizado. Esse trabalho vai ter como ênfase a IATF onde será colocado em discussão o quanto pode ser lucrativo e eficiente o uso dessa biotecnologia, sempre com os devidos cuidados e responsabilidade. 2 DESCRIÇÃO DO LOCAL DO ESTÁGIO A empresa Firmasa Pecuária com tecnologia esta localizada na Rua Antonio Maria Coelho, número 3443 no bairro Jardim dos Estados – Campo Grande – MSBrasil. Formada por cinco veterinários, uma secretária, um contador, um administrador e três inseminadores. A empresa atua na área de reprodução de bovinos com ênfase em inseminação artificial, transferência de embriões, exames andrológicos. A escolha de um calendário sanitário (leptospirose, brucelose, aftosa, carbúnculo, vermífugo) para os rebanhos assistidos também é prioridade da empresa, que presta consultoria a clientes mensalistas, assim como a clientes ocasionais. Em geral, estes parceiros são da região de Campo Grande – MS, Camapuã – MS, Rio verde – MS, Cascavel – PR, Dourados – MS, Bonito – MS, Miranda – MS, Rochedo – MS e Sidrolandia – MS. A empresa conta com uma infra - estrutura de 2 salas de reunião, recepção e mais 3 salas utilizadas como escritório e laboratório para fazer exame de brucelose. O sistema de trabalho funciona de acordo com o fluxo de pedidos. Eles possuem uma parceria com a loja agropecuária Alvorada e a central de touros Alta Genética, o que possibilita compras mais baratas de medicamento e sêmen, pois a demanda é grande, tanto da utilização de hormônios para os protocolos, como de sêmen para inseminação artificial. Assim que o contrato de parceria era fechado uma visita técnica era realizada antes de começar qualquer programa. FIGURA 1 – LOCAL DE ESTÁGIO 3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS As atividades realizadas no estágio curricular estão apontadas no Quadro 1. Neste estágio, 6361 animais foram acompanhados, destes 4088 foram submetidos a Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), que envolve os seguintes procedimentos: primeiramente é feita uma avaliação prévia do animal que consistia em designar ou não uma vaca pra entrar no programa. Primeiro se observava o estado de condição corporal (ECC), se fossem lotes de vacas solteiras (vazias da estação passada) o ultra – som era usado para que houvesse uma melhor seleção dos animais. As vacas prenhas e com algum problema reprodutivo não eram utilizadas para os protocolos de IATF. Nos lotes de vacas paridas era observado um período mínimo de 30 dias pós parto, pois com mais 11 dias do protocolo se chega a 40 dias pós - parto, somente as vacas com um período superior a este eram submetidas aos protocolos. Isto se deve a involução uterina, que nos partos normais, é plena após o primeiro mês pós-parto (SWENSON et al.,1996). Já na transferência de embrião o principal trabalho feito foi a avaliação da receptora, onde também se observa a condição corporal (ECC) e se ela possuía alguma deformação como de ílio e ísquio que poderia impedir o nascimento do bezerro, já que se tratava de bezerros de alto valor zootécnico. Após isso com o auxilio do ultra-som era analisado o trato reprodutivo, quando o animal era dado como apto a entrar no programa. Outros trabalhos que podem ser considerados conseqüência desses dois citados acima são o diagnóstico por imagem com 30 dias de gestação e sexagem com 60 dias. Também foram acompanhadas outras atividades como coleta de sangue para exame de brucelose e a realização de exames já que a empresa possuía um laboratório credenciado pelo IAGRO órgão responsável do estado, e para finalizar essa descrição foram feitos também exames andrológicos. QUADRO 1 – DADOS DE ATIVIDADES REALIZADAS NA FIRMASA, MATO GROSSO DO SUL, NO PERÍODO DE 4 DE AGOSTO A 31 DE OUTUBRO DE 2008 Atividade Numero de animais IATF 4088 TETF 1009 Diagnóstico por imagem 30 dias 633 Sexagem 60 dias 144 Brucelose 315 Andrológico 42 Palpação 4 a 6 meses 130 TOTAL 6361 4 INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO FIXO Atualmente, o rebanho brasileiro de bovinos é composto por aproximadamente 167,5 milhões de cabeças desse total cerca de 55,639 milhões são vacas e 13,6 milhões são novilhas de 2 a 3 anos de idade (ANUALPEC, 2008). Quando se fala em rebanho nacional de bovinos tem que se falar o que isso significa economicamente pois se trata meramente de dinheiro, lucro e prejuízos, sendo assim a economia esta vinculada a produção de bezerros já que este serão destinados a produção de carne ou como reposição do rebanho). Uma das maneiras de se aumentar esse número é o melhoramento genético que é baseado na seleção de indivíduos com maior desenvolvimento ponderal, rendimento de carcaça, capacidade de conversão alimentar, habilidade materna, fertilidade, e precocidade sexual. O jeito de se conseguir tudo isso em um acasalamento, em um rebanho, é usando tecnologias capazes de acelerar esse processo uma delas é a IA, técnica mais usada no mundo a técnica começou a ser aplicada na década de 50 nos EUA na universidade de Cornell, no Brasil começou na década de 70, ela possibilita a utilização em massa de indivíduos melhorados e aprovados nas suas progênie. Mesmo estudando e afirmando que essa é a melhor maneira de melhorar um rebanho e aumentar a qualidade e conseqüentemente a lucratividade não chega a 10% as fêmeas de corte que são submetidas a essa tecnologia. Embora a IA seja de extrema eficiência existem pontos que atrapalham seu funcionamento como falhas na detecção do estro, puberdade tardia, longo período de anestro pós-parto, mão de obra qualificada embora as desvantagens são menores que as vantagens elas são de estrema importância (SÁ FILHO, 2007). Com isso foi desenvolvida uma outra tecnologia que tem por finalidade a indução e/ou sincronização do estro, com o uso de alguns fármacos é possível sincronizar o ciclo estral, fazer uma luteólise e fazer com que a vaca ovule em tempo determinado sem que esse estro seja inferior ao estro natural do animal com isso temos a inseminação artificial em tempo fixo (IATF) IATF, inseminação em tempo fixo consiste em se programar qual a data da inseminação com auxilio de fármacos regulando o ciclo estral , fazendo com que ocorra toda as fases do ciclo, para que isso ocorra são usados protocolos que tem durações diferente conforme o uso do hormônio e quantidade, esse dias variam de 8 a 11 dias de tratamento. Além disso, essa tecnologia vai induzir a ciclicidade dos animais diminuindo o intervalo entre partos e melhorando os índices reprodutivos. 4.1 VANTAGENS DA IATF • Elimina a necessidade de observar cio. • Evita inseminação de vacas fora do momento certo, diminuindo o desperdício de sêmen, material e mão de obra. • Induz a ciclicidade em vacas em anestro transicional, permitindo a inseminação destas fêmeas. • Diminui o intervalo entre partos, aumentando o número de bezerros destas fêmeas. • Possibilita a programação das inseminações em um curto período. • Concentra o retorno do cio das fêmeas inverteis na primeira inseminação, facilitando o diagnóstico de cio no repasse destas. • Possibilita altas taxas de prenhez no inicio da estação de monta. • Concentra a mão de obra e diminui o numero de horas extras com inseminadores e problemas trabalhistas. • Diminui o descarte e o custo de reposição de matrizes no rebanho. • Diminui o investimento com touros. • Melhora o manejo das pastagens, evitando a degradação dos piquetes próximos ao curral, (super utilizado em programas de inseminação artificial convencional). • É possível inseminar mais vacas em menor tempo. 4.2 DESVANTAGENS DA IATF • Exige mão de obra especializada. • Exige estrutura adequada para realizar o trabalho. • Para que aconteça com sucesso, os animais devem estar todos aptos nutricionalmente e fisiologicamente. 5 IMPLANTAÇÃO DA IATF Para que se possa usufruir da IATF primeiramente tem que ter estrutura, um bom curral para que não coloque em risco a vida do profissional e também por que um programa desse utiliza lotes grandes de vacas sendo assim seria impossível trabalhar em um local sem condições. Tendo estrutura adequada segue-se para analise da fazenda, pasto, água e vacas em bom estado de escore corporal (ECC). E no mínimo vacas com no mínimo 30 dias pós-parto. O ECC tem grande influência, ele é avaliado entre 1 e 5 onde 1 e 2 é ruim (magra), 2,5 à 4 é bom 4,5 e 5 é ruim (obesa), temos então 1 e 2 vacas magras sem condições de manter uma gestação e 4,5 e 5 vacas gordas e até obesas que não é bom. TABELA 1 – ESCORE CORPORAL Condição % Gordura corporal Corporal 1 5,5 Descrição Severamente magra. Costelas e estrutura óssea facilmente visível. Fisicamente fraca. 1,5 9,4 Similar a 1, mas não enfraquecida. Pouco tecido muscular visível. 2 13,7 Muito magra, sem gordura nas costelas ou peito. Algum músculo visível. Ossos do dorso e lombo facilmente visíveis. 2,5 18,1 Magra, com costelas facilmente visíveis, nas paletas e quartos traseiros com quantidade moderada de músculo. Ossos do dorso e lombo visíveis. 3 22,5 Moderada a magra. Últimas duas a três costelas podem ser vistas, pouca incidência de gordura no peito, sobre as costelas ou ao redor da inserção da cauda. 3,5 26,9 Boa aparência geral, lisa e homogênea. Alguma deposição de gordura no peito e na inserção da cauda. Costelas bem cobertas e dorso arredondado. 4 31,2 Muito boa. Peito cheio, inserção da cauda com acumulação de gordura. Costelas lisas 4,5 35,6 Obesa, dorso e lombo quadrado em volta da acumulação excessiva de gordura em volta da inserção da cauda. A matriz tem aparência quadrada devido ao excesso de gordura. Pescoço grosso e curto. 5 40,0 Muito obesa. Raramente vista. Descrição da 4,5 em excesso. Deposição pesada de gordura no úbere. FONTE: BOIN (1992) modificado por HARTMANN, 2006 FIGURA 2 – ESCORE CORPORAL 1,5 FIGURA 3 – ESCORE CORPORAL 2,5 FIGURA 4 – ESCORE CORPORAL 3,0 FIGURA 5 – ESCORE CORPORAL 4,5 5.1 TOUROS Não é porque se trata de inseminação que se descarta os touros. É possível diminuir a quantidade, mais eles são usado para fazer o repasse este é feito 10 dias depois da IATF. Os 10 dias se justificam, porque as vacas como foram sincronizadas, irão retornar o cio 17 dias, por algum motivo não emprenharam após a IA. A quantidade usada é de 1 touro para 20 vacas em cima do lote total, esse numero é alto no primeiro repasse por questão da grande concentração de vacas que retornaram ao cio após o primeiro repasse, no segundo, com 42 dias esse número pode ser diminuído para 1 touro para 30 ou 35 vacas (SÁ FILHO, 2008). E por final contratar uma mão de obra especializada e providenciar todos os medicamentos a serem utilizados (SÁ FILHO, 2008). 6 CICLO ESTRAL Várias espécies de bovídeos selvagens se reproduzem estacionalmente, durante processo de domesticação, tanto para gado de corte quanto para de leite foram selecionados contra a estacionalidade, facilitando a ovulação e a concepção ao longo do ano. Ciclo estral 21 dias com o cio durando 18 horas (HAFEZ, et al. 2004). 6.1 PUBERDADE As novilhas atingem a puberdade no primeiro cio acompanhado de uma fase luteínica normal, puberdade essa que pode ser definida como capacidade de se reproduzir a puberdade não é apenas o primeiro cio é um conjunto de mudanças fisiológicas e morfológicas que torna a novilha capaz de conceber e manter uma gestação (HAFEZ, et al. 2004). Sabe-se que o primeiro cio não é indicativo dela estar apta a reprodução, a idade da puberdade será relacionada com fatores nutricionais conseqüentemente com o estado corporal delas, com um acompanhamento nutricional chega-se a puberdade em 11 a 15 meses em gado europeu e 18 a 24 meses em zebuínos. Quando a bezerra nasce todas as formas de energia são para seu crescimento sendo inibida seu trato reprodutivo até ela atingir o desenvolvimento corporal compatível com a reprodução. A partir desse momento os gastos energéticos usado para o crescimento diminui, permitindo a ocorrência normal da gestação, parto e lactação (SÁ FILHO, 2008). 6.2 FASES DO CICLO ESTRAL Ocorrem mudanças endócrinas e morfológicas. Durante o pro estro o folículo pré ovulatório secreta quantidades crescentes de estradiol, nesse momento as vacas montam nas outras e inicia a secreção de muco cervical, no inicio do cio os níveis máximos de estradiol desencadeiam o pico de LH para que ocorra a ovulação cerca de 10 a 12 horas após o término do cio propriamente dito nesse exato momento o tônus uterino é máximo e o muco cervical é aquoso e abundante (HAFEZ, et al. 2004). Enquanto o corpo lúteo em desenvolvimento secreta quantidades crescentes de progesterona (P4), ocorrem duas ondas de crescimento folicular uma na fase inicial do ciclo estral e outra na fase luteínica intermediária (HAFEZ, et al. 2004). Cada ovário possui milhares de folículos onde apenas um deles irá ovular em cada ciclo estral esse desenvolvimento ocorre com um padrão de ondas variando chegando até 4 ondas por ciclo sendo o normal 3 ondas (HAFEZ, et al. 2004). Em cada onda folicular um único folículo chamado dominante continua crescer, enquanto suprime o crescimento de folículos maiores que 4 mm esses dependem do FSH, enquanto que os folículos antrais (maiores que 7 e 9 mm) são dependentes do LH e sua manutenção ou regressão estão associadas a mudanças na P4 e no LH. Apenas um o dois folículos chegam a maturidade capazes de ovular (folículo de graaf) , eles se destroem após a ovulação e há o preenchimento da cavidade com células luteínicas. O corpo lúteo chega a maturidade cerca de 7 dias após a ovulação e funciona por mais 8 ou 9 dias até a sua regressão final (HAFEZ, et al. 2004) (GINTHER et al.., 2000). Cada onda ocorre, aproximadamente, a cada 10 dias, sobre a ação do FSH um grupo de folículos é recrutados e inicia o crescimento folicular ate que um deles torna-se dominante e o resto entra em atresia. O número de ondas corresponde exatamente ao pulso de FSH após a dominância 1 folículo (6 a 6,3 mm Bos Indicus e 8,5 Bos Taururus) capaz de produzir 17ß estradiol ocorre então um baixa na concentração de FSH e começa a secreção de LH onde esse folículo torna-se dependente de LH para crescer. Além de produzir 17ß estradiol o folículo dominante se caracteriza por apresentar maiores concentrações do fator de crescimento semelhante a insulina tipo I (Igf-1), esse folículo chegará a 11 a 13 mm nelore e 15 a 20 mm europeu na ovulação. A presença de um folículo pré – ovulatório e de um aumento da concentração de 17ß estradiol são fundamentais para o desenvolvimento da expressão estro do pico ovulatório do LH e da ovulação, e para que ocorra a ovulação tem que ocorrer a ruptura da membrana folicular e a expulsão do oócito e imediatamente a ovulação, a parede do folículo ovulado é colapsado e a cavidade é invadida por linfa e sangue proveniente dos capilares, formando assim o corpo hemorrágico que sobre fatores angiogênicos e antigênicos formam o corpo lúteo (CL) (HAFEZ, et al. 2004). 6.2.1 Fase folicular ou estrogênica Aumenta a concentração de estrógeno, período onde ocorre o pró-estro e estro, essa fase é finalizada com a ovulação. Pró-estro dura 2 dias, crescimento folicular e regressão do CL, Estro (cio propriamente dito) duração de 14 a 18 horas (Bos taurus) 10 a 11 horas (Bos indicus) ovulação ocorre 12 a 16 horas ao final do estro. O pico de estrógeno durante a fase folicular exerce uma influência retrógrada positiva sobre o eixo hipotálamo-hipófise resultando na onda ovulatória de LH, que ocorre aproximadamente 12 horas após o início do cio. O aumento de LH e FSH é determinado pela liberação hipotalâmica de GnRH (SÁ FILHO, 2008). 6.2.2 Fase luteínica Aumenta a concentração de P4, período dito como metaestro e diestro, metaessstro sucede o estro onde as células do folículo ovulados dão origem as células luteinicas que formaram o CL e o diestro 4 a 17 dia do ciclo estral, período em que o CL formado na fase anterior torna-se capaz de produzir a P4 (SÁ FILHO, 2008). FIGURA 6 – PRIMEIRA ONDA FOLICULAR FONTE: Manual Técnico de Inseminação Artificial (TECNOPEC, 2007) FIGURA 7 – SEGUNDA ONDA FOLICULAR FONTE: Manual Técnico de Inseminação Artificial (TECNOPEC, 2007) FIGURA 8 – TERCEIRA ONDA FOLICULAR FONTE: Manual Técnico de Inseminação Artificial (TECNOPEC, 2007) 7 HORMÔNIOS NATURAIS DAS FÊMEAS Os hormônios reprodutivos são derivados previamente de quatro sistemas ou órgãos maiores: varias áreas do hipotálamo, lado anterior e posterior da hipófise, gônadas, útero e a placenta (HAFEZ, et al. 2004). 7.1 HORMÔNIOS HIPOTALÂMICOS LIBERADORES E INIBIDORES • ACTH. • Fator inibidor da prolactina, e ainda é a principal fonte de ocitocina e vasopressina. • GnRH ou LH-RH : Hormônio liberador das gonadotrofinas. O GnRH é um decapeptídeo com peso molecular de 1.183 dáltons. Ele é sintetizado e armazenado no hipotálamo basal médio. Ele promove a liberação de LH e FSH na hipófise anterior (HAFEZ et al,. 2004) (SWENSON et al., 1993). 7.2 HORMÔNIOS ADENO-HIPÓFISE A hipófise anterior é responsável por secretar três hormônios são eles FSH, LH e a prolactina (HAFEZ et al., 2004). O LH e o FSH são hormônios glicoprotéicos com peso molecular de aproximadamente 32.000 daltons (HAFEZ et al., 2004). FSH, hormônio folículo estimulante, como o próprio nome já diz ele estimula o crescimento e a maturação dos folículos até que se chegue ou folículo ovariano ou folículo de Graaf. O FSH sozinho não causa a secreção de estrógenos no ovário ele tem que esta associado com o LH para que ocorra tal processo. LH, hormônio luteinizante, antes de tudo é importante saber que esse hormônio tem uma meia vida biológica curta de 30 minutos. Níveis tônicos ou basais de LH atuam em conjunto com o FSH no sentido de induzir a secreção de estrógenos do folículo ovariano desenvolvido. O pico pré-ovulatório do LH é responsável pela ruptura da parede folicular e pela ovulação e a formação do corpo lúteo (HAFEZ et al., 2004) (SWENSON et al.,1993). 7.3 HORMÔNIO ESTERÓIDES GONODAIS São produzidos primeiramente nos ovários e nos testículos. Outros meios de produção são nos órgãos não gonadais tais como as adrenais e a placenta. São 4 os hormônios esteróides, andrógenos, estrógenos, progesterona (P4) e a relaxina, os 3 primeiros são esteróides e o último é uma proteína. Os ovários produzem 2 hormônios são eles estradiol e progesterona e uma proteína que é a relaxina. Os hormônios esteróides possuem um núcleo básico em comum denominado ciclo pentanoperidrofenantreno, esteroide com 18 átomos de carbono possui atividade estrogênica, com 19 androgênica e com 21 atamos tem atividade progestacional (HAFEZ et al., 2004). A atividade secretora de hormônios esteroides pelas gônadas está sob controle endócrino da hipófise anterior. 7.3.1 Estrógeno O eixo hipotalâmico-hipófisario-ovariano regula o crescimento folicular, ovulação e a função luteínica. O folículo de Graaf secreta estrógenos, particularmente o principal deles é o 17ß estradiol. Ele atua no SNC induzindo comportamento de cio na fêmea, entretanto junto com a progesterona induz o cio. E se estiver diminuindo a concentração de progesterona junto com o estrógeno aumenta o pico de LH provocando a ovulação. Atua no útero aumentando tanto a amplitude como a freqüência das contrações, potencializando os efeitos da prostaglandina e ocitocina. Exercem efeitos de retroalimentação tanto negativos quanto positivos no controle da liberação de LH e FSH através do hipotálamo. O efeito negativo se dá no centro pré-ovulatório (HAFEZ et al., 2004) (SWENSON et al.,1996). 7.3.2 Progestágenos Sua secreção é estimulada primeiramente pelo LH mais também é secretada pelo CL onde tem sua maior importância, pela placenta depois dos 150 dias de prenhez e pelas glândulas adrenais. E suas funções são preparação do endométrio para implantação e manutenção da prenhez por isso ele é dito com o hormônio da prenhez, atua em conjunto com o estrógeno na indução do cio, auxilia no desenvolvimento do tecido secretor da glândula mamaria, provoca a inibição do cio e do pico pré-ovulatório do LH quando em níveis elevados. Por isso ela tem papel importante na regulação do ciclo estral (HAFEZ et al., 2004). A progesterona é secretada pelo CL e age no útero e na cérvix, os níveis de P4 estão intimamente correlacionados ao desenvolvimento, à manutenção e à regressão do corpo lúteo (HAFEZ et al., 2004). 7.4 HORMÔNIOS PLACENTÁRIOS A placenta secreta diversos hormônios idênticos ou com atividades biológicas similares aos hormônios reprodutivos dos mamíferos são eles eCG, hCG, lactogêneo placentário e proteína B (HAFEZ et al., 2004). 7.4.1 eCG- Gonadatrofina Corionica Eqüina Foi descoberto quando se verificou que o sangue de éguas prenhes produzia maturidade sexual, quando injetado em ratos imaturos, é uma glicoproteina com subunidade α e ß similares ao LH e ao FSH porém com conteúdo de carboidrato mais elevado (acido siálico) isso proporciona uma meia vida mais elevada mais de uma semana o eCG estimula o crescimento dos folículos (HAFEZ et al., 2004). hCG – Atividade LH, mantem o CL em primatas. PL- regula alimentação fetal Proteína B – reconhecimento materno da gestação. 7.5 PROSTAGLANDINA Todas as prostaglandinas são ácidos graxos hidroxilados insaturados com 20 átomos de carbono e um anel ciclo/ pentano e acido araquidônico é o percussor da maioria das prostaglandinas ligadas a reprodução e a principal é a PGF2α. Ao contrário de outros hormônios as prostaglandinas não estão localizadas em único tecido em particular, ela não se encaixa perfeitamente na definição de um hormônio por atuar localmente no seu sítio de produção numa interação célula à célula (HAFEZ et al., 2004). Elas são transportadas na corrente circulatória para atuar num tecido alvo distante do seu sítio de produção. A PGF2α é o agente luteolítico natural que atua ao final da fase luteolitica do ciclo estral regredindo o corpo lúteo permitindo um novo ciclo que se da a ausência de fertilização. As prostaglandinas podem ser consideradas hormônios que regulam diversos fenômenos fisiológicos e farmacológicos. A ovulação é bloqueada pela administração de indometacina, uma inibidora da síntese de prostaglandina. Uma vez que a liberação de LH não é afetada. Quando os níveis de estrógeno estão altos isso estimula a síntese e a secreção de prostaglandina, em fêmeas prenhes, o embrião em desenvolvimento envia um sinal ao útero (reconhecimento materno) prevenido os efeitos luteolíticos e permitindo a prenhez. Essa capacidade de luteólise foi capaz de designar a PGF2α para ser um dos principais hormônios para manipulação do ciclo estral e também induzir o parto e também causando aborto que só será possível do 40 ao 150 dias de gestação pois é o tempo que o feto está dependendo da progesterona produzida pelo CL. 8 PROTOCOLO USADO REALIZADO NO ESTÁGIO Local: Fazenda Boa vista- Município de Rochedo –MS Proprietário: Valdemar Justus Material:Implante intra vaginal de Progesterona – (CIDR ® - 1,9 g de progesterona) ESTROGIN ® (Benzoato de estradiol) NOVORMON ® – eCG 200 UI LUTALYSE ® - Dinoprost trometamina E.C.P ® - Cipionato de estradiol (2mg/mL) Objetivo: alcançar um alto índice de prenhez utilizando um programa de IATF junto com repasse de touros Numero de animais: 1. 459 Lotes : 100 a 200 animais Protocolo: D0 – Implante intra vaginal de Progesterona – (CIDR ® - 1,9 g de progesterona) + 2mL de ESTROGIN ® D8 – Retirada do implante (mesma hora do implante) 2,0 mL 500 UI NOVORMON ® 2,5 mL LUTALYSE ® 0,3 mL (2mg/mL) E.C.P ® D10 – IA 48- 54 horas Após 10 dias após a IA inicia o repasse: 1 touro para 20 vacas A partir de 50 dias diagnóstico por imagem é feito, pois com 50 dias é possível identificar qual prenhez é da IATF que irá estar com 50 dias de prenhez e qual é do touro que vais estar com 30 ou 40 dias. Para se iniciar um programa de IATF primeiramente se faz uma analise se é possível implantar (estrutura de curral e gado bom) depois uma mão de obra especializada e quando não se conhece o lote passa-se o ultra-som para que descarte vacas prenhas, vacas com problemas reprodutivos. As vacas podem estar em anestro ou ciclando. D0 implante CIDR ® + 2 mL estrogin ® Progesterona (CIDR ®) vai ter ação de regressão folicular em conjunto com o estrógeno (estrogin®), manutenção e modulação de pulsos do LH e a regulação do ciclo estral. FIGURA 9 – IMPLANTAÇÃO DO CIDR ® FIGURA 10 - ESTROGIN® D8 retirada + E.C.P ® 0,3mL, lutalyse ® 2,5mL e novormon ® 2,0mL. Baixa concentração de P4, E.C.P ® é um indutor da ovulação ele vai ser responsável por dar o pico de LH para que ocorra a ovulação. Lutalyse ® como é uma prostaglandina faz a lise do CL ele baixa a concentração de progesterona para que o LH de seu pico. Novormon® – função de FSH ele melhora a qualidade e o tamanho do folículo dominante. D 10- inseminação artificial 48 ou 54 horas depois da retirada. FIGURA 11 – RETIRADA DO IMPLANTE FIGURA 12 – LUTLYSE ® E E.C.P ® FIGURA 13 – NOVORMON® FIGURA 14 - INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL 9 DISCUSSÃO Analisando o programa realizado e os resultados nele obtidos, percebe-se que os números finais são satisfatórios, tudo após um árduo e competente trabalho de uma equipe, pois qualquer erro em algumas dessas etapas da IATF causaria uma grande perda de tempo e de dinheiro quando comparamos outros métodos de reprodução a IATF. Esta se destaca na sua facilidade final ou seja, depois de tudo pronto, o trabalho fica mais fácil que outros métodos facilitando o manejo que na região do Mato Grosso do Sul é o que mais preocupa por se tratar de grandes áreas e grandes rebanhos então tudo que puder facilitar isso é de grande interesse do produtor e quando se consegue chegar numa porcentagem de 75% nos primeiros 3 meses isso é animador sendo que no final da estação pode-se chegar, tranqüilamente, aos 95% de prenhez. Quanto ao protocolo hormonal utilizado, a progesterona junto com o estrógeno vai fazer a regressão folicular, manutenção da liberação de LH e regula o ciclo, 8 dias que é o tempo da maturação folicular, após a retirada do implante o objetivo é a queda da concentração de progesterona para que o LH de seu pico e o E.C.P vai auxiliar nesse pico para que ocorra a ovulação 48 horas após a sua retirada. A prostaglandina promove a lise do CL existente já que é preciso baixar a concentração de progesterona para que ocorra o pico de LH. O eCG é responsável por melhorar a qualidade do folículo. 10 CONCLUSÃO Ao final do meu estágio e de terminar esse relatório posso afirmar com garantia que esse estágio serviu tanto para meu aprendizado quanto para minha formação de vida, pois pude ver uma realidade bem diferente do que acompanhei durante o curso. Esta realidade envolve grandes investimentos em biotecnologias e qualquer erro acarreta perda econômica que pode chegar até R$ 60.000,00 se não for feito corretamente e principalmente levado sério. Realizar esse trabalho corretamente envolve tudo que foi descrito nesse trabalho. Trabalhei numa empresa onde tive minhas obrigações e meus deveres e pude aprender muito. Termino esse relatório, esse estágio e essa faculdade com plena confiança de entrar no mercado de trabalho. Tive a chance de trabalhar em fazendas com estruturas ótimas onde não faltava nada, mas também, em fazendas onde não havia nem energia elétrica e o acesso era apenas de trator e isso não impedia a realização de um trabalho com bom nível de tecnologia. Tendo em vista experiência de trabalho, pude obter uma grande experiência de vida e nos meus valores durante esses 3 meses. REFERÊNCIAS BARUSELI, P. Compêndio de Reprodução Animal. Intervet. 2007; cap 2. GINTHER, OJ; BERGFELT, DR; KULICK, LJ; KOT,K. Selection of the dominant follicle in cattle: role of estradiol. Biol Reprod 2000; 63:383–389. HAFEZ, B; HAFEZ, E.S.E. Reprodução Animal. 7 ed. Barueri: Manole, 2004. Inseminação Artificial em Tempo Fixo. Disponível em: http://www.geraembryo.com.br/arquivos/fir_ger.ppt#1. Acesso em: 22 set. 2008. MANUAL DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM BOVINOS. Uberaba: Asbia, 2005. Manual de Inseminação Artificial em Tempo http://www.tecnopec.com.br. Acesso em: 23 out. 2008. Fixo. Disponível em: MINGARDO, M. Reprodução: Sincronizar o Cio Facilita o Manejo, São Paulo, n. 90, ago. 2005. Disponível em: http://www.revistarural.com.br/Edicoes/2005/artigos/rev90_cio.htm. Acesso em: 25 set. 2008. NEIVA, C. Compêndio Veterinário. 33 ed. São Paulo: Andrei, 2004. SÁ FILHO, M. F. IATF em Novilhas. Campo Grande, 2008. SÁ FILHO, M. F; BERTAN, C.M; MADUREIRA, E. H. Controle Farmacológico do Ciclo Estral em Fêmeas Bovinas. Campo Grande, 2008. SWENSON, M. J; REECE, W. O. Dukes Fisiologia dos Animais Domésticos. 11 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1996.