G. SIMMEL (1858-1918 Síntese de Sociologia do Durkheim Introdução: contextos, obras e influências Fundamentos e conceitos Núcleo: formas sociais e conteúdos da vida AS FORMAS DE SOLIDARIEDADE Natureza da Sociedade Individuação Relação do Indivíduo com a sociedade Tipos de Crenças e sentimentos comuns. Fraco Direta Mecânica Sistema de funções especializadas unificadas pelas relações sociais Forte Indireta. Intermediada pelos grupos especializados Orgânica Solidariedade Durkheim O legado de Durkheim está em ver a sociedade como ordem moral. Neste sentido os conceitos fundamentais de sua sociologia são: Coesão, Integração e Regulação. Representações Coletivas. Socialização. Morfologia Social. Durkheim A sociedade para Durkheim é, “antes de tudo, um conjunto de idéias e é por meio de sua consciência que os homens se ligam”. INTEGRAÇÃO SOCIAL ORDEM MORAL: crenças, sentimentos e representações coletivas MORFOLOGIA SOCIAL . ORDEM MORAL E INTEGRAÇÃO SOCIAL Coesão moral social da ação sociedade coercitiva sobre indivíduos. A SOCIEDADE NO INDIVÍDUO X O INDIVÍDUO NA SOCIEDADE. os ORDEM MORAL E INTEGRAÇÃO SOCIAL No final da sua obra: Forma Elementares de Religião. A ordem moral passa a ser pensada como contendo duas dimensões: (i) a do dever, das obrigações; (ii) ao da realização de bem. ORDEM MORAL E INTEGRAÇÃO SOCIAL Obrigatória Norma Social Desejável Ideal Transcendência Práticas de Exaltação da Vida Moral Normas Vida Moral Representações Práticas Sociedade Real Sociedade Ideal ORDEM MORAL E INTEGRAÇÃO SOCIAL “Uma sociedade não pode criar-se nem recriar-se e sem, no mesmo instante, criar o ideal. Para ela, esta criação não é um tipo de ato subrogatório, pelo qual se completaria, uma vez formada; é o ato pelo qual ela se faz e se refaz periodicamente”. Durkheim Coesão Social e o Indivíduo Durkheim sustenta a esperança de que a vida coletiva se organizará em potentes bases morais, uma vez que o ser humano descubra que “a humanidade foi abandonada sobre a terra às suas únicas forças e não pode senão contar consigo mesma para dirigir os seus destinos”. FIM Simmel: Introdução Contexto Intelectual •Historicismo Alemão. • Oposição ao Racionalismo Iluminista. • Concepção irracionalista e relativista. Simmel: Introdução Contexto Intelectual Utopias Técnicas do Maquinismo X Utopias Filosóficas do Humanismo Simmel: Introdução Contexto Histórico. 1869- Derrubada dos muros da cidade medieval. 1871-1888 – Acelerada Industrialização e Urbanização Migração. Simmel: Introdução Contexto Histórico. Modernização da cidade Transportes Públicos Densidade Domiciliar e Territorial. Agitação Política. Relaxamento da moralidade. Prostituição. Simmel vive em Berlim de 1868-1914. Simmel: Introdução Alemão- 1858/1919. Contemporâneo de M. Weber Filósofo, embora tenha escrito alguns trabalhos sobre a sociologia Obras Importantes Sobre a Diferenciação Social Filosofia do Dinheiro A vida mental na metrópole- Conferência feita em 1903. Digressões sobre o Estrangeiro. Pequeno texto escrito em 1908, também tendo com fundamento a Filosofia do Dinheiro Os Pobres. Texto considerado inaugurador da Sociologia da Pobreza. Escrito em 1908 KARL MARX MAX WEBER GEORG LUKÁCS SIMMEL ESCOLA DE CHICAGO N. ELIAS HENRY LEFBVRE O QUE É A SOCIEDADE? + FORMALIZAÇÃO ASSOCIAÇÃO - + FLUIDEZ DA VIDA DISSOCIAÇÃO - Simmel: fundamentos “a faculdade do homem de se dividir em partes e sentir que alguma delas como constituidora do seu verdadeiro eu, que entra em conflito com outras partes e luta pela determinação de sua atividade - esta faculdade coloca freqüentemente o homem, mesmo que tenha consciência de ser um ser social, em relação de oposição aos impulsos exteriores e seu caráter social; o conflito entre a sociedade e o indivíduo se desenrola no indivíduo como um combate entre as partes do ser. “ Simmel: Introdução Indivíduo SobreSocializado X Indivíduo SubSocializado O Quê é o que faz o SOCIAL? Simmel: fundamentos • • A Ação Racional? A Imposição Normativa? Simmel: fundamentos A ação racional se esgota na realização dos conteúdos psíquicos e a normativa no cumprimento da regra. Como se estabelece a rotinização da ação espontânea? “Como é possível a sociedade?” (1908) Simmel: fundamentos FLUXO DAS EXPERIÊNCIAS HUMANAS X FORMAS FIXAS Simmel: conceito SOCIALIZAÇÃO Os processos pelos quais os seres humanos são induzidos a adotarem os padrões de comportamento, normas, regras e valores do mundo social. SOCIAÇÃO Os formas pelas quais os fluxos da experiência vivida ganham forma e persistem para além dos conteúdos íntimos originais. Vergesellschaftung Simmel Conteúdos Formas Sociais Autonomização das Formas Sociais Simmel Formas Sociais e Conteúdos Os conteúdos são aqueles aspectos da vida que se determinam a si mesmos e enquanto tal não têm possibilidade fugacidade. nenhuma de ser estrutura e apreendidos nem em a sua Simmel Formas Sociais Conteúdos Formas Fragmentárias e Preliminares PROTOCULTURA Interesses Pragmáticos e Exigências Adaptativas Simmel Formas Sociais e Conteúdos “Assim a proto-música aparece quando a gente sente a necessidade fora do comum de expressar emoções fortes, tais como a fúria, alegria ou sentimentos do tipo místico-religioso. Frustrados pelas limitações da mera linguagem, os sujeitos começam a remodelar os sons verbais, adicionando-os de ritmo e melodia” . Simmel Formas Sociais e Conteúdos “A Proto-Ciência surge para resolver os problemas relacionados com o domínio do meio-ambiente. Ao nível da Proto-Cultura, dispõe-se apenas de um conjunto de objetos formados para responder, na exata medida, às necessidades das atividades práticas: somente a cultura suficiente, entretanto nada mais do isto.” “Tão logo desejam criados os elementos da ProtoCultura assumem existência própria. “ Simmel Formas Sociais e Conteúdos Proto-Cultura Formas Objetivas Mundos Reais Simmel Questão Central Vida Social Tensão permanente entre FORMA e CONTEÚDO. Mecanismos e processos de recriam a sociedade. Sociedade indivíduos em relações de sociação através de formas permanentes ou passageiras. A sociedade é a soma destas formas sociais. O indivíduo vive no relações de sociação. cruzamento de múltiplas Simmel: o indivíduo e a modernidade Cultura Objetiva X Cultura Subjetiva. Expansão da Cultura Objetiva e Alienação. Libertação do Indivíduo e Risco da sua Fragmentação. Separação entre Vida Interior e Vida Exterior. Distanciamento do Indivíduo dos Círculos Sociais mais Próximos e o sua Aproximação dos mais Distantes. Individuação, Multiplicação e Expansão dos Grupos Sociais. Individuação, Cosmopolitismo e Ambivalência. Simmel: conseqüências da modernidade DESLOCAMENTO NORMATIVO DO PRIMADO DA SOCIEDADE EM DIREÇÃO AO INDIVÍDUO. EXEMPLOS 1- Casamento que produz o Amor X o Amor que Produz o Casamento. 2- A Moda. Imitação e Distinção. Simmel: o indivíduo e a modernidade "O espantoso crescimento em extensão e intensidade da técnica moderna, que não se restringe às puramente materiais, prendenos em uma rede de meios e meios de meios que nos desvia dos fins que julgamos específicos e definitivos, através de um número cada vez maior de instâncias intermediárias" (Simmel, 1992: p. 272). Simmel: o indivíduo e a modernidade Cultura e Alienação “A subjetividade, noutros termos, vai-se tornando suporte de uma cultura de massa, fragmentada e superficial, que embora também tenha refinamentos, carece do valor com que se satisfaz o verdadeiro conceito de cultura, por ser privada do entrelaçamento interno com o elemento objetivo que estrutura o contexto civilizacional.” (Simmel, 1988: 214). Simmel: mecanismos da modernidade o desenvolvimento e a difusão de uma economia monetária;e. O seu impacto múltiplo e variado na totalidade da existência. Dinheiro e Formas Sociais Modernas O que é o dinheiro? Objeto cuja qualidade mais fundamental é precisamente não possuir qualidades. Equivalente universal. O dinheiro equaliza tudo e a todos. Transforma qualidade em quantidade. Apara as arestas, apaga os rastros das coisas e as converte em um denominador comum. Dinheiro e Formas Sociais Modernas O dinheiro tem um duplo papel: aproxima e afasta. Aproxima: porque através do dinheiro pode-se operar em uma rede de trocas muito mais ampla, que seria inconcebível sem sua existência. Ela alarga os laços e os círculos sociais. Dinheiro e Formas Sociais Modernas O dinheiro tem um duplo papel: aproxima e afasta. Afasta: porque é membro intermediário de uma relação de troca. Quando a economia do dinheiro se implanta este traço da troca mercantil se estende a todas relações sociais, tornando-se uma forma social generalizada inerente. e generalizando a socialidade a ela Dinheiro e Formas Sociais Modernas O dinheiro tem um duplo papel: aproxima e afasta. Então: o dinheiro ata e desata; amarra e desamarra todos os envolvidos nos processos nos quais ele circula, mas ao mesmo tempo torna todos independentes. Dinheiro e Formas Sociais Modernas O dinheiro tem um duplo papel: aproxima e afasta. O dinheiro cria um mundo em constante movimento pela mobilidade e maleablidade que engendra como característica das coisas e das pessoas. Mas, ao mesmo tempo é um único ponto fixo. Dinheiro e Formas Sociais Modernas O dinheiro tem um duplo papel: aproxima e afasta. Portanto o moderno se caracteriza (i) pela centralidade do dinheiro e (2) pelo fato de tudo tornar-se móvel e cambiante. Dinheiro e Formas Sociais Modernas As formas de sociabilidade das relações de troca se repercutem nos mais variados aspectos da vida social. Vai gerar então um estilo de vida. O cenário é a grande e moderna cidade. Quais são as características do estilo de vida moderno? Transformação dos meios em fins. Os fins passam ser reduzidos ao Dinheiro. Dinheiro e Formas Sociais Modernas Conseqüência: embaralhamento dos valores que orientam as ações. A vida dos modernos é um labirinto onde nunca se sabe onde está a saída, a concretização do fim. Dinheiro e Formas Sociais Modernas Aplainamento dos sentimentos em razão da relação entre Racionalismo e Dinheiro. Racionalismo aqui quer dizer ações orientadas pelo cálculo, pela calcubabilidade, pela exatidão em todo os domínios da vida social. Dinheiro e Formas Sociais Modernas Isto tem repercussões na organização: (i) do tempo, (ii) do espaço e (iii) das coisas. Dinheiro e Formas Sociais Modernas Individualismo Quantitativo. Facilita a igualdade do homem no mercado. Indiferença e Impessoalidade do dinheiro apaga os traços pessoais e torna-se em poderoso elemento na solução dos conflitos interpessoais. Ao mesmo tempo, sobre o solo da igualdade do individualismo quantitativo brota a diferença baseada na divisão do trabalho. diferenciação dos iguais. Temos pois o processo de Dinheiro e Formas Sociais Modernas O dinheiro e o racionalismo nivelam o homem na massa. Conseqüências: (i) preservação do espaço interior- intimidade pelo o qual os homens buscam se preservar do contato externo e dos choques contínuos que atingem os modeno e (ii) solidão. Sentimento tipicamente moderno: quanto mais o homem se encontra rodeado se semelhantes mais se sente em solidão. Dinheiro e Formas Sociais Modernas Intensidade de Contatos e Isolamento. Busca do refúgio do homem moderno da intensidade, da pluralidade e da mutabilidade dos contatos com os outros homens e objetos, (i) no espaço da habitação e (ii) na religião. Exposição de contatos e Indiferença. Atitude blasé. Indiferença às imagens e as impressões. Dinheiro e Formas Sociais Modernas Proximidade e Distância Social. O dinheiro socializa os homens como estranhos, ao alterar as relações usuais de proximidade e distância, o que estava longe torna-se próximo, o próximo distante. Aglomeração. O dinheiro tem uma força centrípeta: ele se aglomera e com ele os homens. Inversamente: quando os homens se aglomeram cresce a necessidade de dinheiro. O Dinheiro ao se aglomerar necessita aglomerar uma infinidade de coisas. Dinheiro e Formas Sociais Modernas Esquecimento coisas de seu e Perda de Memória. Ao despojar as caráter qualitativo, o dinheiro propicia o esquecimento e a perda de memória. O dinheiro circula incessantemente e não deixa rastros. Estilização exatidão, dos comportamentos: calculabilidade, pontualidade, praticidade, padronização. Multiplicidade objetividade, normatividade, e variedade de papéis sociais que o indivíduo desempenha nos diferentes círculos, momentos e situações.