Levantamento Bibliográfico sobre Mogno Africano Autores: Camila Porfirio Albuquerque Colaboradores: Danila Morena Fidelis Humberto de Jesus Eufrade Junior Nádia Boareto Moreno Paulo Giovani Alves da Silva CONFLOR JR. Levantamento bibliográfico sobre Mogno Africano P.C. 67 Rev.: 00 Emissão.: 05.07.2011 Página 2 de 24 CONFLOR JR. Levantamento bibliográfico sobre Mogno Africano P.C. 67 Rev.: 00 Emissão.: 05.07.2011 Página 3 de 24 1. INTRODUÇÃO O mogno africano (Khaya ivorensis; Khaya senegalensis) é natural da Costa do Marfim, Gana, Benin, Nigéria e sul de Camarões; ocorre desde 0 a 450 m de altitude, normalmente em vales úmidos. Seus indivíduos suportam inundações durante o período de chuvas, entretanto, é muito sensível ao período de estiagem (ACAJOU D’AFRIQUE, 1979 apud CONDE, 2006). Ele foi introduzido no Brasil visando substituir o mogno brasileiro (Swietenia macrophylla) devido a sua alta resistência ao microlepidóptero Hypsiphyla grandella, a principal praga do mogno nativo, conhecido como a “broca das meliáceas”. O mogno de origem africana vem se tornando uma espécie de grande importância na Região Amazônica, em virtude do seu alto valor econômico, a sua facilidade de produção de mudas e ao rápido crescimento, promovendo a recuperação de áreas alteradas. Comparando com o mogno-amazônico, também conhecido como latino americano e mogno-verdadeiro (Swietenia macrophyla), não se distinguem diferenças significativas, quanto ao aspecto fenotípico. Existe, porém uma diferença marcante que faz distinguir o mogno-africano do amazônico que é a coloração avermelhada, devido à concentração de antocianina do fluxo de lançamento apical do africano, enquanto que no amazônico é esverdeado. (FALESI, I.C; BAENA, A.R.C., 1999). O comércio do mogno africano é extraordinário, devido às características tecnológicas e a beleza de sua madeira. É usado na indústria de movelaria, construção naval e em sofisticadas construções de interiores. O mercado europeu é o principal consumidor desta madeira (AUBREVILLE, 1959 apud CONDE, 2006). 1.1. CARACTERÍSTICAS DA ÁRVORE O Mogno é uma árvore robusta que domina o dossel da floresta. Seu tronco pode atingir 3,5 metros de diâmetro e uma altura total de 70 metros (média de 30m – 40m), e a copa chega a 40m – 50m de largura (WILLIAMS 1932, LAMB 1966, PENNINGTON & SARUKHÁN 1968). As raízes tabulares são comuns e podem atingir até cinco metros de base. O tronco pode alcançar 20m – 25m de altura antes de formar CONFLOR JR. Levantamento bibliográfico sobre Mogno Africano P.C. 67 Rev.: 00 Emissão.: 05.07.2011 Página 4 de 24 galhos e, na America Central, é espesso, com sulcos profundos e casca quase preta, o que proporciona uma excelente resistência ao fogo (LAMB 1966, CHUDNOFF 1979). 2. UTILIZAÇÃO A madeira é valorizada para carpintaria, marcenaria, móveis, construção naval e lâminas decorativas. São apropriados para se fabricar, pisos, acabamentos interiores, corpos do veículo, brinquedos, novidades, dormentes, tornearia e celulose. A casca é comumente usada em medicina veterinária, como anti-helmíntico, tônico e aperitivo, e para o tratamento da tripanossomíase, vermes do fígado, diarréia e úlceras. As folhas também são usadas na medicina tradicional, para tratar problemas de pele como feridas, icterícia, edema, dor de cabeça e depressão, e como purgante. As cinzas de madeira são adicionadas nos grãos armazenados para impedir o ataque de insetos. O Khaya senegalensis é normalmente plantada para a estabilização do solo. Tem sido plantada com sucesso em um sistema Taungya com amendoim como cultura intercalar. Provavelmente, a madeira de khaya senegalensis é ocasionalmente misturada com a madeira do gênero Khaya e outros. É negociado no mercado internacional de madeira com valor do metro cúbico muito alto. A casca está na alta demanda para fins medicinais e é muito procurada por ter um valor comercial muito alto no mercado internacional, as sementes são colhidas em povoamentos naturais e área de produção de sementes e comercializadas em todo o mundo das quais mais de 90 % é exportada e importada. Tem boas propriedades de colagem. É preciso polir e pintar muito bem, mas a utilização de um enchimento é necessário. A madeira apresenta densidade básica de 0,51g/cm3. O cerne é fortemente resistente à impregnação, o alburno moderadamente resistente. O valor bruto de energia da madeira é de cerca de 19.990 kJ / kg. 3. SEMENTES E MUDAS O excelente preço alcançado por sua madeira, associados a sua produtividade, precocidade, rusticidade e resistência ao ataque da Broca das meliáceas, tem despertado o interesse de empresários do ramo madeireiro, bem como de investidores. CONFLOR JR. Levantamento bibliográfico sobre Mogno Africano P.C. 67 Rev.: 00 Emissão.: 05.07.2011 Página 5 de 24 Algumas empresas de venda de sementes e mudas por inexperiência ou de forma inadequada tem vendido sementes e mudas de Mogno Brasileiro (Swietenia macrophilla) e de Khaya senegalensis como sendo de Khaya ivorensis. O mogno africano está valendo o preço médio de R$ 3,4 mil por metro cúbico de madeira serrada. 3.1. SEMENTES A semente do Mogno Africano é mais achatada, fina e menor do que a do Mogno Brasileiro, cuja amêndoa lembra uma semente de abóbora. As sementes de Khaya ivorensis e Khaya senegalensis são parecidas. Fonte: Mudas nobres CONFLOR JR. Levantamento bibliográfico sobre Mogno Africano P.C. 67 Rev.: 00 Emissão.: 05.07.2011 Página 6 de 24 3.2. MUDAS As mudas de Khaya ivorensis possuem coloração avermelhada no lançamento do broto apical devido à concentração de antocina, enquanto que no Mogno Brasileiro e no Khaya senegalensis o lançamento é esverdeados. Fonte: Mudas nobres 4. MANEJO DE MOGNO AFRICANO – FLORESTA NATURAL 4.1 REGENERAÇÃO E CRESCIMENTO Classificada como espécie pioneira ou secundária tardia (BUDOWSKI 1965, DENSLOW 1987, SWAINE & WHITMORE 1988), o mogno regenera-se em clareiras abertas na floresta. As sementes do mongno são aladas e portanto dispersas pelo vento ( PENNINGTON et al. 1981). Uma árvore adulta de mogno pode produzir até 600 frutos ou 30.000 sementes por ano (GULLISON et al. 1996). A germinação das sementes ocorre rapidamente no sub-bosque, após o incio da estação chuvosa (MORRIS et al. 2000). Entretanto pode ocorrer atraso na germinação em ambientes secos, como as clareiras criadas por distúrbios (GROGAN 2001). As plantas jovens CONFLOR JR. Levantamento bibliográfico sobre Mogno Africano P.C. 67 Rev.: 00 Emissão.: 05.07.2011 Página 7 de 24 requerem elevada luminosidade e abertura de dossel para crescer rapidamente em altura (STEVENSON 1927, LAMB 1966, GULLISON & HUBBELL 1922, GULLISON et al. 1996). Em florestas nativas, a taxa de incremento diamétrico para árvores com DAP maior que 10 cm varia de 0,26 cm a 1,09 cm por ano. 4.2 CRESCIMENTO DE PLANTAS JOVENS E ADULTAS A mortalidade continua após a germinação das sementes. No estágio de plântulas, os indivíduos sofrem ataque de insetos, patógenos, estresse hídrico e deposição de folhas da árvore. A densidade de plântulas estabelecidas pode atingir 1 indivíduo por metro quadrado em torno de um raio de 50 metros das matrizes com alta produção de frutos (GROGAN 2001). O crescimento vigoroso das plantas junvenis requer mais luz do que aquela disponível nas condições do sub-bosque. As plântulas com altura inferior a 50 cm e as arvorestas de 5 cm – 10 cm de DAP são raras nesse ambiente, e ocorrem principalmente nas clareiras da área de dispersão das sementes. A taxa anual de crescimento de plântulas juvenis pode exceder 3,5 cm de altura e 3 cm de diâmetro somente em condições ideais de luz e nutrientes – solos ricos em nutrientes, bemdrenados e de fina textura (LOPES et al. 2000, GROGAN 2001). De acordo com Sombroek & Sampaio (1962), o mogno ocorre comumente em áreas de drenagem pobre sobre solos do tipo utisol com elevada saturação de bases e intercâmbio de nutrientes primários. A baixa taxa de regeneração pós-exploratória não é surpreendente quando examinamos os fatores limitantes para o estabelecimento das plântulas. A regeneração e crescimento vigorosos requerem dois tipos de intervenção: primeiro, a dispersão das sementes (ou mudas, se for plantada) deve ocorrer em áreas apropriadas para o crescimento; em seguida, é necessário realizar os tratamentos para manter a taxa de crescimento na medida em que a clareira se fecha. CONFLOR JR. Levantamento bibliográfico sobre Mogno Africano 4.3 P.C. 67 Rev.: 00 Emissão.: 05.07.2011 Página 8 de 24 FLORESTAS PRIMÁRIAS 4.3.1 TÉCNICAS PARA EXTRAÇÃO DAS ÁRVORES MADURAS ( 1ª COLHEITA) Planejar a extração: O planejamento deve incluir o mapeamento das árvores e o desenho da rede de estradas, os quais permitem tornar a extração mais eficiente e reduzir os impactos da exploração à estrutura da floresta (isto é, reduzir a área de abertura de estradas, clareiras inapropriadas, reduzir o número de árvores jovens danificadas e danos aos cursos d’água). Além disso, uma abertura menor da floresta previne riscos de incêndio florestal ( HOLDSWORTH & UHL 1998). Respeitar o diâmetro mínimo de corte e selecionar matrizes: Somente as árvores maiores ( por exemplo, acima de 55 cm de diâmetro) devem ser cortadas). As árvores menores devem ser mantidas para ajudar a formar nova população e poderão ser cortadas na segunda colheita. Árvores de mogno ocas, porém robustas, podem produzir sementes de boa qualidade. As matrizes devem servir principalmente como fonte de sementes para o plantio de enriquecimento; ou seja, as sementes devem ser coletadas e plantadas nas clareiras. A dispersão natural das sementes – na direção a favor dos ventos dominantes – não atingiria todas as áreas abertas que deveriam ser ocupadas. Controlas a direção de queda as árvores e coletar sementes: Onde for possível, a direção de queda das árvores deve ser controlada para abrir clareiras próximo das áreas mais prováveis de ocorrência natural de árvores jovens; ou seja, a favor dos ventos dominantes. Se a derrubada ocorre antes da dispersão de sementes, os frutos não liberados devem ser removidos das copas para a coleção de sementes. 4.3.2 TRATAMENTO PARA ÁRVORES DE SEGUNDA COLHEITA Desbastar árvores competidoras e cortar cipós: Na época da primeira colheita, as árvores médias de mogno remanescentes (25 cm a 55 cm de diâmetro) devem ser desbastados. Estudos indicam que árvores de mogno respondem bem dois CONFLOR JR. Levantamento bibliográfico sobre Mogno Africano P.C. 67 Rev.: 00 Emissão.: 05.07.2011 Página 9 de 24 anos após esses tratamentos. Esse estoque poderia ser explorado após cerca de 30 anos contados a partir da primeira colheita. 4.3.3 TRATAMENTO PARA ÁRVORES DA TERCEIRA COLHEITA Esses tratamentos seriam destinados a estabelecer a regeneração de mogno de madeira a garantir a terceira safra da espécie – cerca de 60 anos depois da primeira colheita: Abertura de clareiras para regeneração natural: Clareiras devem ser abertas na direção do vento, onde as árvores remanescentes de mogno tendem a dispersaras suas sementes. O conhecimento anterior da taxa de frutificação das árvores pode indicar aquelas mais fecundas para o tratamento; ou, clareiras podem ser abertas nas áreas onde houver árvores com intensa frutificação. Plantio de enriquecimento: Sementes devem ser plantadas diretamente nas clareiras abertas pela exploração onde as condições são favoráveis ao crescimento. Locais apropriados incluem cabeceiras e margens dos igarapés onde há poucos cipós, bambu e babaçu (Attalea speciosa, Palmae). A densidade de plantio deve ser baixa para evitar a ocorrência da broca do ponteiro, e as mudas devem crescer dentro da matriz de vegetação secundária. A preparação do sítio deve incluir escarificação dos solos e provavelmente queima de resíduos da vegetação dentro das clareiras para enriquecer os solos e reduzir a competição com a regeneração existente de outras espécies florestais. A queima deve ser controlada para evitar incêndios. Tratamentos silviculturais: Serão necessários tratamentos periódicos nos dez primeiros anos após o estabelecimento dos plantios de enriquecimento. O calendário preciso para esses tratamentos (principalmente limpezas em torno das arvoretas e aumento ocasional das clareiras) dependerá das condições de cada sítio e deve ser determinado através de experimentos. Prevemos tratamentos nos anos 1,3,6 e talvez 10 depois do plantio. Na época da segunda colheita (cerca de 30 anos depois da primeira), as plantas estabelecidas na época da primeira colheita provavelmente necessitariam de tratamentos para aumentar o crescimento. O desbaste de árvores competidoras e corte de cipós seriam similares aos descritos acima. A colheita dessas árvores de CONFLOR JR. Levantamento bibliográfico sobre Mogno Africano P.C. 67 Rev.: 00 Emissão.: 05.07.2011 Página 10 de 24 mogno ocorreria cerca de 30 anos depois desses tratamentos ou 60 anos depois do primeiro corte. 4.4 FLORESTAS EXPLORADAS A floresta explorada durante a primeira onde de extração de mogno pode ainda conter árvores menos (geralmente < 45 cm de DAP) em densidade suficiente para o manejo florestal (GRONGAN 2001, JENNINGS & BROWN 2001). As opções de manejo consideradas a seguir tratam apenas das populações de mogno remanescentes nas florestas exploradas somente uma vez. O manejo florestal incluiria medidas para favorecer as árvores da segunda e terceira colheitas. 4.4.1 TRATAMENTOS PARA AS ÁRVORES DA SEGUNDA COLHEITA Desbastar árvores competidoras e cortar cipós: Esses tratamentos seriam destinados ás árvores intermediárias (diâmetro entre 25 cm e 55 cm) como descrito na seção anterior. Esse estoque poderia ser explorado em cerca de 30 anos após o tratamento. 4.4.2 TRATAMENTOS PARA AS ÁRVORES DA TERCEIRA COLHEITA Os tratamentos descritos para a floresta nativa também são adequados para estabelecer as plantas para a terceira colheita.. Entretanto, nas áreas onde o estoque de mogno maduro já foi explorado, as clareiras deveriam ser abertas preferencialmente pela exploração de outras espécies e pela extração de árvores de mogno pequenas com baixo potencial de crescimento (por exemplo, com copas danificadas). A exploração de madeira seria importante para abrir espaço e também para custear os tratamentos (SNOOK 1993, GULLISON et al. 1996). Em áreas onde a exploração de outras espécies não viável economicamente, seria necessário abrir clareiras derrubando árvores não comerciais. Nesse caso, o estímulo para que os empresários madeireiros se interessem pelo manejo é menor, pois eles teriam que CONFLOR JR. Levantamento bibliográfico sobre Mogno Africano P.C. 67 Rev.: 00 Emissão.: 05.07.2011 Página 11 de 24 retornar ás áreas exploradas apenas para aplicar os tratamentos sem obter uma renda em curto prazo. 4.4.3 DESEMPENHO DAS MUDAS O melhor desempenho das mudas em plantações restringe-se às áreas intermediárias situadas entre as partes altas do terreno e as zonas baixas das margens dos igarapés (GROGAN 2001). O melhor desempenho em plantações pode ser atingido onde a vegetação secundária (capoeira) é derrubada e queimada, imitando uma pequena área de agricultura, e as mudas são plantadas diretamente em meio às cinzas. Os nutrientes oriundos das cinzas e a proteção parcial oferecida pela vegetação secundária resultam em um crescimento vigoroso para o mogno. A vegetação lenhosa rebrota rapidamente, restaurando o ambiente de sombra parcial do dossel, reduzindo a presença de invasoras e diminuindo a suscetibilidade ao fogo. A densidade de plantio deve ser baixa, com cerca de 50 mudas por hectare (espaçamento 15 m x 15 m) para reduzir a taxa de infestação da broca do ponteiro. O mogno não é indicado para a recuperação de solos degradados (por exemplo, pastagens degradadas). Isso porque ele sofre com a competição das gramíneas e cresce lentamente em solos empobrecidos (GROGAN 2001). Entretanto, o mogno pode crescer vigorosamente se for plantado entre sistemas agrícolas que utilizam grande quantidade de fertilizante – por exemplo, plantios de pimenta-do-reino. 5. MANEJO DE MOGNO AFRICANO – FLORESTAS PLANTADAS Existem poucos estudos relacionados à condução e manejo de reflorestamentos de mogno africano no Brasil. Com a valorização da cultura, a tendência é que haja um aumento nas pesquisas para esta área. Em sistemas silvipastoris. Essa espécie, aos sete anos de idade, pode alcançar altura de 12 m, correspondente à primeira ramificação da copa e diâmetro a altura do peito (DAP) de 22 cm (CASTRO, et al. 2008). Segundo Falesi e Galeão (2002), em reflorestamento no Pará o mogno africano (Khaya ivorensis) apresentou média de CONFLOR JR. Levantamento bibliográfico sobre Mogno Africano P.C. 67 Rev.: 00 Emissão.: 05.07.2011 Página 12 de 24 altura total de 8,54 m e de DAP de 15,45 cm aos 5 anos e 8 meses, e média de altura total de 9,15 m e DAP de 17,25 cm aos 6 anos e 4 meses. A espécie khaya ivorensis apresenta maior crescimento quando comparada a espécie khaya senegalensis, entretanto a segunda espécie citada vem apresentando maior viabilidade de plantioquando comparadas ao ataque de pragas. 5.1.1. ESPAÇAMENTO A escolha do espaçamento adequado tem por objetivo proporcionar para cada indivíduo o espaço suficiente para se obter o crescimento máximo com a melhor qualidade e menor custo; sem, entretanto desconsiderar a questão da proteção ao solo. O espaçamento ótimo é aquele capaz de fornecer o maior volume do produto em tamanho, forma e qualidade desejáveis, sendo função do sítio, da espécie e do potencial do material genético utilizado. Sugere-se o plantio com 5x5 m, com 400 plantas por ha. Em áreas irrigadas 6x4 m, com 417 plantas por ha, porém alguns plantios estão com espaçamentos mais adensados. Nas literaturas mais antigas, foram encontrados espaçamentos de 15x15m, neste caso, há a consorciação com outras espécies no plantio. 5.1.2. DESRAMA A desrama é a retirada de ramos vivos, secos, parasitados e evita a proliferação de doenças e pragas, aumenta o arejamento e a luminosidade da floresta e principalmente elimina os nós que prejudicam a qualidade da madeira, diminuindo seu valor econômico. O manejo florestal Clearwood, que é a madeira livre de nós, vem ganhando atenção nos sistemas de produção. Este manejo requer atenção na escolha de melhores procedências, na densidade do plantio e conhecimento do momento certo para realizar a desrama. A condução de desrama deve ser realizada de acordo com a necessidade do plantio, e devem ser efetuadas ao longo dos anos de plantios. CONFLOR JR. Levantamento bibliográfico sobre Mogno Africano P.C. 67 Rev.: 00 Emissão.: 05.07.2011 Página 13 de 24 No plantio de mogno, a prática de desrama é usada principalmente aos cuidados após o ataque da “Broca das meliáceas” para a condução uniforme e retilínea do fuste. Deve-se ficar atento as altas intensidades de desrama, uma vez que podem ter efeito contrário do que esperado. Os estudos de intensidade de desrama ainda estão em andamento e não foi encontrado nenhum resultado pertinente a esta prática silvicultural. 5.1.3. DESBASTE Para plantios em boas condições de manejo, espera-se um corte de raleamento, com aproveitamento comercial aos 10 anos, e corte raso aos 15 anos. Porém comumente o desbaste final ocorre a partir dos 20 anos. Em boas condições de solo, clima e manejo, segundo a EMBRAPA, estima-se produtividade em torno de 14 a 25 m³/ha/ano. Em áreas irrigadas a produtividade tem se mostrado superior. Segue a tabela de produtividade para Khaya ivorensis em um plantio com espaçamento de 5 m x 5 m, segundo dado obtido pela empresa Mudas nobres. Fonte: Mudas nobres De acordo com a tabela, nos primeiros dez anos, não se realiza algum trato silvicultural, a diminuição de 20 árvores deve-se a morte das mesmas ao longo do decênio. Aos 15 anos, realizou-se no caso um desbaste de 50% da floresta. Entretanto, são poucos os estudos realizados a intensidade de desbates em plantios de mogno africano. CONFLOR JR. Levantamento bibliográfico sobre Mogno Africano P.C. 67 Rev.: 00 Emissão.: 05.07.2011 Página 14 de 24 Para plantio em áreas irrigadas, os resultados iniciais indicam incremento de 40% na produtividade da floresta. 6. CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS 6.1 BROCA DAS MELIÁCEAS A broca das meliáceas (Hypsipila grandella) é a principal praga limitante ao crescimento dos plantios de mognos. Ela tem ocorrência o ano todo e pode atacar muda nos viveiros; plantios jovens e árvores adultas. No campo, os danos causados envolvem: morte dos ponteiros, ramificação excessiva; e destrói a semente no fruto. Considerando as injúrias, foi verificado ataque às mudas em viveiro, bifurcandoas e atrasando seu desenvolvimento podendo causar a morte. No campo o ataque é geralmente dirigido aos ponteiros que exsudam goma e morre, o mesmo acontece quando atacam outras regiões, a planta reage brotando lateralmente, mas estas brotações também podem ser atacadas. No fruto, destrói a semente (LIMA, 1940). O ataque ocorre com maior intensidade no período das chuvas, sendo que a fase crítica é de 6 meses a 3 anos de idade das plantas, devido a brotação vigorosa das plantas e por ser o período em que será formado o fuste comercial de 6 metros de altura (TROPICAL FLORA, 2009). 1) Diferentes fases de desenvolvimento do H. grandella: CONFLOR JR. Levantamento bibliográfico sobre Mogno Africano 2) Fotos da lagarta H. grandella: 3) Fotos do ataque em ponteiros: Fotos: (Carlos F. Wilcken,2003) Controle da Broca: P.C. 67 Rev.: 00 Emissão.: 05.07.2011 Página 15 de 24 CONFLOR JR. Levantamento bibliográfico sobre Mogno Africano P.C. 67 Rev.: 00 Emissão.: 05.07.2011 Página 16 de 24 O controle da Broca das meliáceas pode ser realizado através de controle químicos (viáveis na fase de viveiro); controle silvicultural e controle cultural. Em relação ao controle químico, vários autores citaram diversas medidas para o controle da broca do mogno, afirmam que o uso de inseticidas teria sérias implicações ambientais e econômicas, tais como: custo elevado, contaminação ambiental, contaminação do solo através da lavagem dos produtos pelas chuvas, dentre outros. Segundo Gallo et al. (1988) indicam os produtos triclorfon, paration, metil, azinfós etil, carbaril e piretróides, para serem usados apenas nos viveiros de mudas de meliáceas. O controle químico, apesar de não ser o método ideal devido aos problemas de custos, contaminação ambiental e repetidas aplicações, tem um importante papel na proteção das plantas até que alcancem uma altura de cinco a oito metros (em 3 anos ou mais), quando raramente o ataque da broca afeta o seu crescimento (YAMAZAKI & VASQUEZ, 1991). Concluíram ainda que o piretróide fenvalerato foi o mais eficiente, aplicado em pulverizações de duas a quatro vezes por ano. Segundo Ribeiro (2010), a deltametrina proporciona controle da broca H. grandella, com aplicações mensais, sendo que as pulverizações devem acontecer entre intervalos de 30 dias devido o hábito da praga e seu ciclo biológico. Também, na sua pesquisa foi constatado que o acefato com aplicação via xilema foi eficiente no controle da broca do mogno até 90 dias. Um método físico para complementar o controle químico, seria a poda fitossanitária apesar de corrigir a forma das plantas influi negativamente em seu crescimento. De fato o controle químico possui alta viabiliadade apenas em viveiros, sendo que no campo os estudos mostram grande variabilidade dos resultados. Na prática, o controle silvicultural e o controle cultural da H. grandella são os métodos mais utilizados nas regiões tropicais. O cultivo de mogno com espécies vegetais de valor comercial, por exemplo, vem sendo empregado tanto na forma de consórcios silviculturais, quanto em sistemas agroflorestais. No que se referem ao controle cultural, Pedrosa-Macedo (1993), recomenda algumas medidas culturais que poderiam servir de complemento no controle de H. grandella, tais como: poda fitossanitária, destruição dos brotos atacados, eliminação CONFLOR JR. Levantamento bibliográfico sobre Mogno Africano P.C. 67 Rev.: 00 Emissão.: 05.07.2011 Página 17 de 24 de plantas atacada no viveiro, coleta e destruição de frutos afetados, controle da luminosidade e plantios mistos. Cerca de 40 espécies de insetos foram identificadas como inimigos naturais da broca das meliáceas em mogno nas Américas (SANDS e MURPHY, 2001). Elas são, sem dúvida, de diferentes graus de importância na regulação das populações deste inseto, mas o seu efeito é insuficiente para evitar danos econômicos. Embora tenha havido algum interesse em técnicas tais como aumento da população de inimigos naturais, o controle biológico do mogno não parece uma promissora opção (SANDS e MURPHY, 2001). Assim, dependendo da intensidade de ataque, é preciso combinar diferentes métodos de controle de ataque de H. grandella e minimizar os danos e o prejuízo monetários dele decorrente. As espécies do gênero Khaya são mais resistentes ao ataque da Broca das meliáceas (Hipsipyla grandella), praga que inviabilizou os plantios comerciais do Mogno Brasileiro (Swietenia macrophylla) no Centro Oeste e Norte do país. Seu controle é difícil, caro, de longo prazo e normalmente ineficiente Ainda não há relato da existência de outras pragas específicas que causem danos relevantes ao Mogno africano. 6.2 CANCRO DO CÓRTEX O Cancro do Córtex ou Cancro da Casca é uma doença, cujo agente causal ainda não foi identificado. É comum seu surgimento tanto em Khaya ivorensis quanto em Khaya senegalensis, mas em nenhum dos dois causa danos econômicos, apenas estéticos. O controle desta doença é bem simples e barato. Para o controle realiza-se uma pulverização ou pincelamento sobre as lesões com estes produtos: Hipoclorito de Sódio a 2,5% (água sanitária) Calda bordaleza Fungicidas a base de cobre (sob recomendação agronômica) CONFLOR JR. Levantamento bibliográfico sobre Mogno Africano P.C. 67 Rev.: 00 Emissão.: 05.07.2011 Página 18 de 24 Fonte: Mudas nobres 6.3 Em MANCHA AREOLADA CAUSADA POR Thanatephorus cucumeris EM MOGNO AFRICANO 1999, observou-se alta incidência da mancha areolada, causada por Thanatephorus cucumeris (fungo) em viveiros e áreas de plantios definitivos de mogno africano nos Estados do Amazonas e Pará, causando lesões em folhas maduras e 100% de queda das folhas jovens. Nas folhas jovens surgem pequenas lesões marrons circundadas por uma margem púrpura e em folhas maduras as manchas são marromclaras, exibindo anéis concêntricos.Em condições de elevada umidade, e especialmente nos folíolos caídos no chão, observa-se, sobre as manchas na superfície abaxial, um manto micelial esbranquiçado do patógeno, facilmente visível quando a folha afetada é observada contra a luz.Quando ocorrem várias infeções em determinada área da folha, essa área apresenta-se necrótica com anéis concêntricos, sendo possível distinguir o ponto de penetração do patógeno. As lesões são visíveis em ambas as faces da folha, mas os anéis são mais visíveis na face inferior das folhas. Em folhas maduras, as lesões medem de 1,2 a 2,9 mm de comprimento e de 0,8 a 2,9 mm de largura. Em plantas mantidas em viveiro, o fungo causa sintomas de mancha areolada típica ou de mela.Em plantas mantidas em viveiro, o fungo causa sintomas de mancha areolada típica ou de mela.Inoculações feitas em folhas de mudas de mogno africano com CONFLOR JR. Levantamento bibliográfico sobre Mogno Africano P.C. 67 Rev.: 00 Emissão.: 05.07.2011 Página 19 de 24 inóculo de T. cucumeris reproduziram os sintomas típicos da mancha areolada, duas semanas após a inoculação.O ataque severo do T. cucumeris, causando sucessivos desfolhamentos de plantas com cerca de 7 m de altura, poderá reduzir o crescimento do mogno africano na região tropical sempre úmida, desde que as condições favoráveis à infecção ocorram durante longos períodos. Pulverizações quinzenais em viveiros, com o fungicida pencycuron (2 g/l de água), têm mantido as mudas livres da doença. Estudo realizado segundo Gaparotto, L. et al. (2001). Figura: Sintomas do ataque de T. cucumeris 7. CUSTO E VIABILIDADE Usando-se a tecnologia adequada para plantio e condução florestal, em boas condições de clima e solo, pode-se obter receita líquida acima de R$ 400.000,00/ha entre 15 – 20 anos. O mogno africano está com o preço médio de R$ 3,4 mil por metro cúbico de madeira serrada, sendo superior a outras espécies brasileiras. CONFLOR JR. Levantamento bibliográfico sobre Mogno Africano P.C. 67 Rev.: 00 Emissão.: 05.07.2011 Página 20 de 24 Segue a tabela do custo e retorno financeiro de 1 hectare de Mogno Africano: Fonte: Mudas nobres Segundo estimativas, uma árvore de mogno africano, ao atingir o ponto de corte, em torno de 15 a 20 anos, poderá alcançar o valor de cerca de US$ 2.000,00, não existindo outro produto agrícola que a supere (FALESI & BAENA, 1999), sendo uma das espécies atualmente preferidas pelos reflorestadores no Estado do Pará. CONFLOR JR. Levantamento bibliográfico sobre Mogno Africano P.C. 67 Rev.: 00 Emissão.: 05.07.2011 Página 21 de 24 8. BIBLIOGRÁFIA CONSULTADA ACAJOU D’AFRIQUE, 1979 apud CONDE, 2006. In SILVA, B.T.B., 2010. Avaliação da usinagem e caracterização das propriedade físicas da madeira de Mogno Africano (Khaya ivorensis A. Chev.). Disponível em http://www.if.ufrrj.br/inst/monografia/2009II/Bruno.pdf BUDOWSKI 1965, DENSLOW 1987, SWAINE & WHITMORE 1988. In GROGAN, J.; BARRETO, P.; VERÍSSIMO, A. Mongno na Amazônia Brasileira: Ecologia e Perspectivas de Manejo.2002. pag. 12-14. CASTRO, et al. 2008. In GOMES, D.M., 2010. Análise de viabilidade técnica, econômico-financeiro para a implantação da cultura de Mogno Africano (Khaya ivorensis A. Chev.) na região oste de Minas Gerais. Disponível em http://www.pecca.com.br/pos/florestal/tccs/daniel_gomes.pdf FALESI, I.C; BAENA, A.R.C., 1999. In GOMES, D.M., 2010. Análise de viabilidade técnica, econômico-financeiro para a implantação da cultura de Mogno Africano (Khaya ivorensis A. Chev.) na região oste de Minas Gerais. GALLO. D. 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