Governo do Estado do Rio Grande do Norte
Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Rio Grande do Norte - SEMARH
Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Estado do Rio Grande do
Norte - IDEMA
Instituto de Gestão das Águas do Estado do Rio Grande do Norte - IGARN
Universidade Federal do Rio Grande do Norte- UFRN
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia - IFRN
Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA
Universidade Estadual do Rio Grande do Norte - UERN
Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio Grande do Norte - EMPARN
REDE COMPARTILHADA DE MONITORAMENTO
DE QUALIDADE DA ÁGUA
PROGRAMA ÁGUA AZUL
5º RELATÓRIO TRIMESTRAL:
TOMO I - MONITORAMENTO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO PERÍODO DE OUTUBRO DE 2009 A MARÇO DE 2010
NATAL, JULHO DE 2010.
COORDENAÇÃO GERAL
MANOEL LUCAS FILHO - UFRN
Engo Civil, Doutor e Pós Doutor em Engenharia de Recursos Hídricos, Professor e Diretor do
Centro de Tecnologia da UFRN
SÉRGIO LUIZ MACÊDO - IDEMA
Engo Civil, Mestre em Engenharia Sanitária, Núcleo de Monitoramento Ambiental –
NMA/IDEMA
NELSON CÉSIO FERNANDES SANTOS - IGARN
Engo Civil, Mestre em Recursos Hídricos, Coordenador de Gestão Operacional – IGARN
EQUIPE TÉCNICA – TOMO I
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN
AÉCIA SELEIDE DANTAS
Bacharel, Mestre e Doutoranda em Química, Técnica do ICP-OES.
ANDRÉ LUIZ PEREIRA DE ALMEIDA
Bacharel e Mestrando em Química. Técnico do TOC.
DJALMA RIBEIRO DA SILVA
Mestre e Doutor em Química. Professor da UFRN.
EMILY CINTIA TOSSI DE ARAÚJO COSTA
Licenciada, Bacharel, Mestre e Doutoranda em Química, Técnica do IC.
Química - Central de Análises.
JULIANA DELGADO TINÔCO
Engenheira Civil, Mestre em Engenharia Sanitária, Doutoranda da Escola de Engenharia de
São Carlos - EESC/USP- Departamento de Hidráulica e Saneamento.
MIQUÉIAS ARAÚJO DANTAS
Licenciado em Química, Mestrando em Ciência e Engenharia do Petróleo.
RAYANNA HOZANA BEZERRIL
Bacharel em Química, Mestre e Doutoranda em Ciência e Engenharia do Petróleo, Técnica do
TOG.
SANDRO ARAÚJO DA SILVA
Técnico em Tecnologia Ambiental. Graduando em Química. Técnico do Laboratório de
Análises Físico-Químicas e Microbiológicas do Programa de Pós-Graduação em Saneamento
Recursos Hídricos e Saneamento da UFRN.
SHIRLEY FEITOSA MACHADO SENA
Bacharel em Química, Mestranda em Ciência e Engenharia do Petróleo.
TARCILA MARIA PINHEIRO FROTA
Engenheira de Materiais, Especialista em Ciência e Tecnologia de Materiais Aplicados à
Indústria, Mestre e Doutoranda em Ciência e Engenharia de Materiais.
VERUSHKA SYMONNE DE MEDEIROS LOPES
Bacharel em Química, Mestranda em Ciência e Engenharia do Petróleo.
INSTITUTO DE GESTÃO DAS ÁGUAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
(IGARN):
FRANCISCO RAFAEL SOUSA FREITAS
Tecnólogo em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental. Mestre em Engenharia Sanitária
(Área de Concentração: Recursos Hídricos). Consultor SEMARH/PSP (Monitoramento
Qualitativo).
ANTONIO GOMES DE PAIVA
Bacharel em Química. Setor de Monitoramento da Qualidade da Água – CGO.
SELMA MARIA DA SILVA
Engenheira Química. Setor de Monitoramento da Qualidade da Água – CGO.
Estagiárias
RADMILA SALVIANO FERREIRA
Graduanda em Ecologia-UFRN (Estagiária – Monitoramento Qualitativo).
RAPHAELLA MOURA DE MENDONÇA
Graduanda em Biologia -UFRN (Estagiária – Monitoramento Qualitativo).
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO NORTE- UERN
SUELY SOUZA LEAL DE CASTRO
Licenciada e Bacharel em Química, Mestre em Ciências, Doutora em Química Analítica e.
Professora Adjntuo IV do Departamento de Química da UERN.
LUIZ DI SOUZA
Eng. Químico, Mestre em Ciências, Doutor em Engenharia dos Materiais, Professor Adjntuo
IV do Departamento de Química da UERN.
THIAGO MIELLE B. F. OLIVEIRA
Licenciado em Química, Especialista em Química e Biologia, Técnico de Laboratório de
Química do Departamento de Química da UERN.
PEDRO HENRIQUE C. S. COSTA
Graduando em Química, UERN.
ANTÔNIO RANK-SERMILHER DE SALES BARBOSA
Graduando em Química, UERN.
WYSLLEY DOUGLAS ALVES PAIVA
Graduando em Química, UERN.
RAQUEL F. DOS SANTOS
Graduando em Gestão Ambiental, UERN.
EMPRESA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO
NORTE – EMPARN
ALFRÊDO OSVALDO DANTAS DE AZEVEDO
Msc. em Eng. Sanitária
JOSÉ SIMPLÍCIO DE HOLANDA
PhD em Agronomia
ALDO ARNALDO DE MEDEIROS
PhD em Agronomia
RAIMUNDO FERNANDES DUTRA
Eng.º Químico
MARCOS JOSÉ DA NÓBREGA FREIRE
Eng.º Químico
LÍGIA MARIA BARRETO REGO
Eng.º Químico
MARIA DE FÁTIMA COSTA
Bel. em Química
GLEY BENÉVOLO XAVIER
Bel. em Química
MARIA DA CONCEIÇÃO GOMES BENTES
Bióloga
ADEMILSON GOMES DA SILVA
Laboratorista
MARIA DO SOCORRO VALENTIM CÂMARA
Assist. de Pesquisa I
RONILDO TEIXEIRA DE PAULA
Tec. Laboratório
ERNESTRO ESPÍNOLA SOBRINHO
Tec. Laboratório
VALDO LOPES DE MOURA
Laboratorista
ÂNGELA CRISTINA MELO LIBERATO
Bióloga
TARCÍSIO BATISTA DANTAS
Tec. Laboratório
SUMÁRIO
1.
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 1
2.
OBJETIVOS ............................................................................................................................................... 2
3.
MATERIAIS E MÉTODOS .......................................................................................................................... 3
3.1.
ÁREA GEOGRÁFICA DE ESTUDO ............................................................................................................ 3
3.1.1. Corpos d’água superficiais da Região Costeira do RN (UFRN) ......................................................... 3
3.1.2. Bacia Hidrográfica do Rio Piranhas-Açu .......................................................................................... 6
3.1.3. Bacia Hidrográfica do Rio Apodi-Mossoró ....................................................................................... 9
3.2.
PERÍODO DE COLETA ........................................................................................................................... 10
3.2.1. Corpos d’água superficiais da Região Costeira do RN (UFRN) ....................................................... 10
3.2.2. Bacia Hidrográfica do Rio Piranhas-Açu ........................................................................................ 10
3.2.3. Bacia Hidrográfica do Rio Apodi-Mossoró ..................................................................................... 10
3.3.
METODOLOGIA PARA COLETA E PRESERVAÇÃO DAS AMOSTRAS ....................................................... 11
3.3.1. Variáveis Não Mensuráveis ............................................................................................................ 11
3.3.2. Variáveis Mensuráveis ................................................................................................................... 12
3.4.
ÍNDICES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS - IQA .......................................................................................... 13
VARIÁVEIS MICROBIOLÓGICAS .................................................................................................................................. 20
4.
APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .................................................................. 23
4.1.
CORPOS D’ÁGUA SUPERFICIAIS DA REGIÃO COSTEIRA DO RN ............................................................ 23
4.1.1. Bacia Hidrográfica Boqueirão ........................................................................................................ 23
4.1.2. Bacia Hidrográfica Ceará-Mirim .................................................................................................... 29
4.1.4. Bacia Hidrográfica Jacú.................................................................................................................. 47
4.1.5. Bacia Hidrográfica Maxaranguape ................................................................................................ 56
4.1.6. Bacia Hidrográfica Pirangi ............................................................................................................. 64
4.1.7. Bacia Hidrográfica Potengi ............................................................................................................ 78
4.1.8. Bacia Hidrográfica Punaú .............................................................................................................. 93
4.1.9. Bacia Hidrográfica do Rio Doce...................................................................................................... 99
4.1.10.
Faixa Litorânea Leste de Escoamento Difuso .......................................................................... 108
4.1.11.
Bacia Hidrográfica do Trairi .................................................................................................... 114
4.2.
BACIA HIDROGRÁFICA PIRANHAS-AÇU ............................................................................................. 123
4.3.
BACIA HIDROGRÁFICA APODI-MOSSORÓ ......................................................................................... 161
5.
CONCLUSÕES ....................................................................................................................................... 192
6.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................ 194
LISTA DE TABELAS
TABELA 3-1 – LOCALIZAÇÃO DAS ESTAÇÕES DE AMOSTRAGEM DOS CORPOS D’ÁGUA SUPERFICIAIS DA REGIÃO COSTEIRA DO RN ....... 5
TABELA 3-2 – ESTAÇÕES DE AMOSTRAGEM DA BACIA DO PIRANHAS-AÇU ............................................................................... 8
TABELA 3-3 - ESTAÇÕES DE AMOSTRAGEM NA BACIA HIDROGRÁFICA APODI-MOSSORÓ. ......................................................... 10
TABELA 3-4 – METODOLOGIA DE COLETA E PRESERVAÇÃO DAS AMOSTRAS. ........................................................................... 11
TABELA 3-5 – PARÂMETROS E PESOS PARA CÁLCULO DO IQA. ............................................................................................. 14
TABELA 3-6 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q1 (OD). ................................................ 14
TABELA 3-7 - OXIGÊNIO DE SATURAÇÃO (MG/L) EM FUNÇÃO DA ALTITUDE (PRESSÃO) E TEMPERATURA DA ÁGUA. ........................ 15
TABELA 3-8 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q2 (CTE)................................................. 15
TABELA 3-9 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q3 (PH). ................................................. 15
TABELA 3-10 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q4 (DBO5). ......................................... 16
TABELA 3-11 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q5 (NT)................................................ 16
TABELA 3-12 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q6 (PT). ............................................... 16
TABELA 3-13 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q7 (TUR). ............................................. 16
TABELA 3-14 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q8 (ST). ............................................... 16
TABELA 3-15 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q9 (T). ................................................. 17
TABELA 3-16 - CLASSIFICAÇÃO DE ÁGUAS NATURAIS, CONFORME O IQA-NSF. ....................................................................... 17
TABELA 3-17 - CLASSIFICAÇÃO DE ÁGUAS NATURAIS, CONFORME O IET (CETESB/SP). ........................................................... 21
TABELA 4-1 - RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E BIOLÓGICAS, ÍNDICES IQA, IT E IQAC DA BACIA BOQUEIRÃO. ............ 26
TABELA 4-2 - RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E BIOLÓGICAS, ÍNDICES IQA, IT E IQAC DAS AMOSTRAS DE ÁGUA
SUPERFICIAIS DA BACIA HIDROGRÁFICA CEARÁ-MIRIM. ............................................................................................. 30
TABELA 4-3 - RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E BIOLÓGICAS, ÍNDICES IQA, IT E IQAC DAS AMOSTRAS DE ÁGUA
SUPERFICIAIS DA BACIA HIDROGRÁFICA CURIMATAÚ. ................................................................................................ 39
TABELA 4-4 – RESULTADOS PARA A AMOSTRA DE SEDIMENTO NA BACIA DE CURIMATAÚ .......................................................... 40
TABELA 4-5 - RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E BIOLÓGICAS, ÍNDICES IQA, IT E IQAC DAS AMOSTRAS DE ÁGUA
SUPERFICIAIS DA BACIA HIDROGRÁFICA JACÚ. .......................................................................................................... 48
TABELA 4-6 - RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E BIOLÓGICAS, ÍNDICES IQA, IT E IQAC DAS AMOSTRAS DE ÁGUA
SUPERFICIAIS DA BACIA MAXARANGUAPE. .............................................................................................................. 57
TABELA 4-7 - RESULTADOS PARA A AMOSTRA DE SEDIMENTO NO ESTUÁRIO DO RIO MAXARANGUAPE ........................................ 58
TABELA 4-8 - RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E BIOLÓGICAS, ÍNDICES IQA, IT E IQAC DA BACIA HIDROGRÁFICA DO
PIRANGI. ......................................................................................................................................................... 66
TABELA 4-9 - RESULTADOS PARA A AMOSTRA DE SEDIMENTO .............................................................................................. 74
TABELA 4-10 - RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E BIOLÓGICAS, ÍNDICES IQA, IT E IQAC DA BACIA HIDROGRÁFICA
POTENGI. ........................................................................................................................................................ 80
TABELA 4-11 - RESULTADOS PARA A AMOSTRA DE SEDIMENTO DA BACIA HIDROGRÁFICA POTENGI. ........................................... 82
TABELA 4-12 - RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E BIOLÓGICAS, ÍNDICES IQA, IT E IQAC DAS AMOSTRAS DE ÁGUAS
SUPERFICIAIS DA BACIA PUNAÚ. ........................................................................................................................... 94
TABELA 4-13 - RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E BIOLÓGICAS, ÍNDICES IQA, IT E IQAC DAS AMOSTRAS DE ÁGUA
SUPERFICIAIS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOCE............................................................................................. 100
TABELA 4-14 - RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E BIOLÓGICAS, ÍNDICES IQA, IT E IQAC DAS AMOSTRAS DE ÁGUAS
SUPERFICIAIS DA BACIA FAIXA LITORÂNEA LESTE. ................................................................................................... 109
TABELA 4-15 - RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E BIOLÓGICAS, ÍNDICES IQA, IT E IQAC DAS AMOSTRAS DE ÁGUA
SUPERFICIAIS DA BACIA HIDROGRÁFICA TRAIRI. ...................................................................................................... 115
TABELA 4-16 - RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E BIOLÓGICAS, ÍNDICES IQA E IET DAS AMOSTRAS DE ÁGUAS SUPERFICIAIS
DA BACIA HIDROGRÁFICA DO PIRANHAS-AÇU/RN. ................................................................................................. 124
TABELA 4-17 – CONCENTRAÇÕES DOS METAIS PARA AS AMOSTRAS DE SEDIMENTO DO AÇUDE GARGALHEIRAS. .......................... 135
TABELA 4-18 – CONCENTRAÇÕES DOS METAIS PARA AS AMOSTRAS DE SEDIMENTO NO PONTO PIA 17 (ESTUÁRIO MACAU). ........ 145
TABELA 4-19 – RESULTADOS PARA A AMOSTRA DE SEDIMENTO NO PONTO PIA 18 (RIO DOS CAVALOS). ................................... 147
TABELA 4-20 – RESULTADOS PARA A AMOSTRA DE SEDIMENTO NO PONTO PIA 27 (ESTUÁRIO GUAMARÉ). ............................... 156
TABELA 4-21 – RESULTADOS PARA A AMOSTRA DE SEDIMENTO NO PONTO PIA 28 – RIO DAS CONCHAS. .................................. 157
TABELA 4-22 - RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E BIOLÓGICAS, ÍNDICES IQA, IT, IQAC E IET DA BACIA HIDROGRÁFICA
APODI-MOSSORÓ/RN. .................................................................................................................................... 162
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 3-1 - ESTAÇÕES DE AMOSTRAGEM DO PROGRAMA ÁGUA AZUL NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE. ........................... 4
FIGURA 3-2 - MAPA DA BACIA HIDROGRÁFICA DO PIRANHAS-AÇU CONTENDO OS PONTOS DE MONITORAMENTO DO PROGRAMA
ÁGUA AZUL NA CAMPANHA SEMESTRAL 2009.1 (FONTE: IGARN - 2009). ................................................................... 7
FIGURA 3-3 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA APODI-MOSSÓRO (FONTE: SEMARH, 2009) ............................... 9
FIGURA 4-1 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO BOQUEIRÃO (FONTE: IGARN, 2009) .................................... 24
FIGURA 4-2 - CONCENTRAÇÕES DE OD E DBO DA LAGOA DO BOQUEIRÃO ............................................................................ 27
FIGURA 4-3 - CONCENTRAÇÃO DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES NA LAGOA DO BOQUEIRÃO ................................................ 27
FIGURA 4-4 – IQA E IQAC DA LAGOA DO BOQUEIRÃO ...................................................................................................... 28
FIGURA 4-5 – IET DA LAGOA DO BOQUEIRÃO .................................................................................................................. 28
FIGURA 4-6 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA CEARÁ-MIRIM ........................................................................ 29
FIGURA 4-7 - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E DBO NA BACIA HIDROGRÁFICA CEARÁ-MIRIM. ....................... 35
FIGURA 4-8 - VARIAÇÃO ESPACIAL DA CONCENTRAÇÃO DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES NA BACIA HIDROGRÁFICA CEARÁ-MIRIM.
...................................................................................................................................................................... 35
FIGURA 4-9 - VARIAÇÃO ESPACIAL DO IET DA BACIA HIDROGRÁFICA CEARÁ-MIRIM ................................................................ 36
FIGURA 4-10 - VARIAÇÃO ESPACIAL DO IQA E IQAC DA BACIA HIDROGRÁFICA CEARÁ-MIRIM .................................................. 36
FIGURA 4-11 - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E COT NA BACIA HIDROGRÁFICA CEARÁ-MIRIM. ...................... 37
FIGURA 4-12 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO CURIMATAÚ .................................................................... 38
FIGURA 4-13 - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E DBO NA BACIA HIDROGRÁFICA CURIMATAÚ ......................... 44
FIGURA 4-14 – VARIAÇÃO ESPACIAL DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS NA BACIA HIDROGRÁFICA CURIMATAÚ .......................... 44
FIGURA 4-15 - VARIAÇÃO ESPACIAL DA CONCENTRAÇÃO DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES NA BACIA HIDROGRÁFICA DO
CURIMATAÚ ..................................................................................................................................................... 45
FIGURA 4-16 – VARIAÇÃO ESPACIAL DO IET NA BACIA HIDROGRÁFICA DO CURIMATAÚ ........................................................... 45
FIGURA 4-17– VARIAÇÃO ESPACIAL DO IQA E IQAC NA BACIA HIDROGRÁFICA DO CURIMATAÚ ................................................ 46
FIGURA 4-18 - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E COT NA BACIA HIDROGRÁFICA CURIMATAÚ .......................... 46
FIGURA 4-19 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA JACÚ .................................................................................. 47
FIGURA 4-20 – LAGOA DE GUARAÍRA; A) ESTAÇÃO DE MONITORAMENTO JAC 3; B) JAC 3-DISTÂNCIA PERCORRIDA PARA COLETAR
ÁGUA .............................................................................................................................................................. 51
FIGURA 4-21 – LAGOA DE GUARAÍRA; A) ESTAÇÃO DE MONITORAMENTO JAC 4; B) JAC 4- MOMENTO DA COLETA. ..................... 52
FIGURA 4-22 - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E COT NA BACIA HIDROGRÁFICA JACÚ.................................... 53
FIGURA 4-23 - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E DBO NA BACIA HIDROGRÁFICA JACÚ ................................... 54
FIGURA 4-24 - VARIAÇÃO ESPACIAL DA CONCENTRAÇÃO DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES NA BACIA HIDROGRÁFICA JACÚ. ........ 54
FIGURA 4-25 - VARIAÇÃO ESPACIAL DO IQA E IQAC NA BACIA HIDROGRÁFICA JACÚ. .............................................................. 55
FIGURA 4-26 - VARIAÇÃO ESPACIAL DO IET NA BACIA HIDROGRÁFICA JACÚ........................................................................... 55
FIGURA 4-27 - MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA MAXARANGUAPE................................................................... 56
FIGURA 4-28 - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E DBO NA BACIA HIDROGRÁFICA MAXARANGUAPE .................. 60
FIGURA 4-29 - VARIAÇÃO ESPACIAL DA CONCENTRAÇÃO OD E COT NA BACIA HIDROGRÁFICA MAXARANGUAPE .......................... 61
FIGURA 4-30 - VARIAÇÃO ESPACIAL DA CONCENTRAÇÃO DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES NA BACIA HIDROGRÁFICA
MAXARANGUAPE .............................................................................................................................................. 62
FIGURA 4-31 - VARIAÇÃO ESPACIAL DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS NA BACIA HIDROGRÁFICA MAXARANGUAPE .................... 62
FIGURA 4-32 - VARIAÇÃO ESPACIAL DO IQA E IQAC NA BACIA HIDROGRÁFICA MAXARANGUAPE .............................................. 63
FIGURA 4-33 - VARIAÇÃO ESPACIAL DO IET NA BACIA HIDROGRÁFICA MAXARANGUAPE .......................................................... 64
FIGURA 4-34 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA PIRANGI .............................................................................. 65
FIGURA 4-35 - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E DBO NA BACIA HIDROGRÁFICA PIRANGI............................... 75
FIGURA 4-36 - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E COT NA BACIA HIDROGRÁFICA PIRANGI. .............................. 76
FIGURA 4-37 - VARIAÇÃO ESPACIAL DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS NA BACIA HIDROGRÁFICA PIRANGI................................. 76
FIGURA 4-38 - VARIAÇÃO ESPACIAL DA CONCENTRAÇÃO DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES NA BACIA HIDROGRÁFICA PIRANGI. ... 77
FIGURA 4-39 - VARIAÇÃO ESPACIAL DO IET NA BACIA HIDROGRÁFICA PIRANGI. ..................................................................... 77
FIGURA 4-40 - VARIAÇÃO ESPACIAL DO IQA E IQAC NA BACIA HIDROGRÁFICA PIRANGI. ......................................................... 78
FIGURA 4-41 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA POTENGI ............................................................................. 79
FIGURA 4-42 - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E DBO NA BACIA HIDROGRÁFICA POTENGI .............................. 89
FIGURA 4-43 - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E COT NA BACIA HIDROGRÁFICA POTENGI .............................. 90
FIGURA 4-44 - VARIAÇÃO ESPACIAL DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS NA BACIA HIDROGRÁFICA POTENGI ................................ 90
FIGURA 4-45 - VARIAÇÃO ESPACIAL DA CONCENTRAÇÃO DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES NA BACIA HIDROGRÁFICA POTENGI.... 91
FIGURA 4-46 - VARIAÇÃO ESPACIAL DO IET NA BACIA HIDROGRÁFICA POTENGI ..................................................................... 91
FIGURA 4-47 - VARIAÇÃO ESPACIAL DO IQA E IQAC NA BACIA HIDROGRÁFICA POTENGI.......................................................... 92
FIGURA 4-48 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO PUNAÚ .......................................................................... 93
FIGURA 4-49 – CONCENTRAÇÕES DE OD E DBO NA BACIA HIDROGRÁFICA DO PUNAÚ ........................................................... 96
FIGURA 4-50 – CONCENTRAÇÕES DE OD E COT NA BACIA HIDROGRÁFICA DO PUNAÚ ............................................................ 96
FIGURA 4-51 – CONCENTRAÇÃO DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES NA BACIA HIDROGRÁFICA DO PUNAÚ ................................ 97
FIGURA 4-52 – VARIAÇÃO ESPACIAL DO IQA E IQAC NA BACIA HIDROGRÁFICA DO PUNAÚ ...................................................... 97
FIGURA 4-53 –VARIAÇÃO ESPACIAL DO IET NA BACIA BACIA HIDROGRÁFICA DO PUNAÚ.......................................................... 98
FIGURA 4-54 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOCE ....................................................................... 99
FIGURA 4-55 - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E DBO NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOCE ..................... 105
FIGURA 4-56 - VARIAÇÃO ESPACIAL DA CONCENTRAÇÃO OD E COT NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOCE ............................ 105
FIGURA 4-57 – VARIAÇÃO ESPACIAL DA CONCENTRAÇÃO DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOCE
.................................................................................................................................................................... 106
FIGURA 4-58 – VARIAÇÃO ESPACIAL DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOCE ....................... 106
FIGURA 4-59 - VARIAÇÃO ESPACIAL DO IQA E IQAC NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOCE ................................................. 107
FIGURA 4-60 – VARIAÇÃO ESPACIAL DO IET NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOCE ............................................................ 107
FIGURA 4-61 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA FAIXA LITORÂNEA LESTE DE ESCOAMENTO DIFUSO .................... 108
FIGURA 4-62 - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E DBO NA BACIA HIDROGRÁFICA DA FAIXA LITORÂNEA LESTE DE
ESCOAMENTO DIFUSO...................................................................................................................................... 111
FIGURA 4-63 - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E DBO NA BACIA HIDROGRÁFICA DA FAIXA LITORÂNEA LESTE DE
ESCOAMENTO DIFUSO...................................................................................................................................... 111
FIGURA 4-64 –VARIAÇÃO ESPACIAL DA CONCENTRAÇÃO DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES NA BACIA HIDROGRÁFICA DA FAIXA
LITORÂNEA LESTE DE ESCOAMENTO DIFUSO ......................................................................................................... 112
FIGURA 4-65 –VARIAÇÃO ESPACIAL DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS NA BACIA HIDROGRÁFICA DA FAIXA LITORÂNEA LESTE DE
ESCOAMENTO DIFUSO...................................................................................................................................... 112
FIGURA 4-66 – VARIAÇÃO ESPACIAL ESPACIAL DO IQA E IQAC NA BACIA HIDROGRÁFICA FLLED ............................................ 113
FIGURA 4-67 – VARIAÇÃO ESPACIAL DO IET NA BACIA HIDROGRÁFICA DA FAIXA LITORÂNEA LESTE DE ESCOAMENTO DIFUSO ....... 113
FIGURA 4-68 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO TRAIRI .................................................................... 114
FIGURA 4-69 – VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E DBO NA BACIA HIDROGRÁFICA TRAIRI. ............................. 119
FIGURA 4-70 - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E COT NA BACIA HIDROGRÁFICA TRAIRI................................ 120
FIGURA 4-71 – VARIAÇÃO ESPACIAL DA CONCENTRAÇÃO DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES NA BACIA HIDROGRÁFICA TRAIRI. ... 120
FIGURA 4-72 - VARIAÇÃO ESPACIAL DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS NA BACIA HIDROGRÁFICA TRAIRI. ................................ 121
FIGURA 4-73 – VARIAÇÃO ESPACIAL DO IQA E IQAC NA BACIA HIDROGRÁFICA TRAIRI. ......................................................... 121
FIGURA 4-74 - VARIAÇÃO ESPACIAL DO IET NA BACIA HIDROGRÁFICA TRAIRI....................................................................... 122
FIGURA 4-75 - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E DBO NA BACIA HIDROGRÁFICA DO PIRANHAS-AÇU (ESTAÇÕES DE
ÁGUA SALOBRA E SALINA).................................................................................................................................. 158
FIGURA 4-76 - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E COT NA BACIA HIDROGRÁFICA DO PIRANHAS-AÇU (ESTAÇÕES DE
ÁGUA SALOBRA E SALINA).................................................................................................................................. 158
FIGURA 4-77 - VARIAÇÃO ESPACIAL DOS COLIFORMES TERMOTOLERANTES NA BACIA HIDROGRÁFICA DO PIRANHA-AÇU.............. 159
FIGURA 4-78 - VARIAÇÃO ESPACIAL DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO PIRANHAS-AÇU. ............... 159
FIGURA 4-79 - VARIAÇÃO ESPACIAL DO INDICE DE QUALIDADE DA ÁGUA – IQA NA BACIA HIDROGRÁFICA DO PIRANHAS-AÇU. ..... 160
FIGURA 4-80 - VARIAÇÃO ESPACIAL DO ÍNDICE DE ESTADO TRÓFICO – IET NA BACIA HIDROGRÁFICA DO PIRANHAS-AÇU. ............ 160
FIGURA 4-81 - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E DBO NA BACIA HIDROGRÁFICA APODI-MOSSORÓ. .............. 189
FIGURA 4-82 - VARIAÇÃO ESPACIAL DAS CONCENTRAÇÕES DE OD E COT NA BACIA HIDROGRÁFICA APODI-MOSSORÓ. ............... 190
FIGURA 4-83 - VARIAÇÃO ESPACIAL DA CONCENTRAÇÃO DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES NA BACIA HIDROGRÁFICA APODIMOSSORÓ. .................................................................................................................................................... 190
FIGURA 4-84 - VARIAÇÃO ESPACIAL DA DENSIDADE DE CIANOBACTÉRIAS NA BACIA HIDROGRÁFICA APODI-MOSSORÓ. ................ 191
FIGURA 4-85 - VARIAÇÃO ESPACIAL DO IQA E IQAC NA BACIA HIDROGRÁFICA APODI-MOSSORÓ ........................................... 191
FIGURA 4-86 - VARIAÇÃO ESPACIAL DO IET NA BACIA HIDROGRÁFICA APODI-MOSSORÓ ....................................................... 192
1
1. INTRODUÇÃO
A água é um dos recursos naturais mais atingido pela ação humana. Rios, lagos e estuários
têm sido utilizados como destino para esgotos e resíduos industriais e urbanos, o que vem
gerando um grande desequilíbrio ambiental, com perda na qualidade das águas destinadas ao
abastecimento, irrigação, recreação e outros usos.
Nesse contexto, o monitoramento ambiental das águas é um importante instrumento de
atuação, pois subsidia medidas de planejamento, controle, recuperação, preservação e
conservação do ambiente em estudo, bem como auxilia na definição das políticas ambientais.
O Programa Água Azul tem a finalidade de monitorar, através de coletas e análises, os corpos
de águas superficiais e subterrâneos mais relevantes para abastecimento do RN, que abrange
as bacias hidrográficas: Apodi-Mossoró, Boqueirão, Ceará-Mirim, Curimatau, Faixa
Litorânea Leste de Escoamento Difuso,Faixa Litorânea Norte de Escoamento Difuso,Jacu,
Maxaranguape, Pirangi, Piranhas-Açu, Potengi, Punaú, Rio Doce e Trairi, assim como a
balneabilidade das praias e de alguns balneários interiores.
Neste relatório (Tomo I) são apresentados e discutidos os resultados para a quinta campanha
de coletas, realizadas entre Novembro de 2009 e Março de 2010, para lagoas e todos os
reservatórios superficiais com capacidade de acumulação acima de 5 milhões de metros
cúbicos, trechos de rio perenizados referentes ao “Monitoramento da qualidade das águas
superficiais”, que correspondem à meta I do cronograma estabelecido no plano de trabalho do
Programa Água Azul.
2
2. OBJETIVOS
Os objetivos deste relatório são enumerados a seguir, os quais se coadunam com os do
Programa Água Azul:
•
Identificar e avaliar as condições da qualidade das águas dos principais corpos d’água
interiores do Rio Grande do Norte (águas de superfície) através do monitoramento
sistemático conforme os condicionamentos e padrões estabelecidos pela Resolução
CONAMA N.º 357/2005, com a finalidade de projetar situações futuras de uso e
preservação dessas águas para o consumo humano.
•
Realizar o monitoramento das água e dos sedimentos do Açude Gargalheiras e do
estuário do Rio Potengi, para a caracterização das composições e propriedades
mineralógicas, geotécnicas e químicas dos sedimentos de fundo, visando identificar
concentrações de metais tóxicos (Cádmio total, Chumbo total, Cobre dissolvido,
Mercúrio total, Cromo total, Níquel total e Zinco total), desta forma contribuindo para
o reconhecimento de fontes poluidoras naturais e antropogênicas.
•
Verificar os trechos dos corpos d’água que estão com parâmetros em desacordo com
as condições e padrões de qualidade de água estabelecidos pela Resolução CONAMA
N.º 357/2005 para a respectiva classe de enquadramento;
•
Fornecer ao IDEMA e ao IGARN, ao longo do período de monitoramento, subsídios
para desenvolver investigações com vistas à identificação de fontes potenciais de
poluição dos recursos hídricos estudados, bem como o desenvolvimento e
implementação de ações mitigadoras, visando à efetivação de metas que assegurem os
usos preponderantes de acordo com o enquadramento dos respectivos corpos d’água;
•
Divulgar relatórios técnicos trimestrais contendo informações a respeito das condições
de qualidade das águas dos corpos d’água monitorados.
3
3. MATERIAIS E MÉTODOS
A metodologia adotada está apresentada neste capítulo, compreendendo a definição dos
pontos de coleta das amostras de água, a data da realização das coletas, a descrição dos
parâmetros analisados e os procedimentos analíticos adotados.
3.1. ÁREA GEOGRÁFICA DE ESTUDO
As coletas e análises das amostras de águas superficiais foram divididas por sub-bacias entre
as instituições participantes, conforme a seguir:
• Corpos d’água superficiais da região costeira do RN, que abrange as bacias
hidrográficas dos rios Boqueirão, Ceará-Mirim, Jacu, Maxaranguape, Punaú, Pirangi,
Potengi, Doce e Curimatau - Intituição responsável: UFRN (coleta e análises);
• Bacia Hidrográfica do Rio Piranhas-Açu – Instituições responsáveis: IGARN (coleta e
análises) e EMPARN (análises);
• Bacia Hidrográfica do Rio Apodi-Mossoró – Instituições responsáveis: IGARN
(coleta e análises) e UERN (análises).
Os corpos d’água e seus respectivos pontos monitorados são apresentados na Figura 3-1 e
indicados nos subitens a seguir.
3.1.1. Corpos d’água superficiais da Região Costeira do RN (UFRN)
As estações de monitoramento dos corpos d’água superficiais da Região Costeira do RN
totalizam 41 pontos de amostragem, situados em 9 bacias hidrográficas (ver Tabela 3-1).
4
Figura 3-1 - Estações de amostragem do Programa Água Azul no Estado do Rio Grande do Norte.
Tabela 3-1 – Localização das Estações de Amostragem dos corpos d’água superficiais da
Região Costeira do RN
ESTAÇÃO
MUNICÍPIO
NOME
SIGLA
BACIA
HIDROGRÁFICA
COORDENADAS
UTM
LESTE
NORTE
Boqueirão
219.012
9.421.542
BOQ 1
Lagoa do Boqueirão
Touros
CEA 1
Açude Poço Branco
Poço Branco
Ceará Mirim
205.397
9.376.862
CEA 2
Ponte BR 406 – Taipu
Taipu
Ceará Mirim
211.403
9.377.954
CEA 3
Jusante da Usina São Fco
Extremoz
Ceará Mirim
232.728
9.376.888
CEA 4
Ponte BR 101 – Extremoz
Extremoz
Ceará Mirim
250.590
9.373.148
CUR 1
Jusante de Nova Cruz
Nova Cruz
Curimatau
242.993
9.285.924
CUR 2
Pedro Velho
Pedro Velho
Curimatau
255.818
9.286.736
CUR 3
Barra de Cunhaú – estuário
Baía Formosa
Curimatau
273.628
9.300.978
PIQ 1
Captação de água CAERN
Curimatau
254.089
9.289.662
JAC 1
Açude Japi II
Jacu
190.932
9.297.558
JAC 2
Sítio Choar
Nísia Floresta
São José de
Campestre
Espírito Santo
Jacu
239.600
9.298.940
JAC 3
Lagoa de Guaraíra
Arês
Jacu
265.485
9.315.930
Arês
Jacu
265.222
9.315.342
Maxaranguape
Maxaranguape
235.458
9.395.184
Maxaranguape
Maxaranguape
250.099
9.389.174
Macaíba
Pirangi
240.510
9.344.020
Lagoa de Guaraíra
JAC 4
Rio Maxaranguape em
MAX 1 Dom Marculino
MAX 2 Maxaranguape
PIR 1
Lamarão
PIR 2
Passagem de Areia
Parnamirim
Pirangi
247.588
9.346.884
PIR 3
Ponte BR 304
Parnamirim
Pirangi
248.418
9.348.674
PIR 4
Ponte Velha na BR 101
Parnamirim
Pirangi
253.658
9.349.514
PIR 5
Ponte Trampolim da Vitória
Parnamirim
Pirangi
256.210
9.347.056
PIR 6
Lagoa do Jiqui
Parnamirim
Pirangi
257.738
9.345.300
PIR 7
Balneário de Pium
Nísia Floresta
Pirangi
260.610
9.341.440
PIR 8
Parnamirim
Pirangi
264.903
9.338.024
POT 1
Ponte velha na RN 063
Rio Camaragibe na
travessia da RN 064
Ielmo Marinho
Potengi
218.431
9.359.850
POT 2
Açude Campo Grande
Potengi
193.136
9.347.651
POT 3
Telha
Potengi
212.784
9.350.820
POT 4
Rio Golandim
Potengi
250.071
9.359.543
São Paulo do
Potengi
São Pedro do
Potengi
São Gonçalo
do Amarante
6
Tabela 3-1 – Localização das Estações de Amostragem dos corpos d’água superficiais da
Região Costeira do RN (continuação)
ESTAÇÃO
MUNICÍPIO
NOME
SIGLA
BACIA
HIDROGRÁFICA
COORDENADAS
UTM
LESTE
NORTE
POT 5
Dique da Base Naval
Natal
Potengi
253.767
9.359.873
POT 6
Jusante do canal do baldo
Natal
Potengi
254.899
9.360.328
POT 7
Em frente ao Iate Clube
Vão central da ponte Nilton
Navarro
Rio Punaú
Natal
Potengi
255.754
9.362.347
Natal
Potengi
256.125
9.363.325
Rio do Fogo
Rio Doce
235.025
9.408.338
Ceará Mirim
São Gonçalo
do Amarante
Extremoz
Rio Doce
233.785
9.372.322
Trairí
DOC 3
Ponte na BR 406
Jusante do aterro sanitário
de Massaranduba
Lagoa de Extremoz
Rio Doce
238.600
247.088
9.366.200
9.366.960
DOC 4
Gramorezinho
Rio Doce
252.674
9.367.278
FLL 1
Lagoa do Bonfim
FLLED
253.603
9.331.690
TRA 1
Açude Inharé
Santa Cruz
Trairi
829.826
9.314.821
TRA 2
Açude Santa Cruz
Santa Cruz
Trairi
828.284
9.311.405
TRA 3
Açude Trairi
Tangará
Trairi
187.088
9.307.566
TRA 4
Rio Trairi
Monte Alegre
Trairi
244.110
9.329.244
POT 8
PUN 1
DOC 1
DOC 2
Natal
Pedro Velho
3.1.2. Bacia Hidrográfica do Rio Piranhas-Açu
A Bacia hidrográfica do Piranhas-Açu situa-se na parte central do Estado do Rio Grande do
Norte, tendo como rio principal o Piranhas, de domínio federal. Esse rio nasce na Paraíba,
no local denominado Bonito de Santa Fé, atravessa o Estado da PB, onde recebe como
principais afluentes os rios Piancó e Aguiar; ao entrar no Estado do RN recebe grande
contribuição da sub-bacia do rio Seridó e desemboca no litoral norte do RN, próximo a
cidade de Macau. A bacia cobre uma área com cerca de 44.000 km2, abragendo a parte
ocidental do Estado da Paraíba e o centro-norte do RN, ocupando neste estado uma
superfície de 17.489,5 km2, correspondente a cerca de 32,8% do território estadual.
A bacia hidrográfica do Piranhas-Açu desempenha um importante papel na
disponibilização de água para o abastecimento humano de populações inseridas na sua área
geográfica, para grandes projetos de irrigação, como os das Várzeas de Souza e do Baixo
Açu, nos Estados da PB e RN, respectivamente. Nela estão inseridos os reservatórios
Curema-Mãe D’Água, com capacidade de armazenamento de 1,3 milhão de metros cúbicos
e a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, com capacidade de armazenamento de 2,4
bilhões de metros cúbicos. Na Figura 3-2 é apresentado o mapa esquemático desta bacia,
contendo as estações amostrais.
Figura 3-2 - Mapa da Bacia Hidrográfica do Piranhas-Açu contendo os pontos de monitoramento do Programa Água Azul na
campanha semestral 2009.1 (Fonte: IGARN - 2009).
8
A Tabela 3-2 apresenta a descrição dos 28 pontos de amostragem na Bacia Hidrográfica do
Piranhas-Açu para a campanha de coletas semestral 2009.1, com os respectivos nomes das
estações de monitoramento e coordenadas em UTM.
Tabela 3-2 – Estações de amostragem da Bacia do Piranhas-Açu
ESTAÇÃO
SIGLA
PIA-01
PIA-02
NOME
Açude Mulungu
Açude Esguincho
PIA-03
Açude Rio da Pedra
PIA-04
Açude Caldeirão de
Parelhas
PIA-05
Açude Carnaúba
PIA-06
PIA-07
PIA-08
PIA-09
Açude Cruzeta
Açude Gargalheiras
Rio São Bento
Dourado
PIA-10
Zangalheiras
PIA-11
Rio Seridó
PIA-12
PIA-13
PIA-14
PIA-15
PIA-16
PIA-26
PIA-27
Rio Espinharas
Açude Mendubim
Açude Beldroega
Açude Novo Angicos
Açude Pataxós
Rio Piranhas-Açú Estuario Macau
Rio dos Cavalos
Açude Santo Antônio
(S.J.Sabugi)
Açude Itans
Rio Seridó
Açude Boqueirão de
Parelhas
Rio Seridó
Açude Passagem das
Trairas
Boqueirão de Angicos
Rio Camurupim
PIA-28
Rio das Conchas
PIA-29
Piranhas-Açu
PIA-17
PIA-18
PIA-20
PIA-21
PIA-22
PIA-23
PIA-24
PIA-25
MUNICÍPIO
Currais Novos
Ouro Branco
Santana dos
Matos
Parelhas
Piranhas-Açu
Piranhas-Açu
COORDENADAS
UTM
ESTE
NORTE
799.474 9.309.870
725.830 9.255.293
Piranhas-Açu
754.009
9.338.818
Piranhas-Açu
756.481
9.257.134
Piranhas-Açu
704.705
926.6204
Piranhas-Açu
Piranhas-Açu
Piranhas-Açu
Piranhas-Açu
744,09
765.475
775029
775935
9.290.837
9.290.111
9302065
9308697
Piranhas-Açu
748878
9270292
BACIA
HIDROGRÁFICA
São João do
Sabugi
Cruzeta
Acari
Currais Novos
Currais Novos
Jardim do
Seridó
Jardim do
Seridó
Serra Negra
Açu
Paraú
Angicos
Ipanguaçu
Piranhas-Açu
745473
9271768
Piranhas-Açu
Piranhas-Açu
Piranhas-Açu
Piranhas-Açu
Piranhas-Açu
676713
725198
712.991
765967
740.003
9262929
9371406
9.361.950
9372420
9.378.723
Macau
Piranhas-Açu
762.386
9.433,95
Pendências
Piranhas-Açu
749.342
9.427.517
S. J. do Sabugi
Piranhas-Açu
698.989
9.264.577
Caicó
Caicó
Piranhas-Açu
Piranhas-Açu
710.124
711171
9.284.813
9286532
Parelhas
Piranhas-Açu
757.959
9.260.643
São Fernando
São José do
Seridó
Afonso Bezerra
Guamaré
Porto do
Mangue
Pendências
Piranhas-Açu
701279
9295504
Piranhas-Açu
729.040
9.280.093
Piranhas-Açu
Piranhas-Açu
779814
798431
9383285
9434402
Piranhas-Açu
746.233
9.439.235
Piranhas-Açu
9
3.1.3. Bacia Hidrográfica do Rio Apodi-Mossoró
A bacia hidrográfica Apodi/Mossoró, localizada na região oeste potiguar, é a segunda maior
do Estado, ocupando 26,8% de sua área. Apesar de sua importância sócio-econômica para a
região, tem sofrido conseqüências diretas de atividades antrópicas, que acabam constituindose em fonte de contaminação e uma ameaça ao meio ambiente e à saúde pública. Assim, é de
extrema importância o conhecimento da qualidade de suas águas superficiais e subterrâneas,
de forma a planejar o gerenciamento adequado deste recurso hídrico, avaliando impactos e
prevenindo sua degradação. Na Figura 3-3 apresenta-se o mapa esquemático desta bacia
contendo os principais corpos d´água e municípios.
Nesta bacia foram selecionados 26 pontos de amostragem (ver Figura 3-1 e TABELA 3-3):
APM01–Açude Encanto, APM02–Açude Bonito II, APM03–Açude Jesus Maria José,
APM4–Açude Flechas, APM05–Açude Público de Pau dos Ferros, APM06–Açude Público
de Pilões, APM07–Açude Público de Marcelino Vieira, APM08– Açude 25 de Março (não foi
selecionada para monitoramento); APM09–Açude de Lucrécia, APM10–Açude Rodeador,
APM11–Açude do Brejo, APM12–Açude Malhada Vermelha, APM13–Açude Passagem,
APM14–Açude Morcego, APMP15– Açude Santo Antonio, APM16–Açude Apanha Peixe,
APM17–Barragem de Santa Cruz, APM18– Rio Apodi/Mossoró – Felipe Guerra, APM19–
Rio Apodi/Mossoró – Gov. Dix-Sept Rosado, APM20– Rio Apodi/Mossoró – Barragem do
Genésio, APM21– Rio Apodi/Mossoró – Passagem de Pedra, APM 22– Rio Apodi/Mossoró –
Areia Branca (estuário), APM 23– Ponte – BR101 (estuário), APM 24– Açude Barragem de
Umari, APM 25– Rio do Carmo- Upanema, APM 26– Rio do Carmo- Fazenda Angicos,
APM 27- Açude de Tourão, APM 28- Açude Santana de Pau dos Ferros e APM 29- Rio
Apodi/Mossoró – Jusante de Pau dos Ferros.
Figura 3-3 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica Apodi-Mossóro (Fonte: SEMARH, 2009)
10
Tabela 3-3 - Estações de amostragem na bacia hidrográfica Apodi-Mossoró.
NOME
SANTA CRUZ
APANHA PEIXE
SANTO ANTÔNIO
ENCANTO
PEDRA DE ABELHAS
GOVERNADOR DIXSEPT ROSADO
LUCRECIA
MARCELINO VIEIRA
GENÉSIO
PASSAGEM DE PEDRA
LOCALIZACAO
RIO APODI-MOSSORO
RIACHO DO MULATO
RIACHO SANTA MARIA
RIACHO ENCANTO
RIO APODI-MOSSORO
DESCRIÇÃO
ACUDE
ACUDE
ACUDE
ACUDE
RIO
RIO APODI-MOSSORO
RIACHO QUIXERÉ
RIACHO BARRO PRETO
RIO APODI-MOSSORO
RIO DA PEDRA
RIO
ACUDE
ACUDE
RIO
RIO
BREJO
TOURÃO
PAU DOS FERROS
SANTANA
JUSANTE PAU DOS
FERROS
PILÕES
RODEADOR
PASSAGEM
FLEXAS
BONITO
MALHADA
VERMELHA
JESUS, MARIA, JOSÉ
MORCEGO
PONTE BR 110
RIO DO CARMO
(FAZENDA ANGICOS)
UPANEMA
UMARI
GROSSOS
RIACHO DO BREJO
RIACHO TOURÃO
RIO APODI-MOSSORO
RIACHO SANTANA
ACUDE
ACUDE
ACUDE
ACUDE
MUNICIPÍO
APODI
CARAÚBAS
CARAÚBAS
ENCANTO
FELIPE GUERRA
GOVERNADOR DIX-SEPT
ROSADO
LUCRÉCIA
MARCELINO VIEIRA
MOSSORÓ
MOSSORÓ
OLHO D'ÁGUA DO
BORGES
PATU
PAU DOS FERROS
PAU DOS FERROS
RIO APODI-MOSSORO
RIO PILÕES
RIO APODI-MOSSORO
RIO APODI-MOSSORO
RIACHO FLEXAS
RIACHO SÃO MIGUEL
AÇUDE MALHADA
VERMELHA
RIO APODI-MOSSORO
RIACHO DA CACHOERINHA
RIO DO CARMO
RIO
ACUDE
ACUDE
ACUDE
ACUDE
ACUDE
PAU DOS FERROS
PILÕES
RAFAEL GODEIRO
RODOLFO FERNANDES
SÃO JOSÉ DA PENHA
SÃO MIGUEL
ACUDE
ACUDE
ACUDE
ESTUÁRIO
SEVERIANO MELO
TENENTE ANANIAS
AUGUSTO SEVERO
MOSSORÓ
RIO DO CARMO
RIO DO CARMO
RIO DO CARMO
RIO APODI-MOSSORO
RIO
RIO
ACUDE
ESTUÁRIO
MOSSORÓ
UPANEMA
UPANEMA
GROSSOS
3.2. PERÍODO DE COLETA
3.2.1. Corpos d’água superficiais da Região Costeira do RN (UFRN)
As coletas e análises dos parâmetro físico-químicos, microbiológicos, não mensuráveis,
cianobactérias e agrotóxicos foram realizadas no período de Fevereiro a Março de 2010.
3.2.2. Bacia Hidrográfica do Rio Piranhas-Açu
As amostragens referentes à 5ª campanha na bacia do Piranhas-Açu foram realizadas no
período de Outubro a Dezembro de 2009.
3.2.3. Bacia Hidrográfica do Rio Apodi-Mossoró
A campanha de coleta de amostras foi realizada no período de Novembro a Dezembro de
2009, incluindo a quantificação de cianobactérias.
11
3.3.
METODOLOGIA PARA COLETA E PRESERVAÇÃO DAS AMOSTRAS
Para garantir e preservar as características das amostras desde a coleta até o momento de sua
análise, foram utilizados procedimentos de conservação que levam em consideração o agente
conservante, o tipo de vasilhame e o volume adequado para a determinação de cada
parâmetro. Na Tabela 3-4 apresentam-se as metodologias adotadas para cada parâmetro e o
limite de detecção do método adotado.
Tabela 3-4 – Metodologia de coleta e preservação das amostras.
PARÂMETROS
DETERMINADOS
MÉTODO UTILIZADOO
Cádmio Total
Chumbo Total
LIMITES DE DETECÇÃO
DO MÉTODO
ICP-OES
ICP-OES
0,0004 mg/L
Espectrofotometria
0,3 µg/L
Cobre Dissolvido
ICP-OES
0,0008 mg/L
Cromo Total
ICP-OES
0,0007 mg/L
Combustão
1,1 mg/L
DBO5
1,0 mg/L
Fósforo Total
ICP-OES
0,0003 mg/L
Mercúrio Total
ICP-OES
0,0002 mg/L
Cromatografia de íons
0,033 mg/L
Titulometria
0,28 mg/L
ICP-OES
0,0004 mg/L
Oxigênio Dissolvido
Eletrométrico
-
pH
Salinidade
Eletrométrico
-
Eletrométrico
-
Gravimetria
-
Eletrométrico
-
Infracal
1,0 mg/L
Turbidimetria
-
ICP-OES
0,0009 mg/L
Clorofila ‘a’
Carbono Orgânico Total
DBO
Nitrogênio amoniacal
Nitrogênio Total
Níquel Total
Sólidos Totais
Temperatura
Teor de Óleos e Graxas
Turbidez
Zinco Total
0,0004 mg/L
3.3.1. Variáveis Não Mensuráveis
No momento das coletas, em cada ponto, foram identificadas algumas características não
mensuráveis, através do preenchimento de formulários específicos, contemplando as seguintes
informações:
AMBIENTES LÓTICOS:
•
•
Materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais
Odor
12
•
•
•
•
•
•
•
Corantes provenientes de fontes antrópicas
Presença de óleos ou graxas
Presença de resíduos sólidos objetáveis
Ocorrência de mortandade de peixes
Presença de lançamento de efluentes
Vegetação aquática flutuante
Condições de tempo (chuva, nebulosidade, etc.)
AMBIENTES LÊNTICOS E INTERMEDIÁRIOS:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais
Odor
Corantes provenientes de fontes antrópicas
Presença de óleos ou graxas
Presença de resíduos sólidos objetáveis
Turvação
Ocorrência de mortandade de organismos aquáticos
Ocorrência de floração de algas
Presença de lançamento de efluentes
Vegetação aquática flutuante
Condições de tempo (chuva, nebulosidade, etc.)
3.3.2. Variáveis Mensuráveis
Os parâmetros físico-químicos e microbiológicos analisados e usados para para determinar o
Índice de Qualidade de Água - IQA nas águas superficiais foram: temperatura da amostra, pH,
oxigênio dissolvido (OD), demanda bioquímica de oxigênio (5 dias, 20ºC) – DBO5,
coliformes termotolerantes, nitrogênio total (NT), fósforo total (PT), sólidos totais (ST) e
turbidez. Os demais parâmetros analisados foram: carbono orgânico total – COT, nitrogênio
amoniacal total, salinidade, teor de óleos e graxas (TOG), clorofila a, densidade de
cianobactérias e os metais considerados tóxicos para determinar o Índice de Toxidez - IT:
cádmio total, chumbo total, cobre dissolvido, mercúrio total, cromo total, níquel total e zinco
total.
As coletas e análises, salvo indicação em contrário neste item, seguiram as recomendações
Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater (APHA, 2005). Para a
digestão das amostras de água para a análise dos metais Cu, Zn, Ni, Pb, Cd e Cr foi utilizado
o método 3005 A da Agência de Proteção Ambiental do Estados Unidos - USEPA (1992) e
para a análise de Hg foi usado o método 3112 B do Standard Methods for the Examination of
Water and Wastewater (APHA, 1998). A determinação de COT foi realizada utilizando-se o
método titrimétrico; a clorofila a foi determinada por espectroscopia de UV-visível e os
metais foram determinados por espectrometria de absorção atômica, sendo que para a análise
de Hg foi utilizado um sistema de geração de vapor a frio. Todas as análises foram realizadas,
no mínimo, em duplicata.
As variáveis ambientais (temperatura, pH, oxigênio dissolvido e salinidade) foram obtidas por
leitura direta, com a sonda multiparâmetro HANNA - HI 9828 (coletas UFRN) ou com a
sonda Horiba U20XD (coletas IGARN). A transparência da água foi medida com disco de
Secchi. Foi utilizado o método eletrométrico, para as medições de temperatura, pH, OD e
salinidade; a turbidez foi medida por turbidimetria; para a DBO aplicou-se a metodologia
13
APHA 5210 B (DBO5); a análise de nitrogênio amoniacal foi através da Cromatografia de
Íons; para metais utilizou-se o método do ICP-OES; os sólidos totais foram medidos através
do processo gravimétrico após secagem a 105 °C; para a análise de COT aplicou-se a
metodologia APHA 5310 B (combustão); o teor de óleos e graxas foi medido pelo método
infracal (metodologia APHA 5520 C) e os coliformes termotolerantes pelo método dos Tubos
Múltiplos.
Quanto as amostras planctônicas, estas foram coletadas na superfície e preservadas com lugol
acético 1%. A quantificação de cianobactérias foi realizada de acordo com a metodologia
descrita por Utermöl (1958), usando microscópio invertido de marca Olimpus, modelo IX70.
Foi usada câmara de sedimentação de 2, 5 e 10 mL dependendo da densidade da amostra. O
tempo de sedimentação foi de 3h por centímetro de altura da câmara (Margalef, 1983; Lund et
al. 1958). A contagem dos indivíduos (células, colônias e filamentos) foi feita em transectos
horizontais e verticais, contados em campos alternados, sendo o erro menor que 20%, a um
coeficiente de confiança de 95% seguindo o critério de Lund et. al. (1958). O número de
campo variou de uma amostra para outra e a finalização da contagem foi feita tomando como
critério a contagem de no mínimo 100 indivíduos de espécies mais abundantes e pela curva de
estabilização das espécies, obtida a partir da adição de espécies novas adicionadas com o
número de campos contados. O sistema de classificação utilizado para as cianobactérias foi o
de Komárek & Anagnostidis (1998) para a Chroococcales, Anagnostidis & Komárek (1988)
para as Oscillatoriales e Komárek & Anagnostidis (1989) para as Nostocales.
3.4. ÍNDICES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS - IQA
Os índices e indicadores ambientais são fundamentais no processo de decisão das políticas
públicas e no acompanhamento de seus efeitos. O Índice de Qualidade das Águas – IQA serve
de informação básica de qualidade de água para o público em geral, bem como para o
gerenciamento ambiental das águas superficiais. O IQA foi desenvolvido em 1970 pela
National Sanitation Foundation para avaliar a qualidade da água para abastecimento humano.
Para o cálculo do IQA, foram selecionados 9 (nove) parâmetros considerados os mais
importantes na qualificação da água, e para cada um deles definiu-se um peso significativo da
sua importância na determinação do índice. Na
Tabela 3-5 são apresentados os parâmetros componentes do IQA, bem como seus pesos.
Pode-se verificar que o somatório dos pesos é igual a 1,00.
O IQA pode ser calculado através de duas expressões matemáticas que definem o IQA aditivo
(IQAA) e o IQA multiplicativo (IQAM), ou seja:
9
IQAA = ∑ qi × Wi
i =1
9
IQAM = ∏ qiWi
i =1
Onde:
IQA= índice de qualidade da água, representado por um número em escala contínua de 0 a
100.
qi= qualidade individual (sub-índice de qualidade) do iésimo parâmetro, um valor entre 0
e100.
Wi= peso unitário do iésimo parâmetro.
14
Os valores dos sub-índices são obtidos através de “curvas médias” para cada parâmetro de
controle (OTT, 1978). Estudos desenvolvidos pela CETESB (1979) levaram à obtenção de
várias expressões matemáticas que exprimem a variação de um parâmetro determinante do
IQA. Para tal, as curvas de variação de qi x parâmetro, foram divididas em intervalos
convenientes e a cada um desses intervalos foi ajustada uma expressão analítica, pelo método
dos mínimos quadrados (equação da reta, exponencial, curva logarítmica, curva de potência e
polinômios de 2º e 3º graus). Apresentam-se a seguir as expressões de cálculo dos índices
parciais de qualidade (Tabelas 3.6 a 3.15)
Tabela 3-5 – Parâmetros e pesos para cálculo do IQA.
Nº
Parâmetro
Unidade
Peso (W)
1
Oxigênio Dissolvido (OD)
% saturação
0,17
2
Coliformes Fecais (CF)
NMP/100mL
0,15
3
pH
0,12
4
DBO5
mg O2 /L
0,10
5
Nitrogênio total (NT)
mg /L
0,10
6
Fósforo total (PT)
mg /L
0,10
7
Turbidez (Tur)
uT
0,08
8
Sólidos Totais (ST)
mg /L
0,08
9
ºC
0,10
Temperatura de Desvio (∆T)
Fonte: OTT (1978).
OXIGÊNIO DISSOLVIDO - OD
Tabela 3-6 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q1 (OD).
% ODSat.
Expressão
0 – 50
q1=[0,34.(%ODSat.)+0,008095.(%ODSat.)2+1,35252.10-5. (%ODSat.)3]+3
51 – 85
q1=[-1,166.(%ODSat.)+0,058.(%ODSat.)2-3,803435.10-4. (%ODSat.)3]+3
86 – 100
q1=[3,7745.(%ODSat.)0,704889]+3
101 –140
q1=[2,90.(%ODSat.)+0,025.(%ODSat.)2+5,60919.10-5. (%ODSat.)3]+3
q1=50
> 140
O percentual de saturação do oxigênio dissolvido é calculado segundo a seguinte equação:
% Sat. OD = 100 x[OD em mg/L (a T ºC) / OD saturação em mg/L (a T ºC)]
15
Tabela 3-7 - Oxigênio de saturação (mg/L) em função da altitude (pressão) e temperatura da
água.
Temperatura
Altitude (m)
(ºC)
0
250
500
750
1000
0
14,6
14,2
13,8
13,3
12,9
2
13,8
13,4
13,0
12,6
12,2
4
13,1
12,7
12,3
12,0
11,6
6
12,5
12,1
11,7
11,4
11,0
8
11,9
11,5
11,2
10,8
10,5
10
11,3
11,0
10,7
10,3
10,0
15
10,2
9,9
9,5
9,3
9,0
20
9,2
8,9
8,6
8,4
8,1
25
8,4
8,1
7,9
7,6
7,4
30
7,6
7,4
7,2
7,0
6,7
Fonte: DERÍSIO (2000).
COLIFORMES TERMOTOLERANTES - CTe
Tabela 3-8 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q2 (CTe).
CTe/ 100 mL
Expressão
0
q2=100
1 – 10
q2=100- 33,5.logCTe
5
11 - 10
q2=100- 37,2 logCTe + 3,607145.(logCTe)2
q2=3
> 105
POTENCIAL HIDROGENIÔNICO- pH
Tabela 3-9 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q3 (pH).
pH
Expressão
q3=2,0
≤2,0
2,1–4,0
q3=13,6- 10,64.pH+ 2,4364.(pH)2
4,1–6,2
q3=155,5- 77,36.pH+ 10,2481.(pH)2
6,3–7,0
q3=-657,2+ 197,38.pH- 12,9167.(pH)2
7,1–8,0
q3=-427,8+ 142,05.pH- 9,695.(pH)2
8,1–8,5
q3=21,6- 16,0.pH
8,6–9,0
q3=1,415823.e-(1,1507.pH)
9,1–10,0
q3=288,0- 27,0.pH
10,1–12,0
q3=633,0- 106,5.pH+ 4,5.(pH)2
q2=3,0
>12,0
16
DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO - DBO
Tabela 3-10 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q4 (DBO5).
DBO5
0,0–5,0
5,1–15,0
15,1–30,0
>30,0
Expressão
-(0,1232728.DBO)
q4=59,96.e
q4=104,67- 31,5463.lnDBO5
q3=4.394,91.(DBO5)-1,99809
q2=2,0
NITROGÊNIO TOTAL - NT
Tabela 3-11 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q5 (NT).
NT (mg/L)
Expressão
0,0–10,0
q5=100,0- 8,169.NT+ 0,3059(NT)2
10,1–60,0
q5=101,9- 23,1023.lnNT
60,1–100,0
q5=159,3148.e-(0,0512842.NT)
q5=1,0
>100,0
FÓSFORO TOTAL - PT
Tabela 3-12 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q6 (PT).
PT (mg/L)
Expressão
-(0,91629.PT)
0,0–1,0
q6=99,9.e
1,1–5,0
q6=57,6- 20,178.PT+ 2,1326.(PT)2
5,1–10,0
q6=19,08.e-(0,13544.PT)
q6=5,0
>10,0
TURBIDEZ - Tur
Tabela 3-13 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q7 (Tur).
Tur (uT)
0,0–25,0
25,1–100,0
>100,0
Expressão
q7=100,17- 2,67.Tur+ 0,03755.(Tur)2
q7=84,96.e-(0,016206.Tur)
q7=5,0
SÓLIDOS TOTAIS - ST
Tabela 3-14 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q8 (ST).
ST (mg/L)
Expressão
0–150
q8=79,75+ 0,166.ST- 0,001088.(ST)2
151–500
q8=101,67- 0,13917.ST
q8=32,0
>500
17
TEMPERATURA - T
Tabela 3-15 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q9 (T).
Expressão
∆T= Ta- Te
q9=30,0
≤-5,0
-4,9–0,0
q9=92,5+ 1,3. ∆T - 1,32.( ∆T)2
0,1–3,0
q9=92,5- 2,1. ∆T - 1,8.( ∆T)2
3,1–5,0
q9=233,17.( ∆T)-(1,09576)
5,1–150
q9=75,27- 8,398. ∆T+ 0,265455.( ∆T)2
q9=9,0
>15,0
Dentre as vantagens do uso do IQA está a facilidade de comunicação com o público leigo, a
representação da média de diversas variáveis em um único número. Dentre as desvantagens,
tem-se a perda de informação das variáveis individuais e da sua interação. É importante
salientar que o índice, embora forneça informações importantes, não se constitui numa
avaliação detalhada da qualidade das águas de uma determinada bacia hidrográfica. O cálculo
do IQA através das variáveis usadas, refletem especialmente a contaminação dos corpos
hídricos ocasionada pelo lançamento de esgotos domésticos. A atividade antrópica
compromete a qualidade da águas dos mananciais e, em função do tipo de atividade
desenvolvida e da complexidade dos poluentes, o IQA apresenta limitações, dentre elas o fato
de ser utilizado apenas para abastecimento público, não contemplando outras variáveis
importantes para a qualidade da água.
No caso de não se dispor do valor de alguma, das 9 variáveis, o cálculo do IQA é
inviabilizado. A partir do cálculo efetuado, pode-se determinar a qualidade das águas brutas,
que é indicada pelo IQA.
O IQA possui faixas que variam de 0 (zero) a 100 (cem) , sendo que quanto maior o valor do
IQA, melhor é a qualidade da água (Tabela 3-16).
Tabela 3-16 - Classificação de águas naturais, conforme o IQA-NSF.
Faixa
90 - 100
70 - 90
50 - 70
25 - 50
0 -25
Nível de Qualidade Cor representativa
Excelente
Bom
Médio
Ruim
Muito Ruim
18
SIGNIFICADO AMBIENTAL
CÁLCULO DO IQA
DAS
VARIÁVEIS
UTILIZADAS
PARA
O
Variáveis Físicas
Sólidos totais - ST
Os sólidos nas águas correspondem a toda matéria que permanece como resíduo, após
evaporação, secagem ou calcinação da amostra a uma temperatura pré-estabelecida durante
um tempo fixado sendo classificados em: sólidos filtráveis (dissolvidos); sólidos não filtráveis
(em suspensão), sólidos totais (dissolvidos + suspensos). Os sólidos dissolvidos são
constituídos por carbonatos, bicarbonatos, cloretos, sulfatos, fosfatos, etc., os quais em altas
concentrações são objetáveis, pelos seus efeitos fisiológicos e sabor mineral e conseqüências
econômicas, além de diminuir a solubilidade do oxigênio. Os sólidos em suspensão produzem
efeitos nocivos sobre os microorganismos. Os resíduos totais, que são os remanescentes da
secagem de um volume de amostra de água em banho-maria e posteriormente, por duas horas,
em estufa a 110ºC. O peso total do resíduo seco é considerado como representativo dos
sólidos totais.
Temperatura - T
As variações sazonais e diurnas, bem como estratificação vertical da temperatura apresentada
pelos corpos d’águas naturais é influenciada por fatores tais como latitude, altitude, estação do
ano, período do dia, taxa de fluxo, profundidade e pelo lançamento de efluentes industriais. A
temperatura desempenha um papel principal de controle no meio aquático, condicionando as
influências de uma série de variáveis físico-químicas, tais como a viscosidade, tensão
superficial, compressibilidade, calor específico, constante de ionização e calor latente de
vaporização diminuem, enquanto a condutividade térmica e a pressão de vapor aumentam. A
solubilidade dos gases (o de maior importância o oxigênio) também diminuem com o
aumento deste parâmetro. Além da influência sobre as variáveis físico-químicas, a variação da
temperatura influi nos organismos aquáticos, uma vez que estes possuem limites de tolerância
térmica superior e inferior, temperaturas ótimas para crescimento, temperatura preferida em
gradientes térmicos e limitações de temperatura para migração, desova e incubação do ovo.
Turbidez - Tur
A turbidez de uma amostra de água está relacionada com o grau de atenuação de intensidade
que um feixe de luz sofre ao atravessá-la, causada pela presença de sólidos em suspensão,
tais como areia, silte, argila, detritos orgânicos, algas e bactérias, plâncton em geral, etc. Em
um manancial aquático a turbidez de uma amostra de água é influenciada pela natureza da
bacia de captação, e durante o período chuvoso as águas superficiais, por adquirirem maior
velocidade, apresentam turbidez mais elevada. Os esgotos sanitários e diversos efluentes
industriais também provocam elevações na turbidez das águas. Atividades de mineração têm
provocado formação de grandes bancos de lodo em rios e alterações no ecossistema aquático.
Turbidez elevada reduz a fotossíntese de vegetação enraizada submersa e algas, em
decorrência da diminuição da disponibilidade de luz, levando a redução da produtividade de
peixes e da eficiência da desinfecção da água em decorrência da proteção física dos
microorganismos do contato direto com o desinfetante. A turbidez afeta também os usos:
doméstico, industrial e recreacional de uma água.
19
Variáveis Químicas
Demanda Bioquímica de Oxigênio - DBO5,20
A DBO5, 20ºC é a quantidade de oxigênio consumido por microorganismos em condições
aeróbias para degradar uma determinada quantidade de matéria orgânica, durante um
determinado período de tempo, numa temperatura de incubação específica. Um período de
tempo de 5 dias numa temperatura de incubação de 20°C é freqüentemente . Este método não
indica a presença de matéria não biodegradável, nem leva em consideração o efeito tóxico ou
inibidor de materiais sobre a atividade microbiana. Os efluentes orgânicos provocam grandes
elevações na DBO de um corpo d´água, e podem extinguir o oxigênio na água, provocando o
desaparecimento da vida aquática. Um elevado valor da DBO produz sabores e odores
desagradáveis na água, obstrui os filtros de areia utilizados nas estações de tratamento de
água, sendo um parâmetro importante no controle das eficiências das estações, tanto de
tratamentos biológicos aeróbios e anaeróbios, bem como físico-químicos.
Fósforo Total - PT
O fósforo é um importante elemento para sobrevivência e manutenção da vida de
determinados microorganismos. As descargas de esgotos sanitários contribuem
significativamente para a presença deste elemento em águas naturais, destacando-se os
detergentes superfosfatados empregados em larga escala no uso doméstico. Outras fontes de
fósforo são os efluentes de indústrias de fertilizantes, pesticidas, químicas em geral, conservas
alimentícias, abatedouros, frigoríficos e laticínios, apresentam fósforo em quantidades
excessivas e as águas drenadas em áreas agrícolas e urbanas. O fósforo apresenta-se em meio
aquoso sob as formas orgânicas (fosfato e fotoproteínas) e inorgânica, sendo o principal
nutriente para as reações de síntese de determinados tipos de algas. O fósforo é um dos
principais nutrientes para os processos biológicos. Entretanto, o excesso de fósforo em
esgotos sanitários e efluentes industriais conduz a processos de eutrofização das águas
naturais.
Oxigênio Dissolvido - OD
O oxigênio proveniente da atmosfera dissolve-se nas águas naturais, devido à diferença de
pressão parcial, sendo a concentração deste constituinte função das variáveis físicas, químicas
e bioquímicas que ocorrem nas mesmas. A taxa de reintrodução de oxigênio dissolvido em
águas naturais através da superfície depende da ação fotossintética das algas e das
características hidráulicas sendo a taxa de reaeração superficial proporcional a velocidade, de
modo que em uma cascata é maior do que a de um rio de velocidade normal, que por sua vez
apresenta taxa superior à de uma represa, com velocidade normalmente bastante baixa. A
reintrodução do oxigênio na água através da fotossíntese das algas ocorre principalmente em
águas eutrofizadas, onde a decomposição de compostos orgânicos, liberam nitrogênio e
fósforo, que são utilizados como nutrientes pelas algas. Águas poluídas podem apresentar
baixa concentração de oxigênio dissolvido e as águas limpas normalmente apresentam
concentrações de oxigênio dissolvido elevadas, chegando até a um pouco abaixo da
concentração de saturação. Águas eutrofizadas podem apresentar, durante o período diurno,
concentrações de oxigênio bem superiores a 10 mg/L, mesmo em temperaturas superiores a
20°C, caracterizando uma situação de supersaturação, decorrente do fato de que a
contribuição fotossintética de oxigênio ser expressiva somente após grande parte da atividade
bacteriana na decomposição de matéria orgânica ter ocorrido, terem sido desenvolvidos os
20
protozoários e os decompositores que consomem bactérias clarificando as águas e permitindo
a penetração da luz.
Potencial Hidrogeniônico - pH
O pH, que expressa a atividade ou concentração do íon hidrogênio livre, é importante em
diversos equilíbrios químicos, influenciando os ecossistemas aquáticos naturais, determinando
a agressividade da água. As restrições de faixas de pH são estabelecidas para as diversas
classes de águas naturais (Resolução nº357 do CONAMA, de 25 de março de 2005), que fixa
o pH entre 6 a 9 como a faixa ideal para proteção da vida aquática. A água para consumo
humano deve apresentar valores de pH entre 6,5 e 8,5, de acordo com a Portaria nº 518/2004
do Ministério da Saúde. Outros processos de tratamento de água e de efluentes industriais e
domésticos dependem do pH, sendo também um padrão de emissão de esgotos e de efluentes
líquidos industriais definidos em legislação federal.
Formas de Nitrogênio
O nitrogênio nas águas naturais apresenta sob diversas formas, dependendo do nível de
oxidação. As principais fontes de nitrogênio na água são os esgotos sanitários e efluentes das
indústrias químicas, siderúrgicas, farmacêuticas, matadouros, etc. Mecanismos como a
biofixação desempenhada por bactérias e algas, que incorporam o nitrogênio atmosférico em
seus tecidos, contribuindo para a presença de nitrogênio orgânico nas águas; a fixação
química, reação que depende da presença de luz, concorre para as presenças de amônia e
nitratos nas águas e as lavagens da atmosfera poluída pelas águas pluviais concorrem para as
presenças de partículas contendo nitrogênio orgânico bem como para a dissolução de amônia
e nitratos. Outra fonte de contribuição é o escoamento das águas pluviais pelos solos
fertilizados. O nitrogênio pode ser encontrado nas águas até a sua estabilização nas formas de
nitrogênio orgânico, amoniacal, nitrito e nitrato, sendo as duas primeiras formas reduzidas e
as duas últimas, oxidadas sendo o nitrito um intermediário na etapa de oxidação e o nitrato a
forma mais estável. Os compostos de nitrogênio são macronutrientes, sendo exigido em
maior quantidade pelas células vivas. A presença do nitrogênio associado ao fósforo e a
outros nutrientes provoca o o crescimento exagerado dos seres vivos que os utilizam,
especialmente as algas, o que é chamado de eutrofização. A redução do aporte de nitrogênio
objetivando o controle da eutrofização é difícil em função da diversidade de fontes deste
elemento. De acordo com a resolução nº357/2005 do CONAMA, o nitrogênio amoniacal é
padrão de classificação das águas naturais e padrão de lançamento de efluentes.
Variáveis Microbiológicas
Coliformes termotolerantes - CTe
Principais indicadores de contaminação fecal, o grupo de bactérias coliformes inclui os
generos Klebsiella, Escherichia, Serratia, Erwenia e Enterobactéria, restritas ao trato intestinal
dos animais de sangue quente. A determinação da concentração dos coliformes assume
importância como parâmetro indicador da possibilidade da existência de microorganismos
patogênicos, responsáveis pela transmissão de doenças de veiculação hídrica, tais como febre
tifóide, febre paratifóide, disenteria bacilar e cólera.
21
ÍNDICE DE TOXIDEZ – IT
O Índice de Toxidez – IT foi utilizado combinado com o IQA. O IT é um índice binário
(valores 0 e 1), ou seja, quando alguma substância tóxica apresenta valores acima do limite
permitido pela Resolução CONAMA N.º 357/2005, o IT assume valor 0 (zero), e quando
nenhuma substância tóxica ultrapassar o limite permitido o IT assume o valor 1 (um). A nota
final da qualidade de um ponto de amostragem será o produto do IQA pelo IT. Quando o IT =
0 o produto é zero, fazendo com que o IQA assuma valor 0 (zero), classificando a água como
da pior qualidade. Quando o IT = 1 o produto confirmará o resultado do IQA. O Índice de
Qualidade de Água combinado - IQAc adotado será aquele resultante do produto do IT pelo
IQA, conforme explicado anteriormente.
ÍNDICE DO ESTADO TRÓFICO – IET
O índice do estado trófico tem por finalidade classificar corpos d’água em diferentes graus de
trofia, ou seja, avalia a qualidade da água quanto ao enriquecimento por nutrientes e seu efeito
relacionado ao crescimento excessivo das algas, ou o potencial para o crescimento de
macrófitas aquáticas.
Das três variáveis utilizadas para o cálculo do Índice do Estado Trófico, foram aplicadas
apenas duas: clorofila a e fósforo total, uma vez que os valores de transparência muitas vezes
não são representativos do estado de trofia, pois esta pode ser afetada pela elevada turbidez
decorrente de material mineral em suspensão e não apenas pela densidade de organismos
planctônicos, além de muitas vezes não se dispor desses dados. Dessa forma, não será
considerado o cálculo do índice de transparência em reservatórios e rios do Estado do Rio
Grande do Norte.
Na Tabela 3-17 apresenta-se a classificação das águas naturais, segundo o IET (CETESB/SP)
Tabela 3-17 - Classificação de águas naturais, conforme o IET (CETESB/SP).
Classificação do IET
Categoria Estado Trófico Ponderação
Ultraoligotrófico
IET ≤ 47
Oligotrófico
47 < IET ≤ 52
Mesotrófico
52 < IET ≤ 59
Eutrófico
59 < IET ≤ 63
Supereutrófico
63 < IET ≤ 67
Hipereutrófico
IET > 67
Fonte: CETESB/SP
Métodos de análise dos dados utilizados nas bacias
O índice do estado trófico adotado foi o índice clássico introduzido por Carlson modificado
por Toledo et al. (1983) e Toledo (1990) que, através de método estatístico baseado em
regressão linear, alterou as expressões originais para adequá-las a ambientes subtropicais. Este
índice utiliza três avaliações de estado trófico em função dos valores obtidos para as
variáveis: transparência (disco de Secchi), clorofila a e ao fósforo total.
22
Nesse índice, os resultados correspondentes ao fósforo, IET(P), devem ser entendidos como
uma medida do potencial de eutrofização, já que este nutriente atua como o agente causador
do processo. A avaliação correspondente a clorofila a , IET(CL), por sua vez, deve ser
considerada como uma medida da resposta do corpo hídrico ao agente causador, indicando de
forma adequada o nível de crescimento de algas que tem lugar em suas águas.
O índice do estado trófico apresentado é composto pelo índice do Estado Trófico para o
fósforo – IET(P), e o índice do estado trófico para a clorofila a – IET(CL), modificado por
Toledo, sendo:
IET ((P) = 10 { 6 – [ In (80,32/P)/In 2]}
IET ((CL) = 10 { 6 – [ In (2,04 – 0,695 In CL)/In 2]}
3.3.6
3.3.7
Onde:
P = concentração de fósforo total medida à superfície da água, em µ g.L-1
CL = concentração de clorofila a medida à superfície da água, em µ g.L-1
In = logaritmo natural
No caso de não haver resultados para o fósforo total ou para a clorofila a, o índice será
calculado com o parâmetro disponível e considerado equivalente ao IET, devendo apenas
constar uma observação jntuo ao resultado, informando que apenas um dos parâmetros foi
utilizado.
Em virtude da variabilidade sazonal dos processos ambientais que tem influencia sobre o grau
de eutrofização de um corpo hídrico, esse processo pode apresentar variações no decorrer do
ano, havendo épocas em que se desenvolve de forma mais intensa e outras em que pode ser
mais limitado. Em geral, com o aumento da temperatura da água, maior disponibilidade de
nutrientes e condições propícias de penetração de luz na água, é comum observar-se um
incremento do processo. No período do inverno, ele se mostra menos intenso. Nesse sentido, a
determinação do grau de eutrofização médio anual de um corpo hídrico pode não identificar
de forma explícita as variações que ocorreram ao longo do período do ano.
4. APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Os resultados apresentados neste relatório foram comparados com os valores limites permitidos
– VLP para enquadramento das águas salobras e salinas, classe I, e águas doces, classe II, da
Resolução CONAMA 357/2005 e os critérios de qualidade, para as análises de sedimento de
fundo, fundamentaram-se na comparação dos resultados da caracterização do material com os
valores previstos na Tabela III do anexo da Resolução CONAMA 344/2004, para água salinasalobra, nível 1.
4.1. CORPOS D’ÁGUA SUPERFICIAIS DA REGIÃO COSTEIRA DO RN
4.1.1. Bacia Hidrográfica Boqueirão
A bacia do Boqueirão, que é uma das menores do Estado, ocupa uma superfície de 250,5 km2,
correspondendo a cerca de 0,5% do território estadual. Nesta bacia não se encontram açudes de
importância quantitativa, cabendo destacar apenas a lagoa do Boqueirão. Na Figura 4-1
apresenta-se o mapa esquemático desta bacia.
Nesta bacia foi selecionada apenas uma estação de amostragem: BOQ1 (Lagoa do Boqueirão).
Na
Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites
permitidos - VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA
357/2005 (Salinidade 0,20 ‰).
A campanha para coleta de amostras na lagoa do Boqueirão foi realizada no dia 24/02/2010,
aproximadamente as 09:35 h. A temperatura da amostra medida foi 30,5 ºC. O pH da amostra
(7,56) situa-se dentro dos valores de enquadramento. A turbidez máxima permitida para a classe
2 de águas doces é de 100 UNT; o valor medido (1,14 UNT), está muito abaixo do VLP.
Materiais flutuantes, espumas não naturais, óleos e graxas, resíduo sólido objetável, mortandade
de peixes, lançamento de efluentes e vegetação aquática flutuante estavam virtualmente
ausentes.
O valor medido de óleos e graxas não foi significativo (3,0 mg/L). O parâmetro ST, assim como
nas coletas anteriores, também foi baixo (206 mg/L), ficando abaixo do VLP para STD (≤ 500
mg/L), sendo inclusive aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518/2004MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD.
A concentração de oxigênio dissolvido medido (6,96 mg/L) encontra-se dentro do limite
estabelecido para as águas doces de classe 2 (≥ 5 mg/L). A DBO calculada (6,45 mg/L)
ultrapassa o valor máximo da referida Resolução (≤ 5 mg/L). Para a referida classe de
enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para o carbono
orgânico total (COT). O valor obtido para este parâmetro foi 9,60 mg/L e se encontra um pouco
acima da coleta anterior que foi de 2,91 mg/L. O padrão de COT para as águas salobras e salinas
de classe 1 é de até 3,0mg/L.
A concentração de fósforo total (0,013 mg/L) encontra-se abaixo do VLP de referência para
ambientes lênticos. Da mesma forma, a concentração de nitrogênio amoniacal. Para pH = 7,5 a
24
concentração máxima permitida para este parâmetro é de 3,7 mg/L; o valor medido em BOQ 1
foi < 0,01 mg/L N. A concentração de nitrogênio total foi de 1,03 mg/L. A clorofila ‘a’ medida
(15,07 µg/L), apresentou-se inferior ao VLP (30 µg/L), mas superior a coleta anterior
(1,17µg/L).
Os metais analisados estão em conformidade com os padrões da legislação para as águas doces
de classe 2; como conseqüência o IT assume valor 1, reafirmando a boa condição do manancial.
O valor para coliformes termotolerantes (33,00 NMP/100mL) se encontra dentro dos padrões
estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000,0 NMP/100mL), diferente da companha
anterior (1.600 NMP/100 mL). Este ponto não foi selecionado para densidade de cianobactérias
nesta campanha de coleta.
O IQA calculado (78) corresponde a uma qualidade BOA, da mesma forma o IQAc (78) em
virtude do IT ter assumido o valor máximo 1, sem alteração da qualidade.
O IET calculado (60,03), considerando a ponderação para fósforo total e para clorofila classifica
o manancial na categoria de EUTRÓFICO.
Tabela 4-1 apresentam-se os resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos,
assim como o IQA, IT, IQAc e IET médio, considerando-se fósforo e clorofila ‘a’.
Figura 4-1 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica do Boqueirão (Fonte: IGARN, 2009)
25
BOQ 1 – LAGOA DO BOQUEIRÃO
A estação de monitoramento BOQ 1 está situado na Lagoa do Boqueirão, no município de
Touros. A coleta foi efetuada com o auxílio de um barco seguindo as orientações fornecidas
pelo IGARN.
Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites
permitidos - VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA
357/2005 (Salinidade 0,20 ‰).
A campanha para coleta de amostras na lagoa do Boqueirão foi realizada no dia 24/02/2010,
aproximadamente as 09:35 h. A temperatura da amostra medida foi 30,5 ºC. O pH da amostra
(7,56) situa-se dentro dos valores de enquadramento. A turbidez máxima permitida para a classe
2 de águas doces é de 100 UNT; o valor medido (1,14 UNT), está muito abaixo do VLP.
Materiais flutuantes, espumas não naturais, óleos e graxas, resíduo sólido objetável, mortandade
de peixes, lançamento de efluentes e vegetação aquática flutuante estavam virtualmente
ausentes.
O valor medido de óleos e graxas não foi significativo (3,0 mg/L). O parâmetro ST, assim como
nas coletas anteriores, também foi baixo (206 mg/L), ficando abaixo do VLP para STD (≤ 500
mg/L), sendo inclusive aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518/2004MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD.
A concentração de oxigênio dissolvido medido (6,96 mg/L) encontra-se dentro do limite
estabelecido para as águas doces de classe 2 (≥ 5 mg/L). A DBO calculada (6,45 mg/L)
ultrapassa o valor máximo da referida Resolução (≤ 5 mg/L). Para a referida classe de
enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para o carbono
orgânico total (COT). O valor obtido para este parâmetro foi 9,60 mg/L e se encontra um pouco
acima da coleta anterior que foi de 2,91 mg/L. O padrão de COT para as águas salobras e salinas
de classe 1 é de até 3,0mg/L.
A concentração de fósforo total (0,013 mg/L) encontra-se abaixo do VLP de referência para
ambientes lênticos. Da mesma forma, a concentração de nitrogênio amoniacal. Para pH = 7,5 a
concentração máxima permitida para este parâmetro é de 3,7 mg/L; o valor medido em BOQ 1
foi < 0,01 mg/L N. A concentração de nitrogênio total foi de 1,03 mg/L. A clorofila ‘a’ medida
(15,07 µg/L), apresentou-se inferior ao VLP (30 µg/L), mas superior a coleta anterior
(1,17µg/L).
Os metais analisados estão em conformidade com os padrões da legislação para as águas doces
de classe 2; como conseqüência o IT assume valor 1, reafirmando a boa condição do manancial.
O valor para coliformes termotolerantes (33,00 NMP/100mL) se encontra dentro dos padrões
estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000,0 NMP/100mL), diferente da companha
anterior (1.600 NMP/100 mL). Este ponto não foi selecionado para densidade de cianobactérias
nesta campanha de coleta.
O IQA calculado (78) corresponde a uma qualidade BOA, da mesma forma o IQAc (78) em
virtude do IT ter assumido o valor máximo 1, sem alteração da qualidade.
26
O IET calculado (60,03), considerando a ponderação para fósforo total e para clorofila classifica
o manancial na categoria de EUTRÓFICO.
Tabela 4-1 - Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc da
bacia Boqueirão.
PARÂMETROS PARA
DETERMINAR O IQA
Temperatura da amostra (0C)
pH
Altitude (m)
OD (mg/L)
DBO (mg/L)
Coliformes Termotolerantes
(NMP/100 mL)
Nitrogênio Total (mg/L)
Fósforo Total (mg/L)
Sólidos Totais (mg/L)
Turbidez (UNT)
Índice (IQA)
Qualidade
BOQ 11
VLP*
30,50
7,56
32,00
6,96
6,45
6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3
33,00
< 1.000 1,2,3
1,03
0,013
206,00
1,14
78,80
Boa
;≥ 5,01,2 ; ≥ 6,0 ,3
≤ 5,0 1
≤ (0,03+, 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 2; ≤ 0,062;
≤ 1001
-
PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT
*
Cobre dissolvido (mg/L)
Chumbo Total (mg/L)
Cromo Total (mg/L)
Cádmio Total (mg/L)
Zinco Total (mg/L)
Níquel Total (mg/L)
Mercúrio Total (mg/L)
Índice (IT)
IQAc
Qualidade
Índice do Estado Trófico (IET)
Categoria
COT (mg/L)
Teor de Óleos e Graxas (mg/L)
Clorofila ‘a’ (µg/L)
Salinidade (g/Kg)
< 0,0009
0,0077
< 0,0011
< 0,0019
0,0873
< 0,0007
< 0,0002
1
78,80
Boa
60,03
Eutrófico
9,60
3,00
15,07
0,20
Nitrogênio Amoniacal (mg/L)
< 0,010
≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3
≤ 0,01 1, 2,3
≤ 0,05 1, 2,,3
≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2,
≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3
≤ 0,025 1, 2,3
≤ 0,0002 1, 2,3
≤ 3,02,3
Virtualmente ausentes
≤ 301
1
0,5‰ ; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3
(3,7 p/ pH =7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH =8 - 1 p/
8<pH=8,5 e 0,5 p/ pH > 8,5)1; 0,40 2,3
VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução
CONAMA N° 357/20051 . 1Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas. + ambientes lênticos, ++ ambientes Intermediários e
+++
ambientes Lóticos. BOQ 1-Lagoa do Boqueirão
27
SÍNTESE GRÁFICA DOS RESULTADOS DA BACIA HIDROGRÁFICA BOQUEIRÃO
Nas figuras 4.2 a 4.5 apresentam-se os gráficos dos principais parâmetros e índices de controle
da Lagoa do Boqueirão.
Oxigênio Dissolvido
Demanda Bioquímica de Oxigênio
8
7,78
7,56
OD e DBO (mg/L)
7
6,96
7,00
6,45
6
OD > = 5 mg/L
Padrão CONAMA 357/2005
Água Doce - Classe 2
5
4,76
DBO < = 5 mg/L
4
Nov/2008
Jun/2009
Fev/2010
Bacia do Boqueirão
Figura 4-2 - Concentrações de OD e DBO da Lagoa do Boqueirão
Coliformes Termotolerantes (NMP/100mL)
Coliformes Termotolerantes
1.600,00
1600
1400
1200
Padrão da Resolução 357/2005
CONAMA para Água Doce classe 2
1000
800
600
400
200
33,00
2,00
0
Nov/2008
Jun/2009
Fev/2010
Bacia do Boqueirão
Figura 4-3 - Concentração de coliformes termotolerantes na Lagoa do Boqueirão
28
Índice de Qualidade de Água
Índice de Qualidade de Água combinado
100
90 - 100 Excelente
90
IQA e IQAc (mg/L)
IQA = IQAc
78,80
IQA = IQAc
72,43
80
70 - 90 Boa
70
66,41
IQA = IQAc
60
50 - 70 Média
50
40
25 - 50 Ruim
30
20
0 - 25 Muito Ruim
10
0
Nov/2008
Jun/2009
Fev/2010
Bacia do Boqueirão
Figura 4-4 – IQA e IQAc da Lagoa do Boqueirão
Índice de Estado Trófico
70
> = 67 - Hipereutrófico
63 - 67 - Supereutrófico
60,03
60
59 - 63 - Eutrófico
52 - 59 - Mesotrófico
IET
50
40
47 - 52 - Oligotrófico
43,92
43,35
Nov/2008
Jun/2009
< = 47 - Ultraoligotrófico
30
20
Bacia do Boqueirão
Figura 4-5 – IET da Lagoa do Boqueirão
Fev/2010
29
4.1.2. Bacia Hidrográfica Ceará-Mirim
A bacia hidrográfica de Ceará-Mirim ocupa uma superfície de 2.635,7 km2,
correspondendo a cerca de 4,9 % do território estadual. Na bacia foram cadastrados 147 açudes,
totalizando um volume de acumulação de 170.819.000 m3 de água. Isto corresponde,
respectivamente, a 6,5% e 3,9% dos totais de açudes e volumes acumulados do Estado. Na
Figura 4-6 apresenta-se o mapa esquemático desta bacia, contendo seus principais corpos
d´água.
Fonte: IGARN (2009)
Figura 4-6 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica Ceará-mirim
Nesta bacia foram selecionados quatro pontos de monitoramento: CEA 1 (açude Poço Branco),
CEA 2 (ponte BR 406 em Taipu), CEA 3 (jusante da Usina São Francisco/Ceará-Mirim) e
CEA4 (ponte BR 101 em Extremoz).
Na Tabela 4-2 apresentam-se os resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos,
assim como o IQA, IT, IQAc e IET médio, considerando-se fósforo e clorofila ‘a’.
Tabela 4-2 - Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc das amostras de água superficiais da bacia
hidrográfica Ceará-Mirim.
PARÂMETROS PARA
DETERMINAR O IQA
Temperatura da amostra (0C)
pH
Altitude (m)
OD (mg/L)
DBO (mg/L)
Coliformes Termotolerantes
(NMP/100 mL)
Nitrogênio Total (mg/L)
CEA 11
CEA 22
CEA 32
CEA 41
VLP*
29,26
7,96
53,00
8,44
4,50
31,98
7,12
6,00
7,46
8,55
30,67
7,14
15,00
4,92
7,65
29,24
6,41
4,00
3,10
6,90
6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3
17,00
170,00
1.600,00
1.600,00
< 1.000 1,2,3
1,93
1,00
2,85
2,84
Fósforo Total (mg/L)
0,027
0,028
0,139
0,059
Sólidos Totais (mg/L)
473,00
493,00
778,00
Turbidez (UNT)
3,33
2,82
7,75
Índice (IQA)
76,14
68,21
55,13
Qualidade
Boa
Média
Média
PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT
Cobre dissolvido (mg/L)
0,0051
0,0055
0,0045
Chumbo Total (mg/L)
0,0044
0,0041
0,0071
Cromo Total (mg/L)
< 0,0011
< 0,0011
< 0,0011
Cádmio Total (mg/L)
< 0,0019
< 0,0019
< 0,0019
Zinco Total (mg/L)
0,1132
0,0988
0,0821
Níquel Total (mg/L)
0,0036
0,0066
0,0058
Mercúrio Total (mg/L)
< 0,0002
< 0,0002
< 0,0002
Índice (IT)
1
0
1
IQAc
76,14
0,00
55,13
Qualidade
Boa
Muito Ruim
Média
Índice do Estado Trófico
59,41
48,39
60,38
(IET)
Eutrófico
Oligotrófico
Eutrófico
Categoria
COT (mg/L)
29,20
25,60
< 0,50
Teor de Óleos e Graxas (mg/L)
3,00
3,00
2,00
Clorofila ‘a’ (µg/L)
7,43
0,59
3,60
382,00
5,18
50,42
Média
;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3
≤ 5,0 1
≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124
≤ 0,0623;
≤ 1001
-
0,0038
0,0051
< 0,0011
< 0,0019
0,1069
0,0034
< 0,0002
1
50,42
Média
≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3
≤ 0,01 1, 2,3
≤ 0,05 1, 2,,3
≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2,
≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3
≤ 0,025 1, 2,3
≤ 0,0002 1, 2,3
-
64,23
-
≤ 3,02,3
Virtualmente ausentes
≤ 301
0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30
Salinidade (‰)
0,47
0,53
0,92
0,34
‰3
(3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH
Nitrogênio Amoniacal (mg/L)
< 0,010
< 0,010
0,677
< 0,010
≤ 8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/
pH > 8,5)1; 0,40 2,3
*
VLP–Valores Limites Permitidos para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005 .
1
Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas,+ ambientes lênticos, ++ ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos.
CEA 1– Açude Poço Branco; CEA 2 - Ponte BR 406 em Taipu; CEA 3 - Jusante da Usina São Francisco/Ceará Mirim e CEA 4 - Ponte BR 101 em Extremoz.
Supereutrófico
13,70
4,00
14,66
A seguir apresenta-se a discussão dos resultados por pontos de amostragem, com enfoque
comparativo com os padrões definidos para enquadramento das águas doces, classe 2, da
Resolução CONAMA 357/2005, para os pontos CEA 1 e CEA 4 (com salinidades < 0,5‰) e
águas salobras classe 1 para os pontos CEA 2 e CEA 3 (salinidade > 0,5‰). As amostras foram
coletadas no dia 24/02/2010.
CEA 1 - Açude Poço Branco
O ponto CEA 1 é referente ao Açude Poço Branco, localizado no Município de Poço Branco.
No aspecto visual não foram observadas irregularidades quanto aos parâmetros não
mensuráveis. A temperatura da amostra foi de 29,26 ºC, no instante da coleta (13h36min). O pH
da amostra (7,96) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces, classe 2. A
turbidez da amostra (3,33 UNT) encontra-se inferior ao VLP. O valor medido de óleos e graxas
foi considerado baixo, igual a 3,0 mg/L. A concentração de sólidos totais foi de 473 mg/L,
ficando abaixo do VLP para STD (≤ 500 mg/L), sendo este valor considerado aceitável para
consumo humano considerando que a Portaria 518/2004-MS admite uma concentração de até
1000 mg/L de STD.
O limite mínimo estabelecido de OD para as águas doces de classe 2 é de 5 mg/L. A
concentração de oxigênio dissolvido medido (8,44 mg/L) encontra-se dentro do limite. Da
mesma forma, a DBO calculada (4,50 mg/L) se enquadra abaixo do VLP da referida Resolução
que é 5 mg/L (classe 2). Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA
357/2005 não estabelece valor padrão para COT. O valor obtido para este parâmetro (29,20
mg/L) foi maior que nas últimas campanhas de coleta (14,80 e 14,60 mg/L, respectivamente) e,
a título de comparação, bastante superior ao VLP de COT para as águas salobras e salinas de
classe 1, que é de 3,0 mg/L.
A concentração de fósforo total (0,027 mg/L) encontra-se um pouco abaixo do VLP de
referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 1,93
mg/L. O valor para nitrogênio amoniacal não foi significativo (< 0,01 mg/L). A clorofila ‘a’
medida (7,43 µg/L), apresentou-se inferior ao VLP (30 µg/L).
Todos os metais analisados estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental. O
número de coliformes termotolerantes foi pouco expressivo (17 NMP/100 mL), encontrando-se
dentro dos padrões estabelecidos pela já citada Resolução (<1.000 NMP/100 mL). Este ponto
não foi selecionado para o monitoramento com a análise da densidade de cianobactérias.
O IQA neste ponto, diferentemente da campanha anterior (47), foi de 76, que corresponde à
qualidade BOA. Da mesma forma, o IQAc (76), em virtude do IT ter assumido o valor máximo
1, classificou o ponto com qualidade BOA.
O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 59,41, o que
corresponde a um corpo d’ água no estado MESOTRÓFICO, como já esperado pelos valores
baixos de fósforo e de clorofila ‘a’.
32
CEA 2 – Ponte BR 406
O ponto CEA 2 está situado sob uma ponte na BR 406, no município de Taipu. Nesse ponto não
se observou a presença de materiais flutuantes, espumas não naturais, óleos e graxas, resíduos
sólidos objetáveis, mortandade de peixes, lançamento de efluentes ou vegetação aquática
flutuante.
A terceira coleta foi realizada no dia 24/02/2010, aproximadamente as 12h52min. No momento
da coleta foram medidos: temperatura da amostra (31,98 °C), pH (7,12), Turbidez (2,82 UNT),
todos dentro dos níveis normais estabelecidos pela legislação.
A concentração de sólidos totais foi de 493 mg/L, ficando abaixo do VLP para STD (≤ 500
mg/L), sendo este valor considerado aceitável para consumo humano considerando que a
Portaria 518/2004-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD.
No momento da coleta mediu-se ainda a concentração de OD (7,46 mg/L), que se enquadrou no
VLP (≥ 5,0). A DBO calculada foi de 8,55 mg/L e a concentração de COT (25,60 mg/L) ficou
acima do limite máximo de enquadramento (≤ 3,0 mg/L), como nas campanhas de coletas
anteriores (12,68 e 16,17 mg/L, respectivamente).
As concentrações de nutrientes, especificamente fósforo total, nitrogênio total e nitrogênio
amoniacal foram baixas e dentro dos valores de referência para ambientes de águas salobras
(tabela 4.2), mantendo os níveis das coletas anteriores. A clorofila ‘a’ também foi baixa, com
0,59 µg/L e muito próxima a campanha anterior (0,56 µg/L).
As concentrações de metais estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental, com
exceção do cobre dissolvido e do zinco total que apresentaram valores de 0,0055 e 0,0988 mg/L,
que se encontram um pouco acima do VLP para águas salobras classe 1 que é de 0,0050 e
0,0900 mg/L, respectivamente.
O valor para coliformes termotolerantes (170,00 NMP/100mL) se encontra dentro dos padrões
estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000,0 NMP/100mL), diferentemente da campanha
anterior, que foi bem expressivo (94.000 NMP/100 mL). Neste ponto não se analisou densidade
de cianobactérias.
O cálculo para determinação do IQA (68) enquadra este ponto na condição de MÉDIA
qualidade. O IT foi igual a zero (0), devido o valor para o cobre e zinco terem sido acima do
permitido pela legislação. O IQAc classifica esta estação em uma qualidade MUITO RUIM.
O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 48,39 o que
corresponde a um corpo d’ água no estado OLIGOTRÓFICO.
CEA 3 – Jusante da Usina São Francisco/Ceará Mirim
A estação de monitoramento CEA 3 está localizada à jusante da Usina São Francisco, no
município de Ceará Mirim, nas proximidades da usina de álcool, em frente a uma subestação.
33
As amostras foram coletadas as 11:20 h, com temperatura média da água em torno de 30,67 ºC,
pH de 7,14 (em acordo com enquadramento das águas salobras classe 1, entre 6,5 e 8,5). A
turbidez da amostra foi 7,75 UNT. A concentração de ST foi de 778 mg/L. O valor medido de
óleos e graxas foi baixo igual a 2,0 mg/L, sendo o VLP “virtualmente ausente”. A salinidade foi
de 0,92‰ (água salobra).
A concentração de OD (4,92 mg/L) situou-se um pouco abaixo dos padrões estabelecido para as
águas salobras de classe 1, que é acima de 5 mg/L. A DBO medida foi de 7,65 mg/L. O valor
obtido para o COT foi abaixo do limite de detecção do equipamento (< 0,5), diferentemente das
campanhas anteriores (6,7 e 14,72 mg/L, respectivamente).
Constatou-se que concentração de fósforo (0,139 mg/L) se apresenta um pouco acima do VLP
de referência para águas salobras, classe 1 (≤ 0,124 mg/L). A concentração de nitrogênio total
foi de 2,85 mg/L. O valor para nitrogênio amoniacal foi de 0,677 mg/L situando-se um pouco
acima do VLP (0,40 mg/L) para a referida classe de águas. A clorofila ‘a’ medida foi de 3,60
µg/L.
Os metais analisados estão em conformidade com os padrões da legislação para as águas
salobras de classe 1; como conseqüência o IT assume valor 1.
O número de coliformes termotolerantes continua expressivo (1.600 NMP/100 mL), porém bem
menor do que a coleta anterior (92.000 NMP/100 mL), mas ainda superando o padrão de
balneabilidade (<1.000 NMP/100 mL). Este ponto não foi selecionado para analise da densidade
de cianobactérias.
O IQA e o IQAc calculados (55) correspondem a uma qualidade MÉDIA. O IET calculado,
considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 60,38 ficando muito próximo ao
encontrado nas campanhas anteriores e cujo valor corresponde a um corpo d’ água no estado
EUTRÓFICO.
CEA 4 – Ponte BR 101
A estação de monitoramento CEA 4 está situada no Rio Ceará Mirim nas proximidades da ponte
localizada na BR 101 no município de Extremoz. Nesse ponto, não se observou presença de
materiais flutuantes, espumas não naturais, óleos e graxas, resíduo sólido objetável, mortandade
de peixes, lançamento de efluentes e vegetação aquática flutuante.
A concentração de OG foi baixa, com aproximadamente 4,0 mg/L. A concentração de sólidos
totais foi de 382 mg/L, considerado aceitável para consumo humano pela a Portaria 518-MS
(<1000 mg/L STD).
As amostras foram coletadas aproximadamente às 07:12 h. No momento da coleta foram
medidos: temperatura (29,24 ºC), pH (6,41) e turbidez (5,18 uT). Este último valor é bem
inferior ao VLP (≤ 100 UNT), e se encontra dentro dos valores de enquadramento para águas
doces, classe 2. A salinidade foi de 0,34‰ (água doce).
34
No momento da coleta mediu-se ainda a concentração de OD, que foi de 3,1 mg/L, inferior ao
VLP mínimo estabelecido para as águas doces de classe 2 que é ≥ 5 mg/L. A DBO calculada
(6,9 mg/L) encontra-se um pouco acima do valor de referência para águas doces de classe 2 que
é de até 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não
estabelece valor padrão para COT. O valor obtido para este parâmetro foi 13,70 e muito
próximo a campanha anterior (12,93 mg/L).
Para fósforo a concentração foi de 0,059 mg/L, inferior ao VLP de referência para ambientes
lóticos (≤ 0,1 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 2,84 mg/L. O nitrogênio
amoniacal (< 0,01 mg/L) atende ao VLP máximo que é 3,7 mg/L para pH ≤ 7,5. A concentração
de clorofila ‘a’ foi baixa (14,66 µg/L), mas acima da campanha anterior (2,28 µg/L), porém
ainda inferior ao VLP (30 µg/L).
As concentrações de metais estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental. Como
conseqüência o IT assume valor 1. O valor para coliformes termotolerantes (1.600,00
NMP/100mL) se encontra um pouco acima dos padrões estabelecidos pelo CONAMA 357/2005
(< 1.000,0 NMP/100mL). Este ponto, como os demais dessa bacia, não foi selecionado para
analise da densidade de cianobactérias.
O cálculo do IQA (50) corresponde à condição de qualidade MÉDIA nesta estação, da mesma
forma que o IQAc (50), em virtude do IT ter assumido o valor máximo 1.
O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 64,23 que
corresponde a um corpo d’ água no estado SUPEREUTRÓFICO.
SÍNTESE GRÁFICA DOS RESULTADOS DA BACIA HIDROGRÁFICA CEARÁMIRIM
Nas figuras 4.7 a 4.11 apresentam-se os gráficos dos principais parâmetros e índices de controle
da Bacia Hidrográfica de Ceará-Mirim.
35
Oxigênio Dissolvido - nov/2008
Oxigênio Dissolvido - jun/2009
Oxigênio Dissolvido - fev/2010
Demanda Bioquímica de Oxigênio - nov/2008
Demanda Bioquímica de Oxigênio - jun/2009
Demanda Bioquímica de Oxigênio - fev/2010
8,55
8,44
8
7,53
7,50
7,65
7,56
OD e DBO (mg/L)
7,46
6,90
6,00
6
5,22
4,92
5,20
4
4,50
4,03
4,64
Padrão da Resolução
CONAMA 357/2005
7,19
4,80
4,90
OD > = 5 mg//L
Água Salobra, classe 1 e
Água Doce, classe 2
4,95
3,66
DBO < = 5 mg/L
Água Doce, classe 2
3,10
Não há valor de referência para
DBO em água salobra e salina
2,70
2,61
2
1,99
0
CEA 1
CEA 2
CEA 3
CEA 4
Bacia do Ceará Mirim
Figura 4-7 - Variação espacial das concentrações de OD e DBO na Bacia Hidrográfica CearáMirim.
Coliformes Termotolerantes (NMP/100mL)
Coliformes Termotolerantes - nov/2008
Coliformes Termotolerantes - jun/2009
Coliformes Termotolerantes - fev/2010
100000
92.000,00
94.000,00
92.000,00
10000
1.600,00
1.600,00
Padrão da Resolução
CONAMA 357/2005
1000
790,00
170,00
100
17,00
10
1
CEA 1
CEA 2
CEA 3
CEA 4
Bacia do Ceará Mirim
Figura 4-8 - Variação espacial da concentração de coliformes termotolerantes na Bacia
Hidrográfica Ceará-Mirim.
36
Índice de Estado Trófico - nov/2008
Índice de Estado Trófico - jun/2009
Índice de Estado Trófico - fev/2010
70
> = 67 - Hipereutrófico
64,23
60,38
60
59 - 63 - Eutrófico
59,41
58,96
56,03
63 - 67 - Supereutrófico
58,33
55,36
52 - 59 - Mesotrófico
IET
52,10
49,36
50
47 - 52 - Oligotrófico
48,39
45,43
< = 47 - Ultraoligotrófico
40
39,31
30
CEA 1
CEA 2
CEA 3
CEA 4
Bacia do Ceará Mirim
Figura 4-9 - Variação espacial do IET da Bacia Hidrográfica Ceará-Mirim
Índice de Qualidade de Água - nov/2008
Índice de Qualidade de Água combinado - nov/2008
Índice de Qualidade de Água - jun/2009
Índice de Qualidade de Água combinado - jun/2009
Índice de Qualidade de Água - fev/2010
Índice de Qualidade de Água combinado - fev/2010
100
90 - 100 Excelente
IQA e IQAc (mg/L)
80
70 - 90 Boa
76,14
70,88
71,79
68,21
60
56,03
50 - 70 Média
55,13
50,42
47,86
40
51,62
46,77
43,22
49,73
25 - 50 Ruim
20
0 - 25 Muito Ruim
0
0,00
CEA 1
0,00
0,00
0,00
CEA 2
CEA 3
CEA 4
Bacia do Ceará Mirim
Figura 4-10 - Variação espacial do IQA e IQAc da Bacia Hidrográfica Ceará-Mirim
37
30
29,20
25,60
25
OD e COT (mg/L)
Oxigênio Dissolvido - nov/2008
Oxigênio Dissolvido - jun/2009
Oxigênio Dissolvido - fev/2010
Carbono Orgânico Total - nov/2008
Carbono Orgânico Total - jun/2009
Carbono Orgânico Total - fev/2010
20
16,17
15
14,72
14,80
14,60
13,70
12,68
12,93
10
8,44
5
5,20
4,03
8,71
7,53
7,19
7,46
6,75
4,92
4,90
4,64
< 0,50
0
CEA 1
CEA 2
CEA 3
Res. CONAMA 357/2005
Água Salobra Classe 1
OD > = 6 mg/L
Água Salina, classe 1
3,66
OD > = 5 mg//L
Água Salobra, classe 1 e
Água Doce, classe 2
3,10
1,99
COT < = 3 mg/L
Água Salobra e Salina, classe 1
CEA 4
Bacia do Ceará Mirim
Figura 4-11 - Variação espacial das concentrações de OD e COT na Bacia Hidrográfica CearáMirim.
38
4.1.3. Bacia Hidrográfica Curimataú
A bacia hidrográfica do Curimataú, ocupa uma superfície de 830,5 km2, correspondendo a cerca
de 1,6% do território estadual. Na bacia foram cadastrados 25 açudes, totalizando um volume de
acumulação de 3.918.400 m3 de água. Isto corresponde, respectivamente, a 1,1% e 0,1% dos
totais de açudes e volumes acumulados do Estado. A rede hidrográfica é composta
principalmente pelos rios Parari, Espinho, Pequiri, Outeiro e Curimataú. Todavia, não existe
nenhum açude com capacidade igual ou superior a 10 milhões de m3. Na Figura 4-12 apresentase o mapa esquemático desta bacia contendo os principais corpos d´água e os pontos
selecionados para monitoramento.
Nesta bacia foram selecionadas 04 estações de amostragens: CUR 1 – jusante de Nova CruzRN; CUR 2 – jusante de Pedro Velho-RN; CUR 3 – Estuário de Barra de Cunhaú-RN; PIQ 1 –
Estação de Tratamento de Água da CAERN em Pedro Velho-RN, porém somente a estação
denominada CUR 3 que terá uma freqüência trimestral de coletas e os resultados das análises
serão apresentados neste relatório. Na Tabela 4-3 apresentam-se os resultados dos parâmetros
físico-químicos e microbiológicos, assim como o IQA, IT, IQAc e IET médio, considerando-se
fósforo e clorofila ‘a’ para amostras de água e na
os resultados de metais, que representam o índice de toxicidade, para amostra de sedimento.
Fonte: IGARN (2009)
Figura 4-12 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica do Curimataú
Tabela 4-3 - Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc das amostras de água superficiais da bacia
hidrográfica Curimataú.
PARÂMETROS PARA
DETERMINAR O IQA
Temperatura da amostra (0C)
pH
Altitude (m)
OD (mg/L)
DBO (mg/L)
Coliformes Termotolerantes
(NMP/100 mL)
Nitrogênio Total (mg/L)
CUR 12
CUR 22
CUR 33
PIQ 11
VLP*
28,75
8,42
45,00
6,79
2,40
29,01
7,15
24,00
7,31
4,20
28,66
8,14
3,00
8,73
2,40
33,88
8,53
41,00
7,59
3,30
6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3
;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3
≤ 5,0 1
7,80
240,00
1.700,00
94,00
< 1.000 1,2,3
1,60
1,36
3,13
7,78
Fósforo Total (mg/L)
0,187
0,279
0,021
< 0,0005
Sólidos Totais (mg/L)
1.046,00
592,00
27.520,00
Turbidez (UNT)
21,91
7,33
9,74
Índice (IQA)
72,32
64,51
62,67
Qualidade
Boa
Média
Média
PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT
Cobre dissolvido (mg/L)
0,0036
0,0054
0,0074
Chumbo Total (mg/L)
0,0046
0,0059
< 0,0008
Cromo Total (mg/L)
< 0,0011
< 0,0011
< 0,0011
Cádmio Total (mg/L)
< 0,0019
< 0,0019
< 0,0019
Zinco Total (mg/L)
0,0409
0,0532
0,0275
Níquel Total (mg/L)
< 0,0007
< 0,0007
< 0,0007
Mercúrio Total (mg/L)
< 0,0002
< 0,0002
< 0,0002
Índice (IT)
1
0
0
IQAc
72,32
0,00
0,00
Qualidade
Boa
Muito ruim
Muito Ruim
Índice do Estado Trófico (IET)
61,83
57,13
47,34
Categoria
Eutrófico
Mesotrófico
Oligotrófico
Cianobactérias (cél/mL)
240
COT (mg/L)
24,90
< 0,50
< 0,50
Teor de Óleos e Graxas (mg/L)
1,00
2,00
1,00
Clorofila ‘a’ (µg/L)
4,22
1,12
0,55
Salinidade (‰)
1,03
0,59
36,20
50,00
6,17
73,93
Boa
0,0041
0,0041
< 0,0011
< 0,0019
0,0518
< 0,0007
< 0,0002
1
73,93
Boa
46,98
Ultraoligotrófico
≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 2;
0,0623;
≤ 1001
≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3
≤ 0,01 1, 2,3
≤ 0,05 1, 2,,3
≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2,
≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3
≤ 0,025 1, 2,3
≤ 0,0002 1, 2,3
-
50.0001
≤ 3,02,3
Virtualmente ausentes
≤ 301
0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3
(3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH ≤
Nitrogênio Amoniacal (mg/L)
< 0,033
0,033
< 0,033
0,096
8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/ pH >
8,5)1; 0,40 2,3
*VLP-Valores Limites Permitidos para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005 .
1
Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas,+ ambientes lênticos, ++ ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos.
CEA 1– Açude Poço Branco; CEA 2 - Ponte BR 406 em Taipu; CEA 3 - Jusante da Usina São Francisco/Ceará Mirim e CEA 4 - Ponte BR 101 em Extremoz.
5,00
1,00
6,45
0,03
Tabela 4-4 – Resultados para a amostra de sedimento na bacia de Curimataú
PARÂMETROS PARA
DETERMINAR O IT
Cobre dissolvido (mg/Kg)
Chumbo Total (mg/Kg)
Cromo Total (mg/Kg)
Cádmio Total (mg/Kg)
Zinco Total (mg/Kg)
Níquel Total (mg/Kg)
Mercúrio Total (mg/Kg)
CUR 3
VLP*
2,2178
2,8528
4,7952
< 0,0337
9,1647
2,1699
< 0,0289
34,00
46,70
81,00
1,20
150,00
20,90
0,15
*
VLP–Valores Limites Permitidos em mg/Kg para águas salobras e salinas nível 1, segundo Resolução CONAMA N° 344/2004
CUR 1 – jusante de Nova Cruz- RN
O ponto CUR 1 está localizado à jusante da cidade de Nova Cruz, mais especificamente no rio
Curimataú. Todos os parâmetros não mensuráveis estavam em conformidade com a legislação.
As amostras foram coletadas à tarde, mais especificamente, às 14:27h. Através das medições efetivadas
no local constatou-se: que a amostra apresentou salinidade de 1,03 ‰ e por conseguinte pode ser
considerada como água salobra, sendo então comparada neste relatório com os valores limites permitido
- VLP para enquadramento das águas salobras, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005; a
temperatura medida (28,75 ºC) se equipara à temperatura do ambiente; o pH de 8,42 se enquadra para as
águas salobras (que varia entre 6,5 a 8,5). O valor obtido da turbidez (21,91 uT) foi abaixo da campanha
anterior (191,33 uT).
Como esperado para esta bacia, o teor medido de OG (1,0 mg/L) foi baixo. A concentração de ST foi de
1.046 mg/L, portanto um pouco acima do valor considerado aceitável para consumo humano pela
Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L STD).
Neste ponto a concentração de OD (6,79 mg/L), se encontra nos padrões estabelecido para as águas
salobras de classe 1, que é acima de 5 mg/L e a DBO foi de 2,4 mg/L. Para a referida classe de
enquadramento a concentração de COT continua muito elevada (24,90 mg/L), como nas campanhas
anteriores, (16,76 e 14,63 mg/L, respectivamente). O padrão de COT para as águas salobras de classe 1 é
de até 3,0 mg/L.
Quanto às concentrações de nutrientes tem-se: o fósforo total que foi de 0,187 mg/L, o NT foi baixo (1,6
mg/L) e o nitrogênio amoniacal foi <0,03 mg/L atendendo ao valor máximo de referência que é de 0,4
mg/L, para a já citada classe de águas. Quanto à clorofila ‘a’, esta apresentou-se com valor igual a 4,22
µg/L, valor próximo ao encontrado nas coletas anteriores (2,72 e 1,15 µg/L).
Todos os metais analisados atendem aos VLP para as águas salobras, classe 1. Ao contrário da
campanha anterior, onde o número de coliformes termotolerantes foi expressivo (11.000 NMP/100 mL),
não se identificou quantidade significativa (7,80 NMP/100mL). Este ponto não foi selecionado para
monitoramento da densidade de cianobactérias.
41
O IQA calculado (72) corresponde à qualidade BOA neste ponto. O IQAc mantem a mesma
classificação pois o índice de toxidez IT foi igual a 1 (um).
O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 61,83 que corresponde
a um corpo d’ água no estado EUTRÓFICO mantendo a mesma classificação da coleta anterior.
CUR 2 – jusante de Pedro Velho- RN
O CUR 2 está situado à jusante da cidade de Pedro Velho- RN, no rio Curimataú. No momento da coleta
(15h10min) não se observou nenhuma irregularidade quanto aos parâmetros não mensuráveis.
Igualmente ao ponto anterior, este apresentou salinidade de 0,59 ‰, sendo portanto, de água salobra. Por
conseguinte, os dados obtidos neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos VLP para enquadramento das águas salobras, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005.
A temperatura medida foi de (29,01 ºC). O pH medido (7,15) se enquadra na faixa normal para as águas
salobras (6,5 a 8,5) e o valor obtido para a turbidez (7,33 uT) se encontra abaixo da campanha anterior
que foi 195 uT.
A concentração de OG foi de 2,0 mg/L e de ST foi de 592 mg/L sendo, portanto, considerada aceitável
para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L STD).
O oxigênio dissolvido (7,31 mg/L) obteve um valor muito próximo da campanha anterior (7,64mg/L),
enquadrando-se no valor aceitável para a classe de referência. O valor medido para DBO foi de 4,2
mg/L. A concentração de COT, diferente da campanha anterior (14,17 mg/L), foi (< 0,5 mg/L) abaixo
do LDM (limite de detecção do método-LDM utilizado para análise).
A concentração de fósforo total deste ponto (0,279 mg/L) se encontra acima do VLP (≤ 0,062 mg/L). Os
valores obtidos de nitrogênio total (1,36 mg/L) e amoniacal (0,033 mg/L) foram baixos. O nitrogênio
amoniacal atende ao máximo valor de referência, que é de 0,4 mg/L.
As concentrações de metais estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental, com exceção do
cobre dissolvido que apresentou valor de 0,0054 mg/L, um pouco acima do VLP para águas salobras
classe 1, que é 0,0050 mg/L.
O valor para coliformes termotolerantes (240,00 NMP/100mL) se encontra dentro dos padrões
estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000,0 NMP/100mL), diferente da campanha anterior que
foi bastante expressiva (110.000 NMP/100 mL). Este ponto também não foi selecionado para
monitoramento da densidade de cianobactérias.
O IQA calculado (64) corresponde à qualidade MÉDIA neste ponto. O IT foi igual a zero (0), devido o
valor para o cobre ter sido acima do permitido pela legislação. O IQAc classifica esta estação em uma
qualidade MUITO RUIM.
O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 57,13 que corresponde
a um corpo d’ água no estado MESOTRÓFICO.
42
CUR 3 – Barra de Cunhaú
O ponto CUR 3 é referente ao estuário em Barra de Cunhaú, localizado no Município de Baía Formosa.
A salinidade foi de 36,20‰ classificando este ponto como águas salinas. Os parâmetros não
mensuráveis estavam em conformidade com a resolução CONAMA N° 357/2005.
A quinta coleta foi realizada no dia 25/02/2010, aproximadamente as 16:35 h. No momento da coleta
foram medidos: temperatura da amostra (28,66 °C); temperatura ambiente (28,0 °C); pH 8,14, e todos se
apresentam dentro dos valores de enquadramento para águas salinas, classe 1. Turbidez foi de 9,74 uT.
A concentração de sólidos totais foi de 27.520 mg/L, mas é compatível com a salinidade medida, já que
este parâmetro está diretamente relacionado com o teor de sólidos dissolvidos. ST não é parâmetro de
controle para águas salinas.
No momento da coleta mediu-se ainda a concentração de OD (8,73 mg/L) que se enquadra ao VLP (≥
6,0). A DBO calculada foi de 2,40 mg/L e a concentração de COT abaixo do limite de detecção do
equipamento (< 0,5 mg/L).
As concentrações de nutrientes, especificamente fósforo total, nitrogênio total e nitrogênio amoniacal
foram baixas e dentro dos valores de referência para ambientes de águas salinas (tabela 4.3). A clorofila
‘a’ também foi baixa, com 0,55 µg/L.
Os metais analisados, nas amostras de água, atendem aos VLP’s da Resolução 357/2005 CONAMA com
exceção do cobre dissolvido (0,0074 mg/L) que tem VLP ≤ 0,0050 mg/L. Na amostra de sedimento, os
resultados se enquadram abaixo dos limites estabelecido na Resolução CONAMA 344/2004, para a
referida classe de águas.
O número de coliformes termotolerantes foi expressivo (1.700 NMP/100 mL), como na campanha
anterior (5.400 NMP/100 mL), superando o padrão de balneabilidade (< 1.000 NMP/100 mL). A
densidade de cianobactérias, no primeiro trimestre de coletas, foi de 810 células/mL, no segundo
trimestre, não foi detectado células de cianobactérias na amostra examinada, no trimestres seguintes os
valores encontrados foram 5.034, 552 e 240 células/mL, respectivamente. A Resolução CONAMA
357/2005 não estabelece valor padrão para a referida classe de enquadramento, somente para as águas
doces de classe 2 que é de até 50.000 cel/mL.
O cálculo para determinação do IQA (62) enquadra este ponto na condição de qualidade MÉDIA, no
entanto, considerando-se que o IT foi igual a zero (0) devido ao não enquadramento de um dos metais
na legislação pertinente, o IQAc também foi igual a zero (0).
O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a’, foi de 47,34 classificando
o ponto na condição de OLIGOTRÓFICO.
43
PIQ 1 - Estação de Tratamento de Água da CAERN em Pedro Velho-RN
O ponto PIQ 1 localiza-se junto à captação d´água da CAERN, no município de Pedro Velho- RN. Os
resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos - VLP
para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. A Salinidade medida
foi de 0,03‰, a mesma medida na campanha anterior.
As amostras foram coletadas aproximadamente às 15h45min. Os parâmetros temperatura, pH e turbidez
apresentaram-se dentro do valor esperado (tabela 4.3). A concentração medida de OG foi inexpressiva
(1,0 mg/L) (OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o padrão aceitável é que a
concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente
ausente). Da mesma forma para ST, o valor obtido foi muito baixo (50 mg/L) e inferior ao VLP para
STD (≤ 500 mg/L) e pode ser considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (STD
≤ 1000 mg/L).
OD e DBO atenderam aos VLPs para as águas doces de classe 2. A concentração de OD (7,59 mg/L) foi
acima do VLP mínimo (5 mg/L). A DBO (3,3 mg/L) apresentou-se abaixo do limite máximo de
referência, que é de até 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA
357/2005 não estabelece valor padrão para COT. O valor obtido para este parâmetro foi 5,0 mg/L. O
padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.
O valor de fósforo total foi abaixo do limite de detecção do equipamento (< 0,0005 mg/L) e encontra-se
inferior ao VLP para ambientes lóticos (≤ 0,1 mg/L). As concentrações de nitrogênio total e amoniacal
também foram baixas, com 7,78 mg/L e 0,096 mg/L, respectivamente. A resolução 357/2005 CONAMA
estabelece que para pH ≤ 8,5 o limite máximo de nitrogênio amoniacal é de 1,0 mg/L. A concentração
de clorofila ‘a’, 6,45 µg/L, apresentando-se abaixo do VLP (30 µg/L).
Todos os metais analisados atendem aos VLP da Resolução 357/2005 CONAMA para águas doces
classe 2. O valor para coliformes termotolerantes (94,00 NMP/100mL) se encontra abaixo dos padrões
estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000,0 NMP/100mL), diferente da campanha anterior
(5.400,00 NMP/100mL). Este ponto não foi selecionado para monitoramento da densidade de
cianobactérias.
O IQA calculado foi de 73 e, portanto, corresponde a condição de qualidade BOA. O IQAc mantém a
mesma classificação (MÉDIA) pois o IT foi igual a 1 (um).
O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 46,98 o que
corresponde a um corpo d’ água no estado ULTRAOLIGOTRÓFICO.
SÍNTESE GRÁFICA DOS RESULTADOS DA BACIA HIDROGRÁFICA CURIMATAU
Nas figuras 4.12 a 4.18 apresentam-se os gráficos dos principais parâmetros e índices de controle da
Bacia do Curimatau.
44
Oxigênio Dissolvido - nov/2008
Oxigênio Dissolvido - fev/2009
Oxigênio Dissolvido - jun/2009
Oxigênio Dissolvido - out/2009
Oxigênio Dissolvido - fev/2010
Demanda Bioquímica de Oxigênio - nov/2008
Demanda Bioquímica de Oxigênio - fev/2009
Demanda Bioquímica de Oxigênio - jun/2009
Demanda Bioquímica de Oxigênio - out/2009
Demanda Bioquímica de Oxigênio - fev/2010
10
9,30
8,73
8,61
8
OD e DBO (mg/L)
7,50
7,31
6,79
7,00
5,01
4
7,59
7,47
7,02
6,43
6,00
6
OD > = 6 mg/L
Água Salina, classe 1
OD > = 5 mg//L
Água Salobra, classe 1 e
Água Doce, classe 2
5,40
4,20
4,34
Padrão da Resolução
CONAMA 357/2005
8,40
7,64
3,69
3,44
3,55
2,40
3,30
2,83
2,40
2
1,47
1,23
DBO < = 5 mg/L
Água Doce, classe 2
Não há valor de referência para
DBO em água salobra e salina
0,80
0
CUR 1
CUR 2
CUR 3
PIQ 1
Bacia do Curimatau
Figura 4-13 - Variação espacial das concentrações de OD e DBO na Bacia Hidrográfica Curimataú
Padrão Res. 357/2005 - CONAMA
50.000
Padrão da Portaria 518/2004 - MS
20.000
10000
1000
CUR 1
Não se analisou
100
810
CUR 2
552
240
CUR 3
Não se analisou
5.034
Não se analisou
Densidade de Cianobactérias (Cel/mL)
100000
Densidade de Cianobactéria - nov/2008
Não detectado na amostra em fevereiro/2009
Densidade de Cianobactéria - jun/2009
Densidade de Cianobactéria - out/2009
Densidade de Cianobactéria - fev/2010
PIQ 1
Bacia do Curimatau
Figura 4-14 – Variação espacial da densidade de cianobactérias na Bacia Hidrográfica Curimataú
45
Coliformes Termotolerantes - nov/2008
Coliformes Termotolerantes - fev/2009
Coliformes Termotolerantes - jun/2009
Coliformes Termotolerantes - out/2009
Coliformes Termotolerantes - fev/2010
110.000
Coliformes Termotolerantes (NMP/100mL)
100000
11.000
10000
5.400
5.400
1.700,00
Padrão da Resolução
CONAMA 357/2005
1000
240
94
100
49
12
7,80
10
6,90
1
1
1
CUR 1
CUR 2
CUR 3
PIQ 1
Bacia do Curimatau
Figura 4-15 - Variação espacial da concentração de coliformes termotolerantes na Bacia Hidrográfica do
Curimataú
Índice de Estado Trófico - nov/2008
Índice de Estado Trófico - fev/2009
Índice de Estado Trófico - jun/2009
Índice de Estado Trófico - out/2009
Índice de Estado Trófico - fev/2010
> = 67 - Hipereutrófico
68,31
70
63 - 67 - Supereutrófico
67,40
60
61,83
52,90
59 - 63 - Eutrófico
62,08
59,98
57,13
50
52,68
47,34
46,98
52 - 59 - Mesotrófico
47 - 52 - Oligotrófico
IET
46,24
< = 47 - Ultraoligotrófico
41,34
40
38,02
30
20
15,82
10
CUR 1
CUR 2
CUR 3
PIQ 1
Bacia do Curimatau
Figura 4-16 – Variação espacial do IET na Bacia Hidrográfica do Curimataú
46
Índice de Qualidade de Água - nov/2008
Índice de Qualidade de Água combinado - nov/2008
Índice de Qualidade de Água - fev/2009
Índice de Qualidade de Água combinado - fev/2009
Índice de Qualidade de Água - jun/2009
Índice de Qualidade de Água combinado - jun/2009
Índice de Qualidade de Água - out/2009
Índice de Qualidade de Água combinado - out/2009
Índice de Qualidade de Água - out/2009
Índice de Qualidade de Água combinado - fev/2010
100
90 - 100 Excelente
90
70 - 90 Boa
IQA e IQAc (mg/L)
80
72,31
72,32
70
69,62
62,67
64,51
63,11
60
73,93
57,50
44,80
50 - 70 Média
58,25
57,91
50
64,91
51,32
38,92
40
25 - 50 Ruim
30
20
0 - 25 Muito Ruim
10
0,00
0
CUR 1
0,00
CUR 2
CUR 3
PIQ 1
Bacia do Curimatau
Figura 4-17– Variação espacial do IQA e IQAc na Bacia Hidrográfica do Curimataú
Oxigênio Dissolvido - nov/2008
Oxigênio Dissolvido - fev/2009
Oxigênio Dissolvido - jun/2009
Oxigênio Dissolvido - out/2009
Oxigênio Dissolvido - fev/2010
Carbono Orgânico Total - nov/2008
Carbono Orgânico Total - fev/2009
Carbono Orgânico Total - jun/2009
Carbono Orgânico Total - out/2009
Carbono Orgânico Total - fev/2010
24,90
OD e COT (mg/L)
17,56
16,76
14,63
Padrão da Resolução
CONAMA 357/2005
14,17
8,73
10
8,61
6,79
4,34
7,64
7,31
7,47
6,94
5,01
7,99
7,02
4,07
3,55
9,52
7,59
6,43
5,00
2,89
2,83
OD > = 6 mg/L
Água Salina, classe 1
OD > = 5 mg//L
Água Salobra, classe 1 e
Água Doce, classe 2
COT < = 3 mg/L
Água Salobra e Salina, classe 1
Não há valor de referência
para COT em água doce
1
< 0,50
CUR 1
CUR 2
0,80
CUR 3
PIQ 1
Bacia do Curimatau
Figura 4-18 - Variação espacial das concentrações de OD e COT na Bacia Hidrográfica Curimataú
47
4.1.4. Bacia Hidrográfica Jacú
A bacia hidrográfica do rio Jacú ocupa uma superfície de 1.805,5 km2, correspondendo a cerca de 3,4 %
do território estadual. Na bacia foram cadastrados 44 açudes, totalizando um volume de acumulação de
51.127.500 m3 de água. Isto corresponde, respectivamente, a 2,0% e 1,1% dos totais de açudes e
volumes acumulados do Estado. O principal açude da bacia é o Japi II, localizado no município de São
José do Campestre e com uma capacidade de acumulação de 20,6 milhões de m3. Na Figura 4-19
apresenta-se o mapa esquemático desta bacia contendo os principais corpos d´água e municípios.
Na Tabela 4-5 apresentam-se os resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos, assim
como o IQA, IT, IQAc e IET médio, considerando-se fósforo e clorofila ‘a’.
Fonte: IGARN (2009)
Figura 4-19 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica Jacú
Tabela 4-5 - Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc das amostras de água superficiais da bacia
hidrográfica Jacú.
PARÂMETROS PARA
DETERMINAR O IQA
Temperatura da amostra (0C)
pH
Altitude (m)
OD (mg/L)
DBO (mg/L)
Coliformes Termotolerantes
(NMP/100 mL)
Nitrogênio Total (mg/L)
JAC 12
JAC 22
JAC 33
JAC 43
VLP*
28,64
8,23
183,00
8,10
6,60
33,73
8,63
57,00
8,90
4,20
38,91
8,49
3,00
7,75
5,40
38,73
8,41
3,00
7,63
3,90
6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3
;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3
≤ 5,0 1
33,00
33,00
1,00
1,00
< 1.000 1,2,3
1,36
1,69
10,95
3,58
≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 2;
Fósforo Total (mg/L)
0,038
0,744
0,043
0,048
0,0623;
Sólidos Totais (mg/L)
14,40
947,00
25.948,00
27.470,00
Turbidez (UNT)
4,39
6,49
9,67
13,50
≤ 1001
Índice (IQA)
77,52
61,05
71,83
79,89
Qualidade
Boa
Média
Boa
Boa
PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT
Cobre dissolvido (mg/L)
0,0083
0,0039
0,0089
0,0085
≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3
Chumbo Total (mg/L)
< 0,0008
0,0052
< 0,0008
< 0,0008
≤ 0,01 1, 2,3
Cromo Total (mg/L)
< 0,0011
< 0,0011
< 0,0011
< 0,0011
≤ 0,05 1, 2,,3
Cádmio Total (mg/L)
< 0,0019
< 0,0019
< 0,0019
< 0,0019
≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2,
Zinco Total (mg/L)
0,0562
0,0547
0,0873
0,0386
≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3
Níquel Total (mg/L)
0,0036
< 0,0007
0,0081
0,0076
≤ 0,025 1, 2,3
Mercúrio Total (mg/L)
< 0,0002
< 0,0002
< 0,0002
< 0,0002
≤ 0,0002 1, 2,3
Índice (IT)
0
1
0
0
IQAc
0,00
61,05
0,00
0,00
Qualidade
Muito Ruim
Média
Muito Ruim
Muito Ruim
Índice do Estado Trófico (IET)
58,24
73,81
60,34
58,34
Categoria
Mesotrófico
Hipereutrófico
Eutrófico
Mesotrófico
COT (mg/L)
< 0,50
< 0,50
12,30
< 0,50
≤ 3,02,3
Teor de Óleos e Graxas (mg/L)
1,00
2,00
1,00
0,00
Virtualmente ausentes
Clorofila ‘a’ (µg/L)
3,01
43,70
6,10
2,35
≤ 301
Salinidade (‰)
1,03
1,05
33,32
35,59
0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3
(3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH ≤
Nitrogênio Amoniacal (mg/L)
< 0,010
0,019
< 0,010
< 0,010
8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/ pH >
8,5)1; 0,40 2,3
*
VLP–Valores Limites Permitidos para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005 .
1
Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas,+ ambientes lênticos ++ ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos.
JAC 1- Açude Japi II em São José de Campestre ; JAC 2- Sítio Choar em Espírito Santo; JAC 3 Lagoa de Guaraíra e JAC 4 Lagoa de Guaraíra.
Na bacia do Jacú foram selecionados quatro pontos para monitoramento: JAC 1 -Açude Japi II em São
José do Campestre), JAC 2 - Sítio Choar em Espírito Santo, JAC 3 - Lagoa de Guaraíra e JAC 4 -Lagoa
de Guaraíra. Na seqüência está sendo apresentada a discussão dos resultados para esta bacia,
comparando com os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas doces, classe 2,
águas salobras e salinas, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005.
JAC 1 – Açude Japi II em São José do Campestre
O ponto JAC 1 é referente ao Açude Japi II, localizado no Município de São José do Campestre. A
coleta foi realizada no dia 25/02/2010, aproximadamente às 10h55min. Os parâmetros não mensuráveis
estavam em conformidade com a resolução CONAMA N° 357/2005.
Cabe ressaltar que os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores
limites permitidos - VLP para enquadramento das águas salobras, classe 1, da Resolução CONAMA
357/2005, pois a salinidade medida foi de 1,03 ‰.
Da mesma forma, os parâmetros: temperatura da amostra (28,64 °C); pH (8,23) e turbidez (4,39 UNT)
enquadram-se dentro dos valores esperados para a classe de água. A concentração de sólidos totais
obtida foi de 14,40 mg/L.
A concentração medida de OD (8,10 mg/L) se enquadra ao VLP (≥ 5,0 mg/L). A DBO calculada foi de
6,60 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece
valor padrão para DBO. O valor obtido para COT foi < 0,5 mg/L, ficando abaixo do padrão de COT
para as águas salobras e salinas de classe 1, que é de até 3,0 mg/L.
As concentrações de nutrientes apresentaram-se normais. O fósforo total medido foi de 0,038mg/L se
enquadrando abaixo do VLP que é de 0,062 mg/L para águas salobras. Os valores obtidos para
nitrogênio total e amoniacal foram de 1,36 mg/L e <0,01 mg/L, respectivamente; valores próximos ao
apresentado na campanha anterior (0,57 e 0,076 mg/L). A concentração de clorofila ‘a’ foi 3,01 µg/L,
porém a resolução não estabelece valor padrão de clorofila para a referida classe de águas.
O valor para coliformes termotolerantes (33,00 NMP/100mL) se encontra dentro dos padrões
estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000,0 NMP/100mL). Este ponto não foi selecionado para
monitoramente da densidade de cianobactérias.
Todos os metais analisados estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental, com exceção do
cobre dissolvido que apresentou valor de 0,0083 mg/L e o VLP é de 0,0050 mg/L para águas salobras
classe 1.
O cálculo para determinação do IQA (77) enquadra este ponto na condição de BOA qualidade. O IT foi
igual a zero (0), devido o valor para o cobre ter sido um pouco acima do permitido pela legislação. O
IQAc classifica esta estação em uma qualidade MUITO RUIM.
O IET calculado, considerando as análises de fósforo total e a clorofila ‘a’, foi de 58,24 que corresponde
a um corpo aquático no estado MESOTRÓFICO.
50
JAC 2 – Sítio Choar – Espírito Santo
O ponto denominado JAC 2 está situado no Sítio Choar, sob uma ponte sobre o rio Jacu, em Espírito
Santo. Os parâmetros não mensuráveis estavam em conformidade com a resolução CONAMA N°
357/2005.
Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos VLP para enquadramento das águas salobras, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005, devido a
salinidade medida ter sido de 1,05 ‰.
As amostras foram coletadas no dia 25/02/2010 aproximadamente às 12h. No momento da coleta foram
medidos: temperatura, pH e turbidez. A temperatura medida foi de 33,73 ºC; o pH foi de 8,63 se
enquadrando um pouco acima dos valores estabelecidos para águas salobras, classe 1 (pH entre 6,5 a
8,5); e turbidez de 6,49 UNT, que se encontra um pouco abaixo das campanhas de coletas anteriores
(11,25 uT e 58,35 uT, respectivamente), porém não se tem referência para as águas salobras, classe1.
A concentração medida de OG, como nas campanhas anteriores, foi baixa com 2,0 mg/L; porém pela
Resolução 357/2005 CONAMA, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que
não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente. A concentração de sólidos totais foi de
947 mg/L (porém não se dispõe de VLP para águas salobras).
O limite mínino estabelecido de OD para as águas salobras classe 1 é de 5,0 mg/L, de modo que a
concentração de oxigênio dissolvido medido (8,90 mg/L) atende ao padrão estabelecido. A DBO
calculada foi 4,20 mg/L, porém não há valor de referência para a referida classe de águas. O valor obtido
para o COT (< 0,5 mg/L), foi abaixo das campanhas anteriores (28,35 mg/L e 17,14 mg/L), para as
águas salobras e salinas de classe 1, o padrão deste parâmetro é de até 3,0 mg/L.
A concentração de fósforo total (0,744 mg/L) se encontra acima do VLP de referência (≤ 0,124 mg/L).
O valor para nitrogênio total foi 1,69 mg/L e nitrogênio amoniacal 0,019 mg/L. O nitrogênio amoniacal
encontra-se inferior ao VLP máximo que é 0,40 mg/L para as águas salobras de classe1. A concentração
de clorofila ‘a’ foi de 43,70 µg/L, portanto acima dos resultados das campanhas anteriores (11,23 µg/L e
13,06 µg/L), mas não se dispõe de VLP para a classe de água em avaliação.
Os metais analisados estão em conformidade com os padrões da legislação para as águas salobras de
classe 1; como conseqüência o IT assume valor 1, reafirmando a boa condição do manancial.
Nesta campanha a quantidade de coliformes termotolerantes foi pouco expressiva (33 NMP/100mL)
quando comparada com a coleta anterior (160.000 NMP/100 mL). Este ponto não foi selecionado para
monitoramento da densidade de cianobactérias.
O IQA calculado (61) corresponde a uma qualidade MÉDIA, da mesma forma o IQAc (61) em virtude
do IT ter assumido o valor máximo 1, sem alteração da qualidade.
O IET calculado, considerando a ponderação para o fósforo e a clorofila ‘a’, foi de 73,81 que
corresponde a um corpo d’água no estado HIPEREUTRÓFICO.
51
JAC 3 – Lagoa de Guaraíra
A estação de monitoramento referente ao JAC 3 fica localizada na Lagoa de Guaraíra, no município de
Arês-RN. A campanha para coleta de amostras nesta estação foi realizada no dia 02/03/2010,
aproximadamente às 13h35min. No momento da coleta o nível de água estava muito baixo, como pode
ser observado nos registros fotográficos a seguir (figuras 4.20 (a) e (b)).
a
b
Figura 4-20 – Lagoa de Guaraíra; a) Estação de monitoramento JAC 3; b) JAC 3-Distância percorrida
para coletar água
Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos VLP para enquadramento das águas salinas, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005. A Salinidade
medida foi de 33,32.
A temperatura da amostra medida foi de 38,91 ºC, valor muito alto devido a pouca quantidade de água
no momento da coleta. O pH da amostra (8,49) situa-se dentro dos valores de enquadramento para águas
salinas, classe 1. O valor medido para turbidez foi 9,67 uT e para óleos e graxas a concentração foi baixa
com apenas 1,0 mg/L.
A concentração de OD (7,75 mg/L) está em conformidade com a já citada resolução, pois o VLP
mínimo estabelecido para as águas salinas de classe 1 que é 5 mg/L. A DBO calculada foi 5,40mg/L
(não se dispõe de VLP de referência). O COT (12,30 mg/L), encontra-se acima da faixa esperada, VLP
(≤ 3,0 mg/L). A concentração de ST foi de 25.948,00 mg/L (não se dispõe de VLP para águas salinas).
Os nutrientes apresentaram-se em pequenas concentrações. O valor para o fósforo total (0,043mg/L) se
enquadra abaixo do VLP de referência (0,062 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 10,95
mg/L e o amoniacal abaixo do limite de detecção do equipamento (<0,01 mg/L), estando este abaixo do
VLP (0,40 mg/L). A clorofila ‘a’ foi 6,10 µg/L, porém não há valor de referência para a já citada classe
de águas.
As concentrações de metais estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental, com exceção do
cobre dissolvido que apresentou valor de 0,0089 mg/L e o VLP é de 0,0050 mg/L para a referida classe
de águas.
52
O valor para coliformes termotolerantes (1,00 NMP/100mL) se encontra dentro dos padrões
estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000 NMP/100mL). Este ponto não foi selecionado para
monitoramento da densidade de cianobactérias.
O cálculo para determinação do IQA (71) enquadra este ponto na condição de BOA qualidade. O IT foi
igual a zero (0), devido o valor para o cobre ter sido acima do permitido pela legislação. O IQAc
classifica esta estação em uma qualidade MUITO RUIM.
O IET calculado, considerando a ponderação para o fósforo e a clorofila ‘a’, foi de 60,34 que
corresponde a um corpo d’água no estado EUTRÓFICO.
JAC 4 – Lagoa de Guaraíra
O ponto denominado JAC 4 também está localizado na Lagoa de Guaraíra, porém em outra
extremidade. Este ponto, como o anterior, também estava com o nível de água muito baixo,
impossibilitando a entrada do barco para efetuar coleta, como pode ser observado nos registros
fotográficos a seguir (Figuras 4.21 (a) e (b)).
a
b
Figura 4-21 – Lagoa de Guaraíra; a) Estação de monitoramento JAC 4; b) JAC 4- momento da coleta.
A salinidade medida foi de 35,59 ‰ e portanto, os resultados apresentados estão sendo comparados com
os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas salinas, classe 1, da Resolução
CONAMA 357/2005.
No momento da coleta foram medidos: temperatura (38,73 ºC); turbidez (13,50 uT) e pH (8,41). Valores
alto de pH podem ser encontrados onde a evaporação supera a precipitação, como é o caso da região. Na
amostra não se detectou concentração para óleos e graxas. A concentração de sólidos totais foi
27.470,00 mg/L.
A concentração de oxigênio dissolvido medido foi 7,63 mg/L, enquadrando este valor ao padrão de
referência para a referida classe de águas que é maior ou igual a 5,0 mg/L. A DBO calculada foi de 3,90
mg/L (não se dispõe de VLP). O valor obtido para COT (< 0,5 mg/L) foi abaixo do limite de detecção
do método (LDM) utilizado para análise, portanto abaixo do padrão de COT para as águas salobras e
salinas de classe 1, que é de até 3,0 mg/L.
53
O fósforo total medido foi 0,048 mg/L e portanto encontra-se inferior ao VLP (≤ 0,062 mg/L). O
nitrogênio total apresentou concentração de 3,58 mg/L (não se dispõe de VLP para NT). O nitrogênio
amoniacal não foi detectado (o limite de detecção do método é < 0,01 mg/L), no entanto, o nitrogênio
amoniacal atende ao VLP (0,40 mg/L). A concentração de clorofila ‘a’ na amostra foi de 2,35 µg/L.
Dos metais analisados, o cobre dissolvido apresentou valor superior ao VLP de enquadramento, como
no ponto anterior. A concentração de cobre foi de 0,0085 mg/L e portanto superior ao VLP (≤ 0,0050
mg/L).
O valor para coliformes termotolerantes (1,00NMP/100mL) se encontra dentro dos padrões
estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000,0 NMP/100mL). O referido ponto não foi selecionado
para monitoramento da densidade de cianobactérias.
O cálculo do IQA (76) corresponde à condição de qualidade BOA neste ponto. No entanto,
considerando-se que o IT foi igual a 0 (zero), devido ao não enquadramento de um dos metais na
legislação pertinente, o IQAc também foi igual a 0 (zero), que corresponde a uma qualidade
IMPRÓPRIA PARA CONSUMO HUMANO nesta estação.
O IET calculado, considerando a ponderação para o fósforo e a clorofila ‘a’, foi de 58,34 que
corresponde a um corpo d’água no estado MESOTRÓFICO.
SÍNTESE GRÁFICA DOS RESULTADOS DA BACIA HIDROGRÁFICA JACU
Nas figuras 4.22 a 4.26 apresentam-se os gráficos dos principais parâmetros e índices de controle da
Bacia Hidrográfica de Jacu.
Oxigênio Dissolvido - nov/2008
Oxigênio Dissolvido - jun/2009
Oxigênio Dissolvido - fev/2010
Carbono Orgânico Total - nov/2008
Carbono Orgânico Total - jun/2009
Carbono Orgânico Total - fev/2010
28,35
27
24
OD e COT (mg/L)
21
18
17,14
Padrão da Resolução
CONAMA 357/2005
15
12,30
12
9
6
9,86
8,10
8,01
7,15
8,90
7,89
5,78
9,34
9,13
8,79
7,75
5,70
7,70
7,63
5,07
4,44
3
0
< 0,50
JAC 1
2,60
< 0,50
JAC 2
JAC 3
2,45
< 0,50
OD > = 6 mg/L
Água Salina, classe 1
OD > = 5 mg//L
Água Salobra, classe 1 e
Água Doce, classe 2
COT < = 3 mg/L
Água Salobra e Salina, classe 1
JAC 4
Bacia do Jacu
Figura 4-22 - Variação espacial das concentrações de OD e COT na Bacia Hidrográfica Jacú.
54
Oxigênio Dissolvido - nov/2008
Oxigênio Dissolvido - jun/2009
Oxigênio Dissolvido - fev/2010
Demanda Bioquímica de Oxigênio - nov/2008
Demanda Bioquímica de Oxigênio - jun/2009
Demanda Bioquímica de Oxigênio - fev/2010
10
9,34
9,13
8,90
8,36
OD e DBO (mg/L)
8
8,10
8,01
7,89
7,63
7,75
Padrão da Resolução
CONAMA 357/2005
6,39
6,60
6
5,70
5,78
5,60
4,20
4,44
4
OD > = 5 mg//L
Água Salobra, classe 1 e
Água Doce, classe 2
5,07
5,40
4,50
4,50
3,60
DBO < = 5 mg/L
Água Doce, classe 2
3,90
3,44
OD > = 6 mg/L
Água Salina, classe 1
Não há valor de referência para
DBO em água salobra e salina
2,46
2
JAC 1
JAC 2
JAC 3
JAC 4
Bacia do Jacu
Figura 4-23 - Variação espacial das concentrações de OD e DBO na Bacia Hidrográfica Jacú
Coliformes Termotolerantes - nov/2008
Coliformes Termotolerantes - jun/2009
Coliformes Termotolerantes - fev/2010
160.000,00
Coliformes Termotolerantes (NMP/100mL)
100000
10000
Padrão da Resolução CONAMA 357/2005
1000
490,00
540,00
330,00
100
33,00
33,00
17,00
10
17,00
10,00
3,00
1,00
1
JAC 1
JAC 2
JAC 3
1,00
JAC 4
Bacia do Jacu
Figura 4-24 - Variação espacial da concentração de coliformes termotolerantes na Bacia Hidrográfica
Jacú.
55
Índice de qualidade de Água - nov/2008
Índice de qualidade de Água combinado - nov/2008
Índice de qualidade de Água - jun/2009
Índice de qualidade de Água combinado - jun/2009
Índice de qualidade de Água - fev/2010
Índice de qualidade de Água combinado - fev/2010
100
90 - 100 Excelente
IQA e IQAc (mg/L)
80
77,52
76,37
71,83
64,36
68,32
62,93
60
48,74
40
70 - 90 Boa
61,05
62,61
45,48
50,81
50 - 70 Média
51,21
25 - 50 Ruim
20
0 - 25 Muito Ruim
0
0,00
0,00
0,00
0,00
JAC 1
JAC 2
JAC 3
JAC 4
Bacia do Jacu
Figura 4-25 - Variação espacial do IQA e IQAc na Bacia Hidrográfica Jacú.
Índice de Estado Trófico - nov/2008
Índice de Estado Trófico - jun/2009
Índice de Estado Trófico - fev/2010
> = 67 - Hipereutrófico
73,81
70
63 - 67 - Supereutrófico
60
59,78
62,16
58,24
58,06
60,34
58,37
59,72
59 - 63 - Eutrófico
58,34
52 - 59 - Mesotrófico
IET
50
40
47 - 52 - Oligotrófico
< = 47 - Ultraoligotrófico
39,78
30
19,92
20
17,13
10
JAC 1
JAC 2
JAC 3
JAC 4
Bacia do Jacu
Figura 4-26 - Variação espacial do IET na Bacia Hidrográfica Jacú.
56
4.1.5. Bacia Hidrográfica Maxaranguape
A bacia hidrográfica do Maxaranguape ocupa uma superfície de 1.010,2 km2, correspondendo a cerca de
1,9% do território estadual. Nesta bacia, destaca-se a Fonte de Pureza, fenômeno de ressurgência que dá
origem à principal fonte de água do Estado, em vazão - localizada jntuo à cidade de Pureza. Na Figura
4-27 apresenta-se o mapa esquemático desta bacia contendo os principais corpos d’água e os pontos
selecionados para monitoramento.
Nesta bacia foram selecionadas duas estações para monitoramento: MAX 1-RN064-Rio Maxaranguape
em Dom Marcolino e MAX 2-Estuário do Rio Maxaranguape. Na Tabela 4-6 apresentam-se os
resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos, assim como o IQA, IT, IQAc e IET médio,
considerando-se fósforo e clorofila ‘a’ e na Tabela 4-7 os resultados de metais, que representam o índice
de toxicidade, para amostra de sedimento Os resultados apresentados nestes pontos estão sendo
comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da
Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida foi de 0,41 ‰ para o MAX 1 e de 0,17 ‰ para
MAX 2.
Fonte: SEMARH (2009)
Figura 4-27 - Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica Maxaranguape
57
Tabela 4-6 - Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc das amostras
de água superficiais da bacia Maxaranguape.
PARÂMETROS PARA
DETERMINAR O IQA
Temperatura da amostra ( 0C)
pH
Altitude (m)
OD (mg/L)
MAX 11
MAX 21
VLP*
28,97
6,88
21,00
6,24
29,07
6,87
8,00
5,97
6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3
;≥ 5,01,2 ; ≥ 6,0 ,3
DBO (mg/L)
9,60
4,95
≤ 5,0 1
46,00
49,00
< 1.000 1,2,3
1,33
1,03
Fósforo Total (mg/L)
0,046
0,025
Sólidos Totais (mg/L)
Turbidez (UNT)
Índice (IQA)
Qualidade
448,00
3,58
69,34
Média
255,00
4,29
75,77
Boa
Coliformes Termotolerantes
(NMP/100 mL)
Nitrogênio Total (mg/L)
≤ (0,03+, 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124
2
; ≤ 0,062;
≤ 1001
-
PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT
*
Cobre dissolvido (mg/L)
Chumbo Total (mg/L)
Cromo Total (mg/L)
Cádmio Total (mg/L)
Zinco Total (mg/L)
Níquel Total (mg/L)
Mercúrio Total (mg/L)
Índice (IT)
IQAc
Qualidade
Índice do Estado Trófico (IET)
Categoria
Cianobactérias (cél/mL)
COT ((mg/L)
Teor de Óleos e Graxas ((mg/L)
Clorofila ‘a’ (µg/L)
0,0078
0,0073
< 0,0011
< 0,0019
0,1279
0,0048
< 0,0002
1
69,34
Média
60,50
Eutrófico
10,30
2,00
7,24
0,0111
0,0053
< 0,0011
< 0,0019
0,1312
< 0,0007
< 0,0002
0
0,00
Muito Ruim
55,93
Mesotrófico
412
8,60
3,00
3,60
Salinidade (g/Kg)
0,46
0,23
Nitrogênio Amoniacal (mg/L)
0,040
0,007
≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3
≤ 0,01 1, 2,3
≤ 0,05 1, 2,,3
≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2,
≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3
≤ 0,025 1, 2,3
≤ 0,0002 1, 2,3
50.0001
≤ 3,02,3
Virtualmente ausentes
≤ 301
1
0,5‰ ; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥
30 ‰3
(3,7 p/ pH =7,5 - 2,0 p/ 7,5 <
pH =8 - 1 p/ 8<pH=8,5 e 0,5
p/ pH > 8,5)1; 0,40 2,3
VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA
N° 357/20051 . 1Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas. + ambientes lênticos, ++ ambientes Intermediários e +++ ambientes Lóticos.
MAX01– Rio Maxaranguape em Dom Marcolino e MAX 2-Maxaranguape.
Tabela 4-7 - Resultados para a amostra de sedimento no Estuário do Rio Maxaranguape
PARÂMETROS PARA
DETERMINAR O IT
Cobre dissolvido (mg/Kg)
Chumbo Total (mg/Kg)
Cromo Total (mg/Kg)
Cádmio Total (mg/Kg)
Zinco Total (mg/Kg)
Níquel Total (mg/Kg)
Mercúrio Total (mg/Kg)
MAX 2
VLP*
2,2031
6,0799
9,6549
0,0683
9,6599
2,6207
< 0,0289
34,00
46,70
81,00
1,20
150,00
20,90
0,15
VLP–Valores Limites Permitidos em mg/Kg para águas salobras e salinas nível 1, segundo Resolução CONAMA N° 344/2004 .
MAX 1 – RN 064 – Rio Maxaranguape em Dom Marcolino
O Ponto denominado MAX 1 está situado na RN 064, sob uma ponte sobre o rio Maxaranguape, em
Dom Marcolino, no município de Maxaranguape. Com relação aos parâmetros não mensuráveis estes
estavam em conformidade com a resolução CONAMA N° 357/2005. Nas proximidades do ponto de
coleta, identificaram-se atividades agrícolas e de carcinicultura.
As amostras foram coletadas no dia 23/02/2010, aproximadamente às 10h. No momento da coleta foram
medidos: temperatura (28,97 °C); pH (6,88), dentro dos valores de enquadramento para águas doces,
classe 2; e turbidez (3,58 UNT), inferior ao VLP (≤ 100). A concentração medida de óleos e graxas foi
baixa, com 2,0 mg/L (OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o padrão aceitável é que
a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente
ausente). A concentração de sólidos totais foi de 448 mg/L e inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L).
Este valor pode ser considerado aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS
admite uma concentração de até 1.000 mg/L de STD.
A concentração de OD foi de aproximadamente 6,24 mg/L e portanto acima ao VLP mínimo
estabelecido para as águas doces de classe 2 (≥ 5 mg/L). A DBO calculada (9,6 mg/L) encontra-se acima
do limite de referência para águas doces de classe 2 (≤ 5 mg/L). Para a referida classe de
enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT. O valor
obtido para este parâmetro foi 10,3 mg/L, praticamente o dobro da coleta anterior (5,36 mg/L). O padrão
de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.
O valor para fósforo total foi baixo (0,046 mg/L) e encontra-se inferior ao VLP para ambientes lóticos
(≤ 0,1 mg/L). As concentrações de nitrogênio total e amoniacal foram baixas, de 1,33 mg/L e 0,040
mg/L, respectivamente. O nitrogênio amoniacal atende ao VLP, que é de 3,7 mg/L para pH ≤ 7,5. A
concentração de clorofila ‘a’ foi 7,24 µg/L, acima das coletas anteriores (6,52 e 0,71 µg/L,
respectivamente campanha de Nov/08 e Jun/09) porém ainda inferior ao VLP (30 µg/L) para águas
doces de classe1.
Todos os metais analisados atendem aos VLP estabelecido nesta resolução, como conseqüência o IT
assume valor 1. O valor para coliformes termotolerantes (46,00 NMP/100mL) se encontra dentro dos
59
padrões estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000,0 NMP/100mL). Este ponto não foi
selecionado para monitoramente da densidade de cianobactérias.
O IQA calculado foi de 69, portanto, corresponde a uma condição de qualidade MÉDIA neste ponto,
mantendo-se o mesmo valor (69) para o IQAc devido ao índice de toxidez ter sido 1.
O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 60,50 que corresponde
a um corpo d’ água no estado EUTRÓFICO.
MAX 2 – Estuário do Rio Maxaranguape
O ponto MAX 2 localiza-se em um estuário situado a jusante de Maxaranguape. Este ponto, apesar de
ser um estuário, em maré baixa, sofre influência principal do rio devido às condições topográficas
atípicas, existe um banco de areia que barra a entrada da água da maré.
No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. As
amostras foram coletadas aproximadamente as 7:45 h, do dia 23/02/2010, com as seguintes medições:
temperatura da amostra 29,07 ºC; pH 6,87; dentro dos valores de enquadramento para águas doces,
classe 2 e turbidez 4,29 UNT.
A concentração de óleos e graxas foi baixa com 3,0 mg/L (óleos e graxas não é um parâmetro
mensurável na resolução citada, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não
se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente). Sólidos totais (255 mg/L) também não é um
parâmetro de controle da resolução, porém este valor pode ser considerado aceitável para consumo
humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1.000 mg/L de STD.
A concentração de OD (5,97 mg/L) se enquadra ao VLP estabelecido para a já citada classe de águas (≥
5,0 mg/L). Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece
valor padrão para COT, o valor obtido para este parâmetro foi 8,6 mg/L. A concentração de DBO foi
4,95 mg/L, atendendo ao VLP.que é ≤ 5,0 mg/L e mantendo a média das coletas anteriores (5,40 e 5,48
mg/L).
Quanto aos nutrientes tem-se: fósforo total de 0,025 mg/L; nitrogênio total de 1,03 mg/L e nitrogênio
amoniacal de 0,007 mg/L. O nitrogênio amoniacal atende ao VLP que é 3,7 mg/L para águas doces com
pH ≤ 7,5. A concentração de clorofila ‘a’ foi baixa (3,60 µg/L) e inferior ao VLP (30 µg/L) e com valor
próximo do encontrado nas coletas anteriores (3,14 e 0,56 µg/L).
Os metais analisados estão em conformidade com os padrões da legislação, com exceção do cobre
dissolvido que apresentou valor de 0,0111 mg/L e o VLP é de 0,0050 mg/L. Nas amostras de sedimento
de fundo, os resultados se enquadram abaixo dos limites estabelecido na Resolução CONAMA
344/2004.
O valor para coliformes termotolerantes (49,00 NMP/100mL) se encontra dentro dos padrões
estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000,0 NMP/100mL). O estuário de Maxaranguape
apresentou baixa densidade de cianobactérias (412 células/mL) mantendo o nível obtido nas últimas
coletas (258 e 168 células/mL, junho e outubro de 2009). O valor obtido está dentro dos níveis normais
60
estabelecidos pela Resolução 357/2005 CONAMA para as águas doces de classe 2, que é de até 50.000
células/mL, e pela Portaria 518/2004-MS, que é de 20.000 células/mL.
O cálculo para determinação do IQA (75) enquadra este ponto na condição de BOA qualidade. O IT foi
igual a zero (0), devido o valor para o cobre ter sido acima do permitido pela legislação. O IQAc
classifica esta estação em uma qualidade MUITO RUIM.
O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 55,93, classificando o
corpo d’ água na condição de MESOTRÓFICO.
SÍNTESE GRÁFICA DOS RESULTADOS DA BACIA HIDROGRÁFICA MAXARANGUAPE
Nas figuras 4-28 a 4-33 apresentam-se os gráficos dos principais parâmetros e índices de controle da
Bacia Hidrográfica do Maxaranguape.
10
9,60
Oxigênio Dissolvido - nov/2008
Oxigênio Dissolvido - fev/2009
Oxigênio Dissolvido - jun/2009
Oxigênio Dissolvido - out/2009
Oxigênio Dissolvido - fev/2010
Demanda Bioquímica de Oxigênio - nov/2008
Demanda Bioquímica de Oxigênio - fev/2009
Demanda Bioquímica de Oxigênio - jun/2009
Demanda Bioquímica de Oxigênio - out/2009
Demanda Bioquímica de Oxigênio - fev/2010
9
OD e DBO (mg/L)
8
7
6
5
6,80
6,47
6,24
5,97
5,80
5,44
5,22
4,95
5,77
5,10
5,00
4
4,00
3,79
4,00
Padrão da Resolução
CONAMA 357/2005
OD > = 5 mg//L
Água Salobra, classe 1 e
Água Doce, classe 2
DBO < = 5 mg/L
Água Doce, classe 2
Não há valor de referência para
DBO em água salobra e salina
3
MAX 1
MAX 2
Bacia do Maxaranguape
Figura 4-28 - Variação espacial das concentrações de OD e DBO na Bacia Hidrográfica Maxaranguape
61
Oxigênio Dissolvido - nov/2008
Oxigênio Dissolvido - fev/2009
Oxigênio Dissolvido - jun/2009
Oxigênio Dissolvido - out/2009
Oxigênio Dissolvido - fev/2010
Carbono Orgânico Total - nov/2008
Carbono Orgânico Total - fev/2009
Carbono Orgânico Total - jun/2009
Carbono Orgânico Total - out/2009
Carbono Orgânico Total - fev/2010
10
10,30
OD e COT (mg/L)
8,60
Padrão da Resolução
CONAMA 357/2005
8
6
6,73
6,47
5,97
5,89
5,22
6,24
5,77
5,36
4,00
4
4,00
OD > = 6 mg/L
Água Salina, classe 1
OD > = 5 mg//L
Água Salobra, classe 1 e
Água Doce, classe 2
3,79
COT < = 3 mg/L
Água Salobra e Salina, classe 1
2,64
Não há valor de referência
para COT em água doce
3,77
3,36
2
MAX 1
MAX 2
Bacia do Maxaranguape
Figura 4-29 - Variação espacial da concentração OD e COT na Bacia Hidrográfica Maxaranguape
62
Coliformes Termotolerantes (NMP/100mL)
Coliformes Termotolerantes - nov/2008
Coliformes Termotolerantes - fev/2009
Coliformes Termotolerantes - jun/2009
Coliformes Termotolerantes - out/2009
Coliformes Termotolerantes - fev/2010
Padrão da Resolução
CONAMA 357/2005
1000
350,00
270,00
100
49,00
46,00
23,00
10
1,10
1
MAX 1
MAX 2
Bacia do Maxaranguape
Figura 4-30 - Variação espacial da concentração de coliformes termotolerantes na Bacia Hidrográfica
Maxaranguape
Densidade de Cianobactérias - nov/2008
Densidade de Cianobactérias - fev/2009
Densidade de Cianobactérias - jun/2009
Densidade de Cianobactérias - out/2009
Densidade de Cianobactérias - fev/2010
Padrão Res. CONAMA 357/2005
Água Doce Classe 2
50.000
Padrão Portaria 518/2004 - MS
20.000
10000
3.402
1.120
1000
100
10
412
258
Ponto não monitorado
Densidade de Cianobactérias (Cel/mL)
100000
168
MAX 1
MAX 2
Bacia do Maxaranguape
Figura 4-31 - Variação espacial da densidade de cianobactérias na Bacia Hidrográfica Maxaranguape
63
Índice de Qualidade de Água - nov/2008
Índice de Qualidade de Água combinado - nov/2008
Índice de Qualidade de Água - fev/2009
Índice de Qualidade de Água combinado - fev/2009
Índice de Qualidade de Água - jun/2009
Índice de Qualidade de Água combinado - jun/2009
Índice de Qualidade de Água - out/2009
Índice de Qualidade de Água combinado - out/2009
Índice de Qualidade de Água - fev/2010
Índice de Qualidade de Água combinado - fev/2010
100
90 - 100 Excelente
76,45
75,77
71,57
67,99
67,81
80
74,17
IQA e IQAc
69,34
66,18
60
70 - 90 Boa
50 - 70 Média
25 - 50 Ruim
40
20
0 - 25 Muito Ruim
0,00
0
MAX 1
MAX 2
Bacia do Maxaranguape
Figura 4-32 - Variação espacial do IQA e IQAc na Bacia Hidrográfica Maxaranguape
64
Índice de Estado Trófico - nov/2008
Índice de Estado Trófico - fev/2009
Índice de Estado Trófico - jun/2009
Índice de Estado Trófico - out/2009
Índice de Estado Trófico - fev/2010
> = 67 - Hipereutrófico
63 - 67 - Supereutrófico
60
60,50
59 - 63 - Eutrófico
55,93
50
IET
40
52 - 59 - Mesotrófico
47 - 52 - Oligotrófico
45,57
44,14
46,74
41,64
< = 47 - Ultraoligotrófico
37,02
30
20
13,82
10
0
MAX 1
MAX 2
Bacia do Maxaranguape
Figura 4-33 - Variação espacial do IET na Bacia Hidrográfica Maxaranguape
4.1.6. Bacia Hidrográfica Pirangi
A bacia hidrográfica do Pirangi ocupa uma superfície de 458,9 km2, correspondendo a cerca de 0,9 % do
território estadual. Essa pequena bacia não possui açudes de maior importância. Na Figura 4-34
apresenta-se o mapa esquemático desta bacia contendo os principais corpos d´água e municípios.
Nesta bacia foram selecionadas oito estações de monitoramento: PIR 1- Lamarão em Macaíba, PIR 2Passagem de Areia em Parnamirim, PIR 3-Ponte BR 304 em Parnamirim, PIR 4-Ponte Velha na BR 101
em Parnamirim, PIR 5-Ponte Trampolim da Vitória em Parnamirim, PIR 6-Lagoa do Jiqui em
Parnamirim, PIR 7-Balneário de Pium em Nísia Floresta e PIR 8-Ponte Velha na RN 063 em
Parnamirim. Na Tabela 4-8 apresentam-se os resultados dos parâmetros físico-químicos e
microbiológicos, assim como o IQA, IT, IQAc e IET médio, considerando-se fósforo e clorofila ‘a’ e na
Tabela 4-9 os resultados de metais, que representam o índice de toxicidade, para amostra de sedimento,
para esse tipo de análise somente o PIR 8 foi selecionado.
65
Fonte: IGARN (2009)
Figura 4-34 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica Pirangi
Todos os pontos analisados nesta bacia apresentaram salinidade inferior a 0,5 ‰ e, portanto, está sendo
comparado com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da
Resolução CONAMA 357/2005, com exceção do PIR 8 que são águas salobras classe 2, devido a
salinidade ser de 29,22 ‰.
Tabela 4-8 - Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc da Bacia Hidrográfica do Pirangi.
PARÂMETROS PARA
DETERMINAR O IQA
Temperatura da amostra (0C)
pH
Altitude (m)
OD (mg/L)
DBO (mg/L)
Coliformes Termotolerantes
(NMP/100 mL)
Nitrogênio Total (mg/L)
PIR 11
PIR 21
PIR 31
PIR 41
PIR 51
PIR 61
PIR 71
VLP*
26,39
6,26
0,0
7,31
9,60
27,54
7,81
32,00
5,97
9,00
26,90
7,89
28,00
5,84
8,40
26,82
8,26
22,00
6,48
5,40
26,68
7,52
12,00
7,54
6,00
27,41
7,62
12,00
7,23
6,30
27,85
7,64
8,00
9,42
7,80
6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3
≥ 5,01,2 ; ≥ 6,0 ,3
≤ 5,0 1
1.600,00
1.600,00
33,00
33,00
49,00
11,00
540,00
< 1.000 1,2,3
0,94
4,38
4,05
4,62
2,22
2,12
5,15
Fósforo Total (mg/L)
0,024
0,022
0,025
0,018
0,023
0,014
0,020
Sólidos Totais (mg/L)
Turbidez (UNT)
Índice (IQA)
Qualidade
122,00
1,48
63,49
Média
63,00
2,56
70,95
Boa
83,00
3,23
64,03
Média
Cobre dissolvido (mg/L)
Chumbo Total (mg/L)
Cromo Total (mg/L)
Cádmio Total (mg/L)
Zinco Total (mg/L)
Níquel Total (mg/L)
Mercúrio Total (mg/L)
Índice (IT)
IQAc
Qualidade
Índice do Estado Trófico
(IET)
Categoria
Cianobactérias (cél/mL)
COT (mg/L)
Teor de Óleos e Graxas
(mg/L)
Clorofila ‘a’ (µg/L)
0,0082
0,0041
0,0055
< 0,0019
0,0649
< 0,0007
< 0,0002
1
63,49
Média
0,0050
0,0051
< 0,0011
< 0,0019
0,0924
< 0,0007
< 0,0002
1
70,95
Boa
0,0064
< 0,0008
< 0,0011
< 0,0019
0,0872
< 0,0007
< 0,0002
1
64,03
Média
59,76
68,00
157,00
20,00
64,00
6,69
6,44
1,95
3,11
61,89
72,27
65,17
68,62
Média
Boa
Média
Média
PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT
0,0107
0,0061
0,0061
0,0056
0,0068
0,0069
0,0052
0,0051
< 0,0011
< 0,0011
< 0,0011
< 0,0011
< 0,0019
< 0,0019
< 0,0019
< 0,0019
0,7605
0,1262
0,0864
0,0897
< 0,0007
< 0,0007
< 0,0007
< 0,0007
< 0,0002
< 0,0002
< 0,0002
< 0,0002
0
1
1
1
0,00
72,27
65,17
68,62
Muito Ruim
Boa
Média
Média
60,82
54,03
56,28
53,92
49,20
57,21
Eutrófico
8,90
Mesotrófico
< 0,50
Mesotrófico
< 0,50
Mesotrófico
< 0,50
Oligotrófico
5,70
Mesotrófico
48
4,20
1,00
0,00
3,00
0,00
0,00
3,00
≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124
2
; ≤ 0,0623;
≤ 1001
≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3
≤ 0,01 1, 2,3
≤ 0,05 1, 2,,3
≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2,
≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3
≤ 0,025 1, 2,3
≤ 0,0002 1, 2,3
50.0001
≤ 3,02,3
Eutrófico
3,00
0,00
Virtualmente ausentes
≤ 301
0,5‰ ; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30
Salinidade (‰)
0,06
0,07
0,08
0,06
0,05
0,07
0,06
‰3
(3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 <
Nitrogênio Amoniacal (mg/L)
< 0,033
< 0,033
< 0,033
< 0,033
< 0,033
< 0,033
0,043
pH ≤ 8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e
0,5 p/ pH > 8,5)1; 0,40 2,3
*
1
VLP–Valores Limites Permitidos para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005 . Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas
salinas. + ambientes lênticos ++ ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos. PIR 1- Lamarão em Macaíba; PIR 2- Passagem de Areia em Parnamirim; PIR 3- Ponte BR 304 em
Parnamirim; PIR 4- Ponte velha na BR 101 em Parnamirim; PIR 5- Ponte Trampolim da Vitória em Parnamirim; PIR 6- Lagoa do Jiqui e PIR 7- Balneário de Pium em Nísia Floresta .
11,45
2,51
3,91
2,76
0,80
6,87
9,99
1
67
Tabela 4-8 (cont.) - Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc da Bacia Hidrográfica do Pirangi.
PARÂMETROS PARA
DETERMINAR O IQA
Temperatura da amostra (0C)
pH
Altitude (m)
OD (mg/L)
DBO (mg/L)
Coliformes Termotolerantes
(NMP/100 mL)
Nitrogênio Total (mg/L)
PIR 82
--
--
--
--
--
--
VLP*
28,10
7,36
9,00
7,32
7,20
------
------
------
------
------
------
6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3
;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3
≤ 5,0 1
130,00
--
--
--
--
--
--
< 1.000 1,2,3
1,15
--
--
--
--
--
--
Fósforo Total (mg/L)
0,021
--
--
--
--
--
--
Sólidos Totais (mg/L)
Turbidez (UNT)
Índice (IQA)
Qualidade
12.284,00
4,58
60,20
Média
-----
-----
-----
Cobre dissolvido (mg/L)
Chumbo Total (mg/L)
Cromo Total (mg/L)
Cádmio Total (mg/L)
Zinco Total (mg/L)
Níquel Total (mg/L)
Mercúrio Total (mg/L)
Índice (IT)
IQAc
Qualidade
Índice do Estado Trófico
(IET)
Categoria
Cianobactérias (cél/mL)
COT (mg/L)
Teor de Óleos e Graxas (mg/L)
Clorofila ‘a’ (µg/L)
0,0079
< 0,0008
< 0,0011
< 0,0019
0,0428
< 0,0007
< 0,0002
1
60,20
Médio
-----------
-----------
57,14
--
------------
*
------------PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT
--------------------------------
--
--
Mesotrófico
576
< 0,50
4,00
5,29
-----
-----
-----
-----
Salinidade (‰)
29,22
--
--
--
--
Nitrogênio Amoniacal (mg/L)
< 0,033
--
--
--
--
VLP–Valores Limites Permitidos para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução
ambientes lênticos ++ ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos. PIR 8- Ponte velha na RN 063 em Parnamirim.
--
≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124
≤ 0,0623;
≤ 1001
≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3
≤ 0,01 1, 2,3
≤ 0,05 1, 2,,3
≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2,
≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3
≤ 0,025 1, 2,3
≤ 0,0002 1, 2,3
-
--50.0001
--≤ 3,02,3
--Virtualmente ausentes
--≤ 301
1
-0,5‰ ; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥
-30‰3
(3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH
≤ 8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/
--pH > 8,5)1; 0,40 2,3
1
2
CONAMA N° 357/2005 . Águas doces, Águas salobras, 3Águas salinas. +
PIR 1 – Lamarão em Macaíba
O ponto PIR 1, também denominado Lamarão, refere-se ao rio Pitimbu. Este se situa próximo a sua
nascente, na cidade de Macaíba. No aspecto visual não foram observadas desconformidades quanto aos
parâmetros não mensuráveis.
As amostras foram coletadas no dia 02/03/2010, aproximadamente às 10h33min, com as seguintes
medições: temperatura de 26,39 ºC, normal e próxima à do ambiente; pH de 6,26, levemente ácido e
dentro dos padrões de enquadramento para águas doces de classe 2, que está entre 6 e 9; turbidez baixa
de 1,48 UNT e inferior ao VLP (≤ 100) e salinidade de 0,06 ‰, sendo então classificada como água
doce, classe 1.
A concentração de óleos e graxas foi baixa, com apenas 1,0 mg/L. OG não é um parâmetro mensurável
na resolução citada. O padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe
nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente. Como na coleta anterior (51,16 mg/L), o valor obtido
para ST (122 mg/L) foi baixo e inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valor pode ser
considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L STD).
A concentração de oxigênio dissolvido foi 7,31 mg/L estando acima do VLP mínimo (5 mg/L). Quanto à
DBO, o valor obtido (9,60 mg/L) encontra-se acima do limite máximo de referência (≤5 mg/L). Para a
referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para
COT. O valor obtido para este parâmetro foi 8,90 mg/L.
O fósforo total medido foi 0,024 mg/L e portanto encontra-se inferior ao VLP (≤ 0,1 mg/L para
ambientes lóticos). O nitrogênio total apresentou concentração de 0,94 mg/L (não se dispõe de VLP para
NT). O nitrogênio amoniacal foi abaixo do LDM (Limite de Detecção do Método que é < 0,03 mg/L), e
portanto inferior ao limite máximo permitido (3,7 mg/L para pH ≤ 7,5). A concentração de clorofila ‘a’
na amostra foi de 11,45 µg/L, inferior ao VLP (30 µg/L).
Todos os metais analisados estão em conformidade com os padrões da legislação para as águas doces de
classe 2. O número de coliformes termotolerantes foi expressivo (1.600 NMP/100 mL), superando o
padrão de balneabilidade (< 1.000 NMP/100 mL), mas abaixo da campanha anterior (9.200 NMP/100
mL). Este ponto não foi selecionado para controle de densidade de cianobactérias.
O IQA e o IQAc calculados foram de 63 e, portanto, correspondem a uma condição de qualidade
MÉDIA. O IT foi igual a 1 (um).
O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 60,82 que corresponde
a um corpo d’ água no estado EUTRÓFICO.
PIR 2 – Passagem de Areia em Parnamirim
O ponto PIR 2 refere-se ao ponto de Passagem de Areia, localizado no Município de Parnamirim. No
momento da coleta foi possível observar que havia lixo nas proximidades e que o rio é utilizado para
lavagem de animais.
69
As amostras foram coletadas em 02/03/2010 pela manhã, aproximadamente às 10h. A temperatura
medida (27,54 oC) foi normal e próxima à temperatura do ambiente. Os parâmetros, pH, turbidez e
salinidade estão nos padrões de enquadramento para águas doces de classe 2.
Na amostra não se detectou concentração para óleos e graxas. OG não é um parâmetro mensurável na
resolução citada. O padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe
nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente. O valor obtido para ST (68 mg/L) foi baixo e inferior ao
VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valor pode ser aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS
(≤ 1.000 mg/L STD).
A concentração obtida de oxigênio dissolvido (5,97 mg/L) se enquadra ao VLP de referência para as
águas doces de classe 2 (≥ 5 mg/L). A DBO medida foi de 9,0 mg/L e está acima dos padrões para a
referida classe de água, que é de até 5 mg/L. O valor obtido para o COT (< 0,50 mg/L) foi abaixo do
limite de detecção do método utilizado para análise, mas a Resolução CONAMA 357/2005 não
estabelece valor padrão para a já citada classe de águas.
A concentração de fósforo total foi 0,022 mg/L. O nitrogênio total foi de 4,38 mg/L (para este parâmetro
não se dispõe de valor de referência) e o nitrogênio amoniacal foi < 0,033 mg/L (inferior ao limite de
detecção do equipamento). A concentração de clorofila ‘a’ foi baixa (2,51 µg/L), bem inferior ao VLP
(30 µg/L).
Os metais analisados estão em conformidade com os padrões da legislação para as águas doces de classe
2; com exceção do cobre dissolvido (0,0107 mg/L) que tem VLP de 0,0090 mg/L. O valor para
coliformes termotolerantes (1.600 NMP/100mL) se encontra um pouco acima dos padrões estabelecidos
pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000,0 NMP/100mL), mas abaixo do resultado da coleta anterior (3.500
NMP/100mL). Este ponto não foi selecionado para controle de densidade de cianobactérias.
O cálculo para determinação do IQA (61) enquadra este ponto na condição de MÉDIA qualidade. O IT
foi igual a zero (0), devido o valor para o cobre ter sido acima do permitido pela legislação. O IQAc
classifica esta estação em uma qualidade MUITO RUIM.
O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 54,03 que corresponde
a um corpo d’ água no estado MESOTRÓFICO.
PIR 3 – Ponte BR 304 em Parnamirim
O ponto PIR 3 está situado sob a ponte na BR 304 em Parnamirim. No aspecto visual não foram
observadas desconformidades quanto aos parâmetros não mensuráveis.
As amostras foram coletadas no dia 02/03/2010, pela manhã, aproximadamente às 09h40min. A
temperatura medida foi de aproximadamente 26,9 oC e portanto comum para o horário da coleta. Os
parâmetros pH (7,89), turbidez (6,44 UNT) e salinidade (0,08 ‰) estão nos padrões de enquadramento
para águas doces de classe 2 e os valores se encontram muito próximos dos encontrados nas campanhas
de coletas anteriores, para este ponto.
70
A concentração para óleos e graxas foi baixa, com apenas 3,0 mg/L. OG não é um parâmetro
mensurável na resolução citada. O padrão aceitável é que a concentração seja mínima a ponto de não se
observar nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente. O valor obtido para ST (157 mg/L) foi inferior
ao VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valor pode ser considerado aceitável para consumo humano pela
Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L STD).
O oxigênio dissolvido medido foi de 5,84 mg/L e um pouco acima do VLP mínimo (≥ 5 mg/L). A DBO
foi de 8,40 mg/L e superior ao VLP máximo (≤ 5 mg/L). Para a referida classe de enquadramento, a
Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT. O valor obtido para este
parâmetro foi inferior ao limite de detecção do equipamento (< 0,5 mg/L). O padrão de COT para as
águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.
O valor para fósforo total foi baixo (0,025 mg/L) e encontra-se inferior ao VLP para ambientes lóticos
(≤ 0,1 mg/L). O nitrogênio total foi de 4,05 mg/L (para este padrão não se dispõe de valor de referência)
e o nitrogênio amoniacal foi < 0,033 mg/L (inferior ao limite de detecção do equipamento utilizado para
análise). A concentração de clorofila ‘a’ foi baixa (3,91 µg/L), bem inferior ao VLP (30 µg/L).
As concentrações de metais analisados estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental. O
valor para coliformes termotolerantes (33,00 NMP/100mL) se encontra dentro dos padrões estabelecidos
pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000,0 NMP/100mL). Este ponto não foi selecionado para controle de
densidade de cianobactérias.
O IQA e o IQAc calculados foram de 72 e, portanto, correspondem a uma condição de qualidade BOA.
O IT foi igual a 1 (um).
O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 56,28 que corresponde
a um corpo d’ água no estado MESOTRÓFICO.
PIR 4 – Ponte velha na BR 101 em Parnamirim
A estação de monitoramento PIR 4 está situada nas proximidades da Ponte Velha, localizada na BR 101,
no Município de Parnamirim. No aspecto visual não foram observadas desconformidades quanto aos
parâmetros não mensuráveis.
As amostras foram coletadas em 04/03/2010, aproximadamente as10h50min. A temperatura da amostra
medida foi de 26,82 ºC, próximo à temperatura ambiente. Este ponto apresentou pH 8,26, portanto
dentro dos padrões de enquadramento para águas doces de classe 2, que está entre 6 e 9. A turbidez
medida foi baixa (1,95 UNT) e inferior ao VLP (≤ 100).
Na amostra não se detectou concentração para óleos e graxas. O valor obtido para ST (20 mg/L) foi
baixo e inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valor pode ser aceitável para consumo humano
pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L).
Os resultados de OD, DBO e COT indicam boas condições ambientais neste ponto. A concentração de
oxigênio dissolvido foi de 6,48 mg/L e superior ao VLP mínimo (5 mg/L). O valor obtido para a DBO
(5,40 mg/L) um pouco acima do VLP (≤ 5 mg/L). Para a referida classe de enquadramento, a Resolução
71
CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT. O valor obtido para este parâmetro foi <
0,50 mg/L.
Não foram identificadas concentrações significativas de nitrogênio e fósforo. A concentração de fósforo
total (0,018 mg/L) foi dentro do esperado para ambientes lóticos (≤ 0,1 mg/L). O nitrogênio total foi de
4,62 mg/L (não se dispõe de limite de referência para este parâmetro) e o nitrogênio amoniacal foi <
0,033 mg/L, portanto inferior ao limite de detecção do equipamento. A concentração de clorofila ‘a’ foi
baixa (2,76 µg/L) e bem inferior ao VLP (30 µg/L).
Os metais analisados estão em conformidade com os padrões da legislação para as águas doces de classe
2; como conseqüência o IT assume valor 1, reafirmando a boa condição do manancial. O valor para
coliformes termotolerantes (33,00 NMP/100mL) se encontra dentro dos padrões estabelecidos pelo
CONAMA 357/2005 (< 1.000,0 NMP/100mL). Este ponto não foi selecionado para controle de
densidade de cianobactérias.
O IQA e o IQAc calculados foram de 65,17; muito próximo das campanhas anteriores (66,98 e 65,80),
correspondendo a uma condição de qualidade MÉDIA.
O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 53,92 que corresponde
a um corpo d’ água no estado MESOTRÓFICO.
PIR 5 – Ponte trampolim da Vitória em Parnamirim
A estação de monitoramento PIR 5 está situada na Ponte Trampolim da Vitória, no Município de
Parnamirim. Materiais flutuantes, espumas não naturais, óleos e graxas, resíduo sólido objetável,
mortandade de peixes, lançamento de efluentes e vegetação aquática flutuante estavam virtualmente
ausentes, porém esse trecho do rio é utilizado para lavagem de animais e de roupas e para prática de
lazer.
As amostras foram coletadas aproximadamente às 10h10min. A temperatura da amostra medida foi de
26,68 ºC. O pH da amostra foi de 7,52 e se enquadra nos padrões para águas doces de classe 2 que é
entre 6 e 9. A turbidez medida foi baixa 3,11 UNT e inferior ao VLP (≤ 100).
Na amostra não se detectou concentração para óleos e graxas. O valor obtido para ST (64 mg/L) foi
baixo e inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valor pode ser considerado aceitável para
consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L).
A concentração de oxigênio dissolvido foi de 7,54 mg/L e superior ao VLP mínimo (≥ 5 mg/L). A DBO
medida foi de 6,00 mg/L e superior ao VLP máximo (≤ 5 mg/L). Para a referida classe de
enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT. O valor
obtido para este parâmetro foi 5,70 mg/L. O padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1
é de até 3,0 mg/L.
Como os demais pontos dessa bacia, não foram identificadas concentrações significativas de nitrogênio
e fósforo. A concentração de fósforo total foi de 0,023 mg/L dentro do esperado para ambientes lóticos
(≤ 0,1 mg/L); o nitrogênio total foi de 2,22 mg/L (não se dispõe de padrão para NT) e o nitrogênio
72
amoniacal foi menor que o LDM (< 0,03 mg/L). A concentração de clorofila ‘a’ foi baixa (0,80 µg/L) e
bem inferior ao VLP (30 µg/L).
Todos os metais analisados estão em conformidade com os padrões da legislação para as águas doces de
classe 2; atendendo aos VLP da Resolução 357/2005 CONAMA. O valor para coliformes
termotolerantes (49,00 NMP/100mL) se encontra dentro dos padrões estabelecidos pelo CONAMA
357/2005 (< 1.000,0 NMP/100mL), diferente da campanha anterior que foi bastante expressivo (92.000
NMP/100 mL). Este ponto não foi selecionado para controle de densidade de cianobactérias.
O IQA e o IQAc calculados foram de 68 e, portanto, correspondem a uma condição de qualidade BOA.
O IT foi igual a 1 (um).
O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 49,20 que corresponde
a um corpo d’ água no estado OLIGOTRÓFICO, como já esperado pelos baixos valores de fósforo e
de clorofila ‘a’.
PIR 6 – Lagoa do Jiqui - Parnamirim
A estação de monitoramento PIR 6 refere-se ao ponto localizado na Lagoa do Jiqui, próximo à captação
da CAERN. No aspecto visual não foram observadas desconformidades quanto aos parâmetros não
mensuráveis.
A coleta das amostras ocorreu em 04/03/2010, pela manhã, aproximadamente às 09:50h, com as
seguintes medições: temperatura de 27,41ºC; pH de 7,62, que se enquadra nos padrões para águas doces
de classe 2, que está entre 6 e 9; turbidez de 2,56 UNT e inferior ao VLP (≤ 100 uT).
Como nos demais pontos desta bacia, a concentração de OG foi muita baixa, com apenas 3,0 mg/L (OG
não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o padrão aceitável é que a concentração seja
mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente). O valor obtido
para ST (63 mg/L) foi baixo e inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valor pode ser considerado
aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L).
A concentração de oxigênio dissolvido foi 7,23 mg/L e, portanto, superior ao VLP mínimo (5mg/L). O
valor obtido para a DBO (6,30 mg/L) se encontra um pouco acima do limite máximo de referência (5,0
mg/L). Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor
padrão para COT. O valor obtido para este parâmetro foi 4,20 mg/L. O padrão de COT para as águas
salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.
A concentração de fósforo total foi de 0,014 mg/L dentro do esperado para ambientes lênticos (<0,03); o
nitrogênio total foi 2,12 mg/L (não se dispõe de padrão para NT) e o nitrogênio amoniacal foi <0,033
mg/L. A concentração de clorofila ‘a’ foi baixa, com apenas 6,87 µg/L e bem inferior ao VLP (30 µg/L).
Todos os metais analisados atendem aos VLP da Resolução 357/2005 CONAMA. O valor para
coliformes termotolerantes (11,00 NMP/100mL) se encontra dentro dos padrões estabelecidos pelo
CONAMA 357/2005 (< 1.000,0 NMP/100mL). O valor obtido nesta campanha para a densidade de
cianobactérias (48 células/mL) está dentro dos níveis normais estabelecidos pela Resolução 357/2005
73
CONAMA para as águas doces de classe 2 que é de até 50.000 cel/mL e da Portaria 518/2004-MS que é
de 20.000 células/mL.
O IQA calculado (70) corresponde a uma qualidade BOA, da mesma forma o IQAc (70) em virtude do
IT ter assumido o valor máximo 1, sem alteração da qualidade.
O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 57,21 que corresponde
a um corpo d’ água no estado MESOTRÓFICO.
PIR 7 – Balneário de Pium em Nísia Floresta
O ponto PIR 7 está localizado no rio Pium, especificamente no Balneário de Pium, no Município de
Nísia Floresta. Esse trecho do rio é utilizado para lavagem de roupas e lazer, encontrando-se muitos
bares em suas margens. No aspecto visual não foram observadas desconformidades quanto aos
parâmetros não mensuráveis.
A coleta das amostras ocorreu pela manhã aproximadamente às 8h40min, com as seguintes medições:
temperatura de 27,85 ºC; pH igual a 7,64, e nos padrões de enquadramento para águas doces de classe 2
que está entre 6 e 9; turbidez de 3,23 UNT e inferior ao VLP (≤ 100uT).
Na amostra não se detectou concentração para óleos e graxas (OG não é um parâmetro mensurável na
resolução citada). O valor obtido para ST (83,0 mg/L) foi baixo e inferior ao VLP para STD (≤ 500
mg/L). Este valor pode ser considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000
mg/L).
A concentração de oxigênio dissolvido foi 9,42 mg/L e se enquadra acima do VLP mínimo (≥5mg/L).
Por outro lado, o valor obtido para a DBO está acima do esperado para o tipo do corpo aquático, a DBO
foi de 7,80 mg/L e acima do limite máximo de referência (5,0 mg/L). Para a referida classe de
enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT. O valor
obtido para este parâmetro foi 3,0 mg/L. O padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é
de até 3,0 mg/L.
Não foram identificadas concentrações significativas de nitrogênio e fósforo. A concentração de fósforo
total foi 0,020 mg/L, dentro do esperado para ambientes lóticos (< 0,1 mg/L); o nitrogênio total foi 5,15
mg/L (mas não se dispõe de padrão para NT) e o nitrogênio amoniacal foi 0,043 mg/L. A concentração
de clorofila ‘a’ foi baixa (9,99 µg/L) e inferior ao VLP (30µg/L).
Os metais analisados estão em conformidade com os padrões da legislação para as águas doces de classe
2; como conseqüência o IT assume valor 1, reafirmando a boa condição do manancial. O valor para
coliformes termotolerantes (540 NMP/100mL) se encontra dentro dos padrões estabelecidos pelo
CONAMA 357/2005 (< 1.000 NMP/100mL), diferentemente do valor encontrado na campanha anterior
(9.200 NMP/100mL). Este ponto não foi selecionado para controle de densidade de cianobactérias.
O IQA e o IQAc calculados foram de 64 e, portanto, correspondem a uma condição de qualidade
MÉDIA. O IT foi igual a 1 (um).
74
O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 59,76 que corresponde
a um corpo d’ água no estado EUTRÓFICO.
PIR 8 – Ponte velha na RN 063 em Parnamirim
O ponto PIR 8 está situado sob a Ponte Velha na RN 063, Praia de Pirangi, no Município de
Parnamirim. De acordo com a sua salinidade (29,22 ‰), os resultados apresentados neste ponto estão
sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas salobras,
classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005.
No que diz respeito ao aspecto visual não foi observado nenhuma irregularidade. A temperatura da
amostra foi de 28,10°C, o pH da amostra (7,36) atende ao VLP para as águas salobras (6,5 a 8,5). A
turbidez medida foi baixa (4,58 UNT). A concentração de sólidos totais foi aproximadamente 12.284,0
mg/L. Assim como os pontos anteriores desta bacia, também não se detectado presença significativa
para óleos e graxas (4,0 mg/L). OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o padrão
aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja,
virtualmente ausente.
A concentração obtida de oxigênio dissolvido (7,32 mg/L) foi superior ao VLP mínimo de referência
para as águas salobras de classe 1 (≥ 5 mg/L). A concentração de DBO foi 7,20 mg/L. O valor obtido
para o COT foi < 0,50 mg/L, e se enquadra ao valor padrão para a referida classe de enquadramento, que
é de até 3,0 mg/L.
A concentração para fósforo total foi 0,021 mg/L e inferior ao VLP para ambientes lóticos (≤ 0,10
mg/L). O nitrogênio total foi 1,15 mg/L (porém não se tem VLP de referência para este parâmetro). O
nitrogênio amoniacal (< 0,033 mg/L) está em conformidade com os padrões para a referida classe de
águas (0,40 mg/L). A concentração de clorofila ‘a’ foi baixa (5,29 µg/L) e inferior ao VLP (30 µg/L).
Todos os metais analisados atendem ao VLP da Resolução 357/2005 CONAMA com exceção do cobre
dissolvido que apresentou concentração 0,0079 mg/L e o VLP é 0,0050 mg/L para águas salobras classe
1. Nas amostras de sedimento de fundo, os resultados se enquadraram abaixo dos limites estabelecido na
Resolução CONAMA 344/2004, como pode ser observado na Tabela 4-9.
Tabela 4-9 - Resultados para a amostra de sedimento
PARÂMETROS PARA
DETERMINAR O IT
Cobre dissolvido (mg/Kg)
Chumbo Total (mg/Kg)
Cromo Total (mg/Kg)
Cádmio Total (mg/Kg)
Zinco Total (mg/Kg)
Níquel Total (mg/Kg)
Mercúrio Total (mg/Kg)
*
PIR 8
VLP*
2,5229
3,1374
5,0646
< 0,0337
8,5894
1,3241
< 0,0289
34,00
46,70
81,00
1,20
150,00
20,90
0,15
VLP–Valores Limites Permitidos em mg/Kg para águas salobras e salinas nível 1, segundo Resolução CONAMA N° 344/2004 .
75
O valor para coliformes termotolerantes (130,00 NMP/100mL) se encontra dentro dos padrões
estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000,0 NMP/100mL). A densidade de cianobactérias em
fevereiro de 2010 foi de 576 células/mL, valor muito próximo ao encontrado na campanha anterior (592
células/mL em outubro de 2009), portanto, dentro do valor estabelecido pela Resolução 357/2005
CONAMA para as águas doces de classe 2 que é de até 50.000 cel/mL e pela Portaria 518/2004-MS que
é de 20.000 células/mL.
O IQA e o IQAc calculados foram de 60 e, portanto, correspondendo a condição de qualidade MÉDIA.
O IT foi igual a 1 (um).
O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 57,14 que corresponde
a um corpo d’ água no estado MESOTRÓFICO.
SÍNTESE GRÁFICA DOS RESULTADOS DA BACIA HIDROGRÁFICA PIRANGI
Nas figuras 4-35 a 4-40 apresentam-se os gráficos dos principais parâmetros e índices de controle da
Bacia Hidrográfica do Pirangi.
Oxigênio Dissolvido - nov/2008
Oxigênio Dissolvido - fev/2009
Oxigênio Dissolvido - jun/2009
Oxigênio Dissolvido - out/2009
Oxigênio Dissolvido - fev/2010
Demanda Bioquímica de Oxigênio - nov/2008
Demanda Bioquímica de Oxigênio - fev/2009
Demanda Bioquímica de Oxigênio - jun/2009
Demanda Bioquímica de Oxigênio - out/2009
Demanda Bioquímica de Oxigênio - fev/2010
10
9,42
9,60
9,00
8
8,00
8,40
8,00
OD e DBO (mg/L)
7,31
6
4
6,27
6,30
5,97
5,84
5,28
6,51
6,48
6,40
5,66
5,40
3,90
2,51
4,50
4,25
6,80
4,85
2,82
7,32
7,20
7,00
OD > = 6 mg/L
Água Salina, classe 1
5,57
OD > = 5 mg//L
Água Salobra, classe 1 e
Água Doce, classe 2
5,51
4,81
4,20
4,00
3,70
3,00
3,00
Padrão da Resolução
CONAMA 357/2005
7,80
3,60
2,83
2
7,59 7,23
7,54
6,75
6,00
6,30
5,92
5,87
5,45
4,60
4,50
9,52
8,65
DBO < = 5 mg/L
Água Doce, classe 2
Não há valor de referência para
DBO em água salobra e salina
1,45
0
PIR 1
PIR 2
PIR 3
PIR 4
PIR 5
PIR 6
PIR 7
PIR 8
Bacia do Pirangi
Figura 4-35 - Variação espacial das concentrações de OD e DBO na Bacia Hidrográfica Pirangi.
76
Oxigênio Dissolvido - nov/2008
Oxigênio Dissolvido - fev/2009
Oxigênio Dissolvido - jun/2009
Oxigênio Dissolvido - out/2009
Oxigênio Dissolvido - fev/2010
Carbono Orgânico Total - nov/2008
Carbono Orgânico Total - fev/2009
Carbono Orgânico Total - jun/2009
Carbono Orgânico Total - out/2009
Carbono Orgânico Total - fev/2010
16,10
16
14
OD e COT (mg/L)
12
10
8
9,42
8,90
7,54
7,31
6,51
6
6,14
5,97
2,51
3,05
2,83
2,36
4
2
5,84
4,25
3,61
PIR 1
PIR 2
PIR 3
4,06
3,38
2,86
2,67
2,46
1,45
< 0,50
5,57
4,81
4,51
3,34
3,93
4,85
3,43
2,73
3,29
< 0,50
0
3,18
3,00
< 0,50
< 0,50
PIR 4
OD > = 6 mg/L
Água Salina, classe 1
7,32
6,75
5,92
4,20
5,70
5,66
8,65
7,23
7,59
6,48
5,87
6,40
Padrão da Resolução
CONAMA 357/2005
9,52
PIR 5
PIR 6
PIR 7
OD > = 5 mg//L
Água Salobra, classe 1 e
Água Doce, classe 2
COT < = 3 mg/L
Água Salobra e Salina, classe 1
Não há valor de referência
para COT em água doce
PIR 8
Bacia do Pirangi
Figura 4-36 - Variação espacial das concentrações de OD e COT na Bacia Hidrográfica Pirangi.
Densidade de Cianobactérias - nov/2008
Densidade de Cianobactérias - fev/2009
Densidade de Cianobactérias - jun/2009
Densidade de Cianobactérias - out/2009
Densidade de Cianobactérias - fev/2010
Padrão Res. CONAMA 357/2005
Água Doce Classe 2
50.000
Padrão Portaria 518/2004 MS
20.000
26.509
10000
1.616
1000
592
560
576
297
132
144
100
Não se analisou
PIR 1
PIR 2
PIR 3
PIR 4
PIR 5
Não se analisou
Não se analisou
1
Não se analisou
10
Não se analisou
48
Não se analisou
Densidade de Cianobactérias (cel/mL)
100000
PIR 6
PIR 7
PIR 8
Bacia do Pirangi
Figura 4-37 - Variação espacial da densidade de cianobactérias na Bacia Hidrográfica Pirangi.
77
Coliformes Termotolerantes - nov/2008
Não analisado em fev/2009
Coliformes Termotolerantes - jun/2009
Coliformes Termotolerantes - out/2009
Coliformes Termotolerantes - fev/2010
92.000
Coliformes Termotolerantes (NMP/100mL)
100000
9.200
9.200
10000
3.500
1.600
5.400
9.000
8.000
2.200
1.400
1.600
1000
540
Padrão da Resolução
CONAMA 357/2005
130
100
23
10
23
33
33
23
23
49
23
23
11
2
2
PIR 7
PIR 8
1
PIR 1
PIR 2
PIR 3
PIR 4
PIR 5
PIR 6
Bacia do Pirangi
Figura 4-38 - Variação espacial da concentração de coliformes termotolerantes na Bacia Hidrográfica
Pirangi.
Índice de Estado Trófico - nov/2008
Índice de Estado Trófico - fev/2009
Índice de Estado Trófico - jun/2009
Índice de Estado Trófico - out/2009
Índice de Estado Trófico - fev/2010
> = 67 - Hipereutrófico
63 - 67 - Supereutrófico
60
59,76
60,82
54,03
56,28
53,92
57,21
49,20
50
41,72
40
44,19
52 - 59 - Mesotrófico
47 - 52 - Oligotrófico
44,78
39,04
IET
57,14
50,66
47,09
44,31
59 - 63 - Eutrófico
44,22
< = 47 - Ultraoligotrófico
35,62
30
24,88
20
16,67
18,09
19,61
13,04
15,32
15,58
20,02
PIR 5
PIR 6
PIR 7
18,65
10
0
PIR 1
PIR 2
PIR 3
PIR 4
PIR 8
Bacia do Pirangi
Figura 4-39 - Variação espacial do IET na Bacia Hidrográfica Pirangi.
78
Índice de Qualidade de Água - nov/2008
Índice de Qualidade de Água combinado - nov/2008
Índice de Qualidade de Água - fev/2009
Índice de Qualidade de Água combinado - fev/2009
Índice de Qualidade de Água - jun/2009
Índice de Qualidade de Água combinado - jun/2009
Índice de Qualidade de Água - out/2009
Índice de Qualidade de Água combinado - out/2009
Índice de Qualidade de Água - fev/2010
Índice de Qualidade de Água combinado - fev/2010
100
90 - 100 Excelente
IQA e IQAc (mg/L)
80
72,68
72,27
63,49
60 61,35
66,98
64,82
61,89
76,23
72,70
64,95
65,80
65,17
68,62
70,95
64,41
56,17
56,61
64,03
60,00
72,58
72,12
70 - 90 Boa
60,20
50 - 70 Média
56,66
51,34
50,90
40
25 - 50 Ruim
20
0 - 25 Muito Ruim
0
PIR 1
PIR 2
PIR 3
PIR 4
PIR 5
PIR 6
PIR 7
PIR 8
Bacia do Pirangi
Figura 4-40 - Variação espacial do IQA e IQAc na Bacia Hidrográfica Pirangi.
4.1.7. Bacia Hidrográfica Potengi
A bacia hidrográfica Potengi ocupa uma superfície de 4.093 km2, correspondendo a cerca de 7,7 % do
território estadual. Desaguando jntuo à cidade de Natal, a mesma possui 245 açudes cadastrados. Na
Figura 4-41 apresenta-se o mapa esquemático desta bacia contendo os principais corpos d´água e
municípios.
Na Tabela 4-10 apresentam-se os resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos, assim
como o IQA, IT, IQAc e IET médio, considerando-se fósforo e clorofila ‘a’ e na Tabela 4-11 os
resultados de metais, que representam o índice de toxicidade, para amostra de sedimento.
79
Fonte: IGARN (2009)
Figura 4-41 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica Potengi
Na bacia do Potengi foram selecionados oito pontos para monitoramento, POT 1 (Rio Camaragibe na
RN 064), POT 2 (Açude Campo Grande em São Paulo do Potengi), POT 3 (Telha em São Pedro do
Potengi), POT 4 (Rio Golandim), POT 5 (em frente ao Dique da Base Naval), POT 6 (Jusante do Canal
do Baldo), POT 7 (em frente ao Iate Clube) e POT 8 (vão central da ponte Newton Navarro).
Tabela 4-10 - Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc da Bacia Hidrográfica Potengi.
PARÂMETROS PARA
DETERMINAR O IQA
Temperatura da amostra (0C)
pH
Altitude (m)
OD (mg/L)
DBO (mg/L)
Coliformes Termotolerantes
(NMP/100 mL)
Nitrogênio Total (mg/L)
POT 12
POT 22
POT 32
POT 43
POT 53
POT 63
POT 73
VLP*
34,21
8,52
34,00
4,36
11,85
26,51
7,87
91,00
6,43
8,40
26,44
8,22
45,00
6,33
9,60
29,99
7,89
30,00
4,47
6,60
28,68
8,04
3,00
5,89
6,90
28,69
8,34
7,00
5,21
6,00
28,71
8,11
10,00
5,93
7,20
6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3
;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3
≤ 5,0 1
33,00
2,00
49,00
130,00
540,00
240,00
130,00
< 1.000 1,2,3
2,86
4,90
1,07
1,86
2,14
2,57
1,84
Fósforo Total (mg/L)
0,255
0,057
0,189
< 0,0013
< 0,0013
< 0,0013
< 0,0013
Sólidos Totais (mg/L)
Turbidez (UNT)
Índice (IQA)
Qualidade
4.366,00
13,92
57,29
Média
22.492,00
4,45
63,69
Média
13.152,00
4,03
66,96
Média
Cobre dissolvido (mg/L)
Chumbo Total (mg/L)
Cromo Total (mg/L)
Cádmio Total (mg/L)
Zinco Total (mg/L)
Níquel Total (mg/L)
Mercúrio Total (mg/L)
Índice (IT)
IQAc
Qualidade
Índice do Estado Trófico
(IET)
0,0076
0,0059
< 0,0011
< 0,0019
0,2218
0,0064
< 0,0002
0
0,0
Muito Ruim
< 0,0019
< 0,0017
< 0,0014
< 0,0013
0,0599
< 0,0016
< 0,0002
1
63,69
Média
< 0,0019
< 0,0017
< 0,0014
< 0,0013
0,0640
< 0,0016
< 0,0002
1
66,96
Média
53,45
Categoria
74,45
Hipereutrófic
o
52,30
2,00
64,58
5,03
656,00
1.567,00
21.456,00
22.524,00
6,52
38,45
12,65
4,43
72,96
61,34
62,56
63,12
Boa
Média
Média
Média
PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT
0,0082
0,0084
< 0,0019
< 0,0019
< 0,0008
0,0046
< 0,0017
< 0,0017
< 0,0011
< 0,0011
< 0,0014
< 0,0014
< 0,0019
< 0,0019
< 0,0013
< 0,0013
0,0772
0,7450
0,0723
0,0589
0,0057
0,0052
< 0,0016
< 0,0016
< 0,0002
< 0,0002
< 0,0002
< 0,0002
1
0
1
1
72,96
0,0
62,56
63,12
Boa
Muito Ruim
Média
Média
58,40
65,43
49,36
57,46
54,22
Mesotrófico
Supereutrófico
Oligotrófico
Mesotrófico
Mesotrófico
Mesotrófico
≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124
≤ 0,0623;
≤ 1001
≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3
≤ 0,01 1, 2,3
≤ 0,05 1, 2,,3
≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2,
≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3
≤ 0,025 1, 2,3
≤ 0,0002 1, 2,3
-
50.0001
≤ 3,02,3
Virtualmente ausentes
≤ 301
1
0,5‰ ; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30‰3
(3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH
Nitrogênio Amoniacal (mg/L)
< 0,033
< 0,033
0,101
< 0,033
< 0,033
< 0,033
< 0,033
≤ 8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/
pH > 8,5)1; 0,40 2,3
*
1
2
VLP–Valores Limites Permitidos para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005 . Águas doces, Águas salobras, 3Águas salinas. +
ambientes lênticos ++ ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos. POT 1-- Rio Camaragibe na travessia da RN 064 em Ielmo Marinho; POT 2- Açude Campo Grande em São Paulo do Potengi;
POT 3- Telha em São Pedro do Potengi; POT 4 - Rio Golandim; POT 5- Em frente ao Dique da Base Naval em Natal; POT 6- Jusante do Canal do Baldo e POT 7- Em frente ao Iate Clube.
Cianobactérias (cél/mL)
COT (mg/L)
Teor de Óleos e Graxas (mg/L)
Clorofila ‘a’ (µg/L)
Salinidade (‰)
< 0,50
0,00
1,95
0,67
< 0,50
0,00
9,62
1,72
42.718
< 0,50
2,00
21,71
31,09
46.976
10,00
1,00
57,46
33,36
38.400
< 0,50
1,00
66,71
33,85
41.040
< 0,50
3,00
55,86
33,35
81
Tabela 4-10 (cont.) - Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc da Bacia Hidrográfica Potengi.
PARÂMETROS PARA
DETERMINAR O IQA
Temperatura da amostra (0C)
pH
Altitude (m)
OD (mg/L)
DBO (mg/L)
Coliformes Termotolerantes
(NMP/100 mL)
Nitrogênio Total (mg/L)
POT 83
--
--
--
--
--
--
VLP*
28,52
8,33
3,00
6,26
6,60
------
------
------
------
------
------
6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3
;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3
≤ 5,0 1
540,00
--
--
--
--
--
--
< 1.000 1,2,3
1,98
--
--
--
--
--
--
Fósforo Total (mg/L)
< 0,0013
--
--
--
--
--
--
Sólidos Totais (mg/L)
Turbidez (UNT)
Índice (IQA)
Qualidade
12.890,00
3,04
63,72
Média
-----
-----
-----
-----
-----
-----
< 0,0019
< 0,0017
< 0,0014
< 0,0013
0,0680
< 0,0016
< 0,0002
1
63,72
Média
PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT
-----------------------------------------
-----------
--
--
------------
Cobre dissolvido (mg/L)
Chumbo Total (mg/L)
Cromo Total (mg/L)
Cádmio Total (mg/L)
Zinco Total (mg/L)
Níquel Total (mg/L)
Mercúrio Total (mg/L)
Índice (IT)
IQAc
Qualidade
Índice do Estado Trófico
(IET)
Categoria
Cianobactérias (cél/mL)
COT (mg/L)
Teor de Óleos e Graxas (mg/L)
Clorofila ‘a’ (µg/L)
54,26
--
--
--
≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124
2
; ≤ 0,0623;
≤ 1001
≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3
≤ 0,01 1, 2,3
≤ 0,05 1, 2,,3
≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2,
≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3
≤ 0,025 1, 2,3
≤ 0,0002 1, 2,3
-
50.0001
≤ 3,02,3
Virtualmente ausentes
≤ 301
0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥
Salinidade (‰)
34,42
-----30‰3
(3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 <
Nitrogênio Amoniacal (mg/L)
< 0,033
pH ≤ 8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5
------p/ pH > 8,5)1; 0,40 2,3
*
1
2
VLP–Valores Limites Permitidos para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005 . Águas doces, Águas salobras, 3Águas salinas. +
ambientes lênticos ++ ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos. POT 8- Vão central da Ponte Nilton Navarro.
Mesotrófico
< 0,50
2,00
67,41
-----
-----
-----
-----
-----
------
Tabela 4-11 - Resultados para a amostra de sedimento da Bacia Hidrográfica Potengi.
PARÂMETROS PARA
DETERMINAR O IT
Cobre dissolvido (mg/Kg)
Chumbo Total (mg/Kg)
Cromo Total (mg/Kg)
Cádmio Total (mg/Kg)
Zinco Total (mg/Kg)
Níquel Total (mg/Kg)
Mercúrio Total (mg/Kg)
POT 4
POT 5
POT 6
POT 7
POT 8
VLP*
0,9075
< 0,0426
4,1421
< 0,0337
6,8982
1,8605
< 0,0287
< 0,0558
0,9264
2,9527
< 0,0339
7,3365
1,4081
< 0,0289
8,8402
1,3362
5,1186
< 0,0339
11,5086
2,2629
< 0,0289
3,1264
2,0627
12,4035
< 0,0328
117,0849
5,8784
< 0,0280
0,8108
1,2430
3,4004
< 0,0339
9,0149
1,7241
< 0,0289
34,00
46,70
81,00
1,20
150,00
20,90
0,15
*
VLP–Valores Limites Permitidos em mg/Kg para águas salobras e salinas nível 1, segundo Resolução CONAMA N° 344/2004 .
Na seqüência está sendo apresentada a discussão dos resultados para esta bacia, comparando com os
valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas salobras e salinas, classe 1, da
Resolução CONAMA 357/2005.
POT 1 – Rio Camaragibe na RN 064
A estação de monitoramento referente ao POT 1 refere-se ao rio Camaragibe localizada na travessia da
RN 064, sob uma ponte no município de Ielmo Marinho. Não se observou presença de materiais
flutuantes, espumas não naturais, óleos e graxas, resíduo sólido objetável, mortandade de peixes,
lançamento de efluentes e vegetação aquática flutuante.
Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos VLP para enquadramento das águas salobras, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade
medida: 5,03 ‰.
A coleta foi realizada no dia 23/02/2010, aproximadamente as 14:40h. No momento da coleta foram
medidos: temperatura da amostra (34,21°C); pH 8,52, dentro dos valores de enquadramento para águas
salobras, classe 1 (6,5-8,5); turbidez (13,92 UNT). A concentração medida de OG também foi baixa (2
mg/L), o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum
resíduo. A concentração de sólidos totais foi de 4.366mg/L (mas não se dispõe de VLP de referência).
A concentração de OD foi 4,36 mg/L (valor que se encontra abaixo do VLP mínimo 5,0 mg/L). O COT
foi 52,30 mg/L, ultrapassando o VLP (≤ 3 mg/L) e as campanhas anteriores (21,46 e 19,09 mg/L). A
DBO calculada foi 11,85 mg/L, porém não se dispõe de VLP para este parâmetro, na referida classe de
águas.
Para o fósforo total a concentração foi 0,255 mg/L e acima do VLP de referência (≤ 0,124 mg/L) e a de
nitrogênio total foi 2,86 mg/L (porém não se dispõe de VLP para este parâmetro). O nitrogênio
amoniacal na amostra (< 0,033 mg/L) foi abaixo do limite de detecção do método- LDM utilizado para
análise, portanto pode-se assegurar que o nitrogênio amoniacal atende ao VLP máximo que é de 0,40
mg/L. A concentração de clorofila ‘a’ foi 64,58 µg/L, mas não se dispõe de VLP para este parâmetro em
águas salobras.
As concentrações de metais estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental, com exceção do
zinco total que apresentou-se com 0,2218 mg/L e o VLP é 0,090 mg/L. O valor para coliformes
termotolerantes (33 NMP/100mL) se encontra dentro dos padrões estabelecidos pelo CONAMA
83
357/2005 (< 1.000 NMP/100mL) diferente da campanha anterior que apresentou concentração 1.100
NMP/100mL. Neste ponto não se analisou densidade de cianobactérias.
O cálculo para determinação do IQA (57) enquadra este ponto na condição de MÉDIA qualidade. O IT
foi igual a zero (0), devido o valor para o zinco ter sido acima do permitido pela legislação. O IQAc
classifica esta estação em uma qualidade MUITO RUIM.
O IET calculado, considerando as análises de fósforo total e clorofila, foi de 74,45 que corresponde a um
corpo d´água no estado HIPEREUTRÓFICO.
POT 2 – Açude Campo Grande
O ponto POT 2 é referente ao Açude Campo Grande, no município de São Paulo do Potengi. No aspecto
visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis.
Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos VLP para enquadramento das águas salobras, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade
medida: 0,67 ‰.
A coleta foi efetuada no dia 02/03/2010 aproximadamente as 8:00h. Como esperado a temperatura da
amostra medida (26,51 °C) se equivale a temperatura ambiente. O pH da amostra (7,87) situa-se dentro
dos valores de enquadramento. A turbidez medida foi 6,52 UNT, porém não se dispõe de VLP para
águas salobras, classe 1. Na amostra não se detectou concentração para óleos e graxas, assim como na
campanha anterior. A concentração de sólidos totais foi 656,00 mg/L, muito próximo ao resultado da
coleta anterior (636,00 mg/L). Este valor pode ser aceitável até para consumo humano considerando que
a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD.
A concentração obtida de oxigênio dissolvido (6,43 mg/L) foi superior ao VLP mínimo de referência
para as águas salobras de classe 1 (≥ 5 mg/L). A DBO medida foi 8,4 mg/L e o valor para COT foi < 0,5
mg/L, atendendo ao VLP para águas salobras de classe 1 (≤ 3,0 mg/L).
O valor obtido para fósforo total (0,057 mg/L) situou-se próximo ao VLP de referência (≤ 0,124 mg/L).
A concentração de nitrogênio total foi 4,9 mg/L, mas não se dipõe de VLP de referência para este
parâmetro. O nitrogênio amoniacal (< 0,03 mg/L) foi abaixo do LDM, situando-se com segurança no
VLP que é de até 2,0 mg/L para 7,5 < pH ≤ 8. A clorofila ‘a’ medida foi 1,95 mg/L, porém não se dispõe
de VLP para este parâmetro em águas salobras.
Os metais analisados estão em conformidade com os padrões da legislação para a já citada classe de
águas; como conseqüência o IT assume valor 1, reafirmando a boa condição do manancial. O número de
coliformes termotolerantes (2 NMP/100 mL) ao contrário da campanha de coleta anterior (9.200
NMP/100 mL), se encontra dentro dos padrões estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (<1.000
NMP/100 mL). Neste ponto não se analisou densidade de cianobactérias.
O IQA calculado (72) corresponde a uma qualidade BOA, da mesma forma o IQAc (72) em virtude do
IT ter assumido o valor máximo 1.
84
O IET calculado, considerando a ponderação para o fósforo e a clorofila ‘a’, foi de 58,40 que
corresponde a um corpo d’água no estado MESOTRÓFICO.
POT 3 – TELHA
O ponto POT 3 é denominado Telha e está situado sob uma ponte, no município de São Pedro do
Potengi. No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não
mensuráveis.
Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos VLP para enquadramento das águas salobras, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade
medida: 1,72 ‰.
As amostras foram coletadas no dia 02/03/2010 aproximadamente as 8:53h.A temperatura da amostra
(26,44°C) está de acordo com o horário de coleta e o pH (8,22) se enquadra na faixa dos valores limites
permitidos (6,5-8,5). A turbidez foi 38,45 UNT. Não se detectou concentração para óleos e graxas na
amostra. A concentração de sólidos totais foi 1.567,00 mg/L, este valor é comum para as águas salobras
devido a deposição de sais (não se dispõe de VLP de referência).
O limite mínino estabelecido de OD para as águas salobras de classe 1 é de 5,0 mg/L, a concentração de
oxigênio dissolvido medido foi 6,33 mg/L, portanto está em conformidade com os padrões para a
referida classe de águas. No entanto, apesar da DBO não ser considerada como parâmetro de referência
para as águas salobras, a DBO calculada (9,6 mg/L) foi alta. A concentração de COT foi < 0,50 mg/L,
diferente das coletas de campanhas anteriores (11,40 mg/L e 11,02 mg/L, respectivamente) que se
apresentaram acima do VLP (3,0 mg/L).
A concentração de fósforo total (0,189 mg/L) encontra-se acima do VLP de referência (≤ 0,124 mg/L).
O valor para nitrogênio total foi 1,07 mg/L (não se dispõe de VLP para este parâmetro) e o nitrogênio
amoniacal (0,101 mg/L) está em conformidade com os padrões para a referida classe de águas (0,40
mg/L). A concentração de clorofila ‘a’ (9,62 µg/L), se apresentou abaixo do VLP (30 µg/L).
As concentrações de metais estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental, com exceção do
zinco total que apresentou valor de 0,7450 mg/L e o VLP é de 0,090 mg/L para águas salobras classe 1.
O valor para coliformes termotolerantes (49,00 NMP/100mL) se encontra dentro dos padrões
estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000,0 NMP/100mL). O referido ponto não foi selecionado
para monitoramente a densidade de cianobactérias.
O IQA (61) corresponde a condição de qualidade MÉDIA, mantendo-se o mesmo valor (61) para o
IQAc devido ao índice de toxidez ter sido 1 (um).
O IET calculado, considerando a ponderação para o fósforo e a clorofila ‘a’, foi de 65 que corresponde a
um corpo d’água no estado SUPEREUTRÓFICO.
85
POT 4 – Rio Golandim
A estação de monitoramento referente ao POT 4 está localizada nas imediações da desembocadura do
rio Golandim. A coleta foi efetuada com o auxílio de um barco seguindo as orientações fornecidas pelo
IGARN e IDEMA. Quanto aos aspectos visuais, não foram encontrados não conformidades. A
salinidade medida foi 31,09 ‰ e, portanto, nesta condição será comparado com os valores limites
permitidos – VLP para enquadramento das águas salinas, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005.
A campanha para coleta de amostras no Rio Golandim foi realizada no dia 11/03/2010,
aproximadamente as 10:27h. A temperatura da amostra medida foi de 29,99 °C e do ambiente 31,07 °C.
O pH da amostra (7,89) situa-se dentro dos valores de enquadramento. O valor medido de turbidez foi
12,65 UNT e para óleos e graxas foi baixo (2,0 mg/L).
A concentração de oxigênio dissolvido (4,47 mg/L) está abaixo do limite permitido pela legislação
ambiental para águas salinas (≥ 6,0 mg/L). A DBO calculada foi de 6,60 mg/L. O COT (< 0,50 mg/L)
teve valor abaixo do limite de detecção do método- LDM utilizado para análise, portanto atendendo ao
VLP (≤ 3,0 mg/L). A concentração de sólidos totais foi de 21.456 mg/L.
O valor para fósforo total foi baixo (< 0,001 mg/L) e encontra-se inferior ao VLP para a já citada classe
de águas (≤ 0,1 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi 1,86 mg/L e o nitrogênio amoniacal (<
0,03) encontra-se inferior ao limite máximo que é 0,40 mg/L. A concentração de clorofila ‘a’ apresentou
o valor de 21,71 µg/L.
As concentrações de metais estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental, como
conseqüência o IT assume valor 1. Nas amostras de sedimento de fundo, os resultados se enquadraram
abaixo dos limites estabelecido na Resolução CONAMA 344/2004.
O valor para coliformes termotolerantes (130 NMP/100mL) se encontra dentro dos padrões
estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000 NMP/100mL). O valor para densidade de
cianobactérias foi de 42.718 células/mL em fevereiro/2010. O valor obtido está dentro dos níveis
normais estabelecidos pela Resolução 357/2005 CONAMA para as águas doces de classe 2, que é de até
50.000 células/mL.
O IQA calculado (62) corresponde a uma qualidade MÉDIA, da mesma forma o IQAc (62) em virtude
do IT ter assumido o valor máximo 1, sem alteração da qualidade.
O IET calculado, considerando a ponderação para o fósforo e a clorofila ‘a’, foi de 49,36 classificando o
corpo d’água na condição de OLIGOTRÓFICO.
POT 5 – em frente ao Dique da Base Naval
A estação de monitoramento POT 5 refere-se ao ponto em frente ao Dique da Marinha do Brasil. Nesta
estação, em relação aos parâmetros não mensuráveis, não foram encontradas não conformidades.
A temperatura da amostra medida foi de 28,68 °C, próximo a temperatura ambiente do horário da coleta
(9:18 h). A coleta foi realizada no dia 11/03/2010. O pH da amostra (8,04) situou-se dentro dos valores
86
de enquadramento para águas salinas, classe 1 (6,5 a 8,5). A turbidez da amostra foi de 4,43 UNT. O
valor medido para óleos e graxas foi baixo com 1,0 mg/L. A concentração de sólidos totais foi de 22.524
mg/L e a salinidade medida foi 33,36 ‰.
No momento da coleta mediu-se ainda a concentração de OD que foi de 5,89 mg/L, e que está abaixo do
valor de referência para a referida classe de águas, que é acima de 6,0 mg/L. A DBO calculada foi de
6,90 mg/L e a concentração de COT (10 mg/L), se enquadra acima do valor de referência para a já
citada classe de águas, que é ≤ 3,0 mg/L.
O valor para fósforo total foi baixo (< 0,0013 mg/L - limite de detecção do método-LDM utilizado para
análise) e portanto inferior ao VLP máximo que é 0,062 mg/L. A concentração de nitrogênio total foi de
2,14 mg/L e o de nitrogênio amoniacal (< 0,03) abaixo do VLP para águas salinas (0,40 mg/L). A
clorofila ‘a’ medida teve um valor de 57,46 µg/L.
Os metais analisados atendem aos VLP da Resolução 357/2005 CONAMA. Nas amostras de sedimento
de fundo, os resultados se enquadraram abaixo dos limites estabelecido na Resolução CONAMA
344/2004.
O valor para coliformes termotolerantes (540,00 NMP/100mL) se encontra dentro dos padrões
estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000 NMP/100mL). O valor para densidade de
cianobactérias foi de 46.976 células/mL em fevereiro/2010. O valor obtido está dentro dos níveis
normais estabelecidos pela Resolução 357/2005 CONAMA para as águas doces de classe 2, que é de até
50.000 células/mL.
O IQA e o IQAc calculados foram de (63) e, portanto, classifica este ponto como de MÉDIA qualidade,
mesma classificação da coleta anterior. O IT foi igual a um (1).
O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 57,46 classificando o
corpo d’ água na condição de MESOTRÓFICO.
POT 6 – jusante do Canal do Baldo
O ponto POT 6 está localizado a jusante do Canal do Baldo. Não foram observados visualmente
presença de materiais flutuantes, espumas não naturais, óleos e graxas, resíduo sólido objetável,
mortandade de peixes, lançamento de efluentes e vegetação aquática flutuante. As amostras foram
coletadas no dia 11/03/2010, aproximadamente as 8:55h.
No momento da coleta foram medidos: temperatura da amostra (28,69 ºC); pH 8,34; dentro dos valores
de enquadramento para águas salinas, classe 1, e turbidez (4,45 UNT). A concentração de OG foi baixa,
com apenas 1,0 mg/L. A concentração de sólidos totais foi 22.492,00 mg/L e a salinidade medida foi
33,85 ‰.
A concentração de oxigênio dissolvido medido (5,21 mg/L) está um pouco abaixo do valor de referência
para a já citada classe de água, que é acima de 6,0 mg/L. A DBO calculada foi 6,0 mg/L e a
concentração de COT foi abaixo do limite de detecção do método (< 0,50 mg/L), portanto atendendo ao
VLP (≤ 3,0).
87
O fósforo total (< 0,0013 mg/L), assim como o nitrogênio amoniacal (< 0,03 mg/L), tiveram valores
abaixo dos limites dos equipamentos, atendendo aos VLP’s dos mesmos. O nitrogênio total apresentou
concentração de 2,14 mg/L e a concentração de clorofila ‘a’ (66,71 µg/L), diferentemente da coleta de
outubro de 2009 onde não foi detectado nenhuma concentração na amostra analisada.
Os metais analisados atendem aos VLP da Resolução 357/2005 CONAMA. Nas amostras de sedimento
de fundo, os resultados se enquadraram abaixo dos limites estabelecido na Resolução CONAMA
344/2004.
O valor para coliformes termotolerantes (240,00 NMP/100mL) se encontra dentro dos padrões
estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (<1.000 NMP/100mL). O valor para densidade de
cianobactérias foi de 38.400 células/mL em fevereiro/2010 atendendo ao VLP da Resolução 357/2005
CONAMA.
O cálculo para determinação do IQA (63) enquadra este ponto na condição de qualidade MÉDIA. O IT
foi igual a um (1). O IQAc foi igual ao IQA mantendo a classificação desta estação com uma qualidade
MÉDIA.
O IET calculado, considerando a ponderação para o fósforo e a clorofila ‘a’, foi de 54,22 classificando o
corpo d’água na condição de MESOTRÓFICO.
POT 7 – em frente ao Iate Clube
A estação de monitoramento, POT 7, localizada em frente ao Iate Clube, no aspecto visual, não foram
observadas irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis.
As amostras foram coletadas no dia 11/03//2010 aproximadamente as 8:11h, com as seguintes medições:
temperatura (28,71 ºC); pH 8,11, dentro dos valores de enquadramento para águas salinas, classe 1(6,5 a
8,5). Turbidez foi de 4,03 UNT e a salinidade medida 33,35 ‰.
A concentração de OG foi baixa, com apenas 3,0 mg/L. O valor para sólidos totais foi 13.152,00 mg/L e
para oxigênio dissolvido foi aproximadamente 5,93 mg/L, que se encontra um pouco abaixo do valor de
referência para águas salinas classe 1, que é acima de 6,0 mg/L. A DBO calculada foi 7,20 mg/L e a
concentração de COT foi < 0,50 mg/L, portanto, abaixo do VLP (3,0 mg/L) para a referida classe de
águas.
O valor para fósforo total (< 0,0013 mg/L) e nitrogênio amoniacal (< 0,03 mg/L) se encontram abaixo
dos VLP’s para a já citada classe de águas. O nitrogênio total foi 1,84 mg/L e a concentração de
clorofila ‘a’ 55,86 µg/L.
Os metais analisados atendem aos VLP da Resolução 357/2005 CONAMA. Nas amostras de sedimento
de fundo, os resultados se enquadraram abaixo dos limites estabelecido na Resolução CONAMA
344/2004.
88
O valor para coliformes termotolerantes (130 NMP/100mL) se encontra dentro dos padrões
estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000 NMP/100mL). Não foi identificado nenhum táxon de
cianobactéria na amostra deste ponto no primeiro trimestre, no segundo (fevereiro/2009) foi
quantificado 784 células/mL, no terceiro (junho/2009) 5.796 células/mL, no quarto (outubro/2009) 752
células/mL e no quinto trimestre (fevereiro/2010) 41.040 células/mL.
O IQA e o IQAc calculados foram de (66) e, portanto, classifica este ponto como de MÉDIA qualidade,
a mesma apresentada na campanha anterior. O IT foi igual a um (1).
O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 53,45 classificando o
corpo d’água na condição de MESOTRÓFICO.
POT 8 – vão central da ponte Nilton Navarro
A estação de monitoramento POT 8 está localizada no vão central da ponte Nilton Navarro. Os
parâmetros não mensuráveis estavam em conformidade com a resolução. A coleta foi efetuada no dia
11/03/2010 aproximadamente as 8:30 h. Como esperado a temperatura da amostra medida (28,52 °C) se
equivale a temperatura ambiente e a salinidade medida foi 34,42 ‰.
O pH da amostra (8,33) situa-se dentro dos valores de enquadramento para águas salinas classe 1 (6,5 a
8,5). A turbidez apresentou valor de 3,04 UNT. Como esperado para esta bacia, o teor medido de OG
(2,0 mg/L) foi baixo (OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o padrão aceitável é que
a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente
ausente).
O limite mínino estabelecido de OD para as águas salinas de classe 1 é de 6,0 mg/L, a concentração de
oxigênio dissolvido medido (6,26 mg/L) se enquadra nos limites de referência. A DBO calculada foi de
6,60 mg/L e a concentração de COT foi < 0,50 mg/L e, portanto abaixo da faixa de referência para a já
citada classe de águas (≤ 3,0 mg/L).
Como nos pontos anteriores desse trecho da bacia, a concentração de fósforo total (< 0,0013 mg/L) e de
nitrogênio amoniacal (< 0,033 mg/L) encontram-se abaixo dos VLP’s máximo que é 0,062 e 0,40 mg/L,
respectivamente. O valor para nitrogênio total foi de 1,98 mg/L. A concentração de clorofila ‘a’ foi de
67,41 µg/L, alta como os pontos anteriores, porém não se tem referência para essa classe de águas.
Os metais analisados atendem aos VLP da Resolução 357/2005 CONAMA. Nas amostras de sedimento
de fundo, os resultados se enquadraram abaixo dos limites estabelecido na Resolução CONAMA
344/2004. O valor para coliformes termotolerantes (540,00 NMP/100mL) se encontra dentro dos
padrões estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000 NMP/100mL). Este ponto não foi selecionado
para monitoramento da densidade de cianobactérias, conforme reunião no dia 11/05/2009.
O IQA calculado (63) corresponde a uma qualidade MÉDIA, da mesma forma o IQAc (63) em virtude
do IT ter assumido o valor máximo 1, sem alteração da qualidade.
O IET calculado, considerando a ponderação para o fósforo e a clorofila ‘a’, foi de 54,26 classificando o
corpo d’água na condição de MESOTRÓFICO.
89
SÍNTESE GRÁFICA DOS RESULTADOS DA BACIA HIDROGRÁFICA POTENGI
Nas figuras 4.42 a 4.47 apresentam-se os gráficos dos principais parâmetros e índices de controle da
Bacia Hidrográfica do Potengi.
Oxigênio Dissolvido - nov/2008
Oxigênio Dissolvido - fev/2009
Oxigênio Dissolvido - jun/2009
Oxigênio Dissolvido - out/2009
Oxigênio Dissolvido - fev/2010
Demanda Bioquímica de Oxigênio - nov/2008
Demanda Bioquímica de Oxigênio - fev/2009
Demanda Bioquímica de Oxigênio - jun/2009
Demanda Bioquímica de Oxigênio - out/2009
Demanda Bioquímica de Oxigênio - fev/2010
12
OD e DBO (mg/L)
10
Padrão da Resolução
CONAMA 357/2005
OD > = 6 mg/L
Água Salina, classe 1
8
OD > = 5 mg//L
Água Salobra, classe 1 e
Água Doce, classe 2
6
DBO < = 5 mg/L
Água Doce, classe 2
4
Não há valor de referência para
DBO em água salobra e salina
2
0
POT 1
POT 2
POT 3
POT 4
POT 5
POT 6
POT 7
POT 8
Bacia do Potengi
Figura 4-42 - Variação espacial das concentrações de OD e DBO na Bacia Hidrográfica Potengi
90
Oxigênio Dissolvido - nov/2008
Oxigênio Dissolvido - fev/2009
Oxigênio Dissolvido - jun/2009
Oxigênio Dissolvido - out/2009
Oxigênio Dissolvido - fev/2010
Carbono Orgânico Total - nov/2008
Carbono Orgânico Total - fev/2009
Carbono Orgânico Total - jun/2009
Carbono Orgânico Total - out/2009
Carbono Orgânico Total - fev/2010
53
52
51
50
OD e COT (mg/L)
20
Padrão da Resolução
CONAMA 357/2005
OD > = 6 mg/L
Água Salina, classe 1
15
OD > = 5 mg//L
Água Salobra, classe 1 e
Água Doce, classe 2
10
COT < = 3 mg/L
Água Salobra e Salina, classe 1
5
Não há valor de referência
para COT em água doce
0
POT 1
POT 2
POT 3
POT 4
POT 5
POT 6
POT 7
POT 8
Bacia do Potengi
Figura 4-43 - Variação espacial das concentrações de OD e COT na Bacia Hidrográfica Potengi
Não houve coleta em nov/2008
Densidade de Cianobactérias - fev/2009
Densidade de Cianobactérias - jun/2009
Densidade de Cianobactérias - out/2009
Densidade de Cianobactérias - fev/2010
Padrão Res. CONAMA 357/2005
Água Doce Classe 2
50.000
42.718
46.976
38.400
41.040
8.424
10000
5.796
Padrão Portaria 518/2004 - MS
20.000
7.776
2.772
2.016
POT 1
POT 2
POT 3
920
784
544
300
752
384
120
Não se analisou
10
Não se analisou
100
Não se analisou
1000
Não se analisou
Densidade de Cianobactérias (Cel/mL)
100000
84
POT 4
POT 5
POT 6
POT 7
POT 8
Bacia do Potengi
Figura 4-44 - Variação espacial da densidade de cianobactérias na Bacia Hidrográfica Potengi
91
Coliformes Termotolerantes - nov/2008
Coliformes Termotolerantes - fev/2009
Coliformes Termotolerantes - jun/2009
Coliformes Termotolerantes - out/2009
Coliformes Termotolerantes - fev/2010
92.000
Coliformes Termotolerantes (NMP/100mL)
100000
22.000
16.000
9.200
10000
9.200
11.000
5.400
5.400
4.600
1.100
1.100
1000
240
100
130
49
23
10
540
160
130
33
Padrão da Resolução
CONAMA 357/2005
900
540
7
2
2
1
POT 1
POT 2
POT 3
POT 4
POT 5
POT 6
POT 7
POT 8
Bacia do Potengi
Figura 4-45 - Variação espacial da concentração de coliformes termotolerantes na Bacia Hidrográfica
Potengi
Índice de Estado Trófico - nov/2008
Índice de Estado Trófico - fev/2009
Índice de Estado Trófico - jun/2009
Índice de Estado Trófico - out/2009
Índice de Estado Trófico - fev/2010
80
74,45
> = 67 - Hipereutrófico
70
65,43
58,40 60,00
60
56,89
50
49,53
IET
47,02
64,56
61,73
61,63 58,72 60,84 60,02
59,99 58,02
57,34
56,75
55,50
56,28
53,45 54,26
54,22
54,30
51,71
48,93 52,86
49,36
43,01
40
42,86
44,28
37,01
30
28,11
20
15,08
10
0
POT 1
POT 2
POT 3
POT 4
POT 5
POT 6
POT 7
POT 8
Bacia do Potengi
Figura 4-46 - Variação espacial do IET na Bacia Hidrográfica Potengi
63 - 67 - Supereutrófico
59 - 63 - Eutrófico
52 - 59 - Mesotrófico
47 - 52 - Oligotrófico
< = 47 - Ultraoligotrófico
92
Índice de Qualidade de Água - nov/2008
Índice de Qualidade de Água combinado - nov/2008
Índice de Qualidade de Água - fev/2009
Índice de Qualidade de Água combinado - fev/2009
Índice de Qualidade de Água - jun/2009
Índice de Qualidade de Água combinado - jun/2009
Índice de Qualidade de Água - out/2009
Índice de Qualidade de Água combinado - out/2009
Índice de Qualidade de Água - fev/2010
Índice de Qualidade de Água combinado - fev/2010
100
90 - 100 Excelente
IQA e IQAc (mg/L)
80
75
61
57
55
47
65
62
58
66
64
63
55
63
54
52
68
67
58
54
66
63
56
50 - 70 Média
52
48
47
40
70 - 90 Boa
70
69
72
62
60
78
77
75
25 - 50 Ruim
39
20
0 - 25 Muito Ruim
0,00
0
POT 1
POT 2
POT 3
POT 4
0,00
0,00
0,00
0,00
POT 5
POT 6
POT 7
POT 8
Bacia do Potengi
Figura 4-47 - Variação espacial do IQA e IQAc na Bacia Hidrográfica Potengi
93
4.1.8. Bacia Hidrográfica Punaú
A bacia ocupa uma superfície de 447,9 km2, correspondendo a cerca de 0,8% do território estadual.
Nesta bacia não se registra a ocorrência de açudes de maior importância, cabendo destacar as bacias
Punaú e Catolé. Na
Figura 4-4848 apresenta-se o mapa esquemático desta bacia contendo os principais corpos d´água e
municípios.
Nesta bacia foi selecionado uma única estação de monitoramento: PUN 1 – Rio Punaú-ponte BR 101.
Na Tabela 4-12 apresentam-se os resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos, assim
como o IQA, IT, IQAc e IET médio, considerando-se fósforo e clorofila ‘a’.
Os resultados apresentados nesta bacia estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP
para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida:
0,04 ‰.
Fonte: IGARN (2009)
Figura 4-48 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica do Punaú
Tabela 4-12 - Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc das amostras
de águas superficiais da bacia Punaú.
PARÂMETROS PARA
DETERMINAR O IQA
Temperatura da amostra (0C)
pH
Altitude (m)
OD (mg/L)
DBO (mg/L)
Coliformes Termotolerantes
(NMP/100 mL)
Nitrogênio Total (mg/L)
Fósforo Total (mg/L)
Sólidos Totais (mg/L)
Turbidez (UNT)
Índice (IQA)
Qualidade
PUN 11
VLP*
29,15
6,05
4,00
5,22
7,05
6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3
;≥ 5,01,2 ; ≥ 6,0 ,3
≤ 5,0 1
3.500,00
< 1.000 1,2,3
1,03
0,017
92,00
1,30
58,93
Média
≤ (0,03+, 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 2; ≤ 0,062;
≤ 1001
-
PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT
Cobre dissolvido (mg/L)
Chumbo Total (mg/L)
Cromo Total (mg/L)
Cádmio Total (mg/L)
Zinco Total (mg/L)
Níquel Total (mg/L)
Mercúrio Total (mg/L)
Índice (IT)
IQAc
Qualidade
Índice do Estado Trófico (IET)
Categoria
COT (mg/L)
Teor de Óleos e Graxas (mg/L)
Clorofila ‘a’ (µg/L)
Salinidade (g/Kg)
0,0039
0,0066
< 0,0011
< 0,0019
0,0940
< 0,0007
< 0,0002
1
58,93
Média
57,78
Mesotrófico
3,90
2,00
6,97
0,04
Nitrogênio Amoniacal (mg/L)
0,024
≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3
≤ 0,01 1, 2,3
≤ 0,05 1, 2,,3
≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2,
≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3
≤ 0,025 1, 2,3
≤ 0,0002 1, 2,3
≤ 3,02,3
Virtualmente ausentes
≤ 301
1
0,5‰ ; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3
(3,7 p/ pH =7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH =8 - 1 p/
8<pH=8,5 e 0,5 p/ pH > 8,5)1; 0,40 2,3
*
VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA
N° 357/20051 . 1Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas. + ambientes lênticos, ++ ambientes Intermediários e +++ ambientes Lóticos.
PUN 1 - Rio Punaú.
PUN 1 – Rio Punaú – ponte BR 101
O ponto denominado como PUN 1 é referente ao Rio Punaú e está situado próximo a uma ponte
localizada na BR 101, no município de Rio do Fogo. No aspecto visual não foram observadas
desconformidades quanto aos parâmetros não mensuráveis.
95
As amostras foram coletadas no dia 23/02/2010, pela manhã, aproximadamente as 08:40 h, com as
seguintes medições: temperatura (29,15 ºC); pH 6,05 situando-se dentro do enquadramento para águas
doces, classe 2 (6,0-9,0) e turbidez de 1,30 UNT, bem inferior ao VLP (≤ 100).
A concentração medida de OG foi baixa 2,0 mg/L (OG não é um parâmetro mensurável na resolução
citada, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum
resíduo, ou seja, virtualmente ausente). O valor obtido para sólidos totais (92 mg/L) foi inferior ao VLP
para STD (≤ 500 mg/L). Este valor pode ser considerado aceitável para consumo humano pela Portaria
518-MS (≤ 1.000 mg/L STD).
O valor obtido para OD (5,22 mg/L) atende ao VLP estabelecido para as águas doces de classe 2 que é
acima de 5 mg/L. Por outro lado, a DBO medida foi 7,05 mg/L e se enquadra acima do VLP para a
referida classe de águas que é de até 5 mg/L. O valor obtido para COT foi 3,90 mg/L e o padrão de COT
para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.
O fósforo total medido foi 0,017 mg/L e inferior ao VLP para ambientes lóticos (≤ 0,1 mg/L). A
concentração de nitrogênio total foi 1,03 mg/L (mas não se dispõe de VLP para o NT). O nitrogênio
amoniacal apresentou-se com concentração baixa (0,024 mg/L) e inferior ao VLP que é de 3,7 mg/L
para pH ≤ 7,5. A concentração de clorofila ‘a’ também foi baixa (6,97 µg/L) e inferior ao VLP (30
µg/L).
Os metais analisados estão em conformidade com os padrões da legislação para as águas doces de classe
2; como conseqüência o IT assume valor 1, reafirmando a boa condição do manancial. O número de
coliformes termotolerantes foi expressivo (3.500 NMP/100 mL), superando o padrão de balneabilidade
(<1.000 NMP/100 mL). Este ponto não foi selecionado para monitoramento de densidade de
cianobactérias.
O IQA e o IQAc calculados foram de (58) e, portanto, corresponde a condição de qualidade MÉDIA. O
IT foi igual a 1 (um).
O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 57,78 que corresponde
a um corpo d’ água no estado MESOTRÓFICO.
SÍNTESE GRÁFICA DOS RESULTADOS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO PUNAÚ
Nas figuras 4.49 a 4.53 apresentam-se os gráficos dos principais parâmetros e índices de controle da
Bacia Hidrográfica do Punaú.
96
Oxigênio Dissolvido
Demanda Bioquímica de Oxigênio
8
7,05
OD e DBO (mg/L)
6
OD > = 5 mg/L
5,22
4,69
4,50
Padrão CONAMA 357/2005
Água Doce - Classe 2
4
DBO < = 5 mg/L
3,93
3,74
2
0
Nov/2008
Jun/2009
Fev/2010
Bacia do Punau
Figura 4-49 – Concentrações de OD e DBO na Bacia Hidrográfica do Punaú
Oxigênio Dissolvido
Carbono Orgânico Total
8
Padrão da Resolução
CONAMA 357/2005
7,99
OD > = 6 mg/L
Água Salina, classe 1
OD e COT (mg/L)
6
5,22
4
OD > = 5 mg//L
Água Salobra, classe 1 e
Água Doce, classe 2
3,96
3,93
3,74
3,90
2
COT < = 3 mg/L
Água Salobra e Salina, classe 1
Não há valor de referência
para COT em água doce
0
Nov/2008
Jun/2009
Fev/2010
Bacia do Punau
Figura 4-50 – Concentrações de OD e COT na Bacia Hidrográfica do Punaú
97
Coliformes Termotolerantes (NMP/100mL)
Coliformes Termotolerantes
3.500,00
Padrão da Resolução 357/2005
CONAMA para Água Doce classe 2
1000
100
10,00
10
11,00
1
Nov/2008
Jun/2009
Fev/2010
Bacia do Punau
Figura 4-51 – Concentração de coliformes termotolerantes na Bacia Hidrográfica do Punaú
Índice de Qualidade de Água
Índice de Qualidade de Água combinado
100
90 - 100 Excelente
IQA e IQAc (mg/L)
80
IQA = IQAc
72,84
70 - 90 Boa
66,73
IQA = IQAc
60
58,93
IQA = IQAc
50 - 70 Média
40
25 - 50 Ruim
20
0 - 25 Muito Ruim
0
Nov/2008
Jun/2009
Fev/2010
Bacia do Punau
Figura 4-52 – Variação espacial do IQA e IQAc na Bacia Hidrográfica do Punaú
98
Índice de Estado Trófico
> = 67 - Hipereutrófico
63 - 67 - Supereutrófico
59 - 63 - Eutrófico
60
57,58
IET
52 - 59 - Mesotrófico
50
49,51
47 - 52 - Oligotrófico
42,63
< = 47 - Ultraoligotrófico
40
30
Nov/2008
Jun/2009
Fev/2010
Bacia do Punau
Figura 4-53 –Variação espacial do IET na Bacia Bacia Hidrográfica do Punaú
99
4.1.9. Bacia Hidrográfica do Rio Doce
A bacia hidrográfica do Rio Doce ocupa uma superfície de 387,8 km2, correspondendo a cerca de 0,7 ‰
do território estadual. Nesta bacia não se destaca a ocorrência de açudes de maior importância, porém
quatro pontos foram selecionados como relevantes para o monitoramento ambiental do estado,são eles:
DOC 1- Ponte na BR 406- Ceará Mirim, DOC 2 - Jusante do aterro sanitário de Massaranduba em São
Gonçalo do Amarante, DOC 3 - Lagoa de Extremoz e DOC 4 - Gramorezinho em Natal. Na Figura 4-54
apresenta-se o mapa esquemático desta bacia contendo os principais corpos d´água e os pontos
selecionados para monitoramento. Para esta bacia apenas um ponto foi selecionado para análise
trimestral da densidade de cianobactérias (DOC 3 - Lagoa de Extremoz).
Na Tabela 4-13 apresentam-se os resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos, assim
como o IQA, IT, IQAc e IET médio, considerando-se fósforo e clorofila ‘a’.
Fonte: IGARN (2009)
Figura 4-54 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica do Rio Doce
Tabela 4-13 - Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc das amostras
de água superficiais da Bacia Hidrográfica do Rio Doce.
PARÂMETROS PARA
DETERMINAR O IQA
Temperatura da amostra
(0C)
pH
Altitude (m)
OD (mg/L)
DBO (mg/L)
Coliformes
Termotolerantes
(NMP/100 mL)
Nitrogênio Total (mg/L)
DOC 12
DOC 21
DOC 31
DOC 41
31,15
30,78
29,33
28,57
-
6,68
24,00
4,32
6,75
6,35
26,00
4,79
7,35
7,34
5,00
5,95
8,10
5,82
64,00
2,82
8,40
6,0 a 9,0 ; 6,5 a 8,52,3
;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3
≤ 5,0 1
16.000,00
9.200,00
49,00
46,00
< 1.000 1,2,3
1,13
1,59
1,50
4,65
Média
Boa
Média
-
27,25
50,04
40,08
-
Fósforo Total (mg/L)
0,014
Sólidos Totais (mg/L)
Turbidez (UNT)
Índice (IQA)
Qualidade
616,00
2,07
49,61
Ruim
Cobre dissolvido (mg/L)
Chumbo Total (mg/L)
Cromo Total (mg/L)
Cádmio Total (mg/L)
Zinco Total (mg/L)
Níquel Total (mg/L)
Mercúrio Total (mg/L)
Índice (IT)
IQAc
0,0037
0,0071
< 0,0011
< 0,0019
0,1042
0,0034
< 0,0002
0
0,00
Muito
Ruim
Qualidade
VLP*
1
≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1;
< 0,0005
0,016
0,022
≤0,124 2; ≤ 0,0623;
202,00
172,00
180,00
2,69
2,03
1,89
≤ 1001
55,14
74,79
55,91
Média
Boa
Média
PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT
< 0,0005
0,0043
< 0,005
≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3
< 0,0007
0,0056
0,0054
≤ 0,01 1, 2,3
< 0,0011
< 0,0011
< 0,0011
≤ 0,05 1, 2,,3
< 0,0019
< 0,0019
< 0,0019
≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2,
0,0954
0,1232
0,0775
≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3
< 0,0007
< 0,0007
< 0,0007
≤ 0,025 1, 2,3
< 0,0002
< 0,0002
< 0,0002
≤ 0,0002 1, 2,3
1
1
1
55,14
74,79
55,91
Índice do Estado
Trófico (IET)
47,07
Categoria
Oligotrófico
Cianobactérias (cél/mL)
COT (mg/L)
Teor de Óleos e Graxas
(mg/L)
Clorofila ‘a’ (µg/L)
< 0,50
Ultraoligotró
fico
10,30
2,00
1,00
6.860
13,80
Ultraoligotró
fico
4,40
50.0001
≤ 3,02,3
2,00
1,00
Virtualmente ausentes
Oligotrófico
-
≤ 301
0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥
Salinidade (‰)
0,57
0,29
0,16
0,12
30 ‰3
(3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/
Nitrogênio Amoniacal
7,5 < pH ≤ 8 - 1 p/ 8 < pH
0,045
0,038
0,092
0,043
(mg/L)
≤ 8,5 e 0,5 p/ pH > 8,5)1;
0,40 2,3
*
VLP–Valores Limites Permitidos para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1,
segundo Resolução CONAMA N° 357/2005 .
1
Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas.
+
ambientes lênticos ++ ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos.
DOC01– Ponte na BR 406- Ceará Mirim; DOC02– Jusante do aterro sanitário de Massaranduba em São Gonçalo do Amarante;
DOC03 Lagoa de Extremoz e DOC04 -Gramorezinho em Natal.
0,66
0,05
1,21
0,10
Os resultados apresentados nesta bacia estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP
para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Todos os pontos
apresentam salinidade inferior a 0,5 ‰ e portanto são considerados como águas doces.
DOC 1 – Ponte na BR 406 – Ceará-Mirim
O ponto DOC 1 está situado sob a ponte na BR 406, na cidade de Ceará-Mirim. No aspecto visual não
foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis, com exceção de vegetação
flutuante presente.
As amostras foram coletadas aproximadamente as 15:40 h, no dia 23/02/2010, com as seguintes
medições: temperatura (31,15 ºC); pH (6,68) dentro dos valores de enquadramento para águas salobra,
classe 1 (6,5 a 8,5) e turbidez (2,07 UNT). A salinidade medida foi 0,57 ‰.
A concentração medida de OG foi baixa 2,0 mg/L (OG não é um parâmetro mensurável na resolução
citada, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum
resíduo, ou seja, virtualmente ausente). O valor obtido de ST foi 616 mg/L e um pouco acima do VLP
para STD (≤ 500 mg/L), porém este valor pode ser considerado aceitável para consumo humano pela
Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L STD).
O valor obtido para OD (4,32 mg/L) está abaixo do VLP mínimo estabelecido para as águas salobras de
classe 1 que é acima de 5 mg/L. A DBO medida foi de 6,75 mg/L, repetindo a faixa de valores
encontrada nas campanhas anteriores (7,20 e 9,91 mg/L). O valor obtido para COT foi < 0,50 mg/L,
portanto abaixo do VLP de referência (≤ 3,0 mg/L).
O fósforo total medido foi 0,014 mg/L e inferior ao VLP (≤ 0,124 mg/L), o nitrogênio total e amoniacal
foram baixos com concentrações de 1,13 mg/L e 0,045 mg/L respectivamente. A concentração de
clorofila ‘a’ também foi baixa (0,66 µg/L), se situando abaixo do VLP (30µg/L).
Assim como na coleta anterior, as concentrações de metais estão dentro do limite permitido pela
legislação ambiental, com exceção do zinco total que apresentou valor de 0,1042 mg/L e o VLP é de
0,09 mg/L na Resolução 357/2005 CONAMA. A quantidade de coliformes termotolerantes foi
expressiva (16.000 NMP/100 mL), superando o padrão de balneabilidade (<1.000 NMP/100mL). Este
ponto não foi selecionado para monitoramento de densidade de cianobactérias.
O cálculo para determinação do IQA (49) enquadra este ponto na condição de qualidade RUIM, mesma
classificação da campanha anterior. O IT foi igual a um (0), devido o valor para o zinco ter sido acima
do permitido pela legislação. O IQAc classifica esta estação em uma qualidade MUITO RUIM.
O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 47,07 o que
corresponde a um corpo d’ água no estado OLIGOTRÓFICO.
102
DOC 2 – Jusante do aterro sanitário de Massaranduba em São Gonçalo do Amarante
O DOC 2 está localizado a jusante do aterro sanitário de Massaranduba, no município de São Gonçalo
do Amarante. A coleta foi efetuada ao final do dia 23/02/2010, as 16:10h. No aspecto visual não foram
observadas desconformidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A salinidade medida foi de 0,29
‰.
A temperatura da amostra foi de 30,78 ºC. O pH foi de 6,35 e portanto, próximo a neutralidade e na
faixa esperada para águas doces, classe 2. A turbidez, como na campanha de coleta anterior (3,88 UNT),
foi baixa 2,69 UNT e muito inferior ao VLP (≤ 100 UNT).
O valor obtido para o óleos e graxas foi baixo com apenas 1,0 mg/L. A concentração de sólidos totais na
amostra obteve 202 mg/L e, portanto, inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L). O valor obtido pode ser
considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L STD).
Como nas campanhas anteriores (1,65 e 1,84 mg/L), a concentração de OD (4,79 mg/L), se encontra
ainda um pouco abaixo do VLP (≥ 5 mg/L). A DBO medida (7,35 mg/L) situa-se acima do aceitável
para águas doces de classe 2, que é de até 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução
CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT. O valor obtido para este parâmetro foi de
10,30 mg/L, abaixo do valor encontrado na campanha de junho/09 (21,26 mg/L).
Quanto às concentrações medidas de nutrientes tem-se: fósforo total (<0,0005 mg/L); nitrogênio total
(1,59 mg/L) e amoniacal (0,038mg/L) com baixas concentrações. Não se dispõe de VLP para o NT, no
entanto o nitrogênio amoniacal foi inferior ao VLP que é de 3,7 mg/L para pH ≤ 7,5. A concentração de
clorofila ‘a’ também foi baixa (0,05 µg/L) e inferior ao VLP (30 µg/L).
Todos os metais analisados atendem aos VLP da Resolução 357/2005 CONAMA para as águas doces de
classe 2; como conseqüência o IT assume valor 1, reafirmando a boa condição do manancial. O valor
para coliformes termotolerantes (9.200 NMP/100mL) se encontra acima dos padrões estabelecidos pelo
CONAMA 357/2005 (< 1.000 NMP/100mL) e da campanha de coletas anterior (170,00 NMP/100mL).
Este ponto não foi selecionado para monitoramento de densidade de cianobactérias.
O IQA e o IQAc calculados se equivalem com índice de 55 e portanto, correspondem a condição de
qualidade MÉDIA. O IT foi igual a 1 (um), sem prejuízos para classificação dos índices IQA e IQAc.
O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 27,25 que corresponde
a um corpo d’ água no estado ULTRAOLIGOTRÓFICO.
DOC 3 – Lagoa de Extremoz
O DOC 3 refere-se ao ponto localizado na Lagoa de Extremoz, na estação de captação da CAERN. Com
relação aos parâmetros não mensuráveis, foi verificada a presença de vegetação flutuante próximo ao
ponto de coleta.
As amostras foram coletadas pela manhã, aproximadamente as 6:33 h, no dia 23/02/2010, com as
seguintes medições: temperatura de 29,33 ºC; pH de 7,34 dentro dos valores de enquadramento para
103
águas doces, classe 2 e turbidez de 2,03 UNT, bem inferior ao VLP (≤ 100). A salinidade medida foi de
0,16 ‰.
A concentração de óleos e graxas foi pouco expressiva, em torno de 2,0 mg/L. O valor obtido para
sólidos totais (172 mg/L) foi inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L) e este valor pode ser considerado
aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L STD).
A concentração obtida de oxigênio dissolvido (5,95 mg/L) foi um pouco acima do VLP mínimo de
referência para as águas doces de classe 2 (≥ 5 mg/L). O valor obtido para DBO (8,10 mg/L) está acima
do VLP para águas doces de classe 2 que é ≤ 5 mg/L. O valor obtido para COT foi 13,80 mg/L, um
pouco acima dos resultados obtidos nas coletas anteriores (8,67 e 8,48 mg/L), porém para a referida
classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para este
parâmetro.
As concentrações medidas de fósforo e nitrogênio atendem ao VLP de referência. O fósforo total foi
(0,016 mg/L) e portanto inferior ao VLP para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). O nitrogênio total foi de
1,5 mg/L (o NT não é considerado para classificação das águas). O nitrogênio amoniacal foi 0,092 mg/L
e inferior ao VLP que é 3,7 mg/L para pH ≤ 7,5. A concentração de clorofila ‘a’ também foi baixa (1,21
µg/L) e inferior ao VLP (30 µg/L).
Os metais analisados estão em conformidade com os padrões da legislação para as águas doces de classe
2. O número de coliformes termotolerantes (49,00 NMP/100mL) se enquadra nos padrões da legislação
para águas doces classe 2. A Lagoa de Extremoz apresentou densidade de cianobactérias (6.860
células/mL) com valor muito próximo ao encontrado na campanha de coleta anterior (5.616 células/mL),
portanto dentro dos níveis normais estabelecidos pela legislação. No entanto, em fevereiro (75.225
células/mL) e junho/2009 (47.160 células/mL), a densidade excedeu o nível recomendado pela Portaria
518/2004-MS que é de 20.000 células/mL.
O IQA e o IQAc calculados foram de 74 e, portanto, correspondem a condição de BOA qualidade,
mantendo a mesma qualidade das campanhas de coleta anteriores. O IT foi igual a 1.
O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 50,04 que corresponde
a um corpo d’ água no estado OLIGOTRÓFICO.
DOC 4 – Gramorezinho em Natal
O ponto denominado como DOC 4 está situado em Gramorezinho, na estrada que dá acesso a praia de
Genipabu. O local de coleta fica localizado entre dois bares. Esta estação de monitoramento não
apresentou nenhuma desconformidade quanto aos parâmetros não mensuráveis.
As amostras foram coletadas no dia 23/02/2010, no início da manhã, aproximadamente as 5:57h.
Parâmetros medidos: temperatura (28,57 ºC); pH (5,82); turbidez (1,89 UNT) e salinidade (0,12 ‰),
todos dentro dos valores de enquadramento para águas doces, classe 2, com exceção do pH que está um
pouco abaixo do VLP (6,0 - 9,0).
104
Igualmente aos demais pontos monitorados nesta bacia, OG foi pouco expressiva, em torno de 1,0 mg/L.
ST também foi baixo (180 mg/L) e inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valor pode ser
considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L STD).
Verificou-se baixa concentração de OD (2,82 mg/L), portanto não atendendo ao VLP mínimo
estabelecido para as águas doces de classe 2 que é ≥ 5 mg/L. OD baixo pode ser conseqüência de um
processo de poluição orgânica do manancial. Também deve-se avaliar que a hora da coleta (início da
manhã) pode ter contribuído com esse resultado, as menores concentrações de OD justificam-se também
pela inexistência de radiação solar e menor taxa fotossintética do fitoplâncton. O valor obtido para DBO
(8,40 mg/L) confirma um possível processo de poluição. O VLP máximo de DBO para águas doces de
classe 2 é ≤ 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não
estabelece valor padrão para COT. O valor obtido para este parâmetro foi 4,40 mg/L.
O valor medido de fósforo total (0,022 mg/L) atende ao VLP para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). O
nitrogênio total foi 4,65 mg/L (o NT não é considerado para classificação das águas). O nitrogênio
amoniacal foi 0,043 mg/L e inferior ao VLP que é de 3,7 mg/L para pH ≤ 7,5. A concentração de
clorofila ‘a’ foi baixa (0,10 µg/L) e inferior ao VLP (30 µg/L).
Todos os metais analisados atendem aos VLP da Resolução 357/2005 CONAMA, como conseqüência o
IT assume valor 1, reafirmando a boa condição do manancial. Foi identificado quantidade de coliformes
termotolerantes (46,00 NMP/100 mL) abaixo da campanha anterior (920 NMP/100mL), se encontrando
esses valores dentro do permitido pela legislação ambiental (< 1.000 NMP/100mL). Este ponto não foi
selecionado para avaliação de densidade de cianobactérias.
O IQA e o IQAc calculados foram de 55 e, portanto, correspondem a condição de qualidade MÉDIA.
O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 40,08 que corresponde
a um corpo d’ água no estado ULTRAOLIGOTRÓFICO.
SÍNTESE GRÁFICA DOS RESULTADOS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOCE
Nas figuras 4-55 a 4-60 apresentam-se os gráficos dos principais parâmetros e índices de controle da
Bacia Hidrográfica do Rio Doce.
105
Oxigênio Dissolvido - nov/2008
Oxigênio Dissolvido - jun/2009
Oxigênio Dissolvido - fev/2010
Demanda Bioquímica de Oxigênio - nov/2008
Demanda Bioquímica de Oxigênio - jun/2009
Demanda Bioquímica de Oxigênio - fev/2010
10
10,17
9,91
OD e DBO (mg/L)
8
7,20
8,10
8,40
5,95
6,26
7,35
6,75
6
OD > = 5 mg/L
6,00
5,59
4
2
4,32
2,75
2,66
4,80
4,06
4,79
Padrão Res. 357/2005
CONAMA
DBO < = 5 mg/L
3,00
2,82
2,77
1,84
1,35
1,65
1,05
0
DOC 1
DOC 2
DOC 3
DOC 4
Bacia do Rio Doce
Figura 4-55 - Variação espacial das concentrações de OD e DBO na Bacia Hidrográfica do Rio Doce
Oxigênio Dissolvido - nov/2008
Oxigênio Dissolvido - jun/2009
Oxigênio Dissolvido - fev/2010
Carbono Orgânico Total - nov/2008
Carbono Orgânico Total - jun/2009
Carbono Orgânico Total - fev/2010
21,26
21
18
OD e COT (mg/L)
15
12
13,80
Padrão da Resolução
CONAMA 357/2005
11,84
10,30
10,10
8,67
9
6,70
5,95
5,59
6
4,32
3
0
8,48
2,75
2,66
< 0,50
DOC 1
4,80
1,84
2,77
1,65
DOC 2
DOC 3
7,18
4,40
3,51
2,82
1,35
1,05
OD > = 6 mg/L
Água Salina, classe 1
OD > = 5 mg//L
Água Salobra, classe 1 e
Água Doce, classe 2
COT < = 3 mg/L
Água Salobra e Salina, classe 1
DOC 4
Bacia do Rio Doce
Figura 4-56 - Variação espacial da concentração OD e COT na Bacia Hidrográfica do Rio Doce
106
Coliformes Termotolerantes (NMP/100mL)
Coliformes Termotolerantes - nov/2008
Coliformes Termotolerantes - jun/2009
Coliformes Termotolerantes - fev/2010
16.000
10000
9.200
5.400
1000
350
920
Padrão da Resolução
CONAMA 357/2005
170
100
49
23
46
23
12
10
7
1
DOC 1
DOC 2
DOC 3
DOC 4
Bacia do Rio Doce
Figura 4-57 – Variação espacial da concentração de coliformes termotolerantes na Bacia Hidrográfica
do Rio Doce
Densidade de Cianobactérias - nov/2008
Densidade de Cianobactérias - fev/2009
Densidade de Cianobactérias - jun/2009
Densidade de Cianobactérias - out/2009
Densidade de Cianobactérias - fev/2010
100000
Padrão Res. CONAMA 357/2005
Água Doce Classe 2
50.000
47.160
Padrão Portaria 518/2004 - MS
20.000
10000
6.860
100
Não se analisou
1000
DOC 1
DOC 2
912
DOC 3
Não se analisou
5.616
Não se analisou
Densidade de Cianobactérias (Cel/mL)
75.225
DOC 4
Bacia do Rio Doce
Figura 4-58 – Variação espacial da densidade de cianobactérias na Bacia Hidrográfica do Rio Doce
107
Índice de Qualidade de Água - nov/2008
Índice de Qualidade de Água combinado - nov/2008
Índice de Qualidade de Água - jun/2009
Índice de Qualidade de Água combinado - jun/2009
Índice de Qualidade de Água - fev/2010
Índice de Qualidade de Água combinado - fev/2010
100
90 - 100 Excelente
80
70 - 90 Boa
74,79
IQA e IQAc (mg/L)
71,62
70,16
69,29
69,17
60
55,14
40
49,61
46,16
66,77
50 - 70 Média
55,91
44,28
48,22
25 - 50 Ruim
20
0 - 25 Muito Ruim
0
DOC 1
DOC 2
DOC 3
DOC 4
Bacia do Rio Doce
Figura 4-59 - Variação espacial do IQA e IQAc na Bacia Hidrográfica do Rio Doce
Índice de Estado Trófico - nov/2008
Índice de Estado Trófico - jun/2009
Índice de Estado Trófico - fev/2010
70
> = 67 - Hipereutrófico
63 - 67 - Supereutrófico
59 - 63 - Eutrófico
60
52 - 59 - Mesotrófico
IET
50
50,12
50,04
47,07
42,16
40
42,98
47 - 52 - Oligotrófico
48,30
43,25
40,08
< = 47 - Ultraoligotrófico
39,33
38,05
32,43
30
27,25
20
DOC 1
DOC 2
DOC 3
DOC 4
Bacia do Rio Doce
Figura 4-60 – Variação espacial do IET na Bacia Hidrográfica do Rio Doce
108
4.1.10. Faixa Litorânea Leste de Escoamento Difuso
Esta bacia ocupa uma superfície total de 649,4 km2, o que representa cerca de 1,2 ‰ do território
estadual, sendo constituída por 8 (oito) sub-bacias independentes. Nas sub-bacias não existem açudes
cadastrados. Na Figura 4-61 apresenta-se o mapa esquemático desta bacia contendo os principais corpos
d´água e municípios.
Nesta bacia foi selecionada apenas uma estação de amostragem FLL 1 - Lagoa do Bonfim. Na Tabela
4-14 apresentam-se os resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos, assim como o IQA,
IT, IQAc e IET médio, considerando-se fósforo e clorafila ‘a’.
Fonte: IGARN (2009)
Figura 4-61 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica Faixa Litorânea Leste de Escoamento Difuso
Os resultados apresentados nesta bacia estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP
para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida:
0,09 ‰.
109
Tabela 4-14 - Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc das amostras
de águas superficiais da bacia Faixa Litorânea Leste.
PARÂMETROS PARA
DETERMINAR O IQA
Temperatura da amostra (0C)
pH
Altitude (m)
OD (mg/L)
DBO (mg/L)
Coliformes Termotolerantes
(NMP/100 mL)
Nitrogênio Total (mg/L)
Fósforo Total (mg/L)
Sólidos Totais (mg/L)
Turbidez (UNT)
Índice (IQA)
Qualidade
FLL 11
VLP*
27,78
8,43
52,00
7,20
8,70
6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3
;≥ 5,01,2 ; ≥ 6,0 ,3
≤ 5,0 1
2,00
< 1.000 1,2,3
2,31
0,022
71,00
1,12
82,51
Boa
≤ (0,03+, 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 2; ≤ 0,062;
≤ 1001
-
PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT
Cobre dissolvido (mg/L)
Chumbo Total (mg/L)
Cromo Total (mg/L)
Cádmio Total (mg/L)
Zinco Total (mg/L)
Níquel Total (mg/L)
Mercúrio Total (mg/L)
Índice (IT)
IQAc
Qualidade
Índice do Estado Trófico (IET)
Categoria
Cianobactérias (cél/mL)
COT (mg/L)
Teor de Óleos e Graxas (mg/L)
Clorofila ‘a’ (µg/L)
Salinidade (g/Kg)
0,0044
0,0049
< 0,0011
< 0,0019
0,0616
< 0,0007
< 0,0002
1
82,51
Boa
55,19
Mesotrófico
288
5,30
0,00
1,71
0,09
Nitrogênio Amoniacal (mg/L)
0,007
≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3
≤ 0,01 1, 2,3
≤ 0,05 1, 2,,3
≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2,
≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3
≤ 0,025 1, 2,3
≤ 0,0002 1, 2,3
50.0001
≤ 3,02,3
Virtualmente ausentes
≤ 301
1
0,5‰ ; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3
(3,7 p/ pH =7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH =8 - 1 p/
8<pH=8,5 e 0,5 p/ pH > 8,5)1; 0,40 2,3
*
VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA
N° 357/20051 . 1Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas. + ambientes lênticos, ++ ambientes Intermediários e +++ ambientes Lóticos.
FLL 1 - Lagoa do Bonfim.
FLL 1 – Lagoa do Bonfim
O ponto FLL 1 refere-se a estação de monitoramento situada na Lagoa do Bonfim jntuo a captação de
água da CAERN. No momento da coleta, não foram observados desconformidades quanto aos
parâmetros não mensuráveis.
110
As amostras foram coletadas aproximadamente as 12:22 h, do dia 02/03/2010, com as seguintes
medições: temperatura (27,78 ºC); pH 8,43 e portanto dentro dos valores de enquadramento para águas
doces, classe 2 (6-9) e turbidez (1,12 UNT), valor inferior ao VLP (≤ 100 UNT).
Na amostra não se detectou concentração para óleos e graxas. O valor obtido para STD (71mg/L) foi
baixo e inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L). Este valor pode ser considerado aceitável para
consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L STD).
A concentração obtida para OD foi satisfatória (7,20 mg/L), este valor se enquadra ao VLP que é ≥ 5
mg/L. Por outro lado, a DBO medida (8,70 mg/L) está acima do limite permitido pela legislação, que é
de até 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não
estabelece valor padrão para COT. O valor obtido para este parâmetro foi 5,30 mg/L. O padrão de COT
para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.
O fósforo total medido foi 0,022 mg/L e inferior ao VLP para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). Apesar
de não se dispor de um VLP de referência para o NT, o valor obtido deste parâmetro foi 2,31 mg/L e
para o nitrogênio amoniacal foi 0,007 mg/L. A concentração de clorofila ‘a’ foi baixa (1,71 µg/L), bem
inferior ao VLP (30 µg/L).
Os metais analisados estão em conformidade com os padrões da legislação para as águas doces de classe
2; como conseqüência o IT assume valor 1, reafirmando a boa condição do manancial. O valor para
coliformes termotolerantes foi pouco expressivo (2,00 NMP/100mL) diferente da campanha anterior
(5.400 NMP/100mL). Esta estação de monitoramento não vem apresentando densidade de
cianobactérias elevada, nesta campanha de coletas o valor foi 288 células/mL, portanto, sendo inferior
aos limites padrões da Resolução 357/2005 do CONAMA para a classe de águas doces que é 50.000
cél/mL e da Portaria 518/2004-MS que é de 20.000 células/mL.
O IQA e o IQAc calculados foram de 82 e, portanto, correspondem a condição de qualidade BOA. O IT
foi igual a 1 (um).
O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 55,19 que corresponde
a um corpo d’ água no estado MESOTRÓFICO.
SÍNTESE GRÁFICA DOS RESULTADOS DA BACIA FAIXA LITORÂNEA LESTE DE
ESCOAMENTO DIFUSO
Nas figuras 4-62 a 4-67 apresentam-se os gráficos dos principais parâmetros e índices de controle da
Bacia Hidrográfica da Faixa Litorânea Leste de Escoamento Difuso.
111
Oxigênio Dissolvido
Demanda Bioquímica de Oxigênio
8,70
8,36
8
7,71
OD e DBO (mg/L)
7,20
6
OD > = 5 mg/L
Padrão CONAMA 357/2005
Água Doce - Classe 2
4,35
DBO < = 5 mg/L
4
2,70
2
0
Nov/2008
Jun/2009
Fev/2010
Bacia Faixa Litorânea Leste
Figura 4-62 - Variação espacial das concentrações de OD e DBO na Bacia Hidrográfica da Faixa
Litorânea Leste de Escoamento Difuso
Oxigênio Dissolvido
Carbono Orgânico Total
8
7,71
7,20
Padrão da Resolução
CONAMA 357/2005
OD > = 6 mg/L
Água Salina, classe 1
OD e COT (mg/L)
6
5,30
4,35
OD > = 5 mg//L
Água Salobra, classe 1 e
Água Doce, classe 2
4
COT < = 3 mg/L
Água Salobra e Salina, classe 1
3,13
2,87
Não há valor de referência
para COT em água doce
2
0
Nov/2008
Jun/2009
Fev/2010
Bacia Faixa Litorânea Leste
Figura 4-63 - Variação espacial das concentrações de OD e DBO na Bacia Hidrográfica da Faixa
Litorânea Leste de Escoamento Difuso
112
Coliformes Termotolerantes (NMP/100mL)
Coliformes Termotolerantes
5.400,00
5000
4000
3000
2000
Padrão da Resolução 357/2005
CONAMA para Água Doce classe 2
1000
0
Nov/2008
Jun/2009
Fev/2010
Bacia Faixa Litorânea Leste
Figura 4-64 –Variação espacial da concentração de coliformes termotolerantes na Bacia Hidrográfica da
Faixa Litorânea Leste de Escoamento Difuso
Densidade de Cianobactérias
Padrão Res. 357/2005 - CONAMA
Água Doce Classe 2
50.000
Densidade de Cianobactérias (Cel/mL)
100000
10000
Padrão da Portaria 518/2004 MS
20.000
8.592
7.448
5.756
1000
208
288
100
10
Nov/2008
Fev/2009
Jun/2009
Out/2009
Fev/2010
Bacia Faixa Litorânea Leste
Figura 4-65 –Variação espacial da densidade de cianobactérias na Bacia Hidrográfica da Faixa Litorânea
Leste de Escoamento Difuso
113
Índice de Qualidade da Água
Índice de Qualidade da Água combinado
100
90 - 100 Excelente
IQA e IQAc (mg/L)
80
IQA = IQAc
79,23
IQA = IQAc
74,09
60
70 - 90 Boa
50 - 70 Média
62,36
IQA = IQAc
40
25 - 50 Ruim
20
0 - 25 Muito Ruim
0
Nov/2008
Jun/2009
Fev/2010
Bacia Faixa Litorânea Leste
Figura 4-66 – Variação espacial espacial do IQA e IQAc na Bacia Hidrográfica FLLED
Índice de Estado Trófico
> = 67 - Hipereutrófico
63 - 67 - Supereutrófico
60
59 - 63 - Eutrófico
56,50
IET
55,19
52 - 59 - Mesotrófico
50
47 - 52 - Oligotrófico
40
< = 47 - Ultraoligotrófico
30
20
15,55
10
0
Nov/2008
Jun/2009
Fev/2010
Bacia Faixa Litorânea Leste
Figura 4-67 – Variação espacial do IET na Bacia Hidrográfica da Faixa Litorânea Leste de Escoamento
Difuso
114
4.1.11. Bacia Hidrográfica do Trairi
A bacia hidrográfica do Trairi ocupa uma superfície de 2.867,4 km2, correspondendo a cerca de 5,4% do
território estadual. Na bacia foram cadastrados 63 açudes, totalizando um volume de acumulação de
92.567.400 m3 de água. Isto corresponde, respectivamente, a 2,8% e 2,1% dos totais de açudes e
volumes acumulados do Estado. Os principais açudes da bacia são o Trairi e o Inharé, e os mesmos
foram selecionados para monitoramento trimestral de cianobactérias. Vale ressaltar que para
monitoramento semestral, nesta bacia foram selecionadas 4 estações de monitoramento: TRA 1 – Açude
Inharé Santa Cruz, TRA 2 – Açude Santa Cruz , TRA 3 – Açude Trairi em Tangará e TRA 4 – Rio
Trairi-Monte Alegre.
Na Figura 4-68 apresenta-se o mapa esquemático desta bacia contendo os principais corpos d´água e os
pontos selecionados para monitoramento e na Tabela 4-15 apresentam-se os resultados dos parâmetros
físico-químicos e microbiológicos, assim como o IQA, IT, IQAc e IET médio, considerando-se fósforo e
clorofila ‘a’.
Fonte: IGARN (2009)
Figura 4-68 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica do Rio Trairi
Tabela 4-15 - Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT e IQAc das amostras
de água superficiais da bacia hidrográfica Trairi.
PARÂMETROS PARA
DETERMINAR O IQA
Temperatura da amostra
(0C)
pH
Altitude (m)
OD (mg/L)
DBO (mg/L)
Coliformes Termotolerantes
(NMP/100 mL)
Nitrogênio Total (mg/L)
TRA 12
TRA 22
TRA 32
TRA 42
28,33
28,77
28,88
27,46
Fósforo Total (mg/L)
0,047
Sólidos Totais (mg/L)
Turbidez (UNT)
Índice (IQA)
Qualidade
1.054,00
9,34
74,07
Boa
Cobre dissolvido (mg/L)
Chumbo Total (mg/L)
Cromo Total (mg/L)
Cádmio Total (mg/L)
Zinco Total (mg/L)
Níquel Total (mg/L)
Mercúrio Total (mg/L)
Índice (IT)
IQAc
Qualidade
Índice do Estado Trófico
(IET)
0,0043
< 0,0008
< 0,0011
< 0,0019
0,0392
< 0,0007
< 0,0002
1
74,07
Boa
Categoria
Cianobactérias (cél/mL)
COT (mg/L)
Teor de Óleos e Graxas
(mg/L)
Clorofila ‘a’ (µg/L)
VLP*
-
8,18
262,00
6,47
4,08
8,04
170,00
7,51
9,97
8,41
249,00
8,55
3,30
7,61
42,00
7,78
8,70
6,0 a 9,0 ; 6,5 a 8,52,3
;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3
≤ 5,0 1
17,00
23,00
4,50
170,00
< 1.000 1,2,3
0,93
0,93
1,62
5,17
60,12
64,04
62,75
-
Eutrófico
-
< 0,50
50.0001
≤ 3,02,3
64,43
Supereutrófi
co
1.804.000
< 0,50
1
≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1;
0,044
0,083
0,106
≤0,124 2; ≤ 0,0623;
581,00
873,00
682,00
10,47
12,42
12,62
≤ 1001
70,17
76,20
62,98
Boa
Boa
Média
PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT
0,0063
0,0066
0,0072
≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3
< 0,0008
< 0,0008
0,0087
≤ 0,01 1, 2,3
< 0,0011
< 0,0011
< 0,0011
≤ 0,05 1, 2,,3
< 0,0019
< 0,0019
< 0,0019
≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2,
0,0454
0,0521
0,1123
≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3
< 0,0007
< 0,0007
< 0,0007
≤ 0,025 1, 2,3
< 0,0002
< 0,0002
< 0,0002
≤ 0,0002 1, 2,3
1
1
1
70,17
76,20
62,98
Boa
Boa
Média
< 0,50
Supereutrófic
o
937.631
0,80
2,00
1,00
2,00
0,00
Virtualmente ausentes
28,89
5,41
12,20
5,33
≤ 301
0,5‰ ; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30
‰3
(3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 <
pH ≤ 8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e
0,5 p/ pH > 8,5)1; 0,40 2,3
Eutrófico
1
*
Salinidade (‰)
1,13
0,59
1,03
0,69
Nitrogênio Amoniacal
(mg/L)
0,005
0,065
0,500
0,034
VLP–Valores Limites Permitidos para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1,
segundo Resolução CONAMA N° 357/2005 .
1
Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas. + ambientes lênticos ++ ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos.
TRA 1 – Açude Inharé Santa Cruz , TRA 2 – Açude Santa Cruz ,TRA 3 – Açude Trairi em Tangará e TRA 4 – Rio Trairi-Monte Alegre.
Os resultados apresentados nesta bacia estão sendo comparados com os valores limites permitidos - VLP
para enquadramento das águas salobras, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005. Todos os pontos
apresentam salinidade um pouco acima de 0,5 ‰ e portanto são considerados como águas salobras.
TRA 1 – Açude Inharé – Santa Cruz
O ponto TRA1 refere-se ao açude Inharé, localizado no Município de Santa Cruz. Todos os parâmetros
não mensuráveis estavam em conformidade. As amostras foram coletadas em 25/02/2010 pela manhã,
aproximadamente as 7:10 h. A temperatura da amostra foi de 28,33ºC. O pH foi de 8,18 e portanto na
faixa esperada (6,5 a 8,5). A turbidez medida foi baixa (9,34 UNT). A concentração de OG também foi
baixa, com apenas 2,0 mg/L. A concentração de ST foi de 1.054,00 mg/L (não se dispõe de VLP de
referência).
A concentração obtida de oxigênio dissolvido (6,47 mg/L) foi um pouco acima ao VLP mínimo de
referência para as águas salobras de classe 1 (≥ 5 mg/L). A DBO não é um parâmetro de análise para as
águas salobras, no entanto o valor medido foi de 4,08 mg/L. Quanto ao carbono orgânico total, o valor
obtido (< 0,50 mg/L), se situa abaixo do limite de detecção do método- LDM utilizado para análise,
portanto abaixo do limite de enquadramento que de até 3,0 mg/L e muito abaixo dos valores das
campanhas anteriores (21,00 e 18,12 mg/L, respectivamente).
Neste açude não se observou elevadas concentrações de nutrientes, o fósforo total foi 0,047 mg/L e,
portanto, está em conformidade com os padrões de referência que é de até 0,124 mg/L. Assim como nas
águas doces, também não se tem limites para nitrogênio total, no entanto, o NT foi baixo (0,93 mg/L). O
nitrogênio amoniacal foi 0,005 mg/L e ainda atende ao máximo valor de referência que é de 0,4 mg/L.
Quanto a clorofila ‘a’, esta apresentou-se com 28,89 µg/L valor um pouco acima das campanhas
anteriores (23,37 e 24,85 µg/L, respectivamente). A clorofila ‘a’ não é padrão de referência para as
águas salobras, classe 1, no entanto, o valor apresentado já é significativo.
Os metais analisados estão em conformidade com os padrões da legislação para as águas salobra de
classe 1; como conseqüência o IT assume valor 1, reafirmando a boa condição do manancial.
O valor para coliformes termotolerantes (17,00 NMP/100mL) se encontra dentro dos padrões
estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000,0 NMP/100mL). Este açude apresentou densidade de
cianobactérias elevada (1.804.000 céls/mL) um pouco acima dos valores encontrados no primeiro e
segundo trimestre coletas (1.112.999 céls/mL e 1.092.834 céls/mL), e, portanto, superior ao estabelecido
pela Portaria 518/2004-MS que é de 20.000 células/mL. A Resolução 357/2005 CONAMA não
estabelece limite deste parâmetro para a categoria da água em avaliação (salobra).
O IQA calculado (74) corresponde a uma qualidade BOA, da mesma forma o IQAc (74) em virtude do
IT ter assumido o valor máximo 1, sem alteração da qualidade.
O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 64,43 que corresponde
a um corpo d’ água no estado SUPEREUTRÓFICO.
117
TRA 2 – Açude Santa Cruz
A barragem do Açude Santa Cruz está localizada no município de Santa Cruz - RN, barrando o rio
Trairi, sistema complementar, a sua bacia hidrográfica cobre uma área de 300 km² e tem como
finalidade principal o abastecimento d'água da cidade de Santa Cruz, além de propiciar pequena
irrigação e piscicultura no local. Foi projetada e construída pelo Departamento Nacional de Obras
Contra as Secas - DNOCS.
Este ponto apresentou salinidade de 0,59 ‰, por conseguinte, está sendo comparado neste relatório com
os valores limites permitido - VLP para enquadramento das águas salobras, classe 1, da Resolução
CONAMA 357/2005.
As amostras foram coletadas também pela manhã, aproximadamente as 7:50h, no dia 25/02/2010. O
açude apresentava aspecto bom sem detecção de irregularidades. A temperatura, pH e turbidez da
amostra estavam dentro dos limites preconizados para as águas salobras de classe 1. O valor obtido de
OG foi inexpressivo (1,0 mg/L). A concentração de ST foi de 581,00 mg/L.
A concentração de OD (7,51 mg/L) está em conformidade com a já citada resolução, pois o VLP
mínimo estabelecido para as águas salobras de classe 1 é 5 mg/L. A DBO medida foi de 9,97 mg/L, mas
não se tem valor de referência para a referida classe de águas. O COT (< 0,50 mg/L) teve valor abaixo
do limite de detecção do método- LDM utilizado para análise, portanto atendendo ao VLP (≤ 3,0 mg/L).
O valor para fósforo total foi baixo (0,044 mg/L) e encontra-se inferior ao VLP (0,124 mg/L), os demais
nutrientes também apresentaram concentrações baixas, com 0,93 mg/L para o nitrogênio total e 0,065
mg/L para o nitrogênio amoniacal (o VLP para nitrogênio amoniacal é de 1,0 mg/L para pH ≤ 8,5).
Quanto a clorofila ‘a’, esta se apresentou baixa com apenas 5,41µg/L.
Os metais analisados estão em conformidade com os padrões da legislação para as águas salobras de
classe 1; como conseqüência o IT assume valor 1, reafirmando a condição do manancial. O número de
coliformes termotolerantes (23,00 NMP/100 mL) está dentro do limite permitido pela legislação
ambiental (< 1.000 NMP/100mL). Este ponto não foi selecionado para monitoramento da densidade de
cianobactérias.
O IQA calculado (70) corresponde a condição de qualidade BOA. O IQAc mantêm a mesma
classificação pois o índice de toxidez IT foi igual a 1 (um).
O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 60,12 que corresponde
a um corpo d’ água no estado EUTRÓFICO.
TRA 3 – Açude Trairi - Tangará
A estação de monitoramento TRA 3 é referente ao Açude Trairi, localizado no Município de
Tangará/RN. As amostras foram coletadas pela manhã, aproximadamente as 9:10 h. No momento da
coleta, todos os parâmetros não mensuráveis estavam em conformidade com a Resolução 357/2005
CONAMA. A amostra apresentou valores de temperatura, pH e turbidez dentro dos valores esperados
para as águas salobras de classe 1. A salinidade medida foi de 1,03 ‰. Como já esperado, a
118
concentração de OG foi inexpressiva, 2,0 mg/L. O valor obtido de ST foi de 873 mg/L. Este valor pode
ser considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L STD).
A concentração de OD (8,55 mg/L) atende ao VLP estabelecido para as águas salobras, classe 1 que é ≥
5 mg/L. O valor para DBO foi 3,30 mg/L e para COT foi 0,80 mg/L. O padrão de COT para as águas
salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.
A concentração de fósforo total (0,083 mg/L) encontra-se na faixa do VLP de referência (≤0,124 mg/L).
O valor obtido para nitrogênio total e amoniacal foram de 1,62 mg/L para NT e 0,50 mg/L para o
amoniacal. O VLP para nitrogênio amoniacal é de 0,4 mg/L. A concentração de clorofila ‘a’ na amostra
foi 12,20 µg/L.
As concentrações de metais estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental para as águas
salobras, classe 1.
O valor para coliformes termotolerantes (4,50 NMP/100mL) se encontra dentro dos padrões
estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 para a referida classe de águas. Este açude apresentou
densidade de cianobactérias elevada em todas as campanhas de coletas, tendo nesta o valor de 937.361
céls/mL. Este valor é superior ao limite padrão da Resolução 357/2005 do CONAMA para a classe de
águas doces que é de até 50.000 cél/mL e da Portaria 518/2004-MS que é de 20.000 células/mL.
No entanto, o IQA calculado (76) corresponde a condição de BOA qualidade, pois o mesmo não leva
em consideração outras variáveis que interferem, como por exemplo, a densidade e espécies de
cianobactérias. O IQAc mantêm a mesma classificação pois o índice de toxidez IT foi igual a 1 (um).
O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 64,04 classificando o
corpo d’ água no estado EUTRÓFICO.
TRA 4 – Rio Trairi - Monte Alegre
O ponto TRA 4 está localizado a jusante de Monte Alegre, mais especificamente no rio Trairi. Materiais
flutuantes, espumas não naturais, óleos e graxas, resíduo sólido objetável, mortandade de peixes,
lançamento de efluentes e vegetação aquática flutuante estavam virtualmente ausentes.
As amostras foram coletadas por volta das 11:41 h, do dia 02/03/2010. Os parâmetros de temperatura,
pH e turbidez estavam compatíveis com os VLPs para as águas salobras de classe 1. A salinidade
medida foi de 0,69 ‰. Na amostra não se detectou concentração para óleos e graxas. O valor obtido de
ST foi de 682 mg/L. Sendo este valor considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518MS (≤ 1.000 mg/L STD).
A concentração obtida para oxigênio dissolvido (7,78 mg/L) está em conformidade com os padrões para
a referida classe de águas (≥ 5 mg/L). O valor para DBO foi 8,70 mg/L e para COT (< 0,50 mg/L) se
encontra abaixo do limite de detecção do método- LDM utilizado para análise e, portanto, abaixo do
VLP para as águas salobras de classe 1 (3,0 mg/L).
119
Quanto às concentrações medidas de nutrientes tem-se: fósforo total, com 0,106 mg/L e inferior ao VLP
para águas salobras (0,124 mg/L); o nitrogênio total e amoniacal também foram baixos com
concentrações de 5,17 mg/L e 0,034 mg/L, respectivamente, sendo o VLP para nitrogênio amoniacal de
0,40 mg/L. A concentração de clorofila ‘a’ foi de 5,33 µg/L.
Assim como os demais pontos monitorados nesta bacia, todos os metais analisados atendem aos VLP
para as águas salobras, classe 1. O valor para coliformes termotolerantes (170,00 NMP/100mL) está em
conformidade com os padrões da legislação para a referida classe de águas. Este ponto não foi
selecionado para contagem de cianobacérias.
O IQA calculado (62) correponde a condição de MÉDIA qualidade. O IQAc mantêm a mesma
classificação pois o índice de toxidez IT foi igual a 1 (um).
O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila, foi de 62,75 que corresponde
a um corpo d’ água no estado EUTRÓFICO.
SÍNTESE GRÁFICA DOS RESULTADOS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO TRAIRI
Nas figuras 4-69 a 4-74 apresentam-se os gráficos dos principais parâmetros e índices de controle da
Bacia Hidrográfica do Trairi.
Oxigênio Dissolvido - nov/2008
Oxigênio Dissolvido - jun/2009
Oxigênio Dissolvido - fev/2010
Demanda Bioquímica de Oxigênio - nov/2008
Demanda Bioquímica de Oxigênio - jun/2009
Demanda Bioquímica de Oxigênio - fev/2010
9,97
10
8,55
OD e DBO (mg/L)
8
8,70
7,78
7,38
7,51
6,87
6,60
6,56
6,47
6,60
OD > = 6 mg/L
Água Salina, classe 1
5,16
OD > = 5 mg//L
Água Salobra, classe 1 e
Água Doce, classe 2
6
5,20
5,25
4,78
4
4,08
3,40
3,37
5,03
4,55
4,45
DBO < = 5 mg/L
Água Doce, classe 2
Não há valor de referência para
DBO em água salobra e salina
3,30
3,00
Padrão da Resolução
CONAMA 357/2005
2,54
2
TRA 1
TRA 2
TRA 3
TRA 4
Bacia do Trairi
Figura 4-69 – Variação espacial das concentrações de OD e DBO na Bacia Hidrográfica Trairi.
120
Oxigênio Dissolvido - nov/2008
Oxigênio Dissolvido - jun/2009
Oxigênio Dissolvido - fev/2010
Carbono Orgânico Total - nov/2008
Carbono Orgânico Total - jun/2009
Carbono Orgânico Total - fev/2010
21
21,00
18
18,12
OD e COT (mg/L)
15
11,89
12
11,25
10,47
8,53
9
6
3
0
Padrão da Resolução
CONAMA 357/2005
14,11
12,08
8,55
7,78
7,51
6,87
6,56
6,47
7,38
5,20
5,03
4,55
3,37
< 0,50
TRA 1
< 0,50
0,80
TRA 2
TRA 3
OD > = 6 mg/L
Água Salina, classe 1
OD > = 5 mg//L
Água Salobra, classe 1 e
Água Doce, classe 2
4,45
COT < = 3 mg/L
Água Salobra e Salina, classe 1
< 0,50
Não há valor de referência
para COT em água doce
TRA 4
Bacia do Trairi
Figura 4-70 - Variação espacial das concentrações de OD e COT na Bacia Hidrográfica Trairi.
Coliformes Termotolerantes (NMP/100mL)
Coliformes Termotolerantes - nov/2008
Coliformes Termotolerantes - jun/2009
Coliformes Termotolerantes - fev/2010
Padrão da Resolução
CONAMA 357/2005
1000
700,00
540,00
170,00
110,00
100
23,00
26,00
23,00
17,00
10
4,50
4,00
2,00
1
TRA 1
TRA 2
TRA 3
TRA 4
Bacia do Trairi
Figura 4-71 – Variação espacial da concentração de coliformes termotolerantes na Bacia Hidrográfica
Trairi.
121
Densidade de Cianobactérias - TRA 1
Densidade de Cianobactérias - TRA 3
Densidade de Cianobactérias (cel/mL)
1.112.999
1.804.000
1.092.834
1000000
937.361
486.096
161.806
117.200
90.592
100000
158.512
Padrão Res. CONAMA 357/2005
Água Doce Classe 2
50.000
78.240
Padrão Portaria 518/2004 MS
20.000
10000
1000
Nov/2008
Fev/2009
Jun/2009
Out/2009
Fev/2010
Bacia do Trairi
Figura 4-72 - Variação espacial da densidade de cianobactérias na Bacia Hidrográfica Trairi.
Índice de Qualidade de Água - nov/2008
Índice de Qualidade de Água combinado - nov/2008
Índice de Qualidade de Água - jun/2009
Índice de Qualidade de Água combinado - jun/2009
Índice de Qualidade de Água - fev/2010
Índice de Qualidade de Água combinado - fev/2010
100
90 - 100 Excelente
IQA e IQAc (mg/L)
80
74,07
70,17
70,07
64,63
64,30
60
70 - 90 Boa
76,20
70,72
60,83
50 - 70 Média
56,09
51,52
40
45,61
25 - 50 Ruim
20
0 - 25 Muito Ruim
0
TRA 1
TRA 2
TRA 3
TRA 4
Bacia do Trairi
Figura 4-73 – Variação espacial do IQA e IQAc na Bacia Hidrográfica Trairi.
122
Índice de Estado Trófico - nov/2008
Índice de Estado Trófico - jun/2009
Índice de Estado Trófico - fev/2010
> = 67 - Hipereutrófico
64,04
64,43
62,90
60,12
60
IET
58,67
61,86
57,79
63 - 67 - Supereutrófico
62,75
57,82
59 - 63 - Eutrófico
52 - 59 - Mesotrófico
51,35
50
47 - 52 - Oligotrófico
43,44
< = 47 - Ultraoligotrófico
40
38,21
30
TRA 1
TRA 2
TRA 3
Bacia do Trairi
Figura 4-74 - Variação espacial do IET na Bacia Hidrográfica Trairi.
TRA 4
123
4.2. BACIA HIDROGRÁFICA PIRANHAS-AÇU
A Bacia hidrográfica do Piranhas-Açu situa-se na parte central do Estado do Rio Grande do Norte tendo
como rio principal o Piranhas, de domínio federal, nasce na Paraíba no local denominado Bonito de
Santa Fé, atravessa todo o estado, tendo como principais afluentes o rio Piancó e o rio Aguiar, entra no
Estado do RN, onde recebe grande contribuição da sub-bacia do rio Seridó, indo desembocar no litoral
norte, próximo a cidade de Macau. Esta bacia cobre uma área com cerca de 44.000 km2, abrangendo a
parte ocidental do Estado da Paraíba e o centro-norte do RN, ocupando uma superfície de 17.489,5 km2,
que corresponde a cerca de 32,8% do território estadual.
A bacia hidrográfica do Piranhas-Açu desempenha um importante papel na disponibilização de água
para o abastecimento humano de populações inseridas na sua área geográfica, para grandes projetos de
irrigação, como os das Várzeas de Souza e do Baixo Açu, nos Estados da PB e RN. Nela estão inseridos
os reservatórios Curemas-Mãe D’Água, com capacidade de armazenamento de 1,3 milhões de metros
cúbicos e a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, com capacidade de armazenamento de 2,4 bilhões
de metros cúbicos.
Na Tabela 4-16 apresentam-se os resultados das análises físico-químicas e biológicas e dos índices IQA
e IET médio (considerando-se a poderação do Fósforo Total e da Clorofila “a”) das amostras de água
superficiais da bacia hidrográfica do Piranhas-Açu/RN no o período de outubro a dezembro de 2009,
com a realização de uma coleta em cada estação de monitoramento.
Com relação aos resultados de metais pesados quantificados nas amostras de água, cabe destacar que
este relatório não contepla a avaliação do Indice de Toxicidade – IT e o e do Índice de Qualidade de
Água Combinado – IQAc para algumas estações amostrais, justificado pelo fato de que o Limite de
Detecção – LD para os metais Cobre (Cu), Cromo (Cr) e Cádmio (Cd), do equipamento utilizado pelo
Laboratório da Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN – EMPARN é superior ao VLP definido pela
Resolução CONAMA n° 357/2005.
Tabela 4-16 - Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA e IET das amostras de águas superficiais da bacia
hidrográfica do Piranhas-Açu/RN.
PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IQA
PIA01
27,4
PIA 02
pH
Altitude (m)
OD (mg.L-1)
DBO (mg.L-1)
Coliformes Term. (UFC.100 mL-1)
Nitrogênio Total (mg.L-1)
7,53
7,1
11,9
6
0,73
8,2
9,65
0
1,06
Fósforo Total (mg.L-1)
0,028
Sólidos Totais (mg.L )
Turbidez (UNT)
Índice (IQA)
Qualidade
Temperatura da amostra (0C)
-1
PIA 05
PIA 06
PIA 07
VLP*
PIA 03
PIA 04
27,7
30,7
27,1
29,1
27,8
26,4
8,05
8,07
8,7
2,32
1
0,61
7,4
288
8,4
12,79
5
0,87
7,84
185
7
10,03
62
0,115
8,48
119
6,4
14,86
8
1,16
6,13
262
5,9
7,32
13
0,7
0,069
0,016
0,032
0,045
0,056
0,061
788,0
55,20
279,20
302,00
320,0
309,20
70,8
66
Boa
15,8
75
Boa
1,57
89
Ótima
177
60
Boa
*
*
42,5
67
Boa
162
55
Boa
≤ 1001
-
0,706
0,078
≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3
0,004
≤ 0,01 1, 2,3
<LD (0,06)
≤ 0,05 1, 2,,3
0,004
≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2,
0,016
≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3
1.232,00
6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3
; ≥ 5,01,2 ; ≥ 6,0 ,3
≤ 5,0 1
< 1.000 1,2,3
≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 2; ≤
0,0623;
-
PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT
-1
Cobre dissolvido (mg.L )
Chumbo Total (mg.L-1)
-1
Cromo Total (mg.L )
0,190
0,010
<LD(0,06)
Cádmio Total (mg.L-1)
0,004
Zinco Total (mg.L-1)
0,020
-1
Níquel Total (mg.L )
-1
Mercúrio Total (mg.L )
0,020
<LD(0,0002)
0,014
<LD(0,003)
0,18
<LD(0,06)
0,015
<LD(0,06)
<LD(0,02)
<LD(0,02)
0,028
0,004
<LD(0,0002)
0,012
0,010
<LD(0,0002)
0
0
0
0
Muito ruim
Muito ruim
64,85
54,66
Supereutrófico Mesotrófico
13,88
11,91
< 10,00
< 10,00
21,43
2,04
0,17
0,15
<LD(0,0016)
0,216
<LD(0,0009)
0,016
<LD(0,0011)
0,022
<LD(0,0007)
<LD(0,02)
0,704
0,016
<LD(0,0009)
<LD(0,0002)
0
0
Muito ruim
60,84
Eutrófico
13,21
< 10,00
10,77
0,24
0,008
<LD(0,06)
0,004
<LD (0,01)
0,008
<LD(0,0002)
0,024
<LD(0,0002)
0,014
<LD(0,0002)
0
0
Muito ruim
62,66
Eutrófico
14,53
< 10,00
14,82
0,05
0
0
Muito ruim
65,71
Supereutrófico
14,78
< 10,00
39,31
0,19
0
0
Muito ruim
59,98
Eutrófico
73.480
10,89
< 10,00
3,41
0,77
Índice (IT)
IQAc
Qualidade
Índice do Estado Trófico (IET)
Categoria
Cianobactérias (cél/mL)
COT (mg.L-1)
Teor de Óleos e Graxas (mg.L-1 )
Clorofila ‘a’ (µg.L-1)
Salinidade (‰)
0
0
Muito ruim
57,94
Mesotrófico
17,97
< 10,00
3,89
0,57
Nitrogênio Amoniacal (mg.L-1)
0,26
0,17
0,41
-
1,01
0,38
13,13
Profundidade (m)
Transparência (m)
7,0
0,80
11,0
0,45
10
1,10
11,0
0,65
10,0
0,80
6,0
0,30
11
0,60
≤ 0,025 1, 2,3
≤ 0,0002 1, 2,3
50.0002 ; 20.000MS
≤ 3,02,3
Virtualmente ausentes
≤ 301
1
0,5‰ ; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3
(3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH ≤ 8 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/ pH > 8,5)1;
0,40 2,3
*
VLP–Valores Limites Permitidos (mg/L) para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/20051 . 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas. +ambientes
lênticos, ++ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos. PIA01 – Açude Mulungu; PIA02 – Açude Esguincho; PIA03 – Açude Rio da Pedra; PIA04 – Açude Caldeirão de Parelhas; PIA 05 – Açude Carnaúba;
PIA 06 –Açude Cruzeta; PIA 07 – Açude Gargalheiras; *IT e IQAc - Não determinados, observando que o Limite de Detecção – LD dos metais (Cobre, Cromo e Cádmio) é menos restritivo do que VLP definido pela
Resolução CONAMA n° 357/2005, ou pelo fato de não ter sido realizado o cálculo do IQA pela ausência de algum dos nove parâmetros utilizados na ponderação do cálculo.
125
Tabela 4-16 (continuação) - Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA e IET das amostras de águas superficiais
da bacia hidrográfica do Piranhas-Açu/RN.
PARÂMETROS PARA DETERMINAR O
IQA
Temperatura da amostra (0C)
pH
Altitude (m)
OD (mg.L-1)
DBO (mg.L-1)
Coliformes Termotolerantes (UFC.100
mL-1)
Nitrogênio Total (mg.L-1)
Fósforo Total (mg.L-1)
Sólidos Totais (mg.L-1)
Turbidez (UNT)
Índice (IQA)
Qualidade
VLP*
PIA 08
PIA 09
PIA 10
PIA 12
PIA 13
PIA 14
28,5
6,94
29,0
6,96
27
7,29
28,2
7,8
28,4
8,4
28
8,12
6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3
0,4
160,1
5,6
12,76
8,7
11,33
6,6
17,04
9,8
12,32
8,2
7,89
;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3
≤ 5,0 1
*
36
8
8
3
29
< 1.000 1,2,3
1,07
0,052
312
50,2
*
*
0,75
4,164
588
18,6
48
Ruim
1,15
0,022
245
201
59
Boa
1,18
0,309
405,60
8,46
64
Boa
0,82
0,016
81,60
2,69
68
Boa
0,83
0,022
170,40
8
77
Boa
≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 2; ≤ 0,0623;
≤ 1001
-
PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT
Cobre dissolvido (mg.L-1)
Chumbo Total (mg.L-1)
Cromo Total (mg.L-1)
Cádmio Total (mg.L-1)
Zinco Total (mg.L-1)
Níquel Total (mg.L-1)
Mercúrio Total (mg.L-1)
Índice (IT)
IQAc
Qualidade
Índice do Estado Trófico (IET)
Categoria
Cianobactérias (cel/mL)
COT (mg.L-1)
Teor de Óleos e Graxas (mg.L-1 )
Clorofila ‘a’ (µg.L-1)
Salinidade (‰)
0,384
0,004
<LD (0,06)
<LD (0,02)
0,018
0,014
<LD (0,0002)
0
0
Muito ruim
56,98
Mesotrófico
8,35
< 10,00
2,96
0,15
0,122
<LD (0,01)
<LD (0,06)
<LD (0,02)
0,024
0,012
<LD (0,0002)
0
0
Muito ruim
74,02
Hipereutrófico
44,12
< 10,00
5,67
0,29
Nitrogênio Amoniacal (mg.L-1)
0,15
Profundidade (m)
Transparência (m)
0,2
0,20
0,006
<LD (0,009)
<LD (0,0011)
<LD (0,007)
0,014
<LD (0,009
<LD (0,0002)
*
*
*
59,56
Eutrófico
11,49
< 10,00
10,15
0,23
0,386
0,008
<LD (0,06)
0,004
<LD (0,001)
0,018
<LD (0,0002)
0
0
Muito ruim
67,92
Hipereutrófico
16,25
< 10,00
12,74
0,25
<LD (0,03)
0,005
<LD (0,06)
<LD (0,02)
0,004
0,006
<LD (0,0002)
*
*
*
59,00
Mesotrófico
16,26
< 10,00
12,03
0,04
<LD (0,03)
<LD (0,01)
<LD (0,06)
<LD (0,02)
0,010
0,010
<LD (0,0002)
*
*
*
53,95
Mesotrófico
12,76
< 10,00
1,03
0,07
0,16
-
0,79
0,26
0,33
12
0,60
12
0,50
0,50
0,50
10
0,80
11
1,40
≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3
≤ 0,01 1, 2,3
≤ 0,05 1, 2,,3
≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2,
≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3
≤ 0,025 1, 2,3
≤ 0,0002 1, 2,3
50.0002 ; 20.000MS
≤ 3,02,3
Virtualmente ausentes
≤ 301
0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3
(3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH ≤ 8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e
0,5 p/ pH > 8,5)1; 0,40 2,3
*VLP–Valores Limites Permitidos para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005 . 1Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas. + ambientes
lênticos ++ ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos. PIA08 – Rio São Bento; PIA09 – Açude Dourado; PIA10 – Açude Zangalheiras; PIA12 – Rio Espinharas; PIA13 – Açude Mendubim; PIA14 –
Açude Beldroega. *IT e IQAc - Não determinados, observando que o Limite de Detecção – LD dos metais (Cobre, Cromo e Cádmio) é menos restritivo do que VLP definido pela Resolução CONAMA n° 357/2005, ou
pelo fato de não ter sido realizado o cálculo do IQA pela ausência de algum dos nove parâmetros utilizados na ponderação do cálculo.
126
Tabela 4-16 (continuação) - Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA e IET das amostras de águas superficiais da
bacia hidrográfica do Piranhas-Açu/RN.
PARÂMETROS PARA
DETERMINAR O IQA
Temperatura da amostra (0C)
pH
Altitude (m)
OD (mg.L-1)
DBO (mg.L-1)
Coliformes Termotolerantes
(UFC.100 mL-1)
Nitrogênio Total (mg.L-1)
-1
VLP*
PIA 15
PIA 16
PIA 17
PIA 18
PIA 20
PIA 21
PIA 22
27,4
7,9
113
8,4
8,17
28,5
7,8
34
7,9
2,7
28,1
8,04
30,2
8,05
6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3
6,2
22,6
30,6
8,94
172
9,3
8,35
31
8,42
5,9
9,65
27,5
7,5
183
5,8
4,55
7,4
15,84
;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3
≤ 5,0 1
6
5
28
420
12
14
14
< 1.000 1,2,3
0,59
0,93
1,35
3,62
0,9
1,12
2,67
≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1;
≤0,124 2; ≤ 0,0623;
≤ 1001
-
Fósforo Total (mg.L )
0,019
0,016
0,076
0,393
0,024
0,013
0,125
Sólidos Totais (mg.L-1)
Turbidez (UNT)
Índice (IQA)
Qualidade
242,80
2,62
81
ótima
245,60
6,17
86
ótima
20044
11,5
69
Boa
18264
82,2
46
Ruim
138,40
10,9
80
ótima
251,20
5,3
71
Boa
398,80
84,2
60
Boa
Cobre dissolvido (mg.L-1)
Chumbo Total (mg.L-1)
Cromo Total (mg.L-1)
Cádmio Total (mg.L-1)
Zinco Total (mg.L-1)
Níquel Total (mg.L-1)
Mercúrio Total (mg.L-1)
Índice (IT)
IQAc
Qualidade
Índice do Estado Trófico (IET)
Categoria
Cianobactérias (cel/mL)
COT (mg.L-1)
Teor de Óleos e Graxas (mg.L-1 )
Clorofila ‘a’ (µg.L-1)
<LD (0,03)
0,002
<LD (0,06)
<LD (0,02)
<LD (0,01)
<LD (0,01)
<LD (0,0002)
*
*
*
54,66
Mesotrófico
0,064
0,008
0,032
0,04
0,145
0,164
<LD (0,0002)
0
0
Muito ruim
56,43
Mesotrófico
1741
<LD (0,2)
< 10,00
2,08
0,036
0,006
0,028
0,04
<LD (0,01)
0,148
<LD (0,0002)
0
0
Muito ruim
73,70
Hipereutrófico
7290
<LD (0,2)
< 10,00
42,00
<LD (0,03)
0,008
<LD (0,06)
0,004
0,020
0,008
<LD (0,0002)
0
0
Muito ruim
51,5
Oligotrófico
368.055
8,58
< 10,00
0,34
<LD (0,03)
0,008
<LD (0,06)
0,004
0,016
0,002
<LD (0,0002)
0
0
Muito ruim
59,47
Eutrófico
786.445
10,49
< 10,00
18,75
0,074
0,005
<LD (0,06)
<LD (0,02)
<LD (0,01)
0,010
<LD (0,0002)
0
0
Muito ruim
68,15
Hipereutrófico
15,2
< 10,00
1,65
0,064
0,010
<LD (0,06)
<LD (0,02)
0,010
<LD (0,01)
<LD (0,0002)
0
0
Muito ruim
52,33
Mesotrófico
1496
14,58
< 10,00
0,79
Salinidade (‰)
0,17
0,14
19,01
15,89
0,04
0,14
0,27
Nitrogênio Amoniacal (mg.L-1)
0,11
0,08
<LD (0,02)
<LD (0,02)
0,13
0,13
0,87
Profundidade (m)
Transparência (m)
9
0,85
8
0,85
-
-
10
0,6
11
0,6
0,5
0,50
PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT
16,23
< 10,00
23,14
≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3
≤ 0,01 1, 2,3
≤ 0,05 1, 2,,3
≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2,
≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3
≤ 0,025 1, 2,3
≤ 0,0002 1, 2,3
50.0002 ; 20.000MS
≤ 3,02,3
Virtualmente ausentes
≤ 301
1
0,5‰ ; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30
‰3
(3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 <
pH ≤ 8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e
0,5 p/ pH > 8,5)1; 0,40 2,3
*VLP–Valores Limites Permitidos para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005 . 1Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas. + ambientes lênticos ++
ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos. PIA15 – Açude Novo Angicos; PIA16 – Açude Pataxós; PIA17 – Estuário Macau; PIA18 – Rio dos Cavalos; PIA20 – Açude Santo Antonio (S. J. Sabuji); PIA21 –
Açude Itans; PIA22 – Rio Seridó. *IT e IQAc - Não determinados, observando que o Limite de Detecção – LD dos metais (Cobre, Cromo e Cádmio) é menos restritivo do que VLP definido pela Resolução CONAMA n°
357/2005, ou pelo fato de não ter sido realizado o cálculo do IQA pela ausência de algum dos nove parâmetros utilizados na ponderação do cálculo.
127
Tabela 4-16 (continuação) - Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA e IET das amostras de águas superficiais da
bacia hidrográfica do Piranhas-Açu/RN.
PARÂMETROS PARA
DETERMINAR O IQA
Temperatura da amostra (0C)
pH
Altitude (m)
OD (mg.L-1)
DBO (mg.L-1)
Coliformes Termotolerantes
(UFC.100 mL-1)
Nitrogênio Total (mg.L-1)
PIA 27
VLP*
PIA 23
PIA 24
PIA 25
PIA 26
PIA 28
27,2
6,68
281
8
8,4
28,7
8,09
31
8,08
95
8,7
12,75
29,3
7,92
29
7,81
6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3
8,6
8,86
29,7
8,95
177
10,9
17,34
6,2
18,9
6,7
17,46
;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3
≤ 5,0 1
3
13
6
4
72
153
< 1.000 1,2,3
1,26
0,63
0,96
1,04
1,38
1,68
Fósforo Total (mg.L-1)
0,021
0,315
0,056
0,021
0,024
0,155
Sólidos Totais (mg.L-1)
Turbidez (UNT)
Índice (IQA)
Qualidade
226,40
166
64
Boa
417,20
3,92
57
Boa
301,20
3,6
59
Boa
226,40
2,41
77
Boa
40.580,00
2,10
65
Boa
39.360
2,4
62
Boa
≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1;
2
≤0,124 ; ≤ 0,0623;
≤ 1001
-
Cobre dissolvido (mg.L-1)
Chumbo Total (mg.L-1)
<LD (0,0016)
0,010
<LD (0,02)
<LD (0,01)
0,002
<LD (0,01)
0,068
0,010
0,019
0,008
0,066
0,010
≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3
≤ 0,01 1, 2,3
Cromo Total (mg.L-1)
<LD (0,0011)
< LD (0,06)
<LD (0,06)
0,068
0,064
0,062
PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT
-1
Cádmio Total (mg.L )
Zinco Total (mg.L-1)
Níquel Total (mg.L-1)
Mercúrio Total (mg.L-1)
Índice (IT)
IQAc
Qualidade
Índice do Estado Trófico (IET)
Categoria
Cianobactérias (cel/mL)
COT (mg.L-1)
Teor de Óleos e Graxas (mg.L-1 )
Clorofila ‘a’ (µg.L-1)
<LD (0,0007)
0,268
<LD (0,0009)
<LD (0,0002)
0
0
Muito ruim
57,30
Mesotrófico
280.785
12,69
< 10,00
4,27
<LD (0,02)
<LD (0,01)
0,012
<LD (0,0002)
*
*
*
51,60
Oligotrófico
12,63
< 10,00
0,29
0,004
0,016
0,006
<LD (0,0002)
0
0
Muito ruim
63,68
Supereutrófic
350.760
13,99
< 10,00
17,19
<LD (0,02)
0,010
0,006
<LD (0,0002)
0
0
Muito ruim
57,30
Mesotrófico
15,75
< 10,00
4,27
0,087
0,087
0,428
<LD (0,0002)
0
0
Muito ruim
53,16
Mesotrófico
<LD (0,2)
< 10,00
1,95
Salinidade (‰)
0,14
0,28
0,18
0,14
26,10
Nitrogênio Amoniacal (mg.L-1)
0,06
0,27
0,28
0,06
0,07
Profundidade (m)
Transparência (m)
19
0,6
0,5
0,5
10
0.6
15
0,8
-
0,108
<LD (0,01)
0,402
<LD (0,0002)
0
0
Muito ruim
60,95
Eutrófico
90
<LD (0,2)
< 10,00
3,85
34,33
<LD (0,02)
≤ 0,05 1, 2,,3
1
≤ 0,001 ; ≤ 0,005 2,
≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3
≤ 0,025 1, 2,3
≤ 0,0002 1, 2,3
50.0002 ; 20.000MS
≤ 3,02,3
Virtualmente ausentes
≤ 301
0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30
‰3
(3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 <
pH ≤ 8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e
0,5 p/ pH > 8,5)1; 0,40 2,3
0,5
-
*VLP–Valores Limites Permitidos para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005 . 1Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas salinas. + ambientes
lênticos ++ ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos. PIA23 – Açude Boqueirão de Parelhas; PIA24 – Rio Seridó; PIA25 – Açude Passagem das Traíras; PIA26 – Boqueirão de Angicos; PIA27 – Rio
Camuruim (estuário Guamaré); PIA28 – Rio das Conchas (estuário Porto do Mangue). *IT e IQAc - Não determinados, observando que o Limite de Detecção – LD dos metais (Cobre, Cromo e Cádmio) é menos
restritivo do que VLP definido pela Resolução CONAMA n° 357/2005,
ou pelo fato de não ter sido realizado o cálculo do IQA pela ausência de algum dos nove parâmetros utilizados na ponderação do cálcul
PIA01 – Açude Público Mulungu
O ponto PIA01 é referente ao Açude Mulungu, localizado no município de Currais Novos. Os
resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os Valores Limites Permitidos - VLP
para enquadramento das águas salobras, Classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005 (salinidade 0,57
‰).
O ponto de coleta apresentou profundidade de 7 m e 0,8 m de transparência (profundidade Secchi). No
aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A
temperatura da amostra foi de 27,4 ºC. O pH da amostra (7,53) situou-se dentro dos valores de
enquadramento para águas salobras, Classe 1 (que varia de 6,5 a 8,5).
O teor medido de Óleos e Graxas – TOG apresentou concentração abaixo do limite de detecção do
método (< 10 mg/L). O mesmo não é um parâmetro mensurável na resolução citada. O padrão aceitável
é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente
ausentes.
A concentração de Sólidos Totais - ST foi de 788,0 mg/L, valor este aceitável para consumo humano
considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD. ST não é um
parâmetro de controle para águas interiores segundo a Resolução CONAMA 357/2005. A Turbidez
analisada foi de 70,8 UNT (a Resolução CONAMA não define VLP para esta Classe).
As concentrações de OD e DBO foram de 7,1 e 11,9 mg/L respectivamente. O valor de OD esteve
portanto acima do VLP mínimo que é de 5 mg/L para águas salobras Classe 1.
Para o Carbono Orgânico Total (COT), o valor encontrado foi 17,97 mg/L e encontra-se fora da faixa
definida para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.
A concentração de fósforo (0,028 mg/L) encontra-se dentro do VLP de referência para águas salobras
Classe 1 (≤ 0,124 mg/L). A concentração de nitrogênio foi de 0,73 mg/L, não se dispõe de VLP para
este parâmetro.
O valor para nitrogênio amoniacal foi de 0,26 mg/L situando-se dentro do VLP que é de até 0,4 mg/L
para águas salobras e salinas Classe 1. A clorofila ‘a’ apresentou concentração de 3,89µg/L.
As concentrações de metais estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental, com exceção do
Cobre dissolvido (0,19 mg/L) cujo VLP é 0,005 mg/L, segundo a Resolução CONAMA para águas
salobras e salinas Classe 1. Cabe destacar que embora o Cromo tenha apresentado concentração abaixo
do Limite de Detecção do Equipamento, esse LD ainda é maior que o VLP estabelecido pelo
CONAMA, não podendo assegurar com absoluta certeza o atendimento à Resolução.
O valor para coliformes termotolerantes (6 UFC/100mL) se encontra abaixo dos padrões estabelecido
pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000 NMP/100mL). Este ponto não foi selecionado para o monitoramento
de cianobactérias.
129
O IQA calculado (66) corresponde a condição de qualidade BOA neste ponto. Para esta estação o Índice
de Toxicidade calculado - IT foi igual a zero (0) devido ao valor de Cobre ter ultrapassado o VLP
permitido pela legislação. Desta forma, o Índice de Qualidade de Água combinado - IQAc classifica esta
estação com uma qualidade MUITO RUIM.
O IET calculado, considerando a ponderação do Fósforo total e clorofila a, foi de 57,94 que corresponde
a um corpo d’ água na condição de MESOTRÓFICO.
PIA02 – Açude Público Esguincho
O ponto PIA02 refere-se ao açude Esguincho, localizado no município de Ouro Branco. Os resultados
apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos-VLP para
enquadramento das águas doces, Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida
(0,17‰).
O ponto de coleta apresentou profundidade de 11 m e 0,45 m de transparência. No aspecto visual não
foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra foi
de 27,7°C. O pH da amostra (8,05) situou-se dentro da faixa de enquadramento para águas doces, Classe
2.
O teor medido de Óleos e Graxas – TOG apresentou concentração abaixo do limite de detecção do
método (< 10 mg/L). A concentração de sólidos totais foi de 55,20 mg/L. Este valor pode ser aceitável
para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L
de STD. A Turbidez apresentou valor de 15,8 UNT estando abaixo do VLP para a já citada classe de
águas (≤ 100 UNT).
A concentração de oxigênio dissolvido (68,2 mg/L) foi superior ao VLP mínimo de referência para as
águas doces de classe 2 (≥ 5 mg/L). A DBO calculada (9,65 mg/L) ultrapassou o limite mínimo
estabelecido para a referida classe de águas (≤ 5 mg/L). Para a referida classe de enquadramento, a
Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT. O valor obtido para este
parâmetro foi 13,88 mg/L. Entretanto, encontra-se dentro da faixa esperada para mananciais de águas
superficiais, que varia de 1 a 20 mg/L segundo Libânio (2005). O padrão de COT para as águas salobras
e salinas Classe 1 é de até 3,0 mg/L.
O valor obtido para fósforo total (0,069 mg/L) ultrapassou o VLP de referência para ambientes lênticos
(≤ 0,03 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 1,06 mg/L (não se dispõe de VLP de referência
para este parâmetro). O valor para nitrogênio amoniacal foi de 0,17 mg/L situando-se dentro do VLP
que é de até 2,0 mg/L para 7,5 < pH ≤ 8. A clorofila ‘a’ medida (21,43 µg/L), apresentou-se abaixo do
VLP (30 µg/L).
As concentrações de metais estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental, com exceção do
Cobre dissolvido (0,14 mg/L) e do Chumbo Total (0,18 mg/L) cujos VLP’s são de 0,009 e 0,01 mg/L
respectivamente. Cabe destacar que embora o Cromo e o Cádmio tenham apresentado concentração
abaixo do Limite de Detecção do método, esse LD ainda é maior que o VLP estabelecido pelo
CONAMA não se podendo assegurar o atendimento à Resolução.
130
Para Coliformes Termotolerantes a amostra apresentou ausência. Este ponto não foi selecionado para o
monitoramento de cianobactérias.
O IQA calculado (75) corresponde a condição de qualidade BOA neste ponto. O IT foi igual a zero (0)
devido ao valor de Cobre e Chumbo terem ultrapassado o limite permitido pela legislação. O Índice de
Qualidade de Água combinado - IQAc classifica esta estação em uma qualidade MUITO RUIM.
O IET calculado, considerando a ponderação para o fósforo total e a clorofila ‘a’, foi de 64,85 que
corresponde a um corpo d’água no estado SUPEREUTRÓFICO.
PIA03 – Açude Público Rio da Pedra
O ponto PIA03 é referente ao Açude Rio da Pedra localizado no município de Santana dos Matos. A
salinidade medida (0,15 ‰) permite a comparação dos resultados com os valores limites permitidos –
VLP para enquadramento das águas doces, Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005.
O ponto de coleta apresentou profundidade de 10 m e 1,10 m de transparência. No aspecto visual não
foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra foi
de 30,7°C. O pH da amostra (8,07) situou-se dentro da faixa de enquadramento para águas doces, Classe
2 (6,0 a 9,0).
O teor medido de Óleos e Graxas – TOG apresentou concentração abaixo do limite de detecção do
método (< 10 mg/L). A concentração de sólidos totais foi de 279,20 mg/L e inferior ao VLP para STD
(≤ 500 mg/L). O valor obtido pode ser considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518MS (≤ 1.000 mg/L STD). A Turbidez apresentou valor de 177 UNT ultrapassando o VLP definido para
águas doces Classe 2 (≤ 100 UNT).
A concentração de oxigênio dissolvido (8,7 mg/L) foi superior ao VLP mínimo de referência para as
águas doces de classe 2 (≥ 5 mg/L). A DBO calculada (2,32 mg/L) também atendeu ao limite mínimo
estabelecido para a referida classe (≤ 5 mg/L).
Para o COT, o valor obtido foi de 11,91 mg/L, e encontra-se dentro da faixa esperada para mananciais
de águas superficiais, que varia de 1 a 20 mg/L segundo Libânio (2005). O padrão de COT para as águas
salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. A Resolução CONAMA 357/05 não estabelece valor
padrão deste parâmetro para águas doces.
O valor obtido para fósforo total (0,016 mg/L) situou-se abaixo do VLP de referência para ambientes
lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 0,61 mg/L (não se dispõe de VLP de
referência para este parâmetro). O valor para nitrogênio amoniacal foi de 0,41 mg/L situando-se dentro
do VLP que é de até 2,0 mg/L para 7,5 < pH ≤ 8,0. A clorofila ‘a’ medida (2,04 µg/L), apresentou-se
abaixo do VLP (30 µg/L).
As concentrações de metais estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental, com exceção do
Chumbo Total (0,015 mg/L), que ultrapassou marginalmente o VLP da Resolução CONAMA
(0,01mg/L). Salientando que embora os metais Cobre, Cromo e Cádmio tenham apresentado
131
concentração abaixo do Limite de Detecção do Equipamento, o LD do equipamento é maior que o VLP
estabelecido pelo CONAMA não podendo assegurar com absoluta certeza o atendimento à Resolução.
O valor para coliformes termotolerantes foi de apenas 1 UFC/100mL, e permanece abaixo do padrão
estabelecido pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000 NMP/100mL). Este ponto não foi selecionado para o
monitoramento de cianobactérias.
O IQA calculado (89) corresponde a condição de qualidade ÓTIMA neste ponto. O IT foi igual a zero
(0) devido ao valor de Chumbo ter ultrapassado o limite permitido pela legislação. Desta forma, o Índice
de Qualidade de Água combinado - IQAc classifica esta estação com uma qualidade MUITO RUIM.
O IET calculado, considerando a ponderação para o fósforo total e a clorofila ‘a’, foi de 54,66 que
corresponde a um corpo d’água no estado MESOTRÓFICO.
PIA04 – Açude Público Caldeirão de Parelhas
O ponto PIA04 refere-se ao açude Caldeirão de Parelhas localizado no município de Parelhas. A
salinidade medida (0,24 ‰) permite a comparação dos resultados com os valores limites permitidos –
VLP para enquadramento das águas doces, Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005.
No momento da coleta, o ponto apresentou profundidade de 11 m e 0,65 m de transparência
(profundidade do Secchi). No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos
parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra foi de 27,1°C e o pH (7,4) situou-se dentro da
faixa de enquadramento para águas doces, Classe 2 (6,0 a 9,0).
O Teor de Óleos e Graxas – TOG, esteve abaixo do limite de detecção do método (< 10 mg/L), o padrão
aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo. A
concentração de sólidos totais foi de aproximadamente 302,00 mg/L, inferior ao VLP para STD (≤ 500
mg/L) e aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração
de até 1000 mg/L de STD. A Turbidez apresentou valor de 60 UNT estando dentro do VLP definido
para águas doces Classe 2 (≤ 100 UNT).
O valor observado para o Oxigênio Dissolvido (8,4 mg/L) foi superior ao mínimo estabelecido pela
resolução (≥ 5 mg/L). Entretanto, a Demanda Bioquímica de Oxigênio – DBO (12,79 mg/L), encontrase fora do limite requerido (≤ 5 mg/L). Para o COT, o valor obtido foi de 11,65 mg/L, e encontra-se
dentro da faixa esperada para mananciais de águas superficiais, que varia de 1 a 20 mg/L segundo
Libânio (2005). O padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. A
Resolução CONAMA 357/05 não estabelece valor padrão deste parâmetro para águas doces.
A concentração de Fósforo Total (0,032 mg/L) apresentou-se marginalmente acima do limite máximo de
referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 0,87 mg/L.
A clorofila ‘a’ (10,77 µg/L), permaneceu abaixo VLP que admite até 30µg/L.
As concentrações de metais estiveram dentro do limite permitido pela legislação ambiental, com
exceção do Zinco Total o qual apresentou concentração de 0,704 mg/L e cujo VPL é de 0,18 mg/L.
Salientando que embora Cobre, Cromo e Cádmio tenham apresentado concentração abaixo do Limite de
132
Detecção do Equipamento, o LD do equipamento é maior que o VLP estabelecido pelo CONAMA não
podendo assegurar com absoluta certeza o atendimento à Resolução com relação a esses parâmetros.
O valor para coliformes termotolerantes (5 UFC/100mL) se encontra bem abaixo do padrão estabelecido
pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000 NMP/100mL). Este ponto não foi selecionado para o monitoramento
de cianobactérias.
O IQA calculado (60) corresponde a condição de qualidade BOA neste ponto. O IT foi igual a zero (0)
devido ao valor de Zinco ter ultrapassado o limite permitido pela legislação. Desta forma, o Índice de
Qualidade de Água combinado - IQAc classifica esta estação com uma qualidade MUITO RUIM.
O IET calculado, considerando a ponderação para o fósforo total e a clorofila ‘a’, foi de 60,84, o que
corresponde a um corpo d’água no estado EUTRÓFICO.
PIA05 – Açude Público Carnaúba
O ponto PIA05 refere-se ao açude Carnaúba localizado no município de São João do Sabugi.
Considerando que a salinidade medida na amostra foi de 0,05‰, os resultados apresentados neste ponto
estão sendo comparados com os valores limites permitidos-VLP para enquadramento das águas doces,
Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005.
O ponto de coleta apresentou profundidade de 10m e 0,8m de transparência (profundidade do Secchi).
No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A
temperatura da amostra foi de 29,1°C, e o pH (7,84), situou-se dentro da faixa de enquadramento para
águas doces, Classe 2.
O Teor de Óleos e Graxas – TOG, apresentou-se abaixo do limite de detecção do método (< 10 mg/L), o
padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo. A
concentração de Sólidos Totais foi de 320,0 mg/L, inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L) e aceitável
para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L
de STD.
O valor observado para o OD foi de 7,0 mg/L, estando portanto, acima da concentração mínima definida
pela Resolução (≥ 5 mg/L). A DBO calculada (10,3 mg/L) esteve fora do VLP definido pela da referida
Resolução que é de até 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA
357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido (14,53 mg/L) encontra-se
dentro da faixa esperada para mananciais de águas superficiais, que varia de 1 a 20 mg/L segundo
Libânio (2005). No entanto, considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas Classe
1 é de até 3,0 mg/L, este valor pode ser considerado alto.
O Fósforo Total (0,045 mg/L) esteve acima do limite máximo de referência para ambientes lênticos (≤
0,03 mg/L). Para o Nitrogênio Total a concentração analisada foi de 0,115 mg/L (não se dispõe de VLP
de referência para este parâmetro). O Nitrogênio Amoniacal foi de 1,01 mg/L estando portanto, abaixo
do VLP que é de 2,0 mg/L para 7,5 < pH ≤ 8,0. A clorofila ‘a’ medida (14,82 µg/L) esteve abaixo do
VLP (30 µg/L).
133
As concentrações de metais estiveram dentro do limite permitido pela legislação ambiental, com
exceção do Cobre Dissolvido (0,216 mg/L) e do Chumbo Total (0,016 mg/L) cujos VLP’s são de 0,009
e 0,01 mg/L respectivamente. Cabe destacar que embora o Cádmio Total tenha apresentado
concentração abaixo do Limite de Detecção do método (LD – 0,02 mg/L), esse LD é maior que o VLP
estabelecido pelo CONAMA não podendo assegurar com absoluta certeza o atendimento à Resolução.
O valor para coliformes termotolerantes (62 UFC/100mL) se encontra dentro da faixa estabelecida pela
Resolução CONAMA 357/2005 (< 1.000 NMP/100mL). Este ponto não foi selecionado para o
monitoramento de cianobactérias.
O Índice de Toxicidade - IT foi igual a zero (0) devido os valores de Cobre e Chumbo terem
ultrapassado o VLP definido pela legislação. Desta forma, o Índice de Qualidade de Água combinado IQAc classificou esta estação com uma qualidade MUITO RUIM.
O IET calculado considerando a ponderação das concentrações de Fósforo Total e Clorofila a, foi de
62,66 que corresponde a um corpo d’água na condição EUTRÓFICO.
PIA06 – Açude Público Cruzeta
O ponto PIA06 é referente ao Açude Cruzeta, localizado no município de Cruzeta. Os resultados
apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos-VLP para
enquadramento das águas doces, Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005, visto que a Salinidade
medida foi de 0,19 ‰.
O ponto de coleta apresentou profundidade de 6,0 m e 0,3 m de transparência. No aspecto visual não
foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra
medida foi de 27,8ºC. O pH da amostra (8,48) situou-se dentro da faixa de enquadramento para águas
doces, Classe 2 (6,0 a 9,0).
O Teor de Óleos e Graxas – TOG, esteve abaixo do limite de detecção do método (< 10 mg/L),
salientando que TOG não é um parâmetro mensurável na resolução citada. O padrão aceitável é que a
concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente
ausentes. A concentração de Sólidos Totais foi de 309,20 mg/L, inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L)
e aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até
1000 mg/L de STD.
O Oxigênio Dissolvido (6,4mg/L) esteve acima do valor mínimo definido pela Resolução CONAMA
357/2005 (mínimo de 5 mg/L). Entretanto a DBO (14,86 mg/L) ultrapassou o VLP da Referida
Resolução (≤ 5 mg/L). A concentração de Carbono Orgânico Total - COT foi de 14,78 mg/L. De acordo
com Libânio (2005), encontra-se dentro da faixa esperada para mananciais de águas superficiais, que
varia de 1 a 20 mg/L. Para as águas doces Classe 2, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece
um valor padrão para COT, entretanto o VLP de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de
até 3,0 mg/L.
O Fósforo Total (0,056 mg/L) esteve acima do limite máximo de referência para ambientes lênticos (≤
0,03 mg/L). Para o Nitrogênio Total a concentração analisada foi de 1,16 mg/L (não se dispõe de VLP
134
de referência para este parâmetro). O valor para Nitrogênio Amoniacal foi de 0,38 mg/L situando-se
dentro do VLP que é de até 1,0 mg/L para 8,0 < pH ≤ 8,5. A concentração de Clorofila ‘a’ foi de 39,31
µg/L, ultrapassando portanto o VLP para a referida classe de águas que é de até 30 µg/L.
As concentrações de metais estiveram dentro do limite permitido pela legislação ambiental, com
exceção do Cobre Dissolvido (0,706 mg/L) e do Cádmio Total (0,004 mg/L) cujos VLP’s são de 0,009 e
0,001 mg/L respectivamente. Cabe destacar que embora o Cromo Total tenha apresentado concentração
abaixo do Limite de Detecção do método (LD – 0,02 mg/L), esse LD é maior que o VLP estabelecido
pelo CONAMA não podendo assegurar com absoluta certeza o atendimento à Resolução.
O valor quantificado para Coliformes Termotolerantes (8 UFC/100mL) apresentou-se bem abaixo do
valor de enquadramento estabelecido pela CONAMA 357/2005 (< 1.000 NMP/100mL).
O IQA calculado (67) corresponde a condição de qualidade BOA neste ponto. O Índice de Toxicidade IT foi igual a zero (0) devido ao valor dos metais Cobre e Cádmio terem ultrapassado o limite permitido
pela legislação. Desta forma, o Índice de Qualidade de Água combinado - IQAc classifica esta estação
com uma qualidade MUITO RUIM.
O IET calculado, considerando a ponderação do Fósforo Total e Clorofila a, foi de 65,71 que
corresponde a um corpo d’água na condição SUPEREUTRÓFICO.
PIA07 – Açude Público Gargalheiras
O ponto PIA07 refere-se ao Açude Gargalheiras localizado no município de Acari. Os resultados
apresentados neste ponto estão sendo comparados com os Valores Limites Permitidos - VLP para
enquadramento das águas salobras, Classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005 (salinidade 0,77 ‰).
O ponto de coleta apresentou profundidade de 11 m e 0,6 m de transparência (profundidade Secchi). No
aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A
temperatura da amostra foi de 26,4ºC. O pH da amostra (6,13) situou-se dentro dos valores de
enquadramento para águas salobras, Classe 1 (que varia de 6,5 a 8,5).
O Teor de Óleos e Graxas – TOG apresentou concentração abaixo do limite de detecção do método (<
10 mg/L). O mesmo não é um parâmetro mensurável na resolução citada. O padrão aceitável é que a
concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente
ausentes.
A concentração de Sólidos Totais - ST foi de 1.232 mg/L. ST não é um parâmetro de controle para
águas interiores segundo a Resolução CONAMA 357/2005. A Turbidez analisada foi de 161 UNT (a
Resolução CONAMA não define VLP para a referida Classe de enquadramento).
As concentrações de OD e DBO foram de 5,9 e 7,32 mg/L respectivamente. O valor de OD esteve
portanto acima do VLP mínimo que é de 5 mg/L para águas salobras Classe 1.
135
Para o Carbono Orgânico Total (COT), o valor encontrado foi 10,89 mg/L e encontra-se fora da faixa
definida para as águas salobras e salinas de Classe 1 é de até 3,0 mg/L.
A concentração de fósforo (0,061 mg/L) encontra-se dentro do VLP de referência para águas salobras
Classe 1 (≤ 0,124 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 0,70 mg/L, a Resolução CONAMA
não determina um VLP para este parâmetro.
O valor para nitrogênio amoniacal foi de 13,13 mg/L ultrapassando o VLP que é de até 0,4 mg/L para
águas salobras e salinas Classe 1. A clorofila ‘a’ apresentou concentração de 3,41 µg/L.
As concentrações de metais estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental, com exceção do
Cobre dissolvido (0,078 mg/L) cujo VLP é 0,005 mg/L, segundo a Resolução CONAMA para águas
salobras e salinas Classe 1. Cabe destacar que embora o Cromo tenha apresentado concentração abaixo
do Limite de Detecção do Equipamento, esse LD ainda é maior que o VLP estabelecido pelo
CONAMA, não podendo assegurar com absoluta certeza o atendimento à Resolução.
O valor para coliformes termotolerantes (13 UFC/100mL) se encontra dentro da faixa estabelecida pela
Resolução CONAMA 357/2005 (< 1.000 NMP/100mL). A densidade de cianobactérias foi de 73.480
céls/mL, ultrapassando o limite estabelecido pela Resolução 357/2005 CONAMA para as águas doces
de classe 2 (50.000 cel/mL) e pela Portaria 518/2004-MS (20.000 células/mL).
O IQA calculado (55) corresponde a condição de qualidade BOA neste ponto. Para esta estação o Índice
de Toxicidade calculado - IT foi igual a zero (0) devido ao valor de Cobre ter ultrapassado o VLP
definido pela legislação. Desta forma, o Índice de Qualidade de Água combinado - IQAc classifica esta
estação com uma qualidade MUITO RUIM.
O IET calculado, considerando a ponderação do Fósforo total e clorofila a, foi de 59,98 que corresponde
a um corpo d’água na condição de EUTRÓFICO.
Nas amostras de sedimento do açude Gargalheiras, os resultados estiveram abaixo dos limites
estabelecido na Resolução CONAMA 344/2004, para a referida Classe de águas (Tabela 4-17).
Tabela 4-17 – Concentrações dos metais para as amostras de sedimento do açude Gargalheiras.
VLP*
PARÂMETROS PARA DETERMINAR O IT
PIA 07.1
PIA 07.2
PIA 07.3
Cádmio Total (mg/Kg)
1,2
0,10
< LD (0,02)
< LD (0,02)
Chumbo Total (mg/Kg)
46,7
< LD (0,01)
0,10
< LD (0,01)
Cobre dissolvido (mg/Kg)
34
1,93
1,94
1,67
Cromo Total (mg/Kg)
81
0,10
< LD (0,06)
< LD (0,06)
Mercúrio Total (mg/Kg)
< LD (0,0002) < LD (0,0002) < LD (0,0002) 0,15
Níquel Total (mg/Kg)
20,9
0,05
0,50
0,15
Zinco Total (mg/Kg)
150
1,9
1,88
1,83
*
VLP–Valores Limites Permitidos em mg/Kg para água salina-salobra Nível 1, segundo Resolução CONAMA N° 344/2004.
136
PIA08 – Rio São Bento
O PIA08 é referente ao Rio São Bento localizado a jusante do município de Currais Novos. De acordo
com a sua salinidade (0,15 ‰), os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os
valores limites permitidos-VLP para enquadramento das águas doces, Classe 2 da Resolução CONAMA
357/2005.
Este ponto é de baixa profundidade (cerca de 20 cm de lâmina de água). Observou-se no momento da
coleta ligações de esgotos sanitários, fluindo na calha do rio. A temperatura da amostra foi de 28,5°C. O
pH da amostra (6,94) situou-se dentro do esperado para enquadramento de águas doces, Classe 2 (6,0 a
9,0).
O Teor de Óleos e Graxas esteve abaixo do limite de detecção do método (< 10 mg/L), salientando que
TOG não é um parâmetro mensurável na resolução citada. O padrão aceitável é que a concentração seja
mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo. O valor da turbidez (50,2 UNT) esteve abaixo
do VLP para a já citada classe de águas (≤ 100 UNT). A concentração de Sólidos Totais foi de 312,0
mg/L, foi inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L) e aceitável para consumo humano considerando que a
Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD.
O Oxigênio Dissolvido (0,4 mg/L) esteve bem abaixo do valor mínimo definido pela Resolução
CONAMA 357/2005 (mínimo de 5 mg/L) e a DBO (160,1 mg/L) ultrapassou consideravelmente o VLP
da Resolução (≤ 5 mg/L). Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005
não estabelece valor padrão para COT, entretanto, o valor obtido (8,35 mg/L) pode ser considerado
elevado, considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0
mg/L. No entanto, encontra-se dentro da faixa esperada para mananciais de águas superficiais, que varia
de 1 a 20 mg/L segundo Libânio (2005).
A concentração de Fósforo Total (0,052 mg/L) esteve abaixo do limite estabelecido para ambientes
lóticos (≤ 0,1 mg/L). A concentração de Nitrogênio Total foi de 1,07 mg/L, não se dispondo de padrão
de referência para este parâmetro. A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para pH ≤ 7,5 o
nitrogênio amoniacal deve ter no máximo 3,7 mg/L. Dessa forma, o valor encontrado para esse
parâmetro (0,15 mg/L) encontra-se dentro do limite estabelecido pela Resolução. A clorofila ‘a’
apresentou concentração de 2,96 µg/L e permanece abaixo do valor limite permitido pelo CONAMA
para a referida classe de águas.
A exceção do Cobre Dissolvido, que obteve uma concentração de 0,384 mg/L quando o VLP de
referência é de no máximo 0,009 mg/L e salientando que embora Cromo e o Cádmio tenham
apresentado concentração abaixo do Limite de Detecção do Equipamento, com LD maior que o VLP
estabelecido pelo CONAMA, não podendo assegurar com absoluta certeza o atendimento à Resolução
quanto as suas concentrações, os demais metais estiveram dentro do limite permitido pela legislação
ambiental.
Não foi possível quantificar o valor encontrado para Coliformes Termotolerantes devido apresentar
número incontável de colônias, o que impossibilitou também o cálculo do IQA. O IT foi igual a zero (0)
devido ao valor de Cobre ter ultrapassado VLP da Resolução. Desta forma, o Índice de Qualidade de
Água combinado - IQAc classifica esta estação em uma qualidade MUITO RUIM.
137
O IET calculado, considerando a ponderação do Fósforo Total e Clorofila a, foi de 56,98 que
corresponde a um corpo d’água na condição MESOTRÓFICO.
PIA09 – Açude Público Dourado
O ponto PIA09 refere-se ao Açude Dourado localizado no município de Currais Novos. A salinidade
medida (0,29 ‰) permite a comparação dos resultados com os valores limites permitidos – VLP para
enquadramento das águas doces, Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005.
No momento da coleta, o ponto apresentou profundidade de 12 m e 0,6 m de transparência. No aspecto
visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da
amostra medida foi de 27,0 ºC. O pH da amostra (7,29) situou-se dentro dos valores de enquadramento
para águas doces, Classe 2.
O teor de Óleos e Graxas esteve abaixo do limite de detecção do método (< 10 mg/L), salientando que
OG não é um parâmetro mensurável na Resolução citada. O padrão aceitável é que a concentração seja
mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausentes. A concentração
de Sólidos Totais foi de aproximadamente 245,0 mg/L, valor este aceitável para consumo humano
considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD. O valor
obtido da Turbidez (18,6 UNT) esteve abaixo do VLP para a já citada classe de águas (≤ 100 UNT).
O valor estabelecido de OD para as águas doces de Classe 2 deve ser superior a 5 mg/L, a concentração
de oxigênio dissolvido medida (5,6 mg/L) encontra-se dentro dos valores de enquadramento. No
entanto, a DBO (12,76 mg/L) está bem acima do valor máximo definido pela Resolução que é de até 5
mg/L.
Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão
para COT, entretanto, o valor obtido (44,12 mg/L) foi elevado, considerando que o padrão de COT para
as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L, e também se encontra fora da faixa esperada
para mananciais de águas superficiais, que varia de 1 a 20 mg/L segundo Libânio (2005).
A concentração de Fósforo Total (4,164 mg/L) esteve consideravelmente acima do limite estabelecido
para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de Nitrogênio Total foi de 0,75 mg/L (não se
dispõe de VLP de referência). A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para pH ≤ 7,5, o
nitrogênio amoniacal deve ter no máximo 3,7 mg/L. Dessa forma, o valor encontrado para esse
parâmetro (0,16 mg/L) permaneceu dentro do limite estabelecido. A clorofila ‘a’ (5,67 µg/L) encontrase abaixo do valor estabelecido pela referida Resolução (que admite até 30 µg/L).
Dos metais analisados, apenas Cobre Dissolvido (0,122 mg/L) apresentou concentração acima do valor
de referência (0,009 mg/L). Cabe destacar que embora o Cromo e o Cádmio tenham apresentado
concentração abaixo do Limite de Detecção do Equipamento, o LD do equipamento é menos restritivo
que o VLP estabelecido pelo CONAMA, não podendo assegurar com absoluta certeza o atendimento à
Resolução quanto às concentrações desses metais.
O valor encontrado para Coliformes Termotolerantes (36 UFC/100mL) apresentou-se bem abaixo do
valor de enquadramento estabelecido pela Resolução CONAMA 357/2005 (< 1.000 NMP/100mL).
138
O IQA calculado (48) corresponde a condição de qualidade REGULAR neste ponto. Para essa estação o
Índice de Toxicidade - IT calculado foi igual a zero (0) devido ao valor de Cobre ter ultrapassado o VLP
definido pela legislação. Desta forma, o Índice de Qualidade de Água combinado - IQAc classifica esta
estação com uma qualidade MUITO RUIM.
O Índice de Toxicidade - IT foi igual a zero (0) devido ao valor de Cobre ter ultrapassado VLP da
Resolução. Desta forma, o Índice de Qualidade de Água combinado - IQAc classifica esta estação em
uma qualidade MUITO RUIM.
O IET calculado, considerando a ponderação do Fósforo Total e Clorofila a, foi de 74,02 que
corresponde a um corpo d’água na condição HIPEREUTRÓFICO.
PIA10 – Açude Público Zangalheiras
O ponto PIA10 refere-se ao Açude Zangalheiras localizado no município de Jardim do Seridó. A
salinidade medida (0,23 ‰) permite a comparação dos resultados com os valores limites permitidos –
VLP para enquadramento das águas doces, Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005.
Este ponto apresentou profundidade 12 m e 0,5 m de transparência. No aspecto visual não foram
observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra medida
foi de 27,0 ºC. O pH da amostra (7,29) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces,
Classe 2.
O teor de Óleos e Graxas esteve abaixo do limite de detecção do método (< 10 mg/L), salientando que
OG não é um parâmetro mensurável na Resolução citada. O padrão aceitável é que a concentração seja
mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausentes. A concentração
de Sólidos Totais foi de 245,0 mg/L, inferior ao VLP para Sólidos Totais Dissolvidos - STD (≤ 500
mg/L) e aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração
de até 1000 mg/L de STD. No entanto, a Turbidez (201 UNT) ultrapassou o VLP para a já citada classe
de águas (≤ 100 UNT).
A concentração de Oxigênio Dissolvido (8,7 mg/L) foi superior ao VLP mínimo de referência para as
águas doces de classe 2 (≥ 5 mg/L). A DBO (11,33 mg/L) ultrapassou o limite máximo estabelecido
para a referida classe de águas (≤ 5 mg/L). Para águas doces Classe 2, a Resolução CONAMA 357/2005
não estabelece valor padrão para COT, entretanto, o valor analisado (11,49 mg/L) pode ser considerado
elevado, considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de Classe 1 é de até 3,0
mg/L. No entanto, encontra-se dentro da faixa esperada para mananciais de águas superficiais, que varia
de 1 a 20 mg/L segundo Libânio (2005).
A concentração de Fósforo Total (0,022 mg/L) situou-se dentro do limite estabelecido para ambientes
lênticos (≤ 0,03 mg/L). O Nitrogênio Total foi de 1,15 mg/L (não se dispõe de VLP para este parâmetro.
A clorofila ‘a’ (10,15 µg/L) esteve abaixo do VLP (≤ 30 µg/L).
As concentrações dos metais pesados analisados estiveram dentro do VLP definido pela legislação.
Entretanto cabe destacar que embora o Cobre, Cromo e o Cádmio tenham apresentado concentração
139
abaixo do Limite de Detecção do Equipamento, esse LD ainda é maior que o VLP estabelecido pelo
CONAMA, não podendo assegurar com absoluta certeza o atendimento à Resolução. O valor
encontrado para coliformes termotolerantes foi de 8 UFC/100 mL estando dentro do valor de referência
(< 1000 NMP/100 mL).
O IQA calculado (59) corresponde a condição de qualidade BOA neste ponto.
O IET calculado, considerando a ponderação do Fósforo Total e Clorofila a, foi de 59,56
correspondendo a um corpo d’água na condição EUTRÓFICO.
PIA12 – Rio Espinharas
O ponto PIA12 refere-se ao Rio Espinharas e está localizado no município de Serra Negra. A salinidade
medida (0,25 ‰) permite a comparação dos resultados com os valores limites permitidos – VLP para
enquadramento das águas doces, Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005.
Este ponto apresentou baixa profundidade (cerca de 0,5 m). A temperatura da amostra foi de 28,2ºC. O
pH da amostra (7,8) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces, Classe 2.
O Teor de Óleos e Graxas – TOG esteve abaixo do limite de detecção do método (< 10 mg/L),
salientando que TOG não é um parâmetro mensurável na Resolução citada. O padrão aceitável é que a
concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente
ausentes. A concentração de Sólidos Totais foi de 405,6 mg/L, inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L)
e aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até
1000 mg/L de STD. A Turbidez (8,46 UNT) esteve abaixo do VLP para a já citada classe de águas (≤
100 UNT).
A concentração de Oxigênio Dissolvido (6,6 mg/L) foi superior ao VLP mínimo de referência para as
águas doces de classe 2 (≥ 5 mg/L). No entanto, a DBO calculada (17,04 mg/L) ultrapassou
consideravelmente o limite máximo estabelecido para águas doces Classe 2 que é de até 5 mg/L de O2.
Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão
para COT, entretanto, o valor obtido (16,25 mg/L), encontra-se dentro da faixa esperada para
mananciais de águas superficiais, que varia de 1 a 20 mg/L segundo Libânio (2005).
A concentração de Fósforo Total (0,309 mg/L) ultrapassou o limite estabelecido para ambientes lóticos
(≤ 0,1 mg/L). O Nitrogênio Total foi de 1,18 mg/L (não se dispõe de VLP para este parâmetro). A
Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para 7,5 < pH ≤ 8,0, o nitrogênio amoniacal deve ter
concentração de no máximo 2,0 mg/L. Dessa forma, o valor encontrado para esse parâmetro (0,79 mg/L)
permaneceu dentro do limite estabelecido. A clorofila ‘a’ (12,74 µg/L) também permaneceu abaixo do
valor estabelecido pela referida Resolução (que admite até 30 µg/L).
As concentrações de metais estiveram dentro do limite permitido pela legislação ambiental, com
exceção do Cobre dissolvido (0,386 mg/L) e do Cádmio Total (0,004 mg/L) cujos VLP’s são 0,009 e
0,001 mg/L respectivamente. Cabe destacar que embora o Cromo tenha apresentado concentração
abaixo do Limite de Detecção do método, o LD do equipamento é menos restritivo que o VLP
140
estabelecido pelo CONAMA não podendo assegurar com absoluta certeza o atendimento à Resolução
quanto ao referido metal.
O valor encontrado para coliformes termotolerantes foi de 8 UFC/100 mL estando dentro do valor de
referência (< 1000 NMP/100 mL).
O IQA calculado (64) corresponde a condição de qualidade BOA neste ponto. O IT foi igual a zero (0)
devido as concentrações de Cobre e de Cádmio terem ultrapassado VLP da Resolução. Desta forma, o
Índice de Qualidade de Água combinado - IQAc classifica esta estação com uma qualidade MUITO
RUIM.
O IET calculado, considerando a ponderação do Fósforo Total e Clorofila a, foi de 67,92 e corresponde
a um corpo d’água na condição HIPEREUTRÓFICO.
PIA013 – Açude Público Mendubim
O ponto PIA013 é referente ao Açude Mendubim, localizado no município de Açu. Os resultados
apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos - VLP para
enquadramento das águas doces, Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida (0,04
‰).
Este ponto apresentou profundidade de 10 m e 0,8 m de transparência. No aspecto visual não foram
observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra medida
in loco foi de 28,4 ºC. O pH da amostra (8,4) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas
doces, Classe 2.
O Teor de Óleos e Graxas esteve abaixo do limite de detecção do método (< 10 mg/L), salientando que
TOG não é um parâmetro mensurável na Resolução citada. O padrão aceitável é que a concentração seja
mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausentes.
A concentração de Sólidos Totais foi de 81,60 mg/L, inferior ao VLP para Sólidos Totais Dissolvidos STD (≤ 500 mg/L) e aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma
concentração de até 1000 mg/L de STD. A Turbidez foi de 2,69 UNT e esteve abaixo do VLP para a já
citada classe de águas (≤ 100 UNT).
A concentração obtida de Oxigênio Dissolvido (9,8 mg/L) foi superior ao VLP mínimo de referência
para as águas doces de classe 2 (≥ 5 mg/L). No entanto, a DBO (12,32 mg/L) ultrapassou o limite
máximo estabelecido para a referida classe de águas (≤ 5 mg/L). Para a referida classe de
enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, entretanto, o
valor obtido (16,26 mg/L) pode ser considerado elevado, considerando que o padrão de COT para as
águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. No entanto, encontra-se dentro da faixa esperada
para mananciais de águas superficiais, que varia de 1 a 20 mg/L segundo Libânio (2005).
A concentração de Fósforo Total (0,016 mg/L) situou-se dentro do limite estabelecido para ambientes
lênticos (≤ 0,03 mg/L). O Nitrogênio Total foi de 0,82 mg/L (não se dispõe de VLP para este
parâmetro). A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para o 8,0 < pH ≤ 8,5 o nitrogênio
141
amoniacal deve ter no máximo 1 mg/L. O valor encontrado desse parâmetro (0,26 mg/L) encontra-se
portanto abaixo do limite máximo estabelecido. A clorofila ‘a’ apresentou uma concentração de 12,03
µg/L e esteve abaixo do VLP (≤ 30 µg/L).
As concentrações dos metais pesados analisados estiveram dentro do VLP definido pela legislação.
Entretanto cabe destacar que embora o Cobre, Cromo e o Cádmio tenham apresentado concentração
abaixo do Limite de Detecção do Equipamento, o LD do equipamento é menos restritivo que o VLP
estabelecido pelo CONAMA não podendo assegurar com absoluta certeza o atendimento à Resolução
quanto aos referidos metais.
O valor encontrado para coliformes termotolerantes foi de 3 UFC/100 mL estando dentro do valor de
referência (< 1000 NMP/100 mL).
O IQA calculado (68) corresponde a condição de qualidade BOA. O IET, calculado considerando a
ponderação do Fósforo Total e Clorofila a, foi de 59,00 correspondendo a um corpo d’água na condição
MESOTRÓFICO.
PIA14 – Açude Público Beldroega
O ponto PIA14 é referente ao Açude Beldroega, localizado no município de Paraú. Os resultados
apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos - VLP para
enquadramento das águas doces, Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida (0,07
‰).
Este ponto apresentou profundidade de 11 m e 1,4 m de transparência. No aspecto visual não foram
observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra foi de
28ºC. O pH da amostra (8,12) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces, Classe
2.
O Teor de Óleos e Graxas esteve abaixo do limite de detecção do método (< 10 mg/L), salientando que
TOG não é um parâmetro mensurável na Resolução citada. O padrão aceitável é que a concentração seja
mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausentes. A concentração
de Sólidos Totais foi de 170,40 mg/L, inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L) e aceitável para consumo
humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD. A
Turbidez foi de 8 UNT estando dentro do VLP para a já citada classe de águas (≤ 100 UNT).
A concentração de Oxigênio Dissolvido (8,2 mg/L) foi superior ao VLP mínimo de referência para as
águas doces de classe 2 (≥ 5 mg/L). A DBO entretanto, (7,89 mg/L) ultrapassou o valor máximo
estabelecido para a referida classe de águas (≤ 5 mg/L).
Para águas doces Classe 2, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para Carbono
Orgânico Total, entretanto, o valor obtido (12,76 mg/L) pode ser considerado elevado, considerando
que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. No entanto,
encontra-se dentro da faixa esperada para mananciais de águas superficiais, que varia de 1 a 20 mg/L
segundo Libânio (2005).
142
A concentração de Fósforo Total (0,022 mg/L) situou-se abaixo do limite estabelecido para ambientes
lênticos (≤ 0,03 mg/L). O Nitrogênio Total foi de 0,83 mg/L (não se dispõe de VLP para este
parâmetro). A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para o 8,0 < pH ≤ 8,5 o nitrogênio
amoniacal deve ter no máximo 1 mg/L, o valor encontrado para esse parâmetro (0,33 mg/L) encontra-se
portanto abaixo do limite máximo estabelecido. A clorofila ‘a’ medida (1,03 µg/L) esteve abaixo do
VLP (≤ 30 µg/L).
As concentrações dos metais pesados analisados estiveram dentro do VLP definido pela legislação.
Entretanto cabe destacar que embora o Cobre, Cromo e o Cádmio tenham apresentado concentração
abaixo do Limite de Detecção do Equipamento, o LD do equipamento é menos restritivo que o VLP
estabelecido pelo CONAMA não podendo assegurar com absoluta certeza o atendimento à Resolução
quanto aos referidos metais.
O valor encontrado para coliformes termotolerantes foi de 29 UFC/100 mL estando dentro do valor de
referência (< 1000 NMP/100 mL).
O IQA calculado (77) corresponde a condição de qualidade BOA. O IET, calculado considerando a
ponderação do Fósforo Total e Clorofila a, foi de 53,95 correspondendo a um corpo d’água na condição
MESOTRÓFICO.
PIA15 – Açude Público Novo Angicos
O ponto PIA15 refere-se ao açude Novo Angicos, localizado no município de Angicos-RN. Os
resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP
para enquadramento das águas doces, Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005 em virtude da
salinidade medida (0,17‰).
Este ponto apresentou profundidade de 9 m e 0,85 m de transparência. No aspecto visual não foram
observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra foi de
27,4 ºC. O pH da amostra (7,9) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces, Classe
2.
O Teor de Óleos e Graxas esteve abaixo do limite de detecção do método (< 10 mg/L), salientando que
TOG não é um parâmetro mensurável na Resolução citada. O padrão aceitável é que a concentração seja
mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausentes. A concentração
de Sólidos Totais foi de 242,80 mg/L, inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L) e aceitável para consumo
humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD. A
Turbidez (2,62 UNT) esteve abaixo do VLP para a já citada classe de águas (≤ 100 UNT).
A concentração obtida de Oxigênio Dissolvido (8,4 mg/L) foi superior ao VLP mínimo de referência
para as águas doces de classe 2 (≥ 5 mg/L). No entanto, a DBO (8,17 mg/L) esteve acima do limite
máximo estabelecido para a referida classe de águas (≤ 5 mg/L).
Para a águas doces Classe 2, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT,
entretanto, o valor obtido (15,2 mg/L) pode ser considerado elevado, considerando que o padrão de
143
COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. No entanto, encontra-se dentro da
faixa esperada para mananciais de águas superficiais, que varia de 1 a 20 mg/L segundo Libânio (2005).
A concentração de Fósforo Total (0,019 mg/L) situou-se dentro do limite estabelecido para ambientes
lênticos (≤ 0,03 mg/L). O Nitrogênio Total foi de 0,59 mg/L (não se dispõe de VLP para este
parâmetro). A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para o 7,5 < pH ≤ 8, o nitrogênio
amoniacal deve ter no máximo 2 mg/L, o valor encontrado para esse parâmetro (0,11 mg/L) encontra-se
portanto bem abaixo do limite máximo estabelecido. A clorofila ‘a’ medida (1,65 µg/L) esteve abaixo
do VLP (≤ 30 µg/L).
As concentrações dos metais pesados analisados estiveram dentro do VLP definido pela legislação.
Entretanto cabe destacar que embora o Cobre, Cromo e o Cádmio tenham apresentado concentração
abaixo do Limite de Detecção do Equipamento, o LD do equipamento é menos restritivo que o VLP
estabelecido pelo CONAMA não podendo assegurar com absoluta certeza o atendimento à Resolução
quanto aos referidos metais.
O valor encontrado para coliformes termotolerantes foi de 6 UFC/100 mL estando dentro do valor de
referência (< 1000 NMP/100 mL).
O IQA calculado (81) corresponde a condição de qualidade ÓTIMA. O IET, calculado considerando a
ponderação do Fósforo Total e Clorofila a, foi de 54,66 correspondendo a um corpo d’água na condição
MESOTRÓFICO.
PIA16 – Açude Público Pataxós
O ponto PIA16 diz respeito ao Açude Pataxós, localizado no município de Ipanguaçu-RN. Os resultados
apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para
enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005 em virtude da salinidade
medida (0,14 ‰).
Este ponto apresentou profundidade de 8 m e 0,85 m de transparência. No aspecto visual não foram
observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra medida
foi de 28,5 ºC. O pH da amostra (7,8) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces,
Classe 2.
O Teor de Óleos e Graxas esteve abaixo do limite de detecção do método (< 10 mg/L), salientando que
TOG não é um parâmetro mensurável na Resolução citada. O padrão aceitável é que a concentração seja
mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausentes. A concentração
de Sólidos Totais foi de 245,60 mg/L, inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L) e aceitável para consumo
humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD. A
Turbidez (6,17 UNT) esteve abaixo do VLP para a já citada classe de águas (≤ 100 UNT).
A concentração obtida de Oxigênio Dissolvido (7,9 mg/L) foi superior ao VLP mínimo de referência
para as águas doces de classe 2 (≥ 5 mg/L). A DBO calculada (2,7 mg/L) esteve abaixo do limite
máximo estabelecido para a referida classe de águas (≤ 5 mg/L). Para a referida classe de
enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, entretanto, o
144
valor obtido (14,58 mg/L) pode ser considerado elevado, levando-se em conta que o padrão de COT
para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. No entanto, encontra-se dentro da faixa
esperada para mananciais de águas superficiais, que varia de 1 a 20 mg/L segundo Libânio (2005).
A concentração de Fósforo Total (0,016mg/L) situou-se dentro do limite estabelecido para ambientes
lênticos (≤ 0,03 mg/L). O Nitrogênio Total foi de 0,93 mg/L (não se dispõe de VLP para este
parâmetro). A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para o 7,5 < pH ≤ 8, o nitrogênio
amoniacal deve ter no máximo 2 mg/L, o valor encontrado para esse parâmetro (0,08 mg/L) encontra-se
portanto bem abaixo do limite máximo estabelecido. A clorofila ‘a’ (0,79 µg/L) esteve abaixo do VLP
(≤ 30 µg/L).
Dos metais analisados, apenas Cobre Dissolvido (0,064 mg/L) apresentou concentração acima do valor
de referência (0,009 mg/L). Cabe destacar que embora o Cromo e o Cádmio tenham apresentado
concentração abaixo do Limite de Detecção do Equipamento, o LD do equipamento é menos restritivo
que o VLP estabelecido pelo CONAMA, não podendo assegurar com absoluta certeza o atendimento à
Resolução quanto às concentrações desses metais.
O valor encontrado para Coliformes Termotolerantes (5 UFC/100mL) apresentou-se bem abaixo do
valor de enquadramento estabelecido pela Resolução CONAMA 357/2005 (< 1.000 NMP/100mL).
A densidade de cianobactérias foi de 1.496 Cél/mL, estando dentro do limite estabelecido pela
Resolução 357/2005 CONAMA para as águas doces de Classe 2 (50.000 cel/mL) e pela Portaria
518/2004-MS (20.000 células/mL).
O IQA calculado (86) corresponde a condição de qualidade ÓTIMA neste ponto. Para essa estação o
Índice de Toxicidade - IT calculado foi igual a zero (0) devido ao valor de Cobre ter ultrapassado o VLP
definido pela legislação. Desta forma, o Índice de Qualidade de Água combinado - IQAc classifica esta
estação com uma qualidade MUITO RUIM.
O IET calculado, considerando a ponderação do Fósforo Total e Clorofila a, foi de 52,33 que
corresponde a um corpo d’água na condição MESOTRÓFICO.
PIA17 – Estuário Rio Piranhas-Açu (Macau)
O PIA17 é referente ao Rio Piranhas-Açu (estuário Macau), localizado no município de Macau. De
acordo com a sua salinidade (19,01 ‰), os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados
com os valores limites permitidos-VLP para enquadramento das águas salobras, Classe 1, da Resolução
CONAMA 357/2005.
A temperatura da amostra foi de 28,1 °C; o pH (8,04) esteve dentro da faixa de enquadramento (6,5 a
8,5). A turbidez foi de 11,5 UNT. A concentração de Sólidos Totais obtida foi de 20.044 mg/L.
A concentração de OD (5,9 mg/L) se enquadra ao VLP (≥ 5,0 mg/L). A DBO calculada foi de 2,14
mg/L dentro do limite máximo permitido (≤ 5,0 mg/L) nesse caso para as águas doces. Para a referida
classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para DBO. O
145
valor obtido para COT foi menor do que o Limite de Detecção do método (< 0,2 mg/L), estando dentro
do padrão de COT para as águas salobras e salinas de Classe 1, que é de até 3,0 mg/L.
O Fósforo Total apresentou concentração de 0,076 mg/L, dentro do VLP que é de até 0,124 mg/L para
águas salobras. O Nitrogênio Total apresentou concentração de 1,35 mg/L. A concentração do
Nitrogênio Amoniacal por sua vez, apresentou-se abaixo do Limite Detecção do método (< 0,02 mg/L),
estando portanto abaixo do VLP estabelecido para a referida classe que é de 0,40 mg/L. O valor para
clorofila ‘a’ foi de 2,08 µg/L. A resolução não estabelece valor padrão de clorofila para essa classe de
água.
O valor para Coliformes Termotolerantes (28 UFC/100mL) se encontra dentro dos padrões estabelecidos
pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000,0 NMP/100mL). A densidade de cianobactérias foi de 1.741
Cél/mL, estando portanto, abaixo do limite estabelecido pela Resolução 357/2005 CONAMA para as
águas doces de classe 2 (50.000 cel/mL). A Resolução não apresenta VLP de densidade de
cianobactérias para águas salobras.
Dos metais analisados, todos, com exceção do Chumbo Total, Cromo Total e Mercúrio Total,
ultrapassaram o VLP definido pela legislação ambiental.
O IQA calculado (69) corresponde a condição de qualidade BOA neste ponto. O IT foi igual a zero (0)
devido a concentração dos metais Cobre, Cádmio, Zinco e Níquel terem ultrapassado VLP da
Resolução. Desta forma, o Índice de Qualidade de Água combinado - IQAc classificou esta estação com
uma qualidade MUITO RUIM.
O IET calculado, considerando a ponderação do Fósforo Total e Clorofila a, foi de 56,43 o que
corresponde a um corpo d’água na condição MESOTRÓFICO.
Na amostra de sedimento desta estação de coleta, os resultados estiveram abaixo dos limites
estabelecido na Resolução CONAMA 344/2004, para a referida Classe de águas (Tabela 4-18).
Tabela 4-18 – Concentrações dos metais para as amostras de sedimento no ponto PIA 17 (Estuário
Macau).
PARÂMETROS PARA
DETERMINAR O IT
Cobre dissolvido (mg/Kg)
Chumbo Total (mg/Kg)
Cromo Total (mg/Kg)
Cádmio Total (mg/Kg)
Zinco Total (mg/Kg)
Níquel Total (mg/Kg)
Mercúrio Total (mg/Kg)
*
PIA 17
VLP*
0,05
0,90
0,40
0,20
34,00
46,70
81,00
1,20
150,00
20,90
0,15
0,09
1,0
< LD (0,01)
VLP–Valores Limites Permitidos em mg/Kg para águas salobras e salinas nível 1, segundo
Resolução CONAMA N° 344/2004.
146
PIA18 – Rios dos Cavalos
O PIA18 é referente ao Rio dos Cavalos (estuário), afluente do Rio Piranhas-Açu e está localizado no
município de Pendências. De acordo com a sua salinidade (15,89 ‰), os resultados apresentados neste
ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas
salobras, Classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005.
A temperatura da amostra foi de 30,2°C; o pH (8,05) esteve dentro da faixa de enquadramento (6,5 a
8,5). A turbidez foi de 82,2 UNT. A concentração de Sólidos Totais foi de 18.264 mg/L.
A concentração de OD (6,2 mg/L) se enquadra ao VLP (≥ 5,0 mg/L). A DBO calculada foi de 22,6
mg/L, bem acima do limite máximo permitido (≤ 5,0 mg/L) nesse caso para as águas doces. Para a
referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para
DBO. O valor obtido para COT foi menos que o Limite de Detecção do método (<0,2 mg/L), estando
portanto, dentro do padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1, que é de até 3,0 mg/L.
O Fósforo Total apresentou concentração de 0,393 mg/L, bem acima do VLP que é de até 0,124 mg/L
para águas salobras. O Nitrogênio Total apresentou concentração de 3,62 mg/L. A concentração do
Nitrogênio Amoniacal por sua vez, apresentou-se abaixo do Limite Detecção do método (< 0,02 mg/L),
estando portanto abaixo do VLP estabelecido para a referida classe que é de 0,40 mg/L. O valor para
clorofila ‘a’ foi de 42,0 µg/L. A resolução não estabelece valor padrão de clorofila para essa classe de
água.
O valor para Coliformes Termotolerantes (420 UFC/100mL) se encontra dentro dos padrões
estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000,0 NMP/100mL). A densidade de cianobactérias foi de
7.290 Cél/mL, estando portanto, abaixo do limite estabelecido pela Resolução 357/2005 CONAMA para
as águas doces de Classe 2 (50.000 cel/mL). A Resolução não apresenta VLP de densidade de
cianobactérias para águas salobras.
As concentrações dos metais pesados analisadas estiveram abaixo do Limite de Detecção do
Equipamento, com exceção do Cobre Dissolvido, que apresentou concentração de 0,036 mg/L quando o
VLP é de 0,005 mg/L; do Cádmio Total (0,04 mg/L) cujo VLP é de 0,005 mg/L e do Níquel Total, que
apresentou concentração de 0,148 mg/L e cujo VLP é de 0,025 mg/L. Cabe destacar que o Cromo
apresentou concentração menor que o Limite de Detecção do equipamento, e que o mesmo é menos
restritivo que o VLP estabelecido pela Resolução CONAMA, não podendo assegurar com absoluta
certeza o atendimento à Resolução quanto ao referido metal.
O IQA calculado (46) corresponde a condição de qualidade RUIM neste ponto. O IT foi igual a zero (0)
devido as concentrações dos metais: Cobre, Cádmio e Níquel, terem ultrapassado o VLP da Resolução.
Desta forma, o Índice de Qualidade de Água combinado - IQAc classificou esta estação com uma
qualidade MUITO RUIM.
O IET calculado, considerando a ponderação do Fósforo Total e Clorofila a, foi de 73,70
correspondendo a um corpo d’água na condição HIPEREUTRÓFICO.
A amostra de sedimento coletada neste ponto, apresentou todos os resultados analisados, abaixo dos
limites estabelecido na Resolução CONAMA 344/2004, para a referida Classe de águas (Tabela 4-19).
147
Tabela 4-19 – Resultados para a amostra de sedimento no ponto PIA 18 (Rio dos Cavalos).
PARÂMETROS PARA
DETERMINAR O IT
Cobre dissolvido (mg/Kg)
Chumbo Total (mg/Kg)
Cromo Total (mg/Kg)
Cádmio Total (mg/Kg)
Zinco Total (mg/Kg)
Níquel Total (mg/Kg)
Mercúrio Total (mg/Kg)
PIA 18
VLP*
0,27
1,10
0,20
< LD (0,02)
0,32
1,40
< LD
(0,0002)
34,00
46,70
81,00
1,20
150,00
20,90
0,15
*
VLP–Valores Limites Permitidos em mg/Kg para águas salobras e salinas nível 1, segundo
Resolução CONAMA N° 344/2004 .
PIA20 – Açude Público Santo Antônio
O ponto PIA20 é referente ao Açude Santo Antônio, localizado no município de São João do Sabugi. A
salinidade medida (0,04 ‰) permite a comparação dos resultados com os valores limites permitidos –
VLP para enquadramento das águas doces, Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005.
Este ponto apresentou profundidade de 10 m e 0,6 m de transparência. No aspecto visual não foram
observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra foi de
27,5 ºC. O pH da amostra (7,5) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces, Classe
2.
O Teor de Óleos e Graxas esteve abaixo do limite de detecção do método (< 10 mg/L), salientando que
TOG não é um parâmetro mensurável na Resolução citada. O padrão aceitável é que a concentração seja
mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausentes. A concentração
de Sólidos Totais foi de 138,4 mg/L, inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L) e aceitável para consumo
humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD. A
turbidez (10,9 UNT) esteve abaixo do VLP para a já citada classe de águas (≤ 100 UNT).
A concentração de Oxigênio Dissolvido (5,8 mg/L) foi superior ao VLP mínimo de referência para as
águas doces de classe 2 (≥ 5 mg/L). A Demanda Bioquímica de Oxigênio - DBO foi de 4,55 mg/L e
esteve abaixo do limite máximo estabelecido para águas doces Classe 2 (≤ 5 mg/L). Para a referida
classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT,
entretanto, o valor obtido (8,58 mg/L) pode ser considerado elevado, pelo fato de que o padrão de COT
para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. No entanto, encontra-se dentro da faixa
esperada para mananciais de águas superficiais, que varia de 1 a 20 mg/L segundo Libânio (2005).
A concentração de Fósforo Total (0,024 mg/L) situou-se abaixo do limite estabelecido para ambientes
lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de Nitrogênio Total foi de 0,9 mg/L (não se dispõe de VLP para
este parâmetro). A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para o pH ≤ 7,5 , o nitrogênio
148
amoniacal deve ter no máximo 3,7 mg/L, o valor encontrado para esse parâmetro (0,13 mg/L) encontrase portanto bem abaixo do limite máximo estabelecido. A clorofila ‘a’ medida (0,34 µg/L) esteve bem
abaixo do VLP (≤ 30 µg/L).
À exceção do Cádmio Total que apresentou concentração de 0,004 mg/L e cujo VLP de referência é de
no máximo 0,001 mg/L, todos os metais estiveram dentro do VLP definido, salientando que embora
Cobre e Cromo tenham apresentado concentração abaixo do Limite de Detecção do Equipamento, o LD
do equipamento utilizado é menos restritivo que o VLP estabelecido pelo CONAMA, não podendo
assegurar com absoluta certeza o atendimento à Resolução, no que concerne aos referidos metais.
O valor encontrado para Coliformes Termotolerantes (12 UFC/100mL) apresentou-se bem abaixo do
valor de enquadramento estabelecido pela CONAMA 357/2005 (< 1.000 NMP/100mL). A densidade de
cianobactérias foi de 368.055 Cél/mL, estando portanto, acima do limite estabelecido pela Resolução
357/2005 CONAMA para as águas doces de classe 2 (50.000 cel/mL) e pela Portaria 518/2004-MS
(20.000 células/mL).
O IQA calculado (80) corresponde a condição de qualidade ÓTIMA neste ponto. O Índice de
Toxicidade - IT foi igual a zero (0) devido a concentração do metal pesado Cádmio, ter ultrapassado o
VLP estabelecido pela Resolução CONAMA. Desta forma, o Índice de Qualidade de Água combinado IQAc classificou esta estação com uma qualidade MUITO RUIM.
O Índice de Estado Trófico - IET calculado, considerando a ponderação do Fósforo Total e Clorofila a,
foi de 51,5 o que corresponde a um corpo d’água na condição de OLIGOTRÓFICO.
PIA21 – Açude Público Itans
O ponto PIA21 refere-se ao Açude Itans localizado no município de Caicó. A salinidade medida (0,14
‰) permite a comparação dos resultados com os valores limites permitidos – VLP para enquadramento
das águas doces, Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005.
Este ponto apresentou profundidade de 11 m e 0,6 m de transparência. No aspecto visual não foram
observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra foi de
30,6 ºC. O pH da amostra (8,94) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces,
Classe 2.
O Teor de Óleos e Graxas esteve abaixo do limite de detecção do método (< 10 mg/L), salientando que
TOG não é um parâmetro mensurável na Resolução citada. O padrão aceitável é que a concentração seja
mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausentes. A concentração
de Sólidos Totais foi de 251,2 mg/L, inferior ao VLP para Sólidos Totais Dissolvidos - STD (≤ 500
mg/L) e aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração
de até 1000 mg/L de STD. A turbidez (10,9 UNT) esteve abaixo do VLP para a já citada classe de águas
(≤ 100 UNT).
A concentração de Oxigênio Dissolvido (9,3 mg/L) foi superior ao VLP mínimo de referência para as
águas doces de classe 2 (≥ 5 mg/L). A Demanda Bioquímica de Oxigênio - DBO foi de 8,35 mg/L e
esteve acima do limite máximo estabelecido para águas doces Classe 2 (≤ 5 mg/L). Para a referida classe
149
de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, entretanto,
o valor obtido (10,49 mg/L) pode ser considerado elevado, pelo fato de que o padrão de COT para as
águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. No entanto, encontra-se dentro da faixa esperada
para mananciais de águas superficiais, que varia de 1 a 20 mg/L segundo Libânio (2005).
A concentração de Fósforo Total (0,013 mg/L) situou-se abaixo do limite estabelecido para ambientes
lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de Nitrogênio Total foi de 1,12 mg/L (não se dispõe de VLP
para este parâmetro). A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para o pH > 8,5, o nitrogênio
amoniacal deve ser de no máximo 0,5 mg/L, o valor encontrado para esse parâmetro (0,13 mg/L)
encontra-se portanto abaixo do limite máximo estabelecido. A clorofila ‘a’ medida (18,75 µg/L) esteve
abaixo do VLP (≤ 30 µg/L).
À exceção do Cádmio Total que apresentou concentração de 0,004 mg/L e cujo VLP de referência é de
no máximo 0,001 mg/L, todos os metais estiveram dentro do VLP definido, salientando que embora
Cobre e Cromo tenham apresentado concentração abaixo do Limite de Detecção do Equipamento, o LD
do equipamento utilizado é menos restritivo que o VLP estabelecido pelo CONAMA, não podendo
assegurar com absoluta certeza o atendimento à Resolução, no que concerne aos referidos metais.
O valor encontrado para Coliformes Termotolerantes (14 UFC/100mL) apresentou-se bem abaixo do
valor de enquadramento estabelecido pela CONAMA 357/2005 (< 1.000 NMP/100mL). A densidade de
cianobactérias foi de 786.445 Cél/mL, estando portanto, acima do limite estabelecido pela Resolução
357/2005 CONAMA para as águas doces de classe 2 (50.000 cel/mL) e pela Portaria 518/2004-MS
(20.000 células/mL).
O IQA calculado (71) corresponde a condição de qualidade BOA neste ponto. O Índice de Toxicidade IT foi igual a zero (0) devido a concentração do metal pesado Cádmio, ter ultrapassado o VLP
estabelecido pela Resolução CONAMA. Desta forma, o IQAc classificou esta estação com uma
qualidade MUITO RUIM.
O Índice de Estado Trófico - IET calculado, considerando a ponderação do Fósforo Total e Clorofila a,
foi de 59,47 o que corresponde a um corpo d’água na condição de EUTRÓFICO.
PIA22 – Rio Seridó (Caicó)
O PIA22 é referente ao Rio Seridó localizado à jusante da cidade de Caicó. A salinidade medida (0,27
‰) permite a comparação dos resultados com os valores limites permitidos – VLP para enquadramento
das águas doces, Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005.
Este ponto apresentou profundidade de 0,5 m. No aspecto visual não foram observados irregularidades
quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra foi de 31 ºC. O pH da amostra (8,42)
situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces, Classe 2.
O Teor de Óleos e Graxas esteve abaixo do limite de detecção do método (< 10 mg/L), salientando que
TOG não é um parâmetro mensurável na Resolução citada. O padrão aceitável é que a concentração seja
mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausentes. A concentração
de Sólidos Totais foi de 398,8 mg/L, inferior ao VLP para Sólidos Totais Dissolvidos - STD (≤ 500
150
mg/L) e aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração
de até 1000 mg/L de STD. A turbidez (84,2 UNT) esteve abaixo do VLP para a já citada classe de águas
(≤ 100 UNT).
A concentração de Oxigênio Dissolvido (7,4 mg/L) foi superior ao VLP mínimo de referência para as
águas doces de classe 2 (≥ 5 mg/L). A Demanda Bioquímica de Oxigênio - DBO foi de 15,84 mg/L e
esteve acima do limite máximo estabelecido para águas doces Classe 2 (≤ 5 mg/L). Para a referida classe
de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, entretanto,
o valor obtido (16,23 mg/L) pode ser considerado elevado, pelo fato de que o padrão de COT para as
águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. No entanto, encontra-se dentro da faixa esperada
para mananciais de águas superficiais, que varia de 1 a 20 mg/L segundo Libânio (2005).
A concentração de Fósforo Total (0,125 mg/L) ultrapassou marginalmente o limite estabelecido para
ambientes lóticos (≤ 0,1 mg/L). A concentração de Nitrogênio Total foi de 2,67 mg/L (não se dispõe de
VLP para este parâmetro). A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para o 8,0 < pH ≤ 8,5, o
nitrogênio amoniacal deve ser de no máximo 1,0 mg/L, o valor encontrado para esse parâmetro (0,87
mg/L) encontra-se abaixo do limite máximo estabelecido. A clorofila ‘a’ medida (23,14 µg/L) esteve
abaixo do VLP (≤ 30 µg/L).
À exceção do Cobre Dissolvido que apresentou concentração de 0,074 mg/L e cujo VLP de referência
é de no máximo 0,009 mg/L, todos os metais estiveram dentro do VLP definido, salientando que embora
Cromo e Cádmio tenham apresentado concentração abaixo do Limite de Detecção do Equipamento, o
LD do equipamento utilizado é menos restritivo que o VLP estabelecido pelo CONAMA, não podendo
assegurar com absoluta certeza o atendimento à Resolução, no que concerne aos referidos metais.
O valor encontrado para Coliformes Termotolerantes (14 UFC/100mL) apresentou-se bem abaixo do
valor de enquadramento estabelecido pela CONAMA 357/2005 (< 1.000 NMP/100mL).
O IQA calculado (71) corresponde a condição de qualidade BOA neste ponto. O Índice de Toxicidade IT foi igual a zero (0) devido a concentração do metal pesado Cádmio, ter ultrapassado o VLP
estabelecido pela Resolução CONAMA. Desta forma, o IQAc classificou esta estação com uma
qualidade MUITO RUIM.
O Índice de Estado Trófico - IET calculado, considerando a ponderação do Fósforo Total e Clorofila a,
foi de 68,15 o que corresponde a um corpo d’água na condição de HIPEREUTRÓFICO.
PIA23 – Açude Público Boqueirão de Parelhas
O PIA23 é referente ao Açude Boqueirão de Parelhas, localizado no município de Parelhas. A
salinidade medida (0,14 ‰) permite a comparação dos resultados com os valores limites permitidos –
VLP para enquadramento das águas doces, Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005.
Este ponto apresentou profundidade de 19 m e 0,6 m de transparência. No aspecto visual não foram
observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra foi de
27,2 ºC. O pH da amostra (6,68) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces,
Classe 2.
151
O Teor de Óleos e Graxas esteve abaixo do limite de detecção do método (< 10 mg/L), salientando que
TOG não é um parâmetro mensurável na Resolução citada. O padrão aceitável é que a concentração seja
mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausentes. A concentração
de Sólidos Totais foi de 226,4 mg/L, inferior ao VLP para Sólidos Totais Dissolvidos - STD (≤ 500
mg/L) e aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração
de até 1000 mg/L de STD. A turbidez foi de 166 UNT e ultrapassou do VLP para a já citada classe de
águas (≤ 100 UNT).
A concentração de Oxigênio Dissolvido (8,0 mg/L) foi superior ao VLP mínimo de referência para as
águas doces de classe 2 (≥ 5 mg/L). A Demanda Bioquímica de Oxigênio - DBO foi de 8,4 mg/L e
esteve acima do limite máximo estabelecido para águas doces Classe 2 (≤ 5 mg/L). Para a referida classe
de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, entretanto,
o valor obtido (12,69 mg/L) pode ser considerado elevado, pelo fato de que o padrão de COT para as
águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. No entanto, encontra-se dentro da faixa esperada
para mananciais de águas superficiais, que varia de 1 a 20 mg/L segundo Libânio (2005).
A concentração de Fósforo Total (0,021 mg/L) situou-se abaixo do limite estabelecido para ambientes
lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de Nitrogênio Total foi de 1,26 mg/L (não se dispõe de VLP
para este parâmetro). A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para o pH ≤ 7,5, o nitrogênio
amoniacal deve ser de no máximo 3,7 mg/L, o valor encontrado para esse parâmetro (0,06 mg/L)
encontra-se portanto bem abaixo do limite máximo estabelecido. A clorofila ‘a’ medida (4,27 µg/L)
esteve abaixo do VLP (≤ 30 µg/L).
À exceção do Zinco Total que apresentou concentração de 0,268 mg/L e cujo VLP de referência é de
no máximo 0,18 mg/L, todos os metais estiveram dentro do VLP definido, salientando que embora
Cobre, Cromo e Cádmio tenham apresentado concentração abaixo do Limite de Detecção do
Equipamento, o LD do equipamento utilizado é menos restritivo que o VLP estabelecido pelo
CONAMA, não podendo assegurar com absoluta certeza o atendimento à Resolução, no que concerne
aos referidos metais.
O valor encontrado para Coliformes Termotolerantes (3 UFC/100mL) apresentou-se bem abaixo do
valor de enquadramento estabelecido pela CONAMA 357/2005 (< 1.000 NMP/100mL). A densidade de
cianobactérias foi de 280.785 Cél/mL, estando portanto, acima do limite estabelecido pela Resolução
357/2005 CONAMA para as águas doces de classe 2 (50.000 cel/mL) e pela Portaria 518/2004-MS
(20.000 células/mL).
O IQA calculado (64) corresponde a condição de qualidade BOA neste ponto. O Índice de Toxicidade IT foi igual a zero (0) devido a concentração do metal pesado Zinco ter ultrapassado o VLP estabelecido
pela Resolução CONAMA. Desta forma, o IQAc classificou esta estação com uma qualidade MUITO
RUIM.
O Índice de Estado Trófico - IET calculado, considerando a ponderação do Fósforo Total e Clorofila a,
foi de 57,30 o que corresponde a um corpo d’água na condição de MESOTRÓFICO.
152
PIA 24 – Rio Seridó (São Fernando)
O PIA24 refere-se ao Rio Seridó, localizado no município de São Fernando. Os resultados apresentados
neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das
águas doces, Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida (0,28 ‰).
Este ponto apresentou profundidade de 0,5 m. No aspecto visual não foram observados irregularidades
quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra foi de 28,7 ºC. O pH da amostra
(8,09) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces, Classe 2.
O Teor de Óleos e Graxas esteve abaixo do limite de detecção do método (< 10 mg/L), salientando que
TOG não é um parâmetro mensurável na Resolução citada. O padrão aceitável é que a concentração seja
mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausentes. A concentração
de Sólidos Totais foi de 417,20 mg/L, inferior ao VLP para Sólidos Totais Dissolvidos - STD (≤ 500
mg/L) e aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração
de até 1000 mg/L de STD. A turbidez (3,92 UNT) esteve abaixo do VLP para a já citada classe de águas
(≤ 100 UNT).
A concentração de Oxigênio Dissolvido (8,6 mg/L) foi superior ao VLP mínimo de referência para as
águas doces de classe 2 (≥ 5 mg/L). A Demanda Bioquímica de Oxigênio - DBO foi de 8,86 mg/L e
esteve acima do limite máximo estabelecido para águas doces Classe 2 (≤ 5 mg/L). Para a referida classe
de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, entretanto,
o valor obtido (12,63 mg/L) pode ser considerado elevado, pelo fato de que o padrão de COT para as
águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. No entanto, encontra-se dentro da faixa esperada
para mananciais de águas superficiais, que varia de 1 a 20 mg/L segundo Libânio (2005).
A concentração de Fósforo Total (0,315 mg/L) ultrapassou o limite estabelecido para ambientes lóticos
(≤ 0,1 mg/L). A concentração de Nitrogênio Total foi de 0,63 mg/L (não se dispõe de VLP para este
parâmetro). A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para o 8,0 < pH ≤ 8,5, o nitrogênio
amoniacal deve ser de no máximo 1,0 mg/L, o valor encontrado para esse parâmetro (0,27 mg/L)
encontra-se abaixo do limite máximo estabelecido. A clorofila ‘a’ medida (0,29 µg/L) esteve bem
abaixo do VLP (≤ 30 µg/L).
As concentrações dos metais pesados analisados estiveram dentro do VLP definido pela legislação.
Entretanto cabe destacar que embora o Cobre, Cromo e o Cádmio tenham apresentado concentração
abaixo do Limite de Detecção do Equipamento, o LD do equipamento é menos restritivo que o VLP
estabelecido pelo CONAMA não podendo assegurar com absoluta certeza o atendimento à Resolução
quanto aos referidos metais.
O valor encontrado para Coliformes Termotolerantes (13 UFC/100mL) apresentou-se bem abaixo do
valor de enquadramento estabelecido pela CONAMA 357/2005 (< 1.000 NMP/100mL).
O IQA calculado (57) corresponde a condição de qualidade BOA neste ponto. O Índice de Estado
Trófico - IET calculado, considerando a ponderação do Fósforo Total e Clorofila a, foi de 51,60 o que
corresponde a um corpo d’água na condição de OLIGOTRÓFICO.
153
PIA25 – Açude Público Passagem das Traíras
O PIA25 é referente ao Açude Público Passagem das Traíras, e está localizado no município de São José
do Seridó. A salinidade medida foi de 0,28 ‰ e permite a comparação dos resultados apresentados com
os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas doces, Classe 2, da Resolução
CONAMA 357/2005.
Este ponto apresentou profundidade de 10 m e 0,6 m de transparência. No aspecto visual não foram
observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A temperatura da amostra foi de
29,7 ºC. O pH da amostra (8,95) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas doces,
Classe 2.
O Teor de Óleos e Graxas esteve abaixo do limite de detecção do método (< 10 mg/L), salientando que
TOG não é um parâmetro mensurável na Resolução citada. O padrão aceitável é que a concentração seja
mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausentes. A concentração
de Sólidos Totais foi de 301,20 mg/L, inferior ao VLP para Sólidos Totais Dissolvidos - STD (≤ 500
mg/L) e aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração
de até 1000 mg/L de STD. A turbidez (3,6 UNT) esteve abaixo do VLP para a já citada classe de águas
(≤ 100 UNT).
A concentração de Oxigênio Dissolvido (10,9 mg/L) foi superior ao VLP mínimo de referência para as
águas doces de classe 2 (≥ 5 mg/L). A Demanda Bioquímica de Oxigênio - DBO foi de 17,34 mg/L e
esteve acima do limite máximo estabelecido para águas doces Classe 2 (≤ 5 mg/L). Para a referida classe
de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, entretanto,
o valor obtido (13,99 mg/L) pode ser considerado elevado, pelo fato de que o padrão de COT para as
águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L. No entanto, encontra-se dentro da faixa esperada
para mananciais de águas superficiais, que varia de 1 a 20 mg/L segundo Libânio (2005).
A concentração de Fósforo Total (0,056 mg/L) situou-se acima do limite estabelecido para ambientes
lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de Nitrogênio Total foi de 0,96 mg/L (não se dispõe de VLP
para este parâmetro). A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece que para o pH > 8,5, o nitrogênio
amoniacal deve ser de no máximo 0,5 mg/L, o valor encontrado para esse parâmetro (0,28 mg/L)
encontra-se portanto abaixo do limite máximo estabelecido. A clorofila ‘a’ medida (17,19 µg/L) esteve
abaixo do VLP (≤ 30 µg/L).
À exceção do Cádmio Total que apresentou concentração de 0,004 mg/L e cujo VLP de referência é de
no máximo 0,001 mg/L, todos os metais estiveram dentro do VLP definido, salientando que embora
Cobre e Cromo tenham apresentado concentração abaixo do Limite de Detecção do Equipamento, o LD
do equipamento utilizado é menos restritivo que o VLP estabelecido pelo CONAMA, não podendo
assegurar com absoluta certeza o atendimento à Resolução, no que concerne aos referidos metais.
O valor encontrado para Coliformes Termotolerantes (6 UFC/100mL) apresentou-se bem abaixo do
valor de enquadramento estabelecido pela CONAMA 357/2005 (< 1.000 NMP/100mL). A densidade de
cianobactérias foi de 350.760 Cél/mL, estando portanto, acima do limite estabelecido pela Resolução
357/2005 CONAMA para as águas doces de classe 2 (50.000 cel/mL) e pela Portaria 518/2004-MS
(20.000 células/mL).
154
O IQA calculado (59) corresponde a condição de qualidade BOA neste ponto. O Índice de Toxicidade IT foi igual a zero (0) devido a concentração do metal pesado Cádmio, ter ultrapassado o VLP
estabelecido pela Resolução CONAMA. Desta forma, o IQAc classificou esta estação com uma
qualidade MUITO RUIM.
O Índice de Estado Trófico - IET calculado, considerando a ponderação do Fósforo Total e Clorofila a,
foi de 63,68 o que corresponde a um corpo d’água na condição de SUPEREUTRÓFICO.
PIA26 – Açude Boqueirão de Angicos
O PIA26 é referente ao Açude Boqueirão de Angicos, e está localizado no município de Afonso
Bezerra. A salinidade medida foi de 0,14 ‰ e permite a comparação dos resultados apresentados com os
valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas doces, Classe 2, da Resolução
CONAMA 357/2005.
O ponto de coleta apresentou profundidade de 15 m e 0,8 m de transparência (profundidade do Secchi).
No aspecto visual não foram observados irregularidades quanto aos parâmetros não mensuráveis. A
temperatura da amostra foi de 31°C, e o pH (8,08), situou-se dentro da faixa de enquadramento para
águas doces, Classe 2.
O Teor de Óleos e Graxas – TOG, apresentou-se abaixo do limite de detecção do método (< 10 mg/L), o
padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo. A
concentração de Sólidos Totais foi de 226,4 mg/L, inferior ao VLP para STD (≤ 500 mg/L) e aceitável
para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L
de STD. A turbidez (2,41 UNT) esteve abaixo do VLP para a já citada classe de águas (≤ 100 UNT).
O valor observado para o OD foi de 8,7 mg/L, estando portanto, acima da concentração mínima definida
pela Resolução (≥ 5 mg/L). A DBO calculada (12,75 mg/L) esteve fora do VLP definido pela da referida
Resolução que é de até 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA
357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido (15,75 mg/L) encontra-se
dentro da faixa esperada para mananciais de águas superficiais, que varia de 1 a 20 mg/L segundo
Libânio (2005). No entanto, considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas Classe
1 é de até 3,0 mg/L, este valor pode ser considerado alto.
O Fósforo Total (0,021 mg/L) esteve abaixo do limite máximo de referência para ambientes lênticos (≤
0,03 mg/L). Para o Nitrogênio Total a concentração analisada foi de 1,04 mg/L (não se dispõe de VLP
de referência para este parâmetro). O Nitrogênio Amoniacal foi de 0,06 mg/L estando portanto, abaixo
do VLP que é de 1,0 mg/L para 8,0 < pH ≤ 8,5. A clorofila ‘a’ medida (4,27 µg/L) esteve abaixo do
VLP (30 µg/L).
As concentrações de metais estiveram dentro do limite permitido pela legislação ambiental, com
exceção do Cobre Dissolvido (0,068 mg/L) e do Cromo Total (0,068 mg/L) cujos VLP’s são de 0,009 e
0,05 mg/L respectivamente. Cabe destacar que embora o Cádmio Total tenha apresentado concentração
abaixo do Limite de Detecção do método (LD – 0,02 mg/L), esse LD é menos restritivo que o VLP
estabelecido pelo CONAMA não podendo assegurar com absoluta certeza o atendimento à Resolução.
155
O valor para coliformes termotolerantes (4 UFC/100mL) se encontra dentro do limite estabelecido pela
Resolução CONAMA 357/2005 (< 1.000 NMP/100mL). Este ponto não foi selecionado para o
monitoramento de cianobactérias.
O IQA calculado (77) corresponde a condição de qualidade BOA neste ponto. O Índice de Toxicidade IT foi igual a zero (0) devido os valores de Cobre e Cromo terem ultrapassado o VLP definido pela
legislação. Desta forma, o IQAc classificou esta estação com uma qualidade MUITO RUIM.
O IET calculado considerando a ponderação das concentrações de Fósforo Total e Clorofila a, foi de
57,30 que corresponde a um corpo d’água na condição MESOTRÓFICO.
PIA27 – Rio Camurupim (Guamaré)
O PIA27 é referente ao Rio Camurupim (estuário de Guamaré), e está localizado no município de
Guamaré. De acordo com a salinidade medida (26,10 ‰), os resultados apresentados neste ponto estão
sendo comparados com os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas salobras,
Classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005.
A temperatura da amostra foi de 29,3°C; o pH (7,92) esteve dentro da faixa de enquadramento (6,5 a
8,5). A turbidez foi de 2,10 UNT. A concentração de Sólidos Totais foi de 40.580 mg/L.
O Teor de Óleos e Graxas esteve abaixo do limite de detecção do método (< 10 mg/L), salientando que
TOG não é um parâmetro mensurável na Resolução citada. O padrão aceitável é que a concentração seja
mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausentes.
A concentração de OD (6,2 mg/L) esteve dentro do VLP (≥ 5,0 mg/L). A DBO calculada foi de 18,9
mg/L, bem acima do limite máximo permitido (≤ 5,0 mg/L) nesse caso para as águas doces (para águas
salobras, a Resolução CONAMA não estabelece VLP para DBO). O valor obtido para COT esteve
abaixo do Limite de Detecção do método (< 0,2 mg/L), estando portanto, dentro do padrão de COT para
as águas salobras e salinas de classe 1, que é de até 3,0 mg/L.
O Fósforo Total apresentou concentração de 0,024 mg/L estando portanto, abaixo do VLP que é de até
0,124 mg/L para águas salobras. O Nitrogênio Total apresentou concentração de 1,38 mg/L. A
concentração do Nitrogênio Amoniacal foi de 0,07 mg/L, estando portanto abaixo do VLP estabelecido
para a referida classe que é de até 0,40 mg/L. O valor para clorofila ‘a’ foi de 1,95 µg/L. A resolução
não estabelece valor padrão de clorofila para essa classe de água.
A concentração de Coliformes Termotolerantes (72 UFC/100mL) se encontra dentro dos padrões
estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000,0 NMP/100mL).
As concentrações dos metais pesados analisadas estiveram acima do Limite de Detecção do
Equipamento, com exceção do Chumbo Total, Zinco Total e Mercúrio Total.
O IQA calculado (65) corresponde a condição de qualidade BOA neste ponto. O IT foi igual a zero (0)
devido as concentrações dos metais: Cobre, Cromo, Cádmio e Níquel, terem ultrapassado o VLP da
Resolução. Desta forma, o IQAc classificou esta estação com uma qualidade MUITO RUIM.
156
O IET calculado considerando a ponderação do Fósforo Total e Clorofila a, foi de 53,16 correspondendo
a um corpo d’água na condição MESOTRÓFICO.
Na amostra de sedimento, os resultados se enquadram abaixo dos limites estabelecido na Resolução
CONAMA 344/2004, para a referida classe de águas (Tabela 4-20).
Tabela 4-20 – Resultados para a amostra de sedimento no ponto PIA 27 (Estuário Guamaré).
PARÂMETROS PARA
DETERMINAR O IT
Cobre dissolvido (mg/Kg)
Chumbo Total (mg/Kg)
Cromo Total (mg/Kg)
Cádmio Total (mg/Kg)
Zinco Total (mg/Kg)
Níquel Total (mg/Kg)
Mercúrio Total (mg/Kg)
PIA 27
VLP*
0,03
0,75
0,40
0,20
0,17
0,80
34,00
46,70
81,00
1,20
150,00
20,90
0,15
< LD (0,01)
*
VLP–Valores Limites Permitidos em mg/Kg para águas salobras e salinas nível 1, segundo
Resolução CONAMA N° 344/2004 .
PIA28 – Rios das Conchas
O PIA28 é referente ao Rio dos Conchas (estuário), localizado em Porto do Mangue. De acordo com a
salinidade medida (34,33 ‰), os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os
valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas salinas, Classe 1, da Resolução
CONAMA 357/2005.
Este ponto apresentou profundidade de 0,5 m. A temperatura da amostra foi 29ºC. O pH da amostra
(7,81) situou-se dentro dos valores de enquadramento para águas salinas, Classe 1 (6,5 a 8,5).
O Teor de Óleos e Graxas esteve abaixo do limite de detecção do método (< 10 mg/L), salientando que
TOG não é um parâmetro mensurável na Resolução citada. O padrão aceitável é que a concentração seja
mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausentes. A concentração
de Sólidos Totais foi de 39.360 mg/L, e a Turbidez 2,4 UNT.
O limite mínino estabelecido de OD para as águas salinas, Classe 1 é de 6,0 mg/L, a concentração de
Oxigênio Dissolvido medido (6,7 mg/L) esteve portanto, acima do limite de referência. A DBO foi de
19,46 mg/L e a concentração de COT esteve abaixo do Limite de Detecção do método (< 0,2 mg/L),
permanecendo dentro do padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1, que é de até 3,0
mg/L.
A concentração de fósforo total (0,155 mg/L) esteve fora da faixa de referência (≤ 0,062 mg/L). O valor
para nitrogênio total foi de 1,68 mg/L. A concentração do Nitrogênio Amoniacal esteve abaixo do
Limite de Detecção do método (< 0,02) mg/L, estando portanto abaixo do VLP estabelecido para a
157
referida classe que é de até 0,40 mg/L. O valor para clorofila ‘a’ foi de 3,85 µg/L. A resolução não
estabelece valor padrão de clorofila para essa classe de água.
A concentração de Coliformes Termotolerantes (153 UFC/100mL) se encontra dentro dos padrões
estabelecidos pelo CONAMA 357/2005 (< 1.000,0 NMP/100mL).
As concentrações dos metais pesados analisadas estiveram acima do Limite de Detecção do
Equipamento, com exceção do Chumbo Total, Zinco Total e Mercúrio Total.
O IQA calculado (62) corresponde a condição de qualidade BOA neste ponto. O IT foi igual a zero (0)
devido as concentrações dos metais: Cobre, Cromo, Cádmio e Níquel, terem ultrapassado o VLP da
Resolução. Desta forma, o IQAc classificou esta estação com uma qualidade MUITO RUIM.
O IET calculado considerando a ponderação do Fósforo Total e Clorofila a, foi de 60,95 correspondendo
a um corpo d’água na condição de EUTRÓFICO.
Na amostra de sedimento de fundo, os resultados se estiveram abaixo dos limites estabelecido na
Resolução CONAMA 344/2004, como pode ser observado na Tabela 4-21.
Tabela 4-21 – Resultados para a amostra de sedimento no ponto PIA 28 – Rio das Conchas.
PARÂMETROS PARA
DETERMINAR O IT
Cobre dissolvido (mg/Kg)
Chumbo Total (mg/Kg)
Cromo Total (mg/Kg)
Cádmio Total (mg/Kg)
Zinco Total (mg/Kg)
Níquel Total (mg/Kg)
Mercúrio Total (mg/Kg)
PIA 28
VLP*
0,03
0,80
0,50
0,20
0,28
0,80
34,00
46,70
81,00
1,20
150,00
20,90
0,15
< LD (0,0002)
*
VLP–Valores Limites Permitidos em mg/Kg para águas salobras e salinas nível 1, segundo
Resolução CONAMA N° 344/2004 .
SÍNTESE GRÁFICA DOS RESULTADOS DA BACIA PIRANHAS-AÇU
Nas figuras 4.75 a 4.80 apresentam-se os gráficos dos principais parâmetros e índices de controle da
Bacia Hidrográfica do Piranha-Açu.
158
Figura 4-75 - Variação espacial das concentrações de OD e DBO na Bacia Hidrográfica do PiranhasAçu (estações de água salobra e salina).
Figura 4-76 - Variação espacial das concentrações de OD e COT na Bacia Hidrográfica do Piranhas-Açu
(estações de água salobra e salina).
159
Figura 4-77 - Variação espacial dos Coliformes Termotolerantes na Bacia Hidrográfica do Piranha-Açu.
Figura 4-78 - Variação espacial da densidade de cianobactérias na Bacia Hidrográfica do Piranhas-Açu.
160
Figura 4-79 - Variação espacial do Indice de Qualidade da Água – IQA na Bacia Hidrográfica do
Piranhas-Açu.
Figura 4-80 - Variação espacial do Índice de Estado Trófico – IET na Bacia Hidrográfica do PiranhasAçu.
161
4.3. BACIA HIDROGRÁFICA APODI-MOSSORÓ
A bacia hidrográfica Apodi/Mossoró, localizada na região oeste potiguar, é a segunda maior do Estado,
ocupando 26,8% de sua área. Apesar de sua importância sócio-econômica para a região, tem sofrido
conseqüências diretas de atividades antrópicas, que acabam constituindo-se em fonte de contaminação e
uma ameaça ao meio ambiente e à saúde pública. Assim, é de extrema importância o conhecimento da
qualidade de suas águas superficiais e subterrâneas, de forma a planejar o gerenciamento adequado deste
recurso hídrico, avaliando impactos e prevenindo sua degradação.
Na Tabela 4-22 apresentam-se os resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos, assim
como o IQA, IT, IQAc e IET médio, considerando-se fósforo e clorofila ‘a’, para os pontos de
amostragem situados na Bacia Hidrográfica do Rio Apodi-Mossoró, nos meses de novembro e dezembro
de 2009.
Nesta bacia foram selecionados 29 pontos de amostragem: APM01–Açude Encanto, APM02–Açude
Bonito II, APM03–Açude Jesus Maria José, APM4–Açude Flechas, APM05–Açude Público de Pau dos
Ferros, APM06–Açude Público de Pilões, APM07–Açude Público de Marcelino Vieira, APM08–Açude
25 de Março (não foi selecionada para monitoramento); APM09–Açude de Lucrécia, APM10–Açude
Rodeador, APM11–Açude do Brejo, APM12–Açude Malhada Vermelha, APM13–Açude Passagem,
APM14–Açude Morcego, APMP15–Açude Santo Antonio, APM16–Açude Apanha Peixe, APM17–
Barragem de Santa Cruz, APM18–Rio Apodi/Mossoró – Felipe Guerra, APM19–Rio Apodi/Mossoró –
Gov. Dix-Sept Rosado, APM20–Rio Apodi/Mossoró – Barragem do Genésio, APM21–Rio
Apodi/Mossoró – Passagem de Pedra, APM 22–Rio Apodi/Mossoró –Areia Branca (estuário), APM 23–
Açude Riacho da Cruz, APM 24–Açude Barragem de Umari, APM 25–Rio do Carmo- Upanema, APM
26–Rio do Carmo- Fazenda Angicos, APM 27-Açude de Tourão, APM 28-Açude Santana de Pau dos
Ferros e APM 29-Rio Apodi/Mossoró – Jusante de Pau dos Ferros e APM 30-Ponte – BR101 (estuário).
Tabela 4-22 - Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT, IQAc e IET da bacia hidrográfica Apodi-Mossoró/RN.
PARÂMETROS PARA
DETERMINAR O IQA
Temperatura da amostra (0C)
pH
Altitude (m)
OD (mg.L-1)
DBO (mg.L-1)
Coliformes Termotolerantes
(NMP.100 mL-1)
Nitrogênio Total (mg.L-1)
APM01
APM02
APM03
APM04
APM05
APM06
APM07
28
7,75
215
9,1
9,74
27,9
6,96
523
8,7
11,1
27,8
7,2
304
4,6
9,07
27,8
7,4
251
6,0
7,7
28,4
7,72
213
6,9
8,72
31,0
6,58
238
5,2
6,25
27,6
7,2
216
6,6
6,3
2500
2000
28
14
1800
8
38
6,3388
0,545
9,2301
> 100
11,495
> 100
7,3141
-1
0,2999
0,3977
0,8364
4,83
0,5243
0,5584
4,3555
-1
Sólidos Totais (mg.L )
Turbidez (UNT)
Índice (IQA)
Qualidade
283,6
0
55
Média
165,9
10,7
43
Ruim
94,22
27,4
53
Média
Cobre dissolvido (mg.L-1)
Chumbo Total (mg.L-1)
Cromo Total (mg.L-1)
Cádmio Total (mg.L-1)
Zinco Total (mg.L-1)
Níquel Total (mg.L-1)
Mercúrio Total (mg.L-1)
Índice (IT)
IQAc
Qualidade
Índice do Estado Trófico (IET)
< 0,007
< 0,05
< 0,02
< 0,01
< 0,007
< 0,05
< 0,002
1
55
Média
68,9
209,5
122,6
193,7
205,74
19,3
8,9
20,6
57
55
57
35
50
Média
Média
Ruim
Ruim
PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT
< 0,007
< 0,007
< 0,007
< 0,007
< 0,05
< 0,05
< 0,05
< 0,05
< 0,02
< 0,02
< 0,02
< 0,02
< 0,01
< 0,01
< 0,01
< 0,01
< 0,007
< 0,007
< 0,007
< 0,007
< 0,05
< 0,05
< 0,05
< 0,05
< 0,002
< 0,002
< 0,002
< 0,002
1
1
1
1
55
57
35
50
Média
Média
Ruim
Ruim
66,5
71,3
72,5
73,0
< 0,007
< 0,05
< 0,02
< 0,01
< 0,007
< 0,05
< 0,002
1
43
Ruim
69,2
< 0,007
< 0,05
< 0,02
< 0,01
0,069
< 0,05
< 0,002
1
53
Média
77,9
Categoria
Hipereutrófico
Hipereutróf.
Hipereutróf.
Fósforo Total (mg.L )
Supereutróf
.
Hipereutróf.
Hipereutróf.
Hipereutróf.
Cianobactérias (cél/mL)
COT (mg.L-1)
Teor de Óleos e Graxas (mg.L-1 )
Clorofila ‘a’ (µg.L-1)
Salinidade (‰)
844.376
19,14
0,0
17,93
0,0
294.975
19,14
0,0
4,88
0,12
745.513
19,49
26,8
13,55
0,0
18,44
13,2
2,56
0,058
733.106
19,14
29,8
48,61
0,14
161.150
18,79
11,4
9,59
0,19
1.559.174
18,79
12,2
26,57
0,0
Nitrogênio Amoniacal (mg.L-1)
ND
ND
ND
ND
ND
ND
ND
VLP*
6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3
;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3
≤ 5,0 1
< 1.000 1,2,3
≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124
≤ 0,0623;
≤ 1001
≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3
≤ 0,01 1, 2,3
≤ 0,05 1, 2,,3
≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2,
≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3
≤ 0,025 1, 2,3
≤ 0,0002 1, 2,3
2
50.000 ; 20.000MS
≤ 3,02,3
Virtualmente ausentes
≤ 301
1
0,5‰ ; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3
(3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH
≤ 8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/ pH
> 8,5)1; 0,40 2,3
Profundidade (m)
9
8
10
9
9
10
10
Transparência (m)
0,7
0,8
0,6
0,65
0,5
1,15
0,7
*
VLP–Valores Limites Permitidos (mg/L) para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/20051 . 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas
salinas. +ambientes lênticos, ++ambientes Intermediários e +++ambientes lóticos. APM01 – Açude Encanto; APM02 – Açude Bonito II; APM03 – Açude Jesus Maria José; APM04 – Açude
Flechas; APM05 –Açude Público de Pau dos Ferros; APM06 – Açude Público de Pilões e APM07 – Açude Público de Marcelino Vieira.
163
Tabela 4-22 (cont.)- Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT, IQAc e IET da bacia hidrográfica Apodi/Mossoró/RN.
PARÂMETROS PARA
DETERMINAR O IQA
Temperatura da amostra (0C)
pH
Altitude (m)
OD (mg.L-1)
DBO (mg.L-1)
Coliformes Termotolerantes
(NMP.100 mL-1)
Nitrogênio Total (mg.L-1)
APM08
APM09
APM10
APM11
APM12
APM13
APM14
-
27,9
8,1
215
6,9
7,65
29,0
8,1
177
6,9
3,4
28,5
8,4
138
6,5
6,24
29,5
7,87
132
8,3
3,31
28,3
7,3
148
7,0
6,32
28,3
6,43
107
5,9
4,85
-
0
22
42
18
500
46
-
4,6704
26,3628
3,3065
10,02
5,5801
6,3903
-1
Fósforo Total (mg.L )
-
0,4596
0,2680
0,3200
0,3272
0,3239
0,3172
-1
Sólidos Totais (mg.L )
Turbidez (UNT)
Índice (IQA)
Qualidade
-
106,7
14
62
Média
6,03
4,8
67
Média
Cobre dissolvido (mg.L-1)
Chumbo Total (mg.L-1)
Cromo Total (mg.L-1)
Cádmio Total (mg.L-1)
Zinco Total (mg.L-1)
Níquel Total (mg.L-1)
Mercúrio Total (mg.L-1)
Índice (IT)
IQAc
Qualidade
Índice do Estado Trófico (IET)
Categoria
Cianobactérias (cel/mL)
•
COT (mg.L-1)
Teor de Óleos e Graxas (mg.L-1 )
Clorofila ‘a’ (µg.L-1)
Salinidade (‰)
-
134,1
120,6
123,1
121,2
13,6
4,21
11
14,5
73
74
68
70
Boa
Boa
Média
Média
PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT
< 0,007
< 0,007
< 0,007
< 0,007
< 0,05
< 0,05
< 0,05
< 0,05
< 0,02
< 0,02
< 0,02
< 0,02
< 0,01
< 0,01
< 0,01
< 0,01
0,017
0,024
< 0,007
< 0,007
< 0,05
< 0,05
< 0,05
< 0,05
< 0,002
< 0,002
< 0,002
< 0,002
1
1
1
1
73
74
68
70
Boa
Boa
Média
Média
67,5
75,6
66,9
61,8
< 0,007
< 0,05
< 0,02
< 0,01
0,115
< 0,05
< 0,002
1
62
Média
69,2
< 0,007
< 0,05
< 0,02
< 0,01
0,113
< 0,05
< 0,002
1
67
Média
61,5
Nitrogênio Amoniacal (mg.L-1)
-
Hipereutróf.
Hipereutróf.
Supereutróf.
Eutrófico
Hipereutróf.
Eutrófico
-
698.225
17,75
64,8
6,09
0,0
18,79
38,8
5,43
0,097
18,10
42,2
7,52
0,039
18,10
46,4
0,915
0,21
19,14
106,4
18,39
0,0
19,84
89,2
0,829
0,0
-
ND
ND
ND
ND
ND
ND
VLP*
6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3
;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3
≤ 5,0 1
< 1.000 1,2,3
≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 2;
0,0623;
≤ 1001
≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3
≤ 0,01 1, 2,3
≤ 0,05 1, 2,,3
≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2,
≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3
≤ 0,025 1, 2,3
≤ 0,0002 1, 2,3
50.0002 ; 20.000MS
≤ 3,02,3
Virtualmente ausentes
≤ 301
1
0,5‰ ; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3
(3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH ≤
8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/ pH >
8,5)1; 0,40 2,3
Profundidade (m)
6
17
6
7
15
7
Transparência (m)
1
2,1
0,9
0,4
0,6
0,8
*
VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/20051 . 1Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas
salinas. + ambientes lênticos e ++ ambientes Intermediários e ambientes lóticos +++ APM08 – Açude 25 de março; APM09 – Açude de Lucrécia; APM10 – Açude Rodeador; APM11 – Açude do
Brejo; APM12 – Açude Malhada Vermelha; APM13 – Açude Passagem e APM14 – Açude Morcego.
164
Tabela 4-22 (cont.) - Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT, IQAc e IET da bacia hidrográfica Apodi/Mossoró/RN.
PARÂMETROS PARA
DETERMINAR O IQA
Temperatura da amostra (0C)
pH
Altitude (m)
OD (mg.L-1)
DBO (mg.L-1)
Coliformes Termotolerantes
(NMP.100 mL-1)
Nitrogênio Total (mg.L-1)
APM15
APM16
APM17
APM18
APM19
APM20
APM21
27,5
7,8
140
6,3
11,74
30,9
8,05
47
6,8
10,76
29,7
8,14
95
7,4
5,05
31,6
7,8
21
7,8
9,3
30,8
7,6
21
9,2
11,91
29,9
7,5
4
6,8
7,34
29,4
7,14
3
6,7
16,26
0
33
20
28
84
1
14
5,5109
> 100
> 100
1,5839
3,0074
1,0273
9,0677
-1
Fósforo Total (mg.L )
0,4635
1,0436
0,1854
0,4495
0,3328
0,1128
1,8760
-1
Sólidos Totais (mg.L )
Turbidez (UNT)
Índice (IQA)
Qualidade
6,08
15,8
69
Média
169,78
144
66
Média
220,48
13,8
52
Média
Cobre dissolvido (mg.L-1)
Chumbo Total (mg.L-1)
Cromo Total (mg.L-1)
Cádmio Total (mg.L-1)
Zinco Total (mg.L-1)
Níquel Total (mg.L-1)
Mercúrio Total (mg.L-1)
Índice (IT)
IQAc
Qualidade
Índice do Estado Trófico (IET)
Categoria
Cianobactérias (cel/mL)
COT (mg.L-1)
Teor de Óleos e Graxas (mg.L-1 )
Clorofila ‘a’ (µg.L-1)
Salinidade (‰)
< 0,007
< 0,05
< 0,02
< 0,01
< 0,007
< 0,05
< 0,002
1
69
Média
71,3
17,52
3,5
55,16
75,88
242
6,23
142
45,5
31
48
55
60
Ruim
Ruim
Média
Média
PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT
< 0,007
< 0,007
< 0,007
< 0,007
< 0,05
< 0,05
< 0,05
< 0,05
< 0,02
< 0,02
< 0,02
< 0,02
< 0,01
< 0,01
< 0,01
< 0,01
< 0,007
< 0,007
< 0,007
< 0,007
< 0,05
< 0,05
0,048
< 0,05
< 0,002
< 0,002
< 0,002
< 0,002
1
1
0
1
31
48
0
60
Ruim
Ruim
Muito ruim
Média
72
66,8
54,2
58,9
< 0,007
< 0,05
< 0,02
< 0,01
< 0,007
< 0,05
< 0,002
1
66
Média
62,2
< 0,007
< 0,05
< 0,02
< 0,01
< 0,007
< 0,05
< 0,002
1
52
Média
75,9
Nitrogênio Amoniacal (mg.L-1)
Hipereutróf.
Hipereutróf
Supereutróf.
Mesotrófico
Mesotrófico
Eutrófico
Hipereutróf.
18,10
24
28,47
0,0
17,75
12
13,58
0,078
18,10
27,46
14,00
0,019
18,10
72
0,427
0,0
18,10
64,8
1,52
0,097
18,44
77,2
4,00
0,45
18,10
125,6
27,18
0,80
ND
0,0533
ND
ND
0,0266
0,0098
0,0438
VLP*
6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3
;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3
≤ 5,0 1
< 1.000 1,2,3
≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124
≤ 0,0623;
≤ 1001
≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3
≤ 0,01 1, 2,3
≤ 0,05 1, 2,,3
≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2,
≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3
≤ 0,025 1, 2,3
≤ 0,0002 1, 2,3
50.0002 ; 20.000MS
≤ 3,02,3
Virtualmente ausentes
≤ 301
1
0,5‰ ; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3
(3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH
≤ 8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/
pH > 8,5)1; 0,40 2,3
Profundidade (m)
6
7
20
0,34
0,5
0,5
0,5
Transparência (m)
0,4
0,35
1,3
0,5
0,5
1
0,5
*
VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/20051 . 1Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas
salinas. + ambientes lênticos e ++ ambientes Intermediários e ambientes lóticos +++ APM15 – Açude Santo Antônio; APM16 – Açude Apanha Peixe; APM17 – Barragem de Santa Cruz; APM18 –
Pedra de Abelhas – Felipe Guerra; APM19 – Gov. Dix-Sept Rosado; APM20 – Barragem do Genésio e APM21 – Passagem de Pedra.
165
Tabela 4-22 (cont.) - Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT, IQAc e IET da bacia hidrográfica Apodi/Mossoró/RN.
PARÂMETROS PARA
DETERMINAR O IQA
Temperatura da amostra (0C)
pH
Altitude (m)
OD (mg.L-1)
DBO (mg.L-1)
Coliformes Termotolerantes
(NMP.100 mL-1)
Nitrogênio Total (mg.L-1)
APM22
APM23
APM24
APM25
APM26
APM27
APM28
28,2
7,47
0
5,5
8,62
28
6,71
165
7,1
6,26
28,6
8,12
71
6,5
4,92
29
7,9
71
4,8
4,51
28
7,97
15
7,1
2,38
28,6
7,2
185
6,3
8,18
27,7
7,5
230
6,2
8,36
220
1000
0
7
25
0
48
18,112
-
2,9328
5,612
2,1546
8,4518
4,4757
-1
Fósforo Total (mg.L )
0,1781
-
0,5656
0,2463
0,1910
0,3406
0,5567
-1
Sólidos Totais (mg.L )
Turbidez (UNT)
Índice (IQA)
Qualidade
711,54
8,77
55
Média
241,4
8,89
71
Boa
89
37,4
62
Média
Cobre dissolvido (mg.L-1)
Chumbo Total (mg.L-1)
Cromo Total (mg.L-1)
Cádmio Total (mg.L-1)
Zinco Total (mg.L-1)
Níquel Total (mg.L-1)
Mercúrio Total (mg.L-1)
Índice (IT)
IQAc
Qualidade
Índice do Estado Trófico (IET)
Categoria
Cianobactérias (cel/mL)
COT (mg.L-1)
Teor de Óleos e Graxas (mg.L-1 )
Clorofila ‘a’ (µg.L-1)
Salinidade (‰)
0,081
0,341
0,135
< 0,01
0,072
0,348
< 0,002
0
0
Muito ruim
50,9
< 0,007
< 0,05
< 0,02
< 0,01
0,012
< 0,05
< 0,002
1
71
Boa
63,9
< 0,007
< 0,05
< 0,02
< 0,01
< 0,007
< 0,05
< 0,002
1
62
Média
73,3
Nitrogênio Amoniacal (mg.L-1)
2,98
3,5
5,16
6,7
3,31
8,3
6,16
76
71
78
Boa
Boa
Boa
PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT
< 0,007
< 0,007
< 0,007
< 0,007
< 0,05
< 0,05
< 0,05
< 0,05
< 0,02
< 0,02
< 0,02
< 0,02
< 0,01
< 0,01
< 0,01
< 0,01
< 0,007
< 0,007
< 0,007
< 0,007
< 0,05
< 0,05
< 0,05
0,030
< 0,002
< 0,002
< 0,002
< 0,002
1
1
1
0
76
71
0
Boa
Boa
Muito ruim
57,7
68,9
61,6
70,1
Oligotrófico
Mesotróf.
Hipereutróf.
Eutrófico
Hipereutróf.
Supereutrófico
Hipereutróf.
ND
17,75
76
0,350
816,75
19,14
9,34
-
2.920
18,10
26
8,45
0,0
18,44
78
3,39
0,019
18,44
39
2,74
0,0
18,79
11,6
2,00
0,039
19,14
18,8
50,14
0,39
ND
-
ND
ND
ND
ND
0,0283
VLP*
6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3
;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3
≤ 5,0 1
< 1.000 1,2,3
≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124
≤ 0,0623;
≤ 1001
≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3
≤ 0,01 1, 2,3
≤ 0,05 1, 2,,3
≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2,
≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3
≤ 0,025 1, 2,3
≤ 0,0002 1, 2,3
50.0002 ; 20.000MS
≤ 3,02,3
Virtualmente ausentes
≤ 301
1
0,5‰ ; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3
(3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH
≤ 8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/ pH
> 8,5)1; 0,40 2,3
Profundidade (m)
<1
9
12
<1
<1
9
7
Transparência (m)
0,3
1
1,2
0,4
<1
0,85
0,4
*
VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, segundo Resolução CONAMA N° 357/20051 . 1Águas doces, 2 Águas salobras, 3Águas
salinas. + ambientes lênticos e ++ ambientes Intermediários e ambientes lóticos +++ APM22 – Areia Branca (praça da igreja); APM23 – Riacho da Cruz; APM24 – Açude de Umari; APM25 –
Upanema; APM26 – Fazenda Angicos; APM27 – Açude Tourão e APM28 – Açude Santana de Pau dos Ferros. Para APM23 o IET = IET (CL).
166
Tabela 4-22 (cont.)- Resultados das análises físico-químicas e biológicas, índices IQA, IT, IQAc e IET da bacia hidrográfica Apodi/Mossoró/RN.
PARÂMETROS PARA
DETERMINAR O IQA
Temperatura da amostra (0C)
pH
Altitude (m)
OD (mg.L-1)
DBO (mg.L-1)
Coliformes Termotolerantes
(NMP.100 mL-1)
Nitrogênio Total (mg.L-1)
APM29
APM30
-
29,8
8,39
3
7,1
11,46
-
0
-
13,8950
VLP*
6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3
;≥ 5,01,2 ;;≥ 6,0 ,3
≤ 5,0 1
< 1.000 1,2,3
≤ (0,03+ , 0,05++ e 0,1+++)1; ≤0,124 2;
Fósforo Total (mg.L )
0,4841
0,0623;
-1
Sólidos Totais (mg.L )
9,58
Turbidez (UNT)
29,9
≤ 1001
Índice (IQA)
65
Qualidade
MÉDIO
PARÂMETROS TÓXICOS PARA DETERMINAR O IT
Cobre dissolvido (mg.L-1)
< 0,007
≤ 0,009 1; ≤ 0,005 2,3
-1
Chumbo Total (mg.L )
< 0,05
≤ 0,01 1, 2,3
-1
Cromo Total (mg.L )
0,086
≤ 0,05 1, 2,,3
Cádmio Total (mg.L-1)
< 0,01
≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2,
Zinco Total (mg.L-1)
< 0,007
≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3
-1
Níquel Total (mg.L )
< 0,05
≤ 0,025 1, 2,3
-1
Mercúrio Total (mg.L )
< 0,002
≤ 0,0002 1, 2,3
Índice (IT)
0
IQAc
0
Qualidade
Muito ruim
Índice do Estado Trófico (IET)
71,1
Categoria
Hipereutróf
50.0002 ; 20.000MS
Cianobactérias (cel/mL)
COT (mg.L-1)
17,75
≤ 3,02,3
Teor de Óleos e Graxas (mg.L-1 )
166
Virtualmente ausentes
Clorofila ‘a’ (µg.L-1)
20,34
≤ 301
1
Salinidade (‰)
0,078
0,5‰ ; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3
(3,7 p/ pH ≤ 7,5 - 2,0 p/ 7,5 < pH ≤
Nitrogênio Amoniacal (mg.L-1)
0,0366
8 - 1 p/ 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 p/ pH >
8,5)1; 0,40 2,3
Profundidade (m)
<1
Transparência (m)
0,3
-1
*
VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, salobras classe 1 e salinas classe 1, + ambientes lênticos e ++ ambientes Intermediários e +++ ambientes lóticos segundo
Res. CONAMA N° 357/20051. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas. APM29 – Jusante de Pau dos Ferros (o leito do rio estava seco) e APM30 – Ponte BR 110 – Rio do Carmo.
APM01 - Açude Encanto
O ponto APM1 refere-se ao Açude Encanto, apresenta profundidade de 9 m (no local da coleta) e 0,7 m
de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites
permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe II, da Resolução CONAMA 357/2005.
Salinidade medida 0,00 ‰.
A temperatura da amostra medida foi de 28,0 ºC, o pH (7,75) situou-se dentro dos valores de
enquadramento para águas doces, classe 2 e a turbidez foi 0 uT, portanto, inferior ao VLP (≤100 UNT).
O teor de óleos e graxas foi 0,00. Vale salientar que OG não é um parâmetro mensurável na resolução
citada, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum
resíduo, ou seja, virtualmente ausente. A concentração de STD foi de aproximadamente 283,6 mg/L,
valor este aceitável para consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma
concentração de até 1000 mg/L.
O limite mínimo estabelecido de OD para as águas doces de classe 2 é de 5 mg/L. Assim, a
concentração de oxigênio dissolvido medido (9,1 mg/L) encontra-se satisfatório. No entanto, a DBO
calculada (9,74 mg/L) ultrapassa o valor máximo da referida Resolução que é 5 mg/L. Para a referida
classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no
entanto, o valor obtido é considerável (19,14 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas
salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.
A concentração de fósforo total (0,2999 mg/L) encontra-se muito elevado e não atende ao VLP de
referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 6,3388 mg/L
e nitrogênio amoniacal não foi detectado. A clorofila ‘a’ medida foi de 17,93 µg/L e inferior ao VLP
(30 µg/L).
Os metais analisados estão dentro do limite permitido pela legislação ambiental. No entanto, a
metodologia utilizada para a análise de chumbo, cádmio, níquel e mercúrio não permite verificar o seu
enquadramento. Os seus limites de detecção foram < 0,05, < 0,01, < 0,05 e < 0,002 mg/L quando a
resolução CONAMA define os VLP máximos de ≤ 0,01, ≤ 0,001, ≤ 0,025 e ≤ 0,0002 mg/L,
respectivamente.
Quanto aos coliformes termotolerantes, a quantidade encontrada foi muito significativa (2500 NMP/100
mL) se comparada ao VLP que deve ser < 1.000 NMP/100 mL. O açude apresentou, também, grande
densidade de cianobactérias, aumentando de 437.265 células/mL em setembro de 2009 para 844.376
células/mL em novembro de 2009. Este açude apresenta sempre altas densidades (413.008 células/mL
em abril de 2009 e 202.224 células/mL em setembro de 2008). Tais valores, portanto, são superiores ao
limite estabelecido pela Resolução 357/2005 CONAMA que estabelece até 50.000 cel/mL de
cianobactérias para águas doces classe 2 e da Portaria 518/2004-MS que limita este parâmetro em
20.000 células/mL.
O IT foi igual a 1 o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 55, o que corresponde a uma MÉDIA
qualidade. No entanto, como já mencionado, não há segurança na determinação do IT quando
considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e mercúrio como metais de controle. O IET calculado,
considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”, foi de 68,9 que corresponde a um corpo
d’água na condição de HIPEREUTRÓFICO. Cabe ressaltar que a concentração de fósforo superou o
limite de enquadramento indicando condição favorável ao processo de eutrofização.
168
APM02 - Açude Bonito II
O ponto APM2 refere-se ao Açude Bonito II. Apresenta profundidade de 8 m no local da coleta e 0,8 m
de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites
permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe II, da Resolução CONAMA 357/2005.
Salinidade medida 0,12 ‰
No momento da coleta mediram-se: temperatura (27,9 ºC); pH (6,96) que situou-se dentro dos valores
de enquadramento para águas doces, classe 2; a turbidez foi 19,3, dentro do limite permitido (≤ 100
UNT). Assim como em APM1, neste ponto o teor de óleos e graxas foi 0,0. A concentração de sólidos
totais dissolvidos foi de 209,5 mg/L (Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de
STD).
A concentração medida de OD foi de 8,7 mg/L e, portanto, acima do limite mínimo estabelecido para as
águas doces de classe 2 que é de 5 mg/L. Quanto à DBO calculada (11,1 mg/L), o valor encontra-se
acima do VLP da referida Resolução, que é 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a
Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi
expressiva (19,14 mg/L), considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1
é de até 3,0 mg/L.
A concentração de fósforo total foi aproximadamente de 0,3977 mg/L, este valor encontra-se muito
acima do VLP de referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de nitrogênio total
foi de 0,545 mg/L e nitrogênio amoniacal não foi detectado. A clorofila ‘a’ medida foi 4,88 µg/L e
inferior ao VLP (30 µg/L).
Em relação aos metais, esse corpo aquático apresentou comportamento semelhante ao APM01. No
entanto, como já mencionado, não há segurança na determinação quando considerado os metais chumbo,
cádmio, níquel e mercúrio como metais de controle.
Quanto aos coliformes termotolerantes, a quantidade encontrada foi muito significativa (2000 NMP/100
mL) se comparada ao VLP que deve ser < 1.000 NMP/100 mL.
Este açude também se configura por apresentar elevada densidade de cianobactérias. Em setembro/2009
obteve 326.520 células/mL e em novembro/2009 294.975 células/mL. Apesar da diminuição da
densidade em julho/2009 (45.166 células /mL), o açude também apresentou altos níveis em setembro de
2008 (185.889 células/mL) e março de 2009 (317.500). Os valores apresentados, com exceção de
julho/2009 excedem o limite estabelecido pela Resolução 357/2005 CONAMA que estabelece até
50.000 cel/mL e pela Portaria 518/2004-MS que limita este parâmetro em 20.000 células/mL.
O IT foi igual a 1 o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 55, o que corresponde a uma MÉDIA
qualidade. O IET calculado, considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”, foi de 66,5
correspondendo a um corpo d’água na condição de SUPEREUTRÓFICO, como já esperado, uma vez
que a concentração de fósforo superou o limite de enquadramento indicando condição favorável ao
processo de eutrofização.
169
APM03 - Açude Jesus Maria José
O ponto APM3 refere-se ao Açude Jesus Maria José, com profundidade de 10 m (no local da coleta) e
0,6 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores
limites permitidos - VLP para enquadramento das águas doces, classe II, da Resolução CONAMA
357/2005. Salinidade medida 0,00 ‰.
No momento da coleta foram verificados: temperatura (27,8 ºC); pH (7,2) dentro do esperado para
enquadramento para águas doces, classe 2; turbidez 8,9 UNT e concentração de óleos e graxas igual a
26,8 mg/L. Vale ressaltar que OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o padrão
aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja,
virtualmente ausente. A concentração de sólidos totais dissolvidos foi de aproximadamente 122,6 mg/L
e, portanto, pode ser considerado aceitável para consumo humano em acordo com a Portaria 518-MS
que estabelece um limite de 1000 mg/L para STD.
A concentração medida de OD foi de 4,6 mg/L e portanto abaixo do limite mínimo estabelecido para as
águas doces de classe 2 que é de 5 mg/L. A DBO calculada (9,07 mg/L) ultrapassa o valor máximo da
referida Resolução que é 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA
357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi significativo (19,49
mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.
A concentração de fósforo total aproximadamente de 0,8364 mg/L encontra-se acima do VLP de
referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 9,2301 mg/L
e nitrogênio amoniacal não foi detectado. A clorofila ‘a’ medida foi 13,55 µg/L e inferior ao VLP (30
µg/L).
Em relação aos metais, o resultado foi semelhante aos açudes APM01 e APM02. Como já mencionado,
não há segurança na determinação quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e mercúrio
como metais de controle.
Quanto aos coliformes termotolerantes, o valor obtido foi de 28 NMP/100 mL, abaixo do VLP (1000
NMP/100 mL). Elevada densidade de cianobactérias foi registrada neste açude em setembro/2009
(444.705 células/mL) e novembro/2009 (745.513 células/mL). Este açude também apresentou alta
densidade de cianobactérias em julho/2009 (351.162 células/mL), em setembro/2008 (158.060
células/mL) e março /2009 (214.240 células/mL). Estes resultados são superiores ao estabelecido pela
Resolução 357/2005 CONAMA que é de até 50.000 cel/mL de cianobactérias para águas doces classe 2
e ao limite da Portaria 518/2004-MS que é de 20.000 células/mL.
O IT foi igual a 1 o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 57 o que corresponde a uma qualidade da
água MÉDIA. O IET calculado (71,3), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”,
corresponde a um corpo d’ água na condição de HIPEREUTRÓFICO. Como esperado, a concentração
de fósforo superou o limite de enquadramento indicando condição favorável ao processo de
eutrofização.
APM04 - Açude Flechas
O ponto APM4 refere-se ao Açude Flechas, com profundidade de 9 m (no local da coleta) e 0,65 m de
transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites
170
permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005.
Salinidade medida 0,058 ‰
A temperatura da amostra foi de 27,8 ºC; pH (7,4) dentro do esperado para enquadramento para águas
doces, classe 2. Neste ponto a turbidez foi de 20,6 uT. A concentração de OG foi de 13,2 mg/L (OG não
é um parâmetro mensurável na resolução citada, o padrão aceitável é que a concentração seja mínima a
tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente ausente). A concentração de sólidos
totais dissolvidos foi de aproximadamente 193,7 mg/L, este valor pode ser considerado aceitável para
consumo humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de
STD.
A concentração medida de OD foi de 6,0 mg/L e portanto acima do limite mínimo estabelecido para as
águas doces de classe 2 que é de 5 mg/L. No entanto, a DBO calculada (7,7 mg/L) ultrapassa o valor
máximo da referida da Resolução 357/2005 CONAMA que é 5 mg/L. Para a referida classe de
enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o
valor obtido foi expressivo (18,44 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e
salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.
Pode-se perceber que a concentração de fósforo total foi muito elevada (4,83 mg/L), acima do VLP de
referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi > 100 mg/L e
nitrogênio amoniacal não foi detectado. A clorofila ‘a’ medida foi 2,56 µg/L e inferior ao VLP (30
µg/L).
Quanto aos metais, o resultado foi semelhante aos açudes mencionados anteriormente e, como já
mencionado, não há segurança na determinação quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e
mercúrio como metais de controle. Quanto aos coliformes termotolerantes, o valor obtido foi de 14
NMP/100 mL, abaixo do VLP (< 1000 NMP/100 mL). Este ponto não foi selecionado para análise de
cianobactérias.
O IT foi igual a 1 o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 35 o que corresponde a uma qualidade de
água RUIM. O IET calculado (72,5), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”,
corresponde a um corpo d’ água na condição de HIPEREUTRÓFICO, como esperado, devido a
elevada concentração de nutrientes neste açude.
APM05 – Açude Público de Pau dos Ferros
O ponto APM5 refere-se ao Açude Público de Pau dos Ferros. O referido açude possui profundidade de
9 m no ponto da coleta e 0,5 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo
comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da
Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,14 ‰
No momento da coleta a temperatura foi 28,4 ºC; o pH foi 7,72, dentro do esperado para enquadramento
para águas doces, classe 2; a turbidez foi de 57 uT; o teor de OG apresentou-se um pouco elevado, com
29,8 mg/L (OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o padrão aceitável é que a
concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou seja, virtualmente
ausente). A concentração de sólidos totais dissolvidos foi de aproximadamente 205,74 mg/L e portanto
aceitável para consumo humano em acordo com a Portaria 518-MS (inferior a 1000 mg/L para STD).
171
A concentração de OD foi de 6,9 mg/L, acima do limite mínimo estabelecido para as águas doces de
classe 2 que é de 5 mg/L. Por outro lado, a DBO calculada foi alta 8,72 mg/L e maior que o VLP
máximo que é 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não
estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi significativo (19,14 mg/L)
considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.
A concentração de fósforo total foi de aproximadamente de 0,5243 mg/L e supera o VLP de referência
para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 11,495 mg/L e
nitrogênio amoniacal não foi detectado. A clorofila ‘a’ medida foi elevada (48,61 µg/L) ultrapassando o
VLP (30 µg/L).
Quanto aos metais, o resultado foi semelhante aos açudes mencionados anteriormente e, como já
mencionado, não há segurança na determinação quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e
mercúrio como metais de controle.
Quanto aos coliformes termotolerantes, o valor obtido foi de 1800 NMP/100 mL, acima do VLP (< 1000
NMP/100 mL). Este açude se configura por apresentar densidade de cianobactérias muito elevada,
acima de 1 milhão de células/mL. Em setembro/2009 apresentou 1.653.723 células/mL), diminuindo
para 733.106 células/mL em novembro/2009. A densidade também foi bastante elevada em julho de
2009, atingindo 1.115.710 células/mL; em outubro de 2009, atingindo 1.070.848 células/mL e em março
de 2009, atingindo 463.376 células/mL. Portanto, todos apresentaram valores acima do permitido pela
Resolução 357/2005 CONAMA que é de até 50.000 cel/mL de cianobactérias para águas doces classe 2
e da Portaria 518/2004-MS que é de 20.000 células/mL.
O IT foi igual a 1, o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 50, que corresponde a uma qualidade
RUIM. O IET calculado (73,0), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”,
corresponde a um corpo d’água na condição de HIPEREUTRÓFICO. Cabe ressaltar que a
concentração de fósforo foi elevada indicando condição favorável ao processo de eutrofização.
APM06 – Açude Público de Pilões
O ponto APM5 refere-se ao Açude Público de Pilões. O referido açude possui profundidade de 10 m no
ponto da coleta e 1,15 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo
comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe II, da
Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida de 0,19 ‰.
A temperatura medida (31 ºC) condiz com a normalidade do clima e da temperatura ambiente. O pH
(6,58) e turbidez (10,7 uT) medidos estão em conformidade com as águas doces, classe 2. A
concentração de OG foi de 11,4 mg/L (OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o
padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou
seja, virtualmente ausente). STD (165,9 mg/L) é considerado aceitável para consumo humano
considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD.
O OD medido foi de 5,2 mg/L, acima do limite mínimo estabelecido para as águas doces de classe 2 que
é de 5 mg/L e a DBO calculada foi de 6,25 mg/L, maior que o VLP máximo que é 5 mg/L. Para a
referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para
172
COT, no entanto, o valor obtido foi expressivo (18,79 mg/L) considerando que o padrão de COT para as
águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.
A concentração de fósforo total foi de aproximadamente de 0,5584 mg/L e supera o VLP de referência
para ambientes lênticos (≤ 0,03). A concentração de nitrogênio total foi > 100 mg/L e nitrogênio
amoniacal não foi detectado. O valor de clorofila ‘a’ foi 9,59 µg.L-1, abaixo do VLP (30 µg/L).
Quanto aos metais, o resultado foi semelhante aos açudes mencionados anteriormente e, como já
mencionado, não há segurança na determinação quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e
mercúrio como metais de controle.
Quanto aos coliformes termotolerantes, o valor obtido foi de 8 NMP/100 mL, bem abaixo do VLP (<
1000 NMP/100 mL). Houve um aumento na densidade de cianobactérias no quinto trimestre de coletas.
Em julho/ 2009 a densidade foi de 33.462 células/mL, aumentando para 161.150 em novembro/2009.
Tais valores superam pouco o limite estabelecido pela Resolução 357/2005 CONAMA que é de até
50.000 cel/mL de cianobactérias para águas doces classe 2.
O IT foi igual a 1, o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 43, o que corresponde a uma qualidade
de água RUIM. O IET calculado (69,2), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a’,
corresponde a um corpo d’água na condição de HIPEREUTRÓFICO.
APM7 – Açude Público de Marcelino Vieira
O ponto APM7 refere-se ao Açude Público de Marcelino Vieira. O referido açude possui profundidade
de 10 m no ponto da coleta e 0,7 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo
comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe II, da
Resolução CONAMA 357/2005. A salinidade foi 0,0 ‰.
Quanto aos parâmetros medidos in loco, a temperatura (27,6 ºC) foi normal e condizente ao clima e
temperatura ambiente, o pH foi de 7,2 e a turbidez foi de 27,4, todos atendendo aos VLPs de referência.
A concentração de OG foi de 12,2 mg/L (OG não é um parâmetro mensurável na resolução citada, o
padrão aceitável é que a concentração seja mínima a tal ponto que não se observe nenhum resíduo, ou
seja, virtualmente ausente) e a de STD foi de 94,22 mg/L, sendo aceitável para consumo humano
considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD.
O oxigênio medido foi de 6,6 mg/L e atende ao VLP para as águas doces de classe 2 que é de no mínimo
5 mg/L. A DBO calculada foi superior ao desejado (6,3 mg/L), VLP ≤ 5 mg/L. Para a referida classe de
enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o
valor obtido foi elevado (18,79 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e
salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.
A concentração de fósforo total foi muito elevada (4,3555 mg/L), superando o VLP de referência para
ambientes lênticos (≤ 0,03). A concentração de nitrogênio total foi de 7,3141 mg/L (não se tem VLP de
referência para este parâmetro) e nitrogênio amoniacal não foi detectado. A clorofila ‘a’ foi de 26,57
µg/L e portanto inferior ao VLP (30 µg/L).
173
Em relação aos metais, o resultado foi semelhante aos açudes mencionados anteriormente e, como já
mencionado, não há segurança na determinação quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e
mercúrio como metais de controle.
Quanto aos coliformes termotolerantes, o valor obtido foi de 38 NMP/100 mL, abaixo do VLP (< 1000
NMP/100 mL). A densidade de cianobactérias neste açude continua elevada em novembro de 2009,
apresentando níveis acima de 1 milhão de células/mL (1.559.174 células/mL) e, portanto, está muito
acima do que permite a Resolução 357/2005 CONAMA que é de até 50.000 cel/mL de cianobactérias
para águas doces classe 2. A Portaria 518/2004-MS estabelece um limite de 20.000 células/mL. Os
níveis de cianobactérias encontradas neste manancial são compatíveis com o estado de hipereutrofia do
mesmo, conforme dados contidos no relatório.
O IT foi igual a 1, o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 53, o que corresponde a uma MÉDIA
qualidade de água. O IET calculado (77,9), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a’,
corresponde a um corpo d’ água na condição de HIPEREUTRÓFICO, como já esperado pelos
elevados valores obtidos para fósforo.
APM08 – Açude 25 de Março
Este açude não foi selecionado para monitoramento nesta campanha.
APM09 – Açude de Lucrécia
O ponto APM9 refere-se ao Açude de Lucrécia. O referido açude possui profundidade de 6 m no ponto
da coleta e 1 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com
os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução
CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,0 ‰
A temperatura medida (27,9 ºC) situou-se dentro do esperado e os valores de pH (8,1) e turbidez (13,6
uT) estão compatíveis com os valores de referência. Neste ponto, óleos e graxas esteve presente em
elevada concentração (64,8 mg/L). O valor de STD (134,1 mg/L) foi baixo e aceitável para consumo
humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD.
A concentração de OD foi satisfatória (6,9 mg/L) e atende ao VLP que é ≥ 5 mg/L. A DBO calculada
(7,65 mg/L) foi superior ao limite permitido que é 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a
Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi
elevado (17,75 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é
de até 3,0 mg/L.
A concentração de fósforo total (0,4596 ml/L) também foi elevada e superou o VLP de referência para
ambientes lênticos (≤ 0,03). A concentração de nitrogênio total foi de 4,6704 mg/L (não se tem
referência para este parâmetro) e nitrogênio amoniacal não foi detectado. A clorofila ‘a’ foi
relativamente baixa (6,09 µg/L) e inferior ao VLP (30 µg/L).
174
Em relação aos metais, o resultado foi semelhante aos anteriores. Pelo mesmo motivo, não há segurança
na determinação quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e mercúrio como metais de
controle.
Coliformes termotolerantes não foi encontrado. A densidade de cianobactérias em Lucrécia também é
sempre muito elevada. Em setembro/2009 atingiu 313.005 células/mL, aumentando para 698.225
células/mL em novembro/2009, sendo, portanto, superior ao limite permitido pela Resolução 357/2005
CONAMA que é de até 50.000 cel/mL de cianobactérias para águas doces classe 2. Esta densidade
também não atende a Portaria 518/2004-MS (20.000 células/mL).
O IT foi igual a 1, o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 73, o que corresponde a uma BOA
qualidade. O IET calculado (67,5), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”,
corresponde a um o corpo d’ água na condição de HIPEREUTRÓFICO. Cabe ressaltar que a
concentração de fósforo foi elevada indicando condição favorável ao processo de eutrofização.
APM10 – Açude Rodeador
O ponto APM10 refere-se ao Açude Rodeador. O referido açude possui profundidade de 17 m no ponto
da coleta e 2,1 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com
os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução
CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,097 ‰
O valor da temperatura medida situou-se dentro do esperado (29,0 ºC). O pH (8,1) e turbidez (4,21
UNT) estão compatíveis com os valores de referência. Óleos e graxas também esteve presente em
elevada concentração (38,8 mg/L). O valor de STD (120,6 mg/L) foi baixo e aceitável para consumo
humano considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD.
A concentração de OD foi satisfatória (6,9 mg/L) e atende ao VLP que é ≥ 5 mg/L. A DBO calculada
(3,4 mg/L) situou-se abaixo do limite máximo permitido que é 5 mg/L. Para a referida classe de
enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o
valor obtido foi expressivo (18,79 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e
salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.
A concentração de fósforo total (PT) foi elevada (0,2680 ml/L) e superou o VLP de referência para
ambientes lênticos (≤ 0,03). A concentração de nitrogênio total foi de 26,3628 mg/L (não se tem
referência para este parâmetro) e nitrogênio amoniacal não foi detectado. A concentração de clorofila ‘a’
foi baixa (5,43 µg/L) e inferior ao VLP (30 µg/L).
Em relação aos metais, o resultado foi semelhante aos anteriores. O teor de coliformes termotolerantes
(22 NMP/100 mL) foi abaixo do VLP (< 1000 NMP/100 mL). Este ponto não foi selecionado para o
monitoramento de cianobactérias.
O IT foi igual a 1, o que resultou em um IQAc igual ao IQA de74, o que corresponde a uma qualidade
de água BOA. O IET calculado (75,6), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”,
corresponde a um corpo d’ água na condição de HIPEREUTRÓFICO, como já esperado, pela elevada
concentração de PT obtida, na qual, sugere indicação de processo de eutrofização.
175
APM11 – Açude do Brejo
O ponto APM11 refere-se ao Açude do Brejo. O referido açude possui profundidade de 6 m no ponto da
coleta e 0,9 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os
valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução
CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,039 ‰
O valor da temperatura situou-se dentro do esperado. O pH (8,4) e turbidez (11) estão compatíveis com
os valores de referência. A concentração de óleos e graxas foi representativa, com 42,2 mg/L, quando
deveriam estar virtualmente ausentes. O valor de STD (123,1 mg/L) é aceitável para consumo humano
considerando que a Portaria 518-MS admite uma concentração de até 1000 mg/L de STD.
A concentração de OD foi de 6,50 mg/L e portanto atende ao VLP que é ≥ 5 mg/L. Quanto a DBO, o
valor obtido de 6,24 mg/L foi superior ao limite permitido que é 5 mg/L. Para a referida classe de
enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o
valor obtido foi significativo (18,10 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e
salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.
A concentração de PT (0,3200 ml/L) foi elevada e superou o VLP de referência para ambientes lênticos
(≤ 0,03). A concentração de nitrogênio total foi de 3,3065 mg/L (não se tem referência para este
parâmetro) e nitrogênio amoniacal não foi detectado. A clorofila ‘a’ foi 7,52 µg/L e inferior ao VLP (30
µg/L).
Em relação aos metais, o resultado foi semelhante ao APM01. Pelo mesmo motivo, não há segurança na
determinação quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e mercúrio como metais de
controle.
Nesta amostra o teor de coliformes termotolerantes foi de 42 NMP/100 mL, abaixo do VLP (< 1000
NMP/100 mL). Este ponto não foi selecionado para o monitoramento de cianobactérias.
O IT foi igual a 1 o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 68 o que corresponde a uma qualidade
MÉDIA. O IET calculado (66,9), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”,
corresponde a um corpo d’ água na condição de SUPEREUTRÓFICO. Cabe ressaltar que a
concentração de fósforo foi elevada indicando condição favorável ao processo de eutrofização.
APM12 – Açude Malhada Vermelha
O ponto APM12 refere-se ao Açude Malhada Vermelha. O referido açude possui profundidade de 7 m
no ponto da coleta e 0,4 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo
comparados com os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da
Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,21 ‰
No momento da coleta foram verificados temperatura (29,5 ºC), que se situou dentro do esperado. A
turbidez (14,5 uT) apresentou-se abaixo do VLP (100 uT) e o pH medido (7,87) encontra-se dentro do
VLP. O teor de OG apresentou-se elevado, com 46,4 mg/L, quando deveriam estar virtualmente
176
ausentes. A concentração de sólidos totais dissolvidos foi baixa (121,2 mg/L) e portanto aceitável para
consumo humano em acordo com a Portaria 518-MS (inferior a 1000 mg/L para STD).
A concentração de OD (8,3 mg/L) é satisfatória, estando acima do valor mínimo permitido que é de 5
mg/L, e a DBO calculada foi 3,31 mg/L, inferior ao VLP que é 5 mg/L. Para a referida classe de
enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o
valor obtido foi expressivo (18,10 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e
salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.
A concentração de fósforo total foi de aproximadamente de 0,3272 mg/L e supera o VLP de referência
para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 10,02 mg/L (não se
dispõe de VLP para este parâmetro) e nitrogênio amoniacal não foi detectado. A clorofila ‘a’ medida foi
baixa (0,915 µg/L) se comparada ao VLP (30 µg/L).
Em relação aos metais, o resultado foi semelhante ao APM01. Pelo mesmo motivo, não há segurança na
determinação quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e mercúrio como metais de
controle.
A concentração de coliformes termotolerantes foi de 18 NMP.100 mL-1, menor que o VLP (1.000
NMP.100 mL-1). Este ponto não foi selecionado para o monitoramento de cianobactérias.
O IT foi igual a 1, o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 70, o que corresponde a uma qualidade
de água MÉDIA. O IET calculado (61,8), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”,
corresponde a um o corpo d’ água na condição de EUTRÓFICO.
APM13 – Açude Passagem
O ponto APM13 refere-se ao Açude Passagem. O referido açude possui profundidade de 15 m no ponto
da coleta e 0,6 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com
os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução
CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,0 ‰
Os valores obtidos de temperatura (28,3 ºC), pH (7,3) e turbidez (14 uT) satisfazem aos valores
esperados. O teor de OG foi elevado (106,4 mg/L), quando deveriam estar virtualmente ausentes, e de
sólidos totais dissolvidos foi baixo (106,7 mg/L), sendo aceitável para consumo humano em acordo
com a Portaria 518-MS (inferior a 1000 mg/L para STD).
Em relação ao teor de OD (7,0 mg/L), o valor foi compatível com o limite mínimo estabelecido para as
águas doces de classe 2 que é de 5 mg/L. No entanto, a DBO calculada (6,32 mg/L) apresentou-se acima
do valor máximo permitido (5 mg/L). Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA
357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi significativo (19,14
mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.
A concentração de fósforo total foi elevada (0,3239 mg/L) e supera consideravelmente o VLP de
referência para ambientes lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 5,5801 mg/L
(não se dispõe de VLP para este parâmetro) e nitrogênio amoniacal não foi detectado. A clorofila ‘a’
medida foi baixa (18,39 µg/L) e inferior ao valor limite permitido (30 µg/L).
177
Em relação aos metais, o resultado foi semelhante aos anteriores. Pelo mesmo motivo, não há segurança
na determinação quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e mercúrio como metais de
controle.
A concentração de coliformes termotolerantes (500 NMP.100 mL) foi inferior ao VLP. Este ponto não
foi selecionado para o monitoramento de cianobactérias.
O IT foi igual a 1, o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 62, o que corresponde a uma qualidade
MÉDIA. O IET calculado (69,2), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a’, classifica
o corpo d’água na condição de HIPEREUTRÓFICO. Cabe ressaltar que a concentração de fósforo foi
muito elevada e superou o limite de enquadramento indicando condição favorável ao processo de
eutrofização.
APM14 – Açude Morcego
O ponto APM14 refere-se ao Açude Morcego. O referido açude possui profundidade de 7 m no ponto da
coleta e 0,8 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os
valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução
CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,0 ‰
Os valores obtidos de temperatura (28,3 ºC), pH (6,43) e turbidez (4,8 uT) satisfazem aos valores
esperados. O teor de OG apresentou-se elevado (89,2 mg/L), considerando-se que devia estar
virtualmente ausentes. A concentração de sólidos totais dissolvidos foi insignificante (6,03 mg/L) e
portanto muito abaixo do valor preconizado pela Portaria 518-MS (inferior a 1000 mg/L para STD)
O valor obtido de OD (5,9 mg/L) está compatível com o VLP estabelecido para as águas doces de classe
2 (≥ 5 mg/L). A DBO apresentou-se dentro do valor máximo permitido que é de 5 mg/L (4,85 mg/L),.
Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão
para COT, no entanto, o valor obtido foi expressivo (19,84 mg/L) considerando que o padrão de COT
para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.
A concentração de fósforo total foi elevada (0,3172 mg/L) e supera o VLP de referência para ambientes
lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 6,3903 mg/L (não se dispõe de VLP
para este parâmetro) e nitrogênio amoniacal não foi detectado. A clorofila ‘a’ medida foi baixa (0,829
µg/L) e inferior ao valor limite permitido (30 µg/L).
Em relação aos metais, o resultado foi semelhante aos anteriores. Pelo mesmo motivo, não há segurança
na determinação quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e mercúrio como metais de
controle.
A quantidade de coliformes termotolerantes encontrados na amostra foi baixa (46 NMP/100 mL).
O IT foi igual a 1, o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 67, o que corresponde a uma qualidade
MÉDIA. O IET calculado (61,5), considerando a ponderação somente para o fósforo e clorofila ‘a’,
corresponde a um corpo d’água na condição de EUTRÓFICO.
178
APM15 – Açude Santo Antonio
O ponto APM15 refere-se ao Açude Santo Antonio. O referido açude possui profundidade de 6 m no
ponto da coleta e 0,4 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo
comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da
Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,0 ‰
O valor de temperatura (27,5 ºC) é normal para a região. O pH (7,8) e a turbidez (15,8 uT) satisfaz aos
valores esperados. O teor de OG foi 24 mg/L, quando devia estar virtualmente ausente. A concentração
de sólidos totais dissolvidos foi baixa (6,08 mg/L) e portanto aceitável para consumo humano em acordo
com a Portaria 518-MS (inferior a 1000 mg/L para STD)
A concentração obtida de OD foi de 6,3 mg/L e superior ao VLP mínimo (5 mg/L) e a DBO foi de 11,74
mg/L, superando ao valor máximo permitido que é de 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento,
a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi
elevado (18,10 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é
de até 3,0 mg/L.
A concentração de fósforo total foi elevada (0,4635 mg/L) e supera o VLP de referência para ambientes
lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 5,5109 mg/L (não se dispõe de VLP
para este parâmetro) e nitrogênio amoniacal não foi detectado. A clorofila ‘a’ (28,47 µg/L) foi inferior
ao valor limite permitido (30 µg/L).
Em relação aos metais, o resultado foi semelhante ao APM01. Pelo mesmo motivo, não há segurança na
determinação quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e mercúrio como metais de
controle. Coliformes termotolerantes não foi encontrado.
O IT foi igual a 1, o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 69, o que corresponde a uma MÉDIA
qualidade. O IET calculado (71,3), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a’,
corresponde a um corpo d’ água na condição de HIPEREUTRÓFICO. Cabe ressaltar que a
concentração de fósforo foi elevada indicando condição favorável ao processo de eutrofização.
APM16 – Açude Apanha Peixe
O ponto APM16 refere-se ao Açude Apanha Peixe. O referido açude possui profundidade de 7 m no
ponto da coleta e 0,35 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo
comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da
Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,078 ‰.
Os valores obtidos de temperatura (30,9 ºC) e pH (8,05) encontram-se dentro dos limites esperados e de
turbidez (242 uT), acima. Para OG, que deveriam estar virtualmente ausentes, foi obtido um valor de 12
mg/L). A concentração de STD foi baixa (17,52 mg/L) e portanto aceitável para consumo humano em
acordo com a Portaria 518-MS (inferior a 1000 mg/L para STD)
A concentração obtida de OD foi satisfatória (6,8 mg/L) e superior ao VLP mínimo (5 mg/L). No
entanto, a DBO obtida (10,76 mg/L) supera o valor máximo permitido que é de 5 mg/L. Para a referida
classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no
179
entanto, o valor obtido foi expressivo (17,75 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas
salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.
A concentração de fósforo total foi alta (1,0436 mg/L) e superior ao VLP de referência para ambientes
lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi > 100 mg/L (não se dispõe de VLP para
este parâmetro) e de nitrogênio amoniacal de 0,0533 mg/L, compatível ao pH medido (nitrogênio
amoniacal ≤ 1 para 8 < pH ≤ 8,5). Quanto à clorofila ‘a’, o valor obtido foi 13,58 µg/L, abaixo do valor
limite permitido (30 µg/L).
Em relação aos metais, o resultado foi semelhante ao APM01. Pelo mesmo motivo, não há segurança na
determinação quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e mercúrio como metais de
controle.
A concentração de coliformes termotolerantes foi de 33 NMP.100 mL-1, inferior ao VLP (1.000
NMP.100 mL-1). Este ponto não foi selecionado para o monitoramento de cianobactérias.
O IT foi igual a 1, o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 31, o que corresponde a uma qualidade
RUIM. O IET calculado (72,0), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”, classifica o
corpo d’água na condição de HIPEREUTRÓFICO. Vale ressaltar que a concentração de fósforo foi
muito alta, indicando condição favorável ao processo de eutrofização.
APM17 – Açude Barragem de Santa Cruz
O ponto APM17 refere-se ao Açude Barragem de Santa Cruz. O referido açude possui profundidade
superior a 20 m no ponto da coleta e 1,3 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto
estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces,
classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,019 ‰.
Os valores obtidos de temperatura (29,7 ºC), pH (8,14) e turbidez (6,23 uT) satisfazem aos valores
esperados. O teor de OG foi de 27,46 mg/L, quando devia estar virtualmente ausentes. A concentração
de STD foi desprezível (3,5 mg/L) e portanto aceitável para consumo humano em acordo com a
Portaria 518-MS (inferior a 1000 mg/L para STD)
A concentração obtida de OD foi satisfatória (7,4 mg/L) e superior ao VLP mínimo (5 mg/L), no
entanto, a DBO obtida (5,05 mg/L) situou-se um pouco acima do valor máximo permitido que é de 5
mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor
padrão para COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (18,10 mg/L) considerando que o padrão de
COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.
A concentração de fósforo total foi elevada (0,1854 mg/L) e supera o VLP de referência para ambientes
lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi > 100 (não se dispõe de VLP para este
parâmetro) e nitrogênio amoniacal não foi detectado. Quanto à clorofila ‘a’, o valor obtido foi 14,00
µg/L, inferior ao valor limite permitido (30 µg/L).
Em relação aos metais, o resultado foi semelhante ao APM01. Pelo mesmo motivo, não há segurança na
determinação quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e mercúrio como metais de
controle.
180
O número de coliformes termotolerantes (20 NMP/100 mL) foi inferior ao VLP (1.000 NMP/100 mL).
Não houve amostra de cianobactérias coletada neste período.
O IT foi igual a 1, o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 48, o que corresponde a uma qualidade
de água RUIM. O IET calculado (66,8), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”,
classifica o corpo d’ água na condição de SUPEREUTRÓFICO.
APM18 – Rio Apodi Mossoró- Felipe Guerra- Pedra de Abelhas
O ponto APM18 refere-se ao Rio Apodi Mossoró- Felipe Guerra- Pedra de Abelhas. O referido ponto é
de baixa profundidade (0,34 m) e a trasparência foi de 0,5 m. Os resultados apresentados neste ponto
estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces,
classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,0 ‰.
O valor obtido de temperatura (31,6 ºC) é normal ao clima da região em estudo. O valor de pH (7,8)
atende ao VLP para águas doces, classe 2, e a turbidez (142 uT) encontra-se acima do VLP. OG
apresentou-se elevado (72 mg/L). A concentração de STD foi baixa (55,16 mg/L) e portanto aceitável
para consumo humano em acordo com a Portaria 518-MS (inferior a 1000 mg/L para STD).
A concentração obtida de OD foi satisfatória (7,8 mg/L) e superior ao VLP mínimo (5 mg/L), no
entanto, a DBO obtida (9,3 mg/L) supera o valor máximo permitido que é de 5 mg/L. Para a referida
classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no
entanto, o valor obtido foi elevado (18,10 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas
salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.
A concentração de fósforo total foi elevada (0,4495 mg/L) e supera o VLP de referência para ambientes
lóticos (0,1 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 1,5839 mg/L (não se dispõe de VLP para
este parâmetro) e nitrogênio amoniacal não foi detectado. Quanto à clorofila ‘a’, o valor obtido foi 0,427
µg/L, inferior ao valor limite permitido (30 µg/L).
Em relação aos metais, o resultado foi semelhante ao APM01, com exceção para o metal níquel que
apresentou uma concentração de 0,048 mg/L, acima do VLP que é de 0,025 mg/L. O número de
coliformes termotolerantes (28 NMP/100 mL) foi abaixo do VLP (< 1000 NMP/100 mL).
O IT foi igual a 0, resultando em um IQAc também de zero, o que corresponde a uma qualidade de água
Muito ruim. O IET calculado (54,2), considerando a ponderação apenas para fósforo total, classifica o
corpo d’ água na condição de MESOTRÓFICO.
APM19 – Rio Apodi Mossoró- Governador Dix-Sept Rosado
O ponto APM19 refere-se ao Rio Apodi Mossoró- Governador Dix-Sept Rosado. Assim como em
APM18, este ponto também é de baixa profundidade (0,5 m) e a transparência foi 0,5 m. Os resultados
apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para
181
enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,097
‰.
O valor obtido de temperatura (30,8ºC) é normal ao clima da região em estudo. Os valores de pH (7,6) e
turbidez (45,5 uT) atendem aos VLPs para águas doces, classe 2. Igualmente a APM18, o teor de OG
também apresentou-se elevado (64,8 mg/L). A concentração de STD foi baixa (75,88 mg/L) e portanto
aceitável para consumo humano em acordo com a Portaria 518-MS (inferior a 1000 mg/L para STD).
A concentração obtida de OD foi de 9,2 mg/L e superior ao VLP mínimo (5 mg/L). A DBO obtida foi de
11,91 mg/L e está bem acima do valor máximo permitido que é de 5 mg/L. Para a referida classe de
enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o
valor obtido foi significativo (18,10 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e
salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.
A concentração de fósforo total foi elevada (0,3328 mg/L) e supera o VLP de referência para ambientes
lóticos (0,1 mg/L). A concentração de nitrogênio total foi de 3,0074 mg/L (não se dispõe de VLP para
este parâmetro) e de nitrogênio amoniacal de 0,0266 mg/L, compatível ao pH do meio. Quanto à
clorofila ‘a’, o valor obtido foi 1,52 µg/L, inferior ao valor limite permitido (30 µg/L).
Em relação aos metais, o resultado foi semelhante ao APM01. Pelo mesmo motivo, não há segurança na
determinação quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e mercúrio como metais de
controle.
Quanto aos coliformes termotolerantes, foi obtido um número de 84 NMP/100 mL, inferior ao VLP que
é de 1.000 NMP/100 mL.
O IT foi igual a 1, o que resulta em um IQAc igual ao IQA de 60, correspondendo a uma MÉDIA
qualidade. O IET calculado (58,9), considerando a ponderação apenas para fósforo total, classifica o
corpo d’ água na condição de MESOTRÓFICO.
APM20 – Rio Apodi Mossoró- Barragem do Genésio
O ponto APM20 refere-se ao Rio Apodi Mossoró- Barragem do Genésio. Assim como em APM18 e
APM19, este ponto também é de baixa profundidade (0,5 m) e a transparência de 1 m. Os resultados
encontrados neste ponto foram comparados com os valores limites permitidos - VLP para
enquadramento nas águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida igual a
0,45 ‰.
O valor obtido de temperatura (29,9) é normal ao clima da região em estudo. O valor de pH (7,5) atende
ao VLP para águas doces, classe 2. Por outro lado, a turbidez (144 uT) apresentou-se acima. OG
apresentou-se expressivo (77,2 mg/L), quando devia estar virtualmente ausente. A concentração de STD
foi 169,78 mg/L e, portanto, aceitável para consumo humano em acordo com a Portaria 518-MS
(inferior a 1000 mg/L para STD).
A concentração obtida de OD foi satisfatória (6,8 mg/L) e superior ao VLP mínimo (5 mg/L). A DBO
obtida (7,34 mg/L) foi acima do VLP para águas doces de classe 2, que é de até 5,0 mg/L. Para a
182
referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para
COT, no entanto, o valor obtido foi significativo (18,44 mg/L) considerando que o padrão de COT para
as águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.
A concentração de fósforo total foi elevada (0,1128 mg/L) e supera o VLP de referência para ambientes
lênticos (≤ 0,03 mg/L). O valor para o NT foi de 1,0273 mg/L (NT não é padrão de referência da
Resolução CONAMA 357/2005) e de nitrogênio amoniacal foi baixo, com uma concentração de 0,0098
mg/L e portanto está condizente com a resolução (≤ 3,7). Quanto à clorofila ‘a’, o valor obtido foi 4,00
µg/L, inferior ao valor limite permitido (30 µg/L).
Em relação aos metais, o resultado foi semelhante ao APM01. Pelo mesmo motivo, não há segurança na
determinação quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e mercúrio como metais de
controle.
O número de coliformes termotolerantes (1 NMP/100 mL) foi bem abaixo do VLP que é de 1.000
NMP/100 mL.
O IT foi igual a 1, o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 66, correspondendo a uma MÉDIA
qualidade. O IET calculado (62,2), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a’,
corresponde a um corpo d’água na condição de EUTRÓFICO. Cabe ressaltar que a concentração de
fósforo foi significativa, indicando condição favorável ao processo de eutrofização.
APM21 – Rio Apodi Mossoró- Passagem de pedra
O ponto APM21 refere-se ao Rio Apodi Mossoró - Passagem de Pedra. Assim como em APM18,
APM19 e APM20, este ponto também é de baixa profundidade (0,5 m) e a transparência é de 0,5 m. Os
resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites permitidos - VLP
para enquadramento das águas salobras, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida
0,80 ‰.
A temperatura medida (29,4 ºC) se equipara a temperatura do ambiente.O pH foi de 7,14 e portanto está
dentro dos padrões de referência. Apesar de não se ter VLP para a turbidez em águas salobras, o valor
obtido da turbidez foi baixo (13,8 uT). A concentração de OG foi de 125,6 mg/L, quando devia estar
virtualmente ausentes. O teor de STD foi baixo (220,48 mg/L), sendo que o valor obtido pode ser
considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤ 1.000 mg/L STD).
A concentração de OD foi satisfatória (6,7 mg/L) e superior ao VLP mínimo para águas salobras (5
mg/L). Por outro lado, a DBO obtida (16,26 mg/L) foi elevada apesar de não se dispor de um valor de
referência deste parâmetro para as águas salobras. O COT apresentou-se elevado (18,10 mg/L) e
superior ao máximo estabelecido que é de até 3 mg/L.
Quanto às concentrações de nutrientes, a de fósforo total foi 1,8760 mg/L e inferior ao VLP (0,124
mg/L). No entanto, o valor de NT foi elevado (9,0677 mg/L) e o de nitrogênio amoniacal foi baixo
(0,0438 mg/L), atendendo ao valor máximo de referência que é de 0,4 mg/L. Quanto à clorofila ‘a’, o
valor obtido foi 27,18 µg/L (não se dispõe de VLP para clorofila ‘a’ para as águas salobras, classe 1).
183
Em relação aos metais, o resultado foi semelhante ao APM01. Pelo mesmo motivo, não há segurança na
determinação quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e mercúrio como metais de
controle.
O número de coliformes termotolerantes (14 NMP/100 mL) foi abaixo do VLP que é de 1.000 NMP/100
mL.
O IT foi igual a 1, o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 52, o que corresponde a uma MÉDIA
qualidade. O IET calculado (75,9), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a’,
corresponde a um corpo d’ água na condição de HIPEREUTRÓFICO.
APM22 – Rio Apodi Mossoró- Areia Branca
O ponto APM22 refere-se ao Rio Apodi Mossoró- Areia Branca. Assim como nos pontos anteriores
deste rio, este ponto também é de baixa profundidade (< 1 m) e de águas escuras (0,3 m de
transparência). Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores limites
permitidos - VLP para enquadramento das águas salobras, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005.
Salinidade medida 816,75 ‰.
A temperatura medida (28,2 ºC) se equipara a temperatura do ambiente. O pH foi de 7,47 e portanto
está dentro dos valores normais estabelecidos para as águas salobras (oscila entre 6,5 a 8,5). A turbidez
medida foi baixa (8,77 uT) apesar de não se ter VLP para a turbidez em águas salobras. A concentração
de OG (76 mg/L) apresentou-se elevada, quando devia apresentar virtualmente ausente. STD (711,54
mg/L) apresentou-se abaixo do VLP de acordo com a Portaria 518-MS que é de até 1000 mg/L.
A concentração de OD foi satisfatória (5,5 mg/L) e superior ao VLP mínimo para águas salobras de
classe 1, que é 5 mg/L. A concentração medida de DBO foi de 8,62 mg/L (não se dispõe de valor de
referência para este parâmetro). O COT apresentou-se elevado (17,75 mg/L) e superior ao máximo
estabelecido que é de até 3 mg/L.
A concentração de fósforo total foi 0,1781 mg/L e superior ao VLP (≤ 0,124 mg/L). Assim como nas
águas doces, as salobras também não tem valor limite para nitrogênio total. A concentração de NT neste
ponto foi de 18,112 mg/L e nitrogênio amoniacal não foi detectado. Quanto a clorofila ‘a’, esta
apresentou um valor de 0,350 µg/L (não se dispõe de VLP para clorofila ‘a’ para as águas salobras,
classe 1).
Em relação aos metais, o cobre apresentou uma concentração de 0,081 mg/L, o chumbo de 0,341 mg/L,
o cromo de 0,135 mg/L e o níquel de 0,348 mg/L. Todos acima dos VLPs que são de até 0,005 mg/L,
0,01 mg/L, 0,05 mg/L e 0,025 mg/L, respectivamente.
O teor de coliformes termotolerantes (220 NMP/100 mL) foi abaixo do VLP (< 1000 NMP/100 mL).
Não houve representação de cianobactérias neste ponto. A densidade de cianobactérias em julho de 2009
foi de 207 células/mL e, portanto, dentro do estabelecido para as águas doces de classe 2 que é de até
50.000 cel/mL (Resolução 357/2005 CONAMA).
184
O IT foi igual a 0, o que resultou em um IQAc também igual a 0, o que corresponde a uma qualidade de
água MUITO RUIM. O IET calculado (50,9), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila
‘a”, corresponde a um o corpo d’ água na condição de OLIGOTRÓFICO.
APM23 – Açude Riacho da Cruz
O ponto APM23 refere-se ao Açude Riacho da Cruz. O referido açude possui profundidade de 9 m no
ponto da coleta e 1 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados
com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução
CONAMA 357/2005, conforme resultado de salinidade obtido na coleta anterior. Por problemas
técnicos ocorridos nesta coleta não foi possível medir a salinidade, bem como outros parâmetros (teor de
óleos e graxas, sólidos totais, fósforo total, nitrogênio amoniacal e nitrogênio total).
Os valores obtidos de temperatura (28 ºC), pH (6,71) e turbidez (6,7 uT) satisfazem aos valores
esperados.
A concentração obtida de OD foi satisfatória (7,1 mg/L) e superior ao VLP mínimo (5 mg/L). No
entanto, a DBO obtida (6,26 mg/L) situou-se acima do valor máximo permitido que é de 5 mg/L. Para a
referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para
COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (19,14 mg/L) considerando que o padrão de COT para as
águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.
Quanto à clorofila ‘a’, o valor obtido foi 9,34 µg/L, inferior ao valor limite permitido (30 µg/L).
Em relação aos metais, o resultado foi semelhante ao APM01. Pelo mesmo motivo, não há segurança na
determinação quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e mercúrio como metais de
controle.
O número de coliformes termotolerantes foi de 1000 NMP/100 mL, quando o valor deveria ser < 1000
NMP/100 mL.
O IT foi igual a 1 e o IET calculado (57,7), considerando a ponderação somente para clorofila ‘a”,
classifica o corpo d’ água na condição de MESOTRÓFICO.
APM24 – Açude Barragem de Umari
O ponto APM24 refere-se ao Açude Barragem de Umari. O referido açude possui profundidade de 12 m
no ponto da coleta e 1,2 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo
comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da
Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,0 ‰.
Os valores obtidos de temperatura (28,6 ºC), pH (8,12) e turbidez (3,31 uT) satisfazem aos valores
esperados. A concentração de OG foi 26,0 mg/L, quando devia estar virtualmente ausentes. O teor de
STD foi baixo (2,98mg/L), sendo considerado aceitável para consumo humano pela Portaria 518-MS (≤
1.000 mg/L STD).
185
A concentração de OD foi 6,5 mg/L e portanto superior ao VLP mínimo (5 mg/L). A DBO medida foi
4,92 mg/L e abaixo do valor máximo permitido que é de 5 mg/L. Para a referida classe de
enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor limite para COT, no entanto, o
valor obtido foi expressivo (18,10 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e
salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.
A concentração de fósforo total foi elevada (0,5656 mg/L) e supera o VLP de referência para ambientes
lênticos (≤ 0,03 mg/L). A concentração de NT foi 2,9328 mg/L (não se dispõe de VLP de referência) e
nitrogênio amoniacal não foi detectado. A clorofila ‘a’ medida foi baixa (8,45 µg/L) e inferior ao valor
limite permitido (30 µg/L).
Em relação aos metais, o resultado foi semelhante ao APM01 e quanto aos coliformes termotolerantes,
não foi detectado. A densidade de cianobactérias obtida em dezembro/2009 foi de 2.920 células/mL,
configurando-se dentro do limite estabelecido segundo a Resolução 357/2005 do CONAMA e pela
Portaria 518/2004-MS que é de 20.000 células/mL.
O IT foi igual a 1, o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 76, o que corresponde a uma BOA
qualidade de água. O IET calculado (68,9), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”,
corresponde a um corpo d’ água na condição de HIPEREUTRÓFICO.
APM25 – Rio do Carmo- Upanema
O ponto APM25 refere-se ao Rio do Carmo-Upanema. Este ponto é de baixa profundidade (< 1 m) e de
águas escuras (0,4 m de transparência). Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados
com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução
CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,019 ‰.
Os valores obtidos de temperatura (29 ºC), pH (7,9) e turbidez (8,3 uT) satisfazem aos valores
esperados. O teor de OG foi 78 mg/L, quando deveria ser virtualmente ausente. A concentração de STD
foi desprezível (3,5 mg/L) e portanto aceitável para consumo humano em acordo com a Portaria 518-MS
(inferior a 1000 mg/L para STD).
O valor obtido para OD foi 4,8 mg/L e portanto inferior ao VLP mínimo (5 mg/L). A DBO medida foi
de 4,51 mg/L e abaixo do valor máximo permitido que é de 5 mg/L. Para a referida classe de
enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no entanto, o
valor obtido foi expressivo (18,44 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas salobras e
salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.
A concentração de fósforo total foi elevada (0,2463 mg/L) e supera o VLP de referência para ambientes
lóticos (0,1 mg/L). A concentração de NT foi 5,612 mg/L (não se dispõe de VLP de referência) e
nitrogênio amoniacal não foi detectado. A clorofila ‘a’ medida foi baixa (3,39 µg/L) e inferior ao valor
limite permitido (30 µg/L).
Quanto aos metais, o resultado foi semelhante ao APM01. Pelo mesmo motivo, não há segurança na
determinação quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e mercúrio como metais de
186
controle. O número de coliformes termotolerantes (7 NMP/100 mL) foi abaixo do VLP que é de 1.000
NMP/100 mL.
O IT foi igual a 1, o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 71 o que corresponde a uma BOA
qualidade de água. O IET calculado (61,6), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a’,
corresponde a um corpo d’água na condição de EUTRÓFICO. Altas concentrações de nutrientes
favorece o processo de eutrofização do corpo aquático.
APM26 – Rio do Carmo- Fazenda Angicos
O ponto APM26 refere-se ao Rio do Carmo-Fazenda Angicos. Este ponto também é de baixa
profundidade (< 1 m) e apresentou transparência < 1. Os resultados apresentados neste ponto estão
sendo comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe
2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,0 ‰.
Os valores obtidos de temperatura (28 ºC), pH (7,97) e turbidez (6,16 uT) satisfazem aos valores
esperados. O teor de OG foi 39 mg/L, quando devia ser virtualmente ausente. A concentração de STD
foi 5,16 mg/L e portanto aceitável para consumo humano em acordo com a Portaria 518-MS (inferior a
1000 mg/L para STD)
O valor obtido para OD (7,1 mg/L) foi satisfatório e superior ao VLP mínimo (5 mg/L). A DBO medida
apresentou-se baixa (2,38 mg/L), sendo inferior ao valor máximo permitido que é de 5 mg/L. Para a
referida classe de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para
COT, no entanto, o valor obtido foi elevado (18,44 mg/L) considerando que o padrão de COT para as
águas salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.
A concentração de fósforo (0,1910 mg/L) situou-se acima do VLP de referência para ambientes lóticos
(0,1 mg/L). A concentração de NT foi 2,1546 mg/L (não se dispõe de VLP de referência) e nitrogênio
amoniacal não foi detectado. A clorofila ‘a’ medida foi baixa (2,74 µg/L) e inferior ao valor limite
permitido (30 µg/L).
Quanto aos metais, o resultado foi semelhante ao APM01 com exceção para o metal níquel, cuja
concentração obtida foi 0,030 mg/L, que é acima do VLP que é de 0,025 mg/L. Pelo mesmo motivo, não
há segurança na determinação quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e mercúrio como
metais de controle.
O número de coliformes termotolerantes (25 NMP/100 mL) foi abaixo do VLP que é 1.000 NMP/100
mL.
O IT foi igual a 0, o que resultou em um IQAc igual a 0, o que corresponde a uma qualidade de água
MUITO RUIM. O IET calculado (70,1), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”,
corresponde a um corpo d’ água na condição de HIPEREUTRÓFICO.
187
APM27 – Açude de Tourão - Patu
O ponto APM27 refere-se ao Açude de Tourão, localizado no município de Patu. Este ponto tem 9 m de
profundidade e 0,85 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados
com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução
CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,039‰.
Os valores obtidos de temperatura (28,6 ºC), pH (7,2) e turbidez (8,89 uT) satisfazem aos valores
esperados. O teor de OG foi significativo (11,6 mg/L), quando devia ser virtualmente ausente. A
concentração de STD foi 241,4 mg/L e portanto aceitável para consumo humano em acordo com a
Portaria 518-MS (inferior a 1000 mg/L para STD)
O valor obtido para OD (6,3 mg/L) foi satisfatório e superior ao VLP mínimo (5 mg/L). A DBO medida
(8,18 mg/L) apresentou-se superior ao valor máximo permitido que é de 5 mg/L. Para a referida classe
de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no
entanto, o valor obtido foi elevado (18,79 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas
salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.
A concentração de fósforo (0,3406 mg/L) situou-se acima do VLP de referência para ambientes lênticos
(0,03 mg/L). A concentração de NT foi 8,4518 mg/L (não se dispõe de VLP de referência) e nitrogênio
amoniacal não foi detectado. O teor de clorofila ‘a’ foi de 2,00 µg/L e inferior ao valor limite permitido
(30 µg/L).
Quanto aos metais, o resultado foi semelhante ao APM01. Pelo mesmo motivo, não há segurança na
determinação quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e mercúrio como metais de
controle. Coliformes termotolerantes não foi detectado.
O IT foi igual a 1, o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 71, o que corresponde a uma BOA
qualidade. O IET calculado (63,9), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”,
corresponde a um corpo d’ água na condição de SUPEREUTRÓFICO.
APM28 – Açude Santana de Pau dos Ferros
O ponto APM28 refere-se ao Açude Santana de Pau dos Ferros. Este ponto tem 7 m de profundidade e
0,4 m de transparência. Os resultados apresentados neste ponto estão sendo comparados com os valores
limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA
357/2005. A salinidade medida foi 0,39‰.
Os valores obtidos de temperatura (27,7 ºC), pH (7,5) e turbidez (37,4 uT) satisfazem aos valores
esperados. O teor de OG foi significativo (18,8 mg/L), quando devia ser virtualmente ausente. A
concentração de STD foi 89 mg/L e portanto aceitável para consumo humano em acordo com a Portaria
518-MS (inferior a 1000 mg/L para STD)
O valor obtido para OD (6,2 mg/L) foi satisfatório e superior ao VLP mínimo (5 mg/L). A DBO medida
(8,36 mg/L) apresentou-se superior ao valor máximo permitido que é de 5 mg/L. Para a referida classe
de enquadramento, a Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor padrão para COT, no
188
entanto, o valor obtido foi elevado (19,14 mg/L) considerando que o padrão de COT para as águas
salobras e salinas de classe 1 é de até 3,0 mg/L.
A concentração de fósforo (0,5567 mg/L) situou-se acima do VLP de referência para ambientes lênticos
(0,03 mg/L). A concentração de NT foi 4,4757 mg/L (não se dispõe de VLP de referência) e de
nitrogênio amoniacal foi 0,0283 mg/L, menor que o VLP que é de 3,7 para um corpo d’água com pH ≤
7,5. O teor de clorofila ‘a’ foi 50,14 µg/L e superior ao valor limite permitido (30 µg/L).
Quanto aos metais, o resultado foi semelhante ao APM01. Pelo mesmo motivo, não há segurança na
determinação quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e mercúrio como metais de
controle.
O número de coliformes termotolerantes obtidos foi 48 NMP/100 mL e, portanto, abaixo do VLP que é
de 1.000 NMP/100 mL.
O IT foi igual a 1, o que resultou em um IQAc igual ao IQA de 62, o que corresponde a uma MÉDIA
qualidade. O IET calculado (73,3), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”,
corresponde a um corpo d’ água na condição de HIPEREUTRÓFICO.
APM29 – Jusante de Pau dos Ferros
Este ponto, no momento da coleta, apresentava-se totalmente seco.
APM30 – Ponte BR 110
O ponto APM30 refere-se ao Rio do Carmo – Ponte BR 110. Este ponto também é de baixa
profundidade (< 1 m) e de águas escuras (0,3 m de transparência). Apesar deste ponto ser um estuário,
os resultados apresentados estão sendo comparados com os valores limites permitidos - VLP para
enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005. Salinidade medida 0,078
‰.
Os valores obtidos de temperatura (29,8ºC), pH (8,39) e turbidez (29,9 uT) encontram-se dentro da faixa
esperada. O teor de OG apresentou-se elevado (166 mg/L), quando devia estar ausente. A concentração
de STD foi baixa (9,58 mg/L) e, portanto, aceitável para consumo humano em acordo com a Portaria
518-MS (inferior a 1000 mg/L para STD).
A concentração de OD foi 7,1 mg/L e superior ao VLP mínimo (5 mg/L). A DBO obtida (11,46 mg/L)
situou-se acima do valor máximo permitido que é de 5 mg/L. Para a referida classe de enquadramento, a
Resolução CONAMA 357/2005 não estabelece valor limite para COT, no entanto, o valor obtido foi
elevado (17,75 mg/L) considerando que o limite de COT para as águas salobras e salinas de classe 1 é
de até 3,0 mg/L.
A concentração de fósforo total foi elevada (0,4841 mg/L) e supera o VLP de referência para ambientes
lóticos (0,1 mg/L). O valor para o NT foi 13,8950 mg/L (não há VLP na Resolução CONAMA
357/2005 para este parâmetro) e para o nitrogênio amoniacal foi 0,0366 mg/L e, portanto, está
189
condizente com a resolução (1,0 mg/L para 8 < pH ≤ 8,5). A clorofila ‘a’ medida foi baixa (20,34 µg/L)
e inferior ao valor limite permitido (30 µg/L).
Em relação aos metais, o resultado foi semelhante ao APM01 com exceção para o metal cromo que
apresentou uma concentração de 0,086 mg/L, acima do VLP que é de 0,05 mg/L. Pelo mesmo motivo,
não há segurança na determinação quando considerado os metais chumbo, cádmio, níquel e mercúrio
como metais de controle. Coliformes termotolerantes não foi detectado.
O IT foi igual a 0, o que resultou em um IQAc igual a 0, o que corresponde a uma qualidade de água
MUITO RUIM. O IET calculado (71,1), considerando a ponderação para fósforo total e clorofila ‘a”,
corresponde a um corpo d’água na condição de HIPEREUTRÓFICO. Vale destacar a elevada
concentração de nutrientes, que favorece o processo de eutrofização.
SÍNTESE GRÁFICA DOS RESULTADOS DA BACIA HIDROGRÁFICA APODI-MOSSORÓ
Nas figuras 4-81 a 4-86 apresentam-se os gráficos dos principais parâmetros e índices de controle dos
mananciais da bacia Hidrográfica Apodi-Mossoró.
O x igênio Dis s olvido
Demanda B ioquímic a de O xigênio
18
16
O D e DB O (mg/L )
14
12
10
8
6
4
2
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
AP M
Figura 4-81 - Variação espacial das concentrações de OD e DBO na Bacia Hidrográfica Apodi-Mossoró.
OBS: A linha em azul refere-se ao VLP pela Resolução nº 357/2005 do CONAMA (OD ≥ 5 mg/L e DBO ≤ 5 mg/L). Os
pontos 21 e 22 referem-se a águas salobras classe 1 e as demais a águas doces, classe 2.
190
OD e COT (mg/L)
Oxigênio Dissolvido
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Carbono Orgânico Total
18.1
17.75
6.7
5.5
21
22
APM
Figura 4-82 - Variação espacial das concentrações de OD e COT na Bacia Hidrográfica Apodi-Mossoró.
OBS: As linhas em azul referem-se aos VLPs pela Resolução nº 357/2005 do CONAMA (OD ≥ 5 mg/L e COT ≤ 3 mg/L)
para as águas salobras classe 1.
C oliformes Termotolerantes
2800
2500
2400
C oliformes T ermotolerantes
(NP M/100mL )
2000
2000
1800
1600
1200
1000
800
500
220
400
28 14
8
38
6
7
46
33 20 28 84
0
22 42 18
9
10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
0
1
14
0
7
25
0
48
0
0
1
2
3
4
5
8
AP M
Figura 4-83 - Variação espacial da concentração de coliformes termotolerantes na Bacia Hidrográfica
Apodi-Mossoró.
OBS: A linha azul refere-se ao VLP pela Resolução nº 357/2005 do CONAMA (coliformes termotolerantes ≤ 1000 mg/L)
para as águas doces classe 2 e salobras classe 1. Os pontos 21 e 22 referem-se a águas salobras classe 1 e as demais a águas
doces, classe 2.
10000000
1000000
1.559.174
844.376 745.513
733.106
698.225
294.975
100000
padrão res.conoma 357/2005
161,150
50.000
padrão da portaria 518/2004 -MS 20.000
10000
1000
2.920
100
10
APM30
APM29
APM28
APM27
APM26
APM25
APM24
APM23
APM22
APM21
APM20
APM19
APM18
APM17
APM16
APM15
APM14
APM13
APM12
APM11
APM10
APM09
APM08
APM07
APM06
APM05
APM03
APM04
APM02
1
APM01
densidade de cianobactérias (cels/ml)
191
Figura 4-84 - Variação espacial da densidade de cianobactérias na Bacia Hidrográfica Apodi-Mossoró.
OBS: As linhas em azul referem-se ao VLP pela Resolução nº 357/2005 do CONAMA (densidade de cianobactérias ≤ 50.000
mg/L) para as águas doces classe 2 e ao VLP pela Portaria 518/2004 - MS (densidade de cianobactérias ≤ 20.000 mg/L). O
ponto 22 refere-se à água salobra classe 1 e as demais à águas doces, classe 2.
Índic e de Qualidade de Á gua
Índic e de Qualidade de Á gua C ombinado
120
IQ A e IQ Ac
100
73 74
80
60
76
68 70
62
55 55 57
67 69
66
53
50
40
71
62
52
48
43
35
71
60
31
20
0
0
0
0
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
AP M
Figura 4-85 - Variação espacial do IQA e IQAc na Bacia Hidrográfica Apodi-Mossoró
OBS: 0-25: muito ruim, 25-50: ruim, 50-70: médio, 70-90: bom e 90-100: excelente.
192
71.1
73.3
70.1
63.9
61.6
57.7
68.9
75.9
62.2
50.9
60
58.9
66.8
54.2
72
10 11
61.5
9
69.2
6
61.8
5
75.6
69.2
4
66.9
73
3
67.5
72.5
77.9
71.3
68.9
70
66.5
80
71.3
Índic e de E s tado Trófic o
90
IE T
50
40
30
20
10
0
1
2
7
8
12 13 14 15 16 17 18 19
20 21 22 23 24 25 26
27 28 29 30
AP M
Figura 4-86 - Variação espacial do IET na Bacia Hidrográfica Apodi-Mossoró
OBS: ≤ 47: ultraoligotrófico, 48-52: oligotrófico, 53-59: mesotrófico, 60-63: eutrófico e 63-67: supereutrófico e > 67:
hipereutrófico.
5. CONCLUSÕES
Corpos d’água superficiais da Região Costeira do RN
Nas bacias hidrográficas da região litorânea, 15 pontos amostrais apresentaram índice de qualidade da
água (IQA) classificando suas águas com qualidade “Boa”, 25 como “Média” e 1 “ Ruim”. Quando o
índice foi corrigido utilizando o Índice de Toxidez, 10 pontos ficaram classificados como “Muito
Ruim”.
Os ponto MAX2, CEA2, JAC1, JAC3, JAC4, PIR1, PIR2 apresentaram valores de cobre dissolvido
acima do permitido pela resolução do CONAMA 357/2005. Os pontos CEA2, PIR2, POT1, POT3,
DOC1 apresentaram valores de zinco total superiores ao permitido, e o ponto CUR2 valores de cádmio
acima do recomendado pela resolução do CONAMA. Além disso, 9 pontos (CEA3, CEA4, CUR3,
PIQ1, PIR1, PIR2, PUN1, DOC1, DOC2) apresentaram coliformes termotolerantes com valores acima
de 1000 NMP/100 mL, limite máximo permitido para águas doces classe 2 e salobras classe 1.
Dos seis reservatórios localizados nas Bacias da Costa Leste, quatro apresentam-se com grau de trofia
indesejável (três eutróficos e um supereutrófico), sendo que a qualidade da água nesses reservatórios é
considerada “Boa” (segundo o IQA). Os pontos da bacia hidrográfica do Rio Trairi, TR1 (Açude Inharé)
e TR2 (Açude Santa Cruz) apresentaram valores muito elevados de cianobactérias, 1.804.000 céls/ml e
937.631 céls/ml respectivamente, tornando a qualidade imprópria para consumo, pois está acima do
valor permitido pela Resolução 357/2005 CONAMA que é de até 50.000 cel/mL de cianobactérias para
águas doces classe 2 e da Portaria 518/2004-MS que é de 20.000 células/mL.
193
Bacia Hidrográfica Piranhas-Açu
Na Bacia Piranhas-Açu, metade dos 18 reservatórios monitorados estão eutrofizados (o IET é
“Eutrófico” em 5 reservatórios, “Supereutrófico” em 3 e “Hipereutrófico” em 1). Além disso, nesta
bacia, o IQAc obtido em 14 reservatórios foi “Muito Ruim” (nos outros 4 não foi calculado o IQAc)
devido à contaminação da água com metais pesados. Observa-se, portanto, que a presença de metais na
água é comum a praticamente toda a bacia, o que demanda pesquisas e investimentos para conhecer suas
causas e mitigar os problemas deles oriundos, especialmente nas águas usadas para abastecimento
público.
Na bacia hidrográfica Piranhas-Açu, 4 pontos amostrais apresentaram índice de qualidade da água (IQA)
classificando a qualidade da água como “Ótima”, 18 “Boa”, e 2 como “Média”. Quando o índice foi
corrigido utilizando o Índice de Toxidez, 20 pontos ficaram classificados como “Muito Ruim”. Nestes
20 pontos classificados como “Muito Ruim”, 15 estavam com os valores de cobre dissolvido acima do
permitido, 4 pontos com valores superiores de chumbo, 3 pontos com valores de zinco, 7 pontos
amostrais com valores superiores de cádmio, 3 pontos com valores altos de níquel e 3 pontos com
valores de cromo superiores ao permitido pela resolução do CONAMA 357/2005. Dentre os
reservatórios da bacia, dos 18 situados na bacia, 14 foram classificados pelo IQAc com qualidade
“Muito Ruim” (nos outros 4 não foi calculado o IQAc).
A região é conhecida pelas atividades mineradoras de metais do estado. A presença recorrente de
concentrações elevadas de metais nas águas dessa bacia aponta para a necessidade de pesquisas que
desvendem a fonte desses metais e as possíveis formas de mitigação do problema.
Todos os pontos da bacia apresentaram coliformes tolerantes com valores abaixo de 1000 NMP/100 mL,
limite máximo permitido para águas doces e salobras nas estações de monitoramento. No período
avaliado, 5 pontos amostrais (PIA7, PIA20, PIA21, PIA23, PIA25) apresentaram valores de densidade
de cianobactérias acima do valor permitido pela Resolução 357/2005 CONAMA que é de até 50.000
cel/mL de cianobactérias para águas doces classe 2 e da Portaria 518/2004-MS que é de 20.000
células/mL. respectivamente, tornando a qualidade imprópria para consumo.
Bacia Hidrográfica Apodi-Mossoró
Na bacia hidrográfica Apodi-Mossoró, por sua vez, 6 pontos amostrais apresentaram índice de qualidade
(IQA) classificando suas águas como “Boa”, 16 como “Média” e 5 como “Ruim”. Quando o índice foi
corrigido utilizando o Índice de Toxidez, 4 pontos ficaram classificados como “Muito Ruim”. O ponto
APM18, apresentou concentração de zinco total superior ao permitido; o ponto APM22 concentrações
de níquel, cobre dissolvido, chumbo e cromo acima do VMP; o ponto APM27 concentração de níquel e
APM30 de cromo acima do recomendado pela resolução do CONAMA. Todos os pontos desta bacia
hidrográfica apresentaram concentrações elevadas de fósforo total, estando acima do máximo permitido
para águas doces e salobras nas estações de monitoramento. Além disso, 3 pontos (APM1, APM2 e
APM5), apresentaram coliformes tolerantes com valores acima de 1000 NMP/100 mL, limite máximo
permitido para águas doces e salobras nas estações de monitoramento.
A Bacia Apodi-Mossoró foi a que apresenta maior número de reservatórios eutrofizados, sendo que dos
20 reservatórios monitorados, 19 apresentam-se nesta condição (IET Eutrófico em 2 reservatórios,
Supereutrófico em 4 e Hipereutrófico em 13). Foram detectados 7 pontos da bacia hidrográfica (APM1,
194
APM2, AMP3, APM5, APM6, APM7 e APM9) com elevada densidade de cianobactérias, tornando a
qualidade imprópria para consumo, pois estavam acima do valor permitido pela Resolução 357/2005
CONAMA que é de até 50.000 cel/mL de cianobactérias para águas doces classe 2 e da Portaria
518/2004-MS que é de 20.000 células/mL. Ressalte-se que o ponto APM7- Açude Público de Marcelino
Vieira registrou mais de um milhão de células de cianobactérias/mL (1.559.174). Os pontos que
apresentaram densidades elevadas de cianobactérias geralmente também apresentaram florações em
campanhas anteriores, o que é característico de mananciais eutrofizados.
Considerações finais
A quinta campanha de amostragem do Programa Água Azul monitorou 97 pontos de águas superficiais
em todo o estado do RN, sendo 48 desses pontos situados em rios (dez em estuários) e 49 em
reservatórios ou lagoas. Desses pontos, segundo o Índice de Qualidade da Água (IQA) calculado, 4
tiveram a qualidade de suas águas classificada como “Ótima”, 39 como “Boa”, 43 como “Média” e 6
como “Ruim” e nenhum como “Muito ruim”. Contudo, de acordo com o o IQA corrigido (IQAc), que
considera a presença excessiva de metais nas águas pela ponderação do Índice de Toxidez (IT), 34
pontos foram classificados como “Muito ruim” em virtude da ocorrência de concentrações elevadas de
metais na água, principalmente cobre dissolvido, o que as torna impróprias para consumo humano.
Desses 34 pontos, 10 situam-se na Região costeira, 4 na Bacia Apodi-Mossoró e 20 na Bacia do
Piranhas-Açu, esta que concentra a maior parte das atividades mineradoras de metais do estado.
As informações que constam deste relatório demostram que 53 dos 97 pontos analisados estão
eutrofizados (22 hipereutróficos, 12 supereutróficos e 19 eutróficos), devido ao enriquecimento das
águas por nutrientes, principalmente fósforo. Essa situação resulta numa alta densidade de
cianobactérias em muitos desses mananciais, o que impossibilita seus usos múltiplos previstos,
especialmente para o abastecimento humano.
Tendo em vista a adoção de medidas de controle da densidade de cianobactérias nos açudes eutrofizados
e a avaliação da toxicidade das florações, em todo o Estado do RN, é recomendado o monitoramento
mensal desses mananciais. Além disso, recomenda-se que as Estações de Tratamento de Água que
utilizam as águas desses mananciais sejam dotadas das tecnologias avançadas de tratamento e que sejam
operadas adequadamente, a fim de garantir a obtenção de água potável após o tratamento e,
consequentemente, a segurança sanitária da população abastecida, o que não se verifica atualmente em
muitos casos.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Mitt
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