Governo do Estado do Rio Grande do Norte Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Rio Grande do Norte - SEMARH Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Estado do Rio Grande do Norte - IDEMA Instituto de Gestão das Águas do Estado do Rio Grande do Norte - IGARN Universidade Federal do Rio Grande do Norte- UFRN Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia - IFRN Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA Universidade Estadual do Rio Grande do Norte - UERN Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio Grande do Norte - EMPARN REDE COMPARTILHADA DE MONITORAMENTO DE QUALIDADE DA ÁGUA PROGRAMA ÁGUA AZUL 5º RELATÓRIO TRIMESTRAL: TOMO I - MONITORAMENTO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO PERÍODO DE OUTUBRO DE 2009 A MARÇO DE 2010 NATAL, JULHO DE 2010. COORDENAÇÃO GERAL MANOEL LUCAS FILHO - UFRN Engo Civil, Doutor e Pós Doutor em Engenharia de Recursos Hídricos, Professor e Diretor do Centro de Tecnologia da UFRN SÉRGIO LUIZ MACÊDO - IDEMA Engo Civil, Mestre em Engenharia Sanitária, Núcleo de Monitoramento Ambiental – NMA/IDEMA NELSON CÉSIO FERNANDES SANTOS - IGARN Engo Civil, Mestre em Recursos Hídricos, Coordenador de Gestão Operacional – IGARN EQUIPE TÉCNICA – TOMO I UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN AÉCIA SELEIDE DANTAS Bacharel, Mestre e Doutoranda em Química, Técnica do ICP-OES. ANDRÉ LUIZ PEREIRA DE ALMEIDA Bacharel e Mestrando em Química. Técnico do TOC. DJALMA RIBEIRO DA SILVA Mestre e Doutor em Química. Professor da UFRN. EMILY CINTIA TOSSI DE ARAÚJO COSTA Licenciada, Bacharel, Mestre e Doutoranda em Química, Técnica do IC. Química - Central de Análises. JULIANA DELGADO TINÔCO Engenheira Civil, Mestre em Engenharia Sanitária, Doutoranda da Escola de Engenharia de São Carlos - EESC/USP- Departamento de Hidráulica e Saneamento. MIQUÉIAS ARAÚJO DANTAS Licenciado em Química, Mestrando em Ciência e Engenharia do Petróleo. RAYANNA HOZANA BEZERRIL Bacharel em Química, Mestre e Doutoranda em Ciência e Engenharia do Petróleo, Técnica do TOG. SANDRO ARAÚJO DA SILVA Técnico em Tecnologia Ambiental. Graduando em Química. Técnico do Laboratório de Análises Físico-Químicas e Microbiológicas do Programa de Pós-Graduação em Saneamento Recursos Hídricos e Saneamento da UFRN. SHIRLEY FEITOSA MACHADO SENA Bacharel em Química, Mestranda em Ciência e Engenharia do Petróleo. TARCILA MARIA PINHEIRO FROTA Engenheira de Materiais, Especialista em Ciência e Tecnologia de Materiais Aplicados à Indústria, Mestre e Doutoranda em Ciência e Engenharia de Materiais. VERUSHKA SYMONNE DE MEDEIROS LOPES Bacharel em Química, Mestranda em Ciência e Engenharia do Petróleo. INSTITUTO DE GESTÃO DAS ÁGUAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE (IGARN): FRANCISCO RAFAEL SOUSA FREITAS Tecnólogo em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental. Mestre em Engenharia Sanitária (Área de Concentração: Recursos Hídricos). Consultor SEMARH/PSP (Monitoramento Qualitativo). ANTONIO GOMES DE PAIVA Bacharel em Química. Setor de Monitoramento da Qualidade da Água – CGO. SELMA MARIA DA SILVA Engenheira Química. Setor de Monitoramento da Qualidade da Água – CGO. Estagiárias RADMILA SALVIANO FERREIRA Graduanda em Ecologia-UFRN (Estagiária – Monitoramento Qualitativo). RAPHAELLA MOURA DE MENDONÇA Graduanda em Biologia -UFRN (Estagiária – Monitoramento Qualitativo). UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO NORTE- UERN SUELY SOUZA LEAL DE CASTRO Licenciada e Bacharel em Química, Mestre em Ciências, Doutora em Química Analítica e. Professora Adjntuo IV do Departamento de Química da UERN. LUIZ DI SOUZA Eng. Químico, Mestre em Ciências, Doutor em Engenharia dos Materiais, Professor Adjntuo IV do Departamento de Química da UERN. THIAGO MIELLE B. F. OLIVEIRA Licenciado em Química, Especialista em Química e Biologia, Técnico de Laboratório de Química do Departamento de Química da UERN. PEDRO HENRIQUE C. S. COSTA Graduando em Química, UERN. ANTÔNIO RANK-SERMILHER DE SALES BARBOSA Graduando em Química, UERN. WYSLLEY DOUGLAS ALVES PAIVA Graduando em Química, UERN. RAQUEL F. DOS SANTOS Graduando em Gestão Ambiental, UERN. EMPRESA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE – EMPARN ALFRÊDO OSVALDO DANTAS DE AZEVEDO Msc. em Eng. Sanitária JOSÉ SIMPLÍCIO DE HOLANDA PhD em Agronomia ALDO ARNALDO DE MEDEIROS PhD em Agronomia RAIMUNDO FERNANDES DUTRA Eng.º Químico MARCOS JOSÉ DA NÓBREGA FREIRE Eng.º Químico LÍGIA MARIA BARRETO REGO Eng.º Químico MARIA DE FÁTIMA COSTA Bel. em Química GLEY BENÉVOLO XAVIER Bel. em Química MARIA DA CONCEIÇÃO GOMES BENTES Bióloga ADEMILSON GOMES DA SILVA Laboratorista MARIA DO SOCORRO VALENTIM CÂMARA Assist. de Pesquisa I RONILDO TEIXEIRA DE PAULA Tec. Laboratório ERNESTRO ESPÍNOLA SOBRINHO Tec. Laboratório VALDO LOPES DE MOURA Laboratorista ÂNGELA CRISTINA MELO LIBERATO Bióloga TARCÍSIO BATISTA DANTAS Tec. Laboratório SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 1 2. OBJETIVOS ............................................................................................................................................... 2 3. MATERIAIS E MÉTODOS .......................................................................................................................... 3 3.1. ÁREA GEOGRÁFICA DE ESTUDO ............................................................................................................ 3 3.1.1. Corpos d’água superficiais da Região Costeira do RN (UFRN) ......................................................... 3 3.1.2. Bacia Hidrográfica do Rio Piranhas-Açu .......................................................................................... 6 3.1.3. Bacia Hidrográfica do Rio Apodi-Mossoró ....................................................................................... 9 3.2. PERÍODO DE COLETA ........................................................................................................................... 10 3.2.1. Corpos d’água superficiais da Região Costeira do RN (UFRN) ....................................................... 10 3.2.2. Bacia Hidrográfica do Rio Piranhas-Açu ........................................................................................ 10 3.2.3. Bacia Hidrográfica do Rio Apodi-Mossoró ..................................................................................... 10 3.3. METODOLOGIA PARA COLETA E PRESERVAÇÃO DAS AMOSTRAS ....................................................... 11 3.3.1. Variáveis Não Mensuráveis ............................................................................................................ 11 3.3.2. Variáveis Mensuráveis ................................................................................................................... 12 3.4. ÍNDICES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS - IQA .......................................................................................... 13 VARIÁVEIS MICROBIOLÓGICAS .................................................................................................................................. 20 4. APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .................................................................. 23 4.1. CORPOS D’ÁGUA SUPERFICIAIS DA REGIÃO COSTEIRA DO RN ............................................................ 23 4.1.1. Bacia Hidrográfica Boqueirão ........................................................................................................ 23 4.1.2. Bacia Hidrográfica Ceará-Mirim .................................................................................................... 29 4.1.4. Bacia Hidrográfica Jacú.................................................................................................................. 47 4.1.5. Bacia Hidrográfica Maxaranguape ................................................................................................ 56 4.1.6. Bacia Hidrográfica Pirangi ............................................................................................................. 64 4.1.7. Bacia Hidrográfica Potengi ............................................................................................................ 78 4.1.8. Bacia Hidrográfica Punaú .............................................................................................................. 93 4.1.9. Bacia Hidrográfica do Rio Doce...................................................................................................... 99 4.1.10. Faixa Litorânea Leste de Escoamento Difuso .......................................................................... 108 4.1.11. Bacia Hidrográfica do Trairi .................................................................................................... 114 4.2. BACIA HIDROGRÁFICA PIRANHAS-AÇU ............................................................................................. 123 4.3. BACIA HIDROGRÁFICA APODI-MOSSORÓ ......................................................................................... 161 5. CONCLUSÕES ....................................................................................................................................... 192 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................ 194 LISTA DE TABELAS TABELA 3-1 – LOCALIZAÇÃO DAS ESTAÇÕES DE AMOSTRAGEM DOS CORPOS D’ÁGUA SUPERFICIAIS DA REGIÃO COSTEIRA DO RN ....... 5 TABELA 3-2 – ESTAÇÕES DE AMOSTRAGEM DA BACIA DO PIRANHAS-AÇU ............................................................................... 8 TABELA 3-3 - ESTAÇÕES DE AMOSTRAGEM NA BACIA HIDROGRÁFICA APODI-MOSSORÓ. ......................................................... 10 TABELA 3-4 – METODOLOGIA DE COLETA E PRESERVAÇÃO DAS AMOSTRAS. ........................................................................... 11 TABELA 3-5 – PARÂMETROS E PESOS PARA CÁLCULO DO IQA. ............................................................................................. 14 TABELA 3-6 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q1 (OD). ................................................ 14 TABELA 3-7 - OXIGÊNIO DE SATURAÇÃO (MG/L) EM FUNÇÃO DA ALTITUDE (PRESSÃO) E TEMPERATURA DA ÁGUA. ........................ 15 TABELA 3-8 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q2 (CTE)................................................. 15 TABELA 3-9 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q3 (PH). ................................................. 15 TABELA 3-10 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q4 (DBO5). ......................................... 16 TABELA 3-11 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q5 (NT)................................................ 16 TABELA 3-12 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q6 (PT). ............................................... 16 TABELA 3-13 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q7 (TUR). ............................................. 16 TABELA 3-14 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q8 (ST). ............................................... 16 TABELA 3-15 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q9 (T). ................................................. 17 TABELA 3-16 - CLASSIFICAÇÃO DE ÁGUAS NATURAIS, CONFORME O IQA-NSF. ....................................................................... 17 TABELA 3-17 - CLASSIFICAÇÃO DE ÁGUAS NATURAIS, CONFORME O IET (CETESB/SP). ........................................................... 21 TABELA 4-1 - RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E BIOLÓGICAS, ÍNDICES IQA, IT E IQAC DA BACIA BOQUEIRÃO. ............ 26 TABELA 4-2 - RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E BIOLÓGICAS, ÍNDICES IQA, IT E IQAC DAS AMOSTRAS DE ÁGUA SUPERFICIAIS DA BACIA HIDROGRÁFICA CEARÁ-MIRIM. ............................................................................................. 30 TABELA 4-3 - RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E BIOLÓGICAS, ÍNDICES IQA, IT E IQAC DAS AMOSTRAS DE ÁGUA SUPERFICIAIS DA BACIA HIDROGRÁFICA CURIMATAÚ. ................................................................................................ 39 TABELA 4-4 – RESULTADOS PARA A AMOSTRA DE SEDIMENTO NA BACIA DE CURIMATAÚ .......................................................... 40 TABELA 4-5 - RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E BIOLÓGICAS, ÍNDICES IQA, IT E IQAC DAS AMOSTRAS DE ÁGUA SUPERFICIAIS DA BACIA HIDROGRÁFICA JACÚ. .......................................................................................................... 48 TABELA 4-6 - RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E BIOLÓGICAS, ÍNDICES IQA, IT E IQAC DAS AMOSTRAS DE ÁGUA SUPERFICIAIS DA BACIA MAXARANGUAPE. .............................................................................................................. 57 TABELA 4-7 - RESULTADOS PARA A AMOSTRA DE SEDIMENTO NO ESTUÁRIO DO RIO MAXARANGUAPE ........................................ 58 TABELA 4-8 - RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E BIOLÓGICAS, ÍNDICES IQA, IT E IQAC DA BACIA HIDROGRÁFICA DO PIRANGI. ......................................................................................................................................................... 66 TABELA 4-9 - RESULTADOS PARA A AMOSTRA DE SEDIMENTO .............................................................................................. 74 TABELA 4-10 - RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E BIOLÓGICAS, ÍNDICES IQA, IT E IQAC DA BACIA HIDROGRÁFICA POTENGI. ........................................................................................................................................................ 80 TABELA 4-11 - RESULTADOS PARA A AMOSTRA DE SEDIMENTO DA BACIA HIDROGRÁFICA POTENGI. ........................................... 82 TABELA 4-12 - RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E BIOLÓGICAS, ÍNDICES IQA, IT E IQAC DAS AMOSTRAS DE ÁGUAS SUPERFICIAIS DA BACIA PUNAÚ. ........................................................................................................................... 94 TABELA 4-13 - RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E BIOLÓGICAS, ÍNDICES IQA, IT E IQAC DAS AMOSTRAS DE ÁGUA SUPERFICIAIS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOCE............................................................................................. 100 TABELA 4-14 - RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E BIOLÓGICAS, ÍNDICES IQA, IT E IQAC DAS AMOSTRAS DE ÁGUAS SUPERFICIAIS DA BACIA FAIXA LITORÂNEA LESTE. ................................................................................................... 109 TABELA 4-15 - RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E BIOLÓGICAS, ÍNDICES IQA, IT E IQAC DAS AMOSTRAS DE ÁGUA SUPERFICIAIS DA BACIA HIDROGRÁFICA TRAIRI. ...................................................................................................... 115 TABELA 4-16 - RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E BIOLÓGICAS, ÍNDICES IQA E IET DAS AMOSTRAS DE ÁGUAS SUPERFICIAIS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO PIRANHAS-AÇU/RN. ................................................................................................. 124 TABELA 4-17 – CONCENTRAÇÕES DOS METAIS PARA AS AMOSTRAS DE SEDIMENTO DO AÇUDE GARGALHEIRAS. .......................... 135 TABELA 4-18 – CONCENTRAÇÕES DOS METAIS PARA AS AMOSTRAS DE SEDIMENTO NO PONTO PIA 17 (ESTUÁRIO MACAU). ........ 145 TABELA 4-19 – RESULTADOS PARA A AMOSTRA DE SEDIMENTO NO PONTO PIA 18 (RIO DOS CAVALOS). ................................... 147 TABELA 4-20 – RESULTADOS PARA A AMOSTRA DE SEDIMENTO NO PONTO PIA 27 (ESTUÁRIO GUAMARÉ). ............................... 156 TABELA 4-21 – RESULTADOS PARA A AMOSTRA DE SEDIMENTO NO PONTO PIA 28 – RIO DAS CONCHAS. .................................. 157 TABELA 4-22 - RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E BIOLÓGICAS, ÍNDICES IQA, IT, IQAC E IET DA BACIA HIDROGRÁFICA APODI-MOSSORÓ/RN. .................................................................................................................................... 162 LISTA DE FIGURAS FIGURA 3-1 - ESTAÇÕES DE AMOSTRAGEM DO PROGRAMA ÁGUA AZUL NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE. ........................... 4 FIGURA 3-2 - MAPA DA BACIA HIDROGRÁFICA DO PIRANHAS-AÇU CONTENDO OS PONTOS DE MONITORAMENTO DO PROGRAMA ÁGUA AZUL NA CAMPANHA SEMESTRAL 2009.1 (FONTE: IGARN - 2009). ................................................................... 7 FIGURA 3-3 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA APODI-MOSSÓRO (FONTE: SEMARH, 2009) ............................... 9 FIGURA 4-1 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO BOQUEIRÃO (FONTE: IGARN, 2009) .................................... 24 FIGURA 4-2 - CONCENTRAÇÕES DE OD E DBO DA LAGOA DO BOQUEIRÃO ............................................................................ 27 FIGURA 4-3 - CONCENTRAÇÃO DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES NA LAGOA DO BOQUEIRÃO ................................................ 27 FIGURA 4-4 – IQA E IQAC DA LAGOA DO BOQUEIRÃO ...................................................................................................... 28 FIGURA 4-5 – IET DA LAGOA DO BOQUEIRÃO .................................................................................................................. 28 FIGURA 4-6 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA CEARÁ-MIRIM ........................................................................ 29 FIGURA 4-7 - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E DBO NA BACIA HIDROGRÁFICA CEARÁ-MIRIM. ....................... 35 FIGURA 4-8 - VARIAÇÃO ESPACIAL DA CONCENTRAÇÃO DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES NA BACIA HIDROGRÁFICA CEARÁ-MIRIM. ...................................................................................................................................................................... 35 FIGURA 4-9 - VARIAÇÃO ESPACIAL DO IET DA BACIA HIDROGRÁFICA CEARÁ-MIRIM ................................................................ 36 FIGURA 4-10 - VARIAÇÃO ESPACIAL DO IQA E IQAC DA BACIA HIDROGRÁFICA CEARÁ-MIRIM .................................................. 36 FIGURA 4-11 - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E COT NA BACIA HIDROGRÁFICA CEARÁ-MIRIM. ...................... 37 FIGURA 4-12 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO CURIMATAÚ .................................................................... 38 FIGURA 4-13 - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E DBO NA BACIA HIDROGRÁFICA CURIMATAÚ ......................... 44 FIGURA 4-14 – VARIAÇÃO ESPACIAL DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS NA BACIA HIDROGRÁFICA CURIMATAÚ .......................... 44 FIGURA 4-15 - VARIAÇÃO ESPACIAL DA CONCENTRAÇÃO DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES NA BACIA HIDROGRÁFICA DO CURIMATAÚ ..................................................................................................................................................... 45 FIGURA 4-16 – VARIAÇÃO ESPACIAL DO IET NA BACIA HIDROGRÁFICA DO CURIMATAÚ ........................................................... 45 FIGURA 4-17– VARIAÇÃO ESPACIAL DO IQA E IQAC NA BACIA HIDROGRÁFICA DO CURIMATAÚ ................................................ 46 FIGURA 4-18 - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E COT NA BACIA HIDROGRÁFICA CURIMATAÚ .......................... 46 FIGURA 4-19 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA JACÚ .................................................................................. 47 FIGURA 4-20 – LAGOA DE GUARAÍRA; A) ESTAÇÃO DE MONITORAMENTO JAC 3; B) JAC 3-DISTÂNCIA PERCORRIDA PARA COLETAR ÁGUA .............................................................................................................................................................. 51 FIGURA 4-21 – LAGOA DE GUARAÍRA; A) ESTAÇÃO DE MONITORAMENTO JAC 4; B) JAC 4- MOMENTO DA COLETA. ..................... 52 FIGURA 4-22 - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E COT NA BACIA HIDROGRÁFICA JACÚ.................................... 53 FIGURA 4-23 - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E DBO NA BACIA HIDROGRÁFICA JACÚ ................................... 54 FIGURA 4-24 - VARIAÇÃO ESPACIAL DA CONCENTRAÇÃO DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES NA BACIA HIDROGRÁFICA JACÚ. ........ 54 FIGURA 4-25 - VARIAÇÃO ESPACIAL DO IQA E IQAC NA BACIA HIDROGRÁFICA JACÚ. .............................................................. 55 FIGURA 4-26 - VARIAÇÃO ESPACIAL DO IET NA BACIA HIDROGRÁFICA JACÚ........................................................................... 55 FIGURA 4-27 - MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA MAXARANGUAPE................................................................... 56 FIGURA 4-28 - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E DBO NA BACIA HIDROGRÁFICA MAXARANGUAPE .................. 60 FIGURA 4-29 - VARIAÇÃO ESPACIAL DA CONCENTRAÇÃO OD E COT NA BACIA HIDROGRÁFICA MAXARANGUAPE .......................... 61 FIGURA 4-30 - VARIAÇÃO ESPACIAL DA CONCENTRAÇÃO DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES NA BACIA HIDROGRÁFICA MAXARANGUAPE .............................................................................................................................................. 62 FIGURA 4-31 - VARIAÇÃO ESPACIAL DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS NA BACIA HIDROGRÁFICA MAXARANGUAPE .................... 62 FIGURA 4-32 - VARIAÇÃO ESPACIAL DO IQA E IQAC NA BACIA HIDROGRÁFICA MAXARANGUAPE .............................................. 63 FIGURA 4-33 - VARIAÇÃO ESPACIAL DO IET NA BACIA HIDROGRÁFICA MAXARANGUAPE .......................................................... 64 FIGURA 4-34 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA PIRANGI .............................................................................. 65 FIGURA 4-35 - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E DBO NA BACIA HIDROGRÁFICA PIRANGI............................... 75 FIGURA 4-36 - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E COT NA BACIA HIDROGRÁFICA PIRANGI. .............................. 76 FIGURA 4-37 - VARIAÇÃO ESPACIAL DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS NA BACIA HIDROGRÁFICA PIRANGI................................. 76 FIGURA 4-38 - VARIAÇÃO ESPACIAL DA CONCENTRAÇÃO DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES NA BACIA HIDROGRÁFICA PIRANGI. ... 77 FIGURA 4-39 - VARIAÇÃO ESPACIAL DO IET NA BACIA HIDROGRÁFICA PIRANGI. ..................................................................... 77 FIGURA 4-40 - VARIAÇÃO ESPACIAL DO IQA E IQAC NA BACIA HIDROGRÁFICA PIRANGI. ......................................................... 78 FIGURA 4-41 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA POTENGI ............................................................................. 79 FIGURA 4-42 - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E DBO NA BACIA HIDROGRÁFICA POTENGI .............................. 89 FIGURA 4-43 - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E COT NA BACIA HIDROGRÁFICA POTENGI .............................. 90 FIGURA 4-44 - VARIAÇÃO ESPACIAL DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS NA BACIA HIDROGRÁFICA POTENGI ................................ 90 FIGURA 4-45 - VARIAÇÃO ESPACIAL DA CONCENTRAÇÃO DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES NA BACIA HIDROGRÁFICA POTENGI.... 91 FIGURA 4-46 - VARIAÇÃO ESPACIAL DO IET NA BACIA HIDROGRÁFICA POTENGI ..................................................................... 91 FIGURA 4-47 - VARIAÇÃO ESPACIAL DO IQA E IQAC NA BACIA HIDROGRÁFICA POTENGI.......................................................... 92 FIGURA 4-48 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO PUNAÚ .......................................................................... 93 FIGURA 4-49 – CONCENTRAÇÕES DE OD E DBO NA BACIA HIDROGRÁFICA DO PUNAÚ ........................................................... 96 FIGURA 4-50 – CONCENTRAÇÕES DE OD E COT NA BACIA HIDROGRÁFICA DO PUNAÚ ............................................................ 96 FIGURA 4-51 – CONCENTRAÇÃO DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES NA BACIA HIDROGRÁFICA DO PUNAÚ ................................ 97 FIGURA 4-52 – VARIAÇÃO ESPACIAL DO IQA E IQAC NA BACIA HIDROGRÁFICA DO PUNAÚ ...................................................... 97 FIGURA 4-53 –VARIAÇÃO ESPACIAL DO IET NA BACIA BACIA HIDROGRÁFICA DO PUNAÚ.......................................................... 98 FIGURA 4-54 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOCE ....................................................................... 99 FIGURA 4-55 - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E DBO NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOCE ..................... 105 FIGURA 4-56 - VARIAÇÃO ESPACIAL DA CONCENTRAÇÃO OD E COT NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOCE ............................ 105 FIGURA 4-57 – VARIAÇÃO ESPACIAL DA CONCENTRAÇÃO DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOCE .................................................................................................................................................................... 106 FIGURA 4-58 – VARIAÇÃO ESPACIAL DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOCE ....................... 106 FIGURA 4-59 - VARIAÇÃO ESPACIAL DO IQA E IQAC NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOCE ................................................. 107 FIGURA 4-60 – VARIAÇÃO ESPACIAL DO IET NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOCE ............................................................ 107 FIGURA 4-61 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA FAIXA LITORÂNEA LESTE DE ESCOAMENTO DIFUSO .................... 108 FIGURA 4-62 - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E DBO NA BACIA HIDROGRÁFICA DA FAIXA LITORÂNEA LESTE DE ESCOAMENTO DIFUSO...................................................................................................................................... 111 FIGURA 4-63 - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E DBO NA BACIA HIDROGRÁFICA DA FAIXA LITORÂNEA LESTE DE ESCOAMENTO DIFUSO...................................................................................................................................... 111 FIGURA 4-64 –VARIAÇÃO ESPACIAL DA CONCENTRAÇÃO DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES NA BACIA HIDROGRÁFICA DA FAIXA LITORÂNEA LESTE DE ESCOAMENTO DIFUSO ......................................................................................................... 112 FIGURA 4-65 –VARIAÇÃO ESPACIAL DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS NA BACIA HIDROGRÁFICA DA FAIXA LITORÂNEA LESTE DE ESCOAMENTO DIFUSO...................................................................................................................................... 112 FIGURA 4-66 – VARIAÇÃO ESPACIAL ESPACIAL DO IQA E IQAC NA BACIA HIDROGRÁFICA FLLED ............................................ 113 FIGURA 4-67 – VARIAÇÃO ESPACIAL DO IET NA BACIA HIDROGRÁFICA DA FAIXA LITORÂNEA LESTE DE ESCOAMENTO DIFUSO ....... 113 FIGURA 4-68 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO TRAIRI .................................................................... 114 FIGURA 4-69 – VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E DBO NA BACIA HIDROGRÁFICA TRAIRI. ............................. 119 FIGURA 4-70 - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E COT NA BACIA HIDROGRÁFICA TRAIRI................................ 120 FIGURA 4-71 – VARIAÇÃO ESPACIAL DA CONCENTRAÇÃO DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES NA BACIA HIDROGRÁFICA TRAIRI. ... 120 FIGURA 4-72 - VARIAÇÃO ESPACIAL DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS NA BACIA HIDROGRÁFICA TRAIRI. ................................ 121 FIGURA 4-73 – VARIAÇÃO ESPACIAL DO IQA E IQAC NA BACIA HIDROGRÁFICA TRAIRI. ......................................................... 121 FIGURA 4-74 - VARIAÇÃO ESPACIAL DO IET NA BACIA HIDROGRÁFICA TRAIRI....................................................................... 122 FIGURA 4-75 - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E DBO NA BACIA HIDROGRÁFICA DO PIRANHAS-AÇU (ESTAÇÕES DE ÁGUA SALOBRA E SALINA).................................................................................................................................. 158 FIGURA 4-76 - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E COT NA BACIA HIDROGRÁFICA DO PIRANHAS-AÇU (ESTAÇÕES DE ÁGUA SALOBRA E SALINA).................................................................................................................................. 158 FIGURA 4-77 - VARIAÇÃO ESPACIAL DOS COLIFORMES TERMOTOLERANTES NA BACIA HIDROGRÁFICA DO PIRANHA-AÇU.............. 159 FIGURA 4-78 - VARIAÇÃO ESPACIAL DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO PIRANHAS-AÇU. ............... 159 FIGURA 4-79 - VARIAÇÃO ESPACIAL DO INDICE DE QUALIDADE DA ÁGUA – IQA NA BACIA HIDROGRÁFICA DO PIRANHAS-AÇU. ..... 160 FIGURA 4-80 - VARIAÇÃO ESPACIAL DO ÍNDICE DE ESTADO TRÓFICO – IET NA BACIA HIDROGRÁFICA DO PIRANHAS-AÇU. ............ 160 FIGURA 4-81 - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E DBO NA BACIA HIDROGRÁFICA APODI-MOSSORÓ. .............. 189 FIGURA 4-82 - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E COT NA BACIA HIDROGRÁFICA APODI-MOSSORÓ. ............... 190 FIGURA 4-83 - VARIAÇÃO ESPACIAL DA CONCENTRAÇÃO DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES NA BACIA HIDROGRÁFICA APODIMOSSORÓ. .................................................................................................................................................... 190 FIGURA 4-84 - VARIAÇÃO ESPACIAL DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS NA BACIA HIDROGRÁFICA APODI-MOSSORÓ. ................ 191 FIGURA 4-85 - VARIAÇÃO ESPACIAL DO IQA E IQAC NA BACIA HIDROGRÁFICA APODI-MOSSORÓ ........................................... 191 FIGURA 4-86 - VARIAÇÃO ESPACIAL DO IET NA BACIA HIDROGRÁFICA APODI-MOSSORÓ ....................................................... 192 1 1. INTRODUÇÃO A água é um dos recursos naturais mais atingido pela ação humana. Rios, lagos e estuários têm sido utilizados como destino para esgotos e resíduos industriais e urbanos, o que vem gerando um grande desequilíbrio ambiental, com perda na qualidade das águas destinadas ao abastecimento, irrigação, recreação e outros usos. Nesse contexto, o monitoramento ambiental das águas é um importante instrumento de atuação, pois subsidia medidas de planejamento, controle, recuperação, preservação e conservação do ambiente em estudo, bem como auxilia na definição das políticas ambientais. O Programa Água Azul tem a finalidade de monitorar, através de coletas e análises, os corpos de águas superficiais e subterrâneos mais relevantes para abastecimento do RN, que abrange as bacias hidrográficas: Apodi-Mossoró, Boqueirão, Ceará-Mirim, Curimatau, Faixa Litorânea Leste de Escoamento Difuso,Faixa Litorânea Norte de Escoamento Difuso,Jacu, Maxaranguape, Pirangi, Piranhas-Açu, Potengi, Punaú, Rio Doce e Trairi, assim como a balneabilidade das praias e de alguns balneários interiores. Neste relatório (Tomo I) são apresentados e discutidos os resultados para a quinta campanha de coletas, realizadas entre Novembro de 2009 e Março de 2010, para lagoas e todos os reservatórios superficiais com capacidade de acumulação acima de 5 milhões de metros cúbicos, trechos de rio perenizados referentes ao “Monitoramento da qualidade das águas superficiais”, que correspondem à meta I do cronograma estabelecido no plano de trabalho do Programa Água Azul. 2 2. OBJETIVOS Os objetivos deste relatório são enumerados a seguir, os quais se coadunam com os do Programa Água Azul: • Identificar e avaliar as condições da qualidade das águas dos principais corpos d’água interiores do Rio Grande do Norte (águas de superfície) através do monitoramento sistemático conforme os condicionamentos e padrões estabelecidos pela Resolução CONAMA N.º 357/2005, com a finalidade de projetar situações futuras de uso e preservação dessas águas para o consumo humano. • Realizar o monitoramento das água e dos sedimentos do Açude Gargalheiras e do estuário do Rio Potengi, para a caracterização das composições e propriedades mineralógicas, geotécnicas e químicas dos sedimentos de fundo, visando identificar concentrações de metais tóxicos (Cádmio total, Chumbo total, Cobre dissolvido, Mercúrio total, Cromo total, Níquel total e Zinco total), desta forma contribuindo para o reconhecimento de fontes poluidoras naturais e antropogênicas. • Verificar os trechos dos corpos d’água que estão com parâmetros em desacordo com as condições e padrões de qualidade de água estabelecidos pela Resolução CONAMA N.º 357/2005 para a respectiva classe de enquadramento; • Fornecer ao IDEMA e ao IGARN, ao longo do período de monitoramento, subsídios para desenvolver investigações com vistas à identificação de fontes potenciais de poluição dos recursos hídricos estudados, bem como o desenvolvimento e implementação de ações mitigadoras, visando à efetivação de metas que assegurem os usos preponderantes de acordo com o enquadramento dos respectivos corpos d’água; • Divulgar relatórios técnicos trimestrais contendo informações a respeito das condições de qualidade das águas dos corpos d’água monitorados. 3 3. MATERIAIS E MÉTODOS A metodologia adotada está apresentada neste capítulo, compreendendo a definição dos pontos de coleta das amostras de água, a data da realização das coletas, a descrição dos parâmetros analisados e os procedimentos analíticos adotados. 3.1. ÁREA GEOGRÁFICA DE ESTUDO As coletas e análises das amostras de águas superficiais foram divididas por sub-bacias entre as instituições participantes, conforme a seguir: • Corpos d’água superficiais da região costeira do RN, que abrange as bacias hidrográficas dos rios Boqueirão, Ceará-Mirim, Jacu, Maxaranguape, Punaú, Pirangi, Potengi, Doce e Curimatau - Intituição responsável: UFRN (coleta e análises); • Bacia Hidrográfica do Rio Piranhas-Açu – Instituições responsáveis: IGARN (coleta e análises) e EMPARN (análises); • Bacia Hidrográfica do Rio Apodi-Mossoró – Instituições responsáveis: IGARN (coleta e análises) e UERN (análises). Os corpos d’água e seus respectivos pontos monitorados são apresentados na Figura 3-1 e indicados nos subitens a seguir. 3.1.1. Corpos d’água superficiais da Região Costeira do RN (UFRN) As estações de monitoramento dos corpos d’água superficiais da Região Costeira do RN totalizam 41 pontos de amostragem, situados em 9 bacias hidrográficas (ver Tabela 3-1). 4 Figura 3-1 - Estações de amostragem do Programa Água Azul no Estado do Rio Grande do Norte. Tabela 3-1 – Localização das Estações de Amostragem dos corpos d’água superficiais da Região Costeira do RN ESTAÇÃO MUNICÍPIO NOME SIGLA BACIA HIDROGRÁFICA COORDENADAS UTM LESTE NORTE Boqueirão 219.012 9.421.542 BOQ 1 Lagoa do Boqueirão Touros CEA 1 Açude Poço Branco Poço Branco Ceará Mirim 205.397 9.376.862 CEA 2 Ponte BR 406 – Taipu Taipu Ceará Mirim 211.403 9.377.954 CEA 3 Jusante da Usina São Fco Extremoz Ceará Mirim 232.728 9.376.888 CEA 4 Ponte BR 101 – Extremoz Extremoz Ceará Mirim 250.590 9.373.148 CUR 1 Jusante de Nova Cruz Nova Cruz Curimatau 242.993 9.285.924 CUR 2 Pedro Velho Pedro Velho Curimatau 255.818 9.286.736 CUR 3 Barra de Cunhaú – estuário Baía Formosa Curimatau 273.628 9.300.978 PIQ 1 Captação de água CAERN Curimatau 254.089 9.289.662 JAC 1 Açude Japi II Jacu 190.932 9.297.558 JAC 2 Sítio Choar Nísia Floresta São José de Campestre Espírito Santo Jacu 239.600 9.298.940 JAC 3 Lagoa de Guaraíra Arês Jacu 265.485 9.315.930 Arês Jacu 265.222 9.315.342 Maxaranguape Maxaranguape 235.458 9.395.184 Maxaranguape Maxaranguape 250.099 9.389.174 Macaíba Pirangi 240.510 9.344.020 Lagoa de Guaraíra JAC 4 Rio Maxaranguape em MAX 1 Dom Marculino MAX 2 Maxaranguape PIR 1 Lamarão PIR 2 Passagem de Areia Parnamirim Pirangi 247.588 9.346.884 PIR 3 Ponte BR 304 Parnamirim Pirangi 248.418 9.348.674 PIR 4 Ponte Velha na BR 101 Parnamirim Pirangi 253.658 9.349.514 PIR 5 Ponte Trampolim da Vitória Parnamirim Pirangi 256.210 9.347.056 PIR 6 Lagoa do Jiqui Parnamirim Pirangi 257.738 9.345.300 PIR 7 Balneário de Pium Nísia Floresta Pirangi 260.610 9.341.440 PIR 8 Parnamirim Pirangi 264.903 9.338.024 POT 1 Ponte velha na RN 063 Rio Camaragibe na travessia da RN 064 Ielmo Marinho Potengi 218.431 9.359.850 POT 2 Açude Campo Grande Potengi 193.136 9.347.651 POT 3 Telha Potengi 212.784 9.350.820 POT 4 Rio Golandim Potengi 250.071 9.359.543 São Paulo do Potengi São Pedro do Potengi São Gonçalo do Amarante 6 Tabela 3-1 – Localização das Estações de Amostragem dos corpos d’água superficiais da Região Costeira do RN (continuação) ESTAÇÃO MUNICÍPIO NOME SIGLA BACIA HIDROGRÁFICA COORDENADAS UTM LESTE NORTE POT 5 Dique da Base Naval Natal Potengi 253.767 9.359.873 POT 6 Jusante do canal do baldo Natal Potengi 254.899 9.360.328 POT 7 Em frente ao Iate Clube Vão central da ponte Nilton Navarro Rio Punaú Natal Potengi 255.754 9.362.347 Natal Potengi 256.125 9.363.325 Rio do Fogo Rio Doce 235.025 9.408.338 Ceará Mirim São Gonçalo do Amarante Extremoz Rio Doce 233.785 9.372.322 Trairí DOC 3 Ponte na BR 406 Jusante do aterro sanitário de Massaranduba Lagoa de Extremoz Rio Doce 238.600 247.088 9.366.200 9.366.960 DOC 4 Gramorezinho Rio Doce 252.674 9.367.278 FLL 1 Lagoa do Bonfim FLLED 253.603 9.331.690 TRA 1 Açude Inharé Santa Cruz Trairi 829.826 9.314.821 TRA 2 Açude Santa Cruz Santa Cruz Trairi 828.284 9.311.405 TRA 3 Açude Trairi Tangará Trairi 187.088 9.307.566 TRA 4 Rio Trairi Monte Alegre Trairi 244.110 9.329.244 POT 8 PUN 1 DOC 1 DOC 2 Natal Pedro Velho 3.1.2. Bacia Hidrográfica do Rio Piranhas-Açu A Bacia hidrográfica do Piranhas-Açu situa-se na parte central do Estado do Rio Grande do Norte, tendo como rio principal o Piranhas, de domínio federal. Esse rio nasce na Paraíba, no local denominado Bonito de Santa Fé, atravessa o Estado da PB, onde recebe como principais afluentes os rios Piancó e Aguiar; ao entrar no Estado do RN recebe grande contribuição da sub-bacia do rio Seridó e desemboca no litoral norte do RN, próximo a cidade de Macau. A bacia cobre uma área com cerca de 44.000 km2, abragendo a parte ocidental do Estado da Paraíba e o centro-norte do RN, ocupando neste estado uma superfície de 17.489,5 km2, correspondente a cerca de 32,8% do território estadual. A bacia hidrográfica do Piranhas-Açu desempenha um importante papel na disponibilização de água para o abastecimento humano de populações inseridas na sua área geográfica, para grandes projetos de irrigação, como os das Várzeas de Souza e do Baixo Açu, nos Estados da PB e RN, respectivamente. Nela estão inseridos os reservatórios Curema-Mãe D’Água, com capacidade de armazenamento de 1,3 milhão de metros cúbicos e a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, com capacidade de armazenamento de 2,4 bilhões de metros cúbicos. Na Figura 3-2 é apresentado o mapa esquemático desta bacia, contendo as estações amostrais. Figura 3-2 - Mapa da Bacia Hidrográfica do Piranhas-Açu contendo os pontos de monitoramento do Programa Água Azul na campanha semestral 2009.1 (Fonte: IGARN - 2009). 8 A Tabela 3-2 apresenta a descrição dos 28 pontos de amostragem na Bacia Hidrográfica do Piranhas-Açu para a campanha de coletas semestral 2009.1, com os respectivos nomes das estações de monitoramento e coordenadas em UTM. Tabela 3-2 – Estações de amostragem da Bacia do Piranhas-Açu ESTAÇÃO SIGLA PIA-01 PIA-02 NOME Açude Mulungu Açude Esguincho PIA-03 Açude Rio da Pedra PIA-04 Açude Caldeirão de Parelhas PIA-05 Açude Carnaúba PIA-06 PIA-07 PIA-08 PIA-09 Açude Cruzeta Açude Gargalheiras Rio São Bento Dourado PIA-10 Zangalheiras PIA-11 Rio Seridó PIA-12 PIA-13 PIA-14 PIA-15 PIA-16 PIA-26 PIA-27 Rio Espinharas Açude Mendubim Açude Beldroega Açude Novo Angicos Açude Pataxós Rio Piranhas-Açú Estuario Macau Rio dos Cavalos Açude Santo Antônio (S.J.Sabugi) Açude Itans Rio Seridó Açude Boqueirão de Parelhas Rio Seridó Açude Passagem das Trairas Boqueirão de Angicos Rio Camurupim PIA-28 Rio das Conchas PIA-29 Piranhas-Açu PIA-17 PIA-18 PIA-20 PIA-21 PIA-22 PIA-23 PIA-24 PIA-25 MUNICÍPIO Currais Novos Ouro Branco Santana dos Matos Parelhas Piranhas-Açu Piranhas-Açu COORDENADAS UTM ESTE NORTE 799.474 9.309.870 725.830 9.255.293 Piranhas-Açu 754.009 9.338.818 Piranhas-Açu 756.481 9.257.134 Piranhas-Açu 704.705 926.6204 Piranhas-Açu Piranhas-Açu Piranhas-Açu Piranhas-Açu 744,09 765.475 775029 775935 9.290.837 9.290.111 9302065 9308697 Piranhas-Açu 748878 9270292 BACIA HIDROGRÁFICA São João do Sabugi Cruzeta Acari Currais Novos Currais Novos Jardim do Seridó Jardim do Seridó Serra Negra Açu Paraú Angicos Ipanguaçu Piranhas-Açu 745473 9271768 Piranhas-Açu Piranhas-Açu Piranhas-Açu Piranhas-Açu Piranhas-Açu 676713 725198 712.991 765967 740.003 9262929 9371406 9.361.950 9372420 9.378.723 Macau Piranhas-Açu 762.386 9.433,95 Pendências Piranhas-Açu 749.342 9.427.517 S. J. do Sabugi Piranhas-Açu 698.989 9.264.577 Caicó Caicó Piranhas-Açu Piranhas-Açu 710.124 711171 9.284.813 9286532 Parelhas Piranhas-Açu 757.959 9.260.643 São Fernando São José do Seridó Afonso Bezerra Guamaré Porto do Mangue Pendências Piranhas-Açu 701279 9295504 Piranhas-Açu 729.040 9.280.093 Piranhas-Açu Piranhas-Açu 779814 798431 9383285 9434402 Piranhas-Açu 746.233 9.439.235 Piranhas-Açu 9 3.1.3. Bacia Hidrográfica do Rio Apodi-Mossoró A bacia hidrográfica Apodi/Mossoró, localizada na região oeste potiguar, é a segunda maior do Estado, ocupando 26,8% de sua área. Apesar de sua importância sócio-econômica para a região, tem sofrido conseqüências diretas de atividades antrópicas, que acabam constituindose em fonte de contaminação e uma ameaça ao meio ambiente e à saúde pública. Assim, é de extrema importância o conhecimento da qualidade de suas águas superficiais e subterrâneas, de forma a planejar o gerenciamento adequado deste recurso hídrico, avaliando impactos e prevenindo sua degradação. Na Figura 3-3 apresenta-se o mapa esquemático desta bacia contendo os principais corpos d´água e municípios. Nesta bacia foram selecionados 26 pontos de amostragem (ver Figura 3-1 e TABELA 3-3): APM01–Açude Encanto, APM02–Açude Bonito II, APM03–Açude Jesus Maria José, APM4–Açude Flechas, APM05–Açude Público de Pau dos Ferros, APM06–Açude Público de Pilões, APM07–Açude Público de Marcelino Vieira, APM08– Açude 25 de Março (não foi selecionada para monitoramento); APM09–Açude de Lucrécia, APM10–Açude Rodeador, APM11–Açude do Brejo, APM12–Açude Malhada Vermelha, APM13–Açude Passagem, APM14–Açude Morcego, APMP15– Açude Santo Antonio, APM16–Açude Apanha Peixe, APM17–Barragem de Santa Cruz, APM18– Rio Apodi/Mossoró – Felipe Guerra, APM19– Rio Apodi/Mossoró – Gov. Dix-Sept Rosado, APM20– Rio Apodi/Mossoró – Barragem do Genésio, APM21– Rio Apodi/Mossoró – Passagem de Pedra, APM 22– Rio Apodi/Mossoró – Areia Branca (estuário), APM 23– Ponte – BR101 (estuário), APM 24– Açude Barragem de Umari, APM 25– Rio do Carmo- Upanema, APM 26– Rio do Carmo- Fazenda Angicos, APM 27- Açude de Tourão, APM 28- Açude Santana de Pau dos Ferros e APM 29- Rio Apodi/Mossoró – Jusante de Pau dos Ferros. Figura 3-3 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica Apodi-Mossóro (Fonte: SEMARH, 2009) 10 Tabela 3-3 - Estações de amostragem na bacia hidrográfica Apodi-Mossoró. NOME SANTA CRUZ APANHA PEIXE SANTO ANTÔNIO ENCANTO PEDRA DE ABELHAS GOVERNADOR DIXSEPT ROSADO LUCRECIA MARCELINO VIEIRA GENÉSIO PASSAGEM DE PEDRA LOCALIZACAO RIO APODI-MOSSORO RIACHO DO MULATO RIACHO SANTA MARIA RIACHO ENCANTO RIO APODI-MOSSORO DESCRIÇÃO ACUDE ACUDE ACUDE ACUDE RIO RIO APODI-MOSSORO RIACHO QUIXERÉ RIACHO BARRO PRETO RIO APODI-MOSSORO RIO DA PEDRA RIO ACUDE ACUDE RIO RIO BREJO TOURÃO PAU DOS FERROS SANTANA JUSANTE PAU DOS FERROS PILÕES RODEADOR PASSAGEM FLEXAS BONITO MALHADA VERMELHA JESUS, MARIA, JOSÉ MORCEGO PONTE BR 110 RIO DO CARMO (FAZENDA ANGICOS) UPANEMA UMARI GROSSOS RIACHO DO BREJO RIACHO TOURÃO RIO APODI-MOSSORO RIACHO SANTANA ACUDE ACUDE ACUDE ACUDE MUNICIPÍO APODI CARAÚBAS CARAÚBAS ENCANTO FELIPE GUERRA GOVERNADOR DIX-SEPT ROSADO LUCRÉCIA MARCELINO VIEIRA MOSSORÓ MOSSORÓ OLHO D'ÁGUA DO BORGES PATU PAU DOS FERROS PAU DOS FERROS RIO APODI-MOSSORO RIO PILÕES RIO APODI-MOSSORO RIO APODI-MOSSORO RIACHO FLEXAS RIACHO SÃO MIGUEL AÇUDE MALHADA VERMELHA RIO APODI-MOSSORO RIACHO DA CACHOERINHA RIO DO CARMO RIO ACUDE ACUDE ACUDE ACUDE ACUDE PAU DOS FERROS PILÕES RAFAEL GODEIRO RODOLFO FERNANDES SÃO JOSÉ DA PENHA SÃO MIGUEL ACUDE ACUDE ACUDE ESTUÁRIO SEVERIANO MELO TENENTE ANANIAS AUGUSTO SEVERO MOSSORÓ RIO DO CARMO RIO DO CARMO RIO DO CARMO RIO APODI-MOSSORO RIO RIO ACUDE ESTUÁRIO MOSSORÓ UPANEMA UPANEMA GROSSOS 3.2. PERÍODO DE COLETA 3.2.1. Corpos d’água superficiais da Região Costeira do RN (UFRN) As coletas e análises dos parâmetro físico-químicos, microbiológicos, não mensuráveis, cianobactérias e agrotóxicos foram realizadas no período de Fevereiro a Março de 2010. 3.2.2. Bacia Hidrográfica do Rio Piranhas-Açu As amostragens referentes à 5ª campanha na bacia do Piranhas-Açu foram realizadas no período de Outubro a Dezembro de 2009. 3.2.3. Bacia Hidrográfica do Rio Apodi-Mossoró A campanha de coleta de amostras foi realizada no período de Novembro a Dezembro de 2009, incluindo a quantificação de cianobactérias. 11 3.3. METODOLOGIA PARA COLETA E PRESERVAÇÃO DAS AMOSTRAS Para garantir e preservar as características das amostras desde a coleta até o momento de sua análise, foram utilizados procedimentos de conservação que levam em consideração o agente conservante, o tipo de vasilhame e o volume adequado para a determinação de cada parâmetro. Na Tabela 3-4 apresentam-se as metodologias adotadas para cada parâmetro e o limite de detecção do método adotado. Tabela 3-4 – Metodologia de coleta e preservação das amostras. PARÂMETROS DETERMINADOS MÉTODO UTILIZADOO Cádmio Total Chumbo Total LIMITES DE DETECÇÃO DO MÉTODO ICP-OES ICP-OES 0,0004 mg/L Espectrofotometria 0,3 µg/L Cobre Dissolvido ICP-OES 0,0008 mg/L Cromo Total ICP-OES 0,0007 mg/L Combustão 1,1 mg/L DBO5 1,0 mg/L Fósforo Total ICP-OES 0,0003 mg/L Mercúrio Total ICP-OES 0,0002 mg/L Cromatografia de íons 0,033 mg/L Titulometria 0,28 mg/L ICP-OES 0,0004 mg/L Oxigênio Dissolvido Eletrométrico - pH Salinidade Eletrométrico - Eletrométrico - Gravimetria - Eletrométrico - Infracal 1,0 mg/L Turbidimetria - ICP-OES 0,0009 mg/L Clorofila ‘a’ Carbono Orgânico Total DBO Nitrogênio amoniacal Nitrogênio Total Níquel Total Sólidos Totais Temperatura Teor de Óleos e Graxas Turbidez Zinco Total 0,0004 mg/L 3.3.1. Variáveis Não Mensuráveis No momento das coletas, em cada ponto, foram identificadas algumas características não mensuráveis, através do preenchimento de formulários específicos, contemplando as seguintes informações: AMBIENTES LÓTICOS: • • Materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais Odor 12 • • • • • • • Corantes provenientes de fontes antrópicas Presença de óleos ou graxas Presença de resíduos sólidos objetáveis Ocorrência de mortandade de peixes Presença de lançamento de efluentes Vegetação aquática flutuante Condições de tempo (chuva, nebulosidade, etc.) AMBIENTES LÊNTICOS E INTERMEDIÁRIOS: • • • • • • • • • • • Materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais Odor Corantes provenientes de fontes antrópicas Presença de óleos ou graxas Presença de resíduos sólidos objetáveis Turvação Ocorrência de mortandade de organismos aquáticos Ocorrência de floração de algas Presença de lançamento de efluentes Vegetação aquática flutuante Condições de tempo (chuva, nebulosidade, etc.) 3.3.2. Variáveis Mensuráveis Os parâmetros físico-químicos e microbiológicos analisados e usados para para determinar o Índice de Qualidade de Água - IQA nas águas superficiais foram: temperatura da amostra, pH, oxigênio dissolvido (OD), demanda bioquímica de oxigênio (5 dias, 20ºC) – DBO5, coliformes termotolerantes, nitrogênio total (NT), fósforo total (PT), sólidos totais (ST) e turbidez. Os demais parâmetros analisados foram: carbono orgânico total – COT, nitrogênio amoniacal total, salinidade, teor de óleos e graxas (TOG), clorofila a, densidade de cianobactérias e os metais considerados tóxicos para determinar o Índice de Toxidez - IT: cádmio total, chumbo total, cobre dissolvido, mercúrio total, cromo total, níquel total e zinco total. As coletas e análises, salvo indicação em contrário neste item, seguiram as recomendações Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater (APHA, 2005). Para a digestão das amostras de água para a análise dos metais Cu, Zn, Ni, Pb, Cd e Cr foi utilizado o método 3005 A da Agência de Proteção Ambiental do Estados Unidos - USEPA (1992) e para a análise de Hg foi usado o método 3112 B do Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater (APHA, 1998). A determinação de COT foi realizada utilizando-se o método titrimétrico; a clorofila a foi determinada por espectroscopia de UV-visível e os metais foram determinados por espectrometria de absorção atômica, sendo que para a análise de Hg foi utilizado um sistema de geração de vapor a frio. Todas as análises foram realizadas, no mínimo, em duplicata. As variáveis ambientais (temperatura, pH, oxigênio dissolvido e salinidade) foram obtidas por leitura direta, com a sonda multiparâmetro HANNA - HI 9828 (coletas UFRN) ou com a sonda Horiba U20XD (coletas IGARN). A transparência da água foi medida com disco de Secchi. Foi utilizado o método eletrométrico, para as medições de temperatura, pH, OD e salinidade; a turbidez foi medida por turbidimetria; para a DBO aplicou-se a metodologia 13 APHA 5210 B (DBO5); a análise de nitrogênio amoniacal foi através da Cromatografia de Íons; para metais utilizou-se o método do ICP-OES; os sólidos totais foram medidos através do processo gravimétrico após secagem a 105 °C; para a análise de COT aplicou-se a metodologia APHA 5310 B (combustão); o teor de óleos e graxas foi medido pelo método infracal (metodologia APHA 5520 C) e os coliformes termotolerantes pelo método dos Tubos Múltiplos. Quanto as amostras planctônicas, estas foram coletadas na superfície e preservadas com lugol acético 1%. A quantificação de cianobactérias foi realizada de acordo com a metodologia descrita por Utermöl (1958), usando microscópio invertido de marca Olimpus, modelo IX70. Foi usada câmara de sedimentação de 2, 5 e 10 mL dependendo da densidade da amostra. O tempo de sedimentação foi de 3h por centímetro de altura da câmara (Margalef, 1983; Lund et al. 1958). A contagem dos indivíduos (células, colônias e filamentos) foi feita em transectos horizontais e verticais, contados em campos alternados, sendo o erro menor que 20%, a um coeficiente de confiança de 95% seguindo o critério de Lund et. al. (1958). O número de campo variou de uma amostra para outra e a finalização da contagem foi feita tomando como critério a contagem de no mínimo 100 indivíduos de espécies mais abundantes e pela curva de estabilização das espécies, obtida a partir da adição de espécies novas adicionadas com o número de campos contados. O sistema de classificação utilizado para as cianobactérias foi o de Komárek & Anagnostidis (1998) para a Chroococcales, Anagnostidis & Komárek (1988) para as Oscillatoriales e Komárek & Anagnostidis (1989) para as Nostocales. 3.4. ÍNDICES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS - IQA Os índices e indicadores ambientais são fundamentais no processo de decisão das políticas públicas e no acompanhamento de seus efeitos. O Índice de Qualidade das Águas – IQA serve de informação básica de qualidade de água para o público em geral, bem como para o gerenciamento ambiental das águas superficiais. O IQA foi desenvolvido em 1970 pela National Sanitation Foundation para avaliar a qualidade da água para abastecimento humano. Para o cálculo do IQA, foram selecionados 9 (nove) parâmetros considerados os mais importantes na qualificação da água, e para cada um deles definiu-se um peso significativo da sua importância na determinação do índice. Na Tabela 3-5 são apresentados os parâmetros componentes do IQA, bem como seus pesos. Pode-se verificar que o somatório dos pesos é igual a 1,00. O IQA pode ser calculado através de duas expressões matemáticas que definem o IQA aditivo (IQAA) e o IQA multiplicativo (IQAM), ou seja: 9 IQAA = ∑ qi × Wi i =1 9 IQAM = ∏ qiWi i =1 Onde: IQA= índice de qualidade da água, representado por um número em escala contínua de 0 a 100. qi= qualidade individual (sub-índice de qualidade) do iésimo parâmetro, um valor entre 0 e100. Wi= peso unitário do iésimo parâmetro. 14 Os valores dos sub-índices são obtidos através de “curvas médias” para cada parâmetro de controle (OTT, 1978). Estudos desenvolvidos pela CETESB (1979) levaram à obtenção de várias expressões matemáticas que exprimem a variação de um parâmetro determinante do IQA. Para tal, as curvas de variação de qi x parâmetro, foram divididas em intervalos convenientes e a cada um desses intervalos foi ajustada uma expressão analítica, pelo método dos mínimos quadrados (equação da reta, exponencial, curva logarítmica, curva de potência e polinômios de 2º e 3º graus). Apresentam-se a seguir as expressões de cálculo dos índices parciais de qualidade (Tabelas 3.6 a 3.15) Tabela 3-5 – Parâmetros e pesos para cálculo do IQA. Nº Parâmetro Unidade Peso (W) 1 Oxigênio Dissolvido (OD) % saturação 0,17 2 Coliformes Fecais (CF) NMP/100mL 0,15 3 pH 0,12 4 DBO5 mg O2 /L 0,10 5 Nitrogênio total (NT) mg /L 0,10 6 Fósforo total (PT) mg /L 0,10 7 Turbidez (Tur) uT 0,08 8 Sólidos Totais (ST) mg /L 0,08 9 ºC 0,10 Temperatura de Desvio (∆T) Fonte: OTT (1978). OXIGÊNIO DISSOLVIDO - OD Tabela 3-6 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q1 (OD). % ODSat. Expressão 0 – 50 q1=[0,34.(%ODSat.)+0,008095.(%ODSat.)2+1,35252.10-5. (%ODSat.)3]+3 51 – 85 q1=[-1,166.(%ODSat.)+0,058.(%ODSat.)2-3,803435.10-4. (%ODSat.)3]+3 86 – 100 q1=[3,7745.(%ODSat.)0,704889]+3 101 –140 q1=[2,90.(%ODSat.)+0,025.(%ODSat.)2+5,60919.10-5. (%ODSat.)3]+3 q1=50 > 140 O percentual de saturação do oxigênio dissolvido é calculado segundo a seguinte equação: % Sat. OD = 100 x[OD em mg/L (a T ºC) / OD saturação em mg/L (a T ºC)] 15 Tabela 3-7 - Oxigênio de saturação (mg/L) em função da altitude (pressão) e temperatura da água. Temperatura Altitude (m) (ºC) 0 250 500 750 1000 0 14,6 14,2 13,8 13,3 12,9 2 13,8 13,4 13,0 12,6 12,2 4 13,1 12,7 12,3 12,0 11,6 6 12,5 12,1 11,7 11,4 11,0 8 11,9 11,5 11,2 10,8 10,5 10 11,3 11,0 10,7 10,3 10,0 15 10,2 9,9 9,5 9,3 9,0 20 9,2 8,9 8,6 8,4 8,1 25 8,4 8,1 7,9 7,6 7,4 30 7,6 7,4 7,2 7,0 6,7 Fonte: DERÍSIO (2000). COLIFORMES TERMOTOLERANTES - CTe Tabela 3-8 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q2 (CTe). CTe/ 100 mL Expressão 0 q2=100 1 – 10 q2=100- 33,5.logCTe 5 11 - 10 q2=100- 37,2 logCTe + 3,607145.(logCTe)2 q2=3 > 105 POTENCIAL HIDROGENIÔNICO- pH Tabela 3-9 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q3 (pH). pH Expressão q3=2,0 ≤2,0 2,1–4,0 q3=13,6- 10,64.pH+ 2,4364.(pH)2 4,1–6,2 q3=155,5- 77,36.pH+ 10,2481.(pH)2 6,3–7,0 q3=-657,2+ 197,38.pH- 12,9167.(pH)2 7,1–8,0 q3=-427,8+ 142,05.pH- 9,695.(pH)2 8,1–8,5 q3=21,6- 16,0.pH 8,6–9,0 q3=1,415823.e-(1,1507.pH) 9,1–10,0 q3=288,0- 27,0.pH 10,1–12,0 q3=633,0- 106,5.pH+ 4,5.(pH)2 q2=3,0 >12,0 16 DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO - DBO Tabela 3-10 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q4 (DBO5). DBO5 0,0–5,0 5,1–15,0 15,1–30,0 >30,0 Expressão -(0,1232728.DBO) q4=59,96.e q4=104,67- 31,5463.lnDBO5 q3=4.394,91.(DBO5)-1,99809 q2=2,0 NITROGÊNIO TOTAL - NT Tabela 3-11 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q5 (NT). NT (mg/L) Expressão 0,0–10,0 q5=100,0- 8,169.NT+ 0,3059(NT)2 10,1–60,0 q5=101,9- 23,1023.lnNT 60,1–100,0 q5=159,3148.e-(0,0512842.NT) q5=1,0 >100,0 FÓSFORO TOTAL - PT Tabela 3-12 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q6 (PT). PT (mg/L) Expressão -(0,91629.PT) 0,0–1,0 q6=99,9.e 1,1–5,0 q6=57,6- 20,178.PT+ 2,1326.(PT)2 5,1–10,0 q6=19,08.e-(0,13544.PT) q6=5,0 >10,0 TURBIDEZ - Tur Tabela 3-13 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q7 (Tur). Tur (uT) 0,0–25,0 25,1–100,0 >100,0 Expressão q7=100,17- 2,67.Tur+ 0,03755.(Tur)2 q7=84,96.e-(0,016206.Tur) q7=5,0 SÓLIDOS TOTAIS - ST Tabela 3-14 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q8 (ST). ST (mg/L) Expressão 0–150 q8=79,75+ 0,166.ST- 0,001088.(ST)2 151–500 q8=101,67- 0,13917.ST q8=32,0 >500 17 TEMPERATURA - T Tabela 3-15 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q9 (T). Expressão ∆T= Ta- Te q9=30,0 ≤-5,0 -4,9–0,0 q9=92,5+ 1,3. ∆T - 1,32.( ∆T)2 0,1–3,0 q9=92,5- 2,1. ∆T - 1,8.( ∆T)2 3,1–5,0 q9=233,17.( ∆T)-(1,09576) 5,1–150 q9=75,27- 8,398. ∆T+ 0,265455.( ∆T)2 q9=9,0 >15,0 Dentre as vantagens do uso do IQA está a facilidade de comunicação com o público leigo, a representação da média de diversas variáveis em um único número. Dentre as desvantagens, tem-se a perda de informação das variáveis individuais e da sua interação. É importante salientar que o índice, embora forneça informações importantes, não se constitui numa avaliação detalhada da qualidade das águas de uma determinada bacia hidrográfica. O cálculo do IQA através das variáveis usadas, refletem especialmente a contaminação dos corpos hídricos ocasionada pelo lançamento de esgotos domésticos. A atividade antrópica compromete a qualidade da águas dos mananciais e, em função do tipo de atividade desenvolvida e da complexidade dos poluentes, o IQA apresenta limitações, dentre elas o fato de ser utilizado apenas para abastecimento público, não contemplando outras variáveis importantes para a qualidade da água. No caso de não se dispor do valor de alguma, das 9 variáveis, o cálculo do IQA é inviabilizado. A partir do cálculo efetuado, pode-se determinar a qualidade das águas brutas, que é indicada pelo IQA. O IQA possui faixas que variam de 0 (zero) a 100 (cem) , sendo que quanto maior o valor do IQA, melhor é a qualidade da água (Tabela 3-16). Tabela 3-16 - Classificação de águas naturais, conforme o IQA-NSF. Faixa 90 - 100 70 - 90 50 - 70 25 - 50 0 -25 Nível de Qualidade Cor representativa Excelente Bom Médio Ruim Muito Ruim 18 SIGNIFICADO AMBIENTAL CÁLCULO DO IQA DAS VARIÁVEIS UTILIZADAS PARA O Variáveis Físicas Sólidos totais - ST Os sólidos nas águas correspondem a toda matéria que permanece como resíduo, após evaporação, secagem ou calcinação da amostra a uma temperatura pré-estabelecida durante um tempo fixado sendo classificados em: sólidos filtráveis (dissolvidos); sólidos não filtráveis (em suspensão), sólidos totais (dissolvidos + suspensos). Os sólidos dissolvidos são constituídos por carbonatos, bicarbonatos, cloretos, sulfatos, fosfatos, etc., os quais em altas concentrações são objetáveis, pelos seus efeitos fisiológicos e sabor mineral e conseqüências econômicas, além de diminuir a solubilidade do oxigênio. Os sólidos em suspensão produzem efeitos nocivos sobre os microorganismos. Os resíduos totais, que são os remanescentes da secagem de um volume de amostra de água em banho-maria e posteriormente, por duas horas, em estufa a 110ºC. O peso total do resíduo seco é considerado como representativo dos sólidos totais. Temperatura - T As variações sazonais e diurnas, bem como estratificação vertical da temperatura apresentada pelos corpos d’águas naturais é influenciada por fatores tais como latitude, altitude, estação do ano, período do dia, taxa de fluxo, profundidade e pelo lançamento de efluentes industriais. A temperatura desempenha um papel principal de controle no meio aquático, condicionando as influências de uma série de variáveis físico-químicas, tais como a viscosidade, tensão superficial, compressibilidade, calor específico, constante de ionização e calor latente de vaporização diminuem, enquanto a condutividade térmica e a pressão de vapor aumentam. A solubilidade dos gases (o de maior importância o oxigênio) também diminuem com o aumento deste parâmetro. Além da influência sobre as variáveis físico-químicas, a variação da temperatura influi nos organismos aquáticos, uma vez que estes possuem limites de tolerância térmica superior e inferior, temperaturas ótimas para crescimento, temperatura preferida em gradientes térmicos e limitações de temperatura para migração, desova e incubação do ovo. Turbidez - Tur A turbidez de uma amostra de água está relacionada com o grau de atenuação de intensidade que um feixe de luz sofre ao atravessá-la, causada pela presença de sólidos em suspensão, tais como areia, silte, argila, detritos orgânicos, algas e bactérias, plâncton em geral, etc. Em um manancial aquático a turbidez de uma amostra de água é influenciada pela natureza da bacia de captação, e durante o período chuvoso as águas superficiais, por adquirirem maior velocidade, apresentam turbidez mais elevada. Os esgotos sanitários e diversos efluentes industriais também provocam elevações na turbidez das águas. Atividades de mineração têm provocado formação de grandes bancos de lodo em rios e alterações no ecossistema aquático. Turbidez elevada reduz a fotossíntese de vegetação enraizada submersa e algas, em decorrência da diminuição da disponibilidade de luz, levando a redução da produtividade de peixes e da eficiência da desinfecção da água em decorrência da proteção física dos microorganismos do contato direto com o desinfetante. A turbidez afeta também os usos: doméstico, industrial e recreacional de uma água. 19 Variáveis Químicas Demanda Bioquímica de Oxigênio - DBO5,20 A DBO5, 20ºC é a quantidade de oxigênio consumido por microorganismos em condições aeróbias para degradar uma determinada quantidade de matéria orgânica, durante um determinado período de tempo, numa temperatura de incubação específica. Um período de tempo de 5 dias numa temperatura de incubação de 20°C é freqüentemente . Este método não indica a presença de matéria não biodegradável, nem leva em consideração o efeito tóxico ou inibidor de materiais sobre a atividade microbiana. Os efluentes orgânicos provocam grandes elevações na DBO de um corpo d´água, e podem extinguir o oxigênio na água, provocando o desaparecimento da vida aquática. Um elevado valor da DBO produz sabores e odores desagradáveis na água, obstrui os filtros de areia utilizados nas estações de tratamento de água, sendo um parâmetro importante no controle das eficiências das estações, tanto de tratamentos biológicos aeróbios e anaeróbios, bem como físico-químicos. Fósforo Total - PT O fósforo é um importante elemento para sobrevivência e manutenção da vida de determinados microorganismos. As descargas de esgotos sanitários contribuem significativamente para a presença deste elemento em águas naturais, destacando-se os detergentes superfosfatados empregados em larga escala no uso doméstico. Outras fontes de fósforo são os efluentes de indústrias de fertilizantes, pesticidas, químicas em geral, conservas alimentícias, abatedouros, frigoríficos e laticínios, apresentam fósforo em quantidades excessivas e as águas drenadas em áreas agrícolas e urbanas. O fósforo apresenta-se em meio aquoso sob as formas orgânicas (fosfato e fotoproteínas) e inorgânica, sendo o principal nutriente para as reações de síntese de determinados tipos de algas. O fósforo é um dos principais nutrientes para os processos biológicos. Entretanto, o excesso de fósforo em esgotos sanitários e efluentes industriais conduz a processos de eutrofização das águas naturais. Oxigênio Dissolvido - OD O oxigênio proveniente da atmosfera dissolve-se nas águas naturais, devido à diferença de pressão parcial, sendo a concentração deste constituinte função das variáveis físicas, químicas e bioquímicas que ocorrem nas mesmas. A taxa de reintrodução de oxigênio dissolvido em águas naturais através da superfície depende da ação fotossintética das algas e das características hidráulicas sendo a taxa de reaeração superficial proporcional a velocidade, de modo que em uma cascata é maior do que a de um rio de velocidade normal, que por sua vez apresenta taxa superior à de uma represa, com velocidade normalmente bastante baixa. A reintrodução do oxigênio na água através da fotossíntese das algas ocorre principalmente em águas eutrofizadas, onde a decomposição de compostos orgânicos, liberam nitrogênio e fósforo, que são utilizados como nutrientes pelas algas. Águas poluídas podem apresentar baixa concentração de oxigênio dissolvido e as águas limpas normalmente apresentam concentrações de oxigênio dissolvido elevadas, chegando até a um pouco abaixo da concentração de saturação. Águas eutrofizadas podem apresentar, durante o período diurno, concentrações de oxigênio bem superiores a 10 mg/L, mesmo em temperaturas superiores a 20°C, caracterizando uma situação de supersaturação, decorrente do fato de que a contribuição fotossintética de oxigênio ser expressiva somente após grande parte da atividade bacteriana na decomposição de matéria orgânica ter ocorrido, terem sido desenvolvidos os 20 protozoários e os decompositores que consomem bactérias clarificando as águas e permitindo a penetração da luz. Potencial Hidrogeniônico - pH O pH, que expressa a atividade ou concentração do íon hidrogênio livre, é importante em diversos equilíbrios químicos, influenciando os ecossistemas aquáticos naturais, determinando a agressividade da água. As restrições de faixas de pH são estabelecidas para as diversas classes de águas naturais (Resolução nº357 do CONAMA, de 25 de março de 2005), que fixa o pH entre 6 a 9 como a faixa ideal para proteção da vida aquática. A água para consumo humano deve apresentar valores de pH entre 6,5 e 8,5, de acordo com a Portaria nº 518/2004 do Ministério da Saúde. Outros processos de tratamento de água e de efluentes industriais e domésticos dependem do pH, sendo também um padrão de emissão de esgotos e de efluentes líquidos industriais definidos em legislação federal. Formas de Nitrogênio O nitrogênio nas águas naturais apresenta sob diversas formas, dependendo do nível de oxidação. As principais fontes de nitrogênio na água são os esgotos sanitários e efluentes das indústrias químicas, siderúrgicas, farmacêuticas, matadouros, etc. Mecanismos como a biofixação desempenhada por bactérias e algas, que incorporam o nitrogênio atmosférico em seus tecidos, contribuindo para a presença de nitrogênio orgânico nas águas; a fixação química, reação que depende da presença de luz, concorre para as presenças de amônia e nitratos nas águas e as lavagens da atmosfera poluída pelas águas pluviais concorrem para as presenças de partículas contendo nitrogênio orgânico bem como para a dissolução de amônia e nitratos. Outra fonte de contribuição é o escoamento das águas pluviais pelos solos fertilizados. O nitrogênio pode ser encontrado nas águas até a sua estabilização nas formas de nitrogênio orgânico, amoniacal, nitrito e nitrato, sendo as duas primeiras formas reduzidas e as duas últimas, oxidadas sendo o nitrito um intermediário na etapa de oxidação e o nitrato a forma mais estável. Os compostos de nitrogênio são macronutrientes, sendo exigido em maior quantidade pelas células vivas. A presença do nitrogênio associado ao fósforo e a outros nutrientes provoca o o crescimento exagerado dos seres vivos que os utilizam, especialmente as algas, o que é chamado de eutrofização. A redução do aporte de nitrogênio objetivando o controle da eutrofização é difícil em função da diversidade de fontes deste elemento. De acordo com a resolução nº357/2005 do CONAMA, o nitrogênio amoniacal é padrão de classificação das águas naturais e padrão de lançamento de efluentes. Variáveis Microbiológicas Coliformes termotolerantes - CTe Principais indicadores de contaminação fecal, o grupo de bactérias coliformes inclui os generos Klebsiella, Escherichia, Serratia, Erwenia e Enterobactéria, restritas ao trato intestinal dos animais de sangue quente. A determinação da concentração dos coliformes assume importância como parâmetro indicador da possibilidade da existência de microorganismos patogênicos, responsáveis pela transmissão de doenças de veiculação hídrica, tais como febre tifóide, febre paratifóide, disenteria bacilar e cólera. 21 ÍNDICE DE TOXIDEZ – IT O Índice de Toxidez – IT foi utilizado combinado com o IQA. O IT é um índice binário (valores 0 e 1), ou seja, quando alguma substância tóxica apresenta valores acima do limite permitido pela Resolução CONAMA N.º 357/2005, o IT assume valor 0 (zero), e quando nenhuma substância tóxica ultrapassar o limite permitido o IT assume o valor 1 (um). A nota final da qualidade de um ponto de amostragem será o produto do IQA pelo IT. Quando o IT = 0 o produto é zero, fazendo com que o IQA assuma valor 0 (zero), classificando a água como da pior qualidade. Quando o IT = 1 o produto confirmará o resultado do IQA. O Índice de Qualidade de Água combinado - IQAc adotado será aquele resultante do produto do IT pelo IQA, conforme explicado anteriormente. ÍNDICE DO ESTADO TRÓFICO – IET O índice do estado trófico tem por finalidade classificar corpos d’água em diferentes graus de trofia, ou seja, avalia a qualidade da água quanto ao enriquecimento por nutrientes e seu efeito relacionado ao crescimento excessivo das algas, ou o potencial para o crescimento de macrófitas aquáticas. Das três variáveis utilizadas para o cálculo do Índice do Estado Trófico, foram aplicadas apenas duas: clorofila a e fósforo total, uma vez que os valores de transparência muitas vezes não são representativos do estado de trofia, pois esta pode ser afetada pela elevada turbidez decorrente de material mineral em suspensão e não apenas pela densidade de organismos planctônicos, além de muitas vezes não se dispor desses dados. Dessa forma, não será considerado o cálculo do índice de transparência em reservatórios e rios do Estado do Rio Grande do Norte. Na Tabela 3-17 apresenta-se a classificação das águas naturais, segundo o IET (CETESB/SP) Tabela 3-17 - Classificação de águas naturais, conforme o IET (CETESB/SP). Classificação do IET Categoria Estado Trófico Ponderação Ultraoligotrófico IET ≤ 47 Oligotrófico 47 < IET ≤ 52 Mesotrófico 52 < IET ≤ 59 Eutrófico 59 < IET ≤ 63 Supereutrófico 63 < IET ≤ 67 Hipereutrófico IET > 67 Fonte: CETESB/SP Métodos de análise dos dados utilizados nas bacias O índice do estado trófico adotado foi o índice clássico introduzido por Carlson modificado por Toledo et al. (1983) e Toledo (1990) que, através de método estatístico baseado em regressão linear, alterou as expressões originais para adequá-las a ambientes subtropicais. Este índice utiliza três avaliações de estado trófico em função dos valores obtidos para as variáveis: transparência (disco de Secchi), clorofila a e ao fósforo total. 22 Nesse índice, os resultados correspondentes ao fósforo, IET(P), devem ser entendidos como uma medida do potencial de eutrofização, já que este nutriente atua como o agente causador do processo. A avaliação correspondente a clorofila a , IET(CL), por sua vez, deve ser considerada como uma medida da resposta do corpo hídrico ao agente causador, indicando de forma adequada o nível de crescimento de algas que tem lugar em suas águas. O índice do estado trófico apresentado é composto pelo índice do Estado Trófico para o fósforo – IET(P), e o índice do estado trófico para a clorofila a – IET(CL), modificado por Toledo, sendo: IET ((P) = 10 { 6 – [ In (80,32/P)/In 2]} IET ((CL) = 10 { 6 – [ In (2,04 – 0,695 In CL)/In 2]} 3.3.6 3.3.7 Onde: P = concentração de fósforo total medida à superfície da água, em µ g.L-1 CL = concentração de clorofila a medida à superfície da água, em µ g.L-1 In = logaritmo natural No caso de não haver resultados para o fósforo total ou para a clorofila a, o índice será calculado com o parâmetro disponível e considerado equivalente ao IET, devendo apenas constar uma observação jntuo ao resultado, informando que apenas um dos parâmetros foi utilizado. Em virtude da variabilidade sazonal dos processos ambientais que tem influencia sobre o grau de eutrofização de um corpo hídrico, esse processo pode apresentar variações no decorrer do ano, havendo épocas em que se desenvolve de forma mais intensa e outras em que pode ser mais limitado. Em geral, com o aumento da temperatura da água, maior disponibilidade de nutrientes e condições propícias de penetração de luz na água, é comum observar-se um incremento do processo. No período do inverno, ele se mostra menos intenso. Nesse sentido, a determinação do grau de eutrofização médio anual de um corpo hídrico pode não identificar de forma explícita as variações que ocorreram ao longo do período do ano. 4. APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Os resultados apresentados neste relatório foram comparados com os valores limites permitidos – VLP para enquadramento das águas salobras e salinas, classe I, e águas doces, classe II, da Resolução CONAMA 357/2005 e os critérios de qualidade, para as análises de sedimento de fundo, fundamentaram-se na comparação dos resultados da caracterização do material com os valores previstos na Tabela III do anexo da Resolução CONAMA 344/2004, para água salinasalobra, nível 1. 4.1. CORPOS D’ÁGUA SUPERFICIAIS DA REGIÃO COSTEIRA DO RN 4.1.1. Bacia Hidrográfica Boqueirão A bacia do Boqueirão, que é uma das menores do Estado, ocupa uma superfície de 250,5 km2, correspondendo a cerca de 0,5% do território estadual. Nesta bacia não se encontram açudes de importância quantitativa, cabendo destacar apenas a lagoa do Boqueirão. Na Figura 4-1 apresenta-se o mapa esquemático desta bacia. Nesta bacia foi selecionada apenas uma estação de amostragem: BOQ1 (Lagoa do Boqueirão). Na Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005 (Salinidade 0,20 ‰). A campanha para coleta de amostras na lagoa do Boqueirão foi realizada no dia 24/02/2010, aproximadamente as 09:35 h. A temperatura da amostra medida foi 30,5 ºC. O pH da amostra (7,56) situa-se dentro dos valores de enquadramento. A turbidez máxima permitida para a classe 2 de águas doces é de 100 UNT; o valor medido (1,14 UNT), está muito abaixo do VLP. Materiais flutuantes, espumas não naturais, óleos e graxas, resíduo sólido objetável, mortandade de peixes, lançamento de efluentes e vegetação aquática flutuante estavam virtualmente ausentes. O valor medido de óleos e graxas não foi significativo (3,0 mg/L). O parâmetro ST, assim como nas coletas anteriores, também foi baixo (206 mg/L), ficando abaixo do VLP para STD (≤ 500 mg/L), sendo inclusive aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518/2004MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD. A concentração de oxigênio dissolvido medido (6,96 mg/L) encontra-se dentro do limite estabelecido para as águas doces de classe 2 (≥ 5 mg/L). A DBO calculada (6,45 mg/L) ultrapassa o valor máximo da referida Resolução (≤ 5 mg/L). Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para o carbono orgânico total (COT). O valor obtido para este parâmetro foi 9,60 mg/L e se encontra um pouco acima da coleta anterior que foi de 2,91 mg/L. O padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0mg/L. A concentração de fósforo total (0,013 mg/L) encontra-se abaixo do VLP de referência para ambientes lênticos. Da mesma forma, a concentração de nitrogênio amoniacal. Para pH = 7,5 a 24 concentração máxima permitida para este parâmetro é de 3,7 mg/L; o valor medido em BOQ 1 foi < 0,01 mg/L N. A concentração de nitrogênio total foi de 1,03 mg/L. A clorofila ‘a’ medida (15,07 µg/L), apresentou-se inferior ao VLP (30 µg/L), mas superior a coleta anterior (1,17µg/L). Os metais analisados estão em conformidade com os padrões da legislação para as águas doces de classe 2; como conseqüência o IT assume valor 1, reafirmando a boa condição do manancial. O valor para coliformes termotolerantes (33,00 NMP/100mL) se encontra dentro dos padrões estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000,0 NMP/100mL), diferente da companha anterior (1.600 NMP/100 mL). Este ponto não foi selecionado para densidade de cianobactérias nesta campanha de coleta. O IQA calculado (78) corresponde a uma qualidade BOA, da mesma forma o IQAc (78) em virtude do IT ter assumido o valor máximo 1, sem alteração da qualidade. O IET calculado (60,03), considerando a ponderação para fósforo total e para clorofila classifica o manancial na categoria de EUTRÓFICO. Tabela 4-1 apresentam-se os resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos, assim como o IQA, IT, IQAc e IET médio, considerando-se fósforo e clorofila ‘a’. Figura 4-1 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica do Boqueirão (Fonte: IGARN, 2009) 25 BOQ 1 – LAGOA DO BOQUEIRÃO A estação de monitoramento BOQ 1 está situado na Lagoa do Boqueirão, no município de Touros. A coleta foi efetuada com o auxílio de um barco seguindo as orientações fornecidas pelo IGARN. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005 (Salinidade 0,20 ‰). A campanha para coleta de amostras na lagoa do Boqueirão foi realizada no dia 24/02/2010, aproximadamente as 09:35 h. A temperatura da amostra medida foi 30,5 ºC. O pH da amostra (7,56) situa-se dentro dos valores de enquadramento. A turbidez máxima permitida para a classe 2 de águas doces é de 100 UNT; o valor medido (1,14 UNT), está muito abaixo do VLP. Materiais flutuantes, espumas não naturais, óleos e graxas, resíduo sólido objetável, mortandade de peixes, lançamento de efluentes e vegetação aquática flutuante estavam virtualmente ausentes. O valor medido de óleos e graxas não foi significativo (3,0 mg/L). O parâmetro ST, assim como nas coletas anteriores, também foi baixo (206 mg/L), ficando abaixo do VLP para STD (≤ 500 mg/L), sendo inclusive aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518/2004MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD. A concentração de oxigênio dissolvido medido (6,96 mg/L) encontra-se dentro do limite estabelecido para as águas doces de classe 2 (≥ 5 mg/L). A DBO calculada (6,45 mg/L) ultrapassa o valor máximo da referida Resolução (≤ 5 mg/L). Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para o carbono orgânico total (COT). O valor obtido para este parâmetro foi 9,60 mg/L e se encontra um pouco acima da coleta anterior que foi de 2,91 mg/L. O padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0mg/L. A concentração de fósforo total (0,013 mg/L) encontra-se abaixo do VLP de referência para ambientes lênticos. Da mesma forma, a concentração de nitrogênio amoniacal. Para pH = 7,5 a concentração máxima permitida para este parâmetro é de 3,7 mg/L; o valor medido em BOQ 1 foi < 0,01 mg/L N. A concentração de nitrogênio total foi de 1,03 mg/L. A clorofila ‘a’ medida (15,07 µg/L), apresentou-se inferior ao VLP (30 µg/L), mas superior a coleta anterior (1,17µg/L). Os metais analisados estão em conformidade com os padrões da legislação para as águas doces de classe 2; como conseqüência o IT assume valor 1, reafirmando a boa condição do manancial. O valor para coliformes termotolerantes (33,00 NMP/100mL) se encontra dentro dos padrões estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000,0 NMP/100mL), diferente da companha anterior (1.600 NMP/100 mL). Este ponto não foi selecionado para densidade de cianobactérias nesta campanha de coleta. O IQA calculado (78) corresponde a uma qualidade BOA, da mesma forma o IQAc (78) em virtude do IT ter assumido o valor máximo 1, sem alteração da qualidade. 26 O IET calculado (60,03), considerando a ponderação para fósforo total e para clorofila classifica o manancial na categoria de EUTRÓFICO. Tabela 4-1 - Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc da bacia Boqueirão. PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IQA Temperatura da amostra (0C) pH Altitude (m) OD (mg/L) DBO (mg/L) Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL) Nitrogênio Total (mg/L) Fósforo Total (mg/L) Sólidos Totais (mg/L) Turbidez (UNT) Índice (IQA) Qualidade BOQ 11 VLP* 30,50 7,56 32,00 6,96 6,45 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3 33,00 < 1.000 1,2,3 1,03 0,013 206,00 1,14 78,80 Boa ;≥ 5,01,2 ; ≥ 6,0 ,3 ≤ 5,0 1 ≤ (0,03+, 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 2; ≤ 0,062; ≤ 1001 - PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT * Cobre dissolvido (mg/L) Chumbo Total (mg/L) Cromo Total (mg/L) Cádmio Total (mg/L) Zinco Total (mg/L) Níquel Total (mg/L) Mercúrio Total (mg/L) Índice (IT) IQAc Qualidade Índice do Estado Trófico (IET) Categoria COT (mg/L) Teor de Óleos e Graxas (mg/L) Clorofila ‘a’ (µg/L) Salinidade (g/Kg) < 0,0009 0,0077 < 0,0011 < 0,0019 0,0873 < 0,0007 < 0,0002 1 78,80 Boa 60,03 Eutrófico 9,60 3,00 15,07 0,20 Nitrogênio Amoniacal (mg/L) < 0,010 ≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3 ≤ 0,01 1, 2,3 ≤ 0,05 1, 2,,3 ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2, ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3 ≤ 0,025 1, 2,3 ≤ 0,0002 1, 2,3 ≤ 3,02,3 Virtualmente ausentes ≤ 301 1 0,5‰ ; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3 (3,7 p/ pH =7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH =8 - 1 p/ 8<pH=8,5 e 0,5 p/ pH > 8,5)1; 0,40 2,3 VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/20051 . 1Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas. + ambientes lênticos, ++ ambientes Intermediários e +++ ambientes Lóticos. BOQ 1-Lagoa do Boqueirão 27 SÍNTESE GRÁFICA DOS RESULTADOS DA BACIA HIDROGRÁFICA BOQUEIRÃO Nas figuras 4.2 a 4.5 apresentam-se os gráficos dos principais parâmetros e índices de controle da Lagoa do Boqueirão. Oxigênio Dissolvido Demanda Bioquímica de Oxigênio 8 7,78 7,56 OD e DBO (mg/L) 7 6,96 7,00 6,45 6 OD > = 5 mg/L Padrão CONAMA 357/2005 Água Doce - Classe 2 5 4,76 DBO < = 5 mg/L 4 Nov/2008 Jun/2009 Fev/2010 Bacia do Boqueirão Figura 4-2 - Concentrações de OD e DBO da Lagoa do Boqueirão Coliformes Termotolerantes (NMP/100mL) Coliformes Termotolerantes 1.600,00 1600 1400 1200 Padrão da Resolução 357/2005 CONAMA para Água Doce classe 2 1000 800 600 400 200 33,00 2,00 0 Nov/2008 Jun/2009 Fev/2010 Bacia do Boqueirão Figura 4-3 - Concentração de coliformes termotolerantes na Lagoa do Boqueirão 28 Índice de Qualidade de Água Índice de Qualidade de Água combinado 100 90 - 100 Excelente 90 IQA e IQAc (mg/L) IQA = IQAc 78,80 IQA = IQAc 72,43 80 70 - 90 Boa 70 66,41 IQA = IQAc 60 50 - 70 Média 50 40 25 - 50 Ruim 30 20 0 - 25 Muito Ruim 10 0 Nov/2008 Jun/2009 Fev/2010 Bacia do Boqueirão Figura 4-4 – IQA e IQAc da Lagoa do Boqueirão Índice de Estado Trófico 70 > = 67 - Hipereutrófico 63 - 67 - Supereutrófico 60,03 60 59 - 63 - Eutrófico 52 - 59 - Mesotrófico IET 50 40 47 - 52 - Oligotrófico 43,92 43,35 Nov/2008 Jun/2009 < = 47 - Ultraoligotrófico 30 20 Bacia do Boqueirão Figura 4-5 – IET da Lagoa do Boqueirão Fev/2010 29 4.1.2. Bacia Hidrográfica Ceará-Mirim A bacia hidrográfica de Ceará-Mirim ocupa uma superfície de 2.635,7 km2, correspondendo a cerca de 4,9 % do território estadual. Na bacia foram cadastrados 147 açudes, totalizando um volume de acumulação de 170.819.000 m3 de água. Isto corresponde, respectivamente, a 6,5% e 3,9% dos totais de açudes e volumes acumulados do Estado. Na Figura 4-6 apresenta-se o mapa esquemático desta bacia, contendo seus principais corpos d´água. Fonte: IGARN (2009) Figura 4-6 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica Ceará-mirim Nesta bacia foram selecionados quatro pontos de monitoramento: CEA 1 (açude Poço Branco), CEA 2 (ponte BR 406 em Taipu), CEA 3 (jusante da Usina São Francisco/Ceará-Mirim) e CEA4 (ponte BR 101 em Extremoz). Na Tabela 4-2 apresentam-se os resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos, assim como o IQA, IT, IQAc e IET médio, considerando-se fósforo e clorofila ‘a’. Tabela 4-2 - Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc das amostras de água superficiais da bacia hidrográfica Ceará-Mirim. PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IQA Temperatura da amostra (0C) pH Altitude (m) OD (mg/L) DBO (mg/L) Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL) Nitrogênio Total (mg/L) CEA 11 CEA 22 CEA 32 CEA 41 VLP* 29,26 7,96 53,00 8,44 4,50 31,98 7,12 6,00 7,46 8,55 30,67 7,14 15,00 4,92 7,65 29,24 6,41 4,00 3,10 6,90 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3 17,00 170,00 1.600,00 1.600,00 < 1.000 1,2,3 1,93 1,00 2,85 2,84 Fósforo Total (mg/L) 0,027 0,028 0,139 0,059 Sólidos Totais (mg/L) 473,00 493,00 778,00 Turbidez (UNT) 3,33 2,82 7,75 Índice (IQA) 76,14 68,21 55,13 Qualidade Boa Média Média PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT Cobre dissolvido (mg/L) 0,0051 0,0055 0,0045 Chumbo Total (mg/L) 0,0044 0,0041 0,0071 Cromo Total (mg/L) < 0,0011 < 0,0011 < 0,0011 Cádmio Total (mg/L) < 0,0019 < 0,0019 < 0,0019 Zinco Total (mg/L) 0,1132 0,0988 0,0821 Níquel Total (mg/L) 0,0036 0,0066 0,0058 Mercúrio Total (mg/L) < 0,0002 < 0,0002 < 0,0002 Índice (IT) 1 0 1 IQAc 76,14 0,00 55,13 Qualidade Boa Muito Ruim Média Índice do Estado Trófico 59,41 48,39 60,38 (IET) Eutrófico Oligotrófico Eutrófico Categoria COT (mg/L) 29,20 25,60 < 0,50 Teor de Óleos e Graxas (mg/L) 3,00 3,00 2,00 Clorofila ‘a’ (µg/L) 7,43 0,59 3,60 382,00 5,18 50,42 Média ;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3 ≤ 5,0 1 ≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 ≤ 0,0623; ≤ 1001 - 0,0038 0,0051 < 0,0011 < 0,0019 0,1069 0,0034 < 0,0002 1 50,42 Média ≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3 ≤ 0,01 1, 2,3 ≤ 0,05 1, 2,,3 ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2, ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3 ≤ 0,025 1, 2,3 ≤ 0,0002 1, 2,3 - 64,23 - ≤ 3,02,3 Virtualmente ausentes ≤ 301 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 Salinidade (‰) 0,47 0,53 0,92 0,34 ‰3 (3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH Nitrogênio Amoniacal (mg/L) < 0,010 < 0,010 0,677 < 0,010 ≤ 8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/ pH > 8,5)1; 0,40 2,3 * VLP–Valores Limites Permitidos para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005 . 1 Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas,+ ambientes lênticos, ++ ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos. CEA 1– Açude Poço Branco; CEA 2 - Ponte BR 406 em Taipu; CEA 3 - Jusante da Usina São Francisco/Ceará Mirim e CEA 4 - Ponte BR 101 em Extremoz. Supereutrófico 13,70 4,00 14,66 A seguir apresenta-se a discussão dos resultados por pontos de amostragem, com enfoque comparativo com os padrões definidos para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005, para os pontos CEA 1 e CEA 4 (com salinidades < 0,5‰) e águas salobras classe 1 para os pontos CEA 2 e CEA 3 (salinidade > 0,5‰). As amostras foram coletadas no dia 24/02/2010. CEA 1 - Açude Poço Branco O ponto CEA 1 é referente ao Açude Poço Branco, localizado no Município de Poço Branco. No aspecto visual não foram observadas irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra foi de 29,26 ºC, no instante da coleta (13h36min). O pH da amostra (7,96) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces, classe 2. A turbidez da amostra (3,33 UNT) encontra-se inferior ao VLP. O valor medido de óleos e graxas foi considerado baixo, igual a 3,0 mg/L. A concentração de sólidos totais foi de 473 mg/L, ficando abaixo do VLP para STD (≤ 500 mg/L), sendo este valor considerado aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518/2004-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD. O limite mínimo estabelecido de OD para as águas doces de classe 2 é de 5 mg/L. A concentração de oxigênio dissolvido medido (8,44 mg/L) encontra-se dentro do limite. Da mesma forma, a DBO calculada (4,50 mg/L) se enquadra abaixo do VLP da referida Resolução que é 5 mg/L (classe 2). Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT. O valor obtido para este parâmetro (29,20 mg/L) foi maior que nas últimas campanhas de coleta (14,80 e 14,60 mg/L, respectivamente) e, a título de comparação, bastante superior ao VLP de COT para as águas salobras e salinas de classe 1, que é de 3,0 mg/L. A concentração de fósforo total (0,027 mg/L) encontra-se um pouco abaixo do VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 1,93 mg/L. O valor para nitrogênio amoniacal não foi significativo (< 0,01 mg/L). A clorofila ‘a’ medida (7,43 µg/L), apresentou-se inferior ao VLP (30 µg/L). Todos os metais analisados estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental. O número de coliformes termotolerantes foi pouco expressivo (17 NMP/100 mL), encontrando-se dentro dos padrões estabelecidos pela já citada Resolução (<1.000 NMP/100 mL). Este ponto não foi selecionado para o monitoramento com a análise da densidade de cianobactérias. O IQA neste ponto, diferentemente da campanha anterior (47), foi de 76, que corresponde à qualidade BOA. Da mesma forma, o IQAc (76), em virtude do IT ter assumido o valor máximo 1, classificou o ponto com qualidade BOA. O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 59,41, o que corresponde a um corpo d’ água no estado MESOTRÓFICO, como já esperado pelos valores baixos de fósforo e de clorofila ‘a’. 32 CEA 2 – Ponte BR 406 O ponto CEA 2 está situado sob uma ponte na BR 406, no município de Taipu. Nesse ponto não se observou a presença de materiais flutuantes, espumas não naturais, óleos e graxas, resíduos sólidos objetáveis, mortandade de peixes, lançamento de efluentes ou vegetação aquática flutuante. A terceira coleta foi realizada no dia 24/02/2010, aproximadamente as 12h52min. No momento da coleta foram medidos: temperatura da amostra (31,98 °C), pH (7,12), Turbidez (2,82 UNT), todos dentro dos níveis normais estabelecidos pela legislação. A concentração de sólidos totais foi de 493 mg/L, ficando abaixo do VLP para STD (≤ 500 mg/L), sendo este valor considerado aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518/2004-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD. No momento da coleta mediu-se ainda a concentração de OD (7,46 mg/L), que se enquadrou no VLP (≥ 5,0). A DBO calculada foi de 8,55 mg/L e a concentração de COT (25,60 mg/L) ficou acima do limite máximo de enquadramento (≤ 3,0 mg/L), como nas campanhas de coletas anteriores (12,68 e 16,17 mg/L, respectivamente). As concentrações de nutrientes, especificamente fósforo total, nitrogênio total e nitrogênio amoniacal foram baixas e dentro dos valores de referência para ambientes de águas salobras (tabela 4.2), mantendo os níveis das coletas anteriores. A clorofila ‘a’ também foi baixa, com 0,59 µg/L e muito próxima a campanha anterior (0,56 µg/L). As concentrações de metais estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental, com exceção do cobre dissolvido e do zinco total que apresentaram valores de 0,0055 e 0,0988 mg/L, que se encontram um pouco acima do VLP para águas salobras classe 1 que é de 0,0050 e 0,0900 mg/L, respectivamente. O valor para coliformes termotolerantes (170,00 NMP/100mL) se encontra dentro dos padrões estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000,0 NMP/100mL), diferentemente da campanha anterior, que foi bem expressivo (94.000 NMP/100 mL). Neste ponto não se analisou densidade de cianobactérias. O cálculo para determinação do IQA (68) enquadra este ponto na condição de MÉDIA qualidade. O IT foi igual a zero (0), devido o valor para o cobre e zinco terem sido acima do permitido pela legislação. O IQAc classifica esta estação em uma qualidade MUITO RUIM. O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 48,39 o que corresponde a um corpo d’ água no estado OLIGOTRÓFICO. CEA 3 – Jusante da Usina São Francisco/Ceará Mirim A estação de monitoramento CEA 3 está localizada à jusante da Usina São Francisco, no município de Ceará Mirim, nas proximidades da usina de álcool, em frente a uma subestação. 33 As amostras foram coletadas as 11:20 h, com temperatura média da água em torno de 30,67 ºC, pH de 7,14 (em acordo com enquadramento das águas salobras classe 1, entre 6,5 e 8,5). A turbidez da amostra foi 7,75 UNT. A concentração de ST foi de 778 mg/L. O valor medido de óleos e graxas foi baixo igual a 2,0 mg/L, sendo o VLP “virtualmente ausente”. A salinidade foi de 0,92‰ (água salobra). A concentração de OD (4,92 mg/L) situou-se um pouco abaixo dos padrões estabelecido para as águas salobras de classe 1, que é acima de 5 mg/L. A DBO medida foi de 7,65 mg/L. O valor obtido para o COT foi abaixo do limite de detecção do equipamento (< 0,5), diferentemente das campanhas anteriores (6,7 e 14,72 mg/L, respectivamente). Constatou-se que concentração de fósforo (0,139 mg/L) se apresenta um pouco acima do VLP de referência para águas salobras, classe 1 (≤ 0,124 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 2,85 mg/L. O valor para nitrogênio amoniacal foi de 0,677 mg/L situando-se um pouco acima do VLP (0,40 mg/L) para a referida classe de águas. A clorofila ‘a’ medida foi de 3,60 µg/L. Os metais analisados estão em conformidade com os padrões da legislação para as águas salobras de classe 1; como conseqüência o IT assume valor 1. O número de coliformes termotolerantes continua expressivo (1.600 NMP/100 mL), porém bem menor do que a coleta anterior (92.000 NMP/100 mL), mas ainda superando o padrão de balneabilidade (<1.000 NMP/100 mL). Este ponto não foi selecionado para analise da densidade de cianobactérias. O IQA e o IQAc calculados (55) correspondem a uma qualidade MÉDIA. O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 60,38 ficando muito próximo ao encontrado nas campanhas anteriores e cujo valor corresponde a um corpo d’ água no estado EUTRÓFICO. CEA 4 – Ponte BR 101 A estação de monitoramento CEA 4 está situada no Rio Ceará Mirim nas proximidades da ponte localizada na BR 101 no município de Extremoz. Nesse ponto, não se observou presença de materiais flutuantes, espumas não naturais, óleos e graxas, resíduo sólido objetável, mortandade de peixes, lançamento de efluentes e vegetação aquática flutuante. A concentração de OG foi baixa, com aproximadamente 4,0 mg/L. A concentração de sólidos totais foi de 382 mg/L, considerado aceitável para consumo humano pela a Portaria 518-MS (<1000 mg/L STD). As amostras foram coletadas aproximadamente às 07:12 h. No momento da coleta foram medidos: temperatura (29,24 ºC), pH (6,41) e turbidez (5,18 uT). Este último valor é bem inferior ao VLP (≤ 100 UNT), e se encontra dentro dos valores de enquadramento para águas doces, classe 2. A salinidade foi de 0,34‰ (água doce). 34 No momento da coleta mediu-se ainda a concentração de OD, que foi de 3,1 mg/L, inferior ao VLP mínimo estabelecido para as águas doces de classe 2 que é ≥ 5 mg/L. A DBO calculada (6,9 mg/L) encontra-se um pouco acima do valor de referência para águas doces de classe 2 que é de até 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT. O valor obtido para este parâmetro foi 13,70 e muito próximo a campanha anterior (12,93 mg/L). Para fósforo a concentração foi de 0,059 mg/L, inferior ao VLP de referência para ambientes lóticos (≤ 0,1 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 2,84 mg/L. O nitrogênio amoniacal (< 0,01 mg/L) atende ao VLP máximo que é 3,7 mg/L para pH ≤ 7,5. A concentração de clorofila ‘a’ foi baixa (14,66 µg/L), mas acima da campanha anterior (2,28 µg/L), porém ainda inferior ao VLP (30 µg/L). As concentrações de metais estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental. Como conseqüência o IT assume valor 1. O valor para coliformes termotolerantes (1.600,00 NMP/100mL) se encontra um pouco acima dos padrões estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000,0 NMP/100mL). Este ponto, como os demais dessa bacia, não foi selecionado para analise da densidade de cianobactérias. O cálculo do IQA (50) corresponde à condição de qualidade MÉDIA nesta estação, da mesma forma que o IQAc (50), em virtude do IT ter assumido o valor máximo 1. O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 64,23 que corresponde a um corpo d’ água no estado SUPEREUTRÓFICO. SÍNTESE GRÁFICA DOS RESULTADOS DA BACIA HIDROGRÁFICA CEARÁMIRIM Nas figuras 4.7 a 4.11 apresentam-se os gráficos dos principais parâmetros e índices de controle da Bacia Hidrográfica de Ceará-Mirim. 35 Oxigênio Dissolvido - nov/2008 Oxigênio Dissolvido - jun/2009 Oxigênio Dissolvido - fev/2010 Demanda Bioquímica de Oxigênio - nov/2008 Demanda Bioquímica de Oxigênio - jun/2009 Demanda Bioquímica de Oxigênio - fev/2010 8,55 8,44 8 7,53 7,50 7,65 7,56 OD e DBO (mg/L) 7,46 6,90 6,00 6 5,22 4,92 5,20 4 4,50 4,03 4,64 Padrão da Resolução CONAMA 357/2005 7,19 4,80 4,90 OD > = 5 mg//L Água Salobra, classe 1 e Água Doce, classe 2 4,95 3,66 DBO < = 5 mg/L Água Doce, classe 2 3,10 Não há valor de referência para DBO em água salobra e salina 2,70 2,61 2 1,99 0 CEA 1 CEA 2 CEA 3 CEA 4 Bacia do Ceará Mirim Figura 4-7 - Variação espacial das concentrações de OD e DBO na Bacia Hidrográfica CearáMirim. Coliformes Termotolerantes (NMP/100mL) Coliformes Termotolerantes - nov/2008 Coliformes Termotolerantes - jun/2009 Coliformes Termotolerantes - fev/2010 100000 92.000,00 94.000,00 92.000,00 10000 1.600,00 1.600,00 Padrão da Resolução CONAMA 357/2005 1000 790,00 170,00 100 17,00 10 1 CEA 1 CEA 2 CEA 3 CEA 4 Bacia do Ceará Mirim Figura 4-8 - Variação espacial da concentração de coliformes termotolerantes na Bacia Hidrográfica Ceará-Mirim. 36 Índice de Estado Trófico - nov/2008 Índice de Estado Trófico - jun/2009 Índice de Estado Trófico - fev/2010 70 > = 67 - Hipereutrófico 64,23 60,38 60 59 - 63 - Eutrófico 59,41 58,96 56,03 63 - 67 - Supereutrófico 58,33 55,36 52 - 59 - Mesotrófico IET 52,10 49,36 50 47 - 52 - Oligotrófico 48,39 45,43 < = 47 - Ultraoligotrófico 40 39,31 30 CEA 1 CEA 2 CEA 3 CEA 4 Bacia do Ceará Mirim Figura 4-9 - Variação espacial do IET da Bacia Hidrográfica Ceará-Mirim Índice de Qualidade de Água - nov/2008 Índice de Qualidade de Água combinado - nov/2008 Índice de Qualidade de Água - jun/2009 Índice de Qualidade de Água combinado - jun/2009 Índice de Qualidade de Água - fev/2010 Índice de Qualidade de Água combinado - fev/2010 100 90 - 100 Excelente IQA e IQAc (mg/L) 80 70 - 90 Boa 76,14 70,88 71,79 68,21 60 56,03 50 - 70 Média 55,13 50,42 47,86 40 51,62 46,77 43,22 49,73 25 - 50 Ruim 20 0 - 25 Muito Ruim 0 0,00 CEA 1 0,00 0,00 0,00 CEA 2 CEA 3 CEA 4 Bacia do Ceará Mirim Figura 4-10 - Variação espacial do IQA e IQAc da Bacia Hidrográfica Ceará-Mirim 37 30 29,20 25,60 25 OD e COT (mg/L) Oxigênio Dissolvido - nov/2008 Oxigênio Dissolvido - jun/2009 Oxigênio Dissolvido - fev/2010 Carbono Orgânico Total - nov/2008 Carbono Orgânico Total - jun/2009 Carbono Orgânico Total - fev/2010 20 16,17 15 14,72 14,80 14,60 13,70 12,68 12,93 10 8,44 5 5,20 4,03 8,71 7,53 7,19 7,46 6,75 4,92 4,90 4,64 < 0,50 0 CEA 1 CEA 2 CEA 3 Res. CONAMA 357/2005 Água Salobra Classe 1 OD > = 6 mg/L Água Salina, classe 1 3,66 OD > = 5 mg//L Água Salobra, classe 1 e Água Doce, classe 2 3,10 1,99 COT < = 3 mg/L Água Salobra e Salina, classe 1 CEA 4 Bacia do Ceará Mirim Figura 4-11 - Variação espacial das concentrações de OD e COT na Bacia Hidrográfica CearáMirim. 38 4.1.3. Bacia Hidrográfica Curimataú A bacia hidrográfica do Curimataú, ocupa uma superfície de 830,5 km2, correspondendo a cerca de 1,6% do território estadual. Na bacia foram cadastrados 25 açudes, totalizando um volume de acumulação de 3.918.400 m3 de água. Isto corresponde, respectivamente, a 1,1% e 0,1% dos totais de açudes e volumes acumulados do Estado. A rede hidrográfica é composta principalmente pelos rios Parari, Espinho, Pequiri, Outeiro e Curimataú. Todavia, não existe nenhum açude com capacidade igual ou superior a 10 milhões de m3. Na Figura 4-12 apresentase o mapa esquemático desta bacia contendo os principais corpos d´água e os pontos selecionados para monitoramento. Nesta bacia foram selecionadas 04 estações de amostragens: CUR 1 – jusante de Nova CruzRN; CUR 2 – jusante de Pedro Velho-RN; CUR 3 – Estuário de Barra de Cunhaú-RN; PIQ 1 – Estação de Tratamento de Água da CAERN em Pedro Velho-RN, porém somente a estação denominada CUR 3 que terá uma freqüência trimestral de coletas e os resultados das análises serão apresentados neste relatório. Na Tabela 4-3 apresentam-se os resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos, assim como o IQA, IT, IQAc e IET médio, considerando-se fósforo e clorofila ‘a’ para amostras de água e na os resultados de metais, que representam o índice de toxicidade, para amostra de sedimento. Fonte: IGARN (2009) Figura 4-12 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica do Curimataú Tabela 4-3 - Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc das amostras de água superficiais da bacia hidrográfica Curimataú. PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IQA Temperatura da amostra (0C) pH Altitude (m) OD (mg/L) DBO (mg/L) Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL) Nitrogênio Total (mg/L) CUR 12 CUR 22 CUR 33 PIQ 11 VLP* 28,75 8,42 45,00 6,79 2,40 29,01 7,15 24,00 7,31 4,20 28,66 8,14 3,00 8,73 2,40 33,88 8,53 41,00 7,59 3,30 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3 ;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3 ≤ 5,0 1 7,80 240,00 1.700,00 94,00 < 1.000 1,2,3 1,60 1,36 3,13 7,78 Fósforo Total (mg/L) 0,187 0,279 0,021 < 0,0005 Sólidos Totais (mg/L) 1.046,00 592,00 27.520,00 Turbidez (UNT) 21,91 7,33 9,74 Índice (IQA) 72,32 64,51 62,67 Qualidade Boa Média Média PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT Cobre dissolvido (mg/L) 0,0036 0,0054 0,0074 Chumbo Total (mg/L) 0,0046 0,0059 < 0,0008 Cromo Total (mg/L) < 0,0011 < 0,0011 < 0,0011 Cádmio Total (mg/L) < 0,0019 < 0,0019 < 0,0019 Zinco Total (mg/L) 0,0409 0,0532 0,0275 Níquel Total (mg/L) < 0,0007 < 0,0007 < 0,0007 Mercúrio Total (mg/L) < 0,0002 < 0,0002 < 0,0002 Índice (IT) 1 0 0 IQAc 72,32 0,00 0,00 Qualidade Boa Muito ruim Muito Ruim Índice do Estado Trófico (IET) 61,83 57,13 47,34 Categoria Eutrófico Mesotrófico Oligotrófico Cianobactérias (cél/mL) 240 COT (mg/L) 24,90 < 0,50 < 0,50 Teor de Óleos e Graxas (mg/L) 1,00 2,00 1,00 Clorofila ‘a’ (µg/L) 4,22 1,12 0,55 Salinidade (‰) 1,03 0,59 36,20 50,00 6,17 73,93 Boa 0,0041 0,0041 < 0,0011 < 0,0019 0,0518 < 0,0007 < 0,0002 1 73,93 Boa 46,98 Ultraoligotrófico ≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 2; 0,0623; ≤ 1001 ≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3 ≤ 0,01 1, 2,3 ≤ 0,05 1, 2,,3 ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2, ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3 ≤ 0,025 1, 2,3 ≤ 0,0002 1, 2,3 - 50.0001 ≤ 3,02,3 Virtualmente ausentes ≤ 301 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3 (3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH ≤ Nitrogênio Amoniacal (mg/L) < 0,033 0,033 < 0,033 0,096 8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/ pH > 8,5)1; 0,40 2,3 *VLP-Valores Limites Permitidos para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005 . 1 Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas,+ ambientes lênticos, ++ ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos. CEA 1– Açude Poço Branco; CEA 2 - Ponte BR 406 em Taipu; CEA 3 - Jusante da Usina São Francisco/Ceará Mirim e CEA 4 - Ponte BR 101 em Extremoz. 5,00 1,00 6,45 0,03 Tabela 4-4 – Resultados para a amostra de sedimento na bacia de Curimataú PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IT Cobre dissolvido (mg/Kg) Chumbo Total (mg/Kg) Cromo Total (mg/Kg) Cádmio Total (mg/Kg) Zinco Total (mg/Kg) Níquel Total (mg/Kg) Mercúrio Total (mg/Kg) CUR 3 VLP* 2,2178 2,8528 4,7952 < 0,0337 9,1647 2,1699 < 0,0289 34,00 46,70 81,00 1,20 150,00 20,90 0,15 * VLP–Valores Limites Permitidos em mg/Kg para águas salobras e salinas nível 1, segundo Resolução CONAMA N° 344/2004 CUR 1 – jusante de Nova Cruz- RN O ponto CUR 1 está localizado à jusante da cidade de Nova Cruz, mais especificamente no rio Curimataú. Todos os parâmetros não mensuráveis estavam em conformidade com a legislação. As amostras foram coletadas à tarde, mais especificamente, às 14:27h. Através das medições efetivadas no local constatou-se: que a amostra apresentou salinidade de 1,03 ‰ e por conseguinte pode ser considerada como água salobra, sendo então comparada neste relatório com os valores limites permitido - VLP para enquadramento das águas salobras, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005; a temperatura medida (28,75 ºC) se equipara à temperatura do ambiente; o pH de 8,42 se enquadra para as águas salobras (que varia entre 6,5 a 8,5). O valor obtido da turbidez (21,91 uT) foi abaixo da campanha anterior (191,33 uT). Como esperado para esta bacia, o teor medido de OG (1,0 mg/L) foi baixo. A concentração de ST foi de 1.046 mg/L, portanto um pouco acima do valor considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L STD). Neste ponto a concentração de OD (6,79 mg/L), se encontra nos padrões estabelecido para as águas salobras de classe 1, que é acima de 5 mg/L e a DBO foi de 2,4 mg/L. Para a referida classe de enquadramento a concentração de COT continua muito elevada (24,90 mg/L), como nas campanhas anteriores, (16,76 e 14,63 mg/L, respectivamente). O padrão de COT para as águas salobras de classe 1 é de até 3,0 mg/L. Quanto às concentrações de nutrientes tem-se: o fósforo total que foi de 0,187 mg/L, o NT foi baixo (1,6 mg/L) e o nitrogênio amoniacal foi <0,03 mg/L atendendo ao valor máximo de referência que é de 0,4 mg/L, para a já citada classe de águas. Quanto à clorofila ‘a’, esta apresentou-se com valor igual a 4,22 µg/L, valor próximo ao encontrado nas coletas anteriores (2,72 e 1,15 µg/L). Todos os metais analisados atendem aos VLP para as águas salobras, classe 1. Ao contrário da campanha anterior, onde o número de coliformes termotolerantes foi expressivo (11.000 NMP/100 mL), não se identificou quantidade significativa (7,80 NMP/100mL). Este ponto não foi selecionado para monitoramento da densidade de cianobactérias. 41 O IQA calculado (72) corresponde à qualidade BOA neste ponto. O IQAc mantem a mesma classificação pois o índice de toxidez IT foi igual a 1 (um). O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 61,83 que corresponde a um corpo d’ água no estado EUTRÓFICO mantendo a mesma classificação da coleta anterior. CUR 2 – jusante de Pedro Velho- RN O CUR 2 está situado à jusante da cidade de Pedro Velho- RN, no rio Curimataú. No momento da coleta (15h10min) não se observou nenhuma irregularidade quanto aos parâmetros não mensuráveis. Igualmente ao ponto anterior, este apresentou salinidade de 0,59 ‰, sendo portanto, de água salobra. Por conseguinte, os dados obtidos neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos VLP para enquadramento das águas salobras, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005. A temperatura medida foi de (29,01 ºC). O pH medido (7,15) se enquadra na faixa normal para as águas salobras (6,5 a 8,5) e o valor obtido para a turbidez (7,33 uT) se encontra abaixo da campanha anterior que foi 195 uT. A concentração de OG foi de 2,0 mg/L e de ST foi de 592 mg/L sendo, portanto, considerada aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L STD). O oxigênio dissolvido (7,31 mg/L) obteve um valor muito próximo da campanha anterior (7,64mg/L), enquadrando-se no valor aceitável para a classe de referência. O valor medido para DBO foi de 4,2 mg/L. A concentração de COT, diferente da campanha anterior (14,17 mg/L), foi (< 0,5 mg/L) abaixo do LDM (limite de detecção do método-LDM utilizado para análise). A concentração de fósforo total deste ponto (0,279 mg/L) se encontra acima do VLP (≤ 0,062 mg/L). Os valores obtidos de nitrogênio total (1,36 mg/L) e amoniacal (0,033 mg/L) foram baixos. O nitrogênio amoniacal atende ao máximo valor de referência, que é de 0,4 mg/L. As concentrações de metais estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental, com exceção do cobre dissolvido que apresentou valor de 0,0054 mg/L, um pouco acima do VLP para águas salobras classe 1, que é 0,0050 mg/L. O valor para coliformes termotolerantes (240,00 NMP/100mL) se encontra dentro dos padrões estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000,0 NMP/100mL), diferente da campanha anterior que foi bastante expressiva (110.000 NMP/100 mL). Este ponto também não foi selecionado para monitoramento da densidade de cianobactérias. O IQA calculado (64) corresponde à qualidade MÉDIA neste ponto. O IT foi igual a zero (0), devido o valor para o cobre ter sido acima do permitido pela legislação. O IQAc classifica esta estação em uma qualidade MUITO RUIM. O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 57,13 que corresponde a um corpo d’ água no estado MESOTRÓFICO. 42 CUR 3 – Barra de Cunhaú O ponto CUR 3 é referente ao estuário em Barra de Cunhaú, localizado no Município de Baía Formosa. A salinidade foi de 36,20‰ classificando este ponto como águas salinas. Os parâmetros não mensuráveis estavam em conformidade com a resolução CONAMA N° 357/2005. A quinta coleta foi realizada no dia 25/02/2010, aproximadamente as 16:35 h. No momento da coleta foram medidos: temperatura da amostra (28,66 °C); temperatura ambiente (28,0 °C); pH 8,14, e todos se apresentam dentro dos valores de enquadramento para águas salinas, classe 1. Turbidez foi de 9,74 uT. A concentração de sólidos totais foi de 27.520 mg/L, mas é compatível com a salinidade medida, já que este parâmetro está diretamente relacionado com o teor de sólidos dissolvidos. ST não é parâmetro de controle para águas salinas. No momento da coleta mediu-se ainda a concentração de OD (8,73 mg/L) que se enquadra ao VLP (≥ 6,0). A DBO calculada foi de 2,40 mg/L e a concentração de COT abaixo do limite de detecção do equipamento (< 0,5 mg/L). As concentrações de nutrientes, especificamente fósforo total, nitrogênio total e nitrogênio amoniacal foram baixas e dentro dos valores de referência para ambientes de águas salinas (tabela 4.3). A clorofila ‘a’ também foi baixa, com 0,55 µg/L. Os metais analisados, nas amostras de água, atendem aos VLP’s da Resolução 357/2005 CONAMA com exceção do cobre dissolvido (0,0074 mg/L) que tem VLP ≤ 0,0050 mg/L. Na amostra de sedimento, os resultados se enquadram abaixo dos limites estabelecido na Resolução CONAMA 344/2004, para a referida classe de águas. O número de coliformes termotolerantes foi expressivo (1.700 NMP/100 mL), como na campanha anterior (5.400 NMP/100 mL), superando o padrão de balneabilidade (< 1.000 NMP/100 mL). A densidade de cianobactérias, no primeiro trimestre de coletas, foi de 810 células/mL, no segundo trimestre, não foi detectado células de cianobactérias na amostra examinada, no trimestres seguintes os valores encontrados foram 5.034, 552 e 240 células/mL, respectivamente. A Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para a referida classe de enquadramento, somente para as águas doces de classe 2 que é de até 50.000 cel/mL. O cálculo para determinação do IQA (62) enquadra este ponto na condição de qualidade MÉDIA, no entanto, considerando-se que o IT foi igual a zero (0) devido ao não enquadramento de um dos metais na legislação pertinente, o IQAc também foi igual a zero (0). O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a’, foi de 47,34 classificando o ponto na condição de OLIGOTRÓFICO. 43 PIQ 1 - Estação de Tratamento de Água da CAERN em Pedro Velho-RN O ponto PIQ 1 localiza-se junto à captação d´água da CAERN, no município de Pedro Velho- RN. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. A Salinidade medida foi de 0,03‰, a mesma medida na campanha anterior. As amostras foram coletadas aproximadamente às 15h45min. Os parâmetros temperatura, pH e turbidez apresentaram-se dentro do valor esperado (tabela 4.3). A concentração medida de OG foi inexpressiva (1,0 mg/L) (OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente). Da mesma forma para ST, o valor obtido foi muito baixo (50 mg/L) e inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L) e pode ser considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (STD ≤ 1000 mg/L). OD e DBO atenderam aos VLPs para as águas doces de classe 2. A concentração de OD (7,59 mg/L) foi acima do VLP mínimo (5 mg/L). A DBO (3,3 mg/L) apresentou-se abaixo do limite máximo de referência, que é de até 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT. O valor obtido para este parâmetro foi 5,0 mg/L. O padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. O valor de fósforo total foi abaixo do limite de detecção do equipamento (< 0,0005 mg/L) e encontra-se inferior ao VLP para ambientes lóticos (≤ 0,1 mg/L). As concentrações de nitrogênio total e amoniacal também foram baixas, com 7,78 mg/L e 0,096 mg/L, respectivamente. A resolução 357/2005 CONAMA estabelece que para pH ≤ 8,5 o limite máximo de nitrogênio amoniacal é de 1,0 mg/L. A concentração de clorofila ‘a’, 6,45 µg/L, apresentando-se abaixo do VLP (30 µg/L). Todos os metais analisados atendem aos VLP da Resolução 357/2005 CONAMA para águas doces classe 2. O valor para coliformes termotolerantes (94,00 NMP/100mL) se encontra abaixo dos padrões estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000,0 NMP/100mL), diferente da campanha anterior (5.400,00 NMP/100mL). Este ponto não foi selecionado para monitoramento da densidade de cianobactérias. O IQA calculado foi de 73 e, portanto, corresponde a condição de qualidade BOA. O IQAc mantém a mesma classificação (MÉDIA) pois o IT foi igual a 1 (um). O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 46,98 o que corresponde a um corpo d’ água no estado ULTRAOLIGOTRÓFICO. SÍNTESE GRÁFICA DOS RESULTADOS DA BACIA HIDROGRÁFICA CURIMATAU Nas figuras 4.12 a 4.18 apresentam-se os gráficos dos principais parâmetros e índices de controle da Bacia do Curimatau. 44 Oxigênio Dissolvido - nov/2008 Oxigênio Dissolvido - fev/2009 Oxigênio Dissolvido - jun/2009 Oxigênio Dissolvido - out/2009 Oxigênio Dissolvido - fev/2010 Demanda Bioquímica de Oxigênio - nov/2008 Demanda Bioquímica de Oxigênio - fev/2009 Demanda Bioquímica de Oxigênio - jun/2009 Demanda Bioquímica de Oxigênio - out/2009 Demanda Bioquímica de Oxigênio - fev/2010 10 9,30 8,73 8,61 8 OD e DBO (mg/L) 7,50 7,31 6,79 7,00 5,01 4 7,59 7,47 7,02 6,43 6,00 6 OD > = 6 mg/L Água Salina, classe 1 OD > = 5 mg//L Água Salobra, classe 1 e Água Doce, classe 2 5,40 4,20 4,34 Padrão da Resolução CONAMA 357/2005 8,40 7,64 3,69 3,44 3,55 2,40 3,30 2,83 2,40 2 1,47 1,23 DBO < = 5 mg/L Água Doce, classe 2 Não há valor de referência para DBO em água salobra e salina 0,80 0 CUR 1 CUR 2 CUR 3 PIQ 1 Bacia do Curimatau Figura 4-13 - Variação espacial das concentrações de OD e DBO na Bacia Hidrográfica Curimataú Padrão Res. 357/2005 - CONAMA 50.000 Padrão da Portaria 518/2004 - MS 20.000 10000 1000 CUR 1 Não se analisou 100 810 CUR 2 552 240 CUR 3 Não se analisou 5.034 Não se analisou Densidade de Cianobactérias (Cel/mL) 100000 Densidade de Cianobactéria - nov/2008 Não detectado na amostra em fevereiro/2009 Densidade de Cianobactéria - jun/2009 Densidade de Cianobactéria - out/2009 Densidade de Cianobactéria - fev/2010 PIQ 1 Bacia do Curimatau Figura 4-14 – Variação espacial da densidade de cianobactérias na Bacia Hidrográfica Curimataú 45 Coliformes Termotolerantes - nov/2008 Coliformes Termotolerantes - fev/2009 Coliformes Termotolerantes - jun/2009 Coliformes Termotolerantes - out/2009 Coliformes Termotolerantes - fev/2010 110.000 Coliformes Termotolerantes (NMP/100mL) 100000 11.000 10000 5.400 5.400 1.700,00 Padrão da Resolução CONAMA 357/2005 1000 240 94 100 49 12 7,80 10 6,90 1 1 1 CUR 1 CUR 2 CUR 3 PIQ 1 Bacia do Curimatau Figura 4-15 - Variação espacial da concentração de coliformes termotolerantes na Bacia Hidrográfica do Curimataú Índice de Estado Trófico - nov/2008 Índice de Estado Trófico - fev/2009 Índice de Estado Trófico - jun/2009 Índice de Estado Trófico - out/2009 Índice de Estado Trófico - fev/2010 > = 67 - Hipereutrófico 68,31 70 63 - 67 - Supereutrófico 67,40 60 61,83 52,90 59 - 63 - Eutrófico 62,08 59,98 57,13 50 52,68 47,34 46,98 52 - 59 - Mesotrófico 47 - 52 - Oligotrófico IET 46,24 < = 47 - Ultraoligotrófico 41,34 40 38,02 30 20 15,82 10 CUR 1 CUR 2 CUR 3 PIQ 1 Bacia do Curimatau Figura 4-16 – Variação espacial do IET na Bacia Hidrográfica do Curimataú 46 Índice de Qualidade de Água - nov/2008 Índice de Qualidade de Água combinado - nov/2008 Índice de Qualidade de Água - fev/2009 Índice de Qualidade de Água combinado - fev/2009 Índice de Qualidade de Água - jun/2009 Índice de Qualidade de Água combinado - jun/2009 Índice de Qualidade de Água - out/2009 Índice de Qualidade de Água combinado - out/2009 Índice de Qualidade de Água - out/2009 Índice de Qualidade de Água combinado - fev/2010 100 90 - 100 Excelente 90 70 - 90 Boa IQA e IQAc (mg/L) 80 72,31 72,32 70 69,62 62,67 64,51 63,11 60 73,93 57,50 44,80 50 - 70 Média 58,25 57,91 50 64,91 51,32 38,92 40 25 - 50 Ruim 30 20 0 - 25 Muito Ruim 10 0,00 0 CUR 1 0,00 CUR 2 CUR 3 PIQ 1 Bacia do Curimatau Figura 4-17– Variação espacial do IQA e IQAc na Bacia Hidrográfica do Curimataú Oxigênio Dissolvido - nov/2008 Oxigênio Dissolvido - fev/2009 Oxigênio Dissolvido - jun/2009 Oxigênio Dissolvido - out/2009 Oxigênio Dissolvido - fev/2010 Carbono Orgânico Total - nov/2008 Carbono Orgânico Total - fev/2009 Carbono Orgânico Total - jun/2009 Carbono Orgânico Total - out/2009 Carbono Orgânico Total - fev/2010 24,90 OD e COT (mg/L) 17,56 16,76 14,63 Padrão da Resolução CONAMA 357/2005 14,17 8,73 10 8,61 6,79 4,34 7,64 7,31 7,47 6,94 5,01 7,99 7,02 4,07 3,55 9,52 7,59 6,43 5,00 2,89 2,83 OD > = 6 mg/L Água Salina, classe 1 OD > = 5 mg//L Água Salobra, classe 1 e Água Doce, classe 2 COT < = 3 mg/L Água Salobra e Salina, classe 1 Não há valor de referência para COT em água doce 1 < 0,50 CUR 1 CUR 2 0,80 CUR 3 PIQ 1 Bacia do Curimatau Figura 4-18 - Variação espacial das concentrações de OD e COT na Bacia Hidrográfica Curimataú 47 4.1.4. Bacia Hidrográfica Jacú A bacia hidrográfica do rio Jacú ocupa uma superfície de 1.805,5 km2, correspondendo a cerca de 3,4 % do território estadual. Na bacia foram cadastrados 44 açudes, totalizando um volume de acumulação de 51.127.500 m3 de água. Isto corresponde, respectivamente, a 2,0% e 1,1% dos totais de açudes e volumes acumulados do Estado. O principal açude da bacia é o Japi II, localizado no município de São José do Campestre e com uma capacidade de acumulação de 20,6 milhões de m3. Na Figura 4-19 apresenta-se o mapa esquemático desta bacia contendo os principais corpos d´água e municípios. Na Tabela 4-5 apresentam-se os resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos, assim como o IQA, IT, IQAc e IET médio, considerando-se fósforo e clorofila ‘a’. Fonte: IGARN (2009) Figura 4-19 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica Jacú Tabela 4-5 - Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc das amostras de água superficiais da bacia hidrográfica Jacú. PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IQA Temperatura da amostra (0C) pH Altitude (m) OD (mg/L) DBO (mg/L) Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL) Nitrogênio Total (mg/L) JAC 12 JAC 22 JAC 33 JAC 43 VLP* 28,64 8,23 183,00 8,10 6,60 33,73 8,63 57,00 8,90 4,20 38,91 8,49 3,00 7,75 5,40 38,73 8,41 3,00 7,63 3,90 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3 ;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3 ≤ 5,0 1 33,00 33,00 1,00 1,00 < 1.000 1,2,3 1,36 1,69 10,95 3,58 ≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 2; Fósforo Total (mg/L) 0,038 0,744 0,043 0,048 0,0623; Sólidos Totais (mg/L) 14,40 947,00 25.948,00 27.470,00 Turbidez (UNT) 4,39 6,49 9,67 13,50 ≤ 1001 Índice (IQA) 77,52 61,05 71,83 79,89 Qualidade Boa Média Boa Boa PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT Cobre dissolvido (mg/L) 0,0083 0,0039 0,0089 0,0085 ≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3 Chumbo Total (mg/L) < 0,0008 0,0052 < 0,0008 < 0,0008 ≤ 0,01 1, 2,3 Cromo Total (mg/L) < 0,0011 < 0,0011 < 0,0011 < 0,0011 ≤ 0,05 1, 2,,3 Cádmio Total (mg/L) < 0,0019 < 0,0019 < 0,0019 < 0,0019 ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2, Zinco Total (mg/L) 0,0562 0,0547 0,0873 0,0386 ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3 Níquel Total (mg/L) 0,0036 < 0,0007 0,0081 0,0076 ≤ 0,025 1, 2,3 Mercúrio Total (mg/L) < 0,0002 < 0,0002 < 0,0002 < 0,0002 ≤ 0,0002 1, 2,3 Índice (IT) 0 1 0 0 IQAc 0,00 61,05 0,00 0,00 Qualidade Muito Ruim Média Muito Ruim Muito Ruim Índice do Estado Trófico (IET) 58,24 73,81 60,34 58,34 Categoria Mesotrófico Hipereutrófico Eutrófico Mesotrófico COT (mg/L) < 0,50 < 0,50 12,30 < 0,50 ≤ 3,02,3 Teor de Óleos e Graxas (mg/L) 1,00 2,00 1,00 0,00 Virtualmente ausentes Clorofila ‘a’ (µg/L) 3,01 43,70 6,10 2,35 ≤ 301 Salinidade (‰) 1,03 1,05 33,32 35,59 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3 (3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH ≤ Nitrogênio Amoniacal (mg/L) < 0,010 0,019 < 0,010 < 0,010 8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/ pH > 8,5)1; 0,40 2,3 * VLP–Valores Limites Permitidos para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005 . 1 Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas,+ ambientes lênticos ++ ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos. JAC 1- Açude Japi II em São José de Campestre ; JAC 2- Sítio Choar em Espírito Santo; JAC 3 Lagoa de Guaraíra e JAC 4 Lagoa de Guaraíra. Na bacia do Jacú foram selecionados quatro pontos para monitoramento: JAC 1 -Açude Japi II em São José do Campestre), JAC 2 - Sítio Choar em Espírito Santo, JAC 3 - Lagoa de Guaraíra e JAC 4 -Lagoa de Guaraíra. Na seqüência está sendo apresentada a discussão dos resultados para esta bacia, comparando com os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, águas salobras e salinas, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005. JAC 1 – Açude Japi II em São José do Campestre O ponto JAC 1 é referente ao Açude Japi II, localizado no Município de São José do Campestre. A coleta foi realizada no dia 25/02/2010, aproximadamente às 10h55min. Os parâmetros não mensuráveis estavam em conformidade com a resolução CONAMA N° 357/2005. Cabe ressaltar que os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas salobras, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005, pois a salinidade medida foi de 1,03 ‰. Da mesma forma, os parâmetros: temperatura da amostra (28,64 °C); pH (8,23) e turbidez (4,39 UNT) enquadram-se dentro dos valores esperados para a classe de água. A concentração de sólidos totais obtida foi de 14,40 mg/L. A concentração medida de OD (8,10 mg/L) se enquadra ao VLP (≥ 5,0 mg/L). A DBO calculada foi de 6,60 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para DBO. O valor obtido para COT foi < 0,5 mg/L, ficando abaixo do padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1, que é de até 3,0 mg/L. As concentrações de nutrientes apresentaram-se normais. O fósforo total medido foi de 0,038mg/L se enquadrando abaixo do VLP que é de 0,062 mg/L para águas salobras. Os valores obtidos para nitrogênio total e amoniacal foram de 1,36 mg/L e <0,01 mg/L, respectivamente; valores próximos ao apresentado na campanha anterior (0,57 e 0,076 mg/L). A concentração de clorofila ‘a’ foi 3,01 µg/L, porém a resolução não estabelece valor padrão de clorofila para a referida classe de águas. O valor para coliformes termotolerantes (33,00 NMP/100mL) se encontra dentro dos padrões estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000,0 NMP/100mL). Este ponto não foi selecionado para monitoramente da densidade de cianobactérias. Todos os metais analisados estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental, com exceção do cobre dissolvido que apresentou valor de 0,0083 mg/L e o VLP é de 0,0050 mg/L para águas salobras classe 1. O cálculo para determinação do IQA (77) enquadra este ponto na condição de BOA qualidade. O IT foi igual a zero (0), devido o valor para o cobre ter sido um pouco acima do permitido pela legislação. O IQAc classifica esta estação em uma qualidade MUITO RUIM. O IET calculado, considerando as análises de fósforo total e a clorofila ‘a’, foi de 58,24 que corresponde a um corpo aquático no estado MESOTRÓFICO. 50 JAC 2 – Sítio Choar – Espírito Santo O ponto denominado JAC 2 está situado no Sítio Choar, sob uma ponte sobre o rio Jacu, em Espírito Santo. Os parâmetros não mensuráveis estavam em conformidade com a resolução CONAMA N° 357/2005. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos VLP para enquadramento das águas salobras, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005, devido a salinidade medida ter sido de 1,05 ‰. As amostras foram coletadas no dia 25/02/2010 aproximadamente às 12h. No momento da coleta foram medidos: temperatura, pH e turbidez. A temperatura medida foi de 33,73 ºC; o pH foi de 8,63 se enquadrando um pouco acima dos valores estabelecidos para águas salobras, classe 1 (pH entre 6,5 a 8,5); e turbidez de 6,49 UNT, que se encontra um pouco abaixo das campanhas de coletas anteriores (11,25 uT e 58,35 uT, respectivamente), porém não se tem referência para as águas salobras, classe1. A concentração medida de OG, como nas campanhas anteriores, foi baixa com 2,0 mg/L; porém pela Resolução 357/2005 CONAMA, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente. A concentração de sólidos totais foi de 947 mg/L (porém não se dispõe de VLP para águas salobras). O limite mínino estabelecido de OD para as águas salobras classe 1 é de 5,0 mg/L, de modo que a concentração de oxigênio dissolvido medido (8,90 mg/L) atende ao padrão estabelecido. A DBO calculada foi 4,20 mg/L, porém não há valor de referência para a referida classe de águas. O valor obtido para o COT (< 0,5 mg/L), foi abaixo das campanhas anteriores (28,35 mg/L e 17,14 mg/L), para as águas salobras e salinas de classe 1, o padrão deste parâmetro é de até 3,0 mg/L. A concentração de fósforo total (0,744 mg/L) se encontra acima do VLP de referência (≤ 0,124 mg/L). O valor para nitrogênio total foi 1,69 mg/L e nitrogênio amoniacal 0,019 mg/L. O nitrogênio amoniacal encontra-se inferior ao VLP máximo que é 0,40 mg/L para as águas salobras de classe1. A concentração de clorofila ‘a’ foi de 43,70 µg/L, portanto acima dos resultados das campanhas anteriores (11,23 µg/L e 13,06 µg/L), mas não se dispõe de VLP para a classe de água em avaliação. Os metais analisados estão em conformidade com os padrões da legislação para as águas salobras de classe 1; como conseqüência o IT assume valor 1, reafirmando a boa condição do manancial. Nesta campanha a quantidade de coliformes termotolerantes foi pouco expressiva (33 NMP/100mL) quando comparada com a coleta anterior (160.000 NMP/100 mL). Este ponto não foi selecionado para monitoramento da densidade de cianobactérias. O IQA calculado (61) corresponde a uma qualidade MÉDIA, da mesma forma o IQAc (61) em virtude do IT ter assumido o valor máximo 1, sem alteração da qualidade. O IET calculado, considerando a ponderação para o fósforo e a clorofila ‘a’, foi de 73,81 que corresponde a um corpo d’água no estado HIPEREUTRÓFICO. 51 JAC 3 – Lagoa de Guaraíra A estação de monitoramento referente ao JAC 3 fica localizada na Lagoa de Guaraíra, no município de Arês-RN. A campanha para coleta de amostras nesta estação foi realizada no dia 02/03/2010, aproximadamente às 13h35min. No momento da coleta o nível de água estava muito baixo, como pode ser observado nos registros fotográficos a seguir (figuras 4.20 (a) e (b)). a b Figura 4-20 – Lagoa de Guaraíra; a) Estação de monitoramento JAC 3; b) JAC 3-Distância percorrida para coletar água Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos VLP para enquadramento das águas salinas, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005. A Salinidade medida foi de 33,32. A temperatura da amostra medida foi de 38,91 ºC, valor muito alto devido a pouca quantidade de água no momento da coleta. O pH da amostra (8,49) situa-se dentro dos valores de enquadramento para águas salinas, classe 1. O valor medido para turbidez foi 9,67 uT e para óleos e graxas a concentração foi baixa com apenas 1,0 mg/L. A concentração de OD (7,75 mg/L) está em conformidade com a já citada resolução, pois o VLP mínimo estabelecido para as águas salinas de classe 1 que é 5 mg/L. A DBO calculada foi 5,40mg/L (não se dispõe de VLP de referência). O COT (12,30 mg/L), encontra-se acima da faixa esperada, VLP (≤ 3,0 mg/L). A concentração de ST foi de 25.948,00 mg/L (não se dispõe de VLP para águas salinas). Os nutrientes apresentaram-se em pequenas concentrações. O valor para o fósforo total (0,043mg/L) se enquadra abaixo do VLP de referência (0,062 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 10,95 mg/L e o amoniacal abaixo do limite de detecção do equipamento (<0,01 mg/L), estando este abaixo do VLP (0,40 mg/L). A clorofila ‘a’ foi 6,10 µg/L, porém não há valor de referência para a já citada classe de águas. As concentrações de metais estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental, com exceção do cobre dissolvido que apresentou valor de 0,0089 mg/L e o VLP é de 0,0050 mg/L para a referida classe de águas. 52 O valor para coliformes termotolerantes (1,00 NMP/100mL) se encontra dentro dos padrões estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000 NMP/100mL). Este ponto não foi selecionado para monitoramento da densidade de cianobactérias. O cálculo para determinação do IQA (71) enquadra este ponto na condição de BOA qualidade. O IT foi igual a zero (0), devido o valor para o cobre ter sido acima do permitido pela legislação. O IQAc classifica esta estação em uma qualidade MUITO RUIM. O IET calculado, considerando a ponderação para o fósforo e a clorofila ‘a’, foi de 60,34 que corresponde a um corpo d’água no estado EUTRÓFICO. JAC 4 – Lagoa de Guaraíra O ponto denominado JAC 4 também está localizado na Lagoa de Guaraíra, porém em outra extremidade. Este ponto, como o anterior, também estava com o nível de água muito baixo, impossibilitando a entrada do barco para efetuar coleta, como pode ser observado nos registros fotográficos a seguir (Figuras 4.21 (a) e (b)). a b Figura 4-21 – Lagoa de Guaraíra; a) Estação de monitoramento JAC 4; b) JAC 4- momento da coleta. A salinidade medida foi de 35,59 ‰ e portanto, os resultados apresentados estão sendo comparados com os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas salinas, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005. No momento da coleta foram medidos: temperatura (38,73 ºC); turbidez (13,50 uT) e pH (8,41). Valores alto de pH podem ser encontrados onde a evaporação supera a precipitação, como é o caso da região. Na amostra não se detectou concentração para óleos e graxas. A concentração de sólidos totais foi 27.470,00 mg/L. A concentração de oxigênio dissolvido medido foi 7,63 mg/L, enquadrando este valor ao padrão de referência para a referida classe de águas que é maior ou igual a 5,0 mg/L. A DBO calculada foi de 3,90 mg/L (não se dispõe de VLP). O valor obtido para COT (< 0,5 mg/L) foi abaixo do limite de detecção do método (LDM) utilizado para análise, portanto abaixo do padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1, que é de até 3,0 mg/L. 53 O fósforo total medido foi 0,048 mg/L e portanto encontra-se inferior ao VLP (≤ 0,062 mg/L). O nitrogênio total apresentou concentração de 3,58 mg/L (não se dispõe de VLP para NT). O nitrogênio amoniacal não foi detectado (o limite de detecção do método é < 0,01 mg/L), no entanto, o nitrogênio amoniacal atende ao VLP (0,40 mg/L). A concentração de clorofila ‘a’ na amostra foi de 2,35 µg/L. Dos metais analisados, o cobre dissolvido apresentou valor superior ao VLP de enquadramento, como no ponto anterior. A concentração de cobre foi de 0,0085 mg/L e portanto superior ao VLP (≤ 0,0050 mg/L). O valor para coliformes termotolerantes (1,00NMP/100mL) se encontra dentro dos padrões estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000,0 NMP/100mL). O referido ponto não foi selecionado para monitoramento da densidade de cianobactérias. O cálculo do IQA (76) corresponde à condição de qualidade BOA neste ponto. No entanto, considerando-se que o IT foi igual a 0 (zero), devido ao não enquadramento de um dos metais na legislação pertinente, o IQAc também foi igual a 0 (zero), que corresponde a uma qualidade IMPRÓPRIA PARA CONSUMO HUMANO nesta estação. O IET calculado, considerando a ponderação para o fósforo e a clorofila ‘a’, foi de 58,34 que corresponde a um corpo d’água no estado MESOTRÓFICO. SÍNTESE GRÁFICA DOS RESULTADOS DA BACIA HIDROGRÁFICA JACU Nas figuras 4.22 a 4.26 apresentam-se os gráficos dos principais parâmetros e índices de controle da Bacia Hidrográfica de Jacu. Oxigênio Dissolvido - nov/2008 Oxigênio Dissolvido - jun/2009 Oxigênio Dissolvido - fev/2010 Carbono Orgânico Total - nov/2008 Carbono Orgânico Total - jun/2009 Carbono Orgânico Total - fev/2010 28,35 27 24 OD e COT (mg/L) 21 18 17,14 Padrão da Resolução CONAMA 357/2005 15 12,30 12 9 6 9,86 8,10 8,01 7,15 8,90 7,89 5,78 9,34 9,13 8,79 7,75 5,70 7,70 7,63 5,07 4,44 3 0 < 0,50 JAC 1 2,60 < 0,50 JAC 2 JAC 3 2,45 < 0,50 OD > = 6 mg/L Água Salina, classe 1 OD > = 5 mg//L Água Salobra, classe 1 e Água Doce, classe 2 COT < = 3 mg/L Água Salobra e Salina, classe 1 JAC 4 Bacia do Jacu Figura 4-22 - Variação espacial das concentrações de OD e COT na Bacia Hidrográfica Jacú. 54 Oxigênio Dissolvido - nov/2008 Oxigênio Dissolvido - jun/2009 Oxigênio Dissolvido - fev/2010 Demanda Bioquímica de Oxigênio - nov/2008 Demanda Bioquímica de Oxigênio - jun/2009 Demanda Bioquímica de Oxigênio - fev/2010 10 9,34 9,13 8,90 8,36 OD e DBO (mg/L) 8 8,10 8,01 7,89 7,63 7,75 Padrão da Resolução CONAMA 357/2005 6,39 6,60 6 5,70 5,78 5,60 4,20 4,44 4 OD > = 5 mg//L Água Salobra, classe 1 e Água Doce, classe 2 5,07 5,40 4,50 4,50 3,60 DBO < = 5 mg/L Água Doce, classe 2 3,90 3,44 OD > = 6 mg/L Água Salina, classe 1 Não há valor de referência para DBO em água salobra e salina 2,46 2 JAC 1 JAC 2 JAC 3 JAC 4 Bacia do Jacu Figura 4-23 - Variação espacial das concentrações de OD e DBO na Bacia Hidrográfica Jacú Coliformes Termotolerantes - nov/2008 Coliformes Termotolerantes - jun/2009 Coliformes Termotolerantes - fev/2010 160.000,00 Coliformes Termotolerantes (NMP/100mL) 100000 10000 Padrão da Resolução CONAMA 357/2005 1000 490,00 540,00 330,00 100 33,00 33,00 17,00 10 17,00 10,00 3,00 1,00 1 JAC 1 JAC 2 JAC 3 1,00 JAC 4 Bacia do Jacu Figura 4-24 - Variação espacial da concentração de coliformes termotolerantes na Bacia Hidrográfica Jacú. 55 Índice de qualidade de Água - nov/2008 Índice de qualidade de Água combinado - nov/2008 Índice de qualidade de Água - jun/2009 Índice de qualidade de Água combinado - jun/2009 Índice de qualidade de Água - fev/2010 Índice de qualidade de Água combinado - fev/2010 100 90 - 100 Excelente IQA e IQAc (mg/L) 80 77,52 76,37 71,83 64,36 68,32 62,93 60 48,74 40 70 - 90 Boa 61,05 62,61 45,48 50,81 50 - 70 Média 51,21 25 - 50 Ruim 20 0 - 25 Muito Ruim 0 0,00 0,00 0,00 0,00 JAC 1 JAC 2 JAC 3 JAC 4 Bacia do Jacu Figura 4-25 - Variação espacial do IQA e IQAc na Bacia Hidrográfica Jacú. Índice de Estado Trófico - nov/2008 Índice de Estado Trófico - jun/2009 Índice de Estado Trófico - fev/2010 > = 67 - Hipereutrófico 73,81 70 63 - 67 - Supereutrófico 60 59,78 62,16 58,24 58,06 60,34 58,37 59,72 59 - 63 - Eutrófico 58,34 52 - 59 - Mesotrófico IET 50 40 47 - 52 - Oligotrófico < = 47 - Ultraoligotrófico 39,78 30 19,92 20 17,13 10 JAC 1 JAC 2 JAC 3 JAC 4 Bacia do Jacu Figura 4-26 - Variação espacial do IET na Bacia Hidrográfica Jacú. 56 4.1.5. Bacia Hidrográfica Maxaranguape A bacia hidrográfica do Maxaranguape ocupa uma superfície de 1.010,2 km2, correspondendo a cerca de 1,9% do território estadual. Nesta bacia, destaca-se a Fonte de Pureza, fenômeno de ressurgência que dá origem à principal fonte de água do Estado, em vazão - localizada jntuo à cidade de Pureza. Na Figura 4-27 apresenta-se o mapa esquemático desta bacia contendo os principais corpos d’água e os pontos selecionados para monitoramento. Nesta bacia foram selecionadas duas estações para monitoramento: MAX 1-RN064-Rio Maxaranguape em Dom Marcolino e MAX 2-Estuário do Rio Maxaranguape. Na Tabela 4-6 apresentam-se os resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos, assim como o IQA, IT, IQAc e IET médio, considerando-se fósforo e clorofila ‘a’ e na Tabela 4-7 os resultados de metais, que representam o índice de toxicidade, para amostra de sedimento Os resultados apresentados nestes pontos estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida foi de 0,41 ‰ para o MAX 1 e de 0,17 ‰ para MAX 2. Fonte: SEMARH (2009) Figura 4-27 - Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica Maxaranguape 57 Tabela 4-6 - Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc das amostras de água superficiais da bacia Maxaranguape. PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IQA Temperatura da amostra ( 0C) pH Altitude (m) OD (mg/L) MAX 11 MAX 21 VLP* 28,97 6,88 21,00 6,24 29,07 6,87 8,00 5,97 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3 ;≥ 5,01,2 ; ≥ 6,0 ,3 DBO (mg/L) 9,60 4,95 ≤ 5,0 1 46,00 49,00 < 1.000 1,2,3 1,33 1,03 Fósforo Total (mg/L) 0,046 0,025 Sólidos Totais (mg/L) Turbidez (UNT) Índice (IQA) Qualidade 448,00 3,58 69,34 Média 255,00 4,29 75,77 Boa Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL) Nitrogênio Total (mg/L) ≤ (0,03+, 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 2 ; ≤ 0,062; ≤ 1001 - PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT * Cobre dissolvido (mg/L) Chumbo Total (mg/L) Cromo Total (mg/L) Cádmio Total (mg/L) Zinco Total (mg/L) Níquel Total (mg/L) Mercúrio Total (mg/L) Índice (IT) IQAc Qualidade Índice do Estado Trófico (IET) Categoria Cianobactérias (cél/mL) COT ((mg/L) Teor de Óleos e Graxas ((mg/L) Clorofila ‘a’ (µg/L) 0,0078 0,0073 < 0,0011 < 0,0019 0,1279 0,0048 < 0,0002 1 69,34 Média 60,50 Eutrófico 10,30 2,00 7,24 0,0111 0,0053 < 0,0011 < 0,0019 0,1312 < 0,0007 < 0,0002 0 0,00 Muito Ruim 55,93 Mesotrófico 412 8,60 3,00 3,60 Salinidade (g/Kg) 0,46 0,23 Nitrogênio Amoniacal (mg/L) 0,040 0,007 ≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3 ≤ 0,01 1, 2,3 ≤ 0,05 1, 2,,3 ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2, ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3 ≤ 0,025 1, 2,3 ≤ 0,0002 1, 2,3 50.0001 ≤ 3,02,3 Virtualmente ausentes ≤ 301 1 0,5‰ ; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3 (3,7 p/ pH =7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH =8 - 1 p/ 8<pH=8,5 e 0,5 p/ pH > 8,5)1; 0,40 2,3 VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/20051 . 1Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas. + ambientes lênticos, ++ ambientes Intermediários e +++ ambientes Lóticos. MAX01– Rio Maxaranguape em Dom Marcolino e MAX 2-Maxaranguape. Tabela 4-7 - Resultados para a amostra de sedimento no Estuário do Rio Maxaranguape PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IT Cobre dissolvido (mg/Kg) Chumbo Total (mg/Kg) Cromo Total (mg/Kg) Cádmio Total (mg/Kg) Zinco Total (mg/Kg) Níquel Total (mg/Kg) Mercúrio Total (mg/Kg) MAX 2 VLP* 2,2031 6,0799 9,6549 0,0683 9,6599 2,6207 < 0,0289 34,00 46,70 81,00 1,20 150,00 20,90 0,15 VLP–Valores Limites Permitidos em mg/Kg para águas salobras e salinas nível 1, segundo Resolução CONAMA N° 344/2004 . MAX 1 – RN 064 – Rio Maxaranguape em Dom Marcolino O Ponto denominado MAX 1 está situado na RN 064, sob uma ponte sobre o rio Maxaranguape, em Dom Marcolino, no município de Maxaranguape. Com relação aos parâmetros não mensuráveis estes estavam em conformidade com a resolução CONAMA N° 357/2005. Nas proximidades do ponto de coleta, identificaram-se atividades agrícolas e de carcinicultura. As amostras foram coletadas no dia 23/02/2010, aproximadamente às 10h. No momento da coleta foram medidos: temperatura (28,97 °C); pH (6,88), dentro dos valores de enquadramento para águas doces, classe 2; e turbidez (3,58 UNT), inferior ao VLP (≤ 100). A concentração medida de óleos e graxas foi baixa, com 2,0 mg/L (OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente). A concentração de sólidos totais foi de 448 mg/L e inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valor pode ser considerado aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1.000 mg/L de STD. A concentração de OD foi de aproximadamente 6,24 mg/L e portanto acima ao VLP mínimo estabelecido para as águas doces de classe 2 (≥ 5 mg/L). A DBO calculada (9,6 mg/L) encontra-se acima do limite de referência para águas doces de classe 2 (≤ 5 mg/L). Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT. O valor obtido para este parâmetro foi 10,3 mg/L, praticamente o dobro da coleta anterior (5,36 mg/L). O padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. O valor para fósforo total foi baixo (0,046 mg/L) e encontra-se inferior ao VLP para ambientes lóticos (≤ 0,1 mg/L). As concentrações de nitrogênio total e amoniacal foram baixas, de 1,33 mg/L e 0,040 mg/L, respectivamente. O nitrogênio amoniacal atende ao VLP, que é de 3,7 mg/L para pH ≤ 7,5. A concentração de clorofila ‘a’ foi 7,24 µg/L, acima das coletas anteriores (6,52 e 0,71 µg/L, respectivamente campanha de Nov/08 e Jun/09) porém ainda inferior ao VLP (30 µg/L) para águas doces de classe1. Todos os metais analisados atendem aos VLP estabelecido nesta resolução, como conseqüência o IT assume valor 1. O valor para coliformes termotolerantes (46,00 NMP/100mL) se encontra dentro dos 59 padrões estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000,0 NMP/100mL). Este ponto não foi selecionado para monitoramente da densidade de cianobactérias. O IQA calculado foi de 69, portanto, corresponde a uma condição de qualidade MÉDIA neste ponto, mantendo-se o mesmo valor (69) para o IQAc devido ao índice de toxidez ter sido 1. O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 60,50 que corresponde a um corpo d’ água no estado EUTRÓFICO. MAX 2 – Estuário do Rio Maxaranguape O ponto MAX 2 localiza-se em um estuário situado a jusante de Maxaranguape. Este ponto, apesar de ser um estuário, em maré baixa, sofre influência principal do rio devido às condições topográficas atípicas, existe um banco de areia que barra a entrada da água da maré. No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. As amostras foram coletadas aproximadamente as 7:45 h, do dia 23/02/2010, com as seguintes medições: temperatura da amostra 29,07 ºC; pH 6,87; dentro dos valores de enquadramento para águas doces, classe 2 e turbidez 4,29 UNT. A concentração de óleos e graxas foi baixa com 3,0 mg/L (óleos e graxas não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente). Sólidos totais (255 mg/L) também não é um parâmetro de controle da resolução, porém este valor pode ser considerado aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1.000 mg/L de STD. A concentração de OD (5,97 mg/L) se enquadra ao VLP estabelecido para a já citada classe de águas (≥ 5,0 mg/L). Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, o valor obtido para este parâmetro foi 8,6 mg/L. A concentração de DBO foi 4,95 mg/L, atendendo ao VLP.que é ≤ 5,0 mg/L e mantendo a média das coletas anteriores (5,40 e 5,48 mg/L). Quanto aos nutrientes tem-se: fósforo total de 0,025 mg/L; nitrogênio total de 1,03 mg/L e nitrogênio amoniacal de 0,007 mg/L. O nitrogênio amoniacal atende ao VLP que é 3,7 mg/L para águas doces com pH ≤ 7,5. A concentração de clorofila ‘a’ foi baixa (3,60 µg/L) e inferior ao VLP (30 µg/L) e com valor próximo do encontrado nas coletas anteriores (3,14 e 0,56 µg/L). Os metais analisados estão em conformidade com os padrões da legislação, com exceção do cobre dissolvido que apresentou valor de 0,0111 mg/L e o VLP é de 0,0050 mg/L. Nas amostras de sedimento de fundo, os resultados se enquadram abaixo dos limites estabelecido na Resolução CONAMA 344/2004. O valor para coliformes termotolerantes (49,00 NMP/100mL) se encontra dentro dos padrões estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000,0 NMP/100mL). O estuário de Maxaranguape apresentou baixa densidade de cianobactérias (412 células/mL) mantendo o nível obtido nas últimas coletas (258 e 168 células/mL, junho e outubro de 2009). O valor obtido está dentro dos níveis normais 60 estabelecidos pela Resolução 357/2005 CONAMA para as águas doces de classe 2, que é de até 50.000 células/mL, e pela Portaria 518/2004-MS, que é de 20.000 células/mL. O cálculo para determinação do IQA (75) enquadra este ponto na condição de BOA qualidade. O IT foi igual a zero (0), devido o valor para o cobre ter sido acima do permitido pela legislação. O IQAc classifica esta estação em uma qualidade MUITO RUIM. O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 55,93, classificando o corpo d’ água na condição de MESOTRÓFICO. SÍNTESE GRÁFICA DOS RESULTADOS DA BACIA HIDROGRÁFICA MAXARANGUAPE Nas figuras 4-28 a 4-33 apresentam-se os gráficos dos principais parâmetros e índices de controle da Bacia Hidrográfica do Maxaranguape. 10 9,60 Oxigênio Dissolvido - nov/2008 Oxigênio Dissolvido - fev/2009 Oxigênio Dissolvido - jun/2009 Oxigênio Dissolvido - out/2009 Oxigênio Dissolvido - fev/2010 Demanda Bioquímica de Oxigênio - nov/2008 Demanda Bioquímica de Oxigênio - fev/2009 Demanda Bioquímica de Oxigênio - jun/2009 Demanda Bioquímica de Oxigênio - out/2009 Demanda Bioquímica de Oxigênio - fev/2010 9 OD e DBO (mg/L) 8 7 6 5 6,80 6,47 6,24 5,97 5,80 5,44 5,22 4,95 5,77 5,10 5,00 4 4,00 3,79 4,00 Padrão da Resolução CONAMA 357/2005 OD > = 5 mg//L Água Salobra, classe 1 e Água Doce, classe 2 DBO < = 5 mg/L Água Doce, classe 2 Não há valor de referência para DBO em água salobra e salina 3 MAX 1 MAX 2 Bacia do Maxaranguape Figura 4-28 - Variação espacial das concentrações de OD e DBO na Bacia Hidrográfica Maxaranguape 61 Oxigênio Dissolvido - nov/2008 Oxigênio Dissolvido - fev/2009 Oxigênio Dissolvido - jun/2009 Oxigênio Dissolvido - out/2009 Oxigênio Dissolvido - fev/2010 Carbono Orgânico Total - nov/2008 Carbono Orgânico Total - fev/2009 Carbono Orgânico Total - jun/2009 Carbono Orgânico Total - out/2009 Carbono Orgânico Total - fev/2010 10 10,30 OD e COT (mg/L) 8,60 Padrão da Resolução CONAMA 357/2005 8 6 6,73 6,47 5,97 5,89 5,22 6,24 5,77 5,36 4,00 4 4,00 OD > = 6 mg/L Água Salina, classe 1 OD > = 5 mg//L Água Salobra, classe 1 e Água Doce, classe 2 3,79 COT < = 3 mg/L Água Salobra e Salina, classe 1 2,64 Não há valor de referência para COT em água doce 3,77 3,36 2 MAX 1 MAX 2 Bacia do Maxaranguape Figura 4-29 - Variação espacial da concentração OD e COT na Bacia Hidrográfica Maxaranguape 62 Coliformes Termotolerantes (NMP/100mL) Coliformes Termotolerantes - nov/2008 Coliformes Termotolerantes - fev/2009 Coliformes Termotolerantes - jun/2009 Coliformes Termotolerantes - out/2009 Coliformes Termotolerantes - fev/2010 Padrão da Resolução CONAMA 357/2005 1000 350,00 270,00 100 49,00 46,00 23,00 10 1,10 1 MAX 1 MAX 2 Bacia do Maxaranguape Figura 4-30 - Variação espacial da concentração de coliformes termotolerantes na Bacia Hidrográfica Maxaranguape Densidade de Cianobactérias - nov/2008 Densidade de Cianobactérias - fev/2009 Densidade de Cianobactérias - jun/2009 Densidade de Cianobactérias - out/2009 Densidade de Cianobactérias - fev/2010 Padrão Res. CONAMA 357/2005 Água Doce Classe 2 50.000 Padrão Portaria 518/2004 - MS 20.000 10000 3.402 1.120 1000 100 10 412 258 Ponto não monitorado Densidade de Cianobactérias (Cel/mL) 100000 168 MAX 1 MAX 2 Bacia do Maxaranguape Figura 4-31 - Variação espacial da densidade de cianobactérias na Bacia Hidrográfica Maxaranguape 63 Índice de Qualidade de Água - nov/2008 Índice de Qualidade de Água combinado - nov/2008 Índice de Qualidade de Água - fev/2009 Índice de Qualidade de Água combinado - fev/2009 Índice de Qualidade de Água - jun/2009 Índice de Qualidade de Água combinado - jun/2009 Índice de Qualidade de Água - out/2009 Índice de Qualidade de Água combinado - out/2009 Índice de Qualidade de Água - fev/2010 Índice de Qualidade de Água combinado - fev/2010 100 90 - 100 Excelente 76,45 75,77 71,57 67,99 67,81 80 74,17 IQA e IQAc 69,34 66,18 60 70 - 90 Boa 50 - 70 Média 25 - 50 Ruim 40 20 0 - 25 Muito Ruim 0,00 0 MAX 1 MAX 2 Bacia do Maxaranguape Figura 4-32 - Variação espacial do IQA e IQAc na Bacia Hidrográfica Maxaranguape 64 Índice de Estado Trófico - nov/2008 Índice de Estado Trófico - fev/2009 Índice de Estado Trófico - jun/2009 Índice de Estado Trófico - out/2009 Índice de Estado Trófico - fev/2010 > = 67 - Hipereutrófico 63 - 67 - Supereutrófico 60 60,50 59 - 63 - Eutrófico 55,93 50 IET 40 52 - 59 - Mesotrófico 47 - 52 - Oligotrófico 45,57 44,14 46,74 41,64 < = 47 - Ultraoligotrófico 37,02 30 20 13,82 10 0 MAX 1 MAX 2 Bacia do Maxaranguape Figura 4-33 - Variação espacial do IET na Bacia Hidrográfica Maxaranguape 4.1.6. Bacia Hidrográfica Pirangi A bacia hidrográfica do Pirangi ocupa uma superfície de 458,9 km2, correspondendo a cerca de 0,9 % do território estadual. Essa pequena bacia não possui açudes de maior importância. Na Figura 4-34 apresenta-se o mapa esquemático desta bacia contendo os principais corpos d´água e municípios. Nesta bacia foram selecionadas oito estações de monitoramento: PIR 1- Lamarão em Macaíba, PIR 2Passagem de Areia em Parnamirim, PIR 3-Ponte BR 304 em Parnamirim, PIR 4-Ponte Velha na BR 101 em Parnamirim, PIR 5-Ponte Trampolim da Vitória em Parnamirim, PIR 6-Lagoa do Jiqui em Parnamirim, PIR 7-Balneário de Pium em Nísia Floresta e PIR 8-Ponte Velha na RN 063 em Parnamirim. Na Tabela 4-8 apresentam-se os resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos, assim como o IQA, IT, IQAc e IET médio, considerando-se fósforo e clorofila ‘a’ e na Tabela 4-9 os resultados de metais, que representam o índice de toxicidade, para amostra de sedimento, para esse tipo de análise somente o PIR 8 foi selecionado. 65 Fonte: IGARN (2009) Figura 4-34 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica Pirangi Todos os pontos analisados nesta bacia apresentaram salinidade inferior a 0,5 ‰ e, portanto, está sendo comparado com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005, com exceção do PIR 8 que são águas salobras classe 2, devido a salinidade ser de 29,22 ‰. Tabela 4-8 - Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc da Bacia Hidrográfica do Pirangi. PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IQA Temperatura da amostra (0C) pH Altitude (m) OD (mg/L) DBO (mg/L) Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL) Nitrogênio Total (mg/L) PIR 11 PIR 21 PIR 31 PIR 41 PIR 51 PIR 61 PIR 71 VLP* 26,39 6,26 0,0 7,31 9,60 27,54 7,81 32,00 5,97 9,00 26,90 7,89 28,00 5,84 8,40 26,82 8,26 22,00 6,48 5,40 26,68 7,52 12,00 7,54 6,00 27,41 7,62 12,00 7,23 6,30 27,85 7,64 8,00 9,42 7,80 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3 ≥ 5,01,2 ; ≥ 6,0 ,3 ≤ 5,0 1 1.600,00 1.600,00 33,00 33,00 49,00 11,00 540,00 < 1.000 1,2,3 0,94 4,38 4,05 4,62 2,22 2,12 5,15 Fósforo Total (mg/L) 0,024 0,022 0,025 0,018 0,023 0,014 0,020 Sólidos Totais (mg/L) Turbidez (UNT) Índice (IQA) Qualidade 122,00 1,48 63,49 Média 63,00 2,56 70,95 Boa 83,00 3,23 64,03 Média Cobre dissolvido (mg/L) Chumbo Total (mg/L) Cromo Total (mg/L) Cádmio Total (mg/L) Zinco Total (mg/L) Níquel Total (mg/L) Mercúrio Total (mg/L) Índice (IT) IQAc Qualidade Índice do Estado Trófico (IET) Categoria Cianobactérias (cél/mL) COT (mg/L) Teor de Óleos e Graxas (mg/L) Clorofila ‘a’ (µg/L) 0,0082 0,0041 0,0055 < 0,0019 0,0649 < 0,0007 < 0,0002 1 63,49 Média 0,0050 0,0051 < 0,0011 < 0,0019 0,0924 < 0,0007 < 0,0002 1 70,95 Boa 0,0064 < 0,0008 < 0,0011 < 0,0019 0,0872 < 0,0007 < 0,0002 1 64,03 Média 59,76 68,00 157,00 20,00 64,00 6,69 6,44 1,95 3,11 61,89 72,27 65,17 68,62 Média Boa Média Média PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT 0,0107 0,0061 0,0061 0,0056 0,0068 0,0069 0,0052 0,0051 < 0,0011 < 0,0011 < 0,0011 < 0,0011 < 0,0019 < 0,0019 < 0,0019 < 0,0019 0,7605 0,1262 0,0864 0,0897 < 0,0007 < 0,0007 < 0,0007 < 0,0007 < 0,0002 < 0,0002 < 0,0002 < 0,0002 0 1 1 1 0,00 72,27 65,17 68,62 Muito Ruim Boa Média Média 60,82 54,03 56,28 53,92 49,20 57,21 Eutrófico 8,90 Mesotrófico < 0,50 Mesotrófico < 0,50 Mesotrófico < 0,50 Oligotrófico 5,70 Mesotrófico 48 4,20 1,00 0,00 3,00 0,00 0,00 3,00 ≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 2 ; ≤ 0,0623; ≤ 1001 ≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3 ≤ 0,01 1, 2,3 ≤ 0,05 1, 2,,3 ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2, ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3 ≤ 0,025 1, 2,3 ≤ 0,0002 1, 2,3 50.0001 ≤ 3,02,3 Eutrófico 3,00 0,00 Virtualmente ausentes ≤ 301 0,5‰ ; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 Salinidade (‰) 0,06 0,07 0,08 0,06 0,05 0,07 0,06 ‰3 (3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < Nitrogênio Amoniacal (mg/L) < 0,033 < 0,033 < 0,033 < 0,033 < 0,033 < 0,033 0,043 pH ≤ 8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/ pH > 8,5)1; 0,40 2,3 * 1 VLP–Valores Limites Permitidos para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005 . Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas. + ambientes lênticos ++ ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos. PIR 1- Lamarão em Macaíba; PIR 2- Passagem de Areia em Parnamirim; PIR 3- Ponte BR 304 em Parnamirim; PIR 4- Ponte velha na BR 101 em Parnamirim; PIR 5- Ponte Trampolim da Vitória em Parnamirim; PIR 6- Lagoa do Jiqui e PIR 7- Balneário de Pium em Nísia Floresta . 11,45 2,51 3,91 2,76 0,80 6,87 9,99 1 67 Tabela 4-8 (cont.) - Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc da Bacia Hidrográfica do Pirangi. PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IQA Temperatura da amostra (0C) pH Altitude (m) OD (mg/L) DBO (mg/L) Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL) Nitrogênio Total (mg/L) PIR 82 -- -- -- -- -- -- VLP* 28,10 7,36 9,00 7,32 7,20 ------ ------ ------ ------ ------ ------ 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3 ;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3 ≤ 5,0 1 130,00 -- -- -- -- -- -- < 1.000 1,2,3 1,15 -- -- -- -- -- -- Fósforo Total (mg/L) 0,021 -- -- -- -- -- -- Sólidos Totais (mg/L) Turbidez (UNT) Índice (IQA) Qualidade 12.284,00 4,58 60,20 Média ----- ----- ----- Cobre dissolvido (mg/L) Chumbo Total (mg/L) Cromo Total (mg/L) Cádmio Total (mg/L) Zinco Total (mg/L) Níquel Total (mg/L) Mercúrio Total (mg/L) Índice (IT) IQAc Qualidade Índice do Estado Trófico (IET) Categoria Cianobactérias (cél/mL) COT (mg/L) Teor de Óleos e Graxas (mg/L) Clorofila ‘a’ (µg/L) 0,0079 < 0,0008 < 0,0011 < 0,0019 0,0428 < 0,0007 < 0,0002 1 60,20 Médio ----------- ----------- 57,14 -- ------------ * ------------PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT -------------------------------- -- -- Mesotrófico 576 < 0,50 4,00 5,29 ----- ----- ----- ----- Salinidade (‰) 29,22 -- -- -- -- Nitrogênio Amoniacal (mg/L) < 0,033 -- -- -- -- VLP–Valores Limites Permitidos para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução ambientes lênticos ++ ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos. PIR 8- Ponte velha na RN 063 em Parnamirim. -- ≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 ≤ 0,0623; ≤ 1001 ≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3 ≤ 0,01 1, 2,3 ≤ 0,05 1, 2,,3 ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2, ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3 ≤ 0,025 1, 2,3 ≤ 0,0002 1, 2,3 - --50.0001 --≤ 3,02,3 --Virtualmente ausentes --≤ 301 1 -0,5‰ ; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ -30‰3 (3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH ≤ 8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/ --pH > 8,5)1; 0,40 2,3 1 2 CONAMA N° 357/2005 . Águas doces, Águas salobras, 3Águas salinas. + PIR 1 – Lamarão em Macaíba O ponto PIR 1, também denominado Lamarão, refere-se ao rio Pitimbu. Este se situa próximo a sua nascente, na cidade de Macaíba. No aspecto visual não foram observadas desconformidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. As amostras foram coletadas no dia 02/03/2010, aproximadamente às 10h33min, com as seguintes medições: temperatura de 26,39 ºC, normal e próxima à do ambiente; pH de 6,26, levemente ácido e dentro dos padrões de enquadramento para águas doces de classe 2, que está entre 6 e 9; turbidez baixa de 1,48 UNT e inferior ao VLP (≤ 100) e salinidade de 0,06 ‰, sendo então classificada como água doce, classe 1. A concentração de óleos e graxas foi baixa, com apenas 1,0 mg/L. OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada. O padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente. Como na coleta anterior (51,16 mg/L), o valor obtido para ST (122 mg/L) foi baixo e inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valor pode ser considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L STD). A concentração de oxigênio dissolvido foi 7,31 mg/L estando acima do VLP mínimo (5 mg/L). Quanto à DBO, o valor obtido (9,60 mg/L) encontra-se acima do limite máximo de referência (≤5 mg/L). Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT. O valor obtido para este parâmetro foi 8,90 mg/L. O fósforo total medido foi 0,024 mg/L e portanto encontra-se inferior ao VLP (≤ 0,1 mg/L para ambientes lóticos). O nitrogênio total apresentou concentração de 0,94 mg/L (não se dispõe de VLP para NT). O nitrogênio amoniacal foi abaixo do LDM (Limite de Detecção do Método que é < 0,03 mg/L), e portanto inferior ao limite máximo permitido (3,7 mg/L para pH ≤ 7,5). A concentração de clorofila ‘a’ na amostra foi de 11,45 µg/L, inferior ao VLP (30 µg/L). Todos os metais analisados estão em conformidade com os padrões da legislação para as águas doces de classe 2. O número de coliformes termotolerantes foi expressivo (1.600 NMP/100 mL), superando o padrão de balneabilidade (< 1.000 NMP/100 mL), mas abaixo da campanha anterior (9.200 NMP/100 mL). Este ponto não foi selecionado para controle de densidade de cianobactérias. O IQA e o IQAc calculados foram de 63 e, portanto, correspondem a uma condição de qualidade MÉDIA. O IT foi igual a 1 (um). O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 60,82 que corresponde a um corpo d’ água no estado EUTRÓFICO. PIR 2 – Passagem de Areia em Parnamirim O ponto PIR 2 refere-se ao ponto de Passagem de Areia, localizado no Município de Parnamirim. No momento da coleta foi possível observar que havia lixo nas proximidades e que o rio é utilizado para lavagem de animais. 69 As amostras foram coletadas em 02/03/2010 pela manhã, aproximadamente às 10h. A temperatura medida (27,54 oC) foi normal e próxima à temperatura do ambiente. Os parâmetros, pH, turbidez e salinidade estão nos padrões de enquadramento para águas doces de classe 2. Na amostra não se detectou concentração para óleos e graxas. OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada. O padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente. O valor obtido para ST (68 mg/L) foi baixo e inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valor pode ser aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L STD). A concentração obtida de oxigênio dissolvido (5,97 mg/L) se enquadra ao VLP de referência para as águas doces de classe 2 (≥ 5 mg/L). A DBO medida foi de 9,0 mg/L e está acima dos padrões para a referida classe de água, que é de até 5 mg/L. O valor obtido para o COT (< 0,50 mg/L) foi abaixo do limite de detecção do método utilizado para análise, mas a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para a já citada classe de águas. A concentração de fósforo total foi 0,022 mg/L. O nitrogênio total foi de 4,38 mg/L (para este parâmetro não se dispõe de valor de referência) e o nitrogênio amoniacal foi < 0,033 mg/L (inferior ao limite de detecção do equipamento). A concentração de clorofila ‘a’ foi baixa (2,51 µg/L), bem inferior ao VLP (30 µg/L). Os metais analisados estão em conformidade com os padrões da legislação para as águas doces de classe 2; com exceção do cobre dissolvido (0,0107 mg/L) que tem VLP de 0,0090 mg/L. O valor para coliformes termotolerantes (1.600 NMP/100mL) se encontra um pouco acima dos padrões estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000,0 NMP/100mL), mas abaixo do resultado da coleta anterior (3.500 NMP/100mL). Este ponto não foi selecionado para controle de densidade de cianobactérias. O cálculo para determinação do IQA (61) enquadra este ponto na condição de MÉDIA qualidade. O IT foi igual a zero (0), devido o valor para o cobre ter sido acima do permitido pela legislação. O IQAc classifica esta estação em uma qualidade MUITO RUIM. O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 54,03 que corresponde a um corpo d’ água no estado MESOTRÓFICO. PIR 3 – Ponte BR 304 em Parnamirim O ponto PIR 3 está situado sob a ponte na BR 304 em Parnamirim. No aspecto visual não foram observadas desconformidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. As amostras foram coletadas no dia 02/03/2010, pela manhã, aproximadamente às 09h40min. A temperatura medida foi de aproximadamente 26,9 oC e portanto comum para o horário da coleta. Os parâmetros pH (7,89), turbidez (6,44 UNT) e salinidade (0,08 ‰) estão nos padrões de enquadramento para águas doces de classe 2 e os valores se encontram muito próximos dos encontrados nas campanhas de coletas anteriores, para este ponto. 70 A concentração para óleos e graxas foi baixa, com apenas 3,0 mg/L. OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada. O padrão aceitável é que a concentração seja mínima a ponto de não se observar nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente. O valor obtido para ST (157 mg/L) foi inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valor pode ser considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L STD). O oxigênio dissolvido medido foi de 5,84 mg/L e um pouco acima do VLP mínimo (≥ 5 mg/L). A DBO foi de 8,40 mg/L e superior ao VLP máximo (≤ 5 mg/L). Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT. O valor obtido para este parâmetro foi inferior ao limite de detecção do equipamento (< 0,5 mg/L). O padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. O valor para fósforo total foi baixo (0,025 mg/L) e encontra-se inferior ao VLP para ambientes lóticos (≤ 0,1 mg/L). O nitrogênio total foi de 4,05 mg/L (para este padrão não se dispõe de valor de referência) e o nitrogênio amoniacal foi < 0,033 mg/L (inferior ao limite de detecção do equipamento utilizado para análise). A concentração de clorofila ‘a’ foi baixa (3,91 µg/L), bem inferior ao VLP (30 µg/L). As concentrações de metais analisados estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental. O valor para coliformes termotolerantes (33,00 NMP/100mL) se encontra dentro dos padrões estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000,0 NMP/100mL). Este ponto não foi selecionado para controle de densidade de cianobactérias. O IQA e o IQAc calculados foram de 72 e, portanto, correspondem a uma condição de qualidade BOA. O IT foi igual a 1 (um). O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 56,28 que corresponde a um corpo d’ água no estado MESOTRÓFICO. PIR 4 – Ponte velha na BR 101 em Parnamirim A estação de monitoramento PIR 4 está situada nas proximidades da Ponte Velha, localizada na BR 101, no Município de Parnamirim. No aspecto visual não foram observadas desconformidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. As amostras foram coletadas em 04/03/2010, aproximadamente as10h50min. A temperatura da amostra medida foi de 26,82 ºC, próximo à temperatura ambiente. Este ponto apresentou pH 8,26, portanto dentro dos padrões de enquadramento para águas doces de classe 2, que está entre 6 e 9. A turbidez medida foi baixa (1,95 UNT) e inferior ao VLP (≤ 100). Na amostra não se detectou concentração para óleos e graxas. O valor obtido para ST (20 mg/L) foi baixo e inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valor pode ser aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L). Os resultados de OD, DBO e COT indicam boas condições ambientais neste ponto. A concentração de oxigênio dissolvido foi de 6,48 mg/L e superior ao VLP mínimo (5 mg/L). O valor obtido para a DBO (5,40 mg/L) um pouco acima do VLP (≤ 5 mg/L). Para a referida classe de enquadramento, a Resolução 71 CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT. O valor obtido para este parâmetro foi < 0,50 mg/L. Não foram identificadas concentrações significativas de nitrogênio e fósforo. A concentração de fósforo total (0,018 mg/L) foi dentro do esperado para ambientes lóticos (≤ 0,1 mg/L). O nitrogênio total foi de 4,62 mg/L (não se dispõe de limite de referência para este parâmetro) e o nitrogênio amoniacal foi < 0,033 mg/L, portanto inferior ao limite de detecção do equipamento. A concentração de clorofila ‘a’ foi baixa (2,76 µg/L) e bem inferior ao VLP (30 µg/L). Os metais analisados estão em conformidade com os padrões da legislação para as águas doces de classe 2; como conseqüência o IT assume valor 1, reafirmando a boa condição do manancial. O valor para coliformes termotolerantes (33,00 NMP/100mL) se encontra dentro dos padrões estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000,0 NMP/100mL). Este ponto não foi selecionado para controle de densidade de cianobactérias. O IQA e o IQAc calculados foram de 65,17; muito próximo das campanhas anteriores (66,98 e 65,80), correspondendo a uma condição de qualidade MÉDIA. O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 53,92 que corresponde a um corpo d’ água no estado MESOTRÓFICO. PIR 5 – Ponte trampolim da Vitória em Parnamirim A estação de monitoramento PIR 5 está situada na Ponte Trampolim da Vitória, no Município de Parnamirim. Materiais flutuantes, espumas não naturais, óleos e graxas, resíduo sólido objetável, mortandade de peixes, lançamento de efluentes e vegetação aquática flutuante estavam virtualmente ausentes, porém esse trecho do rio é utilizado para lavagem de animais e de roupas e para prática de lazer. As amostras foram coletadas aproximadamente às 10h10min. A temperatura da amostra medida foi de 26,68 ºC. O pH da amostra foi de 7,52 e se enquadra nos padrões para águas doces de classe 2 que é entre 6 e 9. A turbidez medida foi baixa 3,11 UNT e inferior ao VLP (≤ 100). Na amostra não se detectou concentração para óleos e graxas. O valor obtido para ST (64 mg/L) foi baixo e inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valor pode ser considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L). A concentração de oxigênio dissolvido foi de 7,54 mg/L e superior ao VLP mínimo (≥ 5 mg/L). A DBO medida foi de 6,00 mg/L e superior ao VLP máximo (≤ 5 mg/L). Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT. O valor obtido para este parâmetro foi 5,70 mg/L. O padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. Como os demais pontos dessa bacia, não foram identificadas concentrações significativas de nitrogênio e fósforo. A concentração de fósforo total foi de 0,023 mg/L dentro do esperado para ambientes lóticos (≤ 0,1 mg/L); o nitrogênio total foi de 2,22 mg/L (não se dispõe de padrão para NT) e o nitrogênio 72 amoniacal foi menor que o LDM (< 0,03 mg/L). A concentração de clorofila ‘a’ foi baixa (0,80 µg/L) e bem inferior ao VLP (30 µg/L). Todos os metais analisados estão em conformidade com os padrões da legislação para as águas doces de classe 2; atendendo aos VLP da Resolução 357/2005 CONAMA. O valor para coliformes termotolerantes (49,00 NMP/100mL) se encontra dentro dos padrões estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000,0 NMP/100mL), diferente da campanha anterior que foi bastante expressivo (92.000 NMP/100 mL). Este ponto não foi selecionado para controle de densidade de cianobactérias. O IQA e o IQAc calculados foram de 68 e, portanto, correspondem a uma condição de qualidade BOA. O IT foi igual a 1 (um). O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 49,20 que corresponde a um corpo d’ água no estado OLIGOTRÓFICO, como já esperado pelos baixos valores de fósforo e de clorofila ‘a’. PIR 6 – Lagoa do Jiqui - Parnamirim A estação de monitoramento PIR 6 refere-se ao ponto localizado na Lagoa do Jiqui, próximo à captação da CAERN. No aspecto visual não foram observadas desconformidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A coleta das amostras ocorreu em 04/03/2010, pela manhã, aproximadamente às 09:50h, com as seguintes medições: temperatura de 27,41ºC; pH de 7,62, que se enquadra nos padrões para águas doces de classe 2, que está entre 6 e 9; turbidez de 2,56 UNT e inferior ao VLP (≤ 100 uT). Como nos demais pontos desta bacia, a concentração de OG foi muita baixa, com apenas 3,0 mg/L (OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente). O valor obtido para ST (63 mg/L) foi baixo e inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valor pode ser considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L). A concentração de oxigênio dissolvido foi 7,23 mg/L e, portanto, superior ao VLP mínimo (5mg/L). O valor obtido para a DBO (6,30 mg/L) se encontra um pouco acima do limite máximo de referência (5,0 mg/L). Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT. O valor obtido para este parâmetro foi 4,20 mg/L. O padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. A concentração de fósforo total foi de 0,014 mg/L dentro do esperado para ambientes lênticos (<0,03); o nitrogênio total foi 2,12 mg/L (não se dispõe de padrão para NT) e o nitrogênio amoniacal foi <0,033 mg/L. A concentração de clorofila ‘a’ foi baixa, com apenas 6,87 µg/L e bem inferior ao VLP (30 µg/L). Todos os metais analisados atendem aos VLP da Resolução 357/2005 CONAMA. O valor para coliformes termotolerantes (11,00 NMP/100mL) se encontra dentro dos padrões estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000,0 NMP/100mL). O valor obtido nesta campanha para a densidade de cianobactérias (48 células/mL) está dentro dos níveis normais estabelecidos pela Resolução 357/2005 73 CONAMA para as águas doces de classe 2 que é de até 50.000 cel/mL e da Portaria 518/2004-MS que é de 20.000 células/mL. O IQA calculado (70) corresponde a uma qualidade BOA, da mesma forma o IQAc (70) em virtude do IT ter assumido o valor máximo 1, sem alteração da qualidade. O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 57,21 que corresponde a um corpo d’ água no estado MESOTRÓFICO. PIR 7 – Balneário de Pium em Nísia Floresta O ponto PIR 7 está localizado no rio Pium, especificamente no Balneário de Pium, no Município de Nísia Floresta. Esse trecho do rio é utilizado para lavagem de roupas e lazer, encontrando-se muitos bares em suas margens. No aspecto visual não foram observadas desconformidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A coleta das amostras ocorreu pela manhã aproximadamente às 8h40min, com as seguintes medições: temperatura de 27,85 ºC; pH igual a 7,64, e nos padrões de enquadramento para águas doces de classe 2 que está entre 6 e 9; turbidez de 3,23 UNT e inferior ao VLP (≤ 100uT). Na amostra não se detectou concentração para óleos e graxas (OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada). O valor obtido para ST (83,0 mg/L) foi baixo e inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valor pode ser considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L). A concentração de oxigênio dissolvido foi 9,42 mg/L e se enquadra acima do VLP mínimo (≥5mg/L). Por outro lado, o valor obtido para a DBO está acima do esperado para o tipo do corpo aquático, a DBO foi de 7,80 mg/L e acima do limite máximo de referência (5,0 mg/L). Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT. O valor obtido para este parâmetro foi 3,0 mg/L. O padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. Não foram identificadas concentrações significativas de nitrogênio e fósforo. A concentração de fósforo total foi 0,020 mg/L, dentro do esperado para ambientes lóticos (< 0,1 mg/L); o nitrogênio total foi 5,15 mg/L (mas não se dispõe de padrão para NT) e o nitrogênio amoniacal foi 0,043 mg/L. A concentração de clorofila ‘a’ foi baixa (9,99 µg/L) e inferior ao VLP (30µg/L). Os metais analisados estão em conformidade com os padrões da legislação para as águas doces de classe 2; como conseqüência o IT assume valor 1, reafirmando a boa condição do manancial. O valor para coliformes termotolerantes (540 NMP/100mL) se encontra dentro dos padrões estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000 NMP/100mL), diferentemente do valor encontrado na campanha anterior (9.200 NMP/100mL). Este ponto não foi selecionado para controle de densidade de cianobactérias. O IQA e o IQAc calculados foram de 64 e, portanto, correspondem a uma condição de qualidade MÉDIA. O IT foi igual a 1 (um). 74 O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 59,76 que corresponde a um corpo d’ água no estado EUTRÓFICO. PIR 8 – Ponte velha na RN 063 em Parnamirim O ponto PIR 8 está situado sob a Ponte Velha na RN 063, Praia de Pirangi, no Município de Parnamirim. De acordo com a sua salinidade (29,22 ‰), os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas salobras, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005. No que diz respeito ao aspecto visual não foi observado nenhuma irregularidade. A temperatura da amostra foi de 28,10°C, o pH da amostra (7,36) atende ao VLP para as águas salobras (6,5 a 8,5). A turbidez medida foi baixa (4,58 UNT). A concentração de sólidos totais foi aproximadamente 12.284,0 mg/L. Assim como os pontos anteriores desta bacia, também não se detectado presença significativa para óleos e graxas (4,0 mg/L). OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente. A concentração obtida de oxigênio dissolvido (7,32 mg/L) foi superior ao VLP mínimo de referência para as águas salobras de classe 1 (≥ 5 mg/L). A concentração de DBO foi 7,20 mg/L. O valor obtido para o COT foi < 0,50 mg/L, e se enquadra ao valor padrão para a referida classe de enquadramento, que é de até 3,0 mg/L. A concentração para fósforo total foi 0,021 mg/L e inferior ao VLP para ambientes lóticos (≤ 0,10 mg/L). O nitrogênio total foi 1,15 mg/L (porém não se tem VLP de referência para este parâmetro). O nitrogênio amoniacal (< 0,033 mg/L) está em conformidade com os padrões para a referida classe de águas (0,40 mg/L). A concentração de clorofila ‘a’ foi baixa (5,29 µg/L) e inferior ao VLP (30 µg/L). Todos os metais analisados atendem ao VLP da Resolução 357/2005 CONAMA com exceção do cobre dissolvido que apresentou concentração 0,0079 mg/L e o VLP é 0,0050 mg/L para águas salobras classe 1. Nas amostras de sedimento de fundo, os resultados se enquadraram abaixo dos limites estabelecido na Resolução CONAMA 344/2004, como pode ser observado na Tabela 4-9. Tabela 4-9 - Resultados para a amostra de sedimento PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IT Cobre dissolvido (mg/Kg) Chumbo Total (mg/Kg) Cromo Total (mg/Kg) Cádmio Total (mg/Kg) Zinco Total (mg/Kg) Níquel Total (mg/Kg) Mercúrio Total (mg/Kg) * PIR 8 VLP* 2,5229 3,1374 5,0646 < 0,0337 8,5894 1,3241 < 0,0289 34,00 46,70 81,00 1,20 150,00 20,90 0,15 VLP–Valores Limites Permitidos em mg/Kg para águas salobras e salinas nível 1, segundo Resolução CONAMA N° 344/2004 . 75 O valor para coliformes termotolerantes (130,00 NMP/100mL) se encontra dentro dos padrões estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000,0 NMP/100mL). A densidade de cianobactérias em fevereiro de 2010 foi de 576 células/mL, valor muito próximo ao encontrado na campanha anterior (592 células/mL em outubro de 2009), portanto, dentro do valor estabelecido pela Resolução 357/2005 CONAMA para as águas doces de classe 2 que é de até 50.000 cel/mL e pela Portaria 518/2004-MS que é de 20.000 células/mL. O IQA e o IQAc calculados foram de 60 e, portanto, correspondendo a condição de qualidade MÉDIA. O IT foi igual a 1 (um). O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 57,14 que corresponde a um corpo d’ água no estado MESOTRÓFICO. SÍNTESE GRÁFICA DOS RESULTADOS DA BACIA HIDROGRÁFICA PIRANGI Nas figuras 4-35 a 4-40 apresentam-se os gráficos dos principais parâmetros e índices de controle da Bacia Hidrográfica do Pirangi. Oxigênio Dissolvido - nov/2008 Oxigênio Dissolvido - fev/2009 Oxigênio Dissolvido - jun/2009 Oxigênio Dissolvido - out/2009 Oxigênio Dissolvido - fev/2010 Demanda Bioquímica de Oxigênio - nov/2008 Demanda Bioquímica de Oxigênio - fev/2009 Demanda Bioquímica de Oxigênio - jun/2009 Demanda Bioquímica de Oxigênio - out/2009 Demanda Bioquímica de Oxigênio - fev/2010 10 9,42 9,60 9,00 8 8,00 8,40 8,00 OD e DBO (mg/L) 7,31 6 4 6,27 6,30 5,97 5,84 5,28 6,51 6,48 6,40 5,66 5,40 3,90 2,51 4,50 4,25 6,80 4,85 2,82 7,32 7,20 7,00 OD > = 6 mg/L Água Salina, classe 1 5,57 OD > = 5 mg//L Água Salobra, classe 1 e Água Doce, classe 2 5,51 4,81 4,20 4,00 3,70 3,00 3,00 Padrão da Resolução CONAMA 357/2005 7,80 3,60 2,83 2 7,59 7,23 7,54 6,75 6,00 6,30 5,92 5,87 5,45 4,60 4,50 9,52 8,65 DBO < = 5 mg/L Água Doce, classe 2 Não há valor de referência para DBO em água salobra e salina 1,45 0 PIR 1 PIR 2 PIR 3 PIR 4 PIR 5 PIR 6 PIR 7 PIR 8 Bacia do Pirangi Figura 4-35 - Variação espacial das concentrações de OD e DBO na Bacia Hidrográfica Pirangi. 76 Oxigênio Dissolvido - nov/2008 Oxigênio Dissolvido - fev/2009 Oxigênio Dissolvido - jun/2009 Oxigênio Dissolvido - out/2009 Oxigênio Dissolvido - fev/2010 Carbono Orgânico Total - nov/2008 Carbono Orgânico Total - fev/2009 Carbono Orgânico Total - jun/2009 Carbono Orgânico Total - out/2009 Carbono Orgânico Total - fev/2010 16,10 16 14 OD e COT (mg/L) 12 10 8 9,42 8,90 7,54 7,31 6,51 6 6,14 5,97 2,51 3,05 2,83 2,36 4 2 5,84 4,25 3,61 PIR 1 PIR 2 PIR 3 4,06 3,38 2,86 2,67 2,46 1,45 < 0,50 5,57 4,81 4,51 3,34 3,93 4,85 3,43 2,73 3,29 < 0,50 0 3,18 3,00 < 0,50 < 0,50 PIR 4 OD > = 6 mg/L Água Salina, classe 1 7,32 6,75 5,92 4,20 5,70 5,66 8,65 7,23 7,59 6,48 5,87 6,40 Padrão da Resolução CONAMA 357/2005 9,52 PIR 5 PIR 6 PIR 7 OD > = 5 mg//L Água Salobra, classe 1 e Água Doce, classe 2 COT < = 3 mg/L Água Salobra e Salina, classe 1 Não há valor de referência para COT em água doce PIR 8 Bacia do Pirangi Figura 4-36 - Variação espacial das concentrações de OD e COT na Bacia Hidrográfica Pirangi. Densidade de Cianobactérias - nov/2008 Densidade de Cianobactérias - fev/2009 Densidade de Cianobactérias - jun/2009 Densidade de Cianobactérias - out/2009 Densidade de Cianobactérias - fev/2010 Padrão Res. CONAMA 357/2005 Água Doce Classe 2 50.000 Padrão Portaria 518/2004 MS 20.000 26.509 10000 1.616 1000 592 560 576 297 132 144 100 Não se analisou PIR 1 PIR 2 PIR 3 PIR 4 PIR 5 Não se analisou Não se analisou 1 Não se analisou 10 Não se analisou 48 Não se analisou Densidade de Cianobactérias (cel/mL) 100000 PIR 6 PIR 7 PIR 8 Bacia do Pirangi Figura 4-37 - Variação espacial da densidade de cianobactérias na Bacia Hidrográfica Pirangi. 77 Coliformes Termotolerantes - nov/2008 Não analisado em fev/2009 Coliformes Termotolerantes - jun/2009 Coliformes Termotolerantes - out/2009 Coliformes Termotolerantes - fev/2010 92.000 Coliformes Termotolerantes (NMP/100mL) 100000 9.200 9.200 10000 3.500 1.600 5.400 9.000 8.000 2.200 1.400 1.600 1000 540 Padrão da Resolução CONAMA 357/2005 130 100 23 10 23 33 33 23 23 49 23 23 11 2 2 PIR 7 PIR 8 1 PIR 1 PIR 2 PIR 3 PIR 4 PIR 5 PIR 6 Bacia do Pirangi Figura 4-38 - Variação espacial da concentração de coliformes termotolerantes na Bacia Hidrográfica Pirangi. Índice de Estado Trófico - nov/2008 Índice de Estado Trófico - fev/2009 Índice de Estado Trófico - jun/2009 Índice de Estado Trófico - out/2009 Índice de Estado Trófico - fev/2010 > = 67 - Hipereutrófico 63 - 67 - Supereutrófico 60 59,76 60,82 54,03 56,28 53,92 57,21 49,20 50 41,72 40 44,19 52 - 59 - Mesotrófico 47 - 52 - Oligotrófico 44,78 39,04 IET 57,14 50,66 47,09 44,31 59 - 63 - Eutrófico 44,22 < = 47 - Ultraoligotrófico 35,62 30 24,88 20 16,67 18,09 19,61 13,04 15,32 15,58 20,02 PIR 5 PIR 6 PIR 7 18,65 10 0 PIR 1 PIR 2 PIR 3 PIR 4 PIR 8 Bacia do Pirangi Figura 4-39 - Variação espacial do IET na Bacia Hidrográfica Pirangi. 78 Índice de Qualidade de Água - nov/2008 Índice de Qualidade de Água combinado - nov/2008 Índice de Qualidade de Água - fev/2009 Índice de Qualidade de Água combinado - fev/2009 Índice de Qualidade de Água - jun/2009 Índice de Qualidade de Água combinado - jun/2009 Índice de Qualidade de Água - out/2009 Índice de Qualidade de Água combinado - out/2009 Índice de Qualidade de Água - fev/2010 Índice de Qualidade de Água combinado - fev/2010 100 90 - 100 Excelente IQA e IQAc (mg/L) 80 72,68 72,27 63,49 60 61,35 66,98 64,82 61,89 76,23 72,70 64,95 65,80 65,17 68,62 70,95 64,41 56,17 56,61 64,03 60,00 72,58 72,12 70 - 90 Boa 60,20 50 - 70 Média 56,66 51,34 50,90 40 25 - 50 Ruim 20 0 - 25 Muito Ruim 0 PIR 1 PIR 2 PIR 3 PIR 4 PIR 5 PIR 6 PIR 7 PIR 8 Bacia do Pirangi Figura 4-40 - Variação espacial do IQA e IQAc na Bacia Hidrográfica Pirangi. 4.1.7. Bacia Hidrográfica Potengi A bacia hidrográfica Potengi ocupa uma superfície de 4.093 km2, correspondendo a cerca de 7,7 % do território estadual. Desaguando jntuo à cidade de Natal, a mesma possui 245 açudes cadastrados. Na Figura 4-41 apresenta-se o mapa esquemático desta bacia contendo os principais corpos d´água e municípios. Na Tabela 4-10 apresentam-se os resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos, assim como o IQA, IT, IQAc e IET médio, considerando-se fósforo e clorofila ‘a’ e na Tabela 4-11 os resultados de metais, que representam o índice de toxicidade, para amostra de sedimento. 79 Fonte: IGARN (2009) Figura 4-41 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica Potengi Na bacia do Potengi foram selecionados oito pontos para monitoramento, POT 1 (Rio Camaragibe na RN 064), POT 2 (Açude Campo Grande em São Paulo do Potengi), POT 3 (Telha em São Pedro do Potengi), POT 4 (Rio Golandim), POT 5 (em frente ao Dique da Base Naval), POT 6 (Jusante do Canal do Baldo), POT 7 (em frente ao Iate Clube) e POT 8 (vão central da ponte Newton Navarro). Tabela 4-10 - Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc da Bacia Hidrográfica Potengi. PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IQA Temperatura da amostra (0C) pH Altitude (m) OD (mg/L) DBO (mg/L) Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL) Nitrogênio Total (mg/L) POT 12 POT 22 POT 32 POT 43 POT 53 POT 63 POT 73 VLP* 34,21 8,52 34,00 4,36 11,85 26,51 7,87 91,00 6,43 8,40 26,44 8,22 45,00 6,33 9,60 29,99 7,89 30,00 4,47 6,60 28,68 8,04 3,00 5,89 6,90 28,69 8,34 7,00 5,21 6,00 28,71 8,11 10,00 5,93 7,20 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3 ;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3 ≤ 5,0 1 33,00 2,00 49,00 130,00 540,00 240,00 130,00 < 1.000 1,2,3 2,86 4,90 1,07 1,86 2,14 2,57 1,84 Fósforo Total (mg/L) 0,255 0,057 0,189 < 0,0013 < 0,0013 < 0,0013 < 0,0013 Sólidos Totais (mg/L) Turbidez (UNT) Índice (IQA) Qualidade 4.366,00 13,92 57,29 Média 22.492,00 4,45 63,69 Média 13.152,00 4,03 66,96 Média Cobre dissolvido (mg/L) Chumbo Total (mg/L) Cromo Total (mg/L) Cádmio Total (mg/L) Zinco Total (mg/L) Níquel Total (mg/L) Mercúrio Total (mg/L) Índice (IT) IQAc Qualidade Índice do Estado Trófico (IET) 0,0076 0,0059 < 0,0011 < 0,0019 0,2218 0,0064 < 0,0002 0 0,0 Muito Ruim < 0,0019 < 0,0017 < 0,0014 < 0,0013 0,0599 < 0,0016 < 0,0002 1 63,69 Média < 0,0019 < 0,0017 < 0,0014 < 0,0013 0,0640 < 0,0016 < 0,0002 1 66,96 Média 53,45 Categoria 74,45 Hipereutrófic o 52,30 2,00 64,58 5,03 656,00 1.567,00 21.456,00 22.524,00 6,52 38,45 12,65 4,43 72,96 61,34 62,56 63,12 Boa Média Média Média PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT 0,0082 0,0084 < 0,0019 < 0,0019 < 0,0008 0,0046 < 0,0017 < 0,0017 < 0,0011 < 0,0011 < 0,0014 < 0,0014 < 0,0019 < 0,0019 < 0,0013 < 0,0013 0,0772 0,7450 0,0723 0,0589 0,0057 0,0052 < 0,0016 < 0,0016 < 0,0002 < 0,0002 < 0,0002 < 0,0002 1 0 1 1 72,96 0,0 62,56 63,12 Boa Muito Ruim Média Média 58,40 65,43 49,36 57,46 54,22 Mesotrófico Supereutrófico Oligotrófico Mesotrófico Mesotrófico Mesotrófico ≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 ≤ 0,0623; ≤ 1001 ≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3 ≤ 0,01 1, 2,3 ≤ 0,05 1, 2,,3 ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2, ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3 ≤ 0,025 1, 2,3 ≤ 0,0002 1, 2,3 - 50.0001 ≤ 3,02,3 Virtualmente ausentes ≤ 301 1 0,5‰ ; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30‰3 (3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH Nitrogênio Amoniacal (mg/L) < 0,033 < 0,033 0,101 < 0,033 < 0,033 < 0,033 < 0,033 ≤ 8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/ pH > 8,5)1; 0,40 2,3 * 1 2 VLP–Valores Limites Permitidos para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005 . Águas doces, Águas salobras, 3Águas salinas. + ambientes lênticos ++ ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos. POT 1-- Rio Camaragibe na travessia da RN 064 em Ielmo Marinho; POT 2- Açude Campo Grande em São Paulo do Potengi; POT 3- Telha em São Pedro do Potengi; POT 4 - Rio Golandim; POT 5- Em frente ao Dique da Base Naval em Natal; POT 6- Jusante do Canal do Baldo e POT 7- Em frente ao Iate Clube. Cianobactérias (cél/mL) COT (mg/L) Teor de Óleos e Graxas (mg/L) Clorofila ‘a’ (µg/L) Salinidade (‰) < 0,50 0,00 1,95 0,67 < 0,50 0,00 9,62 1,72 42.718 < 0,50 2,00 21,71 31,09 46.976 10,00 1,00 57,46 33,36 38.400 < 0,50 1,00 66,71 33,85 41.040 < 0,50 3,00 55,86 33,35 81 Tabela 4-10 (cont.) - Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc da Bacia Hidrográfica Potengi. PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IQA Temperatura da amostra (0C) pH Altitude (m) OD (mg/L) DBO (mg/L) Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL) Nitrogênio Total (mg/L) POT 83 -- -- -- -- -- -- VLP* 28,52 8,33 3,00 6,26 6,60 ------ ------ ------ ------ ------ ------ 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3 ;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3 ≤ 5,0 1 540,00 -- -- -- -- -- -- < 1.000 1,2,3 1,98 -- -- -- -- -- -- Fósforo Total (mg/L) < 0,0013 -- -- -- -- -- -- Sólidos Totais (mg/L) Turbidez (UNT) Índice (IQA) Qualidade 12.890,00 3,04 63,72 Média ----- ----- ----- ----- ----- ----- < 0,0019 < 0,0017 < 0,0014 < 0,0013 0,0680 < 0,0016 < 0,0002 1 63,72 Média PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT ----------------------------------------- ----------- -- -- ------------ Cobre dissolvido (mg/L) Chumbo Total (mg/L) Cromo Total (mg/L) Cádmio Total (mg/L) Zinco Total (mg/L) Níquel Total (mg/L) Mercúrio Total (mg/L) Índice (IT) IQAc Qualidade Índice do Estado Trófico (IET) Categoria Cianobactérias (cél/mL) COT (mg/L) Teor de Óleos e Graxas (mg/L) Clorofila ‘a’ (µg/L) 54,26 -- -- -- ≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 2 ; ≤ 0,0623; ≤ 1001 ≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3 ≤ 0,01 1, 2,3 ≤ 0,05 1, 2,,3 ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2, ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3 ≤ 0,025 1, 2,3 ≤ 0,0002 1, 2,3 - 50.0001 ≤ 3,02,3 Virtualmente ausentes ≤ 301 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ Salinidade (‰) 34,42 -----30‰3 (3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < Nitrogênio Amoniacal (mg/L) < 0,033 pH ≤ 8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 ------p/ pH > 8,5)1; 0,40 2,3 * 1 2 VLP–Valores Limites Permitidos para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005 . Águas doces, Águas salobras, 3Águas salinas. + ambientes lênticos ++ ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos. POT 8- Vão central da Ponte Nilton Navarro. Mesotrófico < 0,50 2,00 67,41 ----- ----- ----- ----- ----- ------ Tabela 4-11 - Resultados para a amostra de sedimento da Bacia Hidrográfica Potengi. PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IT Cobre dissolvido (mg/Kg) Chumbo Total (mg/Kg) Cromo Total (mg/Kg) Cádmio Total (mg/Kg) Zinco Total (mg/Kg) Níquel Total (mg/Kg) Mercúrio Total (mg/Kg) POT 4 POT 5 POT 6 POT 7 POT 8 VLP* 0,9075 < 0,0426 4,1421 < 0,0337 6,8982 1,8605 < 0,0287 < 0,0558 0,9264 2,9527 < 0,0339 7,3365 1,4081 < 0,0289 8,8402 1,3362 5,1186 < 0,0339 11,5086 2,2629 < 0,0289 3,1264 2,0627 12,4035 < 0,0328 117,0849 5,8784 < 0,0280 0,8108 1,2430 3,4004 < 0,0339 9,0149 1,7241 < 0,0289 34,00 46,70 81,00 1,20 150,00 20,90 0,15 * VLP–Valores Limites Permitidos em mg/Kg para águas salobras e salinas nível 1, segundo Resolução CONAMA N° 344/2004 . Na seqüência está sendo apresentada a discussão dos resultados para esta bacia, comparando com os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas salobras e salinas, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005. POT 1 – Rio Camaragibe na RN 064 A estação de monitoramento referente ao POT 1 refere-se ao rio Camaragibe localizada na travessia da RN 064, sob uma ponte no município de Ielmo Marinho. Não se observou presença de materiais flutuantes, espumas não naturais, óleos e graxas, resíduo sólido objetável, mortandade de peixes, lançamento de efluentes e vegetação aquática flutuante. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos VLP para enquadramento das águas salobras, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida: 5,03 ‰. A coleta foi realizada no dia 23/02/2010, aproximadamente as 14:40h. No momento da coleta foram medidos: temperatura da amostra (34,21°C); pH 8,52, dentro dos valores de enquadramento para águas salobras, classe 1 (6,5-8,5); turbidez (13,92 UNT). A concentração medida de OG também foi baixa (2 mg/L), o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo. A concentração de sólidos totais foi de 4.366mg/L (mas não se dispõe de VLP de referência). A concentração de OD foi 4,36 mg/L (valor que se encontra abaixo do VLP mínimo 5,0 mg/L). O COT foi 52,30 mg/L, ultrapassando o VLP (≤ 3 mg/L) e as campanhas anteriores (21,46 e 19,09 mg/L). A DBO calculada foi 11,85 mg/L, porém não se dispõe de VLP para este parâmetro, na referida classe de águas. Para o fósforo total a concentração foi 0,255 mg/L e acima do VLP de referência (≤ 0,124 mg/L) e a de nitrogênio total foi 2,86 mg/L (porém não se dispõe de VLP para este parâmetro). O nitrogênio amoniacal na amostra (< 0,033 mg/L) foi abaixo do limite de detecção do método- LDM utilizado para análise, portanto pode-se assegurar que o nitrogênio amoniacal atende ao VLP máximo que é de 0,40 mg/L. A concentração de clorofila ‘a’ foi 64,58 µg/L, mas não se dispõe de VLP para este parâmetro em águas salobras. As concentrações de metais estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental, com exceção do zinco total que apresentou-se com 0,2218 mg/L e o VLP é 0,090 mg/L. O valor para coliformes termotolerantes (33 NMP/100mL) se encontra dentro dos padrões estabelecidos pelo CONAMA 83 357/2005 (< 1.000 NMP/100mL) diferente da campanha anterior que apresentou concentração 1.100 NMP/100mL. Neste ponto não se analisou densidade de cianobactérias. O cálculo para determinação do IQA (57) enquadra este ponto na condição de MÉDIA qualidade. O IT foi igual a zero (0), devido o valor para o zinco ter sido acima do permitido pela legislação. O IQAc classifica esta estação em uma qualidade MUITO RUIM. O IET calculado, considerando as análises de fósforo total e clorofila, foi de 74,45 que corresponde a um corpo d´água no estado HIPEREUTRÓFICO. POT 2 – Açude Campo Grande O ponto POT 2 é referente ao Açude Campo Grande, no município de São Paulo do Potengi. No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos VLP para enquadramento das águas salobras, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida: 0,67 ‰. A coleta foi efetuada no dia 02/03/2010 aproximadamente as 8:00h. Como esperado a temperatura da amostra medida (26,51 °C) se equivale a temperatura ambiente. O pH da amostra (7,87) situa-se dentro dos valores de enquadramento. A turbidez medida foi 6,52 UNT, porém não se dispõe de VLP para águas salobras, classe 1. Na amostra não se detectou concentração para óleos e graxas, assim como na campanha anterior. A concentração de sólidos totais foi 656,00 mg/L, muito próximo ao resultado da coleta anterior (636,00 mg/L). Este valor pode ser aceitável até para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD. A concentração obtida de oxigênio dissolvido (6,43 mg/L) foi superior ao VLP mínimo de referência para as águas salobras de classe 1 (≥ 5 mg/L). A DBO medida foi 8,4 mg/L e o valor para COT foi < 0,5 mg/L, atendendo ao VLP para águas salobras de classe 1 (≤ 3,0 mg/L). O valor obtido para fósforo total (0,057 mg/L) situou-se próximo ao VLP de referência (≤ 0,124 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi 4,9 mg/L, mas não se dipõe de VLP de referência para este parâmetro. O nitrogênio amoniacal (< 0,03 mg/L) foi abaixo do LDM, situando-se com segurança no VLP que é de até 2,0 mg/L para 7,5 < pH ≤ 8. A clorofila ‘a’ medida foi 1,95 mg/L, porém não se dispõe de VLP para este parâmetro em águas salobras. Os metais analisados estão em conformidade com os padrões da legislação para a já citada classe de águas; como conseqüência o IT assume valor 1, reafirmando a boa condição do manancial. O número de coliformes termotolerantes (2 NMP/100 mL) ao contrário da campanha de coleta anterior (9.200 NMP/100 mL), se encontra dentro dos padrões estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (<1.000 NMP/100 mL). Neste ponto não se analisou densidade de cianobactérias. O IQA calculado (72) corresponde a uma qualidade BOA, da mesma forma o IQAc (72) em virtude do IT ter assumido o valor máximo 1. 84 O IET calculado, considerando a ponderação para o fósforo e a clorofila ‘a’, foi de 58,40 que corresponde a um corpo d’água no estado MESOTRÓFICO. POT 3 – TELHA O ponto POT 3 é denominado Telha e está situado sob uma ponte, no município de São Pedro do Potengi. No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos VLP para enquadramento das águas salobras, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida: 1,72 ‰. As amostras foram coletadas no dia 02/03/2010 aproximadamente as 8:53h.A temperatura da amostra (26,44°C) está de acordo com o horário de coleta e o pH (8,22) se enquadra na faixa dos valores limites permitidos (6,5-8,5). A turbidez foi 38,45 UNT. Não se detectou concentração para óleos e graxas na amostra. A concentração de sólidos totais foi 1.567,00 mg/L, este valor é comum para as águas salobras devido a deposição de sais (não se dispõe de VLP de referência). O limite mínino estabelecido de OD para as águas salobras de classe 1 é de 5,0 mg/L, a concentração de oxigênio dissolvido medido foi 6,33 mg/L, portanto está em conformidade com os padrões para a referida classe de águas. No entanto, apesar da DBO não ser considerada como parâmetro de referência para as águas salobras, a DBO calculada (9,6 mg/L) foi alta. A concentração de COT foi < 0,50 mg/L, diferente das coletas de campanhas anteriores (11,40 mg/L e 11,02 mg/L, respectivamente) que se apresentaram acima do VLP (3,0 mg/L). A concentração de fósforo total (0,189 mg/L) encontra-se acima do VLP de referência (≤ 0,124 mg/L). O valor para nitrogênio total foi 1,07 mg/L (não se dispõe de VLP para este parâmetro) e o nitrogênio amoniacal (0,101 mg/L) está em conformidade com os padrões para a referida classe de águas (0,40 mg/L). A concentração de clorofila ‘a’ (9,62 µg/L), se apresentou abaixo do VLP (30 µg/L). As concentrações de metais estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental, com exceção do zinco total que apresentou valor de 0,7450 mg/L e o VLP é de 0,090 mg/L para águas salobras classe 1. O valor para coliformes termotolerantes (49,00 NMP/100mL) se encontra dentro dos padrões estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000,0 NMP/100mL). O referido ponto não foi selecionado para monitoramente a densidade de cianobactérias. O IQA (61) corresponde a condição de qualidade MÉDIA, mantendo-se o mesmo valor (61) para o IQAc devido ao índice de toxidez ter sido 1 (um). O IET calculado, considerando a ponderação para o fósforo e a clorofila ‘a’, foi de 65 que corresponde a um corpo d’água no estado SUPEREUTRÓFICO. 85 POT 4 – Rio Golandim A estação de monitoramento referente ao POT 4 está localizada nas imediações da desembocadura do rio Golandim. A coleta foi efetuada com o auxílio de um barco seguindo as orientações fornecidas pelo IGARN e IDEMA. Quanto aos aspectos visuais, não foram encontrados não conformidades. A salinidade medida foi 31,09 ‰ e, portanto, nesta condição será comparado com os valores limites permitidos – VLP para enquadramento das águas salinas, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005. A campanha para coleta de amostras no Rio Golandim foi realizada no dia 11/03/2010, aproximadamente as 10:27h. A temperatura da amostra medida foi de 29,99 °C e do ambiente 31,07 °C. O pH da amostra (7,89) situa-se dentro dos valores de enquadramento. O valor medido de turbidez foi 12,65 UNT e para óleos e graxas foi baixo (2,0 mg/L). A concentração de oxigênio dissolvido (4,47 mg/L) está abaixo do limite permitido pela legislação ambiental para águas salinas (≥ 6,0 mg/L). A DBO calculada foi de 6,60 mg/L. O COT (< 0,50 mg/L) teve valor abaixo do limite de detecção do método- LDM utilizado para análise, portanto atendendo ao VLP (≤ 3,0 mg/L). A concentração de sólidos totais foi de 21.456 mg/L. O valor para fósforo total foi baixo (< 0,001 mg/L) e encontra-se inferior ao VLP para a já citada classe de águas (≤ 0,1 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi 1,86 mg/L e o nitrogênio amoniacal (< 0,03) encontra-se inferior ao limite máximo que é 0,40 mg/L. A concentração de clorofila ‘a’ apresentou o valor de 21,71 µg/L. As concentrações de metais estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental, como conseqüência o IT assume valor 1. Nas amostras de sedimento de fundo, os resultados se enquadraram abaixo dos limites estabelecido na Resolução CONAMA 344/2004. O valor para coliformes termotolerantes (130 NMP/100mL) se encontra dentro dos padrões estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000 NMP/100mL). O valor para densidade de cianobactérias foi de 42.718 células/mL em fevereiro/2010. O valor obtido está dentro dos níveis normais estabelecidos pela Resolução 357/2005 CONAMA para as águas doces de classe 2, que é de até 50.000 células/mL. O IQA calculado (62) corresponde a uma qualidade MÉDIA, da mesma forma o IQAc (62) em virtude do IT ter assumido o valor máximo 1, sem alteração da qualidade. O IET calculado, considerando a ponderação para o fósforo e a clorofila ‘a’, foi de 49,36 classificando o corpo d’água na condição de OLIGOTRÓFICO. POT 5 – em frente ao Dique da Base Naval A estação de monitoramento POT 5 refere-se ao ponto em frente ao Dique da Marinha do Brasil. Nesta estação, em relação aos parâmetros não mensuráveis, não foram encontradas não conformidades. A temperatura da amostra medida foi de 28,68 °C, próximo a temperatura ambiente do horário da coleta (9:18 h). A coleta foi realizada no dia 11/03/2010. O pH da amostra (8,04) situou-se dentro dos valores 86 de enquadramento para águas salinas, classe 1 (6,5 a 8,5). A turbidez da amostra foi de 4,43 UNT. O valor medido para óleos e graxas foi baixo com 1,0 mg/L. A concentração de sólidos totais foi de 22.524 mg/L e a salinidade medida foi 33,36 ‰. No momento da coleta mediu-se ainda a concentração de OD que foi de 5,89 mg/L, e que está abaixo do valor de referência para a referida classe de águas, que é acima de 6,0 mg/L. A DBO calculada foi de 6,90 mg/L e a concentração de COT (10 mg/L), se enquadra acima do valor de referência para a já citada classe de águas, que é ≤ 3,0 mg/L. O valor para fósforo total foi baixo (< 0,0013 mg/L - limite de detecção do método-LDM utilizado para análise) e portanto inferior ao VLP máximo que é 0,062 mg/L. A concentração de nitrogênio total foi de 2,14 mg/L e o de nitrogênio amoniacal (< 0,03) abaixo do VLP para águas salinas (0,40 mg/L). A clorofila ‘a’ medida teve um valor de 57,46 µg/L. Os metais analisados atendem aos VLP da Resolução 357/2005 CONAMA. Nas amostras de sedimento de fundo, os resultados se enquadraram abaixo dos limites estabelecido na Resolução CONAMA 344/2004. O valor para coliformes termotolerantes (540,00 NMP/100mL) se encontra dentro dos padrões estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000 NMP/100mL). O valor para densidade de cianobactérias foi de 46.976 células/mL em fevereiro/2010. O valor obtido está dentro dos níveis normais estabelecidos pela Resolução 357/2005 CONAMA para as águas doces de classe 2, que é de até 50.000 células/mL. O IQA e o IQAc calculados foram de (63) e, portanto, classifica este ponto como de MÉDIA qualidade, mesma classificação da coleta anterior. O IT foi igual a um (1). O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 57,46 classificando o corpo d’ água na condição de MESOTRÓFICO. POT 6 – jusante do Canal do Baldo O ponto POT 6 está localizado a jusante do Canal do Baldo. Não foram observados visualmente presença de materiais flutuantes, espumas não naturais, óleos e graxas, resíduo sólido objetável, mortandade de peixes, lançamento de efluentes e vegetação aquática flutuante. As amostras foram coletadas no dia 11/03/2010, aproximadamente as 8:55h. No momento da coleta foram medidos: temperatura da amostra (28,69 ºC); pH 8,34; dentro dos valores de enquadramento para águas salinas, classe 1, e turbidez (4,45 UNT). A concentração de OG foi baixa, com apenas 1,0 mg/L. A concentração de sólidos totais foi 22.492,00 mg/L e a salinidade medida foi 33,85 ‰. A concentração de oxigênio dissolvido medido (5,21 mg/L) está um pouco abaixo do valor de referência para a já citada classe de água, que é acima de 6,0 mg/L. A DBO calculada foi 6,0 mg/L e a concentração de COT foi abaixo do limite de detecção do método (< 0,50 mg/L), portanto atendendo ao VLP (≤ 3,0). 87 O fósforo total (< 0,0013 mg/L), assim como o nitrogênio amoniacal (< 0,03 mg/L), tiveram valores abaixo dos limites dos equipamentos, atendendo aos VLP’s dos mesmos. O nitrogênio total apresentou concentração de 2,14 mg/L e a concentração de clorofila ‘a’ (66,71 µg/L), diferentemente da coleta de outubro de 2009 onde não foi detectado nenhuma concentração na amostra analisada. Os metais analisados atendem aos VLP da Resolução 357/2005 CONAMA. Nas amostras de sedimento de fundo, os resultados se enquadraram abaixo dos limites estabelecido na Resolução CONAMA 344/2004. O valor para coliformes termotolerantes (240,00 NMP/100mL) se encontra dentro dos padrões estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (<1.000 NMP/100mL). O valor para densidade de cianobactérias foi de 38.400 células/mL em fevereiro/2010 atendendo ao VLP da Resolução 357/2005 CONAMA. O cálculo para determinação do IQA (63) enquadra este ponto na condição de qualidade MÉDIA. O IT foi igual a um (1). O IQAc foi igual ao IQA mantendo a classificação desta estação com uma qualidade MÉDIA. O IET calculado, considerando a ponderação para o fósforo e a clorofila ‘a’, foi de 54,22 classificando o corpo d’água na condição de MESOTRÓFICO. POT 7 – em frente ao Iate Clube A estação de monitoramento, POT 7, localizada em frente ao Iate Clube, no aspecto visual, não foram observadas irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. As amostras foram coletadas no dia 11/03//2010 aproximadamente as 8:11h, com as seguintes medições: temperatura (28,71 ºC); pH 8,11, dentro dos valores de enquadramento para águas salinas, classe 1(6,5 a 8,5). Turbidez foi de 4,03 UNT e a salinidade medida 33,35 ‰. A concentração de OG foi baixa, com apenas 3,0 mg/L. O valor para sólidos totais foi 13.152,00 mg/L e para oxigênio dissolvido foi aproximadamente 5,93 mg/L, que se encontra um pouco abaixo do valor de referência para águas salinas classe 1, que é acima de 6,0 mg/L. A DBO calculada foi 7,20 mg/L e a concentração de COT foi < 0,50 mg/L, portanto, abaixo do VLP (3,0 mg/L) para a referida classe de águas. O valor para fósforo total (< 0,0013 mg/L) e nitrogênio amoniacal (< 0,03 mg/L) se encontram abaixo dos VLP’s para a já citada classe de águas. O nitrogênio total foi 1,84 mg/L e a concentração de clorofila ‘a’ 55,86 µg/L. Os metais analisados atendem aos VLP da Resolução 357/2005 CONAMA. Nas amostras de sedimento de fundo, os resultados se enquadraram abaixo dos limites estabelecido na Resolução CONAMA 344/2004. 88 O valor para coliformes termotolerantes (130 NMP/100mL) se encontra dentro dos padrões estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000 NMP/100mL). Não foi identificado nenhum táxon de cianobactéria na amostra deste ponto no primeiro trimestre, no segundo (fevereiro/2009) foi quantificado 784 células/mL, no terceiro (junho/2009) 5.796 células/mL, no quarto (outubro/2009) 752 células/mL e no quinto trimestre (fevereiro/2010) 41.040 células/mL. O IQA e o IQAc calculados foram de (66) e, portanto, classifica este ponto como de MÉDIA qualidade, a mesma apresentada na campanha anterior. O IT foi igual a um (1). O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 53,45 classificando o corpo d’água na condição de MESOTRÓFICO. POT 8 – vão central da ponte Nilton Navarro A estação de monitoramento POT 8 está localizada no vão central da ponte Nilton Navarro. Os parâmetros não mensuráveis estavam em conformidade com a resolução. A coleta foi efetuada no dia 11/03/2010 aproximadamente as 8:30 h. Como esperado a temperatura da amostra medida (28,52 °C) se equivale a temperatura ambiente e a salinidade medida foi 34,42 ‰. O pH da amostra (8,33) situa-se dentro dos valores de enquadramento para águas salinas classe 1 (6,5 a 8,5). A turbidez apresentou valor de 3,04 UNT. Como esperado para esta bacia, o teor medido de OG (2,0 mg/L) foi baixo (OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente). O limite mínino estabelecido de OD para as águas salinas de classe 1 é de 6,0 mg/L, a concentração de oxigênio dissolvido medido (6,26 mg/L) se enquadra nos limites de referência. A DBO calculada foi de 6,60 mg/L e a concentração de COT foi < 0,50 mg/L e, portanto abaixo da faixa de referência para a já citada classe de águas (≤ 3,0 mg/L). Como nos pontos anteriores desse trecho da bacia, a concentração de fósforo total (< 0,0013 mg/L) e de nitrogênio amoniacal (< 0,033 mg/L) encontram-se abaixo dos VLP’s máximo que é 0,062 e 0,40 mg/L, respectivamente. O valor para nitrogênio total foi de 1,98 mg/L. A concentração de clorofila ‘a’ foi de 67,41 µg/L, alta como os pontos anteriores, porém não se tem referência para essa classe de águas. Os metais analisados atendem aos VLP da Resolução 357/2005 CONAMA. Nas amostras de sedimento de fundo, os resultados se enquadraram abaixo dos limites estabelecido na Resolução CONAMA 344/2004. O valor para coliformes termotolerantes (540,00 NMP/100mL) se encontra dentro dos padrões estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000 NMP/100mL). Este ponto não foi selecionado para monitoramento da densidade de cianobactérias, conforme reunião no dia 11/05/2009. O IQA calculado (63) corresponde a uma qualidade MÉDIA, da mesma forma o IQAc (63) em virtude do IT ter assumido o valor máximo 1, sem alteração da qualidade. O IET calculado, considerando a ponderação para o fósforo e a clorofila ‘a’, foi de 54,26 classificando o corpo d’água na condição de MESOTRÓFICO. 89 SÍNTESE GRÁFICA DOS RESULTADOS DA BACIA HIDROGRÁFICA POTENGI Nas figuras 4.42 a 4.47 apresentam-se os gráficos dos principais parâmetros e índices de controle da Bacia Hidrográfica do Potengi. Oxigênio Dissolvido - nov/2008 Oxigênio Dissolvido - fev/2009 Oxigênio Dissolvido - jun/2009 Oxigênio Dissolvido - out/2009 Oxigênio Dissolvido - fev/2010 Demanda Bioquímica de Oxigênio - nov/2008 Demanda Bioquímica de Oxigênio - fev/2009 Demanda Bioquímica de Oxigênio - jun/2009 Demanda Bioquímica de Oxigênio - out/2009 Demanda Bioquímica de Oxigênio - fev/2010 12 OD e DBO (mg/L) 10 Padrão da Resolução CONAMA 357/2005 OD > = 6 mg/L Água Salina, classe 1 8 OD > = 5 mg//L Água Salobra, classe 1 e Água Doce, classe 2 6 DBO < = 5 mg/L Água Doce, classe 2 4 Não há valor de referência para DBO em água salobra e salina 2 0 POT 1 POT 2 POT 3 POT 4 POT 5 POT 6 POT 7 POT 8 Bacia do Potengi Figura 4-42 - Variação espacial das concentrações de OD e DBO na Bacia Hidrográfica Potengi 90 Oxigênio Dissolvido - nov/2008 Oxigênio Dissolvido - fev/2009 Oxigênio Dissolvido - jun/2009 Oxigênio Dissolvido - out/2009 Oxigênio Dissolvido - fev/2010 Carbono Orgânico Total - nov/2008 Carbono Orgânico Total - fev/2009 Carbono Orgânico Total - jun/2009 Carbono Orgânico Total - out/2009 Carbono Orgânico Total - fev/2010 53 52 51 50 OD e COT (mg/L) 20 Padrão da Resolução CONAMA 357/2005 OD > = 6 mg/L Água Salina, classe 1 15 OD > = 5 mg//L Água Salobra, classe 1 e Água Doce, classe 2 10 COT < = 3 mg/L Água Salobra e Salina, classe 1 5 Não há valor de referência para COT em água doce 0 POT 1 POT 2 POT 3 POT 4 POT 5 POT 6 POT 7 POT 8 Bacia do Potengi Figura 4-43 - Variação espacial das concentrações de OD e COT na Bacia Hidrográfica Potengi Não houve coleta em nov/2008 Densidade de Cianobactérias - fev/2009 Densidade de Cianobactérias - jun/2009 Densidade de Cianobactérias - out/2009 Densidade de Cianobactérias - fev/2010 Padrão Res. CONAMA 357/2005 Água Doce Classe 2 50.000 42.718 46.976 38.400 41.040 8.424 10000 5.796 Padrão Portaria 518/2004 - MS 20.000 7.776 2.772 2.016 POT 1 POT 2 POT 3 920 784 544 300 752 384 120 Não se analisou 10 Não se analisou 100 Não se analisou 1000 Não se analisou Densidade de Cianobactérias (Cel/mL) 100000 84 POT 4 POT 5 POT 6 POT 7 POT 8 Bacia do Potengi Figura 4-44 - Variação espacial da densidade de cianobactérias na Bacia Hidrográfica Potengi 91 Coliformes Termotolerantes - nov/2008 Coliformes Termotolerantes - fev/2009 Coliformes Termotolerantes - jun/2009 Coliformes Termotolerantes - out/2009 Coliformes Termotolerantes - fev/2010 92.000 Coliformes Termotolerantes (NMP/100mL) 100000 22.000 16.000 9.200 10000 9.200 11.000 5.400 5.400 4.600 1.100 1.100 1000 240 100 130 49 23 10 540 160 130 33 Padrão da Resolução CONAMA 357/2005 900 540 7 2 2 1 POT 1 POT 2 POT 3 POT 4 POT 5 POT 6 POT 7 POT 8 Bacia do Potengi Figura 4-45 - Variação espacial da concentração de coliformes termotolerantes na Bacia Hidrográfica Potengi Índice de Estado Trófico - nov/2008 Índice de Estado Trófico - fev/2009 Índice de Estado Trófico - jun/2009 Índice de Estado Trófico - out/2009 Índice de Estado Trófico - fev/2010 80 74,45 > = 67 - Hipereutrófico 70 65,43 58,40 60,00 60 56,89 50 49,53 IET 47,02 64,56 61,73 61,63 58,72 60,84 60,02 59,99 58,02 57,34 56,75 55,50 56,28 53,45 54,26 54,22 54,30 51,71 48,93 52,86 49,36 43,01 40 42,86 44,28 37,01 30 28,11 20 15,08 10 0 POT 1 POT 2 POT 3 POT 4 POT 5 POT 6 POT 7 POT 8 Bacia do Potengi Figura 4-46 - Variação espacial do IET na Bacia Hidrográfica Potengi 63 - 67 - Supereutrófico 59 - 63 - Eutrófico 52 - 59 - Mesotrófico 47 - 52 - Oligotrófico < = 47 - Ultraoligotrófico 92 Índice de Qualidade de Água - nov/2008 Índice de Qualidade de Água combinado - nov/2008 Índice de Qualidade de Água - fev/2009 Índice de Qualidade de Água combinado - fev/2009 Índice de Qualidade de Água - jun/2009 Índice de Qualidade de Água combinado - jun/2009 Índice de Qualidade de Água - out/2009 Índice de Qualidade de Água combinado - out/2009 Índice de Qualidade de Água - fev/2010 Índice de Qualidade de Água combinado - fev/2010 100 90 - 100 Excelente IQA e IQAc (mg/L) 80 75 61 57 55 47 65 62 58 66 64 63 55 63 54 52 68 67 58 54 66 63 56 50 - 70 Média 52 48 47 40 70 - 90 Boa 70 69 72 62 60 78 77 75 25 - 50 Ruim 39 20 0 - 25 Muito Ruim 0,00 0 POT 1 POT 2 POT 3 POT 4 0,00 0,00 0,00 0,00 POT 5 POT 6 POT 7 POT 8 Bacia do Potengi Figura 4-47 - Variação espacial do IQA e IQAc na Bacia Hidrográfica Potengi 93 4.1.8. Bacia Hidrográfica Punaú A bacia ocupa uma superfície de 447,9 km2, correspondendo a cerca de 0,8% do território estadual. Nesta bacia não se registra a ocorrência de açudes de maior importância, cabendo destacar as bacias Punaú e Catolé. Na Figura 4-4848 apresenta-se o mapa esquemático desta bacia contendo os principais corpos d´água e municípios. Nesta bacia foi selecionado uma única estação de monitoramento: PUN 1 – Rio Punaú-ponte BR 101. Na Tabela 4-12 apresentam-se os resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos, assim como o IQA, IT, IQAc e IET médio, considerando-se fósforo e clorofila ‘a’. Os resultados apresentados nesta bacia estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida: 0,04 ‰. Fonte: IGARN (2009) Figura 4-48 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica do Punaú Tabela 4-12 - Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc das amostras de águas superficiais da bacia Punaú. PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IQA Temperatura da amostra (0C) pH Altitude (m) OD (mg/L) DBO (mg/L) Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL) Nitrogênio Total (mg/L) Fósforo Total (mg/L) Sólidos Totais (mg/L) Turbidez (UNT) Índice (IQA) Qualidade PUN 11 VLP* 29,15 6,05 4,00 5,22 7,05 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3 ;≥ 5,01,2 ; ≥ 6,0 ,3 ≤ 5,0 1 3.500,00 < 1.000 1,2,3 1,03 0,017 92,00 1,30 58,93 Média ≤ (0,03+, 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 2; ≤ 0,062; ≤ 1001 - PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT Cobre dissolvido (mg/L) Chumbo Total (mg/L) Cromo Total (mg/L) Cádmio Total (mg/L) Zinco Total (mg/L) Níquel Total (mg/L) Mercúrio Total (mg/L) Índice (IT) IQAc Qualidade Índice do Estado Trófico (IET) Categoria COT (mg/L) Teor de Óleos e Graxas (mg/L) Clorofila ‘a’ (µg/L) Salinidade (g/Kg) 0,0039 0,0066 < 0,0011 < 0,0019 0,0940 < 0,0007 < 0,0002 1 58,93 Média 57,78 Mesotrófico 3,90 2,00 6,97 0,04 Nitrogênio Amoniacal (mg/L) 0,024 ≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3 ≤ 0,01 1, 2,3 ≤ 0,05 1, 2,,3 ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2, ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3 ≤ 0,025 1, 2,3 ≤ 0,0002 1, 2,3 ≤ 3,02,3 Virtualmente ausentes ≤ 301 1 0,5‰ ; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3 (3,7 p/ pH =7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH =8 - 1 p/ 8<pH=8,5 e 0,5 p/ pH > 8,5)1; 0,40 2,3 * VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/20051 . 1Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas. + ambientes lênticos, ++ ambientes Intermediários e +++ ambientes Lóticos. PUN 1 - Rio Punaú. PUN 1 – Rio Punaú – ponte BR 101 O ponto denominado como PUN 1 é referente ao Rio Punaú e está situado próximo a uma ponte localizada na BR 101, no município de Rio do Fogo. No aspecto visual não foram observadas desconformidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. 95 As amostras foram coletadas no dia 23/02/2010, pela manhã, aproximadamente as 08:40 h, com as seguintes medições: temperatura (29,15 ºC); pH 6,05 situando-se dentro do enquadramento para águas doces, classe 2 (6,0-9,0) e turbidez de 1,30 UNT, bem inferior ao VLP (≤ 100). A concentração medida de OG foi baixa 2,0 mg/L (OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente). O valor obtido para sólidos totais (92 mg/L) foi inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valor pode ser considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L STD). O valor obtido para OD (5,22 mg/L) atende ao VLP estabelecido para as águas doces de classe 2 que é acima de 5 mg/L. Por outro lado, a DBO medida foi 7,05 mg/L e se enquadra acima do VLP para a referida classe de águas que é de até 5 mg/L. O valor obtido para COT foi 3,90 mg/L e o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. O fósforo total medido foi 0,017 mg/L e inferior ao VLP para ambientes lóticos (≤ 0,1 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi 1,03 mg/L (mas não se dispõe de VLP para o NT). O nitrogênio amoniacal apresentou-se com concentração baixa (0,024 mg/L) e inferior ao VLP que é de 3,7 mg/L para pH ≤ 7,5. A concentração de clorofila ‘a’ também foi baixa (6,97 µg/L) e inferior ao VLP (30 µg/L). Os metais analisados estão em conformidade com os padrões da legislação para as águas doces de classe 2; como conseqüência o IT assume valor 1, reafirmando a boa condição do manancial. O número de coliformes termotolerantes foi expressivo (3.500 NMP/100 mL), superando o padrão de balneabilidade (<1.000 NMP/100 mL). Este ponto não foi selecionado para monitoramento de densidade de cianobactérias. O IQA e o IQAc calculados foram de (58) e, portanto, corresponde a condição de qualidade MÉDIA. O IT foi igual a 1 (um). O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 57,78 que corresponde a um corpo d’ água no estado MESOTRÓFICO. SÍNTESE GRÁFICA DOS RESULTADOS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO PUNAÚ Nas figuras 4.49 a 4.53 apresentam-se os gráficos dos principais parâmetros e índices de controle da Bacia Hidrográfica do Punaú. 96 Oxigênio Dissolvido Demanda Bioquímica de Oxigênio 8 7,05 OD e DBO (mg/L) 6 OD > = 5 mg/L 5,22 4,69 4,50 Padrão CONAMA 357/2005 Água Doce - Classe 2 4 DBO < = 5 mg/L 3,93 3,74 2 0 Nov/2008 Jun/2009 Fev/2010 Bacia do Punau Figura 4-49 – Concentrações de OD e DBO na Bacia Hidrográfica do Punaú Oxigênio Dissolvido Carbono Orgânico Total 8 Padrão da Resolução CONAMA 357/2005 7,99 OD > = 6 mg/L Água Salina, classe 1 OD e COT (mg/L) 6 5,22 4 OD > = 5 mg//L Água Salobra, classe 1 e Água Doce, classe 2 3,96 3,93 3,74 3,90 2 COT < = 3 mg/L Água Salobra e Salina, classe 1 Não há valor de referência para COT em água doce 0 Nov/2008 Jun/2009 Fev/2010 Bacia do Punau Figura 4-50 – Concentrações de OD e COT na Bacia Hidrográfica do Punaú 97 Coliformes Termotolerantes (NMP/100mL) Coliformes Termotolerantes 3.500,00 Padrão da Resolução 357/2005 CONAMA para Água Doce classe 2 1000 100 10,00 10 11,00 1 Nov/2008 Jun/2009 Fev/2010 Bacia do Punau Figura 4-51 – Concentração de coliformes termotolerantes na Bacia Hidrográfica do Punaú Índice de Qualidade de Água Índice de Qualidade de Água combinado 100 90 - 100 Excelente IQA e IQAc (mg/L) 80 IQA = IQAc 72,84 70 - 90 Boa 66,73 IQA = IQAc 60 58,93 IQA = IQAc 50 - 70 Média 40 25 - 50 Ruim 20 0 - 25 Muito Ruim 0 Nov/2008 Jun/2009 Fev/2010 Bacia do Punau Figura 4-52 – Variação espacial do IQA e IQAc na Bacia Hidrográfica do Punaú 98 Índice de Estado Trófico > = 67 - Hipereutrófico 63 - 67 - Supereutrófico 59 - 63 - Eutrófico 60 57,58 IET 52 - 59 - Mesotrófico 50 49,51 47 - 52 - Oligotrófico 42,63 < = 47 - Ultraoligotrófico 40 30 Nov/2008 Jun/2009 Fev/2010 Bacia do Punau Figura 4-53 –Variação espacial do IET na Bacia Bacia Hidrográfica do Punaú 99 4.1.9. Bacia Hidrográfica do Rio Doce A bacia hidrográfica do Rio Doce ocupa uma superfície de 387,8 km2, correspondendo a cerca de 0,7 ‰ do território estadual. Nesta bacia não se destaca a ocorrência de açudes de maior importância, porém quatro pontos foram selecionados como relevantes para o monitoramento ambiental do estado,são eles: DOC 1- Ponte na BR 406- Ceará Mirim, DOC 2 - Jusante do aterro sanitário de Massaranduba em São Gonçalo do Amarante, DOC 3 - Lagoa de Extremoz e DOC 4 - Gramorezinho em Natal. Na Figura 4-54 apresenta-se o mapa esquemático desta bacia contendo os principais corpos d´água e os pontos selecionados para monitoramento. Para esta bacia apenas um ponto foi selecionado para análise trimestral da densidade de cianobactérias (DOC 3 - Lagoa de Extremoz). Na Tabela 4-13 apresentam-se os resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos, assim como o IQA, IT, IQAc e IET médio, considerando-se fósforo e clorofila ‘a’. Fonte: IGARN (2009) Figura 4-54 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica do Rio Doce Tabela 4-13 - Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc das amostras de água superficiais da Bacia Hidrográfica do Rio Doce. PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IQA Temperatura da amostra (0C) pH Altitude (m) OD (mg/L) DBO (mg/L) Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL) Nitrogênio Total (mg/L) DOC 12 DOC 21 DOC 31 DOC 41 31,15 30,78 29,33 28,57 - 6,68 24,00 4,32 6,75 6,35 26,00 4,79 7,35 7,34 5,00 5,95 8,10 5,82 64,00 2,82 8,40 6,0 a 9,0 ; 6,5 a 8,52,3 ;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3 ≤ 5,0 1 16.000,00 9.200,00 49,00 46,00 < 1.000 1,2,3 1,13 1,59 1,50 4,65 Média Boa Média - 27,25 50,04 40,08 - Fósforo Total (mg/L) 0,014 Sólidos Totais (mg/L) Turbidez (UNT) Índice (IQA) Qualidade 616,00 2,07 49,61 Ruim Cobre dissolvido (mg/L) Chumbo Total (mg/L) Cromo Total (mg/L) Cádmio Total (mg/L) Zinco Total (mg/L) Níquel Total (mg/L) Mercúrio Total (mg/L) Índice (IT) IQAc 0,0037 0,0071 < 0,0011 < 0,0019 0,1042 0,0034 < 0,0002 0 0,00 Muito Ruim Qualidade VLP* 1 ≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; < 0,0005 0,016 0,022 ≤0,124 2; ≤ 0,0623; 202,00 172,00 180,00 2,69 2,03 1,89 ≤ 1001 55,14 74,79 55,91 Média Boa Média PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT < 0,0005 0,0043 < 0,005 ≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3 < 0,0007 0,0056 0,0054 ≤ 0,01 1, 2,3 < 0,0011 < 0,0011 < 0,0011 ≤ 0,05 1, 2,,3 < 0,0019 < 0,0019 < 0,0019 ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2, 0,0954 0,1232 0,0775 ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3 < 0,0007 < 0,0007 < 0,0007 ≤ 0,025 1, 2,3 < 0,0002 < 0,0002 < 0,0002 ≤ 0,0002 1, 2,3 1 1 1 55,14 74,79 55,91 Índice do Estado Trófico (IET) 47,07 Categoria Oligotrófico Cianobactérias (cél/mL) COT (mg/L) Teor de Óleos e Graxas (mg/L) Clorofila ‘a’ (µg/L) < 0,50 Ultraoligotró fico 10,30 2,00 1,00 6.860 13,80 Ultraoligotró fico 4,40 50.0001 ≤ 3,02,3 2,00 1,00 Virtualmente ausentes Oligotrófico - ≤ 301 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ Salinidade (‰) 0,57 0,29 0,16 0,12 30 ‰3 (3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ Nitrogênio Amoniacal 7,5 < pH ≤ 8 - 1 p/ 8 < pH 0,045 0,038 0,092 0,043 (mg/L) ≤ 8,5 e 0,5 p/ pH > 8,5)1; 0,40 2,3 * VLP–Valores Limites Permitidos para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005 . 1 Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas. + ambientes lênticos ++ ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos. DOC01– Ponte na BR 406- Ceará Mirim; DOC02– Jusante do aterro sanitário de Massaranduba em São Gonçalo do Amarante; DOC03 Lagoa de Extremoz e DOC04 -Gramorezinho em Natal. 0,66 0,05 1,21 0,10 Os resultados apresentados nesta bacia estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Todos os pontos apresentam salinidade inferior a 0,5 ‰ e portanto são considerados como águas doces. DOC 1 – Ponte na BR 406 – Ceará-Mirim O ponto DOC 1 está situado sob a ponte na BR 406, na cidade de Ceará-Mirim. No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis, com exceção de vegetação flutuante presente. As amostras foram coletadas aproximadamente as 15:40 h, no dia 23/02/2010, com as seguintes medições: temperatura (31,15 ºC); pH (6,68) dentro dos valores de enquadramento para águas salobra, classe 1 (6,5 a 8,5) e turbidez (2,07 UNT). A salinidade medida foi 0,57 ‰. A concentração medida de OG foi baixa 2,0 mg/L (OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente). O valor obtido de ST foi 616 mg/L e um pouco acima do VLP para STD (≤ 500 mg/L), porém este valor pode ser considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L STD). O valor obtido para OD (4,32 mg/L) está abaixo do VLP mínimo estabelecido para as águas salobras de classe 1 que é acima de 5 mg/L. A DBO medida foi de 6,75 mg/L, repetindo a faixa de valores encontrada nas campanhas anteriores (7,20 e 9,91 mg/L). O valor obtido para COT foi < 0,50 mg/L, portanto abaixo do VLP de referência (≤ 3,0 mg/L). O fósforo total medido foi 0,014 mg/L e inferior ao VLP (≤ 0,124 mg/L), o nitrogênio total e amoniacal foram baixos com concentrações de 1,13 mg/L e 0,045 mg/L respectivamente. A concentração de clorofila ‘a’ também foi baixa (0,66 µg/L), se situando abaixo do VLP (30µg/L). Assim como na coleta anterior, as concentrações de metais estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental, com exceção do zinco total que apresentou valor de 0,1042 mg/L e o VLP é de 0,09 mg/L na Resolução 357/2005 CONAMA. A quantidade de coliformes termotolerantes foi expressiva (16.000 NMP/100 mL), superando o padrão de balneabilidade (<1.000 NMP/100mL). Este ponto não foi selecionado para monitoramento de densidade de cianobactérias. O cálculo para determinação do IQA (49) enquadra este ponto na condição de qualidade RUIM, mesma classificação da campanha anterior. O IT foi igual a um (0), devido o valor para o zinco ter sido acima do permitido pela legislação. O IQAc classifica esta estação em uma qualidade MUITO RUIM. O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 47,07 o que corresponde a um corpo d’ água no estado OLIGOTRÓFICO. 102 DOC 2 – Jusante do aterro sanitário de Massaranduba em São Gonçalo do Amarante O DOC 2 está localizado a jusante do aterro sanitário de Massaranduba, no município de São Gonçalo do Amarante. A coleta foi efetuada ao final do dia 23/02/2010, as 16:10h. No aspecto visual não foram observadas desconformidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A salinidade medida foi de 0,29 ‰. A temperatura da amostra foi de 30,78 ºC. O pH foi de 6,35 e portanto, próximo a neutralidade e na faixa esperada para águas doces, classe 2. A turbidez, como na campanha de coleta anterior (3,88 UNT), foi baixa 2,69 UNT e muito inferior ao VLP (≤ 100 UNT). O valor obtido para o óleos e graxas foi baixo com apenas 1,0 mg/L. A concentração de sólidos totais na amostra obteve 202 mg/L e, portanto, inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L). O valor obtido pode ser considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L STD). Como nas campanhas anteriores (1,65 e 1,84 mg/L), a concentração de OD (4,79 mg/L), se encontra ainda um pouco abaixo do VLP (≥ 5 mg/L). A DBO medida (7,35 mg/L) situa-se acima do aceitável para águas doces de classe 2, que é de até 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT. O valor obtido para este parâmetro foi de 10,30 mg/L, abaixo do valor encontrado na campanha de junho/09 (21,26 mg/L). Quanto às concentrações medidas de nutrientes tem-se: fósforo total (<0,0005 mg/L); nitrogênio total (1,59 mg/L) e amoniacal (0,038mg/L) com baixas concentrações. Não se dispõe de VLP para o NT, no entanto o nitrogênio amoniacal foi inferior ao VLP que é de 3,7 mg/L para pH ≤ 7,5. A concentração de clorofila ‘a’ também foi baixa (0,05 µg/L) e inferior ao VLP (30 µg/L). Todos os metais analisados atendem aos VLP da Resolução 357/2005 CONAMA para as águas doces de classe 2; como conseqüência o IT assume valor 1, reafirmando a boa condição do manancial. O valor para coliformes termotolerantes (9.200 NMP/100mL) se encontra acima dos padrões estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000 NMP/100mL) e da campanha de coletas anterior (170,00 NMP/100mL). Este ponto não foi selecionado para monitoramento de densidade de cianobactérias. O IQA e o IQAc calculados se equivalem com índice de 55 e portanto, correspondem a condição de qualidade MÉDIA. O IT foi igual a 1 (um), sem prejuízos para classificação dos índices IQA e IQAc. O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 27,25 que corresponde a um corpo d’ água no estado ULTRAOLIGOTRÓFICO. DOC 3 – Lagoa de Extremoz O DOC 3 refere-se ao ponto localizado na Lagoa de Extremoz, na estação de captação da CAERN. Com relação aos parâmetros não mensuráveis, foi verificada a presença de vegetação flutuante próximo ao ponto de coleta. As amostras foram coletadas pela manhã, aproximadamente as 6:33 h, no dia 23/02/2010, com as seguintes medições: temperatura de 29,33 ºC; pH de 7,34 dentro dos valores de enquadramento para 103 águas doces, classe 2 e turbidez de 2,03 UNT, bem inferior ao VLP (≤ 100). A salinidade medida foi de 0,16 ‰. A concentração de óleos e graxas foi pouco expressiva, em torno de 2,0 mg/L. O valor obtido para sólidos totais (172 mg/L) foi inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L) e este valor pode ser considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L STD). A concentração obtida de oxigênio dissolvido (5,95 mg/L) foi um pouco acima do VLP mínimo de referência para as águas doces de classe 2 (≥ 5 mg/L). O valor obtido para DBO (8,10 mg/L) está acima do VLP para águas doces de classe 2 que é ≤ 5 mg/L. O valor obtido para COT foi 13,80 mg/L, um pouco acima dos resultados obtidos nas coletas anteriores (8,67 e 8,48 mg/L), porém para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para este parâmetro. As concentrações medidas de fósforo e nitrogênio atendem ao VLP de referência. O fósforo total foi (0,016 mg/L) e portanto inferior ao VLP para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). O nitrogênio total foi de 1,5 mg/L (o NT não é considerado para classificação das águas). O nitrogênio amoniacal foi 0,092 mg/L e inferior ao VLP que é 3,7 mg/L para pH ≤ 7,5. A concentração de clorofila ‘a’ também foi baixa (1,21 µg/L) e inferior ao VLP (30 µg/L). Os metais analisados estão em conformidade com os padrões da legislação para as águas doces de classe 2. O número de coliformes termotolerantes (49,00 NMP/100mL) se enquadra nos padrões da legislação para águas doces classe 2. A Lagoa de Extremoz apresentou densidade de cianobactérias (6.860 células/mL) com valor muito próximo ao encontrado na campanha de coleta anterior (5.616 células/mL), portanto dentro dos níveis normais estabelecidos pela legislação. No entanto, em fevereiro (75.225 células/mL) e junho/2009 (47.160 células/mL), a densidade excedeu o nível recomendado pela Portaria 518/2004-MS que é de 20.000 células/mL. O IQA e o IQAc calculados foram de 74 e, portanto, correspondem a condição de BOA qualidade, mantendo a mesma qualidade das campanhas de coleta anteriores. O IT foi igual a 1. O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 50,04 que corresponde a um corpo d’ água no estado OLIGOTRÓFICO. DOC 4 – Gramorezinho em Natal O ponto denominado como DOC 4 está situado em Gramorezinho, na estrada que dá acesso a praia de Genipabu. O local de coleta fica localizado entre dois bares. Esta estação de monitoramento não apresentou nenhuma desconformidade quanto aos parâmetros não mensuráveis. As amostras foram coletadas no dia 23/02/2010, no início da manhã, aproximadamente as 5:57h. Parâmetros medidos: temperatura (28,57 ºC); pH (5,82); turbidez (1,89 UNT) e salinidade (0,12 ‰), todos dentro dos valores de enquadramento para águas doces, classe 2, com exceção do pH que está um pouco abaixo do VLP (6,0 - 9,0). 104 Igualmente aos demais pontos monitorados nesta bacia, OG foi pouco expressiva, em torno de 1,0 mg/L. ST também foi baixo (180 mg/L) e inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valor pode ser considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L STD). Verificou-se baixa concentração de OD (2,82 mg/L), portanto não atendendo ao VLP mínimo estabelecido para as águas doces de classe 2 que é ≥ 5 mg/L. OD baixo pode ser conseqüência de um processo de poluição orgânica do manancial. Também deve-se avaliar que a hora da coleta (início da manhã) pode ter contribuído com esse resultado, as menores concentrações de OD justificam-se também pela inexistência de radiação solar e menor taxa fotossintética do fitoplâncton. O valor obtido para DBO (8,40 mg/L) confirma um possível processo de poluição. O VLP máximo de DBO para águas doces de classe 2 é ≤ 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT. O valor obtido para este parâmetro foi 4,40 mg/L. O valor medido de fósforo total (0,022 mg/L) atende ao VLP para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). O nitrogênio total foi 4,65 mg/L (o NT não é considerado para classificação das águas). O nitrogênio amoniacal foi 0,043 mg/L e inferior ao VLP que é de 3,7 mg/L para pH ≤ 7,5. A concentração de clorofila ‘a’ foi baixa (0,10 µg/L) e inferior ao VLP (30 µg/L). Todos os metais analisados atendem aos VLP da Resolução 357/2005 CONAMA, como conseqüência o IT assume valor 1, reafirmando a boa condição do manancial. Foi identificado quantidade de coliformes termotolerantes (46,00 NMP/100 mL) abaixo da campanha anterior (920 NMP/100mL), se encontrando esses valores dentro do permitido pela legislação ambiental (< 1.000 NMP/100mL). Este ponto não foi selecionado para avaliação de densidade de cianobactérias. O IQA e o IQAc calculados foram de 55 e, portanto, correspondem a condição de qualidade MÉDIA. O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 40,08 que corresponde a um corpo d’ água no estado ULTRAOLIGOTRÓFICO. SÍNTESE GRÁFICA DOS RESULTADOS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOCE Nas figuras 4-55 a 4-60 apresentam-se os gráficos dos principais parâmetros e índices de controle da Bacia Hidrográfica do Rio Doce. 105 Oxigênio Dissolvido - nov/2008 Oxigênio Dissolvido - jun/2009 Oxigênio Dissolvido - fev/2010 Demanda Bioquímica de Oxigênio - nov/2008 Demanda Bioquímica de Oxigênio - jun/2009 Demanda Bioquímica de Oxigênio - fev/2010 10 10,17 9,91 OD e DBO (mg/L) 8 7,20 8,10 8,40 5,95 6,26 7,35 6,75 6 OD > = 5 mg/L 6,00 5,59 4 2 4,32 2,75 2,66 4,80 4,06 4,79 Padrão Res. 357/2005 CONAMA DBO < = 5 mg/L 3,00 2,82 2,77 1,84 1,35 1,65 1,05 0 DOC 1 DOC 2 DOC 3 DOC 4 Bacia do Rio Doce Figura 4-55 - Variação espacial das concentrações de OD e DBO na Bacia Hidrográfica do Rio Doce Oxigênio Dissolvido - nov/2008 Oxigênio Dissolvido - jun/2009 Oxigênio Dissolvido - fev/2010 Carbono Orgânico Total - nov/2008 Carbono Orgânico Total - jun/2009 Carbono Orgânico Total - fev/2010 21,26 21 18 OD e COT (mg/L) 15 12 13,80 Padrão da Resolução CONAMA 357/2005 11,84 10,30 10,10 8,67 9 6,70 5,95 5,59 6 4,32 3 0 8,48 2,75 2,66 < 0,50 DOC 1 4,80 1,84 2,77 1,65 DOC 2 DOC 3 7,18 4,40 3,51 2,82 1,35 1,05 OD > = 6 mg/L Água Salina, classe 1 OD > = 5 mg//L Água Salobra, classe 1 e Água Doce, classe 2 COT < = 3 mg/L Água Salobra e Salina, classe 1 DOC 4 Bacia do Rio Doce Figura 4-56 - Variação espacial da concentração OD e COT na Bacia Hidrográfica do Rio Doce 106 Coliformes Termotolerantes (NMP/100mL) Coliformes Termotolerantes - nov/2008 Coliformes Termotolerantes - jun/2009 Coliformes Termotolerantes - fev/2010 16.000 10000 9.200 5.400 1000 350 920 Padrão da Resolução CONAMA 357/2005 170 100 49 23 46 23 12 10 7 1 DOC 1 DOC 2 DOC 3 DOC 4 Bacia do Rio Doce Figura 4-57 – Variação espacial da concentração de coliformes termotolerantes na Bacia Hidrográfica do Rio Doce Densidade de Cianobactérias - nov/2008 Densidade de Cianobactérias - fev/2009 Densidade de Cianobactérias - jun/2009 Densidade de Cianobactérias - out/2009 Densidade de Cianobactérias - fev/2010 100000 Padrão Res. CONAMA 357/2005 Água Doce Classe 2 50.000 47.160 Padrão Portaria 518/2004 - MS 20.000 10000 6.860 100 Não se analisou 1000 DOC 1 DOC 2 912 DOC 3 Não se analisou 5.616 Não se analisou Densidade de Cianobactérias (Cel/mL) 75.225 DOC 4 Bacia do Rio Doce Figura 4-58 – Variação espacial da densidade de cianobactérias na Bacia Hidrográfica do Rio Doce 107 Índice de Qualidade de Água - nov/2008 Índice de Qualidade de Água combinado - nov/2008 Índice de Qualidade de Água - jun/2009 Índice de Qualidade de Água combinado - jun/2009 Índice de Qualidade de Água - fev/2010 Índice de Qualidade de Água combinado - fev/2010 100 90 - 100 Excelente 80 70 - 90 Boa 74,79 IQA e IQAc (mg/L) 71,62 70,16 69,29 69,17 60 55,14 40 49,61 46,16 66,77 50 - 70 Média 55,91 44,28 48,22 25 - 50 Ruim 20 0 - 25 Muito Ruim 0 DOC 1 DOC 2 DOC 3 DOC 4 Bacia do Rio Doce Figura 4-59 - Variação espacial do IQA e IQAc na Bacia Hidrográfica do Rio Doce Índice de Estado Trófico - nov/2008 Índice de Estado Trófico - jun/2009 Índice de Estado Trófico - fev/2010 70 > = 67 - Hipereutrófico 63 - 67 - Supereutrófico 59 - 63 - Eutrófico 60 52 - 59 - Mesotrófico IET 50 50,12 50,04 47,07 42,16 40 42,98 47 - 52 - Oligotrófico 48,30 43,25 40,08 < = 47 - Ultraoligotrófico 39,33 38,05 32,43 30 27,25 20 DOC 1 DOC 2 DOC 3 DOC 4 Bacia do Rio Doce Figura 4-60 – Variação espacial do IET na Bacia Hidrográfica do Rio Doce 108 4.1.10. Faixa Litorânea Leste de Escoamento Difuso Esta bacia ocupa uma superfície total de 649,4 km2, o que representa cerca de 1,2 ‰ do território estadual, sendo constituída por 8 (oito) sub-bacias independentes. Nas sub-bacias não existem açudes cadastrados. Na Figura 4-61 apresenta-se o mapa esquemático desta bacia contendo os principais corpos d´água e municípios. Nesta bacia foi selecionada apenas uma estação de amostragem FLL 1 - Lagoa do Bonfim. Na Tabela 4-14 apresentam-se os resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos, assim como o IQA, IT, IQAc e IET médio, considerando-se fósforo e clorafila ‘a’. Fonte: IGARN (2009) Figura 4-61 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica Faixa Litorânea Leste de Escoamento Difuso Os resultados apresentados nesta bacia estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida: 0,09 ‰. 109 Tabela 4-14 - Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc das amostras de águas superficiais da bacia Faixa Litorânea Leste. PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IQA Temperatura da amostra (0C) pH Altitude (m) OD (mg/L) DBO (mg/L) Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL) Nitrogênio Total (mg/L) Fósforo Total (mg/L) Sólidos Totais (mg/L) Turbidez (UNT) Índice (IQA) Qualidade FLL 11 VLP* 27,78 8,43 52,00 7,20 8,70 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3 ;≥ 5,01,2 ; ≥ 6,0 ,3 ≤ 5,0 1 2,00 < 1.000 1,2,3 2,31 0,022 71,00 1,12 82,51 Boa ≤ (0,03+, 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 2; ≤ 0,062; ≤ 1001 - PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT Cobre dissolvido (mg/L) Chumbo Total (mg/L) Cromo Total (mg/L) Cádmio Total (mg/L) Zinco Total (mg/L) Níquel Total (mg/L) Mercúrio Total (mg/L) Índice (IT) IQAc Qualidade Índice do Estado Trófico (IET) Categoria Cianobactérias (cél/mL) COT (mg/L) Teor de Óleos e Graxas (mg/L) Clorofila ‘a’ (µg/L) Salinidade (g/Kg) 0,0044 0,0049 < 0,0011 < 0,0019 0,0616 < 0,0007 < 0,0002 1 82,51 Boa 55,19 Mesotrófico 288 5,30 0,00 1,71 0,09 Nitrogênio Amoniacal (mg/L) 0,007 ≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3 ≤ 0,01 1, 2,3 ≤ 0,05 1, 2,,3 ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2, ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3 ≤ 0,025 1, 2,3 ≤ 0,0002 1, 2,3 50.0001 ≤ 3,02,3 Virtualmente ausentes ≤ 301 1 0,5‰ ; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3 (3,7 p/ pH =7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH =8 - 1 p/ 8<pH=8,5 e 0,5 p/ pH > 8,5)1; 0,40 2,3 * VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/20051 . 1Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas. + ambientes lênticos, ++ ambientes Intermediários e +++ ambientes Lóticos. FLL 1 - Lagoa do Bonfim. FLL 1 – Lagoa do Bonfim O ponto FLL 1 refere-se a estação de monitoramento situada na Lagoa do Bonfim jntuo a captação de água da CAERN. No momento da coleta, não foram observados desconformidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. 110 As amostras foram coletadas aproximadamente as 12:22 h, do dia 02/03/2010, com as seguintes medições: temperatura (27,78 ºC); pH 8,43 e portanto dentro dos valores de enquadramento para águas doces, classe 2 (6-9) e turbidez (1,12 UNT), valor inferior ao VLP (≤ 100 UNT). Na amostra não se detectou concentração para óleos e graxas. O valor obtido para STD (71mg/L) foi baixo e inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valor pode ser considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L STD). A concentração obtida para OD foi satisfatória (7,20 mg/L), este valor se enquadra ao VLP que é ≥ 5 mg/L. Por outro lado, a DBO medida (8,70 mg/L) está acima do limite permitido pela legislação, que é de até 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT. O valor obtido para este parâmetro foi 5,30 mg/L. O padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. O fósforo total medido foi 0,022 mg/L e inferior ao VLP para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). Apesar de não se dispor de um VLP de referência para o NT, o valor obtido deste parâmetro foi 2,31 mg/L e para o nitrogênio amoniacal foi 0,007 mg/L. A concentração de clorofila ‘a’ foi baixa (1,71 µg/L), bem inferior ao VLP (30 µg/L). Os metais analisados estão em conformidade com os padrões da legislação para as águas doces de classe 2; como conseqüência o IT assume valor 1, reafirmando a boa condição do manancial. O valor para coliformes termotolerantes foi pouco expressivo (2,00 NMP/100mL) diferente da campanha anterior (5.400 NMP/100mL). Esta estação de monitoramento não vem apresentando densidade de cianobactérias elevada, nesta campanha de coletas o valor foi 288 células/mL, portanto, sendo inferior aos limites padrões da Resolução 357/2005 do CONAMA para a classe de águas doces que é 50.000 cél/mL e da Portaria 518/2004-MS que é de 20.000 células/mL. O IQA e o IQAc calculados foram de 82 e, portanto, correspondem a condição de qualidade BOA. O IT foi igual a 1 (um). O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 55,19 que corresponde a um corpo d’ água no estado MESOTRÓFICO. SÍNTESE GRÁFICA DOS RESULTADOS DA BACIA FAIXA LITORÂNEA LESTE DE ESCOAMENTO DIFUSO Nas figuras 4-62 a 4-67 apresentam-se os gráficos dos principais parâmetros e índices de controle da Bacia Hidrográfica da Faixa Litorânea Leste de Escoamento Difuso. 111 Oxigênio Dissolvido Demanda Bioquímica de Oxigênio 8,70 8,36 8 7,71 OD e DBO (mg/L) 7,20 6 OD > = 5 mg/L Padrão CONAMA 357/2005 Água Doce - Classe 2 4,35 DBO < = 5 mg/L 4 2,70 2 0 Nov/2008 Jun/2009 Fev/2010 Bacia Faixa Litorânea Leste Figura 4-62 - Variação espacial das concentrações de OD e DBO na Bacia Hidrográfica da Faixa Litorânea Leste de Escoamento Difuso Oxigênio Dissolvido Carbono Orgânico Total 8 7,71 7,20 Padrão da Resolução CONAMA 357/2005 OD > = 6 mg/L Água Salina, classe 1 OD e COT (mg/L) 6 5,30 4,35 OD > = 5 mg//L Água Salobra, classe 1 e Água Doce, classe 2 4 COT < = 3 mg/L Água Salobra e Salina, classe 1 3,13 2,87 Não há valor de referência para COT em água doce 2 0 Nov/2008 Jun/2009 Fev/2010 Bacia Faixa Litorânea Leste Figura 4-63 - Variação espacial das concentrações de OD e DBO na Bacia Hidrográfica da Faixa Litorânea Leste de Escoamento Difuso 112 Coliformes Termotolerantes (NMP/100mL) Coliformes Termotolerantes 5.400,00 5000 4000 3000 2000 Padrão da Resolução 357/2005 CONAMA para Água Doce classe 2 1000 0 Nov/2008 Jun/2009 Fev/2010 Bacia Faixa Litorânea Leste Figura 4-64 –Variação espacial da concentração de coliformes termotolerantes na Bacia Hidrográfica da Faixa Litorânea Leste de Escoamento Difuso Densidade de Cianobactérias Padrão Res. 357/2005 - CONAMA Água Doce Classe 2 50.000 Densidade de Cianobactérias (Cel/mL) 100000 10000 Padrão da Portaria 518/2004 MS 20.000 8.592 7.448 5.756 1000 208 288 100 10 Nov/2008 Fev/2009 Jun/2009 Out/2009 Fev/2010 Bacia Faixa Litorânea Leste Figura 4-65 –Variação espacial da densidade de cianobactérias na Bacia Hidrográfica da Faixa Litorânea Leste de Escoamento Difuso 113 Índice de Qualidade da Água Índice de Qualidade da Água combinado 100 90 - 100 Excelente IQA e IQAc (mg/L) 80 IQA = IQAc 79,23 IQA = IQAc 74,09 60 70 - 90 Boa 50 - 70 Média 62,36 IQA = IQAc 40 25 - 50 Ruim 20 0 - 25 Muito Ruim 0 Nov/2008 Jun/2009 Fev/2010 Bacia Faixa Litorânea Leste Figura 4-66 – Variação espacial espacial do IQA e IQAc na Bacia Hidrográfica FLLED Índice de Estado Trófico > = 67 - Hipereutrófico 63 - 67 - Supereutrófico 60 59 - 63 - Eutrófico 56,50 IET 55,19 52 - 59 - Mesotrófico 50 47 - 52 - Oligotrófico 40 < = 47 - Ultraoligotrófico 30 20 15,55 10 0 Nov/2008 Jun/2009 Fev/2010 Bacia Faixa Litorânea Leste Figura 4-67 – Variação espacial do IET na Bacia Hidrográfica da Faixa Litorânea Leste de Escoamento Difuso 114 4.1.11. Bacia Hidrográfica do Trairi A bacia hidrográfica do Trairi ocupa uma superfície de 2.867,4 km2, correspondendo a cerca de 5,4% do território estadual. Na bacia foram cadastrados 63 açudes, totalizando um volume de acumulação de 92.567.400 m3 de água. Isto corresponde, respectivamente, a 2,8% e 2,1% dos totais de açudes e volumes acumulados do Estado. Os principais açudes da bacia são o Trairi e o Inharé, e os mesmos foram selecionados para monitoramento trimestral de cianobactérias. Vale ressaltar que para monitoramento semestral, nesta bacia foram selecionadas 4 estações de monitoramento: TRA 1 – Açude Inharé Santa Cruz, TRA 2 – Açude Santa Cruz , TRA 3 – Açude Trairi em Tangará e TRA 4 – Rio Trairi-Monte Alegre. Na Figura 4-68 apresenta-se o mapa esquemático desta bacia contendo os principais corpos d´água e os pontos selecionados para monitoramento e na Tabela 4-15 apresentam-se os resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos, assim como o IQA, IT, IQAc e IET médio, considerando-se fósforo e clorofila ‘a’. Fonte: IGARN (2009) Figura 4-68 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica do Rio Trairi Tabela 4-15 - Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc das amostras de água superficiais da bacia hidrográfica Trairi. PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IQA Temperatura da amostra (0C) pH Altitude (m) OD (mg/L) DBO (mg/L) Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL) Nitrogênio Total (mg/L) TRA 12 TRA 22 TRA 32 TRA 42 28,33 28,77 28,88 27,46 Fósforo Total (mg/L) 0,047 Sólidos Totais (mg/L) Turbidez (UNT) Índice (IQA) Qualidade 1.054,00 9,34 74,07 Boa Cobre dissolvido (mg/L) Chumbo Total (mg/L) Cromo Total (mg/L) Cádmio Total (mg/L) Zinco Total (mg/L) Níquel Total (mg/L) Mercúrio Total (mg/L) Índice (IT) IQAc Qualidade Índice do Estado Trófico (IET) 0,0043 < 0,0008 < 0,0011 < 0,0019 0,0392 < 0,0007 < 0,0002 1 74,07 Boa Categoria Cianobactérias (cél/mL) COT (mg/L) Teor de Óleos e Graxas (mg/L) Clorofila ‘a’ (µg/L) VLP* - 8,18 262,00 6,47 4,08 8,04 170,00 7,51 9,97 8,41 249,00 8,55 3,30 7,61 42,00 7,78 8,70 6,0 a 9,0 ; 6,5 a 8,52,3 ;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3 ≤ 5,0 1 17,00 23,00 4,50 170,00 < 1.000 1,2,3 0,93 0,93 1,62 5,17 60,12 64,04 62,75 - Eutrófico - < 0,50 50.0001 ≤ 3,02,3 64,43 Supereutrófi co 1.804.000 < 0,50 1 ≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; 0,044 0,083 0,106 ≤0,124 2; ≤ 0,0623; 581,00 873,00 682,00 10,47 12,42 12,62 ≤ 1001 70,17 76,20 62,98 Boa Boa Média PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT 0,0063 0,0066 0,0072 ≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3 < 0,0008 < 0,0008 0,0087 ≤ 0,01 1, 2,3 < 0,0011 < 0,0011 < 0,0011 ≤ 0,05 1, 2,,3 < 0,0019 < 0,0019 < 0,0019 ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2, 0,0454 0,0521 0,1123 ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3 < 0,0007 < 0,0007 < 0,0007 ≤ 0,025 1, 2,3 < 0,0002 < 0,0002 < 0,0002 ≤ 0,0002 1, 2,3 1 1 1 70,17 76,20 62,98 Boa Boa Média < 0,50 Supereutrófic o 937.631 0,80 2,00 1,00 2,00 0,00 Virtualmente ausentes 28,89 5,41 12,20 5,33 ≤ 301 0,5‰ ; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3 (3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH ≤ 8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/ pH > 8,5)1; 0,40 2,3 Eutrófico 1 * Salinidade (‰) 1,13 0,59 1,03 0,69 Nitrogênio Amoniacal (mg/L) 0,005 0,065 0,500 0,034 VLP–Valores Limites Permitidos para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005 . 1 Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas. + ambientes lênticos ++ ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos. TRA 1 – Açude Inharé Santa Cruz , TRA 2 – Açude Santa Cruz ,TRA 3 – Açude Trairi em Tangará e TRA 4 – Rio Trairi-Monte Alegre. Os resultados apresentados nesta bacia estão sendo comparados com os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas salobras, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005. Todos os pontos apresentam salinidade um pouco acima de 0,5 ‰ e portanto são considerados como águas salobras. TRA 1 – Açude Inharé – Santa Cruz O ponto TRA1 refere-se ao açude Inharé, localizado no Município de Santa Cruz. Todos os parâmetros não mensuráveis estavam em conformidade. As amostras foram coletadas em 25/02/2010 pela manhã, aproximadamente as 7:10 h. A temperatura da amostra foi de 28,33ºC. O pH foi de 8,18 e portanto na faixa esperada (6,5 a 8,5). A turbidez medida foi baixa (9,34 UNT). A concentração de OG também foi baixa, com apenas 2,0 mg/L. A concentração de ST foi de 1.054,00 mg/L (não se dispõe de VLP de referência). A concentração obtida de oxigênio dissolvido (6,47 mg/L) foi um pouco acima ao VLP mínimo de referência para as águas salobras de classe 1 (≥ 5 mg/L). A DBO não é um parâmetro de análise para as águas salobras, no entanto o valor medido foi de 4,08 mg/L. Quanto ao carbono orgânico total, o valor obtido (< 0,50 mg/L), se situa abaixo do limite de detecção do método- LDM utilizado para análise, portanto abaixo do limite de enquadramento que de até 3,0 mg/L e muito abaixo dos valores das campanhas anteriores (21,00 e 18,12 mg/L, respectivamente). Neste açude não se observou elevadas concentrações de nutrientes, o fósforo total foi 0,047 mg/L e, portanto, está em conformidade com os padrões de referência que é de até 0,124 mg/L. Assim como nas águas doces, também não se tem limites para nitrogênio total, no entanto, o NT foi baixo (0,93 mg/L). O nitrogênio amoniacal foi 0,005 mg/L e ainda atende ao máximo valor de referência que é de 0,4 mg/L. Quanto a clorofila ‘a’, esta apresentou-se com 28,89 µg/L valor um pouco acima das campanhas anteriores (23,37 e 24,85 µg/L, respectivamente). A clorofila ‘a’ não é padrão de referência para as águas salobras, classe 1, no entanto, o valor apresentado já é significativo. Os metais analisados estão em conformidade com os padrões da legislação para as águas salobra de classe 1; como conseqüência o IT assume valor 1, reafirmando a boa condição do manancial. O valor para coliformes termotolerantes (17,00 NMP/100mL) se encontra dentro dos padrões estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000,0 NMP/100mL). Este açude apresentou densidade de cianobactérias elevada (1.804.000 céls/mL) um pouco acima dos valores encontrados no primeiro e segundo trimestre coletas (1.112.999 céls/mL e 1.092.834 céls/mL), e, portanto, superior ao estabelecido pela Portaria 518/2004-MS que é de 20.000 células/mL. A Resolução 357/2005 CONAMA não estabelece limite deste parâmetro para a categoria da água em avaliação (salobra). O IQA calculado (74) corresponde a uma qualidade BOA, da mesma forma o IQAc (74) em virtude do IT ter assumido o valor máximo 1, sem alteração da qualidade. O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 64,43 que corresponde a um corpo d’ água no estado SUPEREUTRÓFICO. 117 TRA 2 – Açude Santa Cruz A barragem do Açude Santa Cruz está localizada no município de Santa Cruz - RN, barrando o rio Trairi, sistema complementar, a sua bacia hidrográfica cobre uma área de 300 km² e tem como finalidade principal o abastecimento d'água da cidade de Santa Cruz, além de propiciar pequena irrigação e piscicultura no local. Foi projetada e construída pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas - DNOCS. Este ponto apresentou salinidade de 0,59 ‰, por conseguinte, está sendo comparado neste relatório com os valores limites permitido - VLP para enquadramento das águas salobras, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005. As amostras foram coletadas também pela manhã, aproximadamente as 7:50h, no dia 25/02/2010. O açude apresentava aspecto bom sem detecção de irregularidades. A temperatura, pH e turbidez da amostra estavam dentro dos limites preconizados para as águas salobras de classe 1. O valor obtido de OG foi inexpressivo (1,0 mg/L). A concentração de ST foi de 581,00 mg/L. A concentração de OD (7,51 mg/L) está em conformidade com a já citada resolução, pois o VLP mínimo estabelecido para as águas salobras de classe 1 é 5 mg/L. A DBO medida foi de 9,97 mg/L, mas não se tem valor de referência para a referida classe de águas. O COT (< 0,50 mg/L) teve valor abaixo do limite de detecção do método- LDM utilizado para análise, portanto atendendo ao VLP (≤ 3,0 mg/L). O valor para fósforo total foi baixo (0,044 mg/L) e encontra-se inferior ao VLP (0,124 mg/L), os demais nutrientes também apresentaram concentrações baixas, com 0,93 mg/L para o nitrogênio total e 0,065 mg/L para o nitrogênio amoniacal (o VLP para nitrogênio amoniacal é de 1,0 mg/L para pH ≤ 8,5). Quanto a clorofila ‘a’, esta se apresentou baixa com apenas 5,41µg/L. Os metais analisados estão em conformidade com os padrões da legislação para as águas salobras de classe 1; como conseqüência o IT assume valor 1, reafirmando a condição do manancial. O número de coliformes termotolerantes (23,00 NMP/100 mL) está dentro do limite permitido pela legislação ambiental (< 1.000 NMP/100mL). Este ponto não foi selecionado para monitoramento da densidade de cianobactérias. O IQA calculado (70) corresponde a condição de qualidade BOA. O IQAc mantêm a mesma classificação pois o índice de toxidez IT foi igual a 1 (um). O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 60,12 que corresponde a um corpo d’ água no estado EUTRÓFICO. TRA 3 – Açude Trairi - Tangará A estação de monitoramento TRA 3 é referente ao Açude Trairi, localizado no Município de Tangará/RN. As amostras foram coletadas pela manhã, aproximadamente as 9:10 h. No momento da coleta, todos os parâmetros não mensuráveis estavam em conformidade com a Resolução 357/2005 CONAMA. A amostra apresentou valores de temperatura, pH e turbidez dentro dos valores esperados para as águas salobras de classe 1. A salinidade medida foi de 1,03 ‰. Como já esperado, a 118 concentração de OG foi inexpressiva, 2,0 mg/L. O valor obtido de ST foi de 873 mg/L. Este valor pode ser considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L STD). A concentração de OD (8,55 mg/L) atende ao VLP estabelecido para as águas salobras, classe 1 que é ≥ 5 mg/L. O valor para DBO foi 3,30 mg/L e para COT foi 0,80 mg/L. O padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. A concentração de fósforo total (0,083 mg/L) encontra-se na faixa do VLP de referência (≤0,124 mg/L). O valor obtido para nitrogênio total e amoniacal foram de 1,62 mg/L para NT e 0,50 mg/L para o amoniacal. O VLP para nitrogênio amoniacal é de 0,4 mg/L. A concentração de clorofila ‘a’ na amostra foi 12,20 µg/L. As concentrações de metais estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental para as águas salobras, classe 1. O valor para coliformes termotolerantes (4,50 NMP/100mL) se encontra dentro dos padrões estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 para a referida classe de águas. Este açude apresentou densidade de cianobactérias elevada em todas as campanhas de coletas, tendo nesta o valor de 937.361 céls/mL. Este valor é superior ao limite padrão da Resolução 357/2005 do CONAMA para a classe de águas doces que é de até 50.000 cél/mL e da Portaria 518/2004-MS que é de 20.000 células/mL. No entanto, o IQA calculado (76) corresponde a condição de BOA qualidade, pois o mesmo não leva em consideração outras variáveis que interferem, como por exemplo, a densidade e espécies de cianobactérias. O IQAc mantêm a mesma classificação pois o índice de toxidez IT foi igual a 1 (um). O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 64,04 classificando o corpo d’ água no estado EUTRÓFICO. TRA 4 – Rio Trairi - Monte Alegre O ponto TRA 4 está localizado a jusante de Monte Alegre, mais especificamente no rio Trairi. Materiais flutuantes, espumas não naturais, óleos e graxas, resíduo sólido objetável, mortandade de peixes, lançamento de efluentes e vegetação aquática flutuante estavam virtualmente ausentes. As amostras foram coletadas por volta das 11:41 h, do dia 02/03/2010. Os parâmetros de temperatura, pH e turbidez estavam compatíveis com os VLPs para as águas salobras de classe 1. A salinidade medida foi de 0,69 ‰. Na amostra não se detectou concentração para óleos e graxas. O valor obtido de ST foi de 682 mg/L. Sendo este valor considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518MS (≤ 1.000 mg/L STD). A concentração obtida para oxigênio dissolvido (7,78 mg/L) está em conformidade com os padrões para a referida classe de águas (≥ 5 mg/L). O valor para DBO foi 8,70 mg/L e para COT (< 0,50 mg/L) se encontra abaixo do limite de detecção do método- LDM utilizado para análise e, portanto, abaixo do VLP para as águas salobras de classe 1 (3,0 mg/L). 119 Quanto às concentrações medidas de nutrientes tem-se: fósforo total, com 0,106 mg/L e inferior ao VLP para águas salobras (0,124 mg/L); o nitrogênio total e amoniacal também foram baixos com concentrações de 5,17 mg/L e 0,034 mg/L, respectivamente, sendo o VLP para nitrogênio amoniacal de 0,40 mg/L. A concentração de clorofila ‘a’ foi de 5,33 µg/L. Assim como os demais pontos monitorados nesta bacia, todos os metais analisados atendem aos VLP para as águas salobras, classe 1. O valor para coliformes termotolerantes (170,00 NMP/100mL) está em conformidade com os padrões da legislação para a referida classe de águas. Este ponto não foi selecionado para contagem de cianobacérias. O IQA calculado (62) correponde a condição de MÉDIA qualidade. O IQAc mantêm a mesma classificação pois o índice de toxidez IT foi igual a 1 (um). O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 62,75 que corresponde a um corpo d’ água no estado EUTRÓFICO. SÍNTESE GRÁFICA DOS RESULTADOS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO TRAIRI Nas figuras 4-69 a 4-74 apresentam-se os gráficos dos principais parâmetros e índices de controle da Bacia Hidrográfica do Trairi. Oxigênio Dissolvido - nov/2008 Oxigênio Dissolvido - jun/2009 Oxigênio Dissolvido - fev/2010 Demanda Bioquímica de Oxigênio - nov/2008 Demanda Bioquímica de Oxigênio - jun/2009 Demanda Bioquímica de Oxigênio - fev/2010 9,97 10 8,55 OD e DBO (mg/L) 8 8,70 7,78 7,38 7,51 6,87 6,60 6,56 6,47 6,60 OD > = 6 mg/L Água Salina, classe 1 5,16 OD > = 5 mg//L Água Salobra, classe 1 e Água Doce, classe 2 6 5,20 5,25 4,78 4 4,08 3,40 3,37 5,03 4,55 4,45 DBO < = 5 mg/L Água Doce, classe 2 Não há valor de referência para DBO em água salobra e salina 3,30 3,00 Padrão da Resolução CONAMA 357/2005 2,54 2 TRA 1 TRA 2 TRA 3 TRA 4 Bacia do Trairi Figura 4-69 – Variação espacial das concentrações de OD e DBO na Bacia Hidrográfica Trairi. 120 Oxigênio Dissolvido - nov/2008 Oxigênio Dissolvido - jun/2009 Oxigênio Dissolvido - fev/2010 Carbono Orgânico Total - nov/2008 Carbono Orgânico Total - jun/2009 Carbono Orgânico Total - fev/2010 21 21,00 18 18,12 OD e COT (mg/L) 15 11,89 12 11,25 10,47 8,53 9 6 3 0 Padrão da Resolução CONAMA 357/2005 14,11 12,08 8,55 7,78 7,51 6,87 6,56 6,47 7,38 5,20 5,03 4,55 3,37 < 0,50 TRA 1 < 0,50 0,80 TRA 2 TRA 3 OD > = 6 mg/L Água Salina, classe 1 OD > = 5 mg//L Água Salobra, classe 1 e Água Doce, classe 2 4,45 COT < = 3 mg/L Água Salobra e Salina, classe 1 < 0,50 Não há valor de referência para COT em água doce TRA 4 Bacia do Trairi Figura 4-70 - Variação espacial das concentrações de OD e COT na Bacia Hidrográfica Trairi. Coliformes Termotolerantes (NMP/100mL) Coliformes Termotolerantes - nov/2008 Coliformes Termotolerantes - jun/2009 Coliformes Termotolerantes - fev/2010 Padrão da Resolução CONAMA 357/2005 1000 700,00 540,00 170,00 110,00 100 23,00 26,00 23,00 17,00 10 4,50 4,00 2,00 1 TRA 1 TRA 2 TRA 3 TRA 4 Bacia do Trairi Figura 4-71 – Variação espacial da concentração de coliformes termotolerantes na Bacia Hidrográfica Trairi. 121 Densidade de Cianobactérias - TRA 1 Densidade de Cianobactérias - TRA 3 Densidade de Cianobactérias (cel/mL) 1.112.999 1.804.000 1.092.834 1000000 937.361 486.096 161.806 117.200 90.592 100000 158.512 Padrão Res. CONAMA 357/2005 Água Doce Classe 2 50.000 78.240 Padrão Portaria 518/2004 MS 20.000 10000 1000 Nov/2008 Fev/2009 Jun/2009 Out/2009 Fev/2010 Bacia do Trairi Figura 4-72 - Variação espacial da densidade de cianobactérias na Bacia Hidrográfica Trairi. Índice de Qualidade de Água - nov/2008 Índice de Qualidade de Água combinado - nov/2008 Índice de Qualidade de Água - jun/2009 Índice de Qualidade de Água combinado - jun/2009 Índice de Qualidade de Água - fev/2010 Índice de Qualidade de Água combinado - fev/2010 100 90 - 100 Excelente IQA e IQAc (mg/L) 80 74,07 70,17 70,07 64,63 64,30 60 70 - 90 Boa 76,20 70,72 60,83 50 - 70 Média 56,09 51,52 40 45,61 25 - 50 Ruim 20 0 - 25 Muito Ruim 0 TRA 1 TRA 2 TRA 3 TRA 4 Bacia do Trairi Figura 4-73 – Variação espacial do IQA e IQAc na Bacia Hidrográfica Trairi. 122 Índice de Estado Trófico - nov/2008 Índice de Estado Trófico - jun/2009 Índice de Estado Trófico - fev/2010 > = 67 - Hipereutrófico 64,04 64,43 62,90 60,12 60 IET 58,67 61,86 57,79 63 - 67 - Supereutrófico 62,75 57,82 59 - 63 - Eutrófico 52 - 59 - Mesotrófico 51,35 50 47 - 52 - Oligotrófico 43,44 < = 47 - Ultraoligotrófico 40 38,21 30 TRA 1 TRA 2 TRA 3 Bacia do Trairi Figura 4-74 - Variação espacial do IET na Bacia Hidrográfica Trairi. TRA 4 123 4.2. BACIA HIDROGRÁFICA PIRANHAS-AÇU A Bacia hidrográfica do Piranhas-Açu situa-se na parte central do Estado do Rio Grande do Norte tendo como rio principal o Piranhas, de domínio federal, nasce na Paraíba no local denominado Bonito de Santa Fé, atravessa todo o estado, tendo como principais afluentes o rio Piancó e o rio Aguiar, entra no Estado do RN, onde recebe grande contribuição da sub-bacia do rio Seridó, indo desembocar no litoral norte, próximo a cidade de Macau. Esta bacia cobre uma área com cerca de 44.000 km2, abrangendo a parte ocidental do Estado da Paraíba e o centro-norte do RN, ocupando uma superfície de 17.489,5 km2, que corresponde a cerca de 32,8% do território estadual. A bacia hidrográfica do Piranhas-Açu desempenha um importante papel na disponibilização de água para o abastecimento humano de populações inseridas na sua área geográfica, para grandes projetos de irrigação, como os das Várzeas de Souza e do Baixo Açu, nos Estados da PB e RN. Nela estão inseridos os reservatórios Curemas-Mãe D’Água, com capacidade de armazenamento de 1,3 milhões de metros cúbicos e a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, com capacidade de armazenamento de 2,4 bilhões de metros cúbicos. Na Tabela 4-16 apresentam-se os resultados das análises físico-químicas e biológicas e dos índices IQA e IET médio (considerando-se a poderação do Fósforo Total e da Clorofila “a”) das amostras de água superficiais da bacia hidrográfica do Piranhas-Açu/RN no o período de outubro a dezembro de 2009, com a realização de uma coleta em cada estação de monitoramento. Com relação aos resultados de metais pesados quantificados nas amostras de água, cabe destacar que este relatório não contepla a avaliação do Indice de Toxicidade – IT e o e do Índice de Qualidade de Água Combinado – IQAc para algumas estações amostrais, justificado pelo fato de que o Limite de Detecção – LD para os metais Cobre (Cu), Cromo (Cr) e Cádmio (Cd), do equipamento utilizado pelo Laboratório da Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN – EMPARN é superior ao VLP definido pela Resolução CONAMA n° 357/2005. Tabela 4-16 - Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA e IET das amostras de águas superficiais da bacia hidrográfica do Piranhas-Açu/RN. PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IQA PIA01 27,4 PIA 02 pH Altitude (m) OD (mg.L-1) DBO (mg.L-1) Coliformes Term. (UFC.100 mL-1) Nitrogênio Total (mg.L-1) 7,53 7,1 11,9 6 0,73 8,2 9,65 0 1,06 Fósforo Total (mg.L-1) 0,028 Sólidos Totais (mg.L ) Turbidez (UNT) Índice (IQA) Qualidade Temperatura da amostra (0C) -1 PIA 05 PIA 06 PIA 07 VLP* PIA 03 PIA 04 27,7 30,7 27,1 29,1 27,8 26,4 8,05 8,07 8,7 2,32 1 0,61 7,4 288 8,4 12,79 5 0,87 7,84 185 7 10,03 62 0,115 8,48 119 6,4 14,86 8 1,16 6,13 262 5,9 7,32 13 0,7 0,069 0,016 0,032 0,045 0,056 0,061 788,0 55,20 279,20 302,00 320,0 309,20 70,8 66 Boa 15,8 75 Boa 1,57 89 Ótima 177 60 Boa * * 42,5 67 Boa 162 55 Boa ≤ 1001 - 0,706 0,078 ≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3 0,004 ≤ 0,01 1, 2,3 <LD (0,06) ≤ 0,05 1, 2,,3 0,004 ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2, 0,016 ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3 1.232,00 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3 ; ≥ 5,01,2 ; ≥ 6,0 ,3 ≤ 5,0 1 < 1.000 1,2,3 ≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 2; ≤ 0,0623; - PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT -1 Cobre dissolvido (mg.L ) Chumbo Total (mg.L-1) -1 Cromo Total (mg.L ) 0,190 0,010 <LD(0,06) Cádmio Total (mg.L-1) 0,004 Zinco Total (mg.L-1) 0,020 -1 Níquel Total (mg.L ) -1 Mercúrio Total (mg.L ) 0,020 <LD(0,0002) 0,014 <LD(0,003) 0,18 <LD(0,06) 0,015 <LD(0,06) <LD(0,02) <LD(0,02) 0,028 0,004 <LD(0,0002) 0,012 0,010 <LD(0,0002) 0 0 0 0 Muito ruim Muito ruim 64,85 54,66 Supereutrófico Mesotrófico 13,88 11,91 < 10,00 < 10,00 21,43 2,04 0,17 0,15 <LD(0,0016) 0,216 <LD(0,0009) 0,016 <LD(0,0011) 0,022 <LD(0,0007) <LD(0,02) 0,704 0,016 <LD(0,0009) <LD(0,0002) 0 0 Muito ruim 60,84 Eutrófico 13,21 < 10,00 10,77 0,24 0,008 <LD(0,06) 0,004 <LD (0,01) 0,008 <LD(0,0002) 0,024 <LD(0,0002) 0,014 <LD(0,0002) 0 0 Muito ruim 62,66 Eutrófico 14,53 < 10,00 14,82 0,05 0 0 Muito ruim 65,71 Supereutrófico 14,78 < 10,00 39,31 0,19 0 0 Muito ruim 59,98 Eutrófico 73.480 10,89 < 10,00 3,41 0,77 Índice (IT) IQAc Qualidade Índice do Estado Trófico (IET) Categoria Cianobactérias (cél/mL) COT (mg.L-1) Teor de Óleos e Graxas (mg.L-1 ) Clorofila ‘a’ (µg.L-1) Salinidade (‰) 0 0 Muito ruim 57,94 Mesotrófico 17,97 < 10,00 3,89 0,57 Nitrogênio Amoniacal (mg.L-1) 0,26 0,17 0,41 - 1,01 0,38 13,13 Profundidade (m) Transparência (m) 7,0 0,80 11,0 0,45 10 1,10 11,0 0,65 10,0 0,80 6,0 0,30 11 0,60 ≤ 0,025 1, 2,3 ≤ 0,0002 1, 2,3 50.0002 ; 20.000MS ≤ 3,02,3 Virtualmente ausentes ≤ 301 1 0,5‰ ; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3 (3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH ≤ 8 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/ pH > 8,5)1; 0,40 2,3 * VLP–Valores Limites Permitidos (mg/L) para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/20051 . 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas. +ambientes lênticos, ++ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos. PIA01 – Açude Mulungu; PIA02 – Açude Esguincho; PIA03 – Açude Rio da Pedra; PIA04 – Açude Caldeirão de Parelhas; PIA 05 – Açude Carnaúba; PIA 06 –Açude Cruzeta; PIA 07 – Açude Gargalheiras; *IT e IQAc - Não determinados, observando que o Limite de Detecção – LD dos metais (Cobre, Cromo e Cádmio) é menos restritivo do que VLP definido pela Resolução CONAMA n° 357/2005, ou pelo fato de não ter sido realizado o cálculo do IQA pela ausência de algum dos nove parâmetros utilizados na ponderação do cálculo. 125 Tabela 4-16 (continuação) - Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA e IET das amostras de águas superficiais da bacia hidrográfica do Piranhas-Açu/RN. PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IQA Temperatura da amostra (0C) pH Altitude (m) OD (mg.L-1) DBO (mg.L-1) Coliformes Termotolerantes (UFC.100 mL-1) Nitrogênio Total (mg.L-1) Fósforo Total (mg.L-1) Sólidos Totais (mg.L-1) Turbidez (UNT) Índice (IQA) Qualidade VLP* PIA 08 PIA 09 PIA 10 PIA 12 PIA 13 PIA 14 28,5 6,94 29,0 6,96 27 7,29 28,2 7,8 28,4 8,4 28 8,12 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3 0,4 160,1 5,6 12,76 8,7 11,33 6,6 17,04 9,8 12,32 8,2 7,89 ;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3 ≤ 5,0 1 * 36 8 8 3 29 < 1.000 1,2,3 1,07 0,052 312 50,2 * * 0,75 4,164 588 18,6 48 Ruim 1,15 0,022 245 201 59 Boa 1,18 0,309 405,60 8,46 64 Boa 0,82 0,016 81,60 2,69 68 Boa 0,83 0,022 170,40 8 77 Boa ≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 2; ≤ 0,0623; ≤ 1001 - PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT Cobre dissolvido (mg.L-1) Chumbo Total (mg.L-1) Cromo Total (mg.L-1) Cádmio Total (mg.L-1) Zinco Total (mg.L-1) Níquel Total (mg.L-1) Mercúrio Total (mg.L-1) Índice (IT) IQAc Qualidade Índice do Estado Trófico (IET) Categoria Cianobactérias (cel/mL) COT (mg.L-1) Teor de Óleos e Graxas (mg.L-1 ) Clorofila ‘a’ (µg.L-1) Salinidade (‰) 0,384 0,004 <LD (0,06) <LD (0,02) 0,018 0,014 <LD (0,0002) 0 0 Muito ruim 56,98 Mesotrófico 8,35 < 10,00 2,96 0,15 0,122 <LD (0,01) <LD (0,06) <LD (0,02) 0,024 0,012 <LD (0,0002) 0 0 Muito ruim 74,02 Hipereutrófico 44,12 < 10,00 5,67 0,29 Nitrogênio Amoniacal (mg.L-1) 0,15 Profundidade (m) Transparência (m) 0,2 0,20 0,006 <LD (0,009) <LD (0,0011) <LD (0,007) 0,014 <LD (0,009 <LD (0,0002) * * * 59,56 Eutrófico 11,49 < 10,00 10,15 0,23 0,386 0,008 <LD (0,06) 0,004 <LD (0,001) 0,018 <LD (0,0002) 0 0 Muito ruim 67,92 Hipereutrófico 16,25 < 10,00 12,74 0,25 <LD (0,03) 0,005 <LD (0,06) <LD (0,02) 0,004 0,006 <LD (0,0002) * * * 59,00 Mesotrófico 16,26 < 10,00 12,03 0,04 <LD (0,03) <LD (0,01) <LD (0,06) <LD (0,02) 0,010 0,010 <LD (0,0002) * * * 53,95 Mesotrófico 12,76 < 10,00 1,03 0,07 0,16 - 0,79 0,26 0,33 12 0,60 12 0,50 0,50 0,50 10 0,80 11 1,40 ≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3 ≤ 0,01 1, 2,3 ≤ 0,05 1, 2,,3 ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2, ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3 ≤ 0,025 1, 2,3 ≤ 0,0002 1, 2,3 50.0002 ; 20.000MS ≤ 3,02,3 Virtualmente ausentes ≤ 301 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3 (3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH ≤ 8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/ pH > 8,5)1; 0,40 2,3 *VLP–Valores Limites Permitidos para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005 . 1Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas. + ambientes lênticos ++ ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos. PIA08 – Rio São Bento; PIA09 – Açude Dourado; PIA10 – Açude Zangalheiras; PIA12 – Rio Espinharas; PIA13 – Açude Mendubim; PIA14 – Açude Beldroega. *IT e IQAc - Não determinados, observando que o Limite de Detecção – LD dos metais (Cobre, Cromo e Cádmio) é menos restritivo do que VLP definido pela Resolução CONAMA n° 357/2005, ou pelo fato de não ter sido realizado o cálculo do IQA pela ausência de algum dos nove parâmetros utilizados na ponderação do cálculo. 126 Tabela 4-16 (continuação) - Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA e IET das amostras de águas superficiais da bacia hidrográfica do Piranhas-Açu/RN. PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IQA Temperatura da amostra (0C) pH Altitude (m) OD (mg.L-1) DBO (mg.L-1) Coliformes Termotolerantes (UFC.100 mL-1) Nitrogênio Total (mg.L-1) -1 VLP* PIA 15 PIA 16 PIA 17 PIA 18 PIA 20 PIA 21 PIA 22 27,4 7,9 113 8,4 8,17 28,5 7,8 34 7,9 2,7 28,1 8,04 30,2 8,05 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3 6,2 22,6 30,6 8,94 172 9,3 8,35 31 8,42 5,9 9,65 27,5 7,5 183 5,8 4,55 7,4 15,84 ;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3 ≤ 5,0 1 6 5 28 420 12 14 14 < 1.000 1,2,3 0,59 0,93 1,35 3,62 0,9 1,12 2,67 ≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 2; ≤ 0,0623; ≤ 1001 - Fósforo Total (mg.L ) 0,019 0,016 0,076 0,393 0,024 0,013 0,125 Sólidos Totais (mg.L-1) Turbidez (UNT) Índice (IQA) Qualidade 242,80 2,62 81 ótima 245,60 6,17 86 ótima 20044 11,5 69 Boa 18264 82,2 46 Ruim 138,40 10,9 80 ótima 251,20 5,3 71 Boa 398,80 84,2 60 Boa Cobre dissolvido (mg.L-1) Chumbo Total (mg.L-1) Cromo Total (mg.L-1) Cádmio Total (mg.L-1) Zinco Total (mg.L-1) Níquel Total (mg.L-1) Mercúrio Total (mg.L-1) Índice (IT) IQAc Qualidade Índice do Estado Trófico (IET) Categoria Cianobactérias (cel/mL) COT (mg.L-1) Teor de Óleos e Graxas (mg.L-1 ) Clorofila ‘a’ (µg.L-1) <LD (0,03) 0,002 <LD (0,06) <LD (0,02) <LD (0,01) <LD (0,01) <LD (0,0002) * * * 54,66 Mesotrófico 0,064 0,008 0,032 0,04 0,145 0,164 <LD (0,0002) 0 0 Muito ruim 56,43 Mesotrófico 1741 <LD (0,2) < 10,00 2,08 0,036 0,006 0,028 0,04 <LD (0,01) 0,148 <LD (0,0002) 0 0 Muito ruim 73,70 Hipereutrófico 7290 <LD (0,2) < 10,00 42,00 <LD (0,03) 0,008 <LD (0,06) 0,004 0,020 0,008 <LD (0,0002) 0 0 Muito ruim 51,5 Oligotrófico 368.055 8,58 < 10,00 0,34 <LD (0,03) 0,008 <LD (0,06) 0,004 0,016 0,002 <LD (0,0002) 0 0 Muito ruim 59,47 Eutrófico 786.445 10,49 < 10,00 18,75 0,074 0,005 <LD (0,06) <LD (0,02) <LD (0,01) 0,010 <LD (0,0002) 0 0 Muito ruim 68,15 Hipereutrófico 15,2 < 10,00 1,65 0,064 0,010 <LD (0,06) <LD (0,02) 0,010 <LD (0,01) <LD (0,0002) 0 0 Muito ruim 52,33 Mesotrófico 1496 14,58 < 10,00 0,79 Salinidade (‰) 0,17 0,14 19,01 15,89 0,04 0,14 0,27 Nitrogênio Amoniacal (mg.L-1) 0,11 0,08 <LD (0,02) <LD (0,02) 0,13 0,13 0,87 Profundidade (m) Transparência (m) 9 0,85 8 0,85 - - 10 0,6 11 0,6 0,5 0,50 PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT 16,23 < 10,00 23,14 ≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3 ≤ 0,01 1, 2,3 ≤ 0,05 1, 2,,3 ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2, ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3 ≤ 0,025 1, 2,3 ≤ 0,0002 1, 2,3 50.0002 ; 20.000MS ≤ 3,02,3 Virtualmente ausentes ≤ 301 1 0,5‰ ; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3 (3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH ≤ 8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/ pH > 8,5)1; 0,40 2,3 *VLP–Valores Limites Permitidos para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005 . 1Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas. + ambientes lênticos ++ ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos. PIA15 – Açude Novo Angicos; PIA16 – Açude Pataxós; PIA17 – Estuário Macau; PIA18 – Rio dos Cavalos; PIA20 – Açude Santo Antonio (S. J. Sabuji); PIA21 – Açude Itans; PIA22 – Rio Seridó. *IT e IQAc - Não determinados, observando que o Limite de Detecção – LD dos metais (Cobre, Cromo e Cádmio) é menos restritivo do que VLP definido pela Resolução CONAMA n° 357/2005, ou pelo fato de não ter sido realizado o cálculo do IQA pela ausência de algum dos nove parâmetros utilizados na ponderação do cálculo. 127 Tabela 4-16 (continuação) - Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA e IET das amostras de águas superficiais da bacia hidrográfica do Piranhas-Açu/RN. PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IQA Temperatura da amostra (0C) pH Altitude (m) OD (mg.L-1) DBO (mg.L-1) Coliformes Termotolerantes (UFC.100 mL-1) Nitrogênio Total (mg.L-1) PIA 27 VLP* PIA 23 PIA 24 PIA 25 PIA 26 PIA 28 27,2 6,68 281 8 8,4 28,7 8,09 31 8,08 95 8,7 12,75 29,3 7,92 29 7,81 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3 8,6 8,86 29,7 8,95 177 10,9 17,34 6,2 18,9 6,7 17,46 ;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3 ≤ 5,0 1 3 13 6 4 72 153 < 1.000 1,2,3 1,26 0,63 0,96 1,04 1,38 1,68 Fósforo Total (mg.L-1) 0,021 0,315 0,056 0,021 0,024 0,155 Sólidos Totais (mg.L-1) Turbidez (UNT) Índice (IQA) Qualidade 226,40 166 64 Boa 417,20 3,92 57 Boa 301,20 3,6 59 Boa 226,40 2,41 77 Boa 40.580,00 2,10 65 Boa 39.360 2,4 62 Boa ≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; 2 ≤0,124 ; ≤ 0,0623; ≤ 1001 - Cobre dissolvido (mg.L-1) Chumbo Total (mg.L-1) <LD (0,0016) 0,010 <LD (0,02) <LD (0,01) 0,002 <LD (0,01) 0,068 0,010 0,019 0,008 0,066 0,010 ≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3 ≤ 0,01 1, 2,3 Cromo Total (mg.L-1) <LD (0,0011) < LD (0,06) <LD (0,06) 0,068 0,064 0,062 PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT -1 Cádmio Total (mg.L ) Zinco Total (mg.L-1) Níquel Total (mg.L-1) Mercúrio Total (mg.L-1) Índice (IT) IQAc Qualidade Índice do Estado Trófico (IET) Categoria Cianobactérias (cel/mL) COT (mg.L-1) Teor de Óleos e Graxas (mg.L-1 ) Clorofila ‘a’ (µg.L-1) <LD (0,0007) 0,268 <LD (0,0009) <LD (0,0002) 0 0 Muito ruim 57,30 Mesotrófico 280.785 12,69 < 10,00 4,27 <LD (0,02) <LD (0,01) 0,012 <LD (0,0002) * * * 51,60 Oligotrófico 12,63 < 10,00 0,29 0,004 0,016 0,006 <LD (0,0002) 0 0 Muito ruim 63,68 Supereutrófic 350.760 13,99 < 10,00 17,19 <LD (0,02) 0,010 0,006 <LD (0,0002) 0 0 Muito ruim 57,30 Mesotrófico 15,75 < 10,00 4,27 0,087 0,087 0,428 <LD (0,0002) 0 0 Muito ruim 53,16 Mesotrófico <LD (0,2) < 10,00 1,95 Salinidade (‰) 0,14 0,28 0,18 0,14 26,10 Nitrogênio Amoniacal (mg.L-1) 0,06 0,27 0,28 0,06 0,07 Profundidade (m) Transparência (m) 19 0,6 0,5 0,5 10 0.6 15 0,8 - 0,108 <LD (0,01) 0,402 <LD (0,0002) 0 0 Muito ruim 60,95 Eutrófico 90 <LD (0,2) < 10,00 3,85 34,33 <LD (0,02) ≤ 0,05 1, 2,,3 1 ≤ 0,001 ; ≤ 0,005 2, ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3 ≤ 0,025 1, 2,3 ≤ 0,0002 1, 2,3 50.0002 ; 20.000MS ≤ 3,02,3 Virtualmente ausentes ≤ 301 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3 (3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH ≤ 8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/ pH > 8,5)1; 0,40 2,3 0,5 - *VLP–Valores Limites Permitidos para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005 . 1Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas. + ambientes lênticos ++ ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos. PIA23 – Açude Boqueirão de Parelhas; PIA24 – Rio Seridó; PIA25 – Açude Passagem das Traíras; PIA26 – Boqueirão de Angicos; PIA27 – Rio Camuruim (estuário Guamaré); PIA28 – Rio das Conchas (estuário Porto do Mangue). *IT e IQAc - Não determinados, observando que o Limite de Detecção – LD dos metais (Cobre, Cromo e Cádmio) é menos restritivo do que VLP definido pela Resolução CONAMA n° 357/2005, ou pelo fato de não ter sido realizado o cálculo do IQA pela ausência de algum dos nove parâmetros utilizados na ponderação do cálcul PIA01 – Açude Público Mulungu O ponto PIA01 é referente ao Açude Mulungu, localizado no município de Currais Novos. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os Valores Limites Permitidos - VLP para enquadramento das águas salobras, Classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005 (salinidade 0,57 ‰). O ponto de coleta apresentou profundidade de 7 m e 0,8 m de transparência (profundidade Secchi). No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra foi de 27,4 ºC. O pH da amostra (7,53) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas salobras, Classe 1 (que varia de 6,5 a 8,5). O teor medido de Óleos e Graxas – TOG apresentou concentração abaixo do limite de detecção do método (< 10 mg/L). O mesmo não é um parâmetro mensurável na resolução citada. O padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausentes. A concentração de Sólidos Totais - ST foi de 788,0 mg/L, valor este aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD. ST não é um parâmetro de controle para águas interiores segundo a Resolução CONAMA 357/2005. A Turbidez analisada foi de 70,8 UNT (a Resolução CONAMA não define VLP para esta Classe). As concentrações de OD e DBO foram de 7,1 e 11,9 mg/L respectivamente. O valor de OD esteve portanto acima do VLP mínimo que é de 5 mg/L para águas salobras Classe 1. Para o Carbono Orgânico Total (COT), o valor encontrado foi 17,97 mg/L e encontra-se fora da faixa definida para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. A concentração de fósforo (0,028 mg/L) encontra-se dentro do VLP de referência para águas salobras Classe 1 (≤ 0,124 mg/L). A concentração de nitrogênio foi de 0,73 mg/L, não se dispõe de VLP para este parâmetro. O valor para nitrogênio amoniacal foi de 0,26 mg/L situando-se dentro do VLP que é de até 0,4 mg/L para águas salobras e salinas Classe 1. A clorofila ‘a’ apresentou concentração de 3,89µg/L. As concentrações de metais estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental, com exceção do Cobre dissolvido (0,19 mg/L) cujo VLP é 0,005 mg/L, segundo a Resolução CONAMA para águas salobras e salinas Classe 1. Cabe destacar que embora o Cromo tenha apresentado concentração abaixo do Limite de Detecção do Equipamento, esse LD ainda é maior que o VLP estabelecido pelo CONAMA, não podendo assegurar com absoluta certeza o atendimento à Resolução. O valor para coliformes termotolerantes (6 UFC/100mL) se encontra abaixo dos padrões estabelecido pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000 NMP/100mL). Este ponto não foi selecionado para o monitoramento de cianobactérias. 129 O IQA calculado (66) corresponde a condição de qualidade BOA neste ponto. Para esta estação o Índice de Toxicidade calculado - IT foi igual a zero (0) devido ao valor de Cobre ter ultrapassado o VLP permitido pela legislação. Desta forma, o Índice de Qualidade de Água combinado - IQAc classifica esta estação com uma qualidade MUITO RUIM. O IET calculado, considerando a ponderação do Fósforo total e clorofila a, foi de 57,94 que corresponde a um corpo d’ água na condição de MESOTRÓFICO. PIA02 – Açude Público Esguincho O ponto PIA02 refere-se ao açude Esguincho, localizado no município de Ouro Branco. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos-VLP para enquadramento das águas doces, Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida (0,17‰). O ponto de coleta apresentou profundidade de 11 m e 0,45 m de transparência. No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra foi de 27,7°C. O pH da amostra (8,05) situou-se dentro da faixa de enquadramento para águas doces, Classe 2. O teor medido de Óleos e Graxas – TOG apresentou concentração abaixo do limite de detecção do método (< 10 mg/L). A concentração de sólidos totais foi de 55,20 mg/L. Este valor pode ser aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD. A Turbidez apresentou valor de 15,8 UNT estando abaixo do VLP para a já citada classe de águas (≤ 100 UNT). A concentração de oxigênio dissolvido (68,2 mg/L) foi superior ao VLP mínimo de referência para as águas doces de classe 2 (≥ 5 mg/L). A DBO calculada (9,65 mg/L) ultrapassou o limite mínimo estabelecido para a referida classe de águas (≤ 5 mg/L). Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT. O valor obtido para este parâmetro foi 13,88 mg/L. Entretanto, encontra-se dentro da faixa esperada para mananciais de águas superficiais, que varia de 1 a 20 mg/L segundo Libânio (2005). O padrão de COT para as águas salobras e salinas Classe 1 é de até 3,0 mg/L. O valor obtido para fósforo total (0,069 mg/L) ultrapassou o VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 1,06 mg/L (não se dispõe de VLP de referência para este parâmetro). O valor para nitrogênio amoniacal foi de 0,17 mg/L situando-se dentro do VLP que é de até 2,0 mg/L para 7,5 < pH ≤ 8. A clorofila ‘a’ medida (21,43 µg/L), apresentou-se abaixo do VLP (30 µg/L). As concentrações de metais estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental, com exceção do Cobre dissolvido (0,14 mg/L) e do Chumbo Total (0,18 mg/L) cujos VLP’s são de 0,009 e 0,01 mg/L respectivamente. Cabe destacar que embora o Cromo e o Cádmio tenham apresentado concentração abaixo do Limite de Detecção do método, esse LD ainda é maior que o VLP estabelecido pelo CONAMA não se podendo assegurar o atendimento à Resolução. 130 Para Coliformes Termotolerantes a amostra apresentou ausência. Este ponto não foi selecionado para o monitoramento de cianobactérias. O IQA calculado (75) corresponde a condição de qualidade BOA neste ponto. O IT foi igual a zero (0) devido ao valor de Cobre e Chumbo terem ultrapassado o limite permitido pela legislação. O Índice de Qualidade de Água combinado - IQAc classifica esta estação em uma qualidade MUITO RUIM. O IET calculado, considerando a ponderação para o fósforo total e a clorofila ‘a’, foi de 64,85 que corresponde a um corpo d’água no estado SUPEREUTRÓFICO. PIA03 – Açude Público Rio da Pedra O ponto PIA03 é referente ao Açude Rio da Pedra localizado no município de Santana dos Matos. A salinidade medida (0,15 ‰) permite a comparação dos resultados com os valores limites permitidos – VLP para enquadramento das águas doces, Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. O ponto de coleta apresentou profundidade de 10 m e 1,10 m de transparência. No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra foi de 30,7°C. O pH da amostra (8,07) situou-se dentro da faixa de enquadramento para águas doces, Classe 2 (6,0 a 9,0). O teor medido de Óleos e Graxas – TOG apresentou concentração abaixo do limite de detecção do método (< 10 mg/L). A concentração de sólidos totais foi de 279,20 mg/L e inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L). O valor obtido pode ser considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518MS (≤ 1.000 mg/L STD). A Turbidez apresentou valor de 177 UNT ultrapassando o VLP definido para águas doces Classe 2 (≤ 100 UNT). A concentração de oxigênio dissolvido (8,7 mg/L) foi superior ao VLP mínimo de referência para as águas doces de classe 2 (≥ 5 mg/L). A DBO calculada (2,32 mg/L) também atendeu ao limite mínimo estabelecido para a referida classe (≤ 5 mg/L). Para o COT, o valor obtido foi de 11,91 mg/L, e encontra-se dentro da faixa esperada para mananciais de águas superficiais, que varia de 1 a 20 mg/L segundo Libânio (2005). O padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. A Resolução CONAMA 357/05 não estabelece valor padrão deste parâmetro para águas doces. O valor obtido para fósforo total (0,016 mg/L) situou-se abaixo do VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 0,61 mg/L (não se dispõe de VLP de referência para este parâmetro). O valor para nitrogênio amoniacal foi de 0,41 mg/L situando-se dentro do VLP que é de até 2,0 mg/L para 7,5 < pH ≤ 8,0. A clorofila ‘a’ medida (2,04 µg/L), apresentou-se abaixo do VLP (30 µg/L). As concentrações de metais estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental, com exceção do Chumbo Total (0,015 mg/L), que ultrapassou marginalmente o VLP da Resolução CONAMA (0,01mg/L). Salientando que embora os metais Cobre, Cromo e Cádmio tenham apresentado 131 concentração abaixo do Limite de Detecção do Equipamento, o LD do equipamento é maior que o VLP estabelecido pelo CONAMA não podendo assegurar com absoluta certeza o atendimento à Resolução. O valor para coliformes termotolerantes foi de apenas 1 UFC/100mL, e permanece abaixo do padrão estabelecido pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000 NMP/100mL). Este ponto não foi selecionado para o monitoramento de cianobactérias. O IQA calculado (89) corresponde a condição de qualidade ÓTIMA neste ponto. O IT foi igual a zero (0) devido ao valor de Chumbo ter ultrapassado o limite permitido pela legislação. Desta forma, o Índice de Qualidade de Água combinado - IQAc classifica esta estação com uma qualidade MUITO RUIM. O IET calculado, considerando a ponderação para o fósforo total e a clorofila ‘a’, foi de 54,66 que corresponde a um corpo d’água no estado MESOTRÓFICO. PIA04 – Açude Público Caldeirão de Parelhas O ponto PIA04 refere-se ao açude Caldeirão de Parelhas localizado no município de Parelhas. A salinidade medida (0,24 ‰) permite a comparação dos resultados com os valores limites permitidos – VLP para enquadramento das águas doces, Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. No momento da coleta, o ponto apresentou profundidade de 11 m e 0,65 m de transparência (profundidade do Secchi). No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra foi de 27,1°C e o pH (7,4) situou-se dentro da faixa de enquadramento para águas doces, Classe 2 (6,0 a 9,0). O Teor de Óleos e Graxas – TOG, esteve abaixo do limite de detecção do método (< 10 mg/L), o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo. A concentração de sólidos totais foi de aproximadamente 302,00 mg/L, inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L) e aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD. A Turbidez apresentou valor de 60 UNT estando dentro do VLP definido para águas doces Classe 2 (≤ 100 UNT). O valor observado para o Oxigênio Dissolvido (8,4 mg/L) foi superior ao mínimo estabelecido pela resolução (≥ 5 mg/L). Entretanto, a Demanda Bioquímica de Oxigênio – DBO (12,79 mg/L), encontrase fora do limite requerido (≤ 5 mg/L). Para o COT, o valor obtido foi de 11,65 mg/L, e encontra-se dentro da faixa esperada para mananciais de águas superficiais, que varia de 1 a 20 mg/L segundo Libânio (2005). O padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. A Resolução CONAMA 357/05 não estabelece valor padrão deste parâmetro para águas doces. A concentração de Fósforo Total (0,032 mg/L) apresentou-se marginalmente acima do limite máximo de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 0,87 mg/L. A clorofila ‘a’ (10,77 µg/L), permaneceu abaixo VLP que admite até 30µg/L. As concentrações de metais estiveram dentro do limite permitido pela legislação ambiental, com exceção do Zinco Total o qual apresentou concentração de 0,704 mg/L e cujo VPL é de 0,18 mg/L. Salientando que embora Cobre, Cromo e Cádmio tenham apresentado concentração abaixo do Limite de 132 Detecção do Equipamento, o LD do equipamento é maior que o VLP estabelecido pelo CONAMA não podendo assegurar com absoluta certeza o atendimento à Resolução com relação a esses parâmetros. O valor para coliformes termotolerantes (5 UFC/100mL) se encontra bem abaixo do padrão estabelecido pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000 NMP/100mL). Este ponto não foi selecionado para o monitoramento de cianobactérias. O IQA calculado (60) corresponde a condição de qualidade BOA neste ponto. O IT foi igual a zero (0) devido ao valor de Zinco ter ultrapassado o limite permitido pela legislação. Desta forma, o Índice de Qualidade de Água combinado - IQAc classifica esta estação com uma qualidade MUITO RUIM. O IET calculado, considerando a ponderação para o fósforo total e a clorofila ‘a’, foi de 60,84, o que corresponde a um corpo d’água no estado EUTRÓFICO. PIA05 – Açude Público Carnaúba O ponto PIA05 refere-se ao açude Carnaúba localizado no município de São João do Sabugi. Considerando que a salinidade medida na amostra foi de 0,05‰, os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos-VLP para enquadramento das águas doces, Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. O ponto de coleta apresentou profundidade de 10m e 0,8m de transparência (profundidade do Secchi). No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra foi de 29,1°C, e o pH (7,84), situou-se dentro da faixa de enquadramento para águas doces, Classe 2. O Teor de Óleos e Graxas – TOG, apresentou-se abaixo do limite de detecção do método (< 10 mg/L), o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo. A concentração de Sólidos Totais foi de 320,0 mg/L, inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L) e aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD. O valor observado para o OD foi de 7,0 mg/L, estando portanto, acima da concentração mínima definida pela Resolução (≥ 5 mg/L). A DBO calculada (10,3 mg/L) esteve fora do VLP definido pela da referida Resolução que é de até 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido (14,53 mg/L) encontra-se dentro da faixa esperada para mananciais de águas superficiais, que varia de 1 a 20 mg/L segundo Libânio (2005). No entanto, considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas Classe 1 é de até 3,0 mg/L, este valor pode ser considerado alto. O Fósforo Total (0,045 mg/L) esteve acima do limite máximo de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). Para o Nitrogênio Total a concentração analisada foi de 0,115 mg/L (não se dispõe de VLP de referência para este parâmetro). O Nitrogênio Amoniacal foi de 1,01 mg/L estando portanto, abaixo do VLP que é de 2,0 mg/L para 7,5 < pH ≤ 8,0. A clorofila ‘a’ medida (14,82 µg/L) esteve abaixo do VLP (30 µg/L). 133 As concentrações de metais estiveram dentro do limite permitido pela legislação ambiental, com exceção do Cobre Dissolvido (0,216 mg/L) e do Chumbo Total (0,016 mg/L) cujos VLP’s são de 0,009 e 0,01 mg/L respectivamente. Cabe destacar que embora o Cádmio Total tenha apresentado concentração abaixo do Limite de Detecção do método (LD – 0,02 mg/L), esse LD é maior que o VLP estabelecido pelo CONAMA não podendo assegurar com absoluta certeza o atendimento à Resolução. O valor para coliformes termotolerantes (62 UFC/100mL) se encontra dentro da faixa estabelecida pela Resolução CONAMA 357/2005 (< 1.000 NMP/100mL). Este ponto não foi selecionado para o monitoramento de cianobactérias. O Índice de Toxicidade - IT foi igual a zero (0) devido os valores de Cobre e Chumbo terem ultrapassado o VLP definido pela legislação. Desta forma, o Índice de Qualidade de Água combinado IQAc classificou esta estação com uma qualidade MUITO RUIM. O IET calculado considerando a ponderação das concentrações de Fósforo Total e Clorofila a, foi de 62,66 que corresponde a um corpo d’água na condição EUTRÓFICO. PIA06 – Açude Público Cruzeta O ponto PIA06 é referente ao Açude Cruzeta, localizado no município de Cruzeta. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos-VLP para enquadramento das águas doces, Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005, visto que a Salinidade medida foi de 0,19 ‰. O ponto de coleta apresentou profundidade de 6,0 m e 0,3 m de transparência. No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra medida foi de 27,8ºC. O pH da amostra (8,48) situou-se dentro da faixa de enquadramento para águas doces, Classe 2 (6,0 a 9,0). O Teor de Óleos e Graxas – TOG, esteve abaixo do limite de detecção do método (< 10 mg/L), salientando que TOG não é um parâmetro mensurável na resolução citada. O padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausentes. A concentração de Sólidos Totais foi de 309,20 mg/L, inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L) e aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD. O Oxigênio Dissolvido (6,4mg/L) esteve acima do valor mínimo definido pela Resolução CONAMA 357/2005 (mínimo de 5 mg/L). Entretanto a DBO (14,86 mg/L) ultrapassou o VLP da Referida Resolução (≤ 5 mg/L). A concentração de Carbono Orgânico Total - COT foi de 14,78 mg/L. De acordo com Libânio (2005), encontra-se dentro da faixa esperada para mananciais de águas superficiais, que varia de 1 a 20 mg/L. Para as águas doces Classe 2, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece um valor padrão para COT, entretanto o VLP de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. O Fósforo Total (0,056 mg/L) esteve acima do limite máximo de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). Para o Nitrogênio Total a concentração analisada foi de 1,16 mg/L (não se dispõe de VLP 134 de referência para este parâmetro). O valor para Nitrogênio Amoniacal foi de 0,38 mg/L situando-se dentro do VLP que é de até 1,0 mg/L para 8,0 < pH ≤ 8,5. A concentração de Clorofila ‘a’ foi de 39,31 µg/L, ultrapassando portanto o VLP para a referida classe de águas que é de até 30 µg/L. As concentrações de metais estiveram dentro do limite permitido pela legislação ambiental, com exceção do Cobre Dissolvido (0,706 mg/L) e do Cádmio Total (0,004 mg/L) cujos VLP’s são de 0,009 e 0,001 mg/L respectivamente. Cabe destacar que embora o Cromo Total tenha apresentado concentração abaixo do Limite de Detecção do método (LD – 0,02 mg/L), esse LD é maior que o VLP estabelecido pelo CONAMA não podendo assegurar com absoluta certeza o atendimento à Resolução. O valor quantificado para Coliformes Termotolerantes (8 UFC/100mL) apresentou-se bem abaixo do valor de enquadramento estabelecido pela CONAMA 357/2005 (< 1.000 NMP/100mL). O IQA calculado (67) corresponde a condição de qualidade BOA neste ponto. O Índice de Toxicidade IT foi igual a zero (0) devido ao valor dos metais Cobre e Cádmio terem ultrapassado o limite permitido pela legislação. Desta forma, o Índice de Qualidade de Água combinado - IQAc classifica esta estação com uma qualidade MUITO RUIM. O IET calculado, considerando a ponderação do Fósforo Total e Clorofila a, foi de 65,71 que corresponde a um corpo d’água na condição SUPEREUTRÓFICO. PIA07 – Açude Público Gargalheiras O ponto PIA07 refere-se ao Açude Gargalheiras localizado no município de Acari. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os Valores Limites Permitidos - VLP para enquadramento das águas salobras, Classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005 (salinidade 0,77 ‰). O ponto de coleta apresentou profundidade de 11 m e 0,6 m de transparência (profundidade Secchi). No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra foi de 26,4ºC. O pH da amostra (6,13) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas salobras, Classe 1 (que varia de 6,5 a 8,5). O Teor de Óleos e Graxas – TOG apresentou concentração abaixo do limite de detecção do método (< 10 mg/L). O mesmo não é um parâmetro mensurável na resolução citada. O padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausentes. A concentração de Sólidos Totais - ST foi de 1.232 mg/L. ST não é um parâmetro de controle para águas interiores segundo a Resolução CONAMA 357/2005. A Turbidez analisada foi de 161 UNT (a Resolução CONAMA não define VLP para a referida Classe de enquadramento). As concentrações de OD e DBO foram de 5,9 e 7,32 mg/L respectivamente. O valor de OD esteve portanto acima do VLP mínimo que é de 5 mg/L para águas salobras Classe 1. 135 Para o Carbono Orgânico Total (COT), o valor encontrado foi 10,89 mg/L e encontra-se fora da faixa definida para as águas salobras e salinas de Classe 1 é de até 3,0 mg/L. A concentração de fósforo (0,061 mg/L) encontra-se dentro do VLP de referência para águas salobras Classe 1 (≤ 0,124 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 0,70 mg/L, a Resolução CONAMA não determina um VLP para este parâmetro. O valor para nitrogênio amoniacal foi de 13,13 mg/L ultrapassando o VLP que é de até 0,4 mg/L para águas salobras e salinas Classe 1. A clorofila ‘a’ apresentou concentração de 3,41 µg/L. As concentrações de metais estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental, com exceção do Cobre dissolvido (0,078 mg/L) cujo VLP é 0,005 mg/L, segundo a Resolução CONAMA para águas salobras e salinas Classe 1. Cabe destacar que embora o Cromo tenha apresentado concentração abaixo do Limite de Detecção do Equipamento, esse LD ainda é maior que o VLP estabelecido pelo CONAMA, não podendo assegurar com absoluta certeza o atendimento à Resolução. O valor para coliformes termotolerantes (13 UFC/100mL) se encontra dentro da faixa estabelecida pela Resolução CONAMA 357/2005 (< 1.000 NMP/100mL). A densidade de cianobactérias foi de 73.480 céls/mL, ultrapassando o limite estabelecido pela Resolução 357/2005 CONAMA para as águas doces de classe 2 (50.000 cel/mL) e pela Portaria 518/2004-MS (20.000 células/mL). O IQA calculado (55) corresponde a condição de qualidade BOA neste ponto. Para esta estação o Índice de Toxicidade calculado - IT foi igual a zero (0) devido ao valor de Cobre ter ultrapassado o VLP definido pela legislação. Desta forma, o Índice de Qualidade de Água combinado - IQAc classifica esta estação com uma qualidade MUITO RUIM. O IET calculado, considerando a ponderação do Fósforo total e clorofila a, foi de 59,98 que corresponde a um corpo d’água na condição de EUTRÓFICO. Nas amostras de sedimento do açude Gargalheiras, os resultados estiveram abaixo dos limites estabelecido na Resolução CONAMA 344/2004, para a referida Classe de águas (Tabela 4-17). Tabela 4-17 – Concentrações dos metais para as amostras de sedimento do açude Gargalheiras. VLP* PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IT PIA 07.1 PIA 07.2 PIA 07.3 Cádmio Total (mg/Kg) 1,2 0,10 < LD (0,02) < LD (0,02) Chumbo Total (mg/Kg) 46,7 < LD (0,01) 0,10 < LD (0,01) Cobre dissolvido (mg/Kg) 34 1,93 1,94 1,67 Cromo Total (mg/Kg) 81 0,10 < LD (0,06) < LD (0,06) Mercúrio Total (mg/Kg) < LD (0,0002) < LD (0,0002) < LD (0,0002) 0,15 Níquel Total (mg/Kg) 20,9 0,05 0,50 0,15 Zinco Total (mg/Kg) 150 1,9 1,88 1,83 * VLP–Valores Limites Permitidos em mg/Kg para água salina-salobra Nível 1, segundo Resolução CONAMA N° 344/2004. 136 PIA08 – Rio São Bento O PIA08 é referente ao Rio São Bento localizado a jusante do município de Currais Novos. De acordo com a sua salinidade (0,15 ‰), os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos-VLP para enquadramento das águas doces, Classe 2 da Resolução CONAMA 357/2005. Este ponto é de baixa profundidade (cerca de 20 cm de lâmina de água). Observou-se no momento da coleta ligações de esgotos sanitários, fluindo na calha do rio. A temperatura da amostra foi de 28,5°C. O pH da amostra (6,94) situou-se dentro do esperado para enquadramento de águas doces, Classe 2 (6,0 a 9,0). O Teor de Óleos e Graxas esteve abaixo do limite de detecção do método (< 10 mg/L), salientando que TOG não é um parâmetro mensurável na resolução citada. O padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo. O valor da turbidez (50,2 UNT) esteve abaixo do VLP para a já citada classe de águas (≤ 100 UNT). A concentração de Sólidos Totais foi de 312,0 mg/L, foi inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L) e aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD. O Oxigênio Dissolvido (0,4 mg/L) esteve bem abaixo do valor mínimo definido pela Resolução CONAMA 357/2005 (mínimo de 5 mg/L) e a DBO (160,1 mg/L) ultrapassou consideravelmente o VLP da Resolução (≤ 5 mg/L). Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, entretanto, o valor obtido (8,35 mg/L) pode ser considerado elevado, considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. No entanto, encontra-se dentro da faixa esperada para mananciais de águas superficiais, que varia de 1 a 20 mg/L segundo Libânio (2005). A concentração de Fósforo Total (0,052 mg/L) esteve abaixo do limite estabelecido para ambientes lóticos (≤ 0,1 mg/L). A concentração de Nitrogênio Total foi de 1,07 mg/L, não se dispondo de padrão de referência para este parâmetro. A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para pH ≤ 7,5 o nitrogênio amoniacal deve ter no máximo 3,7 mg/L. Dessa forma, o valor encontrado para esse parâmetro (0,15 mg/L) encontra-se dentro do limite estabelecido pela Resolução. A clorofila ‘a’ apresentou concentração de 2,96 µg/L e permanece abaixo do valor limite permitido pelo CONAMA para a referida classe de águas. A exceção do Cobre Dissolvido, que obteve uma concentração de 0,384 mg/L quando o VLP de referência é de no máximo 0,009 mg/L e salientando que embora Cromo e o Cádmio tenham apresentado concentração abaixo do Limite de Detecção do Equipamento, com LD maior que o VLP estabelecido pelo CONAMA, não podendo assegurar com absoluta certeza o atendimento à Resolução quanto as suas concentrações, os demais metais estiveram dentro do limite permitido pela legislação ambiental. Não foi possível quantificar o valor encontrado para Coliformes Termotolerantes devido apresentar número incontável de colônias, o que impossibilitou também o cálculo do IQA. O IT foi igual a zero (0) devido ao valor de Cobre ter ultrapassado VLP da Resolução. Desta forma, o Índice de Qualidade de Água combinado - IQAc classifica esta estação em uma qualidade MUITO RUIM. 137 O IET calculado, considerando a ponderação do Fósforo Total e Clorofila a, foi de 56,98 que corresponde a um corpo d’água na condição MESOTRÓFICO. PIA09 – Açude Público Dourado O ponto PIA09 refere-se ao Açude Dourado localizado no município de Currais Novos. A salinidade medida (0,29 ‰) permite a comparação dos resultados com os valores limites permitidos – VLP para enquadramento das águas doces, Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. No momento da coleta, o ponto apresentou profundidade de 12 m e 0,6 m de transparência. No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra medida foi de 27,0 ºC. O pH da amostra (7,29) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces, Classe 2. O teor de Óleos e Graxas esteve abaixo do limite de detecção do método (< 10 mg/L), salientando que OG não é um parâmetro mensurável na Resolução citada. O padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausentes. A concentração de Sólidos Totais foi de aproximadamente 245,0 mg/L, valor este aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD. O valor obtido da Turbidez (18,6 UNT) esteve abaixo do VLP para a já citada classe de águas (≤ 100 UNT). O valor estabelecido de OD para as águas doces de Classe 2 deve ser superior a 5 mg/L, a concentração de oxigênio dissolvido medida (5,6 mg/L) encontra-se dentro dos valores de enquadramento. No entanto, a DBO (12,76 mg/L) está bem acima do valor máximo definido pela Resolução que é de até 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, entretanto, o valor obtido (44,12 mg/L) foi elevado, considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L, e também se encontra fora da faixa esperada para mananciais de águas superficiais, que varia de 1 a 20 mg/L segundo Libânio (2005). A concentração de Fósforo Total (4,164 mg/L) esteve consideravelmente acima do limite estabelecido para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de Nitrogênio Total foi de 0,75 mg/L (não se dispõe de VLP de referência). A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para pH ≤ 7,5, o nitrogênio amoniacal deve ter no máximo 3,7 mg/L. Dessa forma, o valor encontrado para esse parâmetro (0,16 mg/L) permaneceu dentro do limite estabelecido. A clorofila ‘a’ (5,67 µg/L) encontrase abaixo do valor estabelecido pela referida Resolução (que admite até 30 µg/L). Dos metais analisados, apenas Cobre Dissolvido (0,122 mg/L) apresentou concentração acima do valor de referência (0,009 mg/L). Cabe destacar que embora o Cromo e o Cádmio tenham apresentado concentração abaixo do Limite de Detecção do Equipamento, o LD do equipamento é menos restritivo que o VLP estabelecido pelo CONAMA, não podendo assegurar com absoluta certeza o atendimento à Resolução quanto às concentrações desses metais. O valor encontrado para Coliformes Termotolerantes (36 UFC/100mL) apresentou-se bem abaixo do valor de enquadramento estabelecido pela Resolução CONAMA 357/2005 (< 1.000 NMP/100mL). 138 O IQA calculado (48) corresponde a condição de qualidade REGULAR neste ponto. Para essa estação o Índice de Toxicidade - IT calculado foi igual a zero (0) devido ao valor de Cobre ter ultrapassado o VLP definido pela legislação. Desta forma, o Índice de Qualidade de Água combinado - IQAc classifica esta estação com uma qualidade MUITO RUIM. O Índice de Toxicidade - IT foi igual a zero (0) devido ao valor de Cobre ter ultrapassado VLP da Resolução. Desta forma, o Índice de Qualidade de Água combinado - IQAc classifica esta estação em uma qualidade MUITO RUIM. O IET calculado, considerando a ponderação do Fósforo Total e Clorofila a, foi de 74,02 que corresponde a um corpo d’água na condição HIPEREUTRÓFICO. PIA10 – Açude Público Zangalheiras O ponto PIA10 refere-se ao Açude Zangalheiras localizado no município de Jardim do Seridó. A salinidade medida (0,23 ‰) permite a comparação dos resultados com os valores limites permitidos – VLP para enquadramento das águas doces, Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Este ponto apresentou profundidade 12 m e 0,5 m de transparência. No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra medida foi de 27,0 ºC. O pH da amostra (7,29) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces, Classe 2. O teor de Óleos e Graxas esteve abaixo do limite de detecção do método (< 10 mg/L), salientando que OG não é um parâmetro mensurável na Resolução citada. O padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausentes. A concentração de Sólidos Totais foi de 245,0 mg/L, inferior ao VLP para Sólidos Totais Dissolvidos - STD (≤ 500 mg/L) e aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD. No entanto, a Turbidez (201 UNT) ultrapassou o VLP para a já citada classe de águas (≤ 100 UNT). A concentração de Oxigênio Dissolvido (8,7 mg/L) foi superior ao VLP mínimo de referência para as águas doces de classe 2 (≥ 5 mg/L). A DBO (11,33 mg/L) ultrapassou o limite máximo estabelecido para a referida classe de águas (≤ 5 mg/L). Para águas doces Classe 2, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, entretanto, o valor analisado (11,49 mg/L) pode ser considerado elevado, considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de Classe 1 é de até 3,0 mg/L. No entanto, encontra-se dentro da faixa esperada para mananciais de águas superficiais, que varia de 1 a 20 mg/L segundo Libânio (2005). A concentração de Fósforo Total (0,022 mg/L) situou-se dentro do limite estabelecido para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). O Nitrogênio Total foi de 1,15 mg/L (não se dispõe de VLP para este parâmetro. A clorofila ‘a’ (10,15 µg/L) esteve abaixo do VLP (≤ 30 µg/L). As concentrações dos metais pesados analisados estiveram dentro do VLP definido pela legislação. Entretanto cabe destacar que embora o Cobre, Cromo e o Cádmio tenham apresentado concentração 139 abaixo do Limite de Detecção do Equipamento, esse LD ainda é maior que o VLP estabelecido pelo CONAMA, não podendo assegurar com absoluta certeza o atendimento à Resolução. O valor encontrado para coliformes termotolerantes foi de 8 UFC/100 mL estando dentro do valor de referência (< 1000 NMP/100 mL). O IQA calculado (59) corresponde a condição de qualidade BOA neste ponto. O IET calculado, considerando a ponderação do Fósforo Total e Clorofila a, foi de 59,56 correspondendo a um corpo d’água na condição EUTRÓFICO. PIA12 – Rio Espinharas O ponto PIA12 refere-se ao Rio Espinharas e está localizado no município de Serra Negra. A salinidade medida (0,25 ‰) permite a comparação dos resultados com os valores limites permitidos – VLP para enquadramento das águas doces, Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Este ponto apresentou baixa profundidade (cerca de 0,5 m). A temperatura da amostra foi de 28,2ºC. O pH da amostra (7,8) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces, Classe 2. O Teor de Óleos e Graxas – TOG esteve abaixo do limite de detecção do método (< 10 mg/L), salientando que TOG não é um parâmetro mensurável na Resolução citada. O padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausentes. A concentração de Sólidos Totais foi de 405,6 mg/L, inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L) e aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD. A Turbidez (8,46 UNT) esteve abaixo do VLP para a já citada classe de águas (≤ 100 UNT). A concentração de Oxigênio Dissolvido (6,6 mg/L) foi superior ao VLP mínimo de referência para as águas doces de classe 2 (≥ 5 mg/L). No entanto, a DBO calculada (17,04 mg/L) ultrapassou consideravelmente o limite máximo estabelecido para águas doces Classe 2 que é de até 5 mg/L de O2. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, entretanto, o valor obtido (16,25 mg/L), encontra-se dentro da faixa esperada para mananciais de águas superficiais, que varia de 1 a 20 mg/L segundo Libânio (2005). A concentração de Fósforo Total (0,309 mg/L) ultrapassou o limite estabelecido para ambientes lóticos (≤ 0,1 mg/L). O Nitrogênio Total foi de 1,18 mg/L (não se dispõe de VLP para este parâmetro). A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para 7,5 < pH ≤ 8,0, o nitrogênio amoniacal deve ter concentração de no máximo 2,0 mg/L. Dessa forma, o valor encontrado para esse parâmetro (0,79 mg/L) permaneceu dentro do limite estabelecido. A clorofila ‘a’ (12,74 µg/L) também permaneceu abaixo do valor estabelecido pela referida Resolução (que admite até 30 µg/L). As concentrações de metais estiveram dentro do limite permitido pela legislação ambiental, com exceção do Cobre dissolvido (0,386 mg/L) e do Cádmio Total (0,004 mg/L) cujos VLP’s são 0,009 e 0,001 mg/L respectivamente. Cabe destacar que embora o Cromo tenha apresentado concentração abaixo do Limite de Detecção do método, o LD do equipamento é menos restritivo que o VLP 140 estabelecido pelo CONAMA não podendo assegurar com absoluta certeza o atendimento à Resolução quanto ao referido metal. O valor encontrado para coliformes termotolerantes foi de 8 UFC/100 mL estando dentro do valor de referência (< 1000 NMP/100 mL). O IQA calculado (64) corresponde a condição de qualidade BOA neste ponto. O IT foi igual a zero (0) devido as concentrações de Cobre e de Cádmio terem ultrapassado VLP da Resolução. Desta forma, o Índice de Qualidade de Água combinado - IQAc classifica esta estação com uma qualidade MUITO RUIM. O IET calculado, considerando a ponderação do Fósforo Total e Clorofila a, foi de 67,92 e corresponde a um corpo d’água na condição HIPEREUTRÓFICO. PIA013 – Açude Público Mendubim O ponto PIA013 é referente ao Açude Mendubim, localizado no município de Açu. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas doces, Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida (0,04 ‰). Este ponto apresentou profundidade de 10 m e 0,8 m de transparência. No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra medida in loco foi de 28,4 ºC. O pH da amostra (8,4) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces, Classe 2. O Teor de Óleos e Graxas esteve abaixo do limite de detecção do método (< 10 mg/L), salientando que TOG não é um parâmetro mensurável na Resolução citada. O padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausentes. A concentração de Sólidos Totais foi de 81,60 mg/L, inferior ao VLP para Sólidos Totais Dissolvidos STD (≤ 500 mg/L) e aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD. A Turbidez foi de 2,69 UNT e esteve abaixo do VLP para a já citada classe de águas (≤ 100 UNT). A concentração obtida de Oxigênio Dissolvido (9,8 mg/L) foi superior ao VLP mínimo de referência para as águas doces de classe 2 (≥ 5 mg/L). No entanto, a DBO (12,32 mg/L) ultrapassou o limite máximo estabelecido para a referida classe de águas (≤ 5 mg/L). Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, entretanto, o valor obtido (16,26 mg/L) pode ser considerado elevado, considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. No entanto, encontra-se dentro da faixa esperada para mananciais de águas superficiais, que varia de 1 a 20 mg/L segundo Libânio (2005). A concentração de Fósforo Total (0,016 mg/L) situou-se dentro do limite estabelecido para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). O Nitrogênio Total foi de 0,82 mg/L (não se dispõe de VLP para este parâmetro). A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para o 8,0 < pH ≤ 8,5 o nitrogênio 141 amoniacal deve ter no máximo 1 mg/L. O valor encontrado desse parâmetro (0,26 mg/L) encontra-se portanto abaixo do limite máximo estabelecido. A clorofila ‘a’ apresentou uma concentração de 12,03 µg/L e esteve abaixo do VLP (≤ 30 µg/L). As concentrações dos metais pesados analisados estiveram dentro do VLP definido pela legislação. Entretanto cabe destacar que embora o Cobre, Cromo e o Cádmio tenham apresentado concentração abaixo do Limite de Detecção do Equipamento, o LD do equipamento é menos restritivo que o VLP estabelecido pelo CONAMA não podendo assegurar com absoluta certeza o atendimento à Resolução quanto aos referidos metais. O valor encontrado para coliformes termotolerantes foi de 3 UFC/100 mL estando dentro do valor de referência (< 1000 NMP/100 mL). O IQA calculado (68) corresponde a condição de qualidade BOA. O IET, calculado considerando a ponderação do Fósforo Total e Clorofila a, foi de 59,00 correspondendo a um corpo d’água na condição MESOTRÓFICO. PIA14 – Açude Público Beldroega O ponto PIA14 é referente ao Açude Beldroega, localizado no município de Paraú. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas doces, Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida (0,07 ‰). Este ponto apresentou profundidade de 11 m e 1,4 m de transparência. No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra foi de 28ºC. O pH da amostra (8,12) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces, Classe 2. O Teor de Óleos e Graxas esteve abaixo do limite de detecção do método (< 10 mg/L), salientando que TOG não é um parâmetro mensurável na Resolução citada. O padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausentes. A concentração de Sólidos Totais foi de 170,40 mg/L, inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L) e aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD. A Turbidez foi de 8 UNT estando dentro do VLP para a já citada classe de águas (≤ 100 UNT). A concentração de Oxigênio Dissolvido (8,2 mg/L) foi superior ao VLP mínimo de referência para as águas doces de classe 2 (≥ 5 mg/L). A DBO entretanto, (7,89 mg/L) ultrapassou o valor máximo estabelecido para a referida classe de águas (≤ 5 mg/L). Para águas doces Classe 2, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para Carbono Orgânico Total, entretanto, o valor obtido (12,76 mg/L) pode ser considerado elevado, considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. No entanto, encontra-se dentro da faixa esperada para mananciais de águas superficiais, que varia de 1 a 20 mg/L segundo Libânio (2005). 142 A concentração de Fósforo Total (0,022 mg/L) situou-se abaixo do limite estabelecido para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). O Nitrogênio Total foi de 0,83 mg/L (não se dispõe de VLP para este parâmetro). A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para o 8,0 < pH ≤ 8,5 o nitrogênio amoniacal deve ter no máximo 1 mg/L, o valor encontrado para esse parâmetro (0,33 mg/L) encontra-se portanto abaixo do limite máximo estabelecido. A clorofila ‘a’ medida (1,03 µg/L) esteve abaixo do VLP (≤ 30 µg/L). As concentrações dos metais pesados analisados estiveram dentro do VLP definido pela legislação. Entretanto cabe destacar que embora o Cobre, Cromo e o Cádmio tenham apresentado concentração abaixo do Limite de Detecção do Equipamento, o LD do equipamento é menos restritivo que o VLP estabelecido pelo CONAMA não podendo assegurar com absoluta certeza o atendimento à Resolução quanto aos referidos metais. O valor encontrado para coliformes termotolerantes foi de 29 UFC/100 mL estando dentro do valor de referência (< 1000 NMP/100 mL). O IQA calculado (77) corresponde a condição de qualidade BOA. O IET, calculado considerando a ponderação do Fósforo Total e Clorofila a, foi de 53,95 correspondendo a um corpo d’água na condição MESOTRÓFICO. PIA15 – Açude Público Novo Angicos O ponto PIA15 refere-se ao açude Novo Angicos, localizado no município de Angicos-RN. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005 em virtude da salinidade medida (0,17‰). Este ponto apresentou profundidade de 9 m e 0,85 m de transparência. No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra foi de 27,4 ºC. O pH da amostra (7,9) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces, Classe 2. O Teor de Óleos e Graxas esteve abaixo do limite de detecção do método (< 10 mg/L), salientando que TOG não é um parâmetro mensurável na Resolução citada. O padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausentes. A concentração de Sólidos Totais foi de 242,80 mg/L, inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L) e aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD. A Turbidez (2,62 UNT) esteve abaixo do VLP para a já citada classe de águas (≤ 100 UNT). A concentração obtida de Oxigênio Dissolvido (8,4 mg/L) foi superior ao VLP mínimo de referência para as águas doces de classe 2 (≥ 5 mg/L). No entanto, a DBO (8,17 mg/L) esteve acima do limite máximo estabelecido para a referida classe de águas (≤ 5 mg/L). Para a águas doces Classe 2, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, entretanto, o valor obtido (15,2 mg/L) pode ser considerado elevado, considerando que o padrão de 143 COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. No entanto, encontra-se dentro da faixa esperada para mananciais de águas superficiais, que varia de 1 a 20 mg/L segundo Libânio (2005). A concentração de Fósforo Total (0,019 mg/L) situou-se dentro do limite estabelecido para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). O Nitrogênio Total foi de 0,59 mg/L (não se dispõe de VLP para este parâmetro). A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para o 7,5 < pH ≤ 8, o nitrogênio amoniacal deve ter no máximo 2 mg/L, o valor encontrado para esse parâmetro (0,11 mg/L) encontra-se portanto bem abaixo do limite máximo estabelecido. A clorofila ‘a’ medida (1,65 µg/L) esteve abaixo do VLP (≤ 30 µg/L). As concentrações dos metais pesados analisados estiveram dentro do VLP definido pela legislação. Entretanto cabe destacar que embora o Cobre, Cromo e o Cádmio tenham apresentado concentração abaixo do Limite de Detecção do Equipamento, o LD do equipamento é menos restritivo que o VLP estabelecido pelo CONAMA não podendo assegurar com absoluta certeza o atendimento à Resolução quanto aos referidos metais. O valor encontrado para coliformes termotolerantes foi de 6 UFC/100 mL estando dentro do valor de referência (< 1000 NMP/100 mL). O IQA calculado (81) corresponde a condição de qualidade ÓTIMA. O IET, calculado considerando a ponderação do Fósforo Total e Clorofila a, foi de 54,66 correspondendo a um corpo d’água na condição MESOTRÓFICO. PIA16 – Açude Público Pataxós O ponto PIA16 diz respeito ao Açude Pataxós, localizado no município de Ipanguaçu-RN. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005 em virtude da salinidade medida (0,14 ‰). Este ponto apresentou profundidade de 8 m e 0,85 m de transparência. No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra medida foi de 28,5 ºC. O pH da amostra (7,8) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces, Classe 2. O Teor de Óleos e Graxas esteve abaixo do limite de detecção do método (< 10 mg/L), salientando que TOG não é um parâmetro mensurável na Resolução citada. O padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausentes. A concentração de Sólidos Totais foi de 245,60 mg/L, inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L) e aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD. A Turbidez (6,17 UNT) esteve abaixo do VLP para a já citada classe de águas (≤ 100 UNT). A concentração obtida de Oxigênio Dissolvido (7,9 mg/L) foi superior ao VLP mínimo de referência para as águas doces de classe 2 (≥ 5 mg/L). A DBO calculada (2,7 mg/L) esteve abaixo do limite máximo estabelecido para a referida classe de águas (≤ 5 mg/L). Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, entretanto, o 144 valor obtido (14,58 mg/L) pode ser considerado elevado, levando-se em conta que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. No entanto, encontra-se dentro da faixa esperada para mananciais de águas superficiais, que varia de 1 a 20 mg/L segundo Libânio (2005). A concentração de Fósforo Total (0,016mg/L) situou-se dentro do limite estabelecido para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). O Nitrogênio Total foi de 0,93 mg/L (não se dispõe de VLP para este parâmetro). A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para o 7,5 < pH ≤ 8, o nitrogênio amoniacal deve ter no máximo 2 mg/L, o valor encontrado para esse parâmetro (0,08 mg/L) encontra-se portanto bem abaixo do limite máximo estabelecido. A clorofila ‘a’ (0,79 µg/L) esteve abaixo do VLP (≤ 30 µg/L). Dos metais analisados, apenas Cobre Dissolvido (0,064 mg/L) apresentou concentração acima do valor de referência (0,009 mg/L). Cabe destacar que embora o Cromo e o Cádmio tenham apresentado concentração abaixo do Limite de Detecção do Equipamento, o LD do equipamento é menos restritivo que o VLP estabelecido pelo CONAMA, não podendo assegurar com absoluta certeza o atendimento à Resolução quanto às concentrações desses metais. O valor encontrado para Coliformes Termotolerantes (5 UFC/100mL) apresentou-se bem abaixo do valor de enquadramento estabelecido pela Resolução CONAMA 357/2005 (< 1.000 NMP/100mL). A densidade de cianobactérias foi de 1.496 Cél/mL, estando dentro do limite estabelecido pela Resolução 357/2005 CONAMA para as águas doces de Classe 2 (50.000 cel/mL) e pela Portaria 518/2004-MS (20.000 células/mL). O IQA calculado (86) corresponde a condição de qualidade ÓTIMA neste ponto. Para essa estação o Índice de Toxicidade - IT calculado foi igual a zero (0) devido ao valor de Cobre ter ultrapassado o VLP definido pela legislação. Desta forma, o Índice de Qualidade de Água combinado - IQAc classifica esta estação com uma qualidade MUITO RUIM. O IET calculado, considerando a ponderação do Fósforo Total e Clorofila a, foi de 52,33 que corresponde a um corpo d’água na condição MESOTRÓFICO. PIA17 – Estuário Rio Piranhas-Açu (Macau) O PIA17 é referente ao Rio Piranhas-Açu (estuário Macau), localizado no município de Macau. De acordo com a sua salinidade (19,01 ‰), os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos-VLP para enquadramento das águas salobras, Classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005. A temperatura da amostra foi de 28,1 °C; o pH (8,04) esteve dentro da faixa de enquadramento (6,5 a 8,5). A turbidez foi de 11,5 UNT. A concentração de Sólidos Totais obtida foi de 20.044 mg/L. A concentração de OD (5,9 mg/L) se enquadra ao VLP (≥ 5,0 mg/L). A DBO calculada foi de 2,14 mg/L dentro do limite máximo permitido (≤ 5,0 mg/L) nesse caso para as águas doces. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para DBO. O 145 valor obtido para COT foi menor do que o Limite de Detecção do método (< 0,2 mg/L), estando dentro do padrão de COT para as águas salobras e salinas de Classe 1, que é de até 3,0 mg/L. O Fósforo Total apresentou concentração de 0,076 mg/L, dentro do VLP que é de até 0,124 mg/L para águas salobras. O Nitrogênio Total apresentou concentração de 1,35 mg/L. A concentração do Nitrogênio Amoniacal por sua vez, apresentou-se abaixo do Limite Detecção do método (< 0,02 mg/L), estando portanto abaixo do VLP estabelecido para a referida classe que é de 0,40 mg/L. O valor para clorofila ‘a’ foi de 2,08 µg/L. A resolução não estabelece valor padrão de clorofila para essa classe de água. O valor para Coliformes Termotolerantes (28 UFC/100mL) se encontra dentro dos padrões estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000,0 NMP/100mL). A densidade de cianobactérias foi de 1.741 Cél/mL, estando portanto, abaixo do limite estabelecido pela Resolução 357/2005 CONAMA para as águas doces de classe 2 (50.000 cel/mL). A Resolução não apresenta VLP de densidade de cianobactérias para águas salobras. Dos metais analisados, todos, com exceção do Chumbo Total, Cromo Total e Mercúrio Total, ultrapassaram o VLP definido pela legislação ambiental. O IQA calculado (69) corresponde a condição de qualidade BOA neste ponto. O IT foi igual a zero (0) devido a concentração dos metais Cobre, Cádmio, Zinco e Níquel terem ultrapassado VLP da Resolução. Desta forma, o Índice de Qualidade de Água combinado - IQAc classificou esta estação com uma qualidade MUITO RUIM. O IET calculado, considerando a ponderação do Fósforo Total e Clorofila a, foi de 56,43 o que corresponde a um corpo d’água na condição MESOTRÓFICO. Na amostra de sedimento desta estação de coleta, os resultados estiveram abaixo dos limites estabelecido na Resolução CONAMA 344/2004, para a referida Classe de águas (Tabela 4-18). Tabela 4-18 – Concentrações dos metais para as amostras de sedimento no ponto PIA 17 (Estuário Macau). PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IT Cobre dissolvido (mg/Kg) Chumbo Total (mg/Kg) Cromo Total (mg/Kg) Cádmio Total (mg/Kg) Zinco Total (mg/Kg) Níquel Total (mg/Kg) Mercúrio Total (mg/Kg) * PIA 17 VLP* 0,05 0,90 0,40 0,20 34,00 46,70 81,00 1,20 150,00 20,90 0,15 0,09 1,0 < LD (0,01) VLP–Valores Limites Permitidos em mg/Kg para águas salobras e salinas nível 1, segundo Resolução CONAMA N° 344/2004. 146 PIA18 – Rios dos Cavalos O PIA18 é referente ao Rio dos Cavalos (estuário), afluente do Rio Piranhas-Açu e está localizado no município de Pendências. De acordo com a sua salinidade (15,89 ‰), os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas salobras, Classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005. A temperatura da amostra foi de 30,2°C; o pH (8,05) esteve dentro da faixa de enquadramento (6,5 a 8,5). A turbidez foi de 82,2 UNT. A concentração de Sólidos Totais foi de 18.264 mg/L. A concentração de OD (6,2 mg/L) se enquadra ao VLP (≥ 5,0 mg/L). A DBO calculada foi de 22,6 mg/L, bem acima do limite máximo permitido (≤ 5,0 mg/L) nesse caso para as águas doces. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para DBO. O valor obtido para COT foi menos que o Limite de Detecção do método (<0,2 mg/L), estando portanto, dentro do padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1, que é de até 3,0 mg/L. O Fósforo Total apresentou concentração de 0,393 mg/L, bem acima do VLP que é de até 0,124 mg/L para águas salobras. O Nitrogênio Total apresentou concentração de 3,62 mg/L. A concentração do Nitrogênio Amoniacal por sua vez, apresentou-se abaixo do Limite Detecção do método (< 0,02 mg/L), estando portanto abaixo do VLP estabelecido para a referida classe que é de 0,40 mg/L. O valor para clorofila ‘a’ foi de 42,0 µg/L. A resolução não estabelece valor padrão de clorofila para essa classe de água. O valor para Coliformes Termotolerantes (420 UFC/100mL) se encontra dentro dos padrões estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000,0 NMP/100mL). A densidade de cianobactérias foi de 7.290 Cél/mL, estando portanto, abaixo do limite estabelecido pela Resolução 357/2005 CONAMA para as águas doces de Classe 2 (50.000 cel/mL). A Resolução não apresenta VLP de densidade de cianobactérias para águas salobras. As concentrações dos metais pesados analisadas estiveram abaixo do Limite de Detecção do Equipamento, com exceção do Cobre Dissolvido, que apresentou concentração de 0,036 mg/L quando o VLP é de 0,005 mg/L; do Cádmio Total (0,04 mg/L) cujo VLP é de 0,005 mg/L e do Níquel Total, que apresentou concentração de 0,148 mg/L e cujo VLP é de 0,025 mg/L. Cabe destacar que o Cromo apresentou concentração menor que o Limite de Detecção do equipamento, e que o mesmo é menos restritivo que o VLP estabelecido pela Resolução CONAMA, não podendo assegurar com absoluta certeza o atendimento à Resolução quanto ao referido metal. O IQA calculado (46) corresponde a condição de qualidade RUIM neste ponto. O IT foi igual a zero (0) devido as concentrações dos metais: Cobre, Cádmio e Níquel, terem ultrapassado o VLP da Resolução. Desta forma, o Índice de Qualidade de Água combinado - IQAc classificou esta estação com uma qualidade MUITO RUIM. O IET calculado, considerando a ponderação do Fósforo Total e Clorofila a, foi de 73,70 correspondendo a um corpo d’água na condição HIPEREUTRÓFICO. A amostra de sedimento coletada neste ponto, apresentou todos os resultados analisados, abaixo dos limites estabelecido na Resolução CONAMA 344/2004, para a referida Classe de águas (Tabela 4-19). 147 Tabela 4-19 – Resultados para a amostra de sedimento no ponto PIA 18 (Rio dos Cavalos). PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IT Cobre dissolvido (mg/Kg) Chumbo Total (mg/Kg) Cromo Total (mg/Kg) Cádmio Total (mg/Kg) Zinco Total (mg/Kg) Níquel Total (mg/Kg) Mercúrio Total (mg/Kg) PIA 18 VLP* 0,27 1,10 0,20 < LD (0,02) 0,32 1,40 < LD (0,0002) 34,00 46,70 81,00 1,20 150,00 20,90 0,15 * VLP–Valores Limites Permitidos em mg/Kg para águas salobras e salinas nível 1, segundo Resolução CONAMA N° 344/2004 . PIA20 – Açude Público Santo Antônio O ponto PIA20 é referente ao Açude Santo Antônio, localizado no município de São João do Sabugi. A salinidade medida (0,04 ‰) permite a comparação dos resultados com os valores limites permitidos – VLP para enquadramento das águas doces, Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Este ponto apresentou profundidade de 10 m e 0,6 m de transparência. No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra foi de 27,5 ºC. O pH da amostra (7,5) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces, Classe 2. O Teor de Óleos e Graxas esteve abaixo do limite de detecção do método (< 10 mg/L), salientando que TOG não é um parâmetro mensurável na Resolução citada. O padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausentes. A concentração de Sólidos Totais foi de 138,4 mg/L, inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L) e aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD. A turbidez (10,9 UNT) esteve abaixo do VLP para a já citada classe de águas (≤ 100 UNT). A concentração de Oxigênio Dissolvido (5,8 mg/L) foi superior ao VLP mínimo de referência para as águas doces de classe 2 (≥ 5 mg/L). A Demanda Bioquímica de Oxigênio - DBO foi de 4,55 mg/L e esteve abaixo do limite máximo estabelecido para águas doces Classe 2 (≤ 5 mg/L). Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, entretanto, o valor obtido (8,58 mg/L) pode ser considerado elevado, pelo fato de que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. No entanto, encontra-se dentro da faixa esperada para mananciais de águas superficiais, que varia de 1 a 20 mg/L segundo Libânio (2005). A concentração de Fósforo Total (0,024 mg/L) situou-se abaixo do limite estabelecido para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de Nitrogênio Total foi de 0,9 mg/L (não se dispõe de VLP para este parâmetro). A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para o pH ≤ 7,5 , o nitrogênio 148 amoniacal deve ter no máximo 3,7 mg/L, o valor encontrado para esse parâmetro (0,13 mg/L) encontrase portanto bem abaixo do limite máximo estabelecido. A clorofila ‘a’ medida (0,34 µg/L) esteve bem abaixo do VLP (≤ 30 µg/L). À exceção do Cádmio Total que apresentou concentração de 0,004 mg/L e cujo VLP de referência é de no máximo 0,001 mg/L, todos os metais estiveram dentro do VLP definido, salientando que embora Cobre e Cromo tenham apresentado concentração abaixo do Limite de Detecção do Equipamento, o LD do equipamento utilizado é menos restritivo que o VLP estabelecido pelo CONAMA, não podendo assegurar com absoluta certeza o atendimento à Resolução, no que concerne aos referidos metais. O valor encontrado para Coliformes Termotolerantes (12 UFC/100mL) apresentou-se bem abaixo do valor de enquadramento estabelecido pela CONAMA 357/2005 (< 1.000 NMP/100mL). A densidade de cianobactérias foi de 368.055 Cél/mL, estando portanto, acima do limite estabelecido pela Resolução 357/2005 CONAMA para as águas doces de classe 2 (50.000 cel/mL) e pela Portaria 518/2004-MS (20.000 células/mL). O IQA calculado (80) corresponde a condição de qualidade ÓTIMA neste ponto. O Índice de Toxicidade - IT foi igual a zero (0) devido a concentração do metal pesado Cádmio, ter ultrapassado o VLP estabelecido pela Resolução CONAMA. Desta forma, o Índice de Qualidade de Água combinado IQAc classificou esta estação com uma qualidade MUITO RUIM. O Índice de Estado Trófico - IET calculado, considerando a ponderação do Fósforo Total e Clorofila a, foi de 51,5 o que corresponde a um corpo d’água na condição de OLIGOTRÓFICO. PIA21 – Açude Público Itans O ponto PIA21 refere-se ao Açude Itans localizado no município de Caicó. A salinidade medida (0,14 ‰) permite a comparação dos resultados com os valores limites permitidos – VLP para enquadramento das águas doces, Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Este ponto apresentou profundidade de 11 m e 0,6 m de transparência. No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra foi de 30,6 ºC. O pH da amostra (8,94) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces, Classe 2. O Teor de Óleos e Graxas esteve abaixo do limite de detecção do método (< 10 mg/L), salientando que TOG não é um parâmetro mensurável na Resolução citada. O padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausentes. A concentração de Sólidos Totais foi de 251,2 mg/L, inferior ao VLP para Sólidos Totais Dissolvidos - STD (≤ 500 mg/L) e aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD. A turbidez (10,9 UNT) esteve abaixo do VLP para a já citada classe de águas (≤ 100 UNT). A concentração de Oxigênio Dissolvido (9,3 mg/L) foi superior ao VLP mínimo de referência para as águas doces de classe 2 (≥ 5 mg/L). A Demanda Bioquímica de Oxigênio - DBO foi de 8,35 mg/L e esteve acima do limite máximo estabelecido para águas doces Classe 2 (≤ 5 mg/L). Para a referida classe 149 de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, entretanto, o valor obtido (10,49 mg/L) pode ser considerado elevado, pelo fato de que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. No entanto, encontra-se dentro da faixa esperada para mananciais de águas superficiais, que varia de 1 a 20 mg/L segundo Libânio (2005). A concentração de Fósforo Total (0,013 mg/L) situou-se abaixo do limite estabelecido para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de Nitrogênio Total foi de 1,12 mg/L (não se dispõe de VLP para este parâmetro). A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para o pH > 8,5, o nitrogênio amoniacal deve ser de no máximo 0,5 mg/L, o valor encontrado para esse parâmetro (0,13 mg/L) encontra-se portanto abaixo do limite máximo estabelecido. A clorofila ‘a’ medida (18,75 µg/L) esteve abaixo do VLP (≤ 30 µg/L). À exceção do Cádmio Total que apresentou concentração de 0,004 mg/L e cujo VLP de referência é de no máximo 0,001 mg/L, todos os metais estiveram dentro do VLP definido, salientando que embora Cobre e Cromo tenham apresentado concentração abaixo do Limite de Detecção do Equipamento, o LD do equipamento utilizado é menos restritivo que o VLP estabelecido pelo CONAMA, não podendo assegurar com absoluta certeza o atendimento à Resolução, no que concerne aos referidos metais. O valor encontrado para Coliformes Termotolerantes (14 UFC/100mL) apresentou-se bem abaixo do valor de enquadramento estabelecido pela CONAMA 357/2005 (< 1.000 NMP/100mL). A densidade de cianobactérias foi de 786.445 Cél/mL, estando portanto, acima do limite estabelecido pela Resolução 357/2005 CONAMA para as águas doces de classe 2 (50.000 cel/mL) e pela Portaria 518/2004-MS (20.000 células/mL). O IQA calculado (71) corresponde a condição de qualidade BOA neste ponto. O Índice de Toxicidade IT foi igual a zero (0) devido a concentração do metal pesado Cádmio, ter ultrapassado o VLP estabelecido pela Resolução CONAMA. Desta forma, o IQAc classificou esta estação com uma qualidade MUITO RUIM. O Índice de Estado Trófico - IET calculado, considerando a ponderação do Fósforo Total e Clorofila a, foi de 59,47 o que corresponde a um corpo d’água na condição de EUTRÓFICO. PIA22 – Rio Seridó (Caicó) O PIA22 é referente ao Rio Seridó localizado à jusante da cidade de Caicó. A salinidade medida (0,27 ‰) permite a comparação dos resultados com os valores limites permitidos – VLP para enquadramento das águas doces, Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Este ponto apresentou profundidade de 0,5 m. No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra foi de 31 ºC. O pH da amostra (8,42) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces, Classe 2. O Teor de Óleos e Graxas esteve abaixo do limite de detecção do método (< 10 mg/L), salientando que TOG não é um parâmetro mensurável na Resolução citada. O padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausentes. A concentração de Sólidos Totais foi de 398,8 mg/L, inferior ao VLP para Sólidos Totais Dissolvidos - STD (≤ 500 150 mg/L) e aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD. A turbidez (84,2 UNT) esteve abaixo do VLP para a já citada classe de águas (≤ 100 UNT). A concentração de Oxigênio Dissolvido (7,4 mg/L) foi superior ao VLP mínimo de referência para as águas doces de classe 2 (≥ 5 mg/L). A Demanda Bioquímica de Oxigênio - DBO foi de 15,84 mg/L e esteve acima do limite máximo estabelecido para águas doces Classe 2 (≤ 5 mg/L). Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, entretanto, o valor obtido (16,23 mg/L) pode ser considerado elevado, pelo fato de que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. No entanto, encontra-se dentro da faixa esperada para mananciais de águas superficiais, que varia de 1 a 20 mg/L segundo Libânio (2005). A concentração de Fósforo Total (0,125 mg/L) ultrapassou marginalmente o limite estabelecido para ambientes lóticos (≤ 0,1 mg/L). A concentração de Nitrogênio Total foi de 2,67 mg/L (não se dispõe de VLP para este parâmetro). A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para o 8,0 < pH ≤ 8,5, o nitrogênio amoniacal deve ser de no máximo 1,0 mg/L, o valor encontrado para esse parâmetro (0,87 mg/L) encontra-se abaixo do limite máximo estabelecido. A clorofila ‘a’ medida (23,14 µg/L) esteve abaixo do VLP (≤ 30 µg/L). À exceção do Cobre Dissolvido que apresentou concentração de 0,074 mg/L e cujo VLP de referência é de no máximo 0,009 mg/L, todos os metais estiveram dentro do VLP definido, salientando que embora Cromo e Cádmio tenham apresentado concentração abaixo do Limite de Detecção do Equipamento, o LD do equipamento utilizado é menos restritivo que o VLP estabelecido pelo CONAMA, não podendo assegurar com absoluta certeza o atendimento à Resolução, no que concerne aos referidos metais. O valor encontrado para Coliformes Termotolerantes (14 UFC/100mL) apresentou-se bem abaixo do valor de enquadramento estabelecido pela CONAMA 357/2005 (< 1.000 NMP/100mL). O IQA calculado (71) corresponde a condição de qualidade BOA neste ponto. O Índice de Toxicidade IT foi igual a zero (0) devido a concentração do metal pesado Cádmio, ter ultrapassado o VLP estabelecido pela Resolução CONAMA. Desta forma, o IQAc classificou esta estação com uma qualidade MUITO RUIM. O Índice de Estado Trófico - IET calculado, considerando a ponderação do Fósforo Total e Clorofila a, foi de 68,15 o que corresponde a um corpo d’água na condição de HIPEREUTRÓFICO. PIA23 – Açude Público Boqueirão de Parelhas O PIA23 é referente ao Açude Boqueirão de Parelhas, localizado no município de Parelhas. A salinidade medida (0,14 ‰) permite a comparação dos resultados com os valores limites permitidos – VLP para enquadramento das águas doces, Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Este ponto apresentou profundidade de 19 m e 0,6 m de transparência. No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra foi de 27,2 ºC. O pH da amostra (6,68) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces, Classe 2. 151 O Teor de Óleos e Graxas esteve abaixo do limite de detecção do método (< 10 mg/L), salientando que TOG não é um parâmetro mensurável na Resolução citada. O padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausentes. A concentração de Sólidos Totais foi de 226,4 mg/L, inferior ao VLP para Sólidos Totais Dissolvidos - STD (≤ 500 mg/L) e aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD. A turbidez foi de 166 UNT e ultrapassou do VLP para a já citada classe de águas (≤ 100 UNT). A concentração de Oxigênio Dissolvido (8,0 mg/L) foi superior ao VLP mínimo de referência para as águas doces de classe 2 (≥ 5 mg/L). A Demanda Bioquímica de Oxigênio - DBO foi de 8,4 mg/L e esteve acima do limite máximo estabelecido para águas doces Classe 2 (≤ 5 mg/L). Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, entretanto, o valor obtido (12,69 mg/L) pode ser considerado elevado, pelo fato de que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. No entanto, encontra-se dentro da faixa esperada para mananciais de águas superficiais, que varia de 1 a 20 mg/L segundo Libânio (2005). A concentração de Fósforo Total (0,021 mg/L) situou-se abaixo do limite estabelecido para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de Nitrogênio Total foi de 1,26 mg/L (não se dispõe de VLP para este parâmetro). A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para o pH ≤ 7,5, o nitrogênio amoniacal deve ser de no máximo 3,7 mg/L, o valor encontrado para esse parâmetro (0,06 mg/L) encontra-se portanto bem abaixo do limite máximo estabelecido. A clorofila ‘a’ medida (4,27 µg/L) esteve abaixo do VLP (≤ 30 µg/L). À exceção do Zinco Total que apresentou concentração de 0,268 mg/L e cujo VLP de referência é de no máximo 0,18 mg/L, todos os metais estiveram dentro do VLP definido, salientando que embora Cobre, Cromo e Cádmio tenham apresentado concentração abaixo do Limite de Detecção do Equipamento, o LD do equipamento utilizado é menos restritivo que o VLP estabelecido pelo CONAMA, não podendo assegurar com absoluta certeza o atendimento à Resolução, no que concerne aos referidos metais. O valor encontrado para Coliformes Termotolerantes (3 UFC/100mL) apresentou-se bem abaixo do valor de enquadramento estabelecido pela CONAMA 357/2005 (< 1.000 NMP/100mL). A densidade de cianobactérias foi de 280.785 Cél/mL, estando portanto, acima do limite estabelecido pela Resolução 357/2005 CONAMA para as águas doces de classe 2 (50.000 cel/mL) e pela Portaria 518/2004-MS (20.000 células/mL). O IQA calculado (64) corresponde a condição de qualidade BOA neste ponto. O Índice de Toxicidade IT foi igual a zero (0) devido a concentração do metal pesado Zinco ter ultrapassado o VLP estabelecido pela Resolução CONAMA. Desta forma, o IQAc classificou esta estação com uma qualidade MUITO RUIM. O Índice de Estado Trófico - IET calculado, considerando a ponderação do Fósforo Total e Clorofila a, foi de 57,30 o que corresponde a um corpo d’água na condição de MESOTRÓFICO. 152 PIA 24 – Rio Seridó (São Fernando) O PIA24 refere-se ao Rio Seridó, localizado no município de São Fernando. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas doces, Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida (0,28 ‰). Este ponto apresentou profundidade de 0,5 m. No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra foi de 28,7 ºC. O pH da amostra (8,09) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces, Classe 2. O Teor de Óleos e Graxas esteve abaixo do limite de detecção do método (< 10 mg/L), salientando que TOG não é um parâmetro mensurável na Resolução citada. O padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausentes. A concentração de Sólidos Totais foi de 417,20 mg/L, inferior ao VLP para Sólidos Totais Dissolvidos - STD (≤ 500 mg/L) e aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD. A turbidez (3,92 UNT) esteve abaixo do VLP para a já citada classe de águas (≤ 100 UNT). A concentração de Oxigênio Dissolvido (8,6 mg/L) foi superior ao VLP mínimo de referência para as águas doces de classe 2 (≥ 5 mg/L). A Demanda Bioquímica de Oxigênio - DBO foi de 8,86 mg/L e esteve acima do limite máximo estabelecido para águas doces Classe 2 (≤ 5 mg/L). Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, entretanto, o valor obtido (12,63 mg/L) pode ser considerado elevado, pelo fato de que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. No entanto, encontra-se dentro da faixa esperada para mananciais de águas superficiais, que varia de 1 a 20 mg/L segundo Libânio (2005). A concentração de Fósforo Total (0,315 mg/L) ultrapassou o limite estabelecido para ambientes lóticos (≤ 0,1 mg/L). A concentração de Nitrogênio Total foi de 0,63 mg/L (não se dispõe de VLP para este parâmetro). A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para o 8,0 < pH ≤ 8,5, o nitrogênio amoniacal deve ser de no máximo 1,0 mg/L, o valor encontrado para esse parâmetro (0,27 mg/L) encontra-se abaixo do limite máximo estabelecido. A clorofila ‘a’ medida (0,29 µg/L) esteve bem abaixo do VLP (≤ 30 µg/L). As concentrações dos metais pesados analisados estiveram dentro do VLP definido pela legislação. Entretanto cabe destacar que embora o Cobre, Cromo e o Cádmio tenham apresentado concentração abaixo do Limite de Detecção do Equipamento, o LD do equipamento é menos restritivo que o VLP estabelecido pelo CONAMA não podendo assegurar com absoluta certeza o atendimento à Resolução quanto aos referidos metais. O valor encontrado para Coliformes Termotolerantes (13 UFC/100mL) apresentou-se bem abaixo do valor de enquadramento estabelecido pela CONAMA 357/2005 (< 1.000 NMP/100mL). O IQA calculado (57) corresponde a condição de qualidade BOA neste ponto. O Índice de Estado Trófico - IET calculado, considerando a ponderação do Fósforo Total e Clorofila a, foi de 51,60 o que corresponde a um corpo d’água na condição de OLIGOTRÓFICO. 153 PIA25 – Açude Público Passagem das Traíras O PIA25 é referente ao Açude Público Passagem das Traíras, e está localizado no município de São José do Seridó. A salinidade medida foi de 0,28 ‰ e permite a comparação dos resultados apresentados com os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas doces, Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Este ponto apresentou profundidade de 10 m e 0,6 m de transparência. No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra foi de 29,7 ºC. O pH da amostra (8,95) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces, Classe 2. O Teor de Óleos e Graxas esteve abaixo do limite de detecção do método (< 10 mg/L), salientando que TOG não é um parâmetro mensurável na Resolução citada. O padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausentes. A concentração de Sólidos Totais foi de 301,20 mg/L, inferior ao VLP para Sólidos Totais Dissolvidos - STD (≤ 500 mg/L) e aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD. A turbidez (3,6 UNT) esteve abaixo do VLP para a já citada classe de águas (≤ 100 UNT). A concentração de Oxigênio Dissolvido (10,9 mg/L) foi superior ao VLP mínimo de referência para as águas doces de classe 2 (≥ 5 mg/L). A Demanda Bioquímica de Oxigênio - DBO foi de 17,34 mg/L e esteve acima do limite máximo estabelecido para águas doces Classe 2 (≤ 5 mg/L). Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, entretanto, o valor obtido (13,99 mg/L) pode ser considerado elevado, pelo fato de que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. No entanto, encontra-se dentro da faixa esperada para mananciais de águas superficiais, que varia de 1 a 20 mg/L segundo Libânio (2005). A concentração de Fósforo Total (0,056 mg/L) situou-se acima do limite estabelecido para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de Nitrogênio Total foi de 0,96 mg/L (não se dispõe de VLP para este parâmetro). A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para o pH > 8,5, o nitrogênio amoniacal deve ser de no máximo 0,5 mg/L, o valor encontrado para esse parâmetro (0,28 mg/L) encontra-se portanto abaixo do limite máximo estabelecido. A clorofila ‘a’ medida (17,19 µg/L) esteve abaixo do VLP (≤ 30 µg/L). À exceção do Cádmio Total que apresentou concentração de 0,004 mg/L e cujo VLP de referência é de no máximo 0,001 mg/L, todos os metais estiveram dentro do VLP definido, salientando que embora Cobre e Cromo tenham apresentado concentração abaixo do Limite de Detecção do Equipamento, o LD do equipamento utilizado é menos restritivo que o VLP estabelecido pelo CONAMA, não podendo assegurar com absoluta certeza o atendimento à Resolução, no que concerne aos referidos metais. O valor encontrado para Coliformes Termotolerantes (6 UFC/100mL) apresentou-se bem abaixo do valor de enquadramento estabelecido pela CONAMA 357/2005 (< 1.000 NMP/100mL). A densidade de cianobactérias foi de 350.760 Cél/mL, estando portanto, acima do limite estabelecido pela Resolução 357/2005 CONAMA para as águas doces de classe 2 (50.000 cel/mL) e pela Portaria 518/2004-MS (20.000 células/mL). 154 O IQA calculado (59) corresponde a condição de qualidade BOA neste ponto. O Índice de Toxicidade IT foi igual a zero (0) devido a concentração do metal pesado Cádmio, ter ultrapassado o VLP estabelecido pela Resolução CONAMA. Desta forma, o IQAc classificou esta estação com uma qualidade MUITO RUIM. O Índice de Estado Trófico - IET calculado, considerando a ponderação do Fósforo Total e Clorofila a, foi de 63,68 o que corresponde a um corpo d’água na condição de SUPEREUTRÓFICO. PIA26 – Açude Boqueirão de Angicos O PIA26 é referente ao Açude Boqueirão de Angicos, e está localizado no município de Afonso Bezerra. A salinidade medida foi de 0,14 ‰ e permite a comparação dos resultados apresentados com os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas doces, Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. O ponto de coleta apresentou profundidade de 15 m e 0,8 m de transparência (profundidade do Secchi). No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra foi de 31°C, e o pH (8,08), situou-se dentro da faixa de enquadramento para águas doces, Classe 2. O Teor de Óleos e Graxas – TOG, apresentou-se abaixo do limite de detecção do método (< 10 mg/L), o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo. A concentração de Sólidos Totais foi de 226,4 mg/L, inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L) e aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD. A turbidez (2,41 UNT) esteve abaixo do VLP para a já citada classe de águas (≤ 100 UNT). O valor observado para o OD foi de 8,7 mg/L, estando portanto, acima da concentração mínima definida pela Resolução (≥ 5 mg/L). A DBO calculada (12,75 mg/L) esteve fora do VLP definido pela da referida Resolução que é de até 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido (15,75 mg/L) encontra-se dentro da faixa esperada para mananciais de águas superficiais, que varia de 1 a 20 mg/L segundo Libânio (2005). No entanto, considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas Classe 1 é de até 3,0 mg/L, este valor pode ser considerado alto. O Fósforo Total (0,021 mg/L) esteve abaixo do limite máximo de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). Para o Nitrogênio Total a concentração analisada foi de 1,04 mg/L (não se dispõe de VLP de referência para este parâmetro). O Nitrogênio Amoniacal foi de 0,06 mg/L estando portanto, abaixo do VLP que é de 1,0 mg/L para 8,0 < pH ≤ 8,5. A clorofila ‘a’ medida (4,27 µg/L) esteve abaixo do VLP (30 µg/L). As concentrações de metais estiveram dentro do limite permitido pela legislação ambiental, com exceção do Cobre Dissolvido (0,068 mg/L) e do Cromo Total (0,068 mg/L) cujos VLP’s são de 0,009 e 0,05 mg/L respectivamente. Cabe destacar que embora o Cádmio Total tenha apresentado concentração abaixo do Limite de Detecção do método (LD – 0,02 mg/L), esse LD é menos restritivo que o VLP estabelecido pelo CONAMA não podendo assegurar com absoluta certeza o atendimento à Resolução. 155 O valor para coliformes termotolerantes (4 UFC/100mL) se encontra dentro do limite estabelecido pela Resolução CONAMA 357/2005 (< 1.000 NMP/100mL). Este ponto não foi selecionado para o monitoramento de cianobactérias. O IQA calculado (77) corresponde a condição de qualidade BOA neste ponto. O Índice de Toxicidade IT foi igual a zero (0) devido os valores de Cobre e Cromo terem ultrapassado o VLP definido pela legislação. Desta forma, o IQAc classificou esta estação com uma qualidade MUITO RUIM. O IET calculado considerando a ponderação das concentrações de Fósforo Total e Clorofila a, foi de 57,30 que corresponde a um corpo d’água na condição MESOTRÓFICO. PIA27 – Rio Camurupim (Guamaré) O PIA27 é referente ao Rio Camurupim (estuário de Guamaré), e está localizado no município de Guamaré. De acordo com a salinidade medida (26,10 ‰), os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas salobras, Classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005. A temperatura da amostra foi de 29,3°C; o pH (7,92) esteve dentro da faixa de enquadramento (6,5 a 8,5). A turbidez foi de 2,10 UNT. A concentração de Sólidos Totais foi de 40.580 mg/L. O Teor de Óleos e Graxas esteve abaixo do limite de detecção do método (< 10 mg/L), salientando que TOG não é um parâmetro mensurável na Resolução citada. O padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausentes. A concentração de OD (6,2 mg/L) esteve dentro do VLP (≥ 5,0 mg/L). A DBO calculada foi de 18,9 mg/L, bem acima do limite máximo permitido (≤ 5,0 mg/L) nesse caso para as águas doces (para águas salobras, a Resolução CONAMA não estabelece VLP para DBO). O valor obtido para COT esteve abaixo do Limite de Detecção do método (< 0,2 mg/L), estando portanto, dentro do padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1, que é de até 3,0 mg/L. O Fósforo Total apresentou concentração de 0,024 mg/L estando portanto, abaixo do VLP que é de até 0,124 mg/L para águas salobras. O Nitrogênio Total apresentou concentração de 1,38 mg/L. A concentração do Nitrogênio Amoniacal foi de 0,07 mg/L, estando portanto abaixo do VLP estabelecido para a referida classe que é de até 0,40 mg/L. O valor para clorofila ‘a’ foi de 1,95 µg/L. A resolução não estabelece valor padrão de clorofila para essa classe de água. A concentração de Coliformes Termotolerantes (72 UFC/100mL) se encontra dentro dos padrões estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000,0 NMP/100mL). As concentrações dos metais pesados analisadas estiveram acima do Limite de Detecção do Equipamento, com exceção do Chumbo Total, Zinco Total e Mercúrio Total. O IQA calculado (65) corresponde a condição de qualidade BOA neste ponto. O IT foi igual a zero (0) devido as concentrações dos metais: Cobre, Cromo, Cádmio e Níquel, terem ultrapassado o VLP da Resolução. Desta forma, o IQAc classificou esta estação com uma qualidade MUITO RUIM. 156 O IET calculado considerando a ponderação do Fósforo Total e Clorofila a, foi de 53,16 correspondendo a um corpo d’água na condição MESOTRÓFICO. Na amostra de sedimento, os resultados se enquadram abaixo dos limites estabelecido na Resolução CONAMA 344/2004, para a referida classe de águas (Tabela 4-20). Tabela 4-20 – Resultados para a amostra de sedimento no ponto PIA 27 (Estuário Guamaré). PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IT Cobre dissolvido (mg/Kg) Chumbo Total (mg/Kg) Cromo Total (mg/Kg) Cádmio Total (mg/Kg) Zinco Total (mg/Kg) Níquel Total (mg/Kg) Mercúrio Total (mg/Kg) PIA 27 VLP* 0,03 0,75 0,40 0,20 0,17 0,80 34,00 46,70 81,00 1,20 150,00 20,90 0,15 < LD (0,01) * VLP–Valores Limites Permitidos em mg/Kg para águas salobras e salinas nível 1, segundo Resolução CONAMA N° 344/2004 . PIA28 – Rios das Conchas O PIA28 é referente ao Rio dos Conchas (estuário), localizado em Porto do Mangue. De acordo com a salinidade medida (34,33 ‰), os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas salinas, Classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005. Este ponto apresentou profundidade de 0,5 m. A temperatura da amostra foi 29ºC. O pH da amostra (7,81) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas salinas, Classe 1 (6,5 a 8,5). O Teor de Óleos e Graxas esteve abaixo do limite de detecção do método (< 10 mg/L), salientando que TOG não é um parâmetro mensurável na Resolução citada. O padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausentes. A concentração de Sólidos Totais foi de 39.360 mg/L, e a Turbidez 2,4 UNT. O limite mínino estabelecido de OD para as águas salinas, Classe 1 é de 6,0 mg/L, a concentração de Oxigênio Dissolvido medido (6,7 mg/L) esteve portanto, acima do limite de referência. A DBO foi de 19,46 mg/L e a concentração de COT esteve abaixo do Limite de Detecção do método (< 0,2 mg/L), permanecendo dentro do padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1, que é de até 3,0 mg/L. A concentração de fósforo total (0,155 mg/L) esteve fora da faixa de referência (≤ 0,062 mg/L). O valor para nitrogênio total foi de 1,68 mg/L. A concentração do Nitrogênio Amoniacal esteve abaixo do Limite de Detecção do método (< 0,02) mg/L, estando portanto abaixo do VLP estabelecido para a 157 referida classe que é de até 0,40 mg/L. O valor para clorofila ‘a’ foi de 3,85 µg/L. A resolução não estabelece valor padrão de clorofila para essa classe de água. A concentração de Coliformes Termotolerantes (153 UFC/100mL) se encontra dentro dos padrões estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000,0 NMP/100mL). As concentrações dos metais pesados analisadas estiveram acima do Limite de Detecção do Equipamento, com exceção do Chumbo Total, Zinco Total e Mercúrio Total. O IQA calculado (62) corresponde a condição de qualidade BOA neste ponto. O IT foi igual a zero (0) devido as concentrações dos metais: Cobre, Cromo, Cádmio e Níquel, terem ultrapassado o VLP da Resolução. Desta forma, o IQAc classificou esta estação com uma qualidade MUITO RUIM. O IET calculado considerando a ponderação do Fósforo Total e Clorofila a, foi de 60,95 correspondendo a um corpo d’água na condição de EUTRÓFICO. Na amostra de sedimento de fundo, os resultados se estiveram abaixo dos limites estabelecido na Resolução CONAMA 344/2004, como pode ser observado na Tabela 4-21. Tabela 4-21 – Resultados para a amostra de sedimento no ponto PIA 28 – Rio das Conchas. PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IT Cobre dissolvido (mg/Kg) Chumbo Total (mg/Kg) Cromo Total (mg/Kg) Cádmio Total (mg/Kg) Zinco Total (mg/Kg) Níquel Total (mg/Kg) Mercúrio Total (mg/Kg) PIA 28 VLP* 0,03 0,80 0,50 0,20 0,28 0,80 34,00 46,70 81,00 1,20 150,00 20,90 0,15 < LD (0,0002) * VLP–Valores Limites Permitidos em mg/Kg para águas salobras e salinas nível 1, segundo Resolução CONAMA N° 344/2004 . SÍNTESE GRÁFICA DOS RESULTADOS DA BACIA PIRANHAS-AÇU Nas figuras 4.75 a 4.80 apresentam-se os gráficos dos principais parâmetros e índices de controle da Bacia Hidrográfica do Piranha-Açu. 158 Figura 4-75 - Variação espacial das concentrações de OD e DBO na Bacia Hidrográfica do PiranhasAçu (estações de água salobra e salina). Figura 4-76 - Variação espacial das concentrações de OD e COT na Bacia Hidrográfica do Piranhas-Açu (estações de água salobra e salina). 159 Figura 4-77 - Variação espacial dos Coliformes Termotolerantes na Bacia Hidrográfica do Piranha-Açu. Figura 4-78 - Variação espacial da densidade de cianobactérias na Bacia Hidrográfica do Piranhas-Açu. 160 Figura 4-79 - Variação espacial do Indice de Qualidade da Água – IQA na Bacia Hidrográfica do Piranhas-Açu. Figura 4-80 - Variação espacial do Índice de Estado Trófico – IET na Bacia Hidrográfica do PiranhasAçu. 161 4.3. BACIA HIDROGRÁFICA APODI-MOSSORÓ A bacia hidrográfica Apodi/Mossoró, localizada na região oeste potiguar, é a segunda maior do Estado, ocupando 26,8% de sua área. Apesar de sua importância sócio-econômica para a região, tem sofrido conseqüências diretas de atividades antrópicas, que acabam constituindo-se em fonte de contaminação e uma ameaça ao meio ambiente e à saúde pública. Assim, é de extrema importância o conhecimento da qualidade de suas águas superficiais e subterrâneas, de forma a planejar o gerenciamento adequado deste recurso hídrico, avaliando impactos e prevenindo sua degradação. Na Tabela 4-22 apresentam-se os resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos, assim como o IQA, IT, IQAc e IET médio, considerando-se fósforo e clorofila ‘a’, para os pontos de amostragem situados na Bacia Hidrográfica do Rio Apodi-Mossoró, nos meses de novembro e dezembro de 2009. Nesta bacia foram selecionados 29 pontos de amostragem: APM01–Açude Encanto, APM02–Açude Bonito II, APM03–Açude Jesus Maria José, APM4–Açude Flechas, APM05–Açude Público de Pau dos Ferros, APM06–Açude Público de Pilões, APM07–Açude Público de Marcelino Vieira, APM08–Açude 25 de Março (não foi selecionada para monitoramento); APM09–Açude de Lucrécia, APM10–Açude Rodeador, APM11–Açude do Brejo, APM12–Açude Malhada Vermelha, APM13–Açude Passagem, APM14–Açude Morcego, APMP15–Açude Santo Antonio, APM16–Açude Apanha Peixe, APM17– Barragem de Santa Cruz, APM18–Rio Apodi/Mossoró – Felipe Guerra, APM19–Rio Apodi/Mossoró – Gov. Dix-Sept Rosado, APM20–Rio Apodi/Mossoró – Barragem do Genésio, APM21–Rio Apodi/Mossoró – Passagem de Pedra, APM 22–Rio Apodi/Mossoró –Areia Branca (estuário), APM 23– Açude Riacho da Cruz, APM 24–Açude Barragem de Umari, APM 25–Rio do Carmo- Upanema, APM 26–Rio do Carmo- Fazenda Angicos, APM 27-Açude de Tourão, APM 28-Açude Santana de Pau dos Ferros e APM 29-Rio Apodi/Mossoró – Jusante de Pau dos Ferros e APM 30-Ponte – BR101 (estuário). Tabela 4-22 - Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT, IQAc e IET da bacia hidrográfica Apodi-Mossoró/RN. PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IQA Temperatura da amostra (0C) pH Altitude (m) OD (mg.L-1) DBO (mg.L-1) Coliformes Termotolerantes (NMP.100 mL-1) Nitrogênio Total (mg.L-1) APM01 APM02 APM03 APM04 APM05 APM06 APM07 28 7,75 215 9,1 9,74 27,9 6,96 523 8,7 11,1 27,8 7,2 304 4,6 9,07 27,8 7,4 251 6,0 7,7 28,4 7,72 213 6,9 8,72 31,0 6,58 238 5,2 6,25 27,6 7,2 216 6,6 6,3 2500 2000 28 14 1800 8 38 6,3388 0,545 9,2301 > 100 11,495 > 100 7,3141 -1 0,2999 0,3977 0,8364 4,83 0,5243 0,5584 4,3555 -1 Sólidos Totais (mg.L ) Turbidez (UNT) Índice (IQA) Qualidade 283,6 0 55 Média 165,9 10,7 43 Ruim 94,22 27,4 53 Média Cobre dissolvido (mg.L-1) Chumbo Total (mg.L-1) Cromo Total (mg.L-1) Cádmio Total (mg.L-1) Zinco Total (mg.L-1) Níquel Total (mg.L-1) Mercúrio Total (mg.L-1) Índice (IT) IQAc Qualidade Índice do Estado Trófico (IET) < 0,007 < 0,05 < 0,02 < 0,01 < 0,007 < 0,05 < 0,002 1 55 Média 68,9 209,5 122,6 193,7 205,74 19,3 8,9 20,6 57 55 57 35 50 Média Média Ruim Ruim PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT < 0,007 < 0,007 < 0,007 < 0,007 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,02 < 0,02 < 0,02 < 0,02 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,007 < 0,007 < 0,007 < 0,007 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,002 < 0,002 < 0,002 < 0,002 1 1 1 1 55 57 35 50 Média Média Ruim Ruim 66,5 71,3 72,5 73,0 < 0,007 < 0,05 < 0,02 < 0,01 < 0,007 < 0,05 < 0,002 1 43 Ruim 69,2 < 0,007 < 0,05 < 0,02 < 0,01 0,069 < 0,05 < 0,002 1 53 Média 77,9 Categoria Hipereutrófico Hipereutróf. Hipereutróf. Fósforo Total (mg.L ) Supereutróf . Hipereutróf. Hipereutróf. Hipereutróf. Cianobactérias (cél/mL) COT (mg.L-1) Teor de Óleos e Graxas (mg.L-1 ) Clorofila ‘a’ (µg.L-1) Salinidade (‰) 844.376 19,14 0,0 17,93 0,0 294.975 19,14 0,0 4,88 0,12 745.513 19,49 26,8 13,55 0,0 18,44 13,2 2,56 0,058 733.106 19,14 29,8 48,61 0,14 161.150 18,79 11,4 9,59 0,19 1.559.174 18,79 12,2 26,57 0,0 Nitrogênio Amoniacal (mg.L-1) ND ND ND ND ND ND ND VLP* 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3 ;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3 ≤ 5,0 1 < 1.000 1,2,3 ≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 ≤ 0,0623; ≤ 1001 ≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3 ≤ 0,01 1, 2,3 ≤ 0,05 1, 2,,3 ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2, ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3 ≤ 0,025 1, 2,3 ≤ 0,0002 1, 2,3 2 50.000 ; 20.000MS ≤ 3,02,3 Virtualmente ausentes ≤ 301 1 0,5‰ ; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3 (3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH ≤ 8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/ pH > 8,5)1; 0,40 2,3 Profundidade (m) 9 8 10 9 9 10 10 Transparência (m) 0,7 0,8 0,6 0,65 0,5 1,15 0,7 * VLP–Valores Limites Permitidos (mg/L) para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/20051 . 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas. +ambientes lênticos, ++ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos. APM01 – Açude Encanto; APM02 – Açude Bonito II; APM03 – Açude Jesus Maria José; APM04 – Açude Flechas; APM05 –Açude Público de Pau dos Ferros; APM06 – Açude Público de Pilões e APM07 – Açude Público de Marcelino Vieira. 163 Tabela 4-22 (cont.)- Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT, IQAc e IET da bacia hidrográfica Apodi/Mossoró/RN. PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IQA Temperatura da amostra (0C) pH Altitude (m) OD (mg.L-1) DBO (mg.L-1) Coliformes Termotolerantes (NMP.100 mL-1) Nitrogênio Total (mg.L-1) APM08 APM09 APM10 APM11 APM12 APM13 APM14 - 27,9 8,1 215 6,9 7,65 29,0 8,1 177 6,9 3,4 28,5 8,4 138 6,5 6,24 29,5 7,87 132 8,3 3,31 28,3 7,3 148 7,0 6,32 28,3 6,43 107 5,9 4,85 - 0 22 42 18 500 46 - 4,6704 26,3628 3,3065 10,02 5,5801 6,3903 -1 Fósforo Total (mg.L ) - 0,4596 0,2680 0,3200 0,3272 0,3239 0,3172 -1 Sólidos Totais (mg.L ) Turbidez (UNT) Índice (IQA) Qualidade - 106,7 14 62 Média 6,03 4,8 67 Média Cobre dissolvido (mg.L-1) Chumbo Total (mg.L-1) Cromo Total (mg.L-1) Cádmio Total (mg.L-1) Zinco Total (mg.L-1) Níquel Total (mg.L-1) Mercúrio Total (mg.L-1) Índice (IT) IQAc Qualidade Índice do Estado Trófico (IET) Categoria Cianobactérias (cel/mL) • COT (mg.L-1) Teor de Óleos e Graxas (mg.L-1 ) Clorofila ‘a’ (µg.L-1) Salinidade (‰) - 134,1 120,6 123,1 121,2 13,6 4,21 11 14,5 73 74 68 70 Boa Boa Média Média PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT < 0,007 < 0,007 < 0,007 < 0,007 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,02 < 0,02 < 0,02 < 0,02 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 0,017 0,024 < 0,007 < 0,007 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,002 < 0,002 < 0,002 < 0,002 1 1 1 1 73 74 68 70 Boa Boa Média Média 67,5 75,6 66,9 61,8 < 0,007 < 0,05 < 0,02 < 0,01 0,115 < 0,05 < 0,002 1 62 Média 69,2 < 0,007 < 0,05 < 0,02 < 0,01 0,113 < 0,05 < 0,002 1 67 Média 61,5 Nitrogênio Amoniacal (mg.L-1) - Hipereutróf. Hipereutróf. Supereutróf. Eutrófico Hipereutróf. Eutrófico - 698.225 17,75 64,8 6,09 0,0 18,79 38,8 5,43 0,097 18,10 42,2 7,52 0,039 18,10 46,4 0,915 0,21 19,14 106,4 18,39 0,0 19,84 89,2 0,829 0,0 - ND ND ND ND ND ND VLP* 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3 ;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3 ≤ 5,0 1 < 1.000 1,2,3 ≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 2; 0,0623; ≤ 1001 ≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3 ≤ 0,01 1, 2,3 ≤ 0,05 1, 2,,3 ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2, ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3 ≤ 0,025 1, 2,3 ≤ 0,0002 1, 2,3 50.0002 ; 20.000MS ≤ 3,02,3 Virtualmente ausentes ≤ 301 1 0,5‰ ; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3 (3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH ≤ 8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/ pH > 8,5)1; 0,40 2,3 Profundidade (m) 6 17 6 7 15 7 Transparência (m) 1 2,1 0,9 0,4 0,6 0,8 * VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/20051 . 1Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas. + ambientes lênticos e ++ ambientes Intermediários e ambientes lóticos +++ APM08 – Açude 25 de março; APM09 – Açude de Lucrécia; APM10 – Açude Rodeador; APM11 – Açude do Brejo; APM12 – Açude Malhada Vermelha; APM13 – Açude Passagem e APM14 – Açude Morcego. 164 Tabela 4-22 (cont.) - Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT, IQAc e IET da bacia hidrográfica Apodi/Mossoró/RN. PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IQA Temperatura da amostra (0C) pH Altitude (m) OD (mg.L-1) DBO (mg.L-1) Coliformes Termotolerantes (NMP.100 mL-1) Nitrogênio Total (mg.L-1) APM15 APM16 APM17 APM18 APM19 APM20 APM21 27,5 7,8 140 6,3 11,74 30,9 8,05 47 6,8 10,76 29,7 8,14 95 7,4 5,05 31,6 7,8 21 7,8 9,3 30,8 7,6 21 9,2 11,91 29,9 7,5 4 6,8 7,34 29,4 7,14 3 6,7 16,26 0 33 20 28 84 1 14 5,5109 > 100 > 100 1,5839 3,0074 1,0273 9,0677 -1 Fósforo Total (mg.L ) 0,4635 1,0436 0,1854 0,4495 0,3328 0,1128 1,8760 -1 Sólidos Totais (mg.L ) Turbidez (UNT) Índice (IQA) Qualidade 6,08 15,8 69 Média 169,78 144 66 Média 220,48 13,8 52 Média Cobre dissolvido (mg.L-1) Chumbo Total (mg.L-1) Cromo Total (mg.L-1) Cádmio Total (mg.L-1) Zinco Total (mg.L-1) Níquel Total (mg.L-1) Mercúrio Total (mg.L-1) Índice (IT) IQAc Qualidade Índice do Estado Trófico (IET) Categoria Cianobactérias (cel/mL) COT (mg.L-1) Teor de Óleos e Graxas (mg.L-1 ) Clorofila ‘a’ (µg.L-1) Salinidade (‰) < 0,007 < 0,05 < 0,02 < 0,01 < 0,007 < 0,05 < 0,002 1 69 Média 71,3 17,52 3,5 55,16 75,88 242 6,23 142 45,5 31 48 55 60 Ruim Ruim Média Média PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT < 0,007 < 0,007 < 0,007 < 0,007 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,02 < 0,02 < 0,02 < 0,02 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,007 < 0,007 < 0,007 < 0,007 < 0,05 < 0,05 0,048 < 0,05 < 0,002 < 0,002 < 0,002 < 0,002 1 1 0 1 31 48 0 60 Ruim Ruim Muito ruim Média 72 66,8 54,2 58,9 < 0,007 < 0,05 < 0,02 < 0,01 < 0,007 < 0,05 < 0,002 1 66 Média 62,2 < 0,007 < 0,05 < 0,02 < 0,01 < 0,007 < 0,05 < 0,002 1 52 Média 75,9 Nitrogênio Amoniacal (mg.L-1) Hipereutróf. Hipereutróf Supereutróf. Mesotrófico Mesotrófico Eutrófico Hipereutróf. 18,10 24 28,47 0,0 17,75 12 13,58 0,078 18,10 27,46 14,00 0,019 18,10 72 0,427 0,0 18,10 64,8 1,52 0,097 18,44 77,2 4,00 0,45 18,10 125,6 27,18 0,80 ND 0,0533 ND ND 0,0266 0,0098 0,0438 VLP* 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3 ;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3 ≤ 5,0 1 < 1.000 1,2,3 ≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 ≤ 0,0623; ≤ 1001 ≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3 ≤ 0,01 1, 2,3 ≤ 0,05 1, 2,,3 ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2, ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3 ≤ 0,025 1, 2,3 ≤ 0,0002 1, 2,3 50.0002 ; 20.000MS ≤ 3,02,3 Virtualmente ausentes ≤ 301 1 0,5‰ ; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3 (3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH ≤ 8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/ pH > 8,5)1; 0,40 2,3 Profundidade (m) 6 7 20 0,34 0,5 0,5 0,5 Transparência (m) 0,4 0,35 1,3 0,5 0,5 1 0,5 * VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/20051 . 1Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas. + ambientes lênticos e ++ ambientes Intermediários e ambientes lóticos +++ APM15 – Açude Santo Antônio; APM16 – Açude Apanha Peixe; APM17 – Barragem de Santa Cruz; APM18 – Pedra de Abelhas – Felipe Guerra; APM19 – Gov. Dix-Sept Rosado; APM20 – Barragem do Genésio e APM21 – Passagem de Pedra. 165 Tabela 4-22 (cont.) - Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT, IQAc e IET da bacia hidrográfica Apodi/Mossoró/RN. PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IQA Temperatura da amostra (0C) pH Altitude (m) OD (mg.L-1) DBO (mg.L-1) Coliformes Termotolerantes (NMP.100 mL-1) Nitrogênio Total (mg.L-1) APM22 APM23 APM24 APM25 APM26 APM27 APM28 28,2 7,47 0 5,5 8,62 28 6,71 165 7,1 6,26 28,6 8,12 71 6,5 4,92 29 7,9 71 4,8 4,51 28 7,97 15 7,1 2,38 28,6 7,2 185 6,3 8,18 27,7 7,5 230 6,2 8,36 220 1000 0 7 25 0 48 18,112 - 2,9328 5,612 2,1546 8,4518 4,4757 -1 Fósforo Total (mg.L ) 0,1781 - 0,5656 0,2463 0,1910 0,3406 0,5567 -1 Sólidos Totais (mg.L ) Turbidez (UNT) Índice (IQA) Qualidade 711,54 8,77 55 Média 241,4 8,89 71 Boa 89 37,4 62 Média Cobre dissolvido (mg.L-1) Chumbo Total (mg.L-1) Cromo Total (mg.L-1) Cádmio Total (mg.L-1) Zinco Total (mg.L-1) Níquel Total (mg.L-1) Mercúrio Total (mg.L-1) Índice (IT) IQAc Qualidade Índice do Estado Trófico (IET) Categoria Cianobactérias (cel/mL) COT (mg.L-1) Teor de Óleos e Graxas (mg.L-1 ) Clorofila ‘a’ (µg.L-1) Salinidade (‰) 0,081 0,341 0,135 < 0,01 0,072 0,348 < 0,002 0 0 Muito ruim 50,9 < 0,007 < 0,05 < 0,02 < 0,01 0,012 < 0,05 < 0,002 1 71 Boa 63,9 < 0,007 < 0,05 < 0,02 < 0,01 < 0,007 < 0,05 < 0,002 1 62 Média 73,3 Nitrogênio Amoniacal (mg.L-1) 2,98 3,5 5,16 6,7 3,31 8,3 6,16 76 71 78 Boa Boa Boa PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT < 0,007 < 0,007 < 0,007 < 0,007 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,02 < 0,02 < 0,02 < 0,02 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,007 < 0,007 < 0,007 < 0,007 < 0,05 < 0,05 < 0,05 0,030 < 0,002 < 0,002 < 0,002 < 0,002 1 1 1 0 76 71 0 Boa Boa Muito ruim 57,7 68,9 61,6 70,1 Oligotrófico Mesotróf. Hipereutróf. Eutrófico Hipereutróf. Supereutrófico Hipereutróf. ND 17,75 76 0,350 816,75 19,14 9,34 - 2.920 18,10 26 8,45 0,0 18,44 78 3,39 0,019 18,44 39 2,74 0,0 18,79 11,6 2,00 0,039 19,14 18,8 50,14 0,39 ND - ND ND ND ND 0,0283 VLP* 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3 ;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3 ≤ 5,0 1 < 1.000 1,2,3 ≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 ≤ 0,0623; ≤ 1001 ≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3 ≤ 0,01 1, 2,3 ≤ 0,05 1, 2,,3 ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2, ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3 ≤ 0,025 1, 2,3 ≤ 0,0002 1, 2,3 50.0002 ; 20.000MS ≤ 3,02,3 Virtualmente ausentes ≤ 301 1 0,5‰ ; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3 (3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH ≤ 8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/ pH > 8,5)1; 0,40 2,3 Profundidade (m) <1 9 12 <1 <1 9 7 Transparência (m) 0,3 1 1,2 0,4 <1 0,85 0,4 * VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/20051 . 1Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas. + ambientes lênticos e ++ ambientes Intermediários e ambientes lóticos +++ APM22 – Areia Branca (praça da igreja); APM23 – Riacho da Cruz; APM24 – Açude de Umari; APM25 – Upanema; APM26 – Fazenda Angicos; APM27 – Açude Tourão e APM28 – Açude Santana de Pau dos Ferros. Para APM23 o IET = IET (CL). 166 Tabela 4-22 (cont.)- Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT, IQAc e IET da bacia hidrográfica Apodi/Mossoró/RN. PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IQA Temperatura da amostra (0C) pH Altitude (m) OD (mg.L-1) DBO (mg.L-1) Coliformes Termotolerantes (NMP.100 mL-1) Nitrogênio Total (mg.L-1) APM29 APM30 - 29,8 8,39 3 7,1 11,46 - 0 - 13,8950 VLP* 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3 ;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3 ≤ 5,0 1 < 1.000 1,2,3 ≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 2; Fósforo Total (mg.L ) 0,4841 0,0623; -1 Sólidos Totais (mg.L ) 9,58 Turbidez (UNT) 29,9 ≤ 1001 Índice (IQA) 65 Qualidade MÉDIO PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT Cobre dissolvido (mg.L-1) < 0,007 ≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3 -1 Chumbo Total (mg.L ) < 0,05 ≤ 0,01 1, 2,3 -1 Cromo Total (mg.L ) 0,086 ≤ 0,05 1, 2,,3 Cádmio Total (mg.L-1) < 0,01 ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2, Zinco Total (mg.L-1) < 0,007 ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3 -1 Níquel Total (mg.L ) < 0,05 ≤ 0,025 1, 2,3 -1 Mercúrio Total (mg.L ) < 0,002 ≤ 0,0002 1, 2,3 Índice (IT) 0 IQAc 0 Qualidade Muito ruim Índice do Estado Trófico (IET) 71,1 Categoria Hipereutróf 50.0002 ; 20.000MS Cianobactérias (cel/mL) COT (mg.L-1) 17,75 ≤ 3,02,3 Teor de Óleos e Graxas (mg.L-1 ) 166 Virtualmente ausentes Clorofila ‘a’ (µg.L-1) 20,34 ≤ 301 1 Salinidade (‰) 0,078 0,5‰ ; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3 (3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH ≤ Nitrogênio Amoniacal (mg.L-1) 0,0366 8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/ pH > 8,5)1; 0,40 2,3 Profundidade (m) <1 Transparência (m) 0,3 -1 * VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, + ambientes lênticos e ++ ambientes Intermediários e +++ ambientes lóticos segundo Res. CONAMA N° 357/20051. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas. APM29 – Jusante de Pau dos Ferros (o leito do rio estava seco) e APM30 – Ponte BR 110 – Rio do Carmo. APM01 - Açude Encanto O ponto APM1 refere-se ao Açude Encanto, apresenta profundidade de 9 m (no local da coleta) e 0,7 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe II, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,00 ‰. A temperatura da amostra medida foi de 28,0 ºC, o pH (7,75) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces, classe 2 e a turbidez foi 0 uT, portanto, inferior ao VLP (≤100 UNT). O teor de óleos e graxas foi 0,00. Vale salientar que OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente. A concentração de STD foi de aproximadamente 283,6 mg/L, valor este aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L. O limite mínimo estabelecido de OD para as águas doces de classe 2 é de 5 mg/L. Assim, a concentração de oxigênio dissolvido medido (9,1 mg/L) encontra-se satisfatório. No entanto, a DBO calculada (9,74 mg/L) ultrapassa o valor máximo da referida Resolução que é 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido é considerável (19,14 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. A concentração de fósforo total (0,2999 mg/L) encontra-se muito elevado e não atende ao VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 6,3388 mg/L e nitrogênio amoniacal não foi detectado. A clorofila ‘a’ medida foi de 17,93 µg/L e inferior ao VLP (30 µg/L). Os metais analisados estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental. No entanto, a metodologia utilizada para a análise de chumbo, cádmio, níquel e mercúrio não permite verificar o seu enquadramento. Os seus limites de detecção foram < 0,05, < 0,01, < 0,05 e < 0,002 mg/L quando a resolução CONAMA define os VLP máximos de ≤ 0,01, ≤ 0,001, ≤ 0,025 e ≤ 0,0002 mg/L, respectivamente. Quanto aos coliformes termotolerantes, a quantidade encontrada foi muito significativa (2500 NMP/100 mL) se comparada ao VLP que deve ser < 1.000 NMP/100 mL. O açude apresentou, também, grande densidade de cianobactérias, aumentando de 437.265 células/mL em setembro de 2009 para 844.376 células/mL em novembro de 2009. Este açude apresenta sempre altas densidades (413.008 células/mL em abril de 2009 e 202.224 células/mL em setembro de 2008). Tais valores, portanto, são superiores ao limite estabelecido pela Resolução 357/2005 CONAMA que estabelece até 50.000 cel/mL de cianobactérias para águas doces classe 2 e da Portaria 518/2004-MS que limita este parâmetro em 20.000 células/mL. O IT foi igual a 1 o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 55, o que corresponde a uma MÉDIA qualidade. No entanto, como já mencionado, não há segurança na determinação do IT quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e mercúrio como metais de controle. O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”, foi de 68,9 que corresponde a um corpo d’água na condição de HIPEREUTRÓFICO. Cabe ressaltar que a concentração de fósforo superou o limite de enquadramento indicando condição favorável ao processo de eutrofização. 168 APM02 - Açude Bonito II O ponto APM2 refere-se ao Açude Bonito II. Apresenta profundidade de 8 m no local da coleta e 0,8 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe II, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,12 ‰ No momento da coleta mediram-se: temperatura (27,9 ºC); pH (6,96) que situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces, classe 2; a turbidez foi 19,3, dentro do limite permitido (≤ 100 UNT). Assim como em APM1, neste ponto o teor de óleos e graxas foi 0,0. A concentração de sólidos totais dissolvidos foi de 209,5 mg/L (Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD). A concentração medida de OD foi de 8,7 mg/L e, portanto, acima do limite mínimo estabelecido para as águas doces de classe 2 que é de 5 mg/L. Quanto à DBO calculada (11,1 mg/L), o valor encontra-se acima do VLP da referida Resolução, que é 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi expressiva (19,14 mg/L), considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. A concentração de fósforo total foi aproximadamente de 0,3977 mg/L, este valor encontra-se muito acima do VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 0,545 mg/L e nitrogênio amoniacal não foi detectado. A clorofila ‘a’ medida foi 4,88 µg/L e inferior ao VLP (30 µg/L). Em relação aos metais, esse corpo aquático apresentou comportamento semelhante ao APM01. No entanto, como já mencionado, não há segurança na determinação quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e mercúrio como metais de controle. Quanto aos coliformes termotolerantes, a quantidade encontrada foi muito significativa (2000 NMP/100 mL) se comparada ao VLP que deve ser < 1.000 NMP/100 mL. Este açude também se configura por apresentar elevada densidade de cianobactérias. Em setembro/2009 obteve 326.520 células/mL e em novembro/2009 294.975 células/mL. Apesar da diminuição da densidade em julho/2009 (45.166 células /mL), o açude também apresentou altos níveis em setembro de 2008 (185.889 células/mL) e março de 2009 (317.500). Os valores apresentados, com exceção de julho/2009 excedem o limite estabelecido pela Resolução 357/2005 CONAMA que estabelece até 50.000 cel/mL e pela Portaria 518/2004-MS que limita este parâmetro em 20.000 células/mL. O IT foi igual a 1 o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 55, o que corresponde a uma MÉDIA qualidade. O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”, foi de 66,5 correspondendo a um corpo d’água na condição de SUPEREUTRÓFICO, como já esperado, uma vez que a concentração de fósforo superou o limite de enquadramento indicando condição favorável ao processo de eutrofização. 169 APM03 - Açude Jesus Maria José O ponto APM3 refere-se ao Açude Jesus Maria José, com profundidade de 10 m (no local da coleta) e 0,6 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas doces, classe II, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,00 ‰. No momento da coleta foram verificados: temperatura (27,8 ºC); pH (7,2) dentro do esperado para enquadramento para águas doces, classe 2; turbidez 8,9 UNT e concentração de óleos e graxas igual a 26,8 mg/L. Vale ressaltar que OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente. A concentração de sólidos totais dissolvidos foi de aproximadamente 122,6 mg/L e, portanto, pode ser considerado aceitável para consumo humano em acordo com a Portaria 518-MS que estabelece um limite de 1000 mg/L para STD. A concentração medida de OD foi de 4,6 mg/L e portanto abaixo do limite mínimo estabelecido para as águas doces de classe 2 que é de 5 mg/L. A DBO calculada (9,07 mg/L) ultrapassa o valor máximo da referida Resolução que é 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi significativo (19,49 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. A concentração de fósforo total aproximadamente de 0,8364 mg/L encontra-se acima do VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 9,2301 mg/L e nitrogênio amoniacal não foi detectado. A clorofila ‘a’ medida foi 13,55 µg/L e inferior ao VLP (30 µg/L). Em relação aos metais, o resultado foi semelhante aos açudes APM01 e APM02. Como já mencionado, não há segurança na determinação quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e mercúrio como metais de controle. Quanto aos coliformes termotolerantes, o valor obtido foi de 28 NMP/100 mL, abaixo do VLP (1000 NMP/100 mL). Elevada densidade de cianobactérias foi registrada neste açude em setembro/2009 (444.705 células/mL) e novembro/2009 (745.513 células/mL). Este açude também apresentou alta densidade de cianobactérias em julho/2009 (351.162 células/mL), em setembro/2008 (158.060 células/mL) e março /2009 (214.240 células/mL). Estes resultados são superiores ao estabelecido pela Resolução 357/2005 CONAMA que é de até 50.000 cel/mL de cianobactérias para águas doces classe 2 e ao limite da Portaria 518/2004-MS que é de 20.000 células/mL. O IT foi igual a 1 o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 57 o que corresponde a uma qualidade da água MÉDIA. O IET calculado (71,3), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”, corresponde a um corpo d’ água na condição de HIPEREUTRÓFICO. Como esperado, a concentração de fósforo superou o limite de enquadramento indicando condição favorável ao processo de eutrofização. APM04 - Açude Flechas O ponto APM4 refere-se ao Açude Flechas, com profundidade de 9 m (no local da coleta) e 0,65 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites 170 permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,058 ‰ A temperatura da amostra foi de 27,8 ºC; pH (7,4) dentro do esperado para enquadramento para águas doces, classe 2. Neste ponto a turbidez foi de 20,6 uT. A concentração de OG foi de 13,2 mg/L (OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente). A concentração de sólidos totais dissolvidos foi de aproximadamente 193,7 mg/L, este valor pode ser considerado aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD. A concentração medida de OD foi de 6,0 mg/L e portanto acima do limite mínimo estabelecido para as águas doces de classe 2 que é de 5 mg/L. No entanto, a DBO calculada (7,7 mg/L) ultrapassa o valor máximo da referida da Resolução 357/2005 CONAMA que é 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi expressivo (18,44 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. Pode-se perceber que a concentração de fósforo total foi muito elevada (4,83 mg/L), acima do VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi > 100 mg/L e nitrogênio amoniacal não foi detectado. A clorofila ‘a’ medida foi 2,56 µg/L e inferior ao VLP (30 µg/L). Quanto aos metais, o resultado foi semelhante aos açudes mencionados anteriormente e, como já mencionado, não há segurança na determinação quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e mercúrio como metais de controle. Quanto aos coliformes termotolerantes, o valor obtido foi de 14 NMP/100 mL, abaixo do VLP (< 1000 NMP/100 mL). Este ponto não foi selecionado para análise de cianobactérias. O IT foi igual a 1 o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 35 o que corresponde a uma qualidade de água RUIM. O IET calculado (72,5), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”, corresponde a um corpo d’ água na condição de HIPEREUTRÓFICO, como esperado, devido a elevada concentração de nutrientes neste açude. APM05 – Açude Público de Pau dos Ferros O ponto APM5 refere-se ao Açude Público de Pau dos Ferros. O referido açude possui profundidade de 9 m no ponto da coleta e 0,5 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,14 ‰ No momento da coleta a temperatura foi 28,4 ºC; o pH foi 7,72, dentro do esperado para enquadramento para águas doces, classe 2; a turbidez foi de 57 uT; o teor de OG apresentou-se um pouco elevado, com 29,8 mg/L (OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente). A concentração de sólidos totais dissolvidos foi de aproximadamente 205,74 mg/L e portanto aceitável para consumo humano em acordo com a Portaria 518-MS (inferior a 1000 mg/L para STD). 171 A concentração de OD foi de 6,9 mg/L, acima do limite mínimo estabelecido para as águas doces de classe 2 que é de 5 mg/L. Por outro lado, a DBO calculada foi alta 8,72 mg/L e maior que o VLP máximo que é 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi significativo (19,14 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. A concentração de fósforo total foi de aproximadamente de 0,5243 mg/L e supera o VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 11,495 mg/L e nitrogênio amoniacal não foi detectado. A clorofila ‘a’ medida foi elevada (48,61 µg/L) ultrapassando o VLP (30 µg/L). Quanto aos metais, o resultado foi semelhante aos açudes mencionados anteriormente e, como já mencionado, não há segurança na determinação quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e mercúrio como metais de controle. Quanto aos coliformes termotolerantes, o valor obtido foi de 1800 NMP/100 mL, acima do VLP (< 1000 NMP/100 mL). Este açude se configura por apresentar densidade de cianobactérias muito elevada, acima de 1 milhão de células/mL. Em setembro/2009 apresentou 1.653.723 células/mL), diminuindo para 733.106 células/mL em novembro/2009. A densidade também foi bastante elevada em julho de 2009, atingindo 1.115.710 células/mL; em outubro de 2009, atingindo 1.070.848 células/mL e em março de 2009, atingindo 463.376 células/mL. Portanto, todos apresentaram valores acima do permitido pela Resolução 357/2005 CONAMA que é de até 50.000 cel/mL de cianobactérias para águas doces classe 2 e da Portaria 518/2004-MS que é de 20.000 células/mL. O IT foi igual a 1, o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 50, que corresponde a uma qualidade RUIM. O IET calculado (73,0), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”, corresponde a um corpo d’água na condição de HIPEREUTRÓFICO. Cabe ressaltar que a concentração de fósforo foi elevada indicando condição favorável ao processo de eutrofização. APM06 – Açude Público de Pilões O ponto APM5 refere-se ao Açude Público de Pilões. O referido açude possui profundidade de 10 m no ponto da coleta e 1,15 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe II, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida de 0,19 ‰. A temperatura medida (31 ºC) condiz com a normalidade do clima e da temperatura ambiente. O pH (6,58) e turbidez (10,7 uT) medidos estão em conformidade com as águas doces, classe 2. A concentração de OG foi de 11,4 mg/L (OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente). STD (165,9 mg/L) é considerado aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD. O OD medido foi de 5,2 mg/L, acima do limite mínimo estabelecido para as águas doces de classe 2 que é de 5 mg/L e a DBO calculada foi de 6,25 mg/L, maior que o VLP máximo que é 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para 172 COT, no entanto, o valor obtido foi expressivo (18,79 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. A concentração de fósforo total foi de aproximadamente de 0,5584 mg/L e supera o VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03). A concentração de nitrogênio total foi > 100 mg/L e nitrogênio amoniacal não foi detectado. O valor de clorofila ‘a’ foi 9,59 µg.L-1, abaixo do VLP (30 µg/L). Quanto aos metais, o resultado foi semelhante aos açudes mencionados anteriormente e, como já mencionado, não há segurança na determinação quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e mercúrio como metais de controle. Quanto aos coliformes termotolerantes, o valor obtido foi de 8 NMP/100 mL, bem abaixo do VLP (< 1000 NMP/100 mL). Houve um aumento na densidade de cianobactérias no quinto trimestre de coletas. Em julho/ 2009 a densidade foi de 33.462 células/mL, aumentando para 161.150 em novembro/2009. Tais valores superam pouco o limite estabelecido pela Resolução 357/2005 CONAMA que é de até 50.000 cel/mL de cianobactérias para águas doces classe 2. O IT foi igual a 1, o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 43, o que corresponde a uma qualidade de água RUIM. O IET calculado (69,2), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a’, corresponde a um corpo d’água na condição de HIPEREUTRÓFICO. APM7 – Açude Público de Marcelino Vieira O ponto APM7 refere-se ao Açude Público de Marcelino Vieira. O referido açude possui profundidade de 10 m no ponto da coleta e 0,7 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe II, da Resolução CONAMA 357/2005. A salinidade foi 0,0 ‰. Quanto aos parâmetros medidos in loco, a temperatura (27,6 ºC) foi normal e condizente ao clima e temperatura ambiente, o pH foi de 7,2 e a turbidez foi de 27,4, todos atendendo aos VLPs de referência. A concentração de OG foi de 12,2 mg/L (OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente) e a de STD foi de 94,22 mg/L, sendo aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD. O oxigênio medido foi de 6,6 mg/L e atende ao VLP para as águas doces de classe 2 que é de no mínimo 5 mg/L. A DBO calculada foi superior ao desejado (6,3 mg/L), VLP ≤ 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (18,79 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. A concentração de fósforo total foi muito elevada (4,3555 mg/L), superando o VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03). A concentração de nitrogênio total foi de 7,3141 mg/L (não se tem VLP de referência para este parâmetro) e nitrogênio amoniacal não foi detectado. A clorofila ‘a’ foi de 26,57 µg/L e portanto inferior ao VLP (30 µg/L). 173 Em relação aos metais, o resultado foi semelhante aos açudes mencionados anteriormente e, como já mencionado, não há segurança na determinação quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e mercúrio como metais de controle. Quanto aos coliformes termotolerantes, o valor obtido foi de 38 NMP/100 mL, abaixo do VLP (< 1000 NMP/100 mL). A densidade de cianobactérias neste açude continua elevada em novembro de 2009, apresentando níveis acima de 1 milhão de células/mL (1.559.174 células/mL) e, portanto, está muito acima do que permite a Resolução 357/2005 CONAMA que é de até 50.000 cel/mL de cianobactérias para águas doces classe 2. A Portaria 518/2004-MS estabelece um limite de 20.000 células/mL. Os níveis de cianobactérias encontradas neste manancial são compatíveis com o estado de hipereutrofia do mesmo, conforme dados contidos no relatório. O IT foi igual a 1, o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 53, o que corresponde a uma MÉDIA qualidade de água. O IET calculado (77,9), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a’, corresponde a um corpo d’ água na condição de HIPEREUTRÓFICO, como já esperado pelos elevados valores obtidos para fósforo. APM08 – Açude 25 de Março Este açude não foi selecionado para monitoramento nesta campanha. APM09 – Açude de Lucrécia O ponto APM9 refere-se ao Açude de Lucrécia. O referido açude possui profundidade de 6 m no ponto da coleta e 1 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,0 ‰ A temperatura medida (27,9 ºC) situou-se dentro do esperado e os valores de pH (8,1) e turbidez (13,6 uT) estão compatíveis com os valores de referência. Neste ponto, óleos e graxas esteve presente em elevada concentração (64,8 mg/L). O valor de STD (134,1 mg/L) foi baixo e aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD. A concentração de OD foi satisfatória (6,9 mg/L) e atende ao VLP que é ≥ 5 mg/L. A DBO calculada (7,65 mg/L) foi superior ao limite permitido que é 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (17,75 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. A concentração de fósforo total (0,4596 ml/L) também foi elevada e superou o VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03). A concentração de nitrogênio total foi de 4,6704 mg/L (não se tem referência para este parâmetro) e nitrogênio amoniacal não foi detectado. A clorofila ‘a’ foi relativamente baixa (6,09 µg/L) e inferior ao VLP (30 µg/L). 174 Em relação aos metais, o resultado foi semelhante aos anteriores. Pelo mesmo motivo, não há segurança na determinação quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e mercúrio como metais de controle. Coliformes termotolerantes não foi encontrado. A densidade de cianobactérias em Lucrécia também é sempre muito elevada. Em setembro/2009 atingiu 313.005 células/mL, aumentando para 698.225 células/mL em novembro/2009, sendo, portanto, superior ao limite permitido pela Resolução 357/2005 CONAMA que é de até 50.000 cel/mL de cianobactérias para águas doces classe 2. Esta densidade também não atende a Portaria 518/2004-MS (20.000 células/mL). O IT foi igual a 1, o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 73, o que corresponde a uma BOA qualidade. O IET calculado (67,5), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”, corresponde a um o corpo d’ água na condição de HIPEREUTRÓFICO. Cabe ressaltar que a concentração de fósforo foi elevada indicando condição favorável ao processo de eutrofização. APM10 – Açude Rodeador O ponto APM10 refere-se ao Açude Rodeador. O referido açude possui profundidade de 17 m no ponto da coleta e 2,1 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,097 ‰ O valor da temperatura medida situou-se dentro do esperado (29,0 ºC). O pH (8,1) e turbidez (4,21 UNT) estão compatíveis com os valores de referência. Óleos e graxas também esteve presente em elevada concentração (38,8 mg/L). O valor de STD (120,6 mg/L) foi baixo e aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD. A concentração de OD foi satisfatória (6,9 mg/L) e atende ao VLP que é ≥ 5 mg/L. A DBO calculada (3,4 mg/L) situou-se abaixo do limite máximo permitido que é 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi expressivo (18,79 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. A concentração de fósforo total (PT) foi elevada (0,2680 ml/L) e superou o VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03). A concentração de nitrogênio total foi de 26,3628 mg/L (não se tem referência para este parâmetro) e nitrogênio amoniacal não foi detectado. A concentração de clorofila ‘a’ foi baixa (5,43 µg/L) e inferior ao VLP (30 µg/L). Em relação aos metais, o resultado foi semelhante aos anteriores. O teor de coliformes termotolerantes (22 NMP/100 mL) foi abaixo do VLP (< 1000 NMP/100 mL). Este ponto não foi selecionado para o monitoramento de cianobactérias. O IT foi igual a 1, o que resultou em um IQAc igual ao IQA de74, o que corresponde a uma qualidade de água BOA. O IET calculado (75,6), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”, corresponde a um corpo d’ água na condição de HIPEREUTRÓFICO, como já esperado, pela elevada concentração de PT obtida, na qual, sugere indicação de processo de eutrofização. 175 APM11 – Açude do Brejo O ponto APM11 refere-se ao Açude do Brejo. O referido açude possui profundidade de 6 m no ponto da coleta e 0,9 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,039 ‰ O valor da temperatura situou-se dentro do esperado. O pH (8,4) e turbidez (11) estão compatíveis com os valores de referência. A concentração de óleos e graxas foi representativa, com 42,2 mg/L, quando deveriam estar virtualmente ausentes. O valor de STD (123,1 mg/L) é aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD. A concentração de OD foi de 6,50 mg/L e portanto atende ao VLP que é ≥ 5 mg/L. Quanto a DBO, o valor obtido de 6,24 mg/L foi superior ao limite permitido que é 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi significativo (18,10 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. A concentração de PT (0,3200 ml/L) foi elevada e superou o VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03). A concentração de nitrogênio total foi de 3,3065 mg/L (não se tem referência para este parâmetro) e nitrogênio amoniacal não foi detectado. A clorofila ‘a’ foi 7,52 µg/L e inferior ao VLP (30 µg/L). Em relação aos metais, o resultado foi semelhante ao APM01. Pelo mesmo motivo, não há segurança na determinação quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e mercúrio como metais de controle. Nesta amostra o teor de coliformes termotolerantes foi de 42 NMP/100 mL, abaixo do VLP (< 1000 NMP/100 mL). Este ponto não foi selecionado para o monitoramento de cianobactérias. O IT foi igual a 1 o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 68 o que corresponde a uma qualidade MÉDIA. O IET calculado (66,9), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”, corresponde a um corpo d’ água na condição de SUPEREUTRÓFICO. Cabe ressaltar que a concentração de fósforo foi elevada indicando condição favorável ao processo de eutrofização. APM12 – Açude Malhada Vermelha O ponto APM12 refere-se ao Açude Malhada Vermelha. O referido açude possui profundidade de 7 m no ponto da coleta e 0,4 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,21 ‰ No momento da coleta foram verificados temperatura (29,5 ºC), que se situou dentro do esperado. A turbidez (14,5 uT) apresentou-se abaixo do VLP (100 uT) e o pH medido (7,87) encontra-se dentro do VLP. O teor de OG apresentou-se elevado, com 46,4 mg/L, quando deveriam estar virtualmente 176 ausentes. A concentração de sólidos totais dissolvidos foi baixa (121,2 mg/L) e portanto aceitável para consumo humano em acordo com a Portaria 518-MS (inferior a 1000 mg/L para STD). A concentração de OD (8,3 mg/L) é satisfatória, estando acima do valor mínimo permitido que é de 5 mg/L, e a DBO calculada foi 3,31 mg/L, inferior ao VLP que é 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi expressivo (18,10 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. A concentração de fósforo total foi de aproximadamente de 0,3272 mg/L e supera o VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 10,02 mg/L (não se dispõe de VLP para este parâmetro) e nitrogênio amoniacal não foi detectado. A clorofila ‘a’ medida foi baixa (0,915 µg/L) se comparada ao VLP (30 µg/L). Em relação aos metais, o resultado foi semelhante ao APM01. Pelo mesmo motivo, não há segurança na determinação quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e mercúrio como metais de controle. A concentração de coliformes termotolerantes foi de 18 NMP.100 mL-1, menor que o VLP (1.000 NMP.100 mL-1). Este ponto não foi selecionado para o monitoramento de cianobactérias. O IT foi igual a 1, o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 70, o que corresponde a uma qualidade de água MÉDIA. O IET calculado (61,8), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”, corresponde a um o corpo d’ água na condição de EUTRÓFICO. APM13 – Açude Passagem O ponto APM13 refere-se ao Açude Passagem. O referido açude possui profundidade de 15 m no ponto da coleta e 0,6 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,0 ‰ Os valores obtidos de temperatura (28,3 ºC), pH (7,3) e turbidez (14 uT) satisfazem aos valores esperados. O teor de OG foi elevado (106,4 mg/L), quando deveriam estar virtualmente ausentes, e de sólidos totais dissolvidos foi baixo (106,7 mg/L), sendo aceitável para consumo humano em acordo com a Portaria 518-MS (inferior a 1000 mg/L para STD). Em relação ao teor de OD (7,0 mg/L), o valor foi compatível com o limite mínimo estabelecido para as águas doces de classe 2 que é de 5 mg/L. No entanto, a DBO calculada (6,32 mg/L) apresentou-se acima do valor máximo permitido (5 mg/L). Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi significativo (19,14 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. A concentração de fósforo total foi elevada (0,3239 mg/L) e supera consideravelmente o VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 5,5801 mg/L (não se dispõe de VLP para este parâmetro) e nitrogênio amoniacal não foi detectado. A clorofila ‘a’ medida foi baixa (18,39 µg/L) e inferior ao valor limite permitido (30 µg/L). 177 Em relação aos metais, o resultado foi semelhante aos anteriores. Pelo mesmo motivo, não há segurança na determinação quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e mercúrio como metais de controle. A concentração de coliformes termotolerantes (500 NMP.100 mL) foi inferior ao VLP. Este ponto não foi selecionado para o monitoramento de cianobactérias. O IT foi igual a 1, o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 62, o que corresponde a uma qualidade MÉDIA. O IET calculado (69,2), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a’, classifica o corpo d’água na condição de HIPEREUTRÓFICO. Cabe ressaltar que a concentração de fósforo foi muito elevada e superou o limite de enquadramento indicando condição favorável ao processo de eutrofização. APM14 – Açude Morcego O ponto APM14 refere-se ao Açude Morcego. O referido açude possui profundidade de 7 m no ponto da coleta e 0,8 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,0 ‰ Os valores obtidos de temperatura (28,3 ºC), pH (6,43) e turbidez (4,8 uT) satisfazem aos valores esperados. O teor de OG apresentou-se elevado (89,2 mg/L), considerando-se que devia estar virtualmente ausentes. A concentração de sólidos totais dissolvidos foi insignificante (6,03 mg/L) e portanto muito abaixo do valor preconizado pela Portaria 518-MS (inferior a 1000 mg/L para STD) O valor obtido de OD (5,9 mg/L) está compatível com o VLP estabelecido para as águas doces de classe 2 (≥ 5 mg/L). A DBO apresentou-se dentro do valor máximo permitido que é de 5 mg/L (4,85 mg/L),. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi expressivo (19,84 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. A concentração de fósforo total foi elevada (0,3172 mg/L) e supera o VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 6,3903 mg/L (não se dispõe de VLP para este parâmetro) e nitrogênio amoniacal não foi detectado. A clorofila ‘a’ medida foi baixa (0,829 µg/L) e inferior ao valor limite permitido (30 µg/L). Em relação aos metais, o resultado foi semelhante aos anteriores. Pelo mesmo motivo, não há segurança na determinação quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e mercúrio como metais de controle. A quantidade de coliformes termotolerantes encontrados na amostra foi baixa (46 NMP/100 mL). O IT foi igual a 1, o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 67, o que corresponde a uma qualidade MÉDIA. O IET calculado (61,5), considerando a ponderação somente para o fósforo e clorofila ‘a’, corresponde a um corpo d’água na condição de EUTRÓFICO. 178 APM15 – Açude Santo Antonio O ponto APM15 refere-se ao Açude Santo Antonio. O referido açude possui profundidade de 6 m no ponto da coleta e 0,4 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,0 ‰ O valor de temperatura (27,5 ºC) é normal para a região. O pH (7,8) e a turbidez (15,8 uT) satisfaz aos valores esperados. O teor de OG foi 24 mg/L, quando devia estar virtualmente ausente. A concentração de sólidos totais dissolvidos foi baixa (6,08 mg/L) e portanto aceitável para consumo humano em acordo com a Portaria 518-MS (inferior a 1000 mg/L para STD) A concentração obtida de OD foi de 6,3 mg/L e superior ao VLP mínimo (5 mg/L) e a DBO foi de 11,74 mg/L, superando ao valor máximo permitido que é de 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (18,10 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. A concentração de fósforo total foi elevada (0,4635 mg/L) e supera o VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 5,5109 mg/L (não se dispõe de VLP para este parâmetro) e nitrogênio amoniacal não foi detectado. A clorofila ‘a’ (28,47 µg/L) foi inferior ao valor limite permitido (30 µg/L). Em relação aos metais, o resultado foi semelhante ao APM01. Pelo mesmo motivo, não há segurança na determinação quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e mercúrio como metais de controle. Coliformes termotolerantes não foi encontrado. O IT foi igual a 1, o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 69, o que corresponde a uma MÉDIA qualidade. O IET calculado (71,3), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a’, corresponde a um corpo d’ água na condição de HIPEREUTRÓFICO. Cabe ressaltar que a concentração de fósforo foi elevada indicando condição favorável ao processo de eutrofização. APM16 – Açude Apanha Peixe O ponto APM16 refere-se ao Açude Apanha Peixe. O referido açude possui profundidade de 7 m no ponto da coleta e 0,35 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,078 ‰. Os valores obtidos de temperatura (30,9 ºC) e pH (8,05) encontram-se dentro dos limites esperados e de turbidez (242 uT), acima. Para OG, que deveriam estar virtualmente ausentes, foi obtido um valor de 12 mg/L). A concentração de STD foi baixa (17,52 mg/L) e portanto aceitável para consumo humano em acordo com a Portaria 518-MS (inferior a 1000 mg/L para STD) A concentração obtida de OD foi satisfatória (6,8 mg/L) e superior ao VLP mínimo (5 mg/L). No entanto, a DBO obtida (10,76 mg/L) supera o valor máximo permitido que é de 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no 179 entanto, o valor obtido foi expressivo (17,75 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. A concentração de fósforo total foi alta (1,0436 mg/L) e superior ao VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi > 100 mg/L (não se dispõe de VLP para este parâmetro) e de nitrogênio amoniacal de 0,0533 mg/L, compatível ao pH medido (nitrogênio amoniacal ≤ 1 para 8 < pH ≤ 8,5). Quanto à clorofila ‘a’, o valor obtido foi 13,58 µg/L, abaixo do valor limite permitido (30 µg/L). Em relação aos metais, o resultado foi semelhante ao APM01. Pelo mesmo motivo, não há segurança na determinação quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e mercúrio como metais de controle. A concentração de coliformes termotolerantes foi de 33 NMP.100 mL-1, inferior ao VLP (1.000 NMP.100 mL-1). Este ponto não foi selecionado para o monitoramento de cianobactérias. O IT foi igual a 1, o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 31, o que corresponde a uma qualidade RUIM. O IET calculado (72,0), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”, classifica o corpo d’água na condição de HIPEREUTRÓFICO. Vale ressaltar que a concentração de fósforo foi muito alta, indicando condição favorável ao processo de eutrofização. APM17 – Açude Barragem de Santa Cruz O ponto APM17 refere-se ao Açude Barragem de Santa Cruz. O referido açude possui profundidade superior a 20 m no ponto da coleta e 1,3 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,019 ‰. Os valores obtidos de temperatura (29,7 ºC), pH (8,14) e turbidez (6,23 uT) satisfazem aos valores esperados. O teor de OG foi de 27,46 mg/L, quando devia estar virtualmente ausentes. A concentração de STD foi desprezível (3,5 mg/L) e portanto aceitável para consumo humano em acordo com a Portaria 518-MS (inferior a 1000 mg/L para STD) A concentração obtida de OD foi satisfatória (7,4 mg/L) e superior ao VLP mínimo (5 mg/L), no entanto, a DBO obtida (5,05 mg/L) situou-se um pouco acima do valor máximo permitido que é de 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (18,10 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. A concentração de fósforo total foi elevada (0,1854 mg/L) e supera o VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi > 100 (não se dispõe de VLP para este parâmetro) e nitrogênio amoniacal não foi detectado. Quanto à clorofila ‘a’, o valor obtido foi 14,00 µg/L, inferior ao valor limite permitido (30 µg/L). Em relação aos metais, o resultado foi semelhante ao APM01. Pelo mesmo motivo, não há segurança na determinação quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e mercúrio como metais de controle. 180 O número de coliformes termotolerantes (20 NMP/100 mL) foi inferior ao VLP (1.000 NMP/100 mL). Não houve amostra de cianobactérias coletada neste período. O IT foi igual a 1, o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 48, o que corresponde a uma qualidade de água RUIM. O IET calculado (66,8), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”, classifica o corpo d’ água na condição de SUPEREUTRÓFICO. APM18 – Rio Apodi Mossoró- Felipe Guerra- Pedra de Abelhas O ponto APM18 refere-se ao Rio Apodi Mossoró- Felipe Guerra- Pedra de Abelhas. O referido ponto é de baixa profundidade (0,34 m) e a trasparência foi de 0,5 m. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,0 ‰. O valor obtido de temperatura (31,6 ºC) é normal ao clima da região em estudo. O valor de pH (7,8) atende ao VLP para águas doces, classe 2, e a turbidez (142 uT) encontra-se acima do VLP. OG apresentou-se elevado (72 mg/L). A concentração de STD foi baixa (55,16 mg/L) e portanto aceitável para consumo humano em acordo com a Portaria 518-MS (inferior a 1000 mg/L para STD). A concentração obtida de OD foi satisfatória (7,8 mg/L) e superior ao VLP mínimo (5 mg/L), no entanto, a DBO obtida (9,3 mg/L) supera o valor máximo permitido que é de 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (18,10 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. A concentração de fósforo total foi elevada (0,4495 mg/L) e supera o VLP de referência para ambientes lóticos (0,1 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 1,5839 mg/L (não se dispõe de VLP para este parâmetro) e nitrogênio amoniacal não foi detectado. Quanto à clorofila ‘a’, o valor obtido foi 0,427 µg/L, inferior ao valor limite permitido (30 µg/L). Em relação aos metais, o resultado foi semelhante ao APM01, com exceção para o metal níquel que apresentou uma concentração de 0,048 mg/L, acima do VLP que é de 0,025 mg/L. O número de coliformes termotolerantes (28 NMP/100 mL) foi abaixo do VLP (< 1000 NMP/100 mL). O IT foi igual a 0, resultando em um IQAc também de zero, o que corresponde a uma qualidade de água Muito ruim. O IET calculado (54,2), considerando a ponderação apenas para fósforo total, classifica o corpo d’ água na condição de MESOTRÓFICO. APM19 – Rio Apodi Mossoró- Governador Dix-Sept Rosado O ponto APM19 refere-se ao Rio Apodi Mossoró- Governador Dix-Sept Rosado. Assim como em APM18, este ponto também é de baixa profundidade (0,5 m) e a transparência foi 0,5 m. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para 181 enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,097 ‰. O valor obtido de temperatura (30,8ºC) é normal ao clima da região em estudo. Os valores de pH (7,6) e turbidez (45,5 uT) atendem aos VLPs para águas doces, classe 2. Igualmente a APM18, o teor de OG também apresentou-se elevado (64,8 mg/L). A concentração de STD foi baixa (75,88 mg/L) e portanto aceitável para consumo humano em acordo com a Portaria 518-MS (inferior a 1000 mg/L para STD). A concentração obtida de OD foi de 9,2 mg/L e superior ao VLP mínimo (5 mg/L). A DBO obtida foi de 11,91 mg/L e está bem acima do valor máximo permitido que é de 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi significativo (18,10 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. A concentração de fósforo total foi elevada (0,3328 mg/L) e supera o VLP de referência para ambientes lóticos (0,1 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 3,0074 mg/L (não se dispõe de VLP para este parâmetro) e de nitrogênio amoniacal de 0,0266 mg/L, compatível ao pH do meio. Quanto à clorofila ‘a’, o valor obtido foi 1,52 µg/L, inferior ao valor limite permitido (30 µg/L). Em relação aos metais, o resultado foi semelhante ao APM01. Pelo mesmo motivo, não há segurança na determinação quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e mercúrio como metais de controle. Quanto aos coliformes termotolerantes, foi obtido um número de 84 NMP/100 mL, inferior ao VLP que é de 1.000 NMP/100 mL. O IT foi igual a 1, o que resulta em um IQAc igual ao IQA de 60, correspondendo a uma MÉDIA qualidade. O IET calculado (58,9), considerando a ponderação apenas para fósforo total, classifica o corpo d’ água na condição de MESOTRÓFICO. APM20 – Rio Apodi Mossoró- Barragem do Genésio O ponto APM20 refere-se ao Rio Apodi Mossoró- Barragem do Genésio. Assim como em APM18 e APM19, este ponto também é de baixa profundidade (0,5 m) e a transparência de 1 m. Os resultados encontrados neste ponto foram comparados com os valores limites permitidos - VLP para enquadramento nas águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida igual a 0,45 ‰. O valor obtido de temperatura (29,9) é normal ao clima da região em estudo. O valor de pH (7,5) atende ao VLP para águas doces, classe 2. Por outro lado, a turbidez (144 uT) apresentou-se acima. OG apresentou-se expressivo (77,2 mg/L), quando devia estar virtualmente ausente. A concentração de STD foi 169,78 mg/L e, portanto, aceitável para consumo humano em acordo com a Portaria 518-MS (inferior a 1000 mg/L para STD). A concentração obtida de OD foi satisfatória (6,8 mg/L) e superior ao VLP mínimo (5 mg/L). A DBO obtida (7,34 mg/L) foi acima do VLP para águas doces de classe 2, que é de até 5,0 mg/L. Para a 182 referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi significativo (18,44 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. A concentração de fósforo total foi elevada (0,1128 mg/L) e supera o VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). O valor para o NT foi de 1,0273 mg/L (NT não é padrão de referência da Resolução CONAMA 357/2005) e de nitrogênio amoniacal foi baixo, com uma concentração de 0,0098 mg/L e portanto está condizente com a resolução (≤ 3,7). Quanto à clorofila ‘a’, o valor obtido foi 4,00 µg/L, inferior ao valor limite permitido (30 µg/L). Em relação aos metais, o resultado foi semelhante ao APM01. Pelo mesmo motivo, não há segurança na determinação quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e mercúrio como metais de controle. O número de coliformes termotolerantes (1 NMP/100 mL) foi bem abaixo do VLP que é de 1.000 NMP/100 mL. O IT foi igual a 1, o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 66, correspondendo a uma MÉDIA qualidade. O IET calculado (62,2), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a’, corresponde a um corpo d’água na condição de EUTRÓFICO. Cabe ressaltar que a concentração de fósforo foi significativa, indicando condição favorável ao processo de eutrofização. APM21 – Rio Apodi Mossoró- Passagem de pedra O ponto APM21 refere-se ao Rio Apodi Mossoró - Passagem de Pedra. Assim como em APM18, APM19 e APM20, este ponto também é de baixa profundidade (0,5 m) e a transparência é de 0,5 m. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas salobras, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,80 ‰. A temperatura medida (29,4 ºC) se equipara a temperatura do ambiente.O pH foi de 7,14 e portanto está dentro dos padrões de referência. Apesar de não se ter VLP para a turbidez em águas salobras, o valor obtido da turbidez foi baixo (13,8 uT). A concentração de OG foi de 125,6 mg/L, quando devia estar virtualmente ausentes. O teor de STD foi baixo (220,48 mg/L), sendo que o valor obtido pode ser considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L STD). A concentração de OD foi satisfatória (6,7 mg/L) e superior ao VLP mínimo para águas salobras (5 mg/L). Por outro lado, a DBO obtida (16,26 mg/L) foi elevada apesar de não se dispor de um valor de referência deste parâmetro para as águas salobras. O COT apresentou-se elevado (18,10 mg/L) e superior ao máximo estabelecido que é de até 3 mg/L. Quanto às concentrações de nutrientes, a de fósforo total foi 1,8760 mg/L e inferior ao VLP (0,124 mg/L). No entanto, o valor de NT foi elevado (9,0677 mg/L) e o de nitrogênio amoniacal foi baixo (0,0438 mg/L), atendendo ao valor máximo de referência que é de 0,4 mg/L. Quanto à clorofila ‘a’, o valor obtido foi 27,18 µg/L (não se dispõe de VLP para clorofila ‘a’ para as águas salobras, classe 1). 183 Em relação aos metais, o resultado foi semelhante ao APM01. Pelo mesmo motivo, não há segurança na determinação quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e mercúrio como metais de controle. O número de coliformes termotolerantes (14 NMP/100 mL) foi abaixo do VLP que é de 1.000 NMP/100 mL. O IT foi igual a 1, o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 52, o que corresponde a uma MÉDIA qualidade. O IET calculado (75,9), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a’, corresponde a um corpo d’ água na condição de HIPEREUTRÓFICO. APM22 – Rio Apodi Mossoró- Areia Branca O ponto APM22 refere-se ao Rio Apodi Mossoró- Areia Branca. Assim como nos pontos anteriores deste rio, este ponto também é de baixa profundidade (< 1 m) e de águas escuras (0,3 m de transparência). Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas salobras, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 816,75 ‰. A temperatura medida (28,2 ºC) se equipara a temperatura do ambiente. O pH foi de 7,47 e portanto está dentro dos valores normais estabelecidos para as águas salobras (oscila entre 6,5 a 8,5). A turbidez medida foi baixa (8,77 uT) apesar de não se ter VLP para a turbidez em águas salobras. A concentração de OG (76 mg/L) apresentou-se elevada, quando devia apresentar virtualmente ausente. STD (711,54 mg/L) apresentou-se abaixo do VLP de acordo com a Portaria 518-MS que é de até 1000 mg/L. A concentração de OD foi satisfatória (5,5 mg/L) e superior ao VLP mínimo para águas salobras de classe 1, que é 5 mg/L. A concentração medida de DBO foi de 8,62 mg/L (não se dispõe de valor de referência para este parâmetro). O COT apresentou-se elevado (17,75 mg/L) e superior ao máximo estabelecido que é de até 3 mg/L. A concentração de fósforo total foi 0,1781 mg/L e superior ao VLP (≤ 0,124 mg/L). Assim como nas águas doces, as salobras também não tem valor limite para nitrogênio total. A concentração de NT neste ponto foi de 18,112 mg/L e nitrogênio amoniacal não foi detectado. Quanto a clorofila ‘a’, esta apresentou um valor de 0,350 µg/L (não se dispõe de VLP para clorofila ‘a’ para as águas salobras, classe 1). Em relação aos metais, o cobre apresentou uma concentração de 0,081 mg/L, o chumbo de 0,341 mg/L, o cromo de 0,135 mg/L e o níquel de 0,348 mg/L. Todos acima dos VLPs que são de até 0,005 mg/L, 0,01 mg/L, 0,05 mg/L e 0,025 mg/L, respectivamente. O teor de coliformes termotolerantes (220 NMP/100 mL) foi abaixo do VLP (< 1000 NMP/100 mL). Não houve representação de cianobactérias neste ponto. A densidade de cianobactérias em julho de 2009 foi de 207 células/mL e, portanto, dentro do estabelecido para as águas doces de classe 2 que é de até 50.000 cel/mL (Resolução 357/2005 CONAMA). 184 O IT foi igual a 0, o que resultou em um IQAc também igual a 0, o que corresponde a uma qualidade de água MUITO RUIM. O IET calculado (50,9), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”, corresponde a um o corpo d’ água na condição de OLIGOTRÓFICO. APM23 – Açude Riacho da Cruz O ponto APM23 refere-se ao Açude Riacho da Cruz. O referido açude possui profundidade de 9 m no ponto da coleta e 1 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005, conforme resultado de salinidade obtido na coleta anterior. Por problemas técnicos ocorridos nesta coleta não foi possível medir a salinidade, bem como outros parâmetros (teor de óleos e graxas, sólidos totais, fósforo total, nitrogênio amoniacal e nitrogênio total). Os valores obtidos de temperatura (28 ºC), pH (6,71) e turbidez (6,7 uT) satisfazem aos valores esperados. A concentração obtida de OD foi satisfatória (7,1 mg/L) e superior ao VLP mínimo (5 mg/L). No entanto, a DBO obtida (6,26 mg/L) situou-se acima do valor máximo permitido que é de 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (19,14 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. Quanto à clorofila ‘a’, o valor obtido foi 9,34 µg/L, inferior ao valor limite permitido (30 µg/L). Em relação aos metais, o resultado foi semelhante ao APM01. Pelo mesmo motivo, não há segurança na determinação quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e mercúrio como metais de controle. O número de coliformes termotolerantes foi de 1000 NMP/100 mL, quando o valor deveria ser < 1000 NMP/100 mL. O IT foi igual a 1 e o IET calculado (57,7), considerando a ponderação somente para clorofila ‘a”, classifica o corpo d’ água na condição de MESOTRÓFICO. APM24 – Açude Barragem de Umari O ponto APM24 refere-se ao Açude Barragem de Umari. O referido açude possui profundidade de 12 m no ponto da coleta e 1,2 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,0 ‰. Os valores obtidos de temperatura (28,6 ºC), pH (8,12) e turbidez (3,31 uT) satisfazem aos valores esperados. A concentração de OG foi 26,0 mg/L, quando devia estar virtualmente ausentes. O teor de STD foi baixo (2,98mg/L), sendo considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L STD). 185 A concentração de OD foi 6,5 mg/L e portanto superior ao VLP mínimo (5 mg/L). A DBO medida foi 4,92 mg/L e abaixo do valor máximo permitido que é de 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor limite para COT, no entanto, o valor obtido foi expressivo (18,10 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. A concentração de fósforo total foi elevada (0,5656 mg/L) e supera o VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de NT foi 2,9328 mg/L (não se dispõe de VLP de referência) e nitrogênio amoniacal não foi detectado. A clorofila ‘a’ medida foi baixa (8,45 µg/L) e inferior ao valor limite permitido (30 µg/L). Em relação aos metais, o resultado foi semelhante ao APM01 e quanto aos coliformes termotolerantes, não foi detectado. A densidade de cianobactérias obtida em dezembro/2009 foi de 2.920 células/mL, configurando-se dentro do limite estabelecido segundo a Resolução 357/2005 do CONAMA e pela Portaria 518/2004-MS que é de 20.000 células/mL. O IT foi igual a 1, o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 76, o que corresponde a uma BOA qualidade de água. O IET calculado (68,9), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”, corresponde a um corpo d’ água na condição de HIPEREUTRÓFICO. APM25 – Rio do Carmo- Upanema O ponto APM25 refere-se ao Rio do Carmo-Upanema. Este ponto é de baixa profundidade (< 1 m) e de águas escuras (0,4 m de transparência). Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,019 ‰. Os valores obtidos de temperatura (29 ºC), pH (7,9) e turbidez (8,3 uT) satisfazem aos valores esperados. O teor de OG foi 78 mg/L, quando deveria ser virtualmente ausente. A concentração de STD foi desprezível (3,5 mg/L) e portanto aceitável para consumo humano em acordo com a Portaria 518-MS (inferior a 1000 mg/L para STD). O valor obtido para OD foi 4,8 mg/L e portanto inferior ao VLP mínimo (5 mg/L). A DBO medida foi de 4,51 mg/L e abaixo do valor máximo permitido que é de 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi expressivo (18,44 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. A concentração de fósforo total foi elevada (0,2463 mg/L) e supera o VLP de referência para ambientes lóticos (0,1 mg/L). A concentração de NT foi 5,612 mg/L (não se dispõe de VLP de referência) e nitrogênio amoniacal não foi detectado. A clorofila ‘a’ medida foi baixa (3,39 µg/L) e inferior ao valor limite permitido (30 µg/L). Quanto aos metais, o resultado foi semelhante ao APM01. Pelo mesmo motivo, não há segurança na determinação quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e mercúrio como metais de 186 controle. O número de coliformes termotolerantes (7 NMP/100 mL) foi abaixo do VLP que é de 1.000 NMP/100 mL. O IT foi igual a 1, o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 71 o que corresponde a uma BOA qualidade de água. O IET calculado (61,6), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a’, corresponde a um corpo d’água na condição de EUTRÓFICO. Altas concentrações de nutrientes favorece o processo de eutrofização do corpo aquático. APM26 – Rio do Carmo- Fazenda Angicos O ponto APM26 refere-se ao Rio do Carmo-Fazenda Angicos. Este ponto também é de baixa profundidade (< 1 m) e apresentou transparência < 1. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,0 ‰. Os valores obtidos de temperatura (28 ºC), pH (7,97) e turbidez (6,16 uT) satisfazem aos valores esperados. O teor de OG foi 39 mg/L, quando devia ser virtualmente ausente. A concentração de STD foi 5,16 mg/L e portanto aceitável para consumo humano em acordo com a Portaria 518-MS (inferior a 1000 mg/L para STD) O valor obtido para OD (7,1 mg/L) foi satisfatório e superior ao VLP mínimo (5 mg/L). A DBO medida apresentou-se baixa (2,38 mg/L), sendo inferior ao valor máximo permitido que é de 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (18,44 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. A concentração de fósforo (0,1910 mg/L) situou-se acima do VLP de referência para ambientes lóticos (0,1 mg/L). A concentração de NT foi 2,1546 mg/L (não se dispõe de VLP de referência) e nitrogênio amoniacal não foi detectado. A clorofila ‘a’ medida foi baixa (2,74 µg/L) e inferior ao valor limite permitido (30 µg/L). Quanto aos metais, o resultado foi semelhante ao APM01 com exceção para o metal níquel, cuja concentração obtida foi 0,030 mg/L, que é acima do VLP que é de 0,025 mg/L. Pelo mesmo motivo, não há segurança na determinação quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e mercúrio como metais de controle. O número de coliformes termotolerantes (25 NMP/100 mL) foi abaixo do VLP que é 1.000 NMP/100 mL. O IT foi igual a 0, o que resultou em um IQAc igual a 0, o que corresponde a uma qualidade de água MUITO RUIM. O IET calculado (70,1), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”, corresponde a um corpo d’ água na condição de HIPEREUTRÓFICO. 187 APM27 – Açude de Tourão - Patu O ponto APM27 refere-se ao Açude de Tourão, localizado no município de Patu. Este ponto tem 9 m de profundidade e 0,85 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,039‰. Os valores obtidos de temperatura (28,6 ºC), pH (7,2) e turbidez (8,89 uT) satisfazem aos valores esperados. O teor de OG foi significativo (11,6 mg/L), quando devia ser virtualmente ausente. A concentração de STD foi 241,4 mg/L e portanto aceitável para consumo humano em acordo com a Portaria 518-MS (inferior a 1000 mg/L para STD) O valor obtido para OD (6,3 mg/L) foi satisfatório e superior ao VLP mínimo (5 mg/L). A DBO medida (8,18 mg/L) apresentou-se superior ao valor máximo permitido que é de 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (18,79 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. A concentração de fósforo (0,3406 mg/L) situou-se acima do VLP de referência para ambientes lênticos (0,03 mg/L). A concentração de NT foi 8,4518 mg/L (não se dispõe de VLP de referência) e nitrogênio amoniacal não foi detectado. O teor de clorofila ‘a’ foi de 2,00 µg/L e inferior ao valor limite permitido (30 µg/L). Quanto aos metais, o resultado foi semelhante ao APM01. Pelo mesmo motivo, não há segurança na determinação quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e mercúrio como metais de controle. Coliformes termotolerantes não foi detectado. O IT foi igual a 1, o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 71, o que corresponde a uma BOA qualidade. O IET calculado (63,9), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”, corresponde a um corpo d’ água na condição de SUPEREUTRÓFICO. APM28 – Açude Santana de Pau dos Ferros O ponto APM28 refere-se ao Açude Santana de Pau dos Ferros. Este ponto tem 7 m de profundidade e 0,4 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. A salinidade medida foi 0,39‰. Os valores obtidos de temperatura (27,7 ºC), pH (7,5) e turbidez (37,4 uT) satisfazem aos valores esperados. O teor de OG foi significativo (18,8 mg/L), quando devia ser virtualmente ausente. A concentração de STD foi 89 mg/L e portanto aceitável para consumo humano em acordo com a Portaria 518-MS (inferior a 1000 mg/L para STD) O valor obtido para OD (6,2 mg/L) foi satisfatório e superior ao VLP mínimo (5 mg/L). A DBO medida (8,36 mg/L) apresentou-se superior ao valor máximo permitido que é de 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no 188 entanto, o valor obtido foi elevado (19,14 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. A concentração de fósforo (0,5567 mg/L) situou-se acima do VLP de referência para ambientes lênticos (0,03 mg/L). A concentração de NT foi 4,4757 mg/L (não se dispõe de VLP de referência) e de nitrogênio amoniacal foi 0,0283 mg/L, menor que o VLP que é de 3,7 para um corpo d’água com pH ≤ 7,5. O teor de clorofila ‘a’ foi 50,14 µg/L e superior ao valor limite permitido (30 µg/L). Quanto aos metais, o resultado foi semelhante ao APM01. Pelo mesmo motivo, não há segurança na determinação quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e mercúrio como metais de controle. O número de coliformes termotolerantes obtidos foi 48 NMP/100 mL e, portanto, abaixo do VLP que é de 1.000 NMP/100 mL. O IT foi igual a 1, o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 62, o que corresponde a uma MÉDIA qualidade. O IET calculado (73,3), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”, corresponde a um corpo d’ água na condição de HIPEREUTRÓFICO. APM29 – Jusante de Pau dos Ferros Este ponto, no momento da coleta, apresentava-se totalmente seco. APM30 – Ponte BR 110 O ponto APM30 refere-se ao Rio do Carmo – Ponte BR 110. Este ponto também é de baixa profundidade (< 1 m) e de águas escuras (0,3 m de transparência). Apesar deste ponto ser um estuário, os resultados apresentados estão sendo comparados com os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,078 ‰. Os valores obtidos de temperatura (29,8ºC), pH (8,39) e turbidez (29,9 uT) encontram-se dentro da faixa esperada. O teor de OG apresentou-se elevado (166 mg/L), quando devia estar ausente. A concentração de STD foi baixa (9,58 mg/L) e, portanto, aceitável para consumo humano em acordo com a Portaria 518-MS (inferior a 1000 mg/L para STD). A concentração de OD foi 7,1 mg/L e superior ao VLP mínimo (5 mg/L). A DBO obtida (11,46 mg/L) situou-se acima do valor máximo permitido que é de 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor limite para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (17,75 mg/L) considerando que o limite de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. A concentração de fósforo total foi elevada (0,4841 mg/L) e supera o VLP de referência para ambientes lóticos (0,1 mg/L). O valor para o NT foi 13,8950 mg/L (não há VLP na Resolução CONAMA 357/2005 para este parâmetro) e para o nitrogênio amoniacal foi 0,0366 mg/L e, portanto, está 189 condizente com a resolução (1,0 mg/L para 8 < pH ≤ 8,5). A clorofila ‘a’ medida foi baixa (20,34 µg/L) e inferior ao valor limite permitido (30 µg/L). Em relação aos metais, o resultado foi semelhante ao APM01 com exceção para o metal cromo que apresentou uma concentração de 0,086 mg/L, acima do VLP que é de 0,05 mg/L. Pelo mesmo motivo, não há segurança na determinação quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e mercúrio como metais de controle. Coliformes termotolerantes não foi detectado. O IT foi igual a 0, o que resultou em um IQAc igual a 0, o que corresponde a uma qualidade de água MUITO RUIM. O IET calculado (71,1), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”, corresponde a um corpo d’água na condição de HIPEREUTRÓFICO. Vale destacar a elevada concentração de nutrientes, que favorece o processo de eutrofização. SÍNTESE GRÁFICA DOS RESULTADOS DA BACIA HIDROGRÁFICA APODI-MOSSORÓ Nas figuras 4-81 a 4-86 apresentam-se os gráficos dos principais parâmetros e índices de controle dos mananciais da bacia Hidrográfica Apodi-Mossoró. O x igênio Dis s olvido Demanda B ioquímic a de O xigênio 18 16 O D e DB O (mg/L ) 14 12 10 8 6 4 2 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 AP M Figura 4-81 - Variação espacial das concentrações de OD e DBO na Bacia Hidrográfica Apodi-Mossoró. OBS: A linha em azul refere-se ao VLP pela Resolução nº 357/2005 do CONAMA (OD ≥ 5 mg/L e DBO ≤ 5 mg/L). Os pontos 21 e 22 referem-se a águas salobras classe 1 e as demais a águas doces, classe 2. 190 OD e COT (mg/L) Oxigênio Dissolvido 20 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0 Carbono Orgânico Total 18.1 17.75 6.7 5.5 21 22 APM Figura 4-82 - Variação espacial das concentrações de OD e COT na Bacia Hidrográfica Apodi-Mossoró. OBS: As linhas em azul referem-se aos VLPs pela Resolução nº 357/2005 do CONAMA (OD ≥ 5 mg/L e COT ≤ 3 mg/L) para as águas salobras classe 1. C oliformes Termotolerantes 2800 2500 2400 C oliformes T ermotolerantes (NP M/100mL ) 2000 2000 1800 1600 1200 1000 800 500 220 400 28 14 8 38 6 7 46 33 20 28 84 0 22 42 18 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 0 1 14 0 7 25 0 48 0 0 1 2 3 4 5 8 AP M Figura 4-83 - Variação espacial da concentração de coliformes termotolerantes na Bacia Hidrográfica Apodi-Mossoró. OBS: A linha azul refere-se ao VLP pela Resolução nº 357/2005 do CONAMA (coliformes termotolerantes ≤ 1000 mg/L) para as águas doces classe 2 e salobras classe 1. Os pontos 21 e 22 referem-se a águas salobras classe 1 e as demais a águas doces, classe 2. 10000000 1000000 1.559.174 844.376 745.513 733.106 698.225 294.975 100000 padrão res.conoma 357/2005 161,150 50.000 padrão da portaria 518/2004 -MS 20.000 10000 1000 2.920 100 10 APM30 APM29 APM28 APM27 APM26 APM25 APM24 APM23 APM22 APM21 APM20 APM19 APM18 APM17 APM16 APM15 APM14 APM13 APM12 APM11 APM10 APM09 APM08 APM07 APM06 APM05 APM03 APM04 APM02 1 APM01 densidade de cianobactérias (cels/ml) 191 Figura 4-84 - Variação espacial da densidade de cianobactérias na Bacia Hidrográfica Apodi-Mossoró. OBS: As linhas em azul referem-se ao VLP pela Resolução nº 357/2005 do CONAMA (densidade de cianobactérias ≤ 50.000 mg/L) para as águas doces classe 2 e ao VLP pela Portaria 518/2004 - MS (densidade de cianobactérias ≤ 20.000 mg/L). O ponto 22 refere-se à água salobra classe 1 e as demais à águas doces, classe 2. Índic e de Qualidade de Á gua Índic e de Qualidade de Á gua C ombinado 120 IQ A e IQ Ac 100 73 74 80 60 76 68 70 62 55 55 57 67 69 66 53 50 40 71 62 52 48 43 35 71 60 31 20 0 0 0 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 AP M Figura 4-85 - Variação espacial do IQA e IQAc na Bacia Hidrográfica Apodi-Mossoró OBS: 0-25: muito ruim, 25-50: ruim, 50-70: médio, 70-90: bom e 90-100: excelente. 192 71.1 73.3 70.1 63.9 61.6 57.7 68.9 75.9 62.2 50.9 60 58.9 66.8 54.2 72 10 11 61.5 9 69.2 6 61.8 5 75.6 69.2 4 66.9 73 3 67.5 72.5 77.9 71.3 68.9 70 66.5 80 71.3 Índic e de E s tado Trófic o 90 IE T 50 40 30 20 10 0 1 2 7 8 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 AP M Figura 4-86 - Variação espacial do IET na Bacia Hidrográfica Apodi-Mossoró OBS: ≤ 47: ultraoligotrófico, 48-52: oligotrófico, 53-59: mesotrófico, 60-63: eutrófico e 63-67: supereutrófico e > 67: hipereutrófico. 5. CONCLUSÕES Corpos d’água superficiais da Região Costeira do RN Nas bacias hidrográficas da região litorânea, 15 pontos amostrais apresentaram índice de qualidade da água (IQA) classificando suas águas com qualidade “Boa”, 25 como “Média” e 1 “ Ruim”. Quando o índice foi corrigido utilizando o Índice de Toxidez, 10 pontos ficaram classificados como “Muito Ruim”. Os ponto MAX2, CEA2, JAC1, JAC3, JAC4, PIR1, PIR2 apresentaram valores de cobre dissolvido acima do permitido pela resolução do CONAMA 357/2005. Os pontos CEA2, PIR2, POT1, POT3, DOC1 apresentaram valores de zinco total superiores ao permitido, e o ponto CUR2 valores de cádmio acima do recomendado pela resolução do CONAMA. Além disso, 9 pontos (CEA3, CEA4, CUR3, PIQ1, PIR1, PIR2, PUN1, DOC1, DOC2) apresentaram coliformes termotolerantes com valores acima de 1000 NMP/100 mL, limite máximo permitido para águas doces classe 2 e salobras classe 1. Dos seis reservatórios localizados nas Bacias da Costa Leste, quatro apresentam-se com grau de trofia indesejável (três eutróficos e um supereutrófico), sendo que a qualidade da água nesses reservatórios é considerada “Boa” (segundo o IQA). Os pontos da bacia hidrográfica do Rio Trairi, TR1 (Açude Inharé) e TR2 (Açude Santa Cruz) apresentaram valores muito elevados de cianobactérias, 1.804.000 céls/ml e 937.631 céls/ml respectivamente, tornando a qualidade imprópria para consumo, pois está acima do valor permitido pela Resolução 357/2005 CONAMA que é de até 50.000 cel/mL de cianobactérias para águas doces classe 2 e da Portaria 518/2004-MS que é de 20.000 células/mL. 193 Bacia Hidrográfica Piranhas-Açu Na Bacia Piranhas-Açu, metade dos 18 reservatórios monitorados estão eutrofizados (o IET é “Eutrófico” em 5 reservatórios, “Supereutrófico” em 3 e “Hipereutrófico” em 1). Além disso, nesta bacia, o IQAc obtido em 14 reservatórios foi “Muito Ruim” (nos outros 4 não foi calculado o IQAc) devido à contaminação da água com metais pesados. Observa-se, portanto, que a presença de metais na água é comum a praticamente toda a bacia, o que demanda pesquisas e investimentos para conhecer suas causas e mitigar os problemas deles oriundos, especialmente nas águas usadas para abastecimento público. Na bacia hidrográfica Piranhas-Açu, 4 pontos amostrais apresentaram índice de qualidade da água (IQA) classificando a qualidade da água como “Ótima”, 18 “Boa”, e 2 como “Média”. Quando o índice foi corrigido utilizando o Índice de Toxidez, 20 pontos ficaram classificados como “Muito Ruim”. Nestes 20 pontos classificados como “Muito Ruim”, 15 estavam com os valores de cobre dissolvido acima do permitido, 4 pontos com valores superiores de chumbo, 3 pontos com valores de zinco, 7 pontos amostrais com valores superiores de cádmio, 3 pontos com valores altos de níquel e 3 pontos com valores de cromo superiores ao permitido pela resolução do CONAMA 357/2005. Dentre os reservatórios da bacia, dos 18 situados na bacia, 14 foram classificados pelo IQAc com qualidade “Muito Ruim” (nos outros 4 não foi calculado o IQAc). A região é conhecida pelas atividades mineradoras de metais do estado. A presença recorrente de concentrações elevadas de metais nas águas dessa bacia aponta para a necessidade de pesquisas que desvendem a fonte desses metais e as possíveis formas de mitigação do problema. Todos os pontos da bacia apresentaram coliformes tolerantes com valores abaixo de 1000 NMP/100 mL, limite máximo permitido para águas doces e salobras nas estações de monitoramento. No período avaliado, 5 pontos amostrais (PIA7, PIA20, PIA21, PIA23, PIA25) apresentaram valores de densidade de cianobactérias acima do valor permitido pela Resolução 357/2005 CONAMA que é de até 50.000 cel/mL de cianobactérias para águas doces classe 2 e da Portaria 518/2004-MS que é de 20.000 células/mL. respectivamente, tornando a qualidade imprópria para consumo. Bacia Hidrográfica Apodi-Mossoró Na bacia hidrográfica Apodi-Mossoró, por sua vez, 6 pontos amostrais apresentaram índice de qualidade (IQA) classificando suas águas como “Boa”, 16 como “Média” e 5 como “Ruim”. Quando o índice foi corrigido utilizando o Índice de Toxidez, 4 pontos ficaram classificados como “Muito Ruim”. O ponto APM18, apresentou concentração de zinco total superior ao permitido; o ponto APM22 concentrações de níquel, cobre dissolvido, chumbo e cromo acima do VMP; o ponto APM27 concentração de níquel e APM30 de cromo acima do recomendado pela resolução do CONAMA. Todos os pontos desta bacia hidrográfica apresentaram concentrações elevadas de fósforo total, estando acima do máximo permitido para águas doces e salobras nas estações de monitoramento. Além disso, 3 pontos (APM1, APM2 e APM5), apresentaram coliformes tolerantes com valores acima de 1000 NMP/100 mL, limite máximo permitido para águas doces e salobras nas estações de monitoramento. A Bacia Apodi-Mossoró foi a que apresenta maior número de reservatórios eutrofizados, sendo que dos 20 reservatórios monitorados, 19 apresentam-se nesta condição (IET Eutrófico em 2 reservatórios, Supereutrófico em 4 e Hipereutrófico em 13). Foram detectados 7 pontos da bacia hidrográfica (APM1, 194 APM2, AMP3, APM5, APM6, APM7 e APM9) com elevada densidade de cianobactérias, tornando a qualidade imprópria para consumo, pois estavam acima do valor permitido pela Resolução 357/2005 CONAMA que é de até 50.000 cel/mL de cianobactérias para águas doces classe 2 e da Portaria 518/2004-MS que é de 20.000 células/mL. Ressalte-se que o ponto APM7- Açude Público de Marcelino Vieira registrou mais de um milhão de células de cianobactérias/mL (1.559.174). Os pontos que apresentaram densidades elevadas de cianobactérias geralmente também apresentaram florações em campanhas anteriores, o que é característico de mananciais eutrofizados. Considerações finais A quinta campanha de amostragem do Programa Água Azul monitorou 97 pontos de águas superficiais em todo o estado do RN, sendo 48 desses pontos situados em rios (dez em estuários) e 49 em reservatórios ou lagoas. Desses pontos, segundo o Índice de Qualidade da Água (IQA) calculado, 4 tiveram a qualidade de suas águas classificada como “Ótima”, 39 como “Boa”, 43 como “Média” e 6 como “Ruim” e nenhum como “Muito ruim”. Contudo, de acordo com o o IQA corrigido (IQAc), que considera a presença excessiva de metais nas águas pela ponderação do Índice de Toxidez (IT), 34 pontos foram classificados como “Muito ruim” em virtude da ocorrência de concentrações elevadas de metais na água, principalmente cobre dissolvido, o que as torna impróprias para consumo humano. Desses 34 pontos, 10 situam-se na Região costeira, 4 na Bacia Apodi-Mossoró e 20 na Bacia do Piranhas-Açu, esta que concentra a maior parte das atividades mineradoras de metais do estado. As informações que constam deste relatório demostram que 53 dos 97 pontos analisados estão eutrofizados (22 hipereutróficos, 12 supereutróficos e 19 eutróficos), devido ao enriquecimento das águas por nutrientes, principalmente fósforo. Essa situação resulta numa alta densidade de cianobactérias em muitos desses mananciais, o que impossibilita seus usos múltiplos previstos, especialmente para o abastecimento humano. Tendo em vista a adoção de medidas de controle da densidade de cianobactérias nos açudes eutrofizados e a avaliação da toxicidade das florações, em todo o Estado do RN, é recomendado o monitoramento mensal desses mananciais. Além disso, recomenda-se que as Estações de Tratamento de Água que utilizam as águas desses mananciais sejam dotadas das tecnologias avançadas de tratamento e que sejam operadas adequadamente, a fim de garantir a obtenção de água potável após o tratamento e, consequentemente, a segurança sanitária da população abastecida, o que não se verifica atualmente em muitos casos. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION – APHA. 2005. Standard methods for the examination of water and wastewater. 21ª ed. Washington: APHA, 526 p. BAIRD, C. Química Ambiental. 2ª Ed. 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