1 UNIJUI - UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL DHE - DEPARTAMENTO DE HUMANIDADES E EDUCAÇÃO SABRINA GONZAGA KERN A EDUCAÇÃO NA FAMÍLIA E SEUS EFEITOS NA ESCOLA Ijuí 2013 2 SABRINA GONZAGA KERN A EDUCAÇÃO NA FAMÍLIA E SEUS EFEITOS NA ESCOLA Monografia apresentada como requisito parcial para obtenção do título de graduada em Pedagogia no Departamento de Humanidades e Educação da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Orientadora: Eulália Bechorner Marin Ijuí 2013 3 Dedicatória Dedico este trabalho a minha família que tanto amo e me incentivaram em tudo o que era preciso, me guiando, me mostrando que sou capaz. Amo muito vocês! 4 Agradecimento Agradeço a Deus e a minha família por me ajudar dando força e incentivo no que fosse preciso. A minha orientadora Eulália Bechorner Marin que me ajudou no processo da minha monografia, me mostrando o que poderia colocar e explicando o que seria correto a se colocar neste trabalho para ficar mais completo. Aos meus professores que no decorrer do curso me ensinaram e passaram os seus conhecimentos e se colocaram a disposição de orientar em tudo, para que quando for exercer a minha profissão possa realizar com sucesso. Muito obrigado a todos por tudo que vocês me ensinaram. 5 “Em vez de ser uma pessoa de sucesso, procure ser uma pessoa de valor.” Albert Einstein 6 Resumo O tema que está sendo investigado é sobre A Educação na família e seus efeitos na escola através de uma pesquisa de campo, que contém entrevistas com mães, gestora e professora para saber como estão lidando com a educação e quais os limites que impõem a seus filhos. O objetivo deste trabalho é analisar como as mães, gestoras e professoras lidam com os limites e veem a educação, que envolve a escola. Além disso, para poder ajudar a família a lidar com diversas situações que possam ocorrer no dia-a-dia. Na parte da avaliação, foram realizadas entrevistas para ver o ponto de vista de cada um dos entrevistados, podendo observar as diferenças que escreveram sobre as perguntas abordadas a eles. Cada um embasou as suas respostas da forma que achava mais correto a ser explicado para se ter um bom entendimento para ambas as partes. As falas apresentadas nesta monografia foram analisadas a luz dos autores que fundamentam esta reflexão. Palavras-chave: educação, escola, família, limite e participação. 7 Abstract The issue is being investigated on Education in the family and its effects on school through a field survey, which contains interviews with mothers, manager and teacher to find out how they are dealing with education and what limits they impose on their children .The objective of this work is to analyze how mothers and teachers deal with these limits and how they understand education, involving the school. Furthermore, in order to help the family deal with various situations that may occur on a daily basis. Within the evaluation, interviews were conducted to understand the perspective of each of the respondents, being able to observe the differences that they have written about the questions addressed to them. Each one based their answers in a way that they felt more appropriate to explain to offer a good understanding for both parties. The statements presented in this work were analyzed in light of the authors who support this reflection. Keywords: education, school, family, limits and participation. 8 SUMÁRIO INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 9 I A CRIANÇA COMO SUJEITO SOCIAL............................................................................ 10 1.1 A criança na sociedade.................................................................................................... 10 II A EDUCAÇÃO NA FAMÍLIA E SEUS EFEITOS NA ESCOLA ..................................... 16 III A TRAJETÓRIA PERCORRIDA NA PESQUISA – ALGUMAS CONSIDERAÇÕES .. 22 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 25 ANEXOS .................................................................................................................................. 26 9 INTRODUÇÃO Tendo em vista a realidade enfrentada nas escolas, a falta de limite apresentado pelos educandos, e a busca pela qualidade de ensino desejada pelos educadores, responsáveis e profissionais da educação, esta monografia procura através de uma pesquisa de campo analisar um panorama de como está se dando a aprendizagem, em um momento que a sociedade em geral está passando por conflitos, na qual se perdeu, ou os valores foram modificados referentes à família, respeito, educação, deveres e direitos. Esta monografia está divida em três capítulos. O primeiro apresenta uma fundamentação teórica sobre a criança como sujeito social, educação na história e na família, ainda neste capítulo contemplamos o relato de três mães que têm filhos em escolas públicas e particulares. Nestas fala elas comentam o que pensam a respeito do limite e como são impostos esses limites perante a sociedade. O segundo capítulo é destinado à compreensão de limites e aprendizagem por profissionais da educação, que são, neste caso, uma gestora e uma professora, ambas de escola pública. O terceiro capítulo apresenta a pesquisa de campo realizada com os diferentes sujeitos que participaram da mesma e trajetória percorrida, trazendo a realidade de cada entrevistando que são responsáveis pela formação e desenvolvimento de cada aluno, seja na sociedade familiar ou no âmbito escolar como administradores e educadores, ainda neste capítulo serão possíveis constatar os questionários e as respostas apresentadas por cada entrevistado. E por fim, as considerações finais são obtidas através da fundamentação teórica e das entrevistas com os colaboradores, as quais possibilitarão nortear as futuras ações em sala de aula. 10 I A CRIANÇA COMO SUJEITO SOCIAL Este capítulo é destinado à compreensão social da criança como um sujeito integrante da sociedade, para isso passaram-se muitos anos para que a criança pudesse ter os seus direitos e seus deveres garantidos legalmente e, ainda pudesse “ter valor” nas suas manifestações. 1.1 A criança na sociedade A criança é um sujeito que passa por diversas aprovações perante a sociedade, no decorrer de seu desenvolvimento afetivo, motor e cognitivo. A criança sempre está em pleno desenvolvimento e em processo de aprendizagem, aos poucos vai introduzindo na criança qual é a melhor forma de ver o mundo com outros olhos, aí quando crescer vai poder se virar do jeito que acha mais correto. Contudo, Arce, citado por Micarello (p. 3, IANISKI, apud, Giceli Maria, 2009), explicita que [...] a concepção da criança como ser essencialmente puro e bom, dotado de potencialidades as quais caberia à educação fazer despertar e cultivar. A base da pedagogia de ambos os educadores é a crença numa natureza essencialmente boa do ser humano e na necessária atuação da educação para que essa essência pudesse se desenvolver de modo a formar indivíduos socialmente adaptados, aptos a exercer suas funções para o pleno desenvolvimento da sociedade na qual estavam inseridos. Antigamente, os pais davam mais limites e autonomia a seus filhos e eles obedeciam, pois tinham medo do que poderia acontecer. Hoje, no entanto, é dado o limite de uma forma diferente, pois as crianças não têm medo dos pais porque prometem muitas coisas para que se comportem, aí acham que podem mandar e ser dono do seu nariz. Para que a criança entenda o que é limite é preciso que os pais imponham regras e condições para quando for dito a palavra “não” a criança poder entender que é para o bem dela e não para prejudicá-la. Nos dias de hoje a criança tem mais liberdade do que antigamente, pois vai crescendo e decidindo o que quer da vida e mostrando que é um pequeno adulto perante a sociedade. Com base nos estudos de Piaget (1994, apud FERREIRA, 2009, p. 13), entendo que a questão dos limites está relacionada ao desenvolvimento da moralidade na criança, sendo que este depende das relações sociais vivenciadas pela criança. 11 As relações de respeito unilateral e de coação, que se estabelecem espontaneamente entre o adulto e a criança, contribuem para a constituição de um primeiro tipo de controle lógico e moral [ . . . ] Do ponto de vista intelectual, o respeito que a criança tem pelo adulto tem por efeito provocar o aparecimento de uma concepção anunciadora da noção de verdade: o pensamento deixa de afirmar simplesmente o que lhe agrada para se conformar com a opinião do ambiente (PIAGET, 1994, p. 298). Nos últimos anos, a sociedade está sendo caracterizada por sempre estar em constante transformação no avanço de cada ano, pois sempre se têm novas tecnologias e informações. Vejo a necessidade da capacidade de pensar, de refletir sobre o mundo, uma vez que corremos o risco de que os indivíduos não consigam acompanhar esse ritmo. Para Piaget (1996, p. 32), a “nossa sociedade precisa de cidadãos autônomos capazes de pensar, não apenas de obedecer a regras preestabelecidas”. Atualmente algumas das crianças não tomam conhecimento dos problemas da sociedade porque o seu tempo é ocupado com jogos eletrônicos ou rede social, deixando de conviver com as pessoas. Essas transformações que ocorrem em seu pensamento se dão simultaneamente ao desenvolvimento da linguagem e de suas capacidades de expressão. Na medida em que crescem, vão se deparando com fenômenos, fatos e objetos do mundo em forma de perguntas, reúnem informações, organizam explicações e arriscam respostas, ocorrem mudanças fundamentais no seu modo de conceber a natureza e a cultura. O brincar de faz-de-conta, por sua vez, possibilita que as crianças reflitam sobre o mundo. Ao brincar, as crianças podem reconstruir elementos do mundo que as cerca com novos significados, novas relações, desvincular-se dos significados imediatamente perceptíveis e materiais para atribuir-lhes novos significados, imprimir suas ideias e os conhecimentos que têm sobre si mesma, sobre as outras pessoas, sobre o mundo adulto, sobre lugares distantes. Segundo Piaget (1987), a criança na educação infantil não é capaz de ter uma educação moral como regra social, pois para ele, a fase de anomia, que é do nascimento aos seis/sete anos, a criança necessita de carinho, ternura, afeto, necessita também da compreensão do não, dos limites claros, da coerência na afetividade que a ela se entrega, mas também deve haver cobrança, pois esta implica na passagem para a segurança. Então quem deve ser instruído nesta fase, quanto aos valores morais, são os adultos que acompanham o desenvolvimento destes seres. A criança é aquela que busca respostas para tudo, até mesmo quer sempre aprender coisas novas indo além, mostrando que é capaz. A criança é um ser pensante que cria e recria, 12 portanto, se desenvolvendo nos dias de hoje cada vez mais, pois é ela que produz cultura a partir de suas vivências e descobertas. Para Lacan (1998 apud LOPES, 2008, p. 13) afirma que A criança, ao atravessar a fase identificatória do estádio do espelho, busca identificar-se com o que supõe ser o objeto de seu desejo. “Esse momento em que se conclui o estádio do espelho inaugura, pela identificação com a imago do semelhante e pelo drama do ciúme primordial (...), a dialética que desde então liga o (eu) a situações socialmente elaboradas” (LACAN, 1998, p. 101). As crianças vão gradativamente percebendo relações, desenvolvendo capacidades ligadas à identificação de atributos dos objetos e seres, à percepção de processos de transformação, como nas experiências com plantas e animais. Valendo-se das diferentes linguagens (oral, desenho, canto.), nomeiam e representam o mundo, comunicando ao outro seus sentimentos, desejos e conhecimentos sobre o meio que observam e vivem. O desenvolvimento é divido em duas etapas que são: crianças de zero a três e crianças de quatro a seis anos, cada etapa tem o seu processo de aprendizagem conforme a sua faixa etária. É preciso para uma criança de 3 anos que ela explore o seu ambiente para poder se relacionar com as pessoas, estabelecendo contato com os animais, com as plantas e com os objetos diversos, fazendo com que manifeste a curiosidade e interesse das coisas querendo sempre buscar respostas para tudo. Nesta faixa etária, as crianças estão inseridas no seu cotidiano, pois a rotina infantil está relacionada a brincadeiras, jogos, canções e histórias que envolvam cada um, explorando as suas ideias e buscando novos saberes. As crianças devem se interessar e demonstrar curiosidade pelo mundo social e natural, aprendendo a formular perguntas, tendo opiniões próprias, criando situações para que haja um bom entendimento do mundo em que vive sabendo o que fazer quando houver alguma situação inusitada. Abaixo está as entrevistas das três mães explicando o que entendem que seja limite e a análise do meu entendimento do que as mães entendem sobre limite. A mãe M1 fala que estabelecer limites não é tarefa fácil, mas muito mais complicado é mantê-los. Ter de enfrentar às vezes o choro, resmungos, esperneio e até mesmo nosso próprio comodismo, cansaço é muito mais difícil. A pouco pontuei os limites que negocio há certo tempo com meu filho, se os estabeleci e os faço serem cumpridos, é por acreditar que 13 eles de uma forma ampla estão me ajudando na boa Educação, por exemplo: um dos limites está o de fazer uso do assento de segurança no carro – de forma informal já pontuei pra ele a importância do uso, o que o não uso poderá acarretar, acredito estar com isso ensinando a ele que na vida não devemos fazer algumas coisas porque nos obrigam, por que existe uma legislação que me obriga a fazer, mas que há regras na vida que devemos cumprir para assegurar as nossas vidas e a de outras pessoas. Uma construção que ao meu ver depende de como eu mãe vou levar ele a ter, ou não. E se uma vez que me determinadas situações um “não” agora pode virar um “sim” logo depois, estarei provocando insegurança, incertezas e consequentemente falta de credibilidade na minha palavra. Conforme relata a mãe M1 percebemos que não é fácil estabelecer limites e que é complicado mantê-los. Estes limites impostos pela família, muitas vezes, encontram resistência por parte do filho que chora, resmunga e até mesmo esperneia por a mãe M1 falar que não pode fazer tudo o que bem entende. Esta mãe pontua limites e negocia com o seu filho. Um exemplo que é o assento de segurança no carro, explicando o quanto é importante usar esse assento e que isso ajuda a evitar complicações e acidentes, pois a legislação exige que cada etapa da criança seja seguida conforme a idade, que a família esteja atenta para qual é o tipo de cadeirinha correta para a idade de seu filho. A construção de seu filho depende de como a mãe lida com o tipo de situação que enfrenta no dia-a-dia não deixando o seu filho inseguro e mostrando que é capaz de seguir o que a mãe M1 impõe para seu filho. La Taille (2006, apud FERREIRA, 2009, p. 20) “percebe o limite como algo a ser construído pelo sujeito através do processo de formação da moralidade. É a partir de suas aprendizagens, que o sujeito vai formando sua capacidade de respeitar e superar limites”. Segundo o autor, “as pessoas que não transpõem limites a serem superados é que atravessam os limites a serem respeitados” (LA TAILLE, 2006, p. 51). Para La Taille (1999, apud FERREIRA, 2009, p. 20), os limites podem ser pensados a partir de três dimensões educacionais: como barreiras a serem transpostas, como fronteiras a serem respeitadas e como fronteiras a serem construídas. Conforme La Taille (1996 apud FERREIRA, 2009, p. 20), “o limite situa, dá consciência da posição ocupada dentro de algum espaço social – a família, a escola, a sociedade como um todo” (LA TAILLE, 1996, p. 9). 14 Para Outeiral (1994, apud FERREIRA, 2009, p. 13), limite significa a criação de um espaço protegido, no qual a criança poderá exercer sua criatividade e espontaneidade sem receios e riscos. Por isso, segundo o autor, os filhos esperam dos pais limites claros e bem definidos. La Taille (1999, apud FERREIRA, 2009, p. 13) observa que, com frequência, limite é um termo associado à obediência, ao respeito, à retidão moral e à cidadania. Para ele, a palavra sugere, de um lado, fronteira, delimitação entre territórios; e, de outro, a possibilidade de transpor e ir além. Segundo Zagury (2003 apud CHISTÉ, LUZ, MONTOVANI, ALMEIDA, CARMINATO, SOUZA, CUNHA, PERTTELE, 2012), diz que a importância de conhecer como os limites aos filhos vêm se alterando com o passar do tempo é fundamental para nossos estudos. O entendimento literal de limites não está apenas agregado às aquisições físicas que as crianças precisam dominar na infância, mas também, ligado ao saber lidar com as frustações e viver em coletividade. Tais limites começam no âmbito familiar. A priori, a autora Zagury (2003) já ressaltava que impor limites é crucial, uma vez que, o fato em que questão constitui-se no início de processo de compreensão e apreensão do outro. Dessa forma, não haverá entre indivíduos o respeito recíproco, sem o devido estabelecer de limites, fato este que enseja pensarmos que “nem sempre se pode alcançar as metas objetivadas em sua vida” (p. 17). Para Costa (2002, apud CHISTÉ, LUZ, MONTOVANI, ALMEIDA, CARMINATO, SOUZA, CUNHA, PERTTELE, 2012), fala que limites são regras ou normas de conduta que devem ser passadas para as crianças desde a mais tenra idade, pois a imposição de limites é parte essencial da educação de uma criança, possibilitando melhor equilíbrio quanto ao seu desenvolvimento moral, psíquico, afetivo, cognitivo, organizando suas relações sociais. Ao colocar regras para as crianças as preparamos para a vida real, onde nem tudo acontece do jeito e na hora que se quer, portanto, durante o processo de desenvolvimento é importante saber que a lei na criança é internalizada, pois ela nasce amoral por ainda não ter internalizado as regras a aos poucos se torna capaz de moralidade quando guarda para si as leis (p. 22). Conforme Samalin e Jablow (2000, apud CHISTÉ, LUZ, MONTOVANI, ALMEIDA, CARMINATO, SOUZA, CUNHA, PERTTELE, 2012), podemos ter dificuldade em estabelecer limites para o comportamento, só por não termos uma opinião muito definida 15 sobre o problema em questão. Podemos nos tornar ambivalente nessas situações por não termos certeza do que sentimos ou por não estarmos dispostos a enfrentar o descontentamento da criança se dissemos não (SAMALIN E JABLOW, 2000, p. 61). Segundo La Taiile (1999), os limites físicos são os que o ser humano aceita com maior facilidade. A mãe M2 diz que às vezes penso que não! Nossa sociedade está muito liberal, dando oportunidades diversas de escolhas a nossos filhos, e às vezes não damos conta disso, não estabelecemos limites necessários. Muito me preocupa o crescimento da geração de hoje, onde o novo é muito mais atraente e o respeito dos valores está esquecido. A mãe M2 fala que hoje em dia a sociedade está muito liberal, dando mais oportunidades para as suas escolhas e como podem lidar com seus filhos, que muitas vezes, não conseguem dar conta de tudo que vão enfrentar no dia-a-dia, percebendo que no decorrer do tempo não está conseguindo estabelecer limites necessários para que haja uma boa educação que toda a família almeja para o seu filho que o tanto ama. Portanto, há uma preocupação na geração de hoje, que é nas coisas mais novas se tornando mais atraente para os jovens, com isso deixam de lado o respeito que se deve aprender desde cedo pela família. Para Zagury (2001), os limites são importantes para a formação da personalidade. São eles que vão ajudar a criança desenvolver a capacidade de suportar frustações. Sabe-se que bebês sem disciplina tendem a tornarem-se adolescentes e adultos que não sabem adiar seus desejos tendo dificuldades em lidar com seus próprios impulsos, e até mesmo, com a realidade. A falta de limites pode provocar desgastes na relação familiar, excesso de punição, culpa nos pais e por tudo isso, sofrimento. Ademais, a birra da infância pode transformar-se, mais tarde, em agressividade, violência ou depressão. A mãe M3 diz que devemos sempre estar se atualizando para podermos acompanhar na Educação e obtermos sucesso. Conforme a mãe M3 percebemos que o relato revela que tem que estar sempre atualizada, buscando formas para poder acompanhar a Educação dos filhos, conseguindo ajudar no que for preciso para que obtenha sucesso perante a sociedade. 16 II A EDUCAÇÃO NA FAMÍLIA E SEUS EFEITOS NA ESCOLA Ultimamente a relação da escola com a família é muito grande, pois a escola busca muitos artefatos para a melhor compreensão das aprendizagens para saber lidar com o contexto diferenciado onde há uma mudança severa de valores e de obediência hierárquica. A família exige muito da escola, o seu desempenho e como estão sendo tratados os seus filhos, muitas vezes é preciso que a família também a conduza para que se tenha um bom rendimento escolar. Para Felipe (2004, apud FERREIRA, 2009, p. 13) destaca que As famílias, com sua importante função na educação dos filhos, não se sentem em condições de trabalhar limites com os filhos, ou por não saber como orientá-los, ou por não querer educá-los como fora antigamente por seus pais. Muitos acabam permitindo tudo, sem regras ou combinações, deixando as crianças a sua própria vontade [...] afinal, qual é a importância para as crianças de construírem limites? (FELIPE, 2004, p. 29). A família, além de todas as suas responsabilidades na criação de uma criança, tem ainda, como obrigação dar limite para o seu filho desde cedo, estabelecendo regras do que pode fazer e o que não pode fazer, proporcionando à criança condições de enfrentar a sociedade nos dias de hoje. O papel dos pais é respeitar, encaminhar e dar amor aos seus filhos, impondo limites necessários para viverem em harmonia. Nesta perspectiva, refletir sobre a infância em sua pluralidade dentro da escola é, também, pensar nos espaços que têm sido destinados para que a criança possa viver esse tempo de vida com todos os direitos e deveres assegurados. Diante disso, qual é o papel da escola? Quais as dimensões do conhecimento precisam ser consideradas? Se acreditarmos que o principal papel da escola é o desenvolvimento integral da criança, devemos considerá-la na dimensão afetiva/social, ou seja, nas relações com o meio, com as outras crianças e adultos com quem convive; na dimensão cognitiva, construindo conhecimentos por meio de trocas com parceiros mais e menos experientes e do contato com o conhecimento historicamente construído pela humanidade. É fundamental que se olhe para a criança, como alguém que tem o que dizer que vem de uma cultura, que já tem uma história e que se expressa de forma singular considerando seu universo simbólico. Ampliar este universo é papel da escola, e a escola desempenhará este 17 papel proporcionando situações desafiadoras que permitam a livre expressão, a imaginação, o lúdico, a poesia... Faz-se necessário valorizar o que a criança traz de casa, não as tratando como sujeitos passivos, lembrando sempre que a infância é essencial para a formação do ser humano, que as crianças são capazes de construir suas próprias cidadanias, desde que lhe sejam dadas as condições. Para isso, é necessária à instauração de uma pedagogia da escuta, uma pedagogia pautada na lógica infantil, pois retomando os estudos da infância, a falta do olhar, ouvir e sentir a criança produz projetos de acordo com o que o adulto quer, e não com o que realmente interessa a este individuo, muitas vezes subestimando-o, não valorizando sua cultura, seus pré-conhecimentos, suas dúvidas ou questionamentos. A família não é somente o berço da cultura e a base da sociedade futura, mas é também o centro da vida social. A educação bem sucedida da criança na família é que vai servir de apoio à sua criatividade e ao seu comportamento produtivo quando for adulto. A família tem sido, e será a influência mais poderosa para o desenvolvimento da personalidade e do caráter das pessoas (GOKHALE, 1980, p. 41). Os pais desde cedo estão exigindo da escola a educação, mas também parte da família educar. Se cada um fizer sua parte acredito que vai ter um bom desenvolvimento na qualidade da educação, pois os dois caminham juntos. São os pais que se tornam mediadores de seus filhos, eles devem conversar sobre qual é o comportamento a ser seguido, pois a criança tem os seus próprios comportamentos que levam para toda a vida achando que podem ser relevado. Portanto, os pais devem ir além de conhecer melhor seus filhos, mostrando interesse com quem seus filhos estão saindo, sabendo as suas rotinas e sempre os escutando e dando opiniões para que haja um bom entendimento para ambas as parte, pois a família é à base de tudo. Por outro lado, a escola abre as portas para a família conhecer o ambiente escolar onde seu filho está sendo tratado de igual para igual, não sendo discriminado por raça ou por ter mais ou menor poder aquisitivo. Algumas vezes as escolas esquecem que os pais e os alunos são sujeitos do processo educativo e que certamente, tem muitas sugestões para a melhoria dos processos vivenciados na escola. Incluir a sociedade e escola é tarefa complicada, pois atrai sensibilidade e valores diferenciados. Compete às equipes gestoras analisar e colocar em práticas estratégicas as 18 pessoas a se envolver e participar na vida do educando/ filho na escola. Família e escola têm uma importância em comum: preparam para a sociedade seus futuros cidadãos. Esse fato tece laços profundos entre as duas instituições, favorecendo a troca de informações e ajuda mútua. A escola que reconhece isso abre suas portas para a comunidade, consegue dar um salto qualitativo em relação às outras. Em certos casos esse salto não se traduz apenas em melhoria das ações pedagógicas, mas às vezes também na própria garantia de sua exigência física. "A educação não é um elemento para a mudança social, e sim pelo contrário, é um elemento fundamental para a conservação e funcionamento do sistema social" (DURKHEIM, 1973, p. 52). Tem que começar de casa a educação e em seguida a escola ajuda neste processo mostrando o que é possível fazer diante de tudo isso. A maioria dos pais não quer socializar em relação à participação no ambiente de escolar, pois acham que é o dever da escola é acatar com tudo isto. Se partisse um pouco de cada um a relação da escola com a família seria mais harmoniosa, abordado por diferentes formas de trabalhar com a criança e proporcionando uma melhor compreensão do ensino. Desta forma MIZUKAMI afirma que A relação entre o mestre e o aprendiz é horizontal e professor e aluno aprendem juntos em atividades diárias. Neste processo, o professor deverá estar engajado em um trabalho transformador procurando levar a aluno à consciência, desmistificando a ideologia dominante, valorizando a linguagem e a cultura (1994, p. 46). Em seu lar a criança experimenta o primeiro contato social de sua vida, convivendo com sua família e os entes queridos. As pessoas que cuidam das crianças em suas casas, naturalmente possuem laços afetivos e obrigações específicas, bem como diversas das obrigações dos educadores nas escolas. Porém, esses dois aspectos se complementam na formação do caráter e na educação de nossas crianças. A participação dos pais na educação dos filhos deve ser constante e consciente. A vida familiar e escolar se completa. Hurstel (1999, apud BRAGANHOLO, 2010, p. 21) observa que A criança tem de descobrir um lugar que lhe é reservado muito antes mesmo de seu nascimento, e tem de se inserir num conjunto de redes significantes que vão determinar sua identidade na qualidade de membro da sociedade particular em que ela nasceu e de sua família particular (1999, p. 72). 19 Torna-se necessária a parceria de todos para o bem-estar do educando. Cuidar e educar envolve estudo, dedicação, cooperação, cumplicidade e, principalmente, amor de todos os responsáveis pelo processo, que é dinâmico e está sempre em evolução. A importância dos pais na vida de uma criança é imprescindível para que quando chegar à escola ela consiga se adaptar ao ambiente onde vai ter que conviver junto aos colegas e a professora. Para isso, a família deve estar em sintonia com a escola, pois não é só a família que vai educar é também na escola quando chega aprendendo os seus limites. Os pais e educadores não podem perder de vista que, apesar das transformações pelas quais passa a família, esta continua sendo a primeira fonte de influência no comportamento, nas emoções e na ética da criança. É fato que família e escola representam pontos de apoio e sustentação ao ser humano e marcam a sua existência. A parceria família e escola precisa ser cada vez maior, pois quanto melhor for a parceria entre ambas, mais positivos serão os resultados na formação do sujeito. Nos dias de hoje a escola não pode viver sem a família e a família não pode viver sem a escola, pois, é através da influência dessas tarefas em conjunto, que tem como alvo o alargamento do bem estar e da aprendizagem do educando/filho, os quais colaborarão na formação total do mesmo. "O ambiente escolar deve ser de uma instituição que complemente o ambiente familiar do educando, os quais devem ser agradáveis e geradores princípios muito próximos para o beneficio do filho/aluno" (TIBA, 1996, p. 140). Roudinesco (2003, apud LOPES, 2008, p. 8), A família tradicional se caracteriza pela forma que a autoridade patriarcal se colocava. As mulheres não ser aceitar o destino proposto pelo pai. O casamento devia “... se apoiar na dependência das mulheres em relação à autoridade dos pais” (2003, p. 42). Para Vygotsky, a criança nasce inserida num meio social, que é a família, e é nela que estabelece as primeiras relações com a linguagem na interação com os outros. Nas interações cotidianas, a mediação (necessária intervenção de outro entre duas coisas para que uma relação se estabeleça) com o adulto acontecem espontaneamente no processo de utilização da linguagem, no contexto das situações imediatas. Essa teoria apoia-se na concepção de um sujeito interativo que elabora seus conhecimentos sobre os objetos, em um processo mediado 20 pelo outro. O conhecimento tem gênese nas relações sociais, sendo produzido na intersubjetividade e marcado por condições culturais, sociais e históricas. É importante que a família mantenha-se estruturada para se ter um estilo de criação para o desenvolvimento da criança. Com tudo isso a criança pode se espelhar no que vê na família, por exemplo, nas vivências e no caráter que se espera e como tudo isso consegue conciliar o problema que se enfrenta no decorrer do cotidiano familiar. Para Zagury (2002 apud CHISTÉ, Mª Alessandra etd), podemos concluir atualmente que as famílias estão passando por crise onde a passagem da opressão da liberdade que era o modelo de educação que se tinha, um modelo com privações vem sendo substituído por satisfazer os desejos e vontades dos filhos, a fim de compensar a ausência em casa não participando diretamente na rotina dos seus filhos na hora de corrigir e orientar. A insegurança dos pais modernos tende a valorizar aos mínimos desejos dos filhos, invertendo o modelo anterior, que se caracterizava justamente pela rigidez e inflexibilidade (2002, p. 43). Segundo Lacan (2002, apud LOPES, 2008, p. 10), a família surge inicialmente como um grupo natural de indivíduos unidos por uma dupla relação biológica: a geração, que dá os componentes do grupo; as condições do meio que o desenvolvimento dos jovens postula e que mantém o grupo na medida em que os adultos geradores assegurem sua função. Para SERRA (1999), a família tem como função primordial a de proteção, tendo, sobretudo, potencialidades para dar apoio emocional para a resolução de problemas e conflitos, podendo formar uma barreira defensiva contra agressões externas. Deste modo, “(...) a família constitui o primeiro, o mais fundante e o mais importante grupo social de toda a pessoa, bem como o seu quadro de referência, estabelecido através das relações e identificações que a criança criou durante o desenvolvimento” (VARA, 1996, p. 8), tornando-a na matriz da identidade. Alguns pais acham que tem que impor limites e disciplina, ser mais rígido com seus filhos para poder criar vínculos e valores, se tornando um cidadão de bem perante a sociedade. Neste capítulo vai ser analisando como a professora de Matemática dos anos finais de escolas públicas, e a gestora, também da rede pública pensa e o que entende em relação da 21 estrutura familiar na educação dos filhos. As entrevistadas relatam suas falas de como acreditam que começa a estrutura familiar, conhecendo melhor cada familiar para poder saber como lidar com tudo isto, ao presenciarem situações de como se deve trabalhar com a estrutura familiar de cada família, mas que muitas vezes, não acontece por não saber o que fazer. A professora P1 percebe-se claramente que a grande maioria dos alunos que apresentam alguma conduta que destoa da turma, seja ela no aspecto comportamental ou de aprendizagem, estão passando por um transtorno familiar ou vivem intensamente rodado por questões que consequentemente bloqueiam sua aprendizagem. Visto assim que uma estrutura familiar onde há o responsável pelo aluno, que possibilite organização, rotina e acesso a formas diferentes de estudo facilitam na aprendizagem do educando. Ao meu entender a professora P1 propôs o enfoque dado no ambiente familiar, na estruturação da mesma, onde deve haver um responsável que tem a voz de comando que serve para orientar e ao mesmo tempo ser o porto seguro, ainda, ela salienta que as atitudes demostradas na escola, para muitos alunos, é reflexo do que estão passando no convívio familiar e é na escola que os “traumas” se manifestam no aspecto comportamental ou de aprendizagem. A diretora D1 diz que a estrutura familiar é tudo na educação dos filhos, é base para uma boa educação. A diretora D1 comenta nesta fala que uma boa estruturação familiar ajuda os seus filhos a ter uma educação almejada por todos. Dessa forma, este capítulo enfatizou a importância da educação na família e como o apoio familiar é importante no desenvolvimento da aprendizagem. 22 III A TRAJETÓRIA CONSIDERAÇÕES PERCORRIDA NA PESQUISA – ALGUMAS A escolha do tema deu-se levando em consideração a importância da primeira educação, aquela que ocorre no seio familiar. Salientando que a sociedade apresenta uma organização familiar diferenciada nos dias atuais e que tal aponta diretamente para a aprendizagem dos alunos. Este tema se apresenta pertinente para o aprofundamento dos estudos pedagógicos, pois a compreensão do espaço/local de vivência de cada aluno possibilita ao educador saber por quais terrenos está transitando além de conseguir criar alicerces para dar início às atividades pedagógicas que necessita trabalhar. Procurar compreender o convívio familiar de cada educando é um ponto considerado importante, pois os caminhos da aprendizagem de cada um, visto que as primeiras relações de hierarquia e respeito às regras são feitas em casa. A pesquisa voltada à educação na família possibilita ao educador embasamentos para que o mesmo possa direcionar os seus conceitos. Principalmente, quando o educador tem uma relação mais estreita com a família do educando cria habilidades para desenrolarem-se com os familiares nas atividades e ocasiões pedagógicas propostas na escola. Para as revisões bibliográficas foram dadas ênfases aos materiais de literaturas, como revistas especializadas, artigos e projetos desenvolvidos e publicados, principalmente livros, que se referem à educação proporcionada pela família, os aspectos afetivos e pedagógicos inerentes ao tema, principalmente aqueles que referendam a educação infantil e anos iniciais, focando as habilidades e competências necessárias a serem desenvolvidas nesta fase de desenvolvimento da criança. Além das pesquisas que fundamentam a prática, a metodologia desta pesquisa contou com coletas de informações a campo, com a participação de três mães, uma professora e uma gestora. Para compreender como as mães estão vendo a relação família-escola-limite, entrevistou-se três mães, cujos filhos são estudantes de três escolas redes de ensino diferenciado: municipal, estadual e particular. 23 A professora que colaborou com a entrevista, leciona na rede municipal, a mesma focou na importância de uma estrutura familiar, onde haja alguém que oriente a família, e da importância de haver um estreitamento na relação escola-família para que se obtenha como resultados a aprendizagem efetivamente falando. A gestora é da rede de ensino estadual, também apontou a importância do apoio familiar para o desenvolvimento da educação. A escola da rede publica Estadual é uma escola situada em um bairro que abrange todas as classes sociais, com boas condições físicas, com excelentes profissionais envolvidos nas ações escolares e no andamento do rendimento escolar de cada aluno. Preocupa-se com seus alunos, conhecendo a realidade de cada um para poder ir à busca de artefatos para trabalhar o ensino aprendizado e fazer com que o aluno possa compreender melhor os assuntos que está sendo trabalhado pela professora a qual sempre quer o melhor dos seus alunos. A escola da rede publica Municipal está localizada no bairro, é uma escola organizada, com um ambiente agradável, preocupada com a acessibilidade para pessoas portadoras de necessidades, sejam provisórias ou permanentes, por exemplo, os cadeirantes tendo rampas para tornar a vida destas famílias com mais facilidade e manuseio para transportar seus filhos. Os professores são bem qualificados, oferecem para os alunos um bom ensino, se preocupando no seu aprendizado e desempenho, fazendo com seus alunos acreditem em si próprios e que são capazes de aprender e desenvolver autonomia. A escola da rede privada é localizada no centro da cidade, e oferece aos alunos um ambiente agradável com comodidade, por ser uma escola com maior autonomia financeira. Possuem professores qualificados que buscam a melhor forma de ensinar seus alunos, em qualquer situação ou problema que há para resolver diante de tudo que acontece no decorrer do processo. Através desta pesquisa foi possível entender a importância da aliança entre a família e a escola. Por isso, deve regatar a relação do aluno com a escola, percebendo o que vai se aprender no decorrer do processo, do que está do interesse do aluno e as suas condições socioeconômicas. Portanto, tudo isso varia de acordo com as condições e as formas que se pode compreender, o bom relacionamento que se tem pelo aluno. 24 A Escola e a família são os principais mediadores da criança para passar as informações e conhecimentos, fazendo com que eles aprendam, pois iniciam o seu processo longo e contínuo no seu ensino-aprendizagem através de profissionais que compõem a escola. A educação dos jovens vem se mostrando através de articulações que são: as duas instâncias que vão ser socializar e esclarecer o ponto de vista de cada criança em a relação escola e família, pois as duas andam junto uma ajudando a outra para que as crianças possam adquirir o conhecimento. O almejado diálogo com a família e a escola ainda é difícil, por que muitos pais não comparecem no espaço escolar para conversar e saber sobre a aprendizagem do seu filho, ainda por não participarem das atividades propostas não há conhecimento dos projetos pedagógicos da escola. Os educadores investem para participação dos pais para juntos qualificar o trabalho pedagógico da escola, porque em primeiro lugar parte dos pais ajudar seu filho em tudo e em segundo lugar vem os professores que com toda a sua bagagem podem ajudam melhor a criança a construir o conhecimento, incentivando no seu ensino-aprendizagem e buscando novas formas de ensinar para que haja um bom rendimento escolar. A família deve estar sempre ao lado de seus filhos cuidando e os incentivando, mas impondo regras e uma boa conversa para que haja uma boa convivência entre ambas as partes, para que a criança consiga se virar é preciso que ela se sinta segura em todos os momentos da vida, com isso poderá enfrentar a sociedade, pois hoje em dia é exigido muito dos seus filhos a formação caráter. Por fim, este tema que já foi exaustivamente comentado nas diferentes bibliografias e nos mais diferentes momentos sociais, para mim este aprofundamento teórico tornou-se muito produtivo pois certamente me levará a um planejamento mais coerente e reflexivo quanto as minhas ações na prática pedagógica. 25 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMARANTE, Dias Luiz Claret, PRETTE, Del Pereira Aparecida Zilda, Treinamento de Habilidades Sociais Educativas para Pais de Crianças com Problemas de Comportamento, 2006, Disponível em www.scielo.br/prc. ANDRADA, de Caldeira Grisard Edla, Família, Escola e a Dificuldade de Aprendizagem: Intervindo Sistematicamente, Psicologia Escolar e Educacional, 2003 Volume 7 Número 2 171-178. BRAGANHOLO, Petrólli Dalila, contemporaneidade, Ijuí, 2010. Toxicomania: Condição de Engajamento na CHISTÉ, S. de Mª Alessandra, LUZ, Neves Edson, MONTOVANI, S. Kelly Lidiane, ALMEIDA, C. Samantha Lívia, CARMINATO, C. Vanessa Luana, SOUZA, de P. Paula Tauana, CUNHA, Toffali Thaynara, PERTTELE, Tânia, Limites na Medida Certa, Publicação: 24 de agosto de 2012, Categoria: Psicologia da Família, Artigo, Disponível no site http://artigos.psicologado.com/atuacao/psicologia-da-familia/limites-na-medida-certa DURKHEIM. Emile. (1973). Educación y Sociologia. Buenos Aires. Editorial Shapire FERREIRA, Grosser Benisia, A construção dos limites das crianças na educação infantil, Porto Alegre, 2° semestre, 2009. GOKHALE, S. D. A Família Desaparecerá? In Revista Debates Sociais nº 30, ano XVI. Rio de Janeiro, CBSSIS, 1980. IANISKI, Gicéli Maria, A criança e seu espaço na sociedade contemporânea, 26 á 29 de outubro de 2009, IX Congresso Nacional de Educação - EDUCERE , III Encontro Sul Brasileiro de Psicopedagogia, PUCPR. LOPES, Isbrecht Louise, A criança e a dissolução do laço conjugal dos pais: um olhar Psicanalítico, Ijuí, 2008. MIZUKAMI, Maira. G.N. Ensino: As abordagens do Processo. São Paulo: EPU, 1986 PINHEIRO, Santos Isabel Maria, HAASE, Geraldi Vitor, PRETTE, Del Almir, ZAGO, Nadir, Relação Família e Escola : Tendências de Análise, 23, 24 e 25 de julho de 2008, Itajaí (SC), VII Seminário de Pesquisa em Educação da Região Sul, Pesquisa em Educação e Inserção Social SIQUEIRA, Pereira Oliveira de Luciana, Sociedade, Escola e Família, TIBA, Içami. Disciplina, limite na medida certa. São Paulo: Gente, 1996. _____. Quem ama Educa. Volume l e ll. São Paulo: Interagem, 2008. Piaget, J. Seis estudos de Psicologia, Rio de Janeiro: Forense, 1987. 26 ANEXOS 27 Esta parte vai conter as perguntas e as respostas das entrevistas que foram realizadas com mães de escola do Estado, Munícipio e Particular e também com uma professora e uma diretora. PERGUNTAS PARA ENTREVISTA TCCII PARA MÃES 1- O que vocês entendem que seja um limite? 2- Como vocês pais e mães lidam com seus filhos, quais limites são negociados? 3- Qual é a melhor forma de trabalhar os limites com seus filhos? Como é o comportamento de seus filhos diante de tudo isto? 4- Será que vocês estão trabalhando os limites certos para que haja a boa Educação que todos almejam? 5- Qual o dever da família-escola na Educação de seus filhos? 6- Qual a importância da estrutura familiar, (econômica, habitação, das pessoas, acesso a internet, acesso a materiais didáticos) na educação dos filhos/as? 7- O que é família? 8- Quanto ao que deve fazer a escola e o que deve fazer a família? Como juntar pessoas que têm os mesmos interesses, mas não sabem como alcançá-lo, ou seja, garantir o bem estar de crianças e jovens no espaço escolar e que estes tenham uma educação desejável para o mercado de trabalho e bom convívio na sociedade? 28 PERGUNTAS PARA ENTREVISTA TCCII PARA PROFESSORES 1- O que vocês entendem que seja um limite? 2- Será que vocês estão trabalhando os limites certos para que haja a boa Educação que todos almejam? 3- Qual a importância da estrutura familiar,( econômica, habitação, das pessoas, acesso a internet, acesso a materiais didáticos) na educação dos filhos/as? 4- Todos os pais acompanham seus filhos nos estudos? E os pais sabem como fazê-lo? os pais têm tempo e disponibilidade? 5- O que é família? 6- Por que o envolvimento dos pais na educação escolar é necessário e desejável? Por que as professoras necessitam da cooperação dos pais para desempenhar seu trabalho pedagógico com sucesso? Quais as implicações da atual política educacional de incentivo à participação dos pais na educação escolar? 7- Qual a explicação para o não envolvimento dos pais na escola? 8- Quanto ao que deve fazer a escola e o que deve fazer a família? Como juntar pessoas que têm os mesmos interesses, mas não sabem como alcançá-lo, ou seja, garantir o bem estar de crianças e jovens no espaço escolar e que estes tenham uma educação desejável para o mercado de trabalho e bom convívio na sociedade? 29 PERGUNTAS PARA ENTREVISTA TCCII PARA DIRETORA 1- O que vocês entendem que seja um limite? 2- Será que vocês estão trabalhando os limites certos para que haja a boa Educação que todos almejam? 3- Qual a importância da estrutura familiar, (econômica, habitação, das pessoas, acesso a internet, acesso a materiais didáticos) na educação dos filhos/as? 4- Todos os pais acompanham seus filhos nos estudos? E os pais sabem como fazê-lo? os pais têm tempo e disponibilidade? 5- O que é família? 6- Por que o envolvimento dos pais na educação escolar é necessário e desejável? Por que as professoras necessitam da cooperação dos pais para desempenhar seu trabalho pedagógico com sucesso? Quais as implicações da atual política educacional de incentivo à participação dos pais na educação escolar? 7- Qual a explicação para o não envolvimento dos pais na escola? 8- Quanto ao que deve fazer a escola e o que deve fazer a família? Como juntar pessoas que têm os mesmos interesses, mas não sabem como alcançá-lo, ou seja, garantir o bem estar de crianças e jovens no espaço escolar e que estes tenham uma educação desejável para o mercado de trabalho e bom convívio na sociedade? 30 As respostas da M1 1) Acredito que para pensar em limite, preciso me reportar ao que significa essa palavra, e está no dicionário que limite é uma linha de demarcação; divisa, fronteira, extremo, fim, ponto que não se deve ultrapassar. Vejo uma associação, uma proximidade então ao que entendo como obediência, respeito, retidão moral, a “linha de demarcação” que me diz até onde poderei ir. 2) Se acredito existir uma “linha” que permeia a forma como me relaciono com o mundo, com o social, com o outro, acredito então ser isso que preciso repassar para o meu filho, na intenção de ajudar a ele a se construir, lhe ensinando o respeito que deve ter por ele mesmo, para que aprenda a respeitar o mundo que o cerca, podendo estabelecer as “linhas” possíveis para se relacionar. Se tenho linhas que me dizem até onde poderei ir, associado a um ponto que não devo ultrapassar, vejo pertinente assumir aqui que na nossa relação mãe-filho, existem regras que nos ajudam a balizar estas situações. Desde muito pequeno, negocio com o meu filho alguns limites, dentre eles: o de cada um dormir em sua própria cama; a organização dos brinquedos após as brincadeiras; o de fazer uso do assento de segurança no carro. 3) A melhor forma não tenho certeza, mas é nesta que tenho apostado, o de combinar com meu filho as “linhas”, regras a serem seguidas, os “combinados”. É claro que em vários momentos ele tenta desviar do estabelecido, criar possibilidades momentâneas que lhe ajudem a argumentar o motivo do não cumprimento dos “combinados”, mas no geral, percebo que o comportamento dele já é de consciência do que deveria ter feito e não fez... Percebo o comprometimento dele para com o estabelecido. 4) Estabelecer limites não é tarefa fácil, mas muito mais complicado é mantê-los. Ter de enfrentar às vezes o choro, resmungos, esperneio e até mesmo nosso próprio comodismo, cansaço é muito mais difícil. A pouco pontuei os limites que negocio há certo tempo com meu filho, se os estabeleci e os faço serem cumpridos, é por acreditar que eles de uma forma ampla estão me ajudando na boa Educação, por exemplo: um dos limites está o de fazer uso do assento de segurança no carro – de forma informal já pontuei pra ele a importância do uso, o que o não uso poderá acarretar, acredito estar com isso ensinando a ele que na vida não devemos fazer algumas coisas porque nos obrigam, por que existe uma legislação que me obriga a fazer, mas que há regras na vida que devemos cumprir para assegurar as nossas vidas e a de outras pessoas. Uma construção que ao meu ver depende de como eu mãe vou levar ele a ter, ou não. E se uma vez que me determinadas situações um “não” agora pode virar um 31 “sim” logo depois, estarei provocando insegurança, incertezas e consequentemente falta de credibilidade na minha palavra. 5) Acredito que a família e a escola exercem ambas, papeis importantíssimos na construção dos limites, na subjetivação do sujeito. A escola, a meu ver, deve completar a socialização que teve início no âmbito familiar, onde a criança tem o primeiro contato com o mundo das regras, sendo seguindo na escola, lugar – espaço para muitas trocas sociais. Que a nós enquanto família e a escola sejamos as fronteiras, o extremo, as demarcações essenciais para o meu filho, visto que não é por acaso que ele, criança está sempre andando no limite e correndo riscos, ele vive neste momento. 6) Mesmo sabendo que a família vem passando por inúmeras reestruturações nestes últimos tempos, continua sendo um sistema de vínculos afetivos onde se dá todo o processo de humanização, subjetivação do sujeito. Um ambiente familiar estável e afetivo me parece contribuir muito para um bom desenvolvimento educacional. Enquanto que uma família mal estruturada emocional e economicamente, tenderá a um mau desenvolvimento. 7) Designa-se família o conjunto de pessoas que possuem grau de parentesco entre si e vivem na mesma casa formando um lar. Minha vivência leva a acreditar que família é o lugar onde eu me sinto bem, protegido, amado. O ambiente familiar sendo um local onde precisa existir harmonia, afetos, proteção e todo o tipo de apoio necessário na resolução de conflitos ou problemas de algum dos membros. As relações de confiança, segurança, conforto e bemestar é que vai proporcionar a unidade familiar, e claro, a possibilidade de me construir enquanto sujeito. 8) Família e escola buscam preparar a criança para o mundo, cada um dentro de suas particularidades, está inserida na constituição de um sujeito, para tanto o que ambas devem fazer é estreitar as relações, uma parceria entre família e escola, onde nenhuma precise modificar a forma de se organizar, mas que estejam ambas abertas a troca de experiências. Cada qual assumindo sua função, sem delegar uma à outra responsabilidades pertinentes a cada uma destas instituições. 32 As respostas da M2 1) Limite é estabelecer normas e combinados, com relação a tudo que achamos necessários, seja certo ou errado, para o bom entendimento e convívio. É respeitar o outro, e saber compreender até aonde vai a nossa liberdade. 2) A base de dar limite aos nossos filhos é o diálogo, onde buscamos o entendimento das regras propostas, assim como o uso correto na internet, o comportamento adequado perante a nossa sociedade, o respeito aos valores. 3) Ter uma boa disciplina na família, isto é estar em comum acordo do que pretendemos na educação dos filhos. Muitas vezes, refletimos no comportamento, como rejeição, intolerância, onde a compreensão de certas atitudes ainda não está aceita. 4) Ás vezes penso que não! Nossa sociedade está muito liberal, dando oportunidades diversas de escolhas a nossos filhos, e ás vezes não damos conta disso, não estabelecemos os limites necessários. Muito me preocupa o crescimento da geração de hoje, onde o novo é muito mais atraente e o respeito dos valores está esquecido. 5) O trabalho em conjunto com a escola é muito importante, a família e a escola juntas têm a missão de proporcionar uma formação de valores e preparar para o desafio de uma sociedade em constante mudança. 6) Nos dias de hoje, ter um ambiente familiar com amor e conhecimentos atualizados torna-se algo muito melhor para a educação de nossos filhos. Onde nos permita promover o conhecimento e responder os desafios com qualidade. 7) A família é a base na vida do ser humano, nela aprendemos a conviver e partilhar momentos de alegrias e tristezas. 8) Acredito que educação vem sempre da família e na escola nossos filhos irão aprimorar conhecimentos, por isso devemos escolher a escola que agrega aos nossos interesses e que possamos interagir no convívio escolar, buscando participação, diálogo, para no futuro termos cidadãos preparados para a vida e o novo mundo de tecnologias. 33 As respostas da M3 1) Nem tudo deve ser permitido. 2) Não é tão fácil na realidade, hoje tudo é permitido e as pessoas acham tudo normal, mas para não se ter problemas maiores, mais a frente temos que parar e analisar o que é bom e o que não é bom para nossa filha. 3) Através do diálogo, presença junto aos filhos, acompanhamento total, muitas vezes, revidam, mas acabamos entrando em acordo. 4) Devemos sempre estar se atualizando para podermos acompanhar na Educação e obtermos sucesso. 5) Na minha opinião o dever é total da família, pois é desde que nasce que inicia a Educação e se a criança não estiver preparada quando entrar na escola encontrará dificuldades na adaptação. 6) Hoje acredito que a estrutura familiar é de extrema importância, mesmo as famílias de baixa renda tem acesso à internet na escola, cursos, bibliotecas e só ter interesse no que quer alcançar. 7) A família é fundamental, através do dialogo, dos limites, é que procuramos acertar. Sabemos que muitas famílias desajustadas reflete muito na questão filhos. Entendo que cada filho deve ser preparado para enfrentar a vida tanto na sociedade como profissional tendo uma livre escolha para o futuro. 8) Acredito que seja através de uma parceria Escola/Família, escola avaliando as dificuldades do aluno conforme sua estrutura familiar e a família procurando estar presente na escola e mesmo quando existe problemas com filhos, procurar entender o que está acontecendo e não culpando sempre a Escola. 34 As respostas da P1 1) É o espaço que você pode usar, ou seja, é saber que não se pode fazer tudo o que se quer ou deseja. 2) Trabalhar a questão de limites hoje em sala de aula não está sendo muito fácil em virtude do número de alunos que há nas turmas e pela questão de que todos querem ser primeiros a responder, a perguntar e querem imediatamente a resposta. Então na busca pela Educação com qualidade e que abranja a totalidade da turma é necessário primeiro trabalhar com a questão de existir outra colega que também precisa de orientação para depois, trabalhar os conceitos pertinentes ao ano. 3) Percebe-se claramente que a grande maioria dos alunos que apresentam alguma conduta que destoa da turma, seja ela no aspecto comportamental ou de aprendizagem, estão passando por um transtorno familiar ou vivem intensamente rodado por questões que consequentemente bloqueiam sua aprendizagem. Visto assim que uma estrutura familiar onde há o responsável pelo aluno, que possibilite organização, rotina e acesso a formas diferentes de estudo facilitam na aprendizagem do educando. 4) Certamente não, alguns alegam não ter tempo e outros não saberem como explicar. Quanto à questão do tempo cada um escolhe suas prioridades e ao explicar não é dever dos pais, ao meu entender, é dever sim acompanhar, orientar e fazer observações se o filho(a) não está compreendendo as explicações para que o professor possa retomar as explicações cabíveis. 5) Família é um grupo de pessoas que vivem na mesma casa, onde há alguém digamos “chefe” que deverá organizar e orientar estas pessoas. 6) Quando o professor pede aos pais que estejam mais próximos da escola, que participam das atividades desenvolvidas e visando a aprendizagem dos alunos e desejando que cada criança se sinta respeitada e amada por seus responsáveis e através dessas ações trabalha-se com a autoestima dos alunos e a valorização de cada um no seu ambiente tanto família quanto escolar. 7) A primeira explicação é de não ter tempo, de trabalhar 3 turnos, de ter filhos menores para cuidar, de estudar no contra turno. 8) Trabalhar escola mais família é a pretensão das escolas atualmente em virtude de ambos querem a formação integral dos sujeitos para que eles possam desenvolver seu papel na sociedade de forma ética e moral. Como fazer para se obter resultados neste proposito ainda não sei, mas procura-se desenvolver atividades extra classe como chá das mães, dia da família na escola, semana da escola, festas que pais, alunos e professores e funcionários participam 35 As respostas da D1 1) Limite é um lugar máximo é até onde um ser humano pode ir no caso a nossa escola é até onde a escola pode chegar. 2) Com certeza, todos os educadores trabalham para que haja uma boa aprendizagem, ou seja, uma educação de qualidade. 3) A estrutura familiar é tudo na educação dos filhos, é a base para uma educação. 4) Nem todos os pais participam ou acompanham seus filhos nos estudos, porém aqueles que fazem, acham tempo e disponibilidade, pois esses sabem a importância que tem. 5) É um grupo de pessoas com características comuns. Neste caso pai, mãe e os filhos. 6) O envolvimento dos pais é necessário para que a escola (professora) consiga, a partir da família dar continuidade da uma educação de qualidade. Os pais são responsáveis pela educação de seus filhos, a escola dá continuidade. A escola seria notadamente diferente se todos os pais se fizessem presentes em seus estudos. 7) Muitos pais não costumam se envolver com a escola e não acompanham seus filhos, deixam tudo para a escola, isso faz com que a escola se sobrecarregue e fuja do seu objetivo. Atualmente os professores são pai, mãe, psicólogas, enfermeiras, babás e muito pouco educadoras. A família presente existe muito pouco. Esse não envolvimento se principalmente por falta de interesse dos pais, depois disso vem o trabalho, o lazer, a desestrutura familiar. 8) A escola e a família devem andar juntas, isto é lutar e incentivar o aluno para que ele passa a desenvolver como ser humano, como cidadão e que tenha uma educação desejável tendo um bom convívio com a sociedade. A família e a escola faz com que o individuo (aluno) atinja seu potencial maior. A organização de uma família e a organização de uma escola sempre existe, basta que uma complemente a outra. Nossa escola trabalha muito isso, limites, valores, participação dos pais. Temos um movimento pela aprendizagem: que é oportunizar momento de diálogo com a família, para favorecer um entendimento coletivo acerca da melhoria da aprendizagem.