Ele é “Filho de Davi”, Ele é o “Lírio dos Vales”, Ele é a “Estrela da Manhã”, Ele é “Emanuel”, Ele é a “Rosa de Saron”, Ele é o “Filho do homem”, Ele é o “Redentor”, o “Salvador”, o “Senhor”, Ele é o “Cordeiro de Deus”, Ele é o “Principe da Paz”, também Ele é o “Leão de Judá”, Ele é o “Bom Pastor”, a “Água Viva”, é o “Rei dos reis”, Ele é o “Alfa e o Ômega”, Ele é tudo. Ele é muito grande. E Ele é o motivo da fé cristã. Se você lesse amanhã nos jornais que foi provado conclusivamente que Buda jamais existiu e que foi um mito que os homens criaram, sabe o que aconteceria entre os budistas? Nada. Não mudaria nada. Não haveria nenhum impacto nessa notícia, na fé deles, porque a religião dos budistas é baseada nos ensinamentos de uma pessoa que eles acreditam ser iluminada, e se não foi Buda quem escrevera aquelas reflexões, foi outra pessoa. Isso não faz diferença. A religiosidade é baseada não na pessoa de Buda, mas nos ensinos que eles acreditam serem importantes. Se você lesse nos jornais amanhã, que Confúcio igualmente jamais existiu, saiba que entre os seus seguidores aconteceria exatamente o mesmo. Não faria nenhuma diferença. Porque para eles se não foi Confúcio quem escreveu aquele sistema ético tão apreciado, foi outra pessoa. Não importa. O que conta são os ensinamentos que eles creem como verdadeiros. E esse raciocínio que eu estou usando aqui, hipoteticamente é válido para todas as outras religiões e seitas. Agora, se você lesse nos jornais amanhã, que foi provado conclusivamente, que Cristo nunca existiu, haveria uma hecatombe, um terremoto, um tsunami no cristianismo. Porque a essência da fé cristã não se encontra em escritos jornalísticos ou noticiosos. O cristianismo é baseado na pessoa de Jesus de Nazaré. O cristão crêr em alguém. A nossa fé é pessoal. O evangelho é alguém. A esperança cristã tem nome: Jesus. Ele é o unigênito do Pai. Ele é o divino que se fez homem e habitou entre nós. Ele engloba tudo. Ele tem muitos nomes. Um nome só não define esse que engloba tudo. A fé cristã é a aceitação de uma pessoa: Jesus Cristo. Em consequência dessa adesão nossa a Ele, nós aceitamos também a Sua doutrina, a Sua mensagem, o Seu evangelho que compromete toda a nossa vida, mas antes de tudo, fé cristã é a aceitação de uma pessoa e não de algo. Nós cristãos temos fé em alguém e não em algo. E é a aceitação desse alguém que faz sentido em tudo na nossa vida. A mensagem de Deus para a raça humana não é uma doutrina, uma idéia, um princípio, uma filosofia, um ensinamento, uma ideologia. A mensagem de Deus para a raça humana é uma pessoa que se fez carne, é a pessoa do homem-Deus. Paulo expressa essa verdade de uma forma maravilhosa: “Deus estava em Cristo, reconciliando o mundo consigo próprio”. Jesus não foi um homem que quis ser igual a Deus, Jesus foi Deus que se tornou homem. Agora preste atenção, meu querido irmão, minha querida irmã, se esta vida tão linda, tão encantadora de Cristo, se ela tivesse terminado num túmulo, seria a negação completa e absoluta da sua divindade e da sua mensagem. Todos os corpos dos fundadores das religiões e seitas no mundo, todos eles estão no cemitério. Mas o túmulo de Jesus está vazio. Ele não está mais lá. Ele ressuscitou no terceiro dia, aos primeiros raios do amanhecer, naquele domingo maravilhoso e glorioso da história. No local onde Jesus foi sepultado há uma igreja que foi construida no século terceiro, lá naquele lugar não existe nenhum epitáfio, nada escrito, e sabem por quê? Porque não se coloca epitáfio em túmulo vazio, porque quem foi colocado ali ressuscitou e está vivo, e é celebrado com cânticos como um herói que sobreviveu ao campo de batalha, e por isso a ressurreição é a base fundamental do cristianismo. O Dr. Moody Stuart, que foi o evangelista mais famoso do século dezenove, disse: “algum dia os jornais irão publicar que morri. Mas naquele dia eu estarei mais vivo do que agora. Eu nasci em em 1837, na Gália. Em 1856 nasci no Espírito. O que nasce da carne, morre. Mas o que nasce do Espirito não morre”. E o próprio Jesus nos diz: “aquele que crêr em mim, ainda que morra, viverá”. E você perguntaria: “mas os cristãos também não morrem como aqueles que em nada creem? Não estão todos lá no cemitério? Como entender as palavras de Jesus “o que crêr em mim jamais morrerá”?. Meu amado, minha amada, Jesus está falando de uma vida que não consiste como essa nossa, onde comemos e bebemos. Ele fala de uma vida que procede de Deus. Foi precisamente isso que Paulo quis dizer: “nós semeamos corpo material, nasce corpo espiritual; nós semeamos corpo terreno, nasce corpo celestial; nós semeamos corpo corruptível, nasce corpo incorruptível”. Por isso que aquele marinheiro, lá naquela guerra das Malvinas, no início dos anos 80, um soldado verdadeiramente de Jesus, escreveu prá sua mãe: “mamãe, se um dia a senhora souber que meu navio afundou e que ninguém se salvou, não chore mamãe, porque o lugar onde meu corpo afundar é também a concha da mão do meu Salvador, de onde ninguém poderá me separar”. É para isso que estamos em Cristo, e cremos na realidade da vida eterna. A morte física não é a verdadeira, o que deixa de existir é este corpo no qual habitamos, mas nós mesmos, o nosso espírito continua a existir, em condições melhores, superiores. Um dos textos mais belos da Bíblia é aquele que fala daquela visão escatológica dos últimos tempos, em que Pedro na sua primeira carta, capitulo 1, versos de 3 a 7, quando ele diz: “bendito o Deus Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus dentre os mortos, para uma herança incorruptível, sem mácula, reservada nos céus para vós outros, que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé para a salvação preparada para revelar-se no último dia, fostes regenerados para uma viva esperança, sem mácula e que nunca murchará”. Nunca ninguém escravizará você, ninguém destruirá você, ninguém humilhará você, manchará você, e o melhor de tudo é que essa vida que nos aguarda é que ela nunca murchará, isto é, você nunca mais terá aquela fobia, aquela preocupação desesperada de não envelhecer, de ter que emagrecer a todo custo, de se preocupar com a celulite, usar cremes, bisturis, plásticas, enche aqui, sobe acolá, nunca mais você vai precisar desses artificios. Haverá um dia em que não precisaremos de nada disso, porque ressuscitaremos com um corpo glorioso. Só existe esperança porque Cristo ressuscitou. A esperança cristã tem um nome: Cristo, vivo, ressurreto dentre os mortos. É por isso que a Páscoa é esta mensagem triunfante, significa a vitória da vida, vida após a vida. Que você possa viver essa alegria durante toda sua permanência aqui na terra, meu irmão, minha irmã. HISTÓRICO: - A festa cristã da Páscoa tem origem na festa judaica, mas tem um significado diferente. Enquanto para o Judaísmo, Pessach representa a libertação do povo de Israel no Egito, no Cristianismo a Páscoa representa a libertação de todos os que estavam separados de Deus pelo pecado, restaurados pela morte e ressurreição de Cristo, assimilando também diversos elementos como alegóricos de morte e renascimento representados pela transição do inverno-primavera que ocorre neste período e ainda fundamentado na previalidade alegórica do sacrifício de Isaac por Abraão, a entrega de seu filho para Deus, em holocausto e expiação. Para os cristãos a Páscoa representa a passagem de Deus na forma da pessoa de Jesus, para a salvação e libertação de todas as nações até os confins da Terra, abrindo de vez as portas para uma vida terrena em plenitude e sem medo da morte, pautada na promessa da vida eterna e da adoção filial de todos os que confiam no Senhor. Essa passagem se dá, no período da Páscoa, através de sacrifício humilde expiatório pois, para os cristãos, Deus fez-se o cordeiro passivo, sacrificado usado em expiação de todos os pecadores. Agapto Silva Congrega: Igreja Presbiteriana Independente Central de Cuiabá - Mato Grosso