MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR AGÊNCIA BRASILIEIRA DE PROMOÇÃO DE EXPORTAÇÕES E INVESTIMENTOS Relatório do Diagnóstico OXIDAR TRATAMENTO DE SUPERFICIE LTDA Maria Aparecida Santos CURITIBA, 16 DE ABRIL DE 2011 II MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR AGÊNCIA BRASILIEIRA DE PROMOÇÃO DE EXPORTAÇÕES E INVESTIMENTOS RELATÓRIO DO DIAGNÓSTICO OXIDAR TRATAMENTO DE SUPERFICIE LTDA MARIA APARECIDA SANTOS CURITIBA, 16 DE ABRIL DE 2011. SUMÁRIO 1. 2. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................................03 1.1. OBJETIVO ...................................................................................................................................................03 1.2. DEFINIÇÕES E SIGLAS.............................................................................................................................03 LEVANTAMENTO DE DADOS ........................................................................................................................04 2.1. DA EMPRESA .............................................................................................................................................04 2.1.1. ADESÃO AO PROJETO.............................................................................................................................04 2.1.2. DADOS GERAIS.........................................................................................................................................04 3. 2.2. ANÁLISE DA FICHA DE INFORMAÇÕES .................................................................................................04 2.3. HISTÓRICO DA EMPRESA .......................................................................................................................05 ANÁLISE DAS RESPOSTAS .............................................................................................................................06 3.1. ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA ..........................................................................................................06 3.2. CAPITAL HUMANO ....................................................................................................................................10 3.3. FINANÇAS E CUSTOS ...............................................................................................................................15 3.4. VENDAS E MARKETING ............................................................................................................................18 3.5. COMÉRCIO EXTERIOR.............................................................................................................................21 3.6. PRODUTO E MANUFATURA.....................................................................................................................23 4. PRIORIZAÇÃO DAS DEMANDAS ..................................................................................................................36 5. CONCLUSÕES ...................................................................................................................................................37 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................................38 II 3 1. INTRODUÇÃO 1.1. OBJETIVO Demonstrar o resultado do trabalho realizado na empresa Oxidar Ltda., a partir da visita do Extensionista Industrial ligado ao Projeto Extensão Industrial Exportadora. 1.2. DEFINIÇÕES E SIGLAS 1.2.1 SIGLAS Técnico Extensionista TE Núcleo de Operacional NO Governança GV Projeto Extensão Industrial Exportadora PEIEX Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos APEX-Brasil Processo A PA Processo B PB 4 2. LEVANTAMENTO DE DADOS 2.1. DA EMPRESA 2.1.1. ADESÃO AO PROJETO A empresa OXIDAR inscreveu-se no PEIEX na data 15.03.2011 e também respondeu a Ficha de Informações dentro dos prazos estabelecidos pelo PEIEX e os principais itens a destacar estão postos a seguir: 2.1.2. DADOS GERAIS Nome da empresa: OXIDAR TRATAMENTO DE SUPERFICIE LTDA. Endereço: Rua Paranavaí, 939 – Pedro Demeterco - Pinhais. Telefone: (41) 3668-4030 Titular da Empresa: Sr. Ivo Edson Mendes e Sra. Clara Pereira Mendes. Número de funcionários: 04 Ramo de atividade: Galvanoplastia. 2.2. ANÁLISE DA FICHA DE INFORMAÇÕES Baseados nos dados disponibilizados pela Empresa na Ficha de Informações podemos descrever que a empresa possui as seguintes características específicas: Quanto à estrutura societária, a empresa é composta por dois sócios proprietários, sendo que o sócio Sr. Ivo Edson Mendes possui 99% da parte acionária da empresa e sua sócia, Sra. Clara Pereira Mendes possui os outros 1% das ações. Em relação aos investimentos a empresa OXIDAR investiu em equipamentos nacionais, obra civil, meio ambiente entre outros, como podemos observar no quadro abaixo. 5 Itens do investimento (R$) Equipamentos Nacionais Equipamentos Importados Obras Civis Desenvolvimento de Produtos Meio Ambiente Automação: Adm. / Suprimentos / Vendas Automação: Produção Outros: Quais? Total dos Investimentos efetivos 2008 - 2009 - 2010 R$: 26.000,00 R$: 3.000,00 R$: 5.000,00 R$: 2.000,00 R$: 36.000,00 O material utilizado para confecção dos produtos da empresa OXIDAR é a soda, desengraxante, Banho Zn e nitrato . Matérias-primas Soda Desengraxante Banho ZN Nitrito/Nitrato Total % 2008 - % 2009 % 2010 600kg 700kg 420kg 100kg Quanto aos indicadores econômico-financeiros, abrange uma fatia do mercado no estado do Paraná, onde fica concentrada toda sua produção. Indicadores Econômico-Financeiros Faturamento bruto total UF Paraná Mercado Interno (% s/ faturamento) 2007 2008 2009 R$ 250.000,00 Outros Total do Mercado Interno (% s/ faturamento) Mercado Externo (% s/ faturamento) Estados Unidos Europa Mercosul América Latina Ásia Outros Países: Total do Mercado Externo (% s/ faturamento) Montante de Importações (%) Matéria-prima Produtos Número de unidades vendidas Mercado Interno (% s/ faturamento) Mercado Externo (% s/ faturamento) Prazos Médio de Compras – em dias Prazos Médio de Vendas – em dias Despesas Administrativas (% s/ faturamento) Índice de lucratividade (Lucro líquido / faturamento) R$ 250.000,00 6 Quanto aos produtos da empresa, produzem faça de retifica que representa 30% do faturamento, fabricação de luva e tampão que fica com 5% e a recuperação de peças fica com os restantes 65%. Produtos 2009 %Faturamento Qtde. Oxidação Zincagem Niquel Total 2010 %Faturamento 35% 30% 35% Qtde. 100% Quanto aos tipos de equipamentos a empresa OXIDAR tem: Equipamentos TANQUES REFITICADOR TALHA Tipo PP 500A Quantidade 05 01 01 Idade / Anos 2 anos 8 anos 2 anos 2.3. HISTÓRICO DA EMPRESA A empresa Oxidar está no mercado desde 20 de agosto de 2008, atuando na área de galvanização com serviços especiais, como oxidação, zincagem e níquel. Estes tratamentos são de superfície em peças de aços diversas. 7 3. ANÁLISE DAS RESPOSTAS Os dados colhidos foram feitos com a presença do Sr. Ivo que respondeu sobre as áreas de administração estratégica, vendas e marketing, produção e finanças. Relatamos, a seguir, o resultado analítico da entrevista. A partir das respostas concedidas pelo Sr. Ivo, teceremos alguns comentários técnicos a respeito de suas estratégias. Abaixo será apresentada uma planilha com os pontos fortes da empresa e as oportunidades de melhorias. 3.1. ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA PONTOS FORTES OPORTUNIDADADES DE MELHORIAS A empresa está informatizada Elaborar planejamento estratégico efetivo São buscadas inovações tecnológicas Estabelecer índice de satisfação do cliente Existe critério para terceirização Elaborar a descrição das funções para os colaboradores Possui seguro Conhece sua participação no mercado Com base na tabela acima, descreveremos todos os itens da administração estratégica, com um parecer técnico. 3.1.1 Estratégia Organizacional A empresa OXIDAR conta com 04 colaboradores até o momento. Com relação à estratégia organizacional a empresa está na busca de um posicionamento no mercado. Não tem formalizado um planejamento estratégico com isso também não possui missão, objetivos, metas. Políticas o empresário diz não possuir. Divulga os objetivos e estratégias aos colaboradores, não utiliza parâmetros para seus investimentos. A empresa OXIDAR adota política própria para terceirização. Está totalmente informatizada, possui seguro, está sempre buscando inovações tecnológicas para desenvolver novos produtos e mercados. Podemos dizer que o planejamento estratégico é um modelo de decisão, unificado e integrador, que determina e revela o propósito organizacional em termos de Valores, Missão, Objetivos, Estratégias, Metas e Ações. O planejamento estratégico trás para a 8 empresa alguns benefícios tais como: agiliza decisões e melhora a comunicação, aumenta a capacidade gerencial para tomar decisões, promove uma consciência coletiva e proporciona uma visão de conjunto, maior delegação e direção única para todos, orienta programas de qualidade, melhora o relacionamento da organização com seu ambiente interno e externo. O planejamento estratégico é um importante instrumento de gestão para as organizações na atualidade. Constitui uma das mais importantes funções administrativas e é através dele que o gestor e sua equipe estabelecem os parâmetros que vão direcionar a organização da empresa, a condução da liderança, assim como o controle das atividades. O objetivo do planejamento é fornecer aos gestores e suas equipes uma ferramenta com informações para a tomada de decisão, ajudando-os a atuar de forma pró-ativa, antecipando-se às mudanças que ocorrem no mercado em que atuam. Porter, importante autor no campo da estratégia, afirma que uma empresa sem planejamento corre o risco de se transformar em uma folha seca, que se move ao capricho dos ventos da concorrência. De fato, o administrador que não exerce a sua função enquanto planejador acaba por se concentrar excessivamente no operacional, atuando principalmente como um bombeiro que vive apagando incêndios, mas que não consegue enxergar onde está a causa desses incêndios. Saber utilizar os instrumentos do planejamento de forma coerente, adaptando-os à realidade da empresa e às suas necessidades, pode ser então uma excelente arma competitiva. Para utilizá-la eficazmente, é importante que os gestores conheçam bem cada um dos elementos do planejamento e suas funções, assim como as mudanças que estão ocorrendo no contexto competitivo, as quais estão influenciando na própria prática do planejamento e lançando alguns desafios para a sua gestão nas empresas. 3.1.2 Estrutura Organizacional Quanto a sua estrutura organizacional a empresa possui licença para trabalhar no setor, não possui organograma geral da empresa, não tem descrição de funções de seus colaboradores. A empresa não possui procedimentos e instruções operacionais, terem estes procedimentos auxilia a empresa a acertar sempre na hora de uma contratação de um novo colaborador. Abaixo um exemplo de uma estrutura organizacional, ou um organograma. 9 Conselho Administrativo Diretor Financeiro Tesouraria Diretor Industrial Diretor de RH Controladoria Setor de Contas a Pagar Setor de Auditoria Interna Setor de Contas a Receber Setor de Orçamento Setor de Fluxo de Caixa Setor de Contabilidade A organização da empresa é a ordenação e o agrupamento de atividades e recursos, visando ao alcance de objetivos e resultados estabelecidos. O intuito de tudo isso é trazer para a empresa benefícios inúmeros que podemos elencar como: identificação das tarefas necessárias; organização das funções e responsabilidades; informações, recursos, e feedback aos empregados; medidas de desempenho compatíveis com os objetivos e condições motivadoras. Todo processo estrutural tem suas vantagens e desvantagens como podemos elencar a seguir: Vantagens da estrutura informal. Proporciona maior rapidez no processo. Complementa e estrutura formal. Reduz a carga de comunicação dos chefes. Motiva e integra as pessoas na empresa. Desvantagens: Desconhecimento das chefias. 10 Dificuldade de controle. Possibilidade de atritos entre pessoas. Araújo, 2005 pg. 31, descreve que estamos vivenciando uma transição e o surgimento de novos ingredientes de gestão nas organizações, transferindo assim a essência do estudo organizacional para a análise dos processos, incluindo também os processos críticos. 3.1.3 Indicadores de Desempenho A empresa conhece sua participação no mercado, porém não calcula a taxa de produto por funcionários. O sucesso de uma empresa nos dias atuais neste mercado competitivo depende muito de estar de olho em todo o setor que se está inserido. Com base nesta tese temos primeiramente que ter em mente o seguinte; que hoje em dia o mercado consumidor é muito exigente, quanto a produtos, preços e prazos além da qualidade desses. O consumidor nunca esteve com um poder de decisão tão grande como tem hoje em dia. As empresas têm que se conscientizar que o mercado de hoje é extremamente competitivo, ágil e de mudanças significativas e rápidas, e seus concorrentes não vão ceder espaço para crescimento com facilidade. A resposta é instantânea. As grandes empresas e multinacionais agem dessa forma, com respostas imediatas; com lançamento de novos produtos, redução de custos de produção, incentivo para sua equipe de vendas, motivação continua, busca de novos nichos no mercado, mudança na sua política de comercialização, promoções de produtos, patrocínio de eventos, divulgação, campanhas de marketing e endomarketing agressivas. Tudo isso para não perderem seus clientes para seus concorrentes e aumentarem sua participação no mercado. A empresa estabelece o índice de satisfação dos seus clientes, porém não possui um sistema de monitoramento empresarial e não utiliza a relação de desempenho/benefícios. A satisfação do cliente é a chave para o sucesso. Saber a opinião de seus clientes sobre a qualidade de seus produtos ou serviços e os pontos que precisam ser melhorados, ajuda a garantir que negócio atenda às suas expectativas. Abaixo um esboço visual de como é o procedimento da satisfação do cliente. 11 Em meio a um mercado tão competitivo, é necessário um diferencial para se conquistar novos clientes, atendê-los satisfatoriamente e torná-los fiéis à sua empresa. 3.2. CAPITAL HUMANO PONTOS FORTES OPORTUNIDADADES DE MELHORIAS Adota todos os incentivos legais Adotar políticas de treinamento Adota trabalho em equipe Avaliar o desempenho dos colaboradores Forma multiplicadores Na empresa não ocorre rotatividade 3.2.1 Estratégias de Recursos Humanos A empresa, com relação a suas estratégias de RH, pratica todos os incentivos legais tais como, vale transporte, adiantamento salarial, salário compatível com a função desempenhada, refeição (fornece dinheiro). Não tem seguro de vida, não privilegia a atuação generalista dos funcionários, possui política de automação de resolução e adota incentivo ao trabalho em grupo. 12 Parte da motivação de uma pessoa vem do fato de ela saber que tem um papel importante na organização e que outras pessoas contam com ela. Segundo Weiss apud Santos, (1991, p.32) “As pessoas trabalham por recompensas. Essas não precisam ser tangíveis, como dinheiro. Pode ser intangíveis, como no caso de deixar um funcionário ser líder de um grupo”. A vontade de trabalhar bem deteriora e as pessoas ficam desmotivadas, apenas por haver obstáculos em seu caminho, ou se não entendem o que se espera delas, ou como seu trabalho será avaliado. Os obstáculos mais sérios são criados freqüentemente pelos supervisores. Muitos deles pedem coisas impossíveis enquanto outros não pedem nada. Muitos deixam de fornecer os recursos necessários para execução das tarefas. Alguns não são coerentes em suas expectativas e as mudam com freqüência. Muitos têm uma constância excessiva em suas expectativas, tornando-se inflexíveis, e não são capazes de enfrentar alterações nas condições de trabalho. Outros ainda não são sensíveis a necessidades de seus empregados. Existem fatores que influem, decisivamente, sobre a motivação humana que são: Trabalho em grupo; Reconhecimento, segurança e integração ao grupo; Necessidades fisiológicas; Necessidade de segurança material; Necessidades sociais; Necessidade do ego; Necessidade de auto-realização. Segundo SANTOS (2003, p 29), “o homem é motivado por necessidades organizadas numa hierarquia de relativa prepotência, isso significa que uma necessidade de ordem superior surge somente quando a de ordem inferior foi relativamente satisfeita”. Isso quer dizer que toda empresa tem que ter uma preocupação especial com seu capital humano, mantendo o mais motivado possível. 3.2.2 Administração de Recursos Humanos No que se refere à administração de RH a empresa possui registros de todos seus colaboradores ativos, possui também alguns critérios para admissão e encontra-se totalmente em situação legal em relação aos impostos obrigatórios tais como, FGTS, INSS, contrato social. Possui uma política definida de desempenho/benefícios no aspecto individual ou mesmo na coletividade. 13 No atual ambiente empresarial os fatores que estimulam as mudanças na administração de recursos humanos são os externos e internos. A partir da década de 90, exigiu-se uma nova política estratégica de recursos humanos: política centrada na qualidade, o que significou a adesão de princípios e programas de focalização no cliente, melhorias contínuas e capacitação de recursos humanos. No Brasil, a importância da área de recursos humanos não se encontra totalmente difundida a respeito do caráter estratégico no qual revestem suas atividades. E um destes fatos é a relação da influencia dos fatores macro ambientais sobre a organização, levando os recursos humanos considerados às necessidades dos impactos somente por um longo período de tempo. O papel da área de RH, tradicionalmente, restrito a uma atuação administrativa evolui e, permite por meio de suas políticas, ligarem suas funções às necessidades do mercado, onde o departamento de recursos humanos passa a ser responsável pelas outras funções das políticas de RH dentro da empresa, interligando todos os departamentos para cumprir os objetivos organizacionais. Na busca incessante pelas novas políticas da gestão de recursos humanos, a inovação tornou-se um dos fatores essenciais para as organizações dos novos tempos. As exigências de conhecimentos práticos, como teóricos, além das novas atitudes e habilidades decorrentes da introdução das inovações tecnológicas e sócio-organizacionais, nas quais, vêem alterando o perfil dos talentos humanos dentro da organização. Esta abordagem reflete novos paradigmas, pois, tratam da eminência de contornos para as políticas de recursos humanos voltadas à obtenção de resultados que, podem ser traduzidos em termos de inovações, qualidade de serviços ou produtos e produtividade no trabalho. As empresas devem adotar os sistemas de gestão de recursos humanos de acordo com as suas realidades, orientando todos os recursos disponíveis para o alcance dos objetivos. A execução da maioria das tarefas que eram característica da área de RH passou para as demais áreas da empresa com orientação, suporte e treinamento da equipe. As conseqüências do gerenciamento de RH assumem uma nova dimensão: há exigência de um perfil multidisciplinar, não somente como um aspecto técnico. Entre eles podemos citar: Formulações de estratégias empresariais; Definição da filosofia gerencial; Planejamento do processo de desenvolvimento da organização; 14 Posicionamento da organização frente ao ambiente externo. A gestão de recursos humanos deve desempenhar quatro papéis dentro das empresas, são eles: Administração de estratégias de RH que precisam estar ajustadas à estratégia empresarial; Administração da infra-estrutura da empresa, ou seja, racionalização dos diversos processos de RH; Administração da contribuição do funcionário, ou seja, ajudar os funcionários na resolução de seus problemas e necessidades para com isso obter maior envolvimento e competência dos mesmos; Administração da transformação da mudança para traçar planos de ação fazendo com que a mudança aconteça. 3.2.3 Educação e Treinamento Com relação à educação e treinamento a empresa identifica a necessidade de treinamento e adota política de treinamento, avalia o aprendizado, possui formas de auxiliar a educação, e procura formar multiplicadores. Desde o início dos sistemas fabris que essa atividade é reconhecida como elemento chave da produtividade. O sistema de produção enxuta da Toyota, já chamava a atenção para treinar seus colaboradores. Com o aumento da complexidade da área produtiva, o treinamento passou a ser cada vez mais sistematizado. Para Chiavenato (1999, p. 294) “O treinamento é uma maneira eficaz de delegar valor às pessoas, à organização e aos clientes. Ele enriquece o patrimônio humano das organizações”. É importante lembrar que existe uma diferença entre treinamento e desenvolvimento das pessoas. Entende-se que o treinamento: tem a finalidade de melhorar as habilidades do profissional no desempenho de suas funções. Já o desenvolvimento de pessoas: tem o foco voltado a novos cargos a serem abertos na organização com novas capacidades e habilidades a serem aprendidas pelo empregado. “O treinamento é orientado para o presente [...], segundo Chiavenato (1999, p. 294). Em nossas consultorias pelas empresas temos observado muitas deficiências operacionais ocasionando uma perda que não é medida pela gestão. Mas isso ocorre não por descuido, indisciplina ou por insatisfação dos colaboradores, mas sim pelo despreparo 15 do capital humano. Verifica-se que na maioria dos casos os colaboradores querem fazer o melhor para a empresa como forma de levá-la ao crescimento sustentável e a sua continuidade num mercado cada vez mais competitivo. Ocorre que falta o mais importante: o treinamento, a capacitação desses colaboradores. E isso é latente na forma como operacionalizam os procedimentos das tarefas a que lhes cabe executar no dia-a-dia do trabalho. Se por um lado a empresa sustenta a tese de que treinamento é custo, e, portanto tem que ser cortado, por outro esquece que colaboradores sem treinamento e capacitação representam custo muito maior do que os valores das planilhas de despesas com pessoal. Isso se deve ao pouco ou nenhum interesse dos empresários em educar e treinar seus colaboradores por achar que não adianta investir em treinamento porque não há como medir os resultados e mensurar o retorno desse investimento, isso escutamos sempre em nossas visitas com nossos empresários. Enganam-se aqueles empresários que pensam dessa forma, se não vejamos: quando os colaboradores são treinados aumenta o nível de satisfação com a empresa e melhora, em muito, o clima organizacional. Isto porque os colaboradores percebem que existe, por parte da empresa, interesse em que ele se desenvolva como pessoa e como profissional, valorizando o seu empenho e dedicação a mesma. Além do mais contribui para que o processo educativo se instale na empresa de dentro para fora, fazendo com que as atividades sejam muito mais produtivas e lucrativas, haja vista, que os custos operacionais, assim como, os custos qualitativos, que não são mensurados, sejam infinitamente menores fazendo com que seus clientes e fornecedores percebam essa diferença no produto final que lhes é ofertado, ou seja, na qualidade e no preço. 3.2.4 Indicadores de Recursos Humanos Sobre a taxa de absenteísmo a empresa identifica as causas e não ocorre rotatividade, faz investimento em educação e treinamento em relação ao faturamento, não avalia o desempenho dos funcionários e efetua pesquisa de clima/satisfação dos funcionários. Santos (2003 p. 07) descreve que “o saber ouvir as pessoas é utilizar ao máximo sua potencialidade. Ouvir é procurar saber o que as pessoas sentem, o que as pessoas querem, o que as pessoas pensam... e utilizar ao máximo sua potencialidade é desenvolver as pessoas, e procurar criar condições para que as pessoas, em se 16 desenvolvendo, consigam desenvolver a empresa”. Portanto estar avaliando o desempenho de seus colaboradores e sua satisfação é muito importante para o desenvolvimento potencial da empresa e seu estabelecimento no mercado. Uma definição que merece ser apresenta é a de Santos (2003 p. 07), que consiste “na aplicação concreta de uma filosofia humanista pela introdução de métodos participativos, visando modificar um ou vários aspectos do meio-ambiente de trabalho, a fim de criar uma nova situação mais favorável à satisfação dos empregados e à produtividade da empresa”. O resultado final da pesquisa deve apresentar as informações necessárias para a identificação de oportunidades de melhoria e a elaboração de um plano de ação. 3.3. FINANÇAS E CUSTOS PONTOS FORTES OPORTUNIDADADES DE MELHORIAS Executa controle de conta a pagar e receber Avaliar o seguro do seu negócio Possui liquidez financeira Avaliar o patrimônio ativo e passivo A empresa trabalha com banco Possuir planilhas para formação de preço Situação creditícia da empresa é regular Conhece os prazos de pagamento e recebimento Possui sistema de negociação Possui política de pagamento de terceirizado Conhece a rentabilidade do setor Com base na tabela acima, descreveremos todos os itens de Finanças e Custos, com um parecer técnico. 3.3.1 Administração Financeira No quesito administração financeira a empresa executa o controle de contas. Fazer o controle de todas as contas tanto a pagar como a receber, traz benefícios à saúde da empresa, pois, sabendo quanto se está ganhando e pagando será possível calcular os lucros e ou prejuízos. As planilhas trazem todo o contexto, onde poderão ser inseridos todos os dados de contas a pagar e a receber, podendo assim fazer uma melhor visualização da empresa neste quesito. 17 Na empresa não há necessidade de descontar títulos, mas possui empréstimos. A situação creditícia é regular, realiza orçamento efetivo de investimentos e despesas. A empresa tem sustentação econômica principal. Mantém vínculo com instituições bancárias. Ainda não obteve nenhum incentivo por parte do governo. É essencial para a função administrativa o conhecimento dos procedimentos financeiros e contábeis disponíveis para atingir os objetivos e se ter retorno financeiro. O principal papel do Administrador Financeiro é o relativo à tesouraria da empresa, ou seja, cuidar efetivamente do dinheiro, sua entrada e saída, e logicamente preservar o retorno exigido pelos sócios. Neste sentido é necessário buscar um pleno entendimento da Administração de caixa da empresa e o custo ao qual este fluxo está submetido. A administração de caixa está intimamente ligada ao ciclo operacional da empresa e o custo de capital ao financiamento deste ciclo. Silva, 2008, diz que as empresas são formadas por ciclos financeiros e que os mesmo servem para organizar a administração financeira. Gitman, 2010 p.08, diz que o porte e a importância da função de administração financeira dependem do tamanho da empresa. Nas pequenas, essa função costuma ser realizada pelo departamento de contabilidade. À medida que a empresa cresce, ela naturalmente evolui para um departamento em separado que se reporta ao presidente executivo por meio do principal executivo financeiro 3.3.2 Indicadores Financeiros A OXIDAR possui capital de giro que está em torno de R$: 3000,00. Silva, 2008 p.54 diz que o capital de giro tem papel relevante na vida operacional da empresa, cobrindo normalmente mais da metade de seus ativos totais investidos. O capital de giro também é conhecido como capital circulante, pois ele fica girando dentro da empresa e, cada vez que sofre alguma mudança em seu estado patrimonial, produz alteração na contabilidade de sua empresa. Uma admiistração inadequada do capital de giro gera sérios problemas financeiros, podendo ocasionar até a insolvência (estado em que o devedor possui mais dívidas do que a quantidade de seus bens para saldá-las.) Como exemplo podemos dizer que, se um empresário desviar recursos do seu capital de giro para, digamos, adquirir imobilizados, logo irá comprar menos mercadorias e, 18 obviamente, vender bem menos, diminuindo seu fluxo de caixa e vendo a sua empresa mergulhar em dificuldades financeiras para honrar com seus compromissos. O Capital de Giro deve ser intocável, pois é ele a sua maior fonte de renda. No que se refere aos indicadores tem organizado o fluxo de caixa e o prazo médio de recebimento e pagamento é conhecido. Não executa balancete na empresa ficando a responsabilidade para seu contador, não avalia seu patrimônio, mas sabe negociar, possui liquidez, conhece a rentabilidade de seu setor, pratica uma política de negociação própria, executa orçamento e controle de contas e conhece os prazos de recebimento de seus clientes. Zelar pela saúde financeira de uma empresa não é tarefa fácil de desempenhar, mas se faz necessário, como afirma Porter (1996, p. 24), que "o fato de que a concorrência em uma indústria não está limitada aos participantes estabelecidos. Clientes, fornecedores, substitutos, e os entrantes potenciais são todos "concorrentes" para as empresas na indústria, podendo ter maior ou menor importância, dependendo de circunstâncias particulares. “Quando se tem um bom planejamento financeiro, a empresa segue saudável e não haverá riscos pertinentes a rondar a empresa, como por exemplo, novo entrante, que podem alavancar o mercado e sua empresa poderá perder uma fatia considerável de mercado. Manter a qualidade de seus produtos e preços competitivos também pode auxiliar e manter a empresa neste mercado globalizado. 3.3.3 Administração de Custos Neste quesito a empresa não está positiva, pois, não utiliza programa ou planilha pré-elaborada na estrutura de formação do custo do produto. As áreas de serviços representam hoje a maior parcela do PIB (Produto Interno Bruto) em vários países e a empresa OXIDAR segue este ramo de negócio muito promissor. É um dos campos que mais cresce e com tendências a continuar crescendo. O aumento da competitividade criada pela globalização dos mercados faz com que as empresas de manufatura se aliem as de serviços, viabilizando o processo produtivo e a formação dos custos. É principalmente dentro da empresa que as áreas de serviços estão ganhando espaço com relação ao controle dos custos. Para o correto agrupamento dos custos, temos a necessidade de diferenciar os custos de produtos e os custos de serviços. Em muitos momentos nos deparamos com 19 uma análise em que separar as duas áreas são difíceis em razão da sua ligação direta, suas necessidades, seu grau de importância. Os produtos são gerados pelos serviços, sendo esses diretos ou indiretos. 3.3.4 Indicadores de Custos A empresa informou possuir planilha de controle. A ociosidade da fábrica é conhecida pela empresa, como nos informou o Sr. Ivo. Calcula o custo fixo e custo variável. Segundo Bruni, 2009 p.30, o comportamento dos custos em relação ao volume permite analisar as variações nos custos totais e unitários em relação a diferentes volumes de produção. Os custos aqui mencionados são os custos fixos, que permanecem fixos não irão variar em qualquer situação e os custos variáveis que são mutantes, ou que se alteram em função das atividades da empresa. Podemos dizer que estar ciente o que cada um destes custos representa para sua empresa já é um ótimo começa para estabilizar suas finanças. Quanto ao índice de sucatas à empresa o controle efetivamente, adota hora extra. No que tange ao retrabalho, ocorre em quantidades abaixo do esperado. A empresa conhece o giro de seu estoque, calcula o faturamento por funcionário. Quanto ao acompanhamento de preços do produto no mercado a empresa o faz. 3.4. VENDAS e MARKETING PONTOS FORTES OPORTUNIDADADES DE MELHORIAS Acompanha preços concorrentes no mercado Aumentar empresa Prospecta novos clientes Define seus concorrentes Conhece o mercado em que está atuando Sabe quanto representado a venda dos produtos da própria marca Possui cadastrados todos seus clientes Mantém com os clientes um ótimo relacionamento o potencial de mercado da 20 Adota política de garantia Executa negociação Com base na tabela acima, descreveremos todos os itens de Vendas e Marketing, com um parecer técnico. 3.3.1 Avaliação de Mercado Conforme a avaliação de mercado a empresa diz acompanhar preços concorrentes no mercado, avalia a tendência de mercado. Está sempre prospectando novos clientes para sua empresa. Não utiliza dados de pesquisa de mercado, mas define seus concorrentes. Conhece o mercado em que está atuando, mas ainda não utiliza todo o potencial que possui (hoje utiliza apenas em 70%). Conhece quanto representa a venda dos produtos de sua marca atualmente. Mantém na empresa o cadastro de clientes sempre atualizado. Sobre a equipe de vendas a empresa ainda não está estruturada, a mesma é feita de forma indireta pelo empresário. Não participa de rodadas e feiras de negócios. Quando realizada corretamente, a pesquisa de mercado oferece informações consistentes, que, somadas à experiência e ao sentimento do gestor, tornam o processo decisório mais rico e preciso. Ações como visitar a concorrência para verificar os pontos fortes e fracos, ouvir reclamações de clientes ou mesmo observar como as pessoas caminham dentro de uma loja são importantes fontes de informações, muitas vezes desprezadas por novos e antigos empresários. Devemos fazer pesquisa de mercado para verificar a validade e a viabilidade de uma hipótese ou responder questões-chave do negócio. Ela deve ser entendida apenas como um meio para obter informações e conseqüentemente dar base a decisões melhores no âmbito do marketing da empresa ou futura empresa. Não se faz pesquisa apenas por fazer. Antes de qualquer coisa precisa haver uma dúvida, uma questão, uma percepção de que algo ocorre no mercado. A empresa deve recorrer às pesquisas sempre que tiver que tomar decisões de marketing importantes, tais como: Expandir a área geográfica de atuação, Entrar em novos segmentos de mercado ou canais de distribuição, Lançar ou aperfeiçoar produtos e serviços, Dimensionar a equipe de vendas, 21 Credenciar revendedores ou distribuidores, Escolher um ponto comercial, Definir qualidade e variedade dos produtos e serviços a ser comercializados, Definir os meios de divulgação mais adequados, Ajustar preços, Posicionar produtos e marcas, Iniciar um novo negócio (deve fazer parte do plano de negócios). A pesquisa de mercado serve para conhecer e monitorar o mercado consumidor e concorrente, dimensionar a demanda, verificar a presença do público-alvo (clientes e prospects), avaliar resultados de ações de marketing, identificar e dimensionar problemas ou necessidades, observar tendências, avaliar a satisfação dos consumidores, testar produtos e estratégias antes do seu lançamento, analisar as práticas da concorrência (quantidade e agressividade), monitorar a dinâmica e o comportamento dos diferentes segmentos e nichos. A pesquisa de mercado é uma ferramenta acessível para a maior parte das micro e pequenas empresas e não deve ser substituída pela intuição ou feeling. É importante lembrar que a pesquisa de mercado não substitui a criatividade e o talento do empreendedor. Ela serve principalmente para validar uma hipótese ou uma idéia já concebida. Por isso, antes de investir em qualquer pesquisa, é necessária muita reflexão. 3.4.2 Política Mercadológica A empresa possui política de preços e prazos, e também há promove e faz propaganda da mesma, não adota políticas para lançamento de novos itens. Mantém um bom relacionamento com seus clientes. Não paga comissões, não tem loja própria. Para o transporte a empresa deixa o seguro por conta da transportadora. Não produz material promocional para promover sua empresa, mas adota política de garantia para o seu produto e tem um modo particular de negociação. Não privilegia como estratégia de mercado a massificação e não participa de redes de cooperação. Como toda empresa a OXIDAR está sempre inovando e buscando novas políticas de vendas. 22 3.4.3 Análise de Desempenho De acordo com o Sr. Ivo, a empresa não analisa margem de contribuição, e não possui indicadores para margem de rentabilidade, pois, ainda não faz nenhum investimento na área de marketing. Hoje com a crescente atividade de marketing e a consequente ampliação dos investimentos na área justifica a cobrança exercida pela alta administração para a avaliação de desempenho e a mensuração dos resultados de marketing. Os objetivos do marketing dentro da análise de desempenho englobam diferentes stakeholders (organizações com fins lucrativos e não-lucrativos, compradores e vendedores) com interesses e objetivos distintos. Cada um deles utiliza-se do marketing com propósitos específicos para atingir resultados mercadológicos. Contudo, podem-se sistematizar objetivos fundamentais que atendam às mais variadas formas de atuação, onde podemos destacar quatro deles: maximizar o lucro; maximizar a satisfação do consumidor; maximizar a escolha (personalização); maximizar a qualidade de vida. Continuando a análise técnica a empresa apresenta lucro compatível, não possui estatísticas de vendas, conhece a sazonalidade de seu produto e mercado, estabelece vida útil, e não tem planilha (sistema) para confirmação de seu estoque. Segundo KOTLER, 2000, p.122, “na sociedade atual, baseada na informação, empresas com melhores sistemas de informações obtêm uma vantagem competitiva. A empresa pode escolher melhor seus mercados, desenvolver melhores ofertas e executar melhor seu planejamento de marketing.” 3.5. COMÉRCIO EXTERIOR PONTOS FORTES OPORTUNIDADADES DE MELHORIAS A empresa não pretende exportar no momento A empresa não exporta A empresa OXIDAR não exporta, e no momento não há interesse em exportação, mas esboçaremos alguns conceitos sobre o tema. Os avanços tecnológicos permitem comunicações imediatas com as mais distintas regiões do planeta, possibilitando que os mais diversos negócios sejam efetuados, 23 diariamente, com empresas de variados e distantes países. No passado, a indústria nacional era protegida por barreiras que hoje já não existem. Isso faz com que empresas estrangeiras possam vir concorrer com as empresas brasileiras dentro de nosso próprio país. A internacionalização leva ao desenvolvimento da empresa, pois a obriga a modernizar-se, seja para conquistar novos mercados, seja para preservar as suas posições no mercado interno. Neste sentido, o comércio exterior adquire cada vez mais importância para o empreendedor que queira realmente crescer, assim como para a economia brasileira, mediante o ingresso de divisas e geração de emprego e renda. Geralmente, quando uma empresa passa a exportar ela obtém melhoras significativas, tanto dentro da empresa (novos padrões gerenciais, novas tecnologias, novas formas de gestão, qualificação da mão de obra, agregação de valor à marca) quanto fora (melhoria da imagem: frente a clientes, fornecedores e concorrentes). Ao tornar-se uma empresa exportadora, a sua imagem muda. O seu nome e a sua marca passam a ser uma referência em relação à concorrência, e ela passa a ser vista como uma empresa de produtos de qualidade. Os compradores no exterior são muito exigentes, e tanto os clientes quanto os fornecedores sabem que a empresa que está exportando consegue colocar seus produtos no exterior graças ao seu esforço em se tornar mais competitiva. A empresa passa a gerar novos empregos, devido o aumento da produção, e os funcionários passam a sentir orgulho de trabalhar em uma empresa que exporta seus produtos. Outro fator de muita importância para empresa que exporta é a diminuição da carga tributária, ou seja, as empresas que exportam podem utilizar mecanismos que contribuem para uma diminuição dos tributos que normalmente são devidos nas operações no mercado interno, são chamados de Incentivos Fiscais. Os Incentivos Fiscais são benefícios destinados a eliminar os tributos incidentes sobre os produtos nas operações normais de mercado interno. Quando se trata de uma exportação, é importante que o produto possa alcançar o mercado internacional em condições de competir em preço e, por isso, ela pode compensar o recolhimento dos impostos internos. Entre as empresas exportadoras, 50% são micro e pequenas, que, no entanto, representaram apenas 3% do volume exportado. 24 O Brasil exportou US$ 73,2 bilhões em 2007, um recorde para o período, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Entre as empresas exportadoras, 50% eram micro e pequenas, que, no entanto, representaram apenas 3% do volume exportado. A explicação para o percentual é a falta de uma cultura exportadora entre MPEs. As micro e pequenas empresas ainda são muito voltadas para o mercado interno e não enxergam a exportação como uma estratégia. Elas precisam ter um percentual direcionado unicamente para o mercado externo, é o que defendem o corpo de técnicos do PEIEX juntamente com a APEX Brasil. O empresário deve enxergar as exportações como um foco positivo à empresa, e não como uma solução aos períodos de fragilidade do mercado interno. 3.6. PRODUTO e MANUFATURA PONTOS FORTES OPORTUNIDADADES DE MELHORIAS A empresa mantém ótima interação nos setores Acompanhar as tecnologias de mercado como um todo, para se manter atualizado Conhece o tempo produtivo dos produtos Fazer manutenção preventiva Há custo objetivado para venda dos produtos A empresa tem uma percepção muito definida sobre a inovação A empresa tem uma ótima visão sobre gestão ambiental Com base na tabela anterior, descreveremos todos os itens do Produto e Manufatura, com um parecer técnico. 3.6.1 Desenvolvimento de produto A empresa OXIDAR possui códigos de seus produtos, possui estrutura de produtos e ficha técnica, importantes para seu produto e reconhecimento no mercado. Tem interação de sua área comercial e produto com isso sua produção caminha quase sem 25 interferência e também conhece o tempo médio de desenvolvimento do produto. A empresa desenvolve produto com custo objetivado e todo o ferramental utilizado é de sua propriedade, e quando compra a matéria-prima, avalia muito bem a escolha. Não possui marca e patente de seu produto. Não é novidade que no mercado em que atuamos, desenvolver produtos tem se tornado um dos processos-chave para a competitividade na manufatura. Movimentos de aumento da concorrência, rápidas mudanças tecnológicas, diminuição do ciclo de vida dos produtos e maior exigência por parte dos consumidores exigem das empresas agilidade, produtividade e alta qualidade que dependem necessariamente da eficiência e eficácia da empresa neste processo. A seguir um modelo de ciclo de vida do produto. A situação atual diz que um dos fatores bem conhecidos sobre o processo de desenvolvimento de produto é que o grau de incerteza no início deste processo é bem elevado, diminuindo com o tempo, mas é justamente no início que se seleciona a maior quantidade de soluções construtivas. As decisões entre alternativas no início do ciclo de desenvolvimento são responsáveis por 85% do custo do produto final. O custo de modificação aumenta ao longo do ciclo de desenvolvimento, pois a cada mudança, um número maior de decisões já tomadas podes ser invalidada. Estar atento a este quesito pode evitar a empresa de incorrer em gasto desnecessário, podendo com isso apenas onerar a empresa ao invés de se tornar um produto lucrável. 3.6.2 Gestão da Inovação Na gestão da inovação a empresa considera a inovação muito importante para seu negócio, e também como principal diferencial competitivo de sua empresa. Não lança na 26 frente de seu concorrente produtos novos, apenas os segue, mas tem uma percepção de estratégia tecnológica, considerando a mesma como parte de sua estratégia competitiva. No que se refere a entidades de fomento afirma conhecer e não gostaria de apresentar um projeto inovador a uma entidade de fomento, não tem interesse em desenvolver parceria com uma universidade. Tem conhecimento sobre as leis voltadas para inovação. Existe uma competência interna para desenvolver produtos inovadores, e possui uma área para desenvolver pesquisa. Não utilizou até o momento de nenhum incentivo fiscal para inovação. A empresa acompanha as tecnologias no Brasil e não acompanha pesquisas acadêmicas no seu ramo de negócio. Em uma economia sólida, a inovação tecnológica deve ser resultado de um ambiente que produz ciência de ponta e influencia direta e indiretamente o setor produtivo, para isso o empresário deve estar sempre buscando informações. Os empresários ficam pensando que forma poderia ultrapassar os seus concorrentes, se de forma contínua procurasse alterar o seu modelo de negócio, produzindo constantemente novas propostas de valor, capazes de incrementar os níveis de satisfação e lealdade dos seus clientes e redefinir constantemente as fronteiras da sua própria indústria. Ficam imaginando como é possível fugir ao processo de comoditização, que obriga a esmagar a sua margem operacional permanentemente para poder fazer face às propostas de valor semelhantes dos seus concorrentes. Bem, a resposta está, tal como sabemos, na inovação. Especialmente num tipo de inovação mais amplo, que é a inovação de modelo de negócio, que é a inovação que vai para além do simples produto, processo ou tecnologia, é a inovação da própria proposta de valor que é definida para cada grupo de clientes. O que se espera da inovação do modelo de negócio é uma nova alavanca competitiva e distintiva dos seus concorrentes, a criação de novo valor para os seus clientes, capaz de principalmente fazer-lhe cobrar preços mais elevados por um acréscimo na satisfação. O segredo é simples, podemos construir um novo modelo de negócio que procure tornar os seus clientes mais satisfeitos, mais felizes. Clientes mais felizes são mais leais, conferem maior força à sua marca e preferem os seus produtos e serviços aos dos seus concorrentes. Este é o segredo, mas como podemos fazê-lo, simplesmente atuando junto de cinco vetores estratégicos que podem ser: Que clientes servimos. 27 O que oferecemos. Como. Como fazemos dinheiro. Como nos diferenciamos e sustentamos a nossa vantagem Estas cinco perguntas são simples, mas obrigam a uma profunda reflexão estratégica. Devemos pensar que são raras as vezes que em nossa organização temos tempo para pensar em formas de se diferenciar dos nossos concorrentes através da definição de uma nova proposta de valor. E que no fundo, caso tenhamos sucesso neste domínio, seria tão fácil aumentar a nossa participação de mercado, o nosso lucro e conferir um maior valor à nossa marca. 3.6.3 Processo de Manufatura Quanto ao processo de manufatura à empresa é proprietária de todo o seu ferramental, a manutenção é própria, existe codificação e documentação, e o ferramental na empresa é de fácil acesso. O método de trabalho dos 5S é uma ferramenta importante para que se alcance um processo produtivo de qualidade. O propósito da metodologia do 5S é a melhora da eficiência através da destinação adequada dos materiais, especialmente os desnecessários, organização, limpeza e identificação de materiais e espaços e a manutenção de melhorias. O 5S ajuda a aumentar a produtividade pela redução da perda de tempo procurando pelo ferramental. Somente deve ficar no ambiente de trabalho o que realmente for necessário. A manutenção industrial é própria, mas há possibilidade de terceirização. A empresa conhece o tempo médio de paradas da produção e os seus tipos. Existe critério para a seleção de fornecedores. A empresa conhece bem o tempo ocorrido entre o pedido até o recebimento da matéria prima. Quanto ao meio de transporte e pagamento de frete da matéria-prima existe critério para se fazer. Todo o pedido realizado e recebido passa por uma conferência de recebimento, possui documentação para solicitação de compra. Este documento é necessário, pois quando existe um pedido, para que não existam problemas diante de possíveis erros, é 28 necessário um documento formal onde se designem quantidades, preços, prazos, entre outros. Há controle de desempenho do fornecedor. Este índice é facilmente controlado por meio de uma planilha de histórico de dados que mostra a pontualidade na entrega, qualidade do produto, data de pedido, quantidade de produto devolvido, preços e prazos, e outros dados que podem gerar uma análise onde se conhece o desempenho dos fornecedores. A empresa planeja o fornecimento de matéria-prima. Os produtos possuem local físico adequado para o seu armazenamento, e os descarregamentos. Na OXIDAR existe um meio de transporte para carregamento e descarregamento de materiais. Existe com a administração comunicação efetiva e também possui política para estoque mínimo. Tem descritos e elaborados critérios de manufatura, e não há critérios para a mecanização e critério para a automatização. A idade média das máquinas segundo Sr. Ivo é compatível com a exigência de mercado, e gera um bom aproveitamento produtivo. A empresa tem critério para trocar a ferramenta. O maquinário é multiuso, e existem critérios para os turnos de operação. A empresa não possui controle estatístico da produção. O lay-out segundo o empresário é conveniente e o fluxo produtivo é considerado ineficiente. A produção é planejada, e existe flexibilidade de manufatura, conhece o tempo de processo de seu principal produto. 3.6.4 Qualidade e indicadores A empresa calcula os índices de rejeição e retrabalho. Não elabora estatística de qualidade. Reclamações ocorrem. A empresa possui padronização dos tempos e não adota o sistema Toyota de 7 perdas. Os princípios de produção defendidos por Ohno e Shingo, mentores do Sistema Toyota de Produção, estão fortemente vinculados com o conceito de perdas. Segundo Ohno (1988), são sete as grandes perdas a ser perseguida no Sistema Toyota de Produção: Superprodução - a maior fonte de desperdício; Tempo de espera - refere-se a materiais que aguardam em filas para serem processados; Transporte - nunca geram valor agregado no produto; 29 Processamento - algumas operações de um processo poderiam nem existir; Estoque - sua redução ocorrerá através de sua causa raiz; Movimentação - humana; Defeitos - produzir produtos defeituosos significa desperdiçar materiais, mão-deobra, movimentação de materiais defeituosos e outros. A proposta do sistema Toyota de produção é que estas sete perdas devam ser atacadas de forma simultânea e articuladas, visualizadas, compreendidas. A essência do Sistema Toyota de Produção está na constante busca pela erradicação total das perdas. Antes, o preço de um produto era imposto ao Mercado, sendo o seu valor determinado pela soma dos custos de fabricação com a margem de lucro pretendida. Com a mudança da economia num mercado competitivo, o cliente passou a ditar os preços dos produtos, cabendo às empresas a escolha entre venderem suas mercadorias por tal preço ou fecharem as suas portas. Para a Toyota, a única forma de aumentar ou manter o lucro após essa mudança de abordagem foi através da redução das perdas existente no sistema. Ou seja, eliminar toda e qualquer atividade que não agrega valor ao produto. Dentro da filosofia Toyota, temos o Kanban que opera através do sistema de "puxar" a produção: ao invés de uma programação de produção que "empurra" as matérias primas e produtos pela fábrica até a expedição, através do Kanban é a expedição (ou o cliente) quem "puxa" os produtos do setor de embalagem, e este da montagem, etc., de trás para frente. Imagine a sua empresa como uma corrente, cujos elos são os departamentos por onde os materiais submontagem, passam montagem, durante embalagem, o processo: expedição. almoxarifado, Num sistema beneficiamento, tradicional de programação de produção, você "empurra" os materiais pela corrente: visualize uma corrente sendo empurrada: muitos elos se movem e nada acontece na outra ponta. Agora podemos imaginar que a outra ponta da corrente é quem "puxa" os demais elos: o que acontece, o movimento se transfere suave e rapidamente até o outro extremo, como numa engrenagem onde todos os dentes rodam sincronizadamente e sem desvios. O sistema Kanban proporciona a sincronização e alinhamento entre todos os seus departamentos, comandados pela expedição de produtos ou mais à frente, pelo próprio cliente. 30 O sistema Kanban é operacionalizado com cartões que funcionam como "ordens de produção" ou como "ordens de compra" permanentes. Cada cartão vale um lote mínimo do produto, ou seja, um contentor ou mesmo uma só unidade que circula entre o setor consumidor e o fornecedor. O cartão é enviado ao setor fornecedor como uma requisição, ao se consumir o pequeno lote de produto a que estava vinculado. E volta para o consumidor acompanhando o novo lote do produto quando este é fornecido. A seguir um exemplo de sistema Kanban. O sistema kanban permite a redução dos estoques e o uso mais rápido dos produtos e, caso estes contenham falhas, o volume de produto produzido com falhas é menor, permitindo correções mais rápidas e menos rejeições e perdas na produção. 3.6.5 Gestão ambiental No que se refere à gestão ambiental a empresa só tem quesitos positivos. Adota minimização de resíduos sólidos, líquidos e gasosos. Quanto a resíduos perigosos, a empresa não trabalha com eles. Existe política de coleta seletiva. Possui liberação dos bombeiros e alvará da vigilância sanitária. Possui EPI, existem ótimas condições de higiene da empresa, e nas pessoas. As máquinas estão em ótimas condições. Os problemas ambientais em nível mundial começam a se tornar preocupantes. Como exemplos significativos, destacam-se o aumento de temperatura da terra, a destruição da camada de ozônio, o esgotamento acelerado dos recursos naturais, etc. 31 Todos estes problemas levam à busca de um novo modelo de crescimento econômico que considere mais a preservação do meio ambiente. Está claro que a solução para todos estes problemas deve ocorrer em vários níveis: Indivíduo: que deve tomar posturas que respeitem mais o meio ambiente a fim de limitar o consumo e economizar recursos naturais. Empresas: que devem funcionar reduzindo ao máximo seu impacto ambiental negativo. Poder Público: cuja função primordial é regulamentar o modelo final de funcionamento que respeite o meio ambiente. Desta forma, as empresas não podem ignorar suas obrigações ambientais: a pressão dos consumidores e as imposições normativas obrigam-nas a conceber produtos e sistemas de produção e distribuição que minimizem os impactos ambientais negativos. Até poucos anos atrás, as empresas consideravam estas questões como uma imposição dos sistemas de proteção ambiental, que implicavam aumento de custos. Mas hoje, os aspectos ambientais começam a ser considerados como fatores competitivos, que podem conceber a empresa uma vantagem competitiva de mercado. De fato, uma política ambiental bem concebida pode ajudar a reduzir custos, assim como gerar benefícios marginais pela comercialização dos resíduos, além de conduzir a segmentos de mercado especialmente rentáveis. A cada dia fica mais óbvio que, para uma atividade empresarial ser mais eficiente, faz-se necessária a introdução de critérios ambientais no processo produtivo, e é por este motivo que o projeto de uma correta gestão ambiental na empresa desempenha um papel fundamental. Uma das ferramentas ideais para fazer com que as empresas priorizem as políticas de prevenção, ao invés das de correção, são os Sistemas Voluntários de Gestão Ambiental. Definitivamente, pode-se afirmar que os custos ambientais das atividades industriais não são contabilizados. Não obstante, deve-se ter uma idéia clara de que, apesar de significar em curto prazo um custo para as empresas investir na proteção e na garantia de qualidade de vida, com toda segurança, este custo será infinitamente inferior ao valor da qualidade de vida e do bem-estar da humanidade. As atividades industriais podem interferir no meio ambiente através de diversas maneiras em seus processos como produção (utilização de matérias primas, energia e 32 água e conseqüente emissão atmosféricas, efluentes, geração de resíduos sólidos, ruído e vibração), distribuição, comercialização entre outros. Inúmeras medidas de proteção buscam minimizar os impactos produzidos pelos processos produtivos das empresas. No entanto, essas medidas visam o tratamento do resíduo após sua geração (medidas de caráter corretivo), onerando assim o processo produtivo devido o custo elevado da implantação de sistemas de tratamentos. Por isso, deve-se buscar formas que viabilizem a otimização desses processos. A correta gestão das variáveis ambientais é o que permite essa otimização. Por isso, as empresas necessitam trabalhar atuando nos seguintes pontos: Redução do consumo de energia; Gestão correta de resíduos; Redução do consumo de matériasprimas; Redução do consumo de água; Gestão correta das águas residuárias e efluentes líquidos; Gestão dos ruídos; Gestão de emissões atmosféricas; Análise de ciclo de vida de produtos (ACV); Cumprimento da legislação ambiental. Para colocar em prática um Sistema de Gestão Ambiental faz-se necessário: Elaborar uma política ambiental. Fixar objetivos e metas. Elaborar um plano de atuação em meio ambiente. O primeiro passo que uma empresa deve tomar para a implantação de um Sistema de Gestão Ambiental é a implantação de uma política ambiental. Essa política ambiental pode ser definida como uma declaração de objetivos, elaborada pela própria empresa, que exponha o compromisso adotado para melhorar sua atuação em relação ao meio ambiente. Essa declaração deve ser de conhecimento público. O Brasil possui uma posição de destaque no cenário mundial, quanto às mudanças ambientais globais. Primeiro, por suas dimensões territoriais e demográficas, que o situam entre as dez maiores nações do planeta. Segundo, pela presença da imensa massa contínua de floresta pluvial, em grande parte ainda intocada, o que o coloca em posição de destaque quanto à sua participação nos remanescentes de cobertura natural do planeta. Terceiro, pela extrema desigualdade na distribuição social e territorial de renda, que reduz as alternativas de ascensão social e contribui para a grande mobilidade espacial de sua população, o que é um dos fatores principais para explicar a velocidade e extensão das mudanças na cobertura e uso da terra. 33 A busca de uma maior inserção no mercado mundial e expressiva redução do papel empresarial do estado levou a substituição do projeto de desenvolvimento nacional, pelo da estabilidade macroeconômica global, o que limita substancialmente os alcances da intervenção planejada no território, tornando-a muito mais seletiva e dependente, tanto do setor privado, como do sistema financeiro internacional. A grande dependência de recursos financeiros externos resulta na vulnerabilidade aos movimentos especulativos internacionais e na manutenção de uma elevada taxa de juros, reduzindo o ritmo de crescimento econômico e o alcance das políticas sociais. Esse quadro tornou-se particularmente crítico diante da recente orientação da política norteamericana, que impôs barreiras à importação de diversos produtos brasileiros. A manutenção de tal postura, certamente contraria as normas da Organização Mundial do Comércio e pode provocar um recrudescimento do protecionismo em outras regiões, com efeitos imprevisíveis sobre as trocas internacionais. No plano interno, se a estabilização da moeda, na segunda metade da década de 1990, constitui um ponto importante do ponto de vista das políticas macro-econômicas, essa vulnerabilidade, acentua a fragilidade do sistema social, principalmente no tocante aos níveis de emprego, dificulta a implantação de políticas públicas setoriais e/ou integradas e a realização de investimentos. O território, por outro lado, constitui elemento dinâmico e reflete as tendências observadas, modificando-as ou redirecionando-as em algumas regiões. Na escala supra-regional na qual observam-se os movimentos e contra-movimentos de integração, seja no Mercosul, seja com a proposta da ALCA, ou das negociações com a União Européia, há mais fricções impeditivas de uma integração do que propriamente fluidez e dinâmicas impulsionadoras. Tratam-se, na realidade, de condições de natureza distinta. No que diz respeito aos problemas relacionados ao Mercosul, a crise argentina implica em investimentos com potencial de integração postergados no médio prazo. As possibilidades de cooperação com a União Européia ainda podem sofrer revezes, dificultando a consolidação dos acordos comerciais entre esses dois blocos econômicos. No que se refere à ALCA, as notáveis assimetrias entre os países chamados a integrá-la colocam problemas de grande magnitude; entre eles, o potencial de desmantelamento de cadeias produtivas consolidadas e geradoras de emprego e renda em várias regiões. Além desses efeitos, o incremento das políticas protecionistas, como já foi apontado, influi igualmente na dinâmica das negociações. 34 As restrições internacionais provocadas pela falta de confiabilidade nos mercados emergentes e as elevadas taxas de juros internos vêm dificultando os investimentos em cadeias produtivas que poderiam representar melhorias nos indicadores de crescimento econômico. Aliando-se a esses fatores, a recente crise de energia impôs restrições aos investimentos em modernização das unidades industriais, o que em nada contribui para a redução da poluição atmosférica nas grandes concentrações urbano-industriais, nem favorece a redução da intensidade energética do PIB. Ainda como efeito do ambiente externo, as políticas de reforma do estado assumiram importância considerável na agenda política e econômica nos últimos dez anos. A abertura do mercado interno para investimentos diretos teve, em grande parte, seu direcionamento dado pelo programa nacional de privatizações. Embora a maior parte dos serviços públicos tenha sido privatizada (telecomunicações, energia elétrica), esse movimento de transferência de ativos não solucionou a necessidade de investimentos para a extensão das redes de infra-estrutura, principalmente em áreas rurais. 3.6.6 Eficiência Energética A empresa não possui plano de conservação de energia (COCICE), porém utiliza seus conceitos e desta forma possui uma política de redução de consumo de energia. Atualmente não há um plano voltado para eficiência energética na empresa e não há funcionários que atuem nesta área. As instalações elétricas encontram-se em ótimo estado. Qualquer atividade em uma sociedade moderna só é possível com o uso de uma ou mais formas de energia. A energia é empregada intensamente na sociedade em geral e em tudo o que se faz. Surge então a necessidade de utilizá-la de modo inteligente e eficaz e entre as suas diferentes formas interessam em particular, aquelas que são processadas pela sociedade e colocadas à disposição dos consumidores onde e quando necessárias, e entre estas está à energia elétrica. Podemos afirmar com segurança que a energia elétrica é vital ao bem-estar do ser humano e ao desenvolvimento econômico no mundo contemporâneo. A racionalização do seu uso possibilita melhor qualidade de vida, gerando conseqüentemente, crescimento econômico, emprego e competividade. 35 Uma Política de Ação referente à Eficiência Energética tem como meta o emprego de técnicas e práticas capazes de promover os usos “inteligentes” da energia, reduzindo custos e produzindo ganhos de produtividade e de lucratividade, na perspectiva do desenvolvimento sustentável. Com isso podemos citar as vantagens e benefícios da economia de energia que são: NA SOCIEDADE Mais benefícios para a população, pois haverá maior disponibilidade de energia; O Estado evitará o desperdício de energia e, dessa forma, obterá mais recursos para investir na área social. NO MEIO AMBIENTE Redução dos impactos ambientais entre os quais: queima de combustíveis fósseis, emissão de CO2 (gás carbônico), compostos nitrogenados e enxofre, chuvas ácidas, efeito estufa, alagamentos, desmatamentos, radiação nuclear. NAS EMPRESAS (ESTATAIS e PRIVADAS) Aumento no suprimento de energia para atender necessidades futuras das empresas sejam elas particulares ou estatais. Viabilidade econômica do negócio Economicidade das fontes de energia e dos processos empregados. Ganhos de marketing Impactos de marketing junto ao mercado e aos clientes, decorrentes da melhoria da imagem. Custos de produção Redução das despesas diretas referentes ao consumo ineficiente de energia. Produtividade e competividade das empresas A otimização energética muitas vezes pode ser um ponto de partida para a modernização tanto de instalações prediais como de processo industriais levando ao aumento do volume de produção com o mesmo consumo de energia. Melhoria do ambiente de trabalho e da segurança 36 Incremento da motivação e participação dos colaboradores devido à melhoria do ambiente, com adequação de instalações e equipamentos aos novos processos de trabalho. NO ESTADO Menos investimentos em usinas hidrelétricas e termelétricas, contribuindo para o menor endividamento e ganho de competividade; Atração de novos investimentos e geração de emprego e renda; Garantia do suprimento de energia elétrica. 37 4. PRIORIZAÇÃO DAS DEMANDAS Considerando as sugestões listadas no item Propostas, o PEIEX juntamente com a responsável pelo RH estabelecerá a ordem de implantação das melhorias, que poderão ser citadas na tabela abaixo. ÁREA FUNCIONAL DA EMPRESA 1º 2º 3º 4º 5º TIPO DE DEMANDA DESCRIÇÃO DA DEMANDA 38 5. CONCLUSÕES A empresa OXIDAR demonstrou estar em busca de uma estrutura enxuta e organizada, pois, está em constante aprimoramento. Quanto à administração estratégica da empresa, sugerimos que seja implementada um planejamento estratégico efetivo, com missão, políticas e metas. Essa estratégia fará com que a empresa cresça de modo regular e continuo e dentro da visão do empresário. Em relação ao capital humano, a empresa já oferece todos os benefícios regulares. Os resultados da matriz estratégica mostram uma tendência a serem melhoradas em administração estratégica, finanças e custos e produto e manufatura, ou seja, a empresa deve rever alguns conceitos para melhorias. Para o setor de vendas e marketing, notamos uma deficiência na forma de como a empresa de mostra para o mercado, como sugestão técnica, disponibilizamos para empresário o curso de capacitação nesta área. No comércio exterior, não temos sugestões neste momento, pois a empresa não demonstrou interesse neste momento. O último setor analisado foi produto e manufatura, aqui, deixamos a sugestão de participar de nossos cursos de capacitação para ampliar ainda mais os conhecimentos já existentes. Para finalizar deixamos como premissa elaborar um planejamento estratégico global da empresa, pensando sempre na mudança como um meio para atingir seus objetivos principais, que é o crescimento e reconhecimento no mercado atuante. CURITIBA, 16 de Abril de 2011. Técnico Extensionista: ______________________________ Maria aparecida Santos Coordenadora: ___________________________________ Cristiane Ribas Diretor Executivo: __________________________________ Sr. Ivo Edson Mendes 39 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 12ª ed., São Paulo: Pearson Prentice Hall 2010. 2. KOTLER, Philip, KELLER Kevin Lane – Administração de Marketing. 12ª Edição, São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. 3. Araujo, Luis César G. Organização, Sistemas e Métodos – e as Tecnologias de Gestão Organizacional, 2º edição, atlas, São Paulo, 2005. 4. SILVA, Edson Cordeiro – Como Administrar o Fluxo de Caixa das empresas. 3ª Edição Revisada, São Paulo, Atlas, 2008. 5. Coleção Gestão Empresarial FAE - Disponível em <http://www.fae.edu/publicacoes /pdf/gestao/empresarial.pdf> acesso em: 08 de Fevereiro de 2011. 6. Estruturas Organizacionais - Disponível em <http://www.eteavare.com.br/arquivos /30_284.pdf> acesso em: 08 de Fevereiro de 2011. 7. Formulário de pesquisa de Satisfação do Cliente http://brasil.smetoolkit.org/brasil/pt_br/content/pt_br/401/ . - Disponível Acesso em: 08 em de Fevereiro de 2011. 8. EGLER, Claudio Antonio G. e RIO, Gisela Aquino Pires do. Cenários para a Gestão Ambiental no Brasil. Disponível em: <http://www.laget.igeo.ufrj.br/egler/pdf/Cenario_ VF.pdf. Acesso em 16 de Fevereiro de 2011.