Curso de Gestão Ambiental ECOLOGIA DO FOGO FIRE ECOLOGY Criselisson de lima cunha1, José Ivanaldo da Silva, Luís Carlos Spaziani2 1 Alunos do curso de Gestão Ambiental 2 Professor Orientador Luís Carlos Spaziani Resumo O homem sempre dependeu dos recursos naturais para manutenção e sobrevivência, desde as antigas civilizações até as atuais. O objetivo deste estudo foi mostrar a interação que o fogo tem em um ambiente natural, levando em consideração a influência que esse elemento trouxe ao bioma cerrado. Em que o método de pesquisa adotado possibilitasse um entendimento adequado da ecologia do fogo Onde, todos os anos na estação seca passam por períodos críticos, devido à baixa umidade, utilização abusiva do fogo, seja em ambientes rurais ou urbanos, geração e acúmulo de biomassa. Abordando tanto variáveis positivas, quanto negativas ao ecossistema atingido pela queima. No qual as unidades de conservação têm um importantíssimo papel na manutenção da biodiversidade, pois gestores de unidades estão adotando como forma de manejo a utilização do fogo, tanto na prevenção quanto no combate aos intensos incêndios florestais, possibilitando a manutenção da vida silvestre em um ecossistema local. Palavras-Chave: Ecossistema; Bioma; Biodiversidade, biomassa. Abstract Man has always depended on natural resources for maintenance and survival, from ancient civilizations to the present. The objective of this study was to show the interaction that the fire has in a natural environment, taking into account the influence that this element brought to the cerrado biome. In the research method adopted would enable a proper understanding of the ecology of fire where every year in the dry season are in critical periods due to low humidity, improper use of fire, whether in rural or urban environments, generation and biomass accumulation . Addressing both positive variables, and negative ecosystem achieved by burning. Where protected areas have an important role in maintaining biodiversity, as managers units are adopting as a way to manage the use of fire, both the prevention and the fight against raging forest fires, enabling the maintenance of wildlife in an ecosystem site. Keywords: Ecosystem; Biome; Biodiversity. Biomass Contato: [email protected], [email protected] Introdução A sobrevivência humana no planeta sempre esteve condicionada à sua interação com o meio ambiente, mas, essa percepção nem sempre foi muito nítida como nos dias atuais, uma vez que a evolução dos conhecimentos foi lenta e gradual. Desde seus primórdios, a humanidade vem provocando modificações no meio natural em que vive. Os vestígios dessas modificações sempre fizeram parte da vida cotidiana das antigas civilizações e são a herança que deixaram às futuras gerações. As primeiras evidências remontam há 60 mil anos atrás, época em que o homem conseguiu dominar o fogo. Os primeiros vestígios foram encontrados na floresta de Kalambo, situada na Tanzânia, no continente africano, onde os habitantes dessa região utilizavam o fogo de forma deliberada para fazer limpeza do terreno. (Bursztyn, 2001; Persegona, 2008; Melphi, 2004; Rousseau, 1755; Rodrigues, 2008). Ao longo do tempo, o incorporou à sua vida como algo necessário para o dia-a-dia, em ações como aquecimento de alimentos e do ambiente, industrialização de equipamentos, objetos e outras utilizações não menos importantes, não sendo possível a humanidade disponibilizar todas as facilidades já existentes se o fogo deixasse de existir. Este elemento tão abundante tornou-se uma ferramenta nas práticas agrícolas, fazendo com que produtores rurais o utilizassem em benefício de culturas, porém o uso inadequado traz danos irreversíveis à natureza, podendo destruir florestas, plantações e animais. Dando origem a grandes incêndios florestais, que causa desequilíbrio no ambiente, pois isso ocorre quando o fogo foge do controle do homem. (Leopold 1963). Os incêndios florestais estão cada vez mais sendo fator de atenção dos órgãos ambientais, seja na esfera federal, estadual e municipal. Devido ao poder de devastação que esse fenômeno pode causar na biodiversidade, queimadas estão cada vez mais intensas, seja em áreas particulares ou públicas, pois, muitas dessas áreas são de preservação ambiental. Nas Unidades de Conservação – UC´s que passam anos sem ter presença de queimadas, faz com que haja acúmulo de matéria orgânica (Biomassa) que torna esta Unidade vulnerável a incêndios de grandes proporções, uma vez que esse material armazenado, torna-se combustível. Neste sentido algumas UC´s, por precaução e prevenção, admitem manejo utilizando-se como ferramenta o fogo monitorado, o chamado aceiro negro, dessa forma os administradores das 1 unidades fazem desta prática uma forma de controle aos incêndios florestais. Metodologia O método de pesquisa que proporcionou a elaboração deste trabalho foi adotar medidas que possibilitassem o entendimento adequado da ecologia do fogo em um ambiente natural. Buscando conhecimento adequado de forma a garantir ao leitor as várias vertentes que o fogo tem em nosso meio, em que possibilita desde a manutenção da vida até a devastação do ambiente, onde espécies nativas da fauna e flora estão inseridas. Desta forma, foi utilizado o método de pesquisa bibliográfica em diversas fontes, sites oficiais, artigos em que possibilitou um estudo mais detalhado da interação que o fogo tem em um ecossistema, também foram feitas pesquisas de campo na Floresta Nacional de Brasília, onde foram comprovados alguns eventos ocasionados pelos incêndios florestais. Desenvolvimento As Unidades do Distrito Federal ficam em estado de alerta no período de maio a setembro, onde as queimadas acontecem com maior freqüência. Em locais, onde dificilmente o fogo não ocorre naturalmente e não possui certa estrutura tecnológica de prevenção, pode ser utilizado o fogo controlado que atua de forma importante dentro dos objetivos de manejo, (controle de pragas, manejo de espécies entre outros). O fogo quando utilizado por pessoas capacitadas, faz destas práticas uma ferramenta barata em comparação a outros meios, contudo sua aplicação depende de alguns fatores, tais como a umidade do ar, velocidade e intensidade do vento e temperatura são requisitos indispensáveis. Áreas protegidas têm como principal função a proteção dos recursos dentro de seus limites, porém a urbanização e as propriedades rurais vizinhas são os maiores problemas para as Unidades de Conservação. Uma situação que todos os anos as UC´s passam na estação seca, como resultado do acúmulo de biomassa na estação chuvosa, que torna a matéria orgânica uma fonte ideal de ignição. Análise abordada por (França 2010), quando discorreu sobre incêndios ocorridos em parques nacionais. Nesse sentido, a interação entre os organismos e meio abiótico que formam o ecossistema no qual são elementos essenciais para manutenção da vida e também são capazes de autorregulação. O homem por estar presente neste meio faz com que todo o ambiente natural seja modificado. O bioma a ser referido é o cerrado, pois é a savana com maior biodiversidade do planeta, abrigando milhões de espécies da fauna e da flora, e também é o segundo maior bioma do Brasil, possuindo uma área de aproximadamente 2 milhões de quilômetros quadrados, porém sofre constante degradação, visto como seleiro de práticas agrícolas em conjunto com uma ocupação urbana desordenada. O cerrado apresenta quatro fisionomias, que são subdivididas em cobertura arbórea: campo limpo, quase 100% de gramíneas e ciperáceas (plantas herbáceas), em solos úmidos, campo sujo com cobertura arbórea até 10%, cerrado sensu stricto e cerradão ambos arbóreos com 30 a 70% de cobertura, mas não apresenta cobertura contínua de gramíneas. (Eiten 1979-1994), (Coutinho 1982), (Hoffman; Moreira 2002). Eles discorrem que estas fisionomias são modificadas pela presença do fogo. Entendendo como as pessoas queimam Quando as primeiras áreas protegidas foram criadas, o paradigma ecológico era a idéia de que a natureza é intocada, estava em equilíbrio, isto é, a estabilidade do ambiente era mantida pelas interações bióticas e abióticas e as ações humanas provocavam distúrbios a essa estabilidade. Essas percepções associadas ao modo de como as áreas protegidas devam ser manejadas, colocou os incêndios florestais em primeiro plano com o objetivo em reduzir a área queimada anualmente. Ocorrência de Incêndios Um dos principais desafios das UCs brasileiras é reduzir a ocorrência de incêndios florestais em suas áreas. Uma boa estratégia seria o registro de ocorrência de incêndio, em que permite conhecer o perfil dos incêndios florestais e planejar a sua prevenção e combate. No entanto, muitas das Unidades não apresentam tais registros. Existem no Brasil 1.641 Unidades de Conservação (UCs) federais e estaduais, sendo 304 federais públicas, 502 estaduais públicas, além de 494 Rservas Particulares de Patrimônio Natural (RPPNs) vinculadas a esfera federal e 311 vinculadas a esfera estadual. Isto corresponde a 17% do território continental e, aproximadamente 1,5 milhão de Km² (ICMBIO, 2009). Um dos desafios da gestão das UCs brasileiras é a prevenção e o combate aos incêndios florestais. Em geral, oriundo das atividades antrópicas (Medeiros & Fiedler 2004, Soares 2009). Entre as causas de incêndios ligadas a atividades humanas ocorridas nas UCs federais, a queima para a renovação de pastagem é a mais freqüente, com 23% do total de ocorrências em 2005, 40% em 2006, 38% em 2007 e 46% em 2008 (IBAMA 2009). A preservação e a conservação do ambiente são os dois eixos fortes do propósito das unidades de conservação, dessa forma, a prevenção e o 2 combate a incêndios florestais devem ser considerados de forma prioritária para garantir a conservação das áreas protegidas (Milano et al. 1986). Histórico Incêndio do Registro de Ocorrência de O início do registro dos eventos de fogo em Unidades de Conservação teve origem em 1979, quando a iniciativa partiu das próprias equipes das UCs e permitiu o registro dos primeiros dados históricos sobre os incêndios florestais. Ainda na década de 1990, parcerias com outros países, como: os Estados Unidos, Chile, Espanha e Canadá permitiram uma série de inovações, prevenção e combate a incêndios florestais em UCs brasileiras. Alguns exemplos são capacitação e treinamento aos funcionários das Unidades, formação e treinamento de brigadistas, produção de material didático (Morais 2004, IBAMA 2009). Outra importante atividade desenvolvida foi à contratação de brigadas temporárias para prevenção e combate a incêndios florestais em períodos críticos nas UCs federais (Morais 2004). Imagem de satélite AQUAUMD (Fonte IBAMA) Quantidade e distribuição dos focos No dia 02 de Outubro de 2013 as imagens de satélite AQUA UMD que recobriram o bioma Cerrado detectaram 434 focos de um total de 929 em todo o território nacional, conforme pode ser observado na figura 1. (Fonte dos dados IBAMA, INPE, IBGE). Mapa produzido pelo núcleo de pesquisa e monitoramento do PERVFOGO-IBAMA. Interação entre fogo, Unidades de conservação e o Homem As queimadas por apresentarem diversos problemas para a biodiversidade e para os recursos naturais têm se mostrado um fator importantíssimo para estudo e discussões a respeito do plano de manejo para utilização do fogo em áreas protegidas. Assunto este bastante polêmico, pois o fogo por ser um elemento essencial para a vida na terra, quando mal manejado por pessoas, causa danos e perdas irreversíveis ao ecossistema local. O fogo por ser utilizado há muitos anos, tornou-se cada vez mais um aliado do homem, principalmente por aqueles que vivem da agricultura e pecuária. Além disso, o fogo é um dos causadores das mudanças climáticas, por emitir gases de efeito estufa, causando prejuízos materiais, ecológicos e sociais (Bowman et al. 2009). Este elemento por ser capaz de interferir na diversidade de espécies e até mesmo na regulação climática se mostra um fator de suma importância nas pesquisas. As Unidades de Conservação - UCs por proteger os recursos dentro de seus limites tendem a repelir o uso total do fogo. Atualmente as diretrizes que as UCs em geral adotam o não uso do fogo, como forma de manejo (BILBAO et al. 2010). Mesmo no cerrado, onde o fogo teve um importante papel em sua evolução e, também, em processos ecológicos é visto como prejudicial pelas as instituições ambientais e por alguns estudiosos (Pivello, 2006). Linhas de pesquisas sobre a ecologia do fogo indicam que a frequência de queimadas está além do que os ambientes naturais suportam e isso caracteriza risco à conservação de áreas nativas. Mesmo as UCs não adotando este tipo de manejo, não estão livres destas práticas, pois dividem cercas com propriedades particulares e áreas urbanizadas, no entanto essas áreas são atingidas constantemente pelo fogo. Este ocorrido é quase que previsível anualmente na estação seca. Com o acúmulo de combustível, uma simples queima pode dar origem a um incêndio florestal de grandes proporções (França, 2010). Grande parcela desses incêndios é iniciada por pessoas, e muitos focos têm começo em áreas fora dos limites da reserva florestal. O incêndio florestal é um evento com grande potencial devastador (França 2007), representando uma ameaça ambiental (Campos 2006). Os efeitos das queimadas nos ecossistemas são bastante complexos, incluindo desde a perda de biodiversidade (ICMBIO 2007), e a redução ou eliminação da biomassa na superfície do solo e impactando nos processos físicos, químicos e biológicos abaixo da superfície (Neary 1999). No entanto, nem sempre os efeitos do fogo são prejudiciais ao meio ambiente e estudos mostram que alguns ecossistemas, como o cerrado, dependem deste elemento para a sua manutenção (Moreira 1996). Em alguns países, em observação os Estados Unidos, as agências 3 responsáveis pelo manejo florístico dos parques nacionais têm adotado uma política de queimas prescritas para a redução de biomassa e prevenção de grandes incêndios de difícil controle, apesar de haver uma grande contradição a respeito dessa medida adotada, com relação às conseqüências que podem trazer ao ecossistema (Caldararo 2002). No Brasil algumas experiências estão sendo adotadas a respeito deste tipo de manejo, com fogo, no Parque Nacional das Emas (França 2007). Uma nova concepção a respeito das ocorrências de queimadas e suas conseqüências vêm sendo desenvolvida através dos estudos sobre a ecologia do fogo. Interação entre fogo e espécies vegetais Este tópico aborda as interações entre as comunidades vegetais e o fogo. Os processos de base que determinam a forma como as plantas são afetadas pela queima e os fatores que controlam as respostas após o evento. Resistência das plantas ao fogo A resistência das plantas ao fogo depende de características adaptativas, que permitam tolerar o calor de forma a um eventual quantitativo de tecidos mortos e mecanismos de reprodução, em que consigam tolerar a exposição ao fogo. Uma é de que as células vitais consigam suportar temperaturas mais elevadas e a outra é através da proteção desses tecidos, evitando que a temperatura vital seja atingida (Whelan, 1995). A morte dos tecidos das plantas devido ao fogo depende da quantidade de calor expostos. A capacidade que as células têm para suportar temperaturas elevadas varia entre espécies. A maioria das células vegetais se atingirem temperaturas variando entre 50-55 ºCelsius (ºC) morrem (Hare 1961). Embora alguns tecidos de plantas consigam suportar temperaturas mais elevadas por período de tempo curto. Estudos indicam que diversas espécies resistem melhor ao fogo durante o inverno do que durante o verão (Whelan, 1995). Além das condições meteorológicas influenciarem a intensidade e o comportamento do fogo, bem como o tempo necessário para que as células atinjam uma temperatura letal. Contudo, o fogo promove não apenas adaptações fisiológicas e morfológicas nas plantas da biota, mas também nos processos ecológicos, pois queimadas periódicas estimulam a rebrota e o ciclo dos nutrientes, onde proporciona a frutificação de várias espécies. Ainda assim a freqüência de fogo pode alterar de uma forma significativa a fisionomia local, áreas com queimadas continuas tendem a se tornar mais abertas, com uma grande predominância de gramíneas, pois a alta freqüência de queimadas na mesma localidade afeta de forma negativa o estabelecimento e a sobrevivência das comunidades vegetais jovens (Moreira 2000).Além dos aspectos já mencionados, as reservas nutritivas que permitem a recuperação dos indivíduos após o fogo também variam entre espécies ao longo dos anos (Zwolinski, 1990), deste modo o fogo que ocorre em um determinado momento do ano pode ser mais prejudicial para algumas espécies do que para outras. A maioria das espécies de gramíneas e arbóreas têm capacidade de rebrota após a queima (Gottsberger & Silberbauer 2006), essa característica se dá principalmente em espécies savânicas (Bond & Midgley 2001), assim as espécies arbóreas e arbustivas do cerrado apresentam uma casca espessa que protege os tecidos internos de altas temperaturas (Gottsberger & Silberbauer, 2006). No entanto a capacidade de rebrota pode ser limitada a quantidade e intensidade de fogo, queimadas anuais faz com que diminui a massa verde, altura, diâmetro e também faz com que aumente o índice de mortalidade das espécies vegetais e também favorece a dispersão de gramíneas exóticas. (Medeiros & Miranda, 2008). Poucas das espécies arbóreas conseguem sobreviver a queimadas subseqüentes, pois não há reposição de casca protetora em um curto período. O fogo também prejudica o crescimento radial, pode diminuir a reprodução sexual (Hoffman 2002). A regeneração vegetativa após fogo se da pelo isolamento térmico devido ao seu estado fisiológico enfraquecido algumas espécies ficam vulneráveis a ataques de insetos ou são infectadas por doenças e fungos, proporcionando um aumento considerável na mortalidade das espécies (Littke e Gara 1986). Algumas plantas que crescem mais em altura, espécies arbóreas, podem conseguir proteger tecidos vitais como sementes e gomos, pois se encontram acima das chamas. No entanto incêndios de grandes proporções podem atingir a copa das espécies arbóreas, mais conhecido como fogo de copa. A resistência dos troncos ao fogo está principalmente relacionada com a espessura da casca, a qual varia com a espécie (Gill 1995). Uma planta pode perder parte da superfície (copa e tronco), mas ainda assim poderá sobreviver. Isto acontece com os indivíduos das espécies folhosas, porém a morte das raízes de uma planta corresponde sempre a morte do indivíduo. A morte das raízes está intimamente interada com o tempo de resistência do fogo, que por sua vez é influenciado pela quantidade, tipo e teor de umidade dos combustíveis presentes na superfície. A umidade do solo, também, se mostra fator importante, pois retarda a penetração de calor no solo, protegendo as estruturas subterrâneas das plantas (Frandsen e Ryan 1986). No entanto algumas espécies se beneficiam com a passagem do fogo, fazendo com que ocorra abertura de frutos, quebra da dormência das 4 sementes das seguintes espécies, Tristachya leiostachya (capim-flecha) jacarnda decurrens), que são indivíduos beneficiados, no sentido que facilita a reprodução sexuada, (Cianciaruso et al 2010). Em um estudo a campo foi constatado em uma área de vereda, localizada na floresta nacional de Brasília, área principal, área 1, onde teve queimas subseqüentes, em que favoreceu a dispersão do melinis minutiflora, popularmente, capim gordura, e por ser uma planta com propriedades oleogenosas superior a gramíneas nativas, proporcionou queimadas com muito mais intensidade, no qual algumas espécies arbustivas da área estão sendo prejudicadas com o alto teor de calor. (Relatado pelo o chefe da equipe de brigadistas, Célio, da Floresta Nacional de Brasília). (Foto tirada pelos os estudantes, Criselisson e José Ivanaldo, da Gestão Ambiental da Faculdade Icesp, em uma área de vereda, localizada na Floresta Nacional de Brasília). O melinis minutiflora é uma gramínea de origem africana que foi introduzida no Brasil, devido o alto valor nutritivo, passou a ser utilizado na formação de pastagem acarretando diversos problemas para as espécies nativas. Arbóreas e arbustos A exposição dos gomos de muitas espécies de árvores e arbustos são suscetíveis á morte, por ação do fogo. A estrutura de uma planta lenhosa é um dos fatores que mais interfere na probabilidade do indivíduo a resistência, e que a sua parte aérea seja afetada pela as chamas. Algumas características da copa são a densidade e dimensão dos ramos, a proporção entre material vivo e morto, localização da base da copa em relação aos combustíveis à superfície (Brown 1973). Por exemplo, a altura aumenta a possibilidade de sobrevivência da copa, pois os indivíduos de baixa estatura estão mais expostos ao calor e com isso o índice de mortalidade dessas espécies aumentam devido a temperatura com relação a distância aos combustíveis, certas plantas que crescem mais em altura, principalmente árvores, podem conseguir proteger tecidos vitais, apenas porque estes se encontram acima das chamas. A eficácia da altura na proteção da copa dependerá da continuidade vertical do combustível, na própria árvore. Nas espécies de árvores com desramação natural superior as demais, em que os ramos inferiores que vão morrendo caem naturalmente, a probabilidade do fogo entrar nas suas copas é bem menor (Keeley 1998). Além dos aspectos já mencionados outros fatores são determinantes na sobrevida da vegetação, em que as reservas nutritivas é um importante quesito pós fogo, o qual varia muito com a espécie. O conteúdo de umidade também influencia no poder de inflamabilidade das folhas e ramos, e quanto maior este for, maior é a quantidade de calor necessária para atingir temperatura, a ponto de ignição. Em geral as espécies folhosas têm folhas com maior conteúdo de umidade, sendo superior as com poucos ramos folhosos, sendo menos suscetível ao fogo de copa (Wilgen 1996). A dessecação da copa de uma árvore é provocada pelo calor liberado pelo fogo, e é um indicador do impacto na formação florística do indivíduo, que pode ser notado logo nos dias posteriores ao incêndio. A mortalidade de algumas espécies de árvores está mais relacionada com a proporção da copa dessecada, do que com danos no tronco. Enquanto que em outras espécies verifica o contrário (Ryan 1988). Tronco As árvores e arbustos podem morrer quando a camada de crescimento ativa, entre a casca e o lenho, é exposta há altíssimas temperaturas. Diversos estudos indicam que quando o tronco é submetido a uma fonte intensa de calor, o tempo necessário para que as células atinjam uma temperatura letal, varia muito com a espessura da casca, e também com suas propriedades térmicas, funcionando certamente como um isolante (Whelan 1995). A morte do câmbio (tecido vascular), se ocorrer na base do tronco principal e em toda sua dimensão, na maioria das vezes acarreta morte da parte aérea (tronco e copa), Assim, a espessa camada de súber (tecido formado por células mortas), que envolvem troncos e galhos. O súber de certa forma impede a intensidade das labaredas de atingirem tecidos vivos mais internos dos caules. Esse tecido vegetal está presente em várias espécies lenhosas do cerrado. Isso pôde ser observado em uma área a margem da BR-O40, localizada no Park Way, em que a formação vegetal predominante é de gramíneas exóticas, mais precisamente capim Andropogon Gayanus, 5 espécies arbóreas e arbustos, também caracteriza a área de cerrado ralo, onde ocorreu o incêndio florestal, oriundo de uma limpeza de terreno, (Relatado por um morador do local). porém boa parte desses minerais pode ser perdida pela ação do vento (Mistry 1998) e também é importante ressaltar que os incêndios nestas áreas são devastadores, uma vez que as vegetações que predominam as veredas, não possuem proteção natural ao fogo. E outra característica é a predominância de solos turfosos em que são comuns incêndios subterrâneos, caracterizados por temperaturas muito altas, causando danos severos ao solo (Maillard 2006). (Fonte: IBAMA) Combate a incêndios em solos turfosos, muita das vezes se faz por meio de abertura de trincheiras. (Foto tirada a margem da BR-040, Park Way, no dia 14 de junho de 2015). O súber como é formado por diversos tecidos mortos, funciona como um excelente isolante térmico). Fogo em Veredas As veredas são fisionomias do Cerrado, que desempenham papel essencial na proteção de nascentes, ou seja, ocorre em solos hidromórficos, geralmente ao longo de cursos d`água estreitos (Ribeiro 2008), onde predomina o buriti, podendo ocorrer outras espécies de palmeiras e geralmente há um contraste com matas de galeria, matas ciliares, podendo ocorrer outras formações vegetais. No entanto algumas áreas de veredas têm sido severamente modificadas por ações antrópicas. Onde, o capim-dourado faz parte da sua formação vegetal, em que sua exploração faz da prática uma atividade bastante rentável para a população local. Porém, sua extração carrega consigo a prática de queimadas semestrais, e também a queima é recorrente em áreas úmidas para proporcionar a rebrota das gramíneas, na qual favorece a pecuária extensiva e isso tem ocorrido durante anos em unidades de conservação (Tubelis 2009). Evento ocorrido com maior destaque no Parque Estadual do jalapão, localizado no Tocantins. De maneira geral as queimadas resultam em solos inicialmente férteis, pelo o aumento de potássio e outros minerais liberados pelas cinzas, Além disso, o solo das veredas acumula grandes quantidades de matéria orgânica e é bastante sensível à erosão (Wantzen et al 2006). A partir da retirada da vegetação superficial de uma vereda, podem-se desenvolver erosões que permanecerá por décadas (Wantzen 2003). Durante chuvas intensas, que no Cerrado são posteriores ao período crítico das queimadas, onde favorece o aumento de erosões e também aumentam de profundidade chegando ao fluxo de água, em que carrea os sedimentos para dentro dos córregos (Wantzen, 2006). (Incêndio ocorrido no dia 14 de junho de 2015 a margem da BR-040, próximo a reserva do catetinho). Além disso, as veredas são ecossistemas 6 diferenciados no bioma cerrado, possuindo espécies, interações e processos ecológicos (Tubelis 2009), além da manutenção hidrológica, as veredas e seus campos úmidos representam ambientes críticos para a conservação de espécies ameaçadas, como as aves Culiciuora caudacuta (Dornas 2011). As veredas são formações também ciliares, sujeita a interações com diferentes formações florísticas (mata de galeria, campo sujo, cerrado stricto sensu), sendo extremamente importante para a fauna do cerrado e funcionando como um corredor para a vegetação dos diferentes biomas brasileiros (Oliveira-Filho 1995). Essas utilizações das veredas são hoje um fator de grande desafio para a manutenção da biodiversidade do cerrado e para o desenvolvimento sustentável para as populações que habitam estas regiões. A pratica de queimar veredas é comum nas UCs do Tocantins, onde sofre com a exploração do popularmente chamado capim-dourado, que tem se destacado no comércio de artesãos. (França et al. 2011). Esse ecossistema quando queimado e modificado pelo o pisoteio do gado contribuem também para o aquecimento global, pois liberam quantidades consideráveis de gases do efeito estufa para a atmosfera. A detecção e a avaliação dos efeitos do fogo e forma de manejo ainda são um desafio para as unidades de conservação (França 2011). forma indireta, constituem refúgio, alimentação. Os efeitos há curto prazo ocorrem durante a fase de combustão, logo em seguida os efeitos de médio e longo prazo correspondem a fase de recuperação, que pode durar semanas, meses ou até mesmo anos. O regime de queima leva em consideração variáveis, que podem ser caracterizadas, através de importantíssimos fatores, tais como, época do ano, intensidade e freqüência do fogo, velocidade de propagação. Que vão refletir nas populações animais. Contudo Incêndios freqüentes podem alterar a vegetação permanentemente e com isso refletir nas comunidades animais endêmicos. Incêndios com baixa intensidade podem favorecer a herbivoria, com rebrota da vegetação há curto prazo, propiciando parcelas de áreas sem ser atingidas pelas chamas, onde servem de refúgio para a fauna. Além disso, incêndios com grandes proporções provocam grandes índices de mortalidade nos indivíduos que se encontram na área atingida, devido a altíssimas temperaturas (Prodon, 2000). A época do ano em que ocorre o incêndio também pode determinar o grau de afetação da fauna. Um incêndio de primavera que ocorra durante a época de nidificação de uma determina espécie de ave, em observação nas espécies que nidificam em arbustos ou no solo, terá muito maior impacto do que um incêndio no mês de outono, quando nesta mesma área não há mais ninho, ovos ou animais que não tenha capacidade de voar. Outro tipo de fator que influenciam o efeito do fogo na fauna, diz respeito a característica biológicas das espécies, incluindo os seus hábitos e sua posição na cadeia alimentar e sua capacidade de dispersão. Efeito do fogo na fauna há curto prazo (Foto tirada na Floresta Nacional de Brasília no dia 18 de Junho de 2015). Interação entre fogo e espécies animais A ação do fogo durante milhões de anos sobre as espécies da fauna, constituem assim, independentemente da sua origem (natural ou humana), não só um importante fator ecológico, mas também uma força evolutiva. De certa maneira o efeito do Fogo sobre as espécies animais têm grandes fatores, podendo ser diretos ou indiretos. De maneira direta, temos, mortalidade, ferimentos, fuga, movimentos. Já na O efeito de suma importância é a mortalidade das espécies. Alem disso o fogo pode também provocar ferimentos ou levar os animais a uma fuga as chamas, e com isso ocasionar emigração para outra área. A morte de mamíferos de grande porte está associada a incêndios com alta intensidade, de elevada velocidade de propagação, no qual geram espessa cortinas de fumaça, ocasionando asfixia do indivíduo, porém não é uma característica somente desse grupo, podendo atingir mamíferos de pequeno porte ou até mesmo animais de outros gêneros. No que diz respeito a características biológicas, animais com maior capacidade de deslocação (aves, invertebrados, mamíferos de grande porte) levam vantagem na fuga. No entanto, animais com menor capacidade de mobilização e que vivem na superfície do solo tornam-se vulneráveis as chamas. As aves em geral apresentam grande capacidade de 7 deslocação, porém na fase de recria esses animais juvenis, no qual não tem capacidade de voar são atingidos pelo o fogo, ocasionando a morte do indivíduo. Espécies de animais invertebrados tendem a se refugiar em zonas mais profundas do solo, onde exista maior teor de umidade e também animais que vivem em superfície procuram áreas úmidas (veredas, mata ciliares, mata de galeria), pois nestas localidades há um quantitativo de água. Fuga e Atração Assim que o fogo é detectado, muitas espécies voltam a área ardida, algumas espécies são atraídas pelo calor, durante a fase de combustão, logo em seguida a passagem da queima, pois nestas áreas há uma certa disponibilização de alimento (carcaça de animais) ou até mesmo animais oportunistas, tais como aves de rapina e animais necrófagos.Onde são espécies predatórias que atacam suas prezas que estão vulneráveis (Vacanti,1985). zonas de vegetação que não arderam, geralmente em áreas úmidas ou em formações rochosas. (Lawrence 1966). As razões apontadas para esses fenômenos também se constituem mecanismos de proteção contra predadores (Vacante 1985). Além disso, certas espécies são atraídas para estas áreas, onde há uma grande disponibilização de sementes ao solo, sementes caídas durantes e logo após a passagem do fogo. As aves de rapina e necrófagas são normalmente atraídas para estas áreas, devido a maior abundância de alimento (Parker 1974), e também há uma certa facilidade em detectar insetos ou até mesmo roedores após o regime de queima. (Aves de rapina aproveitam o momento pós queima para ir, em busca de alimento). Muitas das espécies de aves abandonam o seu habitat, até mesmo por uma forma de defesa para evitar ferimentos, e logo em seguida a passagem do fogo, retornam. Isto acontece quando há uma reduzida alteração em seu hábitat, onde a queima foi proporcionalmente de baixa intensidade. Esse comportamento está intimamente relacionado à sua área vital, de alimentação. Em outra situação, certas espécies de aves, no qual seu hábitat foi totalmente modificado, quando não há mais possibilidade de sobrevida desta espécie, proporcionando a migração definitivamente para outras áreas (Adiar 1997). Relativamente aos mamíferos, animais de grande porte, possuem uma grande mobilidade, proporcionando uma certa rapidez em sua locomoção, podendo assim migrarem para áreas não queimadas. Há também possibilidades de mamíferos através de linha de fogo deslocarem para áreas já queimadas. Christine, (1980). Já o micro mamíferos tendem a procurar refúgio em No reino dos insetos, destacam as espécies de coleópteros (espécies que geralmente se alimentam de tecidos vegetais vivos ou mortos), no qual são perfuradores de troncos de árvores, que selecionam as árvores hospedeiras (neste caso árvores queimadas) (Raffa 1983), onde depositam os seus ovos, de forma a garantir alimento para suas larvas. O fato dessas espécies terém constantemente várias gerações ao ano, constituem também vetores de fungos, muitos dos quais prejudiciais, levando ao aparecimento de doenças nas formações florestais, podendo tornar verdadeiras pragas e levar vários indivíduos vegetais a morte Métodos de Gestão para Minimizar Incêndios Florestais Este tópico aborda a forma de gestão com o objetivo de minimizar os impactos dos incêndios florestais. No qual são princípios e estratégias que vão propiciar uma forma adequada de manejo do fogo. A população vegetal predominante da área influencia na intensidade da combustão, pois o acúmulo de biomassa proporciona o tipo de queima. Em que o combustível vegetal é comumente formado por carboidratos das plantas. A possibilidade da ocorrência de incêndio, em grande parte, depende da quantidade de 8 combustível fino, umidade e continuidade do combustível, que interferem nas características e intensidade do fogo (Wright 1982). Uma série de fatores rege as populações acometidas por incêndios, como as espécies de plantas afetadas, o tipo de fisionomia, a estação do ano em que ocorre o incêndio, as condições naturais antes e depois da queima, a herbivoria, a frequência e o tempo desde a última queimada (Silvia 1991). O método mais utilizado baseia-se, manuais ou mecânicos. Em que o corte da vegetação pode ser utilizado através de roçagem, gradagem ou até mesmo pelo o próprio fogo, onde este, controlado (ou prescrito) se faz de uso planeado em que as condições ambientais tornam-se compatíveis com os objetivos de gestão. Sendo esse método um dos mais utilizados no mundo, devido a sua eficácia, versatilidade, possibilidade de uso em escala, e também por motivos econômicos e ecológicos (Graham 2004). Com isso reduz efetivamente o combustível fino acumulado minimizando o grau de intensidade do incêndio. O fogo controlado pode ser definido em duas formas, tanto aceiro negro, quanto contra fogo. Aquele de certa forma se utiliza na prevenção de um eventual incêndio, fazendo com que a área principal da unidade não seja atingida pelo o fogo, já este pode ser utilizado quando uma eventual queima não pode ser mais controlada, de forma manual, onde a equipe de combate lança chamas em uma área contrária ao incêndio, onde proporcionará o encontro do fogo, possibilitando extinção da queima. objetos e fenômeno que ocorrem na superfície terrestre, sem que haja contato físico, no qual utiliza sensores a bordo de satélites para aquisição dessas informações. Com o avanço tecnológico possibilita a utilização de imagens de satélites, para detectar e localizar em tempo real focos de incêndios florestais. Gráficos dos focos acumulados por estados do Brasil (mês de janeiro até agosto de 2014) Mato grosso lidera o ranking dos estados com maior numero de queimadas. Ao todo já são 7277 focos contra 5527 registrados no mesmo período do ano passado. (Fonte: INPE - Sistema de monitoramento e queimadas). Comparação do total de focos ativos detectados, no período a cada mês, no período de 1998 até 2014. (Fonte: IBAMA) Sensoriamento Remoto Um sistema de uso eficiente para os órgãos ambientais, que fazem o monitoramento das áreas por meio de equipamentos tecnológicos, com o objetivo essencial para a identificação dos incêndios florestais em escala global. Esta ferramenta soma-se a técnicas destinadas a obtenção de informações sobre (Fonte: INPE - Sistema de monitoramento e queimadas.) A tabela mostra uma certa sazonalidade dos focos detectados, no período de julho de 2003, 2005 e 2010 mês que lideram o ranking. Já os 9 meses de agosto e setembro mostraram o índice altíssimo de queimadas nos anos de 2005 com 4746 focos, 2007 com 3236 focos, 2010 com 4684 focos, 2013 com 3243 focos. Considerações Finais O manejo de forma adequada em Unidades de Conservação com prevenção a eventuais incêndios florestais, reduziria drasticamente a mortandade de espécies, tanto da fauna, quanto da flora. Queimadas prescritas, em parcelas e com regimes adequados, reduziriam os índices de áreas atingidas por incêndios devastadores, permitiriam as plantas completarem seus ciclos biológicos, aumentariam a produtividade do ecossistema local, acarretando maior disponibilidade de alimento aos animais, durante o período crítico de seca. No entanto, se grandes parcelas de áreas ficam anos sem ter a presença de fogo, haverá geração e acúmulo de biomassa e tornará estas áreas vulneráveis a incêndios devastadores, impossíveis de serem controlados.Neste sentido, os efeitos ecológicos do fogo ao bioma cerrado inserem várias vertentes, desde a devastação até a manutenção da vida silvestre. Pois a exclusão total do fogo ao cerrado seria uma mera utopia, no qual é extremamente difícil manter áreas que não foram queimadas. O trabalho pôde mostrar as várias influências que fogo pode ter em um ambiente natural de forma a garantir a manutenção da vida silvestre e propiciar o manejo das Unidades de Conservação, utilizando o fogo como ferramenta de manejo, pois este elemento cada vez mais torna-se preocupação para órgãos ambientais, visto que fora de controle causará danos irreversíveis a natureza Agradecimentos Agradecemos, primeiramente a Deus por nos darmos saúde e força para terminar essa jornada acadêmica, aos nossos familiares que sempre estiveram ao nosso lado. Agradecemos ao nosso orientador, Luís Carlos Spaziani, por toda dedicação e paciência a nos ajudar a concluir esta pesquisa. Agradecemos ao coordenador e todos demais professores, que colaboraram com a nossa formação e a todos os colegas que estiveram conosco por todo esse período. 10 Referências: 1 - Coutinho LM. Ecological effects of fire in Brazilian Cerrado. Ecology of tropical savannas. 1982 2 - Graham; Basis for changing Brazilian florests, 2004. 3 - Hoffmann WA, The effects of fire, ecosystems and cover on seeding establishment in savanna. Journal of ecology, 2000. 3 - Ibama – (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). 4 - Câmbio- (Instituto Chico Mendes) - www.icmbio.gov.br. 5 - Inpe- Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais- Sistema de detecção de focos de calor. 6 - Medeiros, M.B & F. Incêndio florestal no Parque Nacional da Serra da Canastra. Desafio para a conservação da biodiversidade: Ciência Florestal. N.C.2004 7 – Milano MS, Rizzo NE. Princípios Básicos de manejo e administração de áreas silvestres. ITCF.55p. 8 - Morais JCM. Tecnologia de combate aos incêndios florestais. Floresta, vol34(2):211-216, 2004. 9 - Moreira. Effects of fire protection on savanna structure in Central Brazil. Jornal off Biogeógrafa, 2002. 10 – Oliveira Filho. A study of the origin o central Brazilian florists by the analysis of plant species. distribution patterns. Edinburg journal of Botany, 1995. 11 - Parker. Activity of red tailed Hawks at a corn stubble fire ecology, 1974. 12 - Pivello VR. Fire management for biological conservation in the Brazilian cerrado. P. 129-154, 2011. 13 - Prodon, R. Effects of fire and prescribed burning mammals in the Mediterranean, 2000. 14 - Raffa. The role host plant resistence in the colonization hebavior and ecology, 1983. 15 - Silvia. Diagnóstico das áreas de maior incidência de incêndios florestais em Unidades de Conservação, JC 1991. 16 - Tubelis, D.P. Veredas e seu uso por aves no cerrado , America do Sul: Uma revisão. Biota Neotrópica 2009. 17 - Vacanti. Recolonnization . of burned by meador, 1985. 18 - Whelan. The ecology of fire, R, J, 1995. 19 - Wright, H. A. & Bailey, A. W. Fire Ecology Brazilian, John Wiley & Sons, Inc. 1982. 501 p. 11