Caracterização dos Depósitos Tecnogênicos no Município de Paulínia – SP Luis Felipe Pigatto Miranda Silva¹ e Ronaldo Luiz Mincato² [email protected], [email protected] 1 Aluno de graduação do curso de Geografia – Unifal-MG 2 Professor do curso de Geografia – Unifal-MG Palavras – Chave: Tecnogênicos; Meio Ambiente; Sociedade; Paulínia Introdução A ação humana no ambiente em que vive e no qual utiliza para diversos fins, tem resultado na transformação das características originais de diversas paisagens. Com o reconhecimento desta capacidade humana, vários estudos e abordagens surgiram no sentido de verificar o grau de modificação da natureza, bem como a proposição de soluções para os possíveis problemas decorrentes destas ações. No início da década de 1960, o Brasil, enfrentou um acelerado processo de urbanização, que promoveu a criação de um novo padrão sócio-espacial nas áreas urbanas. Depois, nos anos de 1980, começa a se intensifica as migrações, que agravam os problemas advindos das desigualdades sociais e da pobreza. Assim, cidades passam a representar, por um lado, um espaço privilegiado de oportunidades: da inovação, de trabalho, de cultura, de política e de riqueza, em contrapartida, também o espaço de carência e de desigualdades na efetivação do direito ao trabalho, a cultura e a participação política e mesmo aos bens de serviço (Moura 2004). Nesta dinâmica explicitada anteriormente, os conceitos são empregados perfeitamente na RMC que é considerada uma região de alto crescimento populacional, principalmente a partir dos anos 1970; sendo nesta região aonde se localiza o município de Paulínia no interior do Estado de São Paulo, entre os paralelos e entre os meridianos, em uma área de 139km² e uma população de 81.544 habitantes (IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-2008); a Região Administrativa de Campinas de acordo com o Governo do Estado de São Paulo- Secretaria de Economia e Planejamento 1 é composta por 90 municípios, e ocupa uma área de 27.079 km², o que representa um total de 10,9% em relação ao território do Estado de São Paulo. Esta Região Administrativa limita-se a noroeste (NW) com a Região Administrativa de Ribeirão Preto, a leste (E) faz divisa com o Estado de Minas Gerais, a sudeste (SE) com a Região do Vale do Paraíba, ao sul (S) com a Região da Grande São Paulo, a sudoeste (SW) limita-se com a Região de Sorocaba e a oeste (W) com a Região de Bauru. Para Peloggia (1998), “a atividade humana passa a ser qualitativamente diferenciada da atividade biológica na modelagem da Biosfera, desencadeando processos (tecnogênicos) cujas intensidades superam em muito os processos naturais”; formação dos antropossolos. Definição de antropossolos: são solos que apresentam drástica intervenção humana por meio de processos como a incorporação de materiais inertes e/ou nocivos ou a retirada parcial do solo. Esses devem apresentar no mínimo 40 cm de profundidade dessa intervenção humana (Classificação Antropossolos IAC). Objetivos Os objetos principais de estudo desta abordagem são os depósitos tecnogênicos, que são testemunhos da ação humana num determinado ambiente. Nos depósitos são encontrados, com freqüência, artefatos manufaturados, através dos quais é possível a análise da ocupação humana no local. Resultados Esperados Os resultados preliminares desta pesquisa apontam para o reconhecimento do ser humano enquanto agente capaz de alterar as características dos ambientes, durante o transcorrer do tempo curto, muito menor em comparação com o tempo longo (geológico) decorrente dos agentes da natureza. Outro aspecto foi à observação dos efeitos negativos ocasionados na área de estudo, tais como: a diminuição sensível do volume de escoamento superficial, a contaminação superficial e de subsuperfície dos mananciais local, o risco de contaminação da água do aquífero suspenso, como 2 conseqüência da intensa ocupação antrópica, somada com a atividade industrial no município. Referências Bibliográficas CASSETI, v. 2005. Geomorfologia. [S.I.] Disponível: www.funape.org.br/geomorfologia. Acesso em março de 2010. IBGE, 2008. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Contagem populacional. Rio de Janeiro. IBGE, 2008. MOURA, R. (2004). Paraná: Meio Século de Urbanização. RA’EGA. Curitiba, UFPR, n.8, PP. 33-34. PELOGGIA, A. O homem e o ambiente geológico: geologia, sociedade e ocupação urbana no município de São Paulo. São Paulo: Xamã, 1998. INSTITUTO AGRONÔMICO DE CAMPINAS (IAC). 3