Devemos .sclarecer, •• primeiro lugar, que este um trabalho de pesquisa em andamento e, pOrtanto, e bastant. incompleto. Usufruindo do trabalho realizado ras Doutoras Cecilia de Lara Guimaraes (responsivel pelas pelo acervo Rosa, do Arquivo do IEB), Edna M.F.S. Lenira Marques Covizzi, Maria Neuma Barreto A tentativa i de estabelecer ginese roseana. sa disposiCao Como estagiiria deste um acervo organizado respondincia, Documentacao Cavalcante, Wal- e disponivel parametros para trgao, temos a nos sequintes Pessoal, Estudos a nos- moldes: COE para obr~, Ori- ginais, Originais de outros autores, Traducoes, Publicacoes Joao Nascimento, um estudo do conteudo deste material orqanizado no Arquivo. Professo- Recortes e Avulsas. Cada Sirie tem uma subdivisao que, por sua se subdivide novamente sequndo as necessidades Por exemplo, a Serie Correspondincia Burocritica, vez, conteudo. tem vinte sUb-series.F2 ram divididas em cinco tipos: a) Correspondincia Correspondincia do c) Correspondincia Pessoal, b) com Traduto- Complementar. Este procesBo tambem se repete em relacao aos tros assuntos onde encontramos pastas devidamente condicionadas 0 material acondicionado • relacionadas o~ em num. inven- 4entro de um trab~ tirio. Nossa pesquisa desenvolve-se lh~de Critica Genetica, a partir dos criterios adotados por Pierre-Mare Biasi, e. Les Methodes Litteraire. que constitui-se Critiques pour k'analy'. •• estudar as quatro fas•• da cria~iOI 1. a pre-redacional 2. a redacional 3. a pre-editorial 4. a editorial Ao tentarmos eatabelecer terial da faae exploratoria uma rela~io entre e a correspondencia 0 ma- co. tradut2 res, eatamos fazendo urn percurso novo e que por razoes ob- vias. podera causar estranhamento. Na verdade nio e do no~ so conhecimento Tentar explicar os trabalho parecido. cessos de criacio unindo dois extremos: exploratoria ao pOs-texto, material da pode ate ser urn procedime~ Genetica, por fugir aoscriterios adotados pelos teoricos. Acontece que a Correspondencia tradutores revela urna face desconhecida do escritor. maries Rosa foi urn escritor avesso as entrevistas ~oes i imprensa, sobre sua obra. tudos para Obra- e pouco revelador. Ja a Correspondencia cura esclarecer 0 tradutor, do. e, nao. Para iato i necessario dar explica~Oes cado de determinadas esta ensinando apenas clarecimentos palavras e expressoes. 0 e declar~ estrangeiro, -E~ muitas vezes, Nela, ele pro- nos minimos detalhes, de trecho para consequir corn Gui- 0 material denominado imenso, diversificado construiu determinado fase que no caso, e a Correspondencia do escritor com seus tradutores, to nio 'aceito naCritica 0 pro- 0 como efeito desej~ sobre 0 signif! Com isto tambem a nos traz nao e~ valiosos. Nosso trabalho corn a correspondincia sentido d. buscar informacoes sobre 0 material come~OU no requisitado pelo escritor a seus parentes, •• igos e outras pessoas. 2 c~ ~ encontrarmos exemplo, cartas do escritor a seu pai, pedindo, informaQOes sobre festa. populares. rial que pertence a fase exploratOria, sos, transformou-se em texto. sObre"estorias" e que, em muitos IOssa pesquisa dencia com Tradutores nos foi despertada Qa que tinhamos da obra a partir da lembra~ publicada Guimaraes cifico, o 0 expressoes, 0 arranjo de determinadas Rosa CorresponAo ex- use de urn vocabulario esp~ construcoes fato do escritor referir-se a determinados dos, chegando a pormenorizar ca- fundamenta-se dencia com seu tradutor Italiano Eduardo Bizzarri. plicar determinadas por e, principal- trechos traduzi as suas nuances, nos leva pensar em como foi construido em portuques, mejados e na preocupacao com a elaboracao nos objetivos de cada parte ra que tenha, forQa de expressao como urn todo. 2 comurn a a! pa0 escritor comentar traducoes em outras 1inguas para exemplifi bastante. com 0 Acho-a comprida, tom do trecho". ajudando a compreender amplitude dos -..te ~I feia, "snob", nao assentando Ou, as vezes, entra em deta1hes, nio so 0 aspecto 1ingdistico, mas caminhos percorridos pe10 criador: "aao 1) que aque1a notacao, !!A, bem nos a vi- pontuava, objetiva energic~ 0 trecho, numa brusca mUdanca de a1ternancia, relevan- te para mudanca, 0 -ritmo emocional-, quarda analoqia na. (I 0 Grande crltico a. -pontuac6es- 'artio: Veredas literirio sua estrutura, COl8 braaileiro, 2. do monoloqOI da musica como muito baa Antonio Candido, a UIIIriqor de desenvolvimento que a livro i viram principalmente, ta UIIIpoema qrande, que e.sa brusca 0 viu mode!. maior 0 obedece, em musical ••• ) Nio tanto UIIIromance, tllJllbim.t poes;"a (au pretende quan- ser, pe- 10 _nos)-. Par incrlvel tamb8m foi importante tas, hi a revelacio explicita you a auto-reflexio. vidos na traducio, criacia. dutores £ 0 que pareca, para 0 proprio essa correspondencia. de como este trabalho le- 0 de serem resol- fizeram a escritorrepensar a sua propria da carta de 2/05/59 aos tra- Onis e James L •.Taylor: soes c010quiais, car- Os casos mais diflceis caso, por exemplo inqleses escritor Em muitas -De alqUlllasexpre~ nio qosto nada, por me soarem banais au com certa carqa de vulqaridade. (Aliis, e acred;"te que mente a diqo, essa -vulqaridadedela, mas reconheco nio eda sincera- traducao, nascida que foi do proprio autor que pretendo coimar dessas a proxima edicao do Sagarana). (Pasta CT 2 A •• Como podemos ver por esse trecho e por outras tas, 0 trabalho cio do escritor Portuques. com os tradutores Sua vontade era elaborar de antes de 8a~I, GOnter Lorenz? de resqate expressiva e se.antica Seri esti a de que fala 0 escritor, do Verbo? em fosse em nossa todas as outras para fosse traduzida. seri seu processo nio so uma linquaqemque capaz de ter a mesma carqa expressiva quais, possivelmente, ca!. revela para nos a preocup~ em criar uma linguagem llnqua e, ao mesma tempo que e. e~ as lIngua elD entrevista de criacio uma tentativa a Por outro lado, a carta nOB remete ao problema sacralizacio do texto. Ao dizer -escoimar dess.B a proxi- ma edicio do Sagarana, abre para nOB, a possibilidade .scritor 0 nunca -fechar da do texto-. ViriaB vezes fala da poBs1- bilidade de mexer, mudar, tirar ou acrescentar • nunca dar o texto por encerrado. Em Guimaries RoBa, -a terceira di- mensao da Literatura-, que i a do tempo da sua eBcr1tura,Bo foi possivel delinear manuscritos, com a Bua texto meu, ji, de si, e qualquer tremendo, porque 0 meu incontentamento de perfectibilidade, fico tUdo, i uma verdadeira talista, incansivel a i crescente, de ansia reconstruir (Pasta CT 2AI. inquieto, perfeccionista, e sempre pronto a lancar-se experime~ ao trabalho, para nos uma Danaide ou um sisifo, no sentido bus car a perfeicio ~ coisa querendo reformar e tortura-. Este 8spirito escritor: da linguagem. A revelacio -Por exemplo, dir-lhe-ei sio todas diferentes, i do voltava para escrever refeitas, remodeladas, outros e novos livros, Jose Olympio, mandou matrizar ou esteriotipar nos ehumpoB, e impedindo-me, eer na elasse de Danaide ou sisifo~ proprio remexidas. 0 meu a PassAmoS a entender do mito co- Bua vi pertinieia, remodelar, remexer do escritor. intrinseea. Editor, assim, depermane lhor a predeBtinacio quer dizer inutilidade me eomposicao, proeeBso de refazer, de recomecar sempre - earacteriBt1ca de que as 5 edicoes de Saga Por fim, para ver se eu conseguia deixar isso de lado, e quardando-a os 0 editor e 0 proprio autor, em correspondencia: -Rever qualquer revela-se, I 0 que revelam morte. como 0 dOB mitos citad08 ~ no fate - nio de atoB, mas a busea de uma perfeicio ACERVO J.G.ft. 40 Ar:quivO do I.J.8. 4A USP. ~i1:a e Ini4U.~ lni4itos. I ENCONTRO ,ast. 4. Istu40 •• C&4erno. de Via9eJ11. etc». DE CRITlCA TEXTUAL: 84i068 •• SF. rTLCH/USF. II ENCONTRO (Correspon4i.ncia 0 Manuscrito Moderno SP. FFLCH/USP. BIASI, Pierre-Marc. litteraire. as 1986. DE znICAo CftlTICA e CRITICA GEN!TICA: do Manuscrito. • Le. Methodes Paris, Larousse, Eclosao sId. critiques 1984. pour l'analyse