Professor João Galdino - - - - O ovário é saliente na cavidade pélvica, mas o seu peritônio "visceral" transforma-se em epitélio germinativo, continuo com mesotélio do mesovário. Ao corte, o ovário apresenta córtex e medula, central, de conectivo, vasos e nervos, continuam com mesovário. Os ovários são as glândulas sexuais femininas que produzem os óvulos e os hormônios sexuais femininos: estrógenos e progesterona. A superfície dos ovários está coberta por cavidades chamadas folículos. Cada folículo produz um óvulo. - O óvulo é uma célula reprodutora feminina. É muito maior que o espermatozóide e movimenta-se com dificuldade. - O óvulo tem capacidade reprodutora durante as vinte e quatro horas seguintes à sua saída do ovário. - O desencadeamento da ovulação é determinado por hormônios produzidos pela hipófise - Trompas de Falópio - Dois canais compridos e estreitos que captam os óvulos quando saem do ovário e os conduzem ao útero. - O óvulo saído do folículo é aspirado pela Trompa de Falópio correspondente. -Permanece aí durante um curto período durante o qual se encontrar um espermatozóide origina um ovo que se instala no útero. - - - - Assim em anteroversão, o útero eleva-se em entre a bexiga, na frente, e o reto, atrás. A distensão de um ou de outro muda a posição do útero. A parte superior do útero é coberta pelo peritônio, que desce entre ele e aqueles vizinhos, formando as escavações medianas uterovesical e útero-retal da cavidade pélvica. Internamente, o útero consiste em uma cavidade revestida por uma mucosa, o endométrio, que aumenta de volume no momento da ovulação por influência do corpo lúteo. Após romper-se o folículo e sair o óvulo, forma-se o chamado corpo lúteo - - - - O corpo lúteo segrega um hormônio, progesterona, que faz com que a parede mucosa do útero, endométrio, aumente de volume preparando-se para receber o ovo. Partes do útero: Acima dos óstios tubários, o útero é arredondado em sua parte mais expandida, o fundo. A parte principal, o corpo, desce posteriormente até outra mais estreita, o istmo. Por fim, a cérvix ou colo, cilíndrica, penetra na vagina pelo extremo superior desta, em cuja cavidade se abre o óstio do útero. -Na nulípara, o óstio é arredondado, mas na mulher que teve filhos é uma fenda transversa irregular com lábios anterior e posterior. - O colo do útero é a zona que une o útero à vagina, através de uma passagem chamada canal cervical. - Por ação de um hormônio, o estrogênio, o colo do útero durante a ovulação produz um liquido viscoso que favorece a progressão dos espermatozóides para as trompas de Falópio. -O colo do útero tem uma grande capacidade de dilatação que é regulada a nível hormonal e se manifesta no momento do parto, pois a criança ao nascer tem de passar através dele. -O útero é móvel, mas relativamente contido por pregas peritoneais, ligamentos e pressão dos órgãos vizinhos. - Suas fáscias ligam-se às da bexiga e reto; o apoio embaixo é dado por várias amarras que os suspendem sobre a vagina e diafragma pélvico. -O ligamento largo é uma prega transversal de duas lâminas peritoneais estendida da margem lateral do útero à parede lateral da pelve. -Em sua parte alta e anterior, apresenta o ligamento redondo que sai logo adiante da tuba uterina. -Daí dirige-se ao canal inguinal atravessa a parede abdominal e termina no lábio maior da vulva. -Da cérvix saem fitas fibrosas para diante, para trás e para os lados. Estes ligamentos dão fixação apenas relativa ao útero em anteroversão. Entre corpo uterino e cérvix há angulação dita anteroflexão. - - O útero normal estão combinadas anteroversão e anteroflexão. Mas ele pode estar voltado para cima e para trás, retroflexão; se sua flexão for posterior, entre corpo e cérvix, haverá também retroflexão. Vagina - É um tubo fibro muscular que, do vestíbulo, se alonga para cima e para trás, pelo períneo, até a pelve. - É saída ao fluxo menstrual e, com a cavidade uterina forma o canal do parto. A luz é forrada por mucosa de epitélio pavimentoso muito estratificado, levantada por colunas e rugas. Situa-se a vagina entre bexiga-uretra, na frente, e reto, atrás. - - - A parte alta da vagina embainha a cérvix uterina com ela formando um recesso ou fórnix da vagina, com partes anteriores, laterais e posterior; esta é a mais profunda e relaciona-se com a escavação reto-uterina da cavidade peritoneal. Canal flexível de tamanho variável que vai do colo do útero até ao exterior. A vagina, tal como o colo do útero, tem uma grande capacidade de dilatação, pois permite a passagem da criança no momento do parto. Hímem - O hímen é uma delicada membrana incompleta que protege a entrada da vagina antes da primeira experiência sexual. - Na maioria das meninas, o hímen não é uma cobertura total, mas contém perfurações que permitem a passagem de fluxo menstrual. -A forma do orifício (ostio himenal) e bordo da membrana (orla himenal), são os elementos em que se baseiam as classificações do hímen. TÍPICOS quando possuem um orifício e ATÍPICOS quando possuem vários ou nenhum orifício. Os Típicos compreendem os anular, semilunar e labiado. Os Atípicos compreendem os imperfurados, os em ponte, os cridiformes e os crivados. Neste caso, o fluxo menstrual e/ou as secreções vaginais não podem se exteriorizar, ficando retidos na vagina e no útero, sendo necessário intervenção cirúrgica para correção. Uretra feminina - A uretra feminina é bem mais curta e simples do que a masculina. - É retilínea para baixo e para diante, a partir do seu óstio interno da bexiga; atravessa os diafragmas pélvico e urogenital. - Corre anteriormente à vagina e termina no vestíbulo, por seu óstio externo. Os testículos : são órgãos pares e ovóides. Após a puberdade produzem os espermatozóides e secretam hormônio, que é responsável pelas características sexuais masculinas secundárias (pêlos, voz grave, massa muscular, ejaculação, etc.). O epidídimo: é uma estrutura em forma de C, a qual se prende ao testículo. Sua função é armazenar os espermatozóides. O ducto deferente : é um canal que leva os espermatozóides do epidídimo até o ducto ejaculatório As vesículas seminais: são duas bolsas em forma de saco que produzem parte do líquido seminal. Têm aproximadamente 5 cm de comprimento. A próstata é composta por músculo liso, tecido fibroso e contém glândulas. Sua secreção é responsável pelo odor característico do sêmen. Localiza-se atrás da bexiga. Seu tamanho é variável, medindo transversalmente 4 cm, verticalmente 3 cm e tem 2 cm de profundidade. As glândulas bulbouretrais são duas estruturas de forma arredondada que se encontram na uretra. Secretam uma substância semelhante ao muco, cuja função é limpar o canal da uretra por onde passa também a urina - cujo pH é básico - e neutralizar o pH do canal graças a sua composição ácida (ácido siálico), além de lubrificar o caminho dos SPTZs. - Os órgãos genitais masculinos externos são o escroto (que contém os testículos) e o pênis. O escroto: é uma bolsa localizada atrás do pênis e dividida em dois compartimentos, cada qual com seu testículo e epidídimo. Frequentemente, o compartimento esquerdo está um pouco mais baixo que o direito. A sua pele é fina, contém poucos pêlos e muitas glândulas sudoríferas e sebáceas. O pênis : Consiste em uma raiz e um corpo. A raiz é a parte fixa do pênis e o corpo é a parte livre ou pendular do órgão. A glande do pênis está separada do resto do corpo pelo colo da glande. Uma camada dupla de pele passa do colo para a glande, para cobri-la. É o prepúcio, retirado por cirurgia em alguns homens (circuncisão ou cirurgia de fimose). - Pelo interior do pênis desliza a porção terminal da uretra, conduto pelo qual se expulsa a urina e o esperma. O pênis é constituído internamente por duas estruturas cilíndricas, ou corpos cavernosos situados de cada lado. E uma estrutura por baixo que é o corpo esponjoso que alberga a uretra. Dentro de cada corpo cavernoso há uma artéria cavernosa que, mediante suas ramificações, enche de sangue as ditas estruturas no momento da ereção. 2.1 Miccional Desde a primeira menstruação (menarca) até à última menstruação (menopausa), de quatro em quatro semanas aproximadamente, um folículo de um ovário aumentará de tamanho, rompendo-se e dele sairá um óvulo que amadurece em poucas horas. Este processo tem lugar alternadamente num e noutro ovário, ou seja, um mês trabalha o ovário direito no mês seguinte o ovário esquerdo. Antes do nascimento, já se formaram nos ovários todos os ovócitos da vida daquela pessoa. Calcula-se entre 40 mil a 400 mil, muito mais numerosos do que os liberados para fecundação durante a vida fértil da mulher. Até à puberdade, essas células permanecerão imaturas, quando então iniciar-se-á o processo da ovulação. - Os ovócitos, imaturos, envoltos por epitélio folicular pavimentoso simples, formam os folículos primordiais, situados no córtex, sob o epitélio germinativo - - - - - De regra, só um folículo atinge maturação completa por mês lunar, entre a puberdade e a menopausa, geralmente alternado de um ovário ao outro. Ao crescerem os folículos, seus epitélios prolifera em numerosas camadas de células poligonais, entre as quais se acumula líquido folicular com hormônio estrógeno. Um deste chega a folículo maduro com ovócito muito crescido, atinge tamanho grande, levanta o epitélio germinativo, com formação sística saliente. No folículo maduro, o ovócito primário divide-se uma primeira vez, com redução do número dos cromossomos para a metade e, havendo espermatozóides na região, divide-se uma segunda vez. - - - Destas duas divisões, só uma das células cresce; as outras (corpos polares) degeneram. Célula muito grande, o óvum (ovóide) é envolto por espessa zona pelúcida e rodeado por massas células foliculares, a um lado do antro folicular. Ao ocorrer à ovulação, pela ruptura do folículo, o ovo, rodeado pela coroa radiada, flui com o líquido folicular para a abertura da tuba uterina, ou cai na cavidade pélvica. Liberado o óvulo, as paredes do folículo colapsam e suas células modificadas o transformam em corpo lúteo, que passa a secretar outro hormônio, a progesterona; esta levada pela circulação prepara a mucosa do útero para a recepção do ovo fertilizado. - Desde o momento em que se produz a ovulação existem duas possibilidades: Se produzir a fecundação, o ovo aninha-se na parede do útero e desenvolve-se uma gravidez. Neste caso não diminui a produção de hormônios ováricos. -Se não se produzir fecundação: diminui a produção de hormônios ováricos e como conseqüência sai para o exterior parte da mucosa do útero juntamente com o óvulo e um pouco de sangue. - Esta saída chama-se menstruação ou período, e tem a duração de três a cinco dias ou mais. Anexo - As glândulas mamárias se distribuem por todo o seio, ainda que dois terços do tecido glandular se encontram nos 30 mm mais próximos à base do mamilo - Os homens também possuem glândulas mamárias e mamilos, mas não há produção de leite devido à falta do hormônio feminino estrogênio A primeira indicação de uma glândula mamaria é encontrada sob a forma de um espessamento em faixa da epiderme que é a linha mamária ou a crista mamária. Essa linha se estende de cada lado do corpo da base do membro anterior à região do membro posterior em um embrião de sete semanas, salientandose de que essa linha desaparece com o tempo, mas pequena parte dela persiste na região torácica e penetra no mesênquima subjacente. Cada glândula mamária é uma elevação hemisférica coberta de pele localizada superficialmente aos músculos peitorais maiores. Logo abaixo do centro de cada glândula mamária há um mamilo saliente rodeado por uma aréola circular. A aréola apresenta muitas pequenas elevações devidas à presença de numerosas glândulas sebáceas grandes chamadas glândulas areolares. Estas produzem uma secreção serosa com a função de prevenir as rachaduras do mamilo durante a amamentação. Internamente, a periferia de cada glândula mamária é constituída de tecido adiposo mantido por um estroma conjuntivo. Centralmente, há de 15 a 20 lobos, cada um deles consistindo numa glândula tubuloalveolar composta separada. Cada lobo é drenado por um ducto lactífero, que se abre no mamilo. Logo antes de alcançar o mamilo, cada ducto lactífero expande-se em pequenos reservatórios de leite chamados cada um de seio lactífero. As glândulas mamárias começam seu desenvolvimento após a puberdade, quando ficam expostas às estimulações cíclicas por estrógeno e progesterona. Aumentam em tamanho durante a gravidez e alcançam seu tamanho máximo durante a amamentação. Durante a gestação as glândulas mamárias sofrem intenso crescimento pela ação de vários hormônios, principalmente estrógenos, progesterona, prolactina e lactogênio placentário. Uma das ações desses hormônios é o desenvolvimento de alvéolo - conjuntos esféricos de células epiteliais que tornam as estruturas ativamente secretoras do leite na lactação. Quatro a seis células mioepiteliais de forma estrelada envolvem cada alvéolo, que tem funções extremamente importantes. Durante a lactação, o leite é produzido pelas células dos alvéolos e se acumula no lúmen destes e dentro dos ductos galactóforos (Imagens 1 e 2). O leite é composto principalmente de lipídios, proteínas do leite e lactose (açúcar do leite). Estes componentes são sintetizados pelos retículos endoplasmáticos lisos (que sintetizam lipídios) e rugosos (que sintetizam principalmente proteínas), como detalhado na Imagem 3. Imagem 1 - Desenho Esquemático de um mama feminina mostrando as glândulas mamárias. Imagem 2 - Aumento da glândula mamária em lactação. Imagem 3 - Desenho Esquemático das células secretoras da glândula mamária. Note o acúmulo e a expulsão de lipídios e proteínas, constituintes principais do leite materno. Obs.: Imagens adaptadas do livro Junqueira e Carneiro A primeira secreção das glândulas mamárias após o parto é chamada de colostro. Ele contém menos gordura e mais proteína que o leite regular e é rico em anticorpos, que fornecem algum grau de imunidade passiva ao recém-nascido, especialmente na luz intestinal. É importante (e interessante) saber que quando uma mulher está amamentando, a ação mecânica da criança no mamilo estimula receptores táteis, resultando na liberação de oxitocina, hormônio que causa a contração das células mioepiteliais nos alvéolos e ductos, resultando a expulsão do leite (reflexo ejetor do leite). Quando a mulher sofre estímulos negativos como frustração, ansiedade ou raiva, a liberação de oxitocina pode ser inibida, e conseqüentemente a expulsão do leite pode ser prejudicada. 3.1 Período Gestacional 1. Progesterona : redução da tonicidade da musculatura lisa; aumento da temperatura e gordura corpórea; preparação das mamas; estimula o centro respiratório; ... 2. Estrógenos : retenção hídrica; flexibilidade das articulações; preparação para a lactação; ... 3. Relaxina : estudos demonstram ação sobre o colágeno; relaxamento da sínfise púbica e articulação sacral; 4. HCG : diagnóstico da gestação; 5. HPL (hormônio lactogênio placentário) = papel metabólico na mobilização dos lipídios sob a forma de ác. graxos livres; relação com a glicemia; 1. Ação dos hormônios: estrógenos, progesterona e relaxina 2. Crescimento do utero-abdominal e das mamas 3. Alteração do centro de gravidade 4. Sobrecarga nos pés – freqüentemente na região do calcâneo há queixa de dor 5. Ampliação do polígono de sustentação 6. Diminuição do arco longitudinal medial 7. Hiperextensão dos joelhos 8 Maior flexibilidade das articulações na região sacroilíaca e sínfise púbica 9 Anteroversão pélvica 10 Aumento da lordose lombar 11. Frouxidão ligamentar e instabilidade articular 12. Diástase do reto abdominal 13 Algias lombopélvicas 1. Horizontalização do sacro; 2. Hiperlordose lombar; 3. Retificação lombar; 4. Hipercifose torácica; 5. Distúrbios da dobradiça T12 – L1 6. Cifose C7 – T1 7. Hiperlordose cervical 8. Retificação cervical 1. Retenção Hídrica 2. Aumento do volume plasmático = hemodiluição (+/-40%) 3. Aumento do volume das hemácias (+/- 30%) 4. Aumento do débito cardíaco em 30% 5. Vasodilatação periférica 6. Diminuição da resistência periférica 7. Compressão da veia cava inferior 8. Edema em membros inferiores 1. Aumento da freqüência respiratória 2. Aumento da capacidade inspiratória x decréscimo do volume residual funcional 3. Aumento da ventilação devido a elevação do metabolismo e dos níveis de progesterona 4. Aproximação do fundo uterino – deslocamento do diafragma para cima em torno de 4 cm 5. Ação do hormônio relaxina nas junções costocondrais 6. Dispnéia 7. Rinite associada com edema de mucosa, hiperemia e hipersecreção (estrógenos + efeitos indiretos do vol. sanguíneos 1. Gengivas hiperemiadas e amolecidas 2. Salivação aumentada 3. Horizontalização do estômago 4. Pirose 5. Retardo do esvaziamento gástrico (diminuição da motilidade) 6. Constipação intestinal 1. Compressão da bexiga 2. Alteração do ângulo uretrovesical 3. Aumento da pressão intra-abdominal 4. Fluxo plasmático renal aumentado 5. Taxa de filtração glomerular aumentado 6. Aumento da freqüência urinária 1. Hipercromia gravídica : cloasma gravídico 2. Aumento da atividade das glândulas sudoríparas e sebáceas 3. Aumento de pêlos 4. Linha nigra 5. Estrias MECANISMO DO PARTO “Na migração através do canal parturitivo, impulsionado pela contratilidade uterina e da parede abdominal, é o feto compelido a executar certo número de movimentos cujo conjunto constitui o mecanismo do parto.” TEMPOS DO MECANISMO DO PARTO -Encaixamento ou Insinuação - Descida - Rotação Interna da Cabeça - Desprendimento da Cabeça - Rotação Externa da Cabeça simultânea com a Rotação Interna dos Ombros - Desprendimento dos Ombros TEMPOS CLÍNICOS DO PARTO - Período Premunitório = descida do fundo uterino, adaptação do pólo proximal do feto ao estreito superior, aumento das secreções das glândulas cervicais, eliminação do muco, início das contrações. - Dilatação = contrações uterinas, apagamento do colo, dilatação cervical. - Expulsão = início com a dilatação completada e fim com a saída do feto. - Secundamento = expulsão da placenta PUERPÉRIO = PÓS-PARTO # ESTÁDIOS DO PUERPÉRIO - Pós-parto Imediato = 1° ao 10° dia após o parto; - Pós-parto Tardio = 10° ao 45° dia; - Pós-parto Remoto = além do 45° dia. Pós-Parto Imediato = prevalecem fenômenos involutivos das estruturas hipertrofiadas ou hiperplasiadas na gestação principalmente a involução uterina. Hemóstase da ferida placentária. Eliminação dos lóquios. Início da lactação. Pós-Parto Tardio = é o circuito biológico em que todas as funções começam a ser influenciadas pela lactação. Involução uterina ainda em curso. Lóquios sero-sangüinolentos Pós-Parto Remoto = duração imprecisa, útero em involução, lactação. Retorno da menstruação COMPLICAÇÕES DO PUERPÉRIO - Infecção Puerperal - Hemorragias pela permanência de restos placentários - Distopias = roturas perineais, incontinência urinária - Mastite puerperal - Melancolia da maternidade - Depressão Pós-parto - Síndrome do Pânico Pós-parto Os exercícios selecionados para o período gestacional são exercícios de fortalecimento e relaxamento para a musculatura perineal, membros superiores e inferiores; exercícios de correção postural para favorecer o equilíbrio corporal da gestante; técnicas de respiração e exercícios metabólicos para prevenir transtornos circulatórios. - Os exercícios podem ser realizados de forma individual ou em grupo. A atividade individual é indicada principalmente para as gestantes que sentem algum desconforto ou dor muscular devido à gestação. - - - Prescrição médica. Para qualquer atividade física com gestantes são necessárias sempre as prescrições e avaliações médicas, sem isso o profissional estará sujeito a correr risco desnecessários. O médico deverá especificar as atividades que a gestante não deve executar e a intensidade ideal para o trabalho. Não objetivar o condicionamento físico, não aumentar a atividade física de antes da gravidez. - Realizar exercícios que não levem à fadiga, com duração de no máximo 30 minutos de atividade vigorosa, sempre entre 50% e 70% da capacidade máxima da gestante. Durante a atividade com as gestantes, o cuidado para não cansá-las é essencial e deve ser uma preocupação constante do profissional; a parte mais “forte” da aula (parte aeróbia) deve ser de no máximo meia hora e a freqüência cardíaca não deve exceder a capacidade média individual de cada aluna. - - Manter a freqüência cardíaca até no máximo 140 bpm; cada gestante tem seu limite de batimentos cardíacos prescritos pelo médico, de acordo com seu histórico médico. Algumas devem trabalhar até máximo110 a 120 bpm (as que têm gravidez consideradas de risco: hipertensas, idade avançada, placenta prévia.) Realizar as atividades de 2 a 3 vezes por semana, no mínimo, com duração de no máximo 90 minutos. - Evitar o aumento na temperatura corporal (evitando lugares muito quentes e água no máximo a 32 graus no inverno). Durante a atividade , a temperatura do corpo tende a subir; se o ambiente ou a água estiverem muito quentes poderá ocorrer na gestante uma hipertermia (ex Deve-se evitar roupas muito pesadas ou quentes. Ressalta-se que as diferenças ambientais e climáticas também devem ser levadas em consideração, bem como a época do ano: inverno ou verão. Em São Paulo, por exemplo, a temperatura da água pode ser mais elevada, por volta dos 31 graus no inverno e 29 no verão; já no Nordeste, deve ser mantida em no máximo 28 graus no inverno e 26 no verão. -Os exercícios incluem alongamento e parte aeróbica, que trabalham todos os músculos doe forma global, dando assim um maior condicionamento físico para a gestante, assim como o fortalecimento de muscular, como - Exercícios de equilíbrio à gestante, já que há uma alteração do centro de gravidade - Exercícios respiratórios O contato com a água é ao mesmo tempo estimulante e relaxante. Em geral, as gestantes estão liberadas para a hidroginástica após o terceiro mês de gestação, - Evitar alto impacto, mudanças bruscas de direção e exercícios de duração muito longa. - Trabalhar o alongamento sem chegar ao limite máximo da resistência. - Trabalhar o equilíbrio na água de forma lenta e gradativa. - Evitar elevações da perna à frente e ao lado muito repetitivamente (em função do encurtamento da musculatura do quadríceps). - Evitar flexões e extensões articulares (frouxidão ligamentar). - Checar o pulso da gestante a cada 5 minutos, durante atividade cardiovascular. - Ensinar a forma correta de entrar e sair da água (sempre utilizando a escada). - Evitar exercícios com muita amplitude articular (respeitar o limite individual). - As alterações biomecânicas são peças fundamentais para a - - - escolha dos exercícios O aumento do volume abdominal gera uma série de sobrecargas, sendo mais evidente a tensão sobre a musculatura e estruturas dorsais e abdominais,propiciando a lombalgia da gestante. Os movimentos sugeridos deverão auxiliar a gestante a trazer o bebê o mais próximo possível da coluna para minimizar as alavancas. O Trabalho é realizado através do estímulo à consciência e fortalecimento abdominal, especialmente do transverso do abdomem e conscientização, mobilização e alongamento da musculatura dorsal. - - - O aumento compensatório da cifose torácica será minimizado com a prática de extensões e flexões laterais, contribuindo para a manutenção de uma boa postura. Exercícios de bombeamento e alongamento de membros inferiores também entram no plano de aulas com objetivo de incrementar o retorno venoso e reduzir os espasmos( cãibras) Todo o trabalho deve ser acompanhado por orientações à respiração eficiente, rítmica e relaxante. - A introdução do trabalho de assoalho pélvico deverá ser uma base nas aulas de Pilates para Gestantes. É necessário que se estimule o trabalho de consciência da região, para que força de sustentação (evitando incontinências) e completo relaxamento, para preparação para o parto, coexistam. - - - - A massoterapia realizada em gestantes alivia desconfortos e prepara o organismo para o parto e o período do puerpério. Melhora o sono, diminui o stress, melhora a digestão e alivia dores. Ajuda a reduzir a retenção de líqüidos, diminuindo os edemas. A gestante pode ser orientada com técnicas de automassagem para que seu conforto se prolongue. Exerciciospós-parto: Os exercícios pós-parto para a reabilitação física da mulher é indicada a partir de 30 dias após o parto. São enfatizados exercícios de tonificação muscular do períneo, abdômen, membros superiores e inferiores, alongamentos globais, exercícios respiratórios e posturais. 4.1. Complicações na gravidez a)Aborto Espontâneo e Concepto Natimorto b)Gravidez Ectópica c)Anemias d)Incompatibilidade de Rh e)Descolamento Prematuro da Placenta f)Placenta Prévia g)Hiperêmese Gravídica h)Pré-eclâmpsia e Eclâmpsia i)Erupções Cutâneas Um aborto espontâneo é a perda de um feto por causas naturais antes da 20ª semana de gestação. Um concepto natimorto é a perda de um feto por causas naturais após a 20ª semana de gestação. O termo aborto é utilizado pelos médicos para designar tanto o aborto espontâneo como o aborto induzido (interrupção da gravidez realizada por um médico). Terminologia do Aborto Precoce Perda do feto antes da 12ª semana de gestação Tardio Perda do feto entre a 12ª e a 20ª semana de gestação Espontâneo Perda do feto ocorrida naturalmente Induzido Interrupção médica da gravidez Terapêutico Remoção do feto para salvar a vida da mãe ou preservar sua saúde Ameaça de Aborto Sangramento ou cólicas nas primeiras 20 semanas da gestação, indicando que o feto está em perigo Inevitável Dor ou sangramento intoleráveis com dilatação do colo útero que indicam a perda do feto Incompleto Expulsão de apenas parte do conteúdo uterino ou ruptura das membranas Completo Expulsão de todo o conteúdo uterino Habitual Três ou mais abortos espontâneos Oculto Retenção de um feto morto no útero por 4 semanas ou mais Séptico Infecção do conteúdo uterino antes, durante ou após um aborto Problemas maternos que podem causar um aborto espontâneo -Útero anormal -Colo do útero fraco (incompetente), o qual pode dilatar à medida que o útero aumenta de volume -Hipotireoidismo -Diabetes -Infecções (p.ex., infecção por citomegalovírus ou rubéola) -Uso de cocaína, especialmente o crack -Lesões -Deficiências dietética - A gravidez ectópica (fora do lugar) é aquela na qual o feto desenvolve-se fora do útero, seja em uma tuba uterina, no canal cervical ou na cavidade pélvica ou abdominal. - Um antecedente de um distúrbio que afetou ambas as tubas uterinas, uma gravidez ectópica anterior, a exposição fetal ao dietilestilbestrol ou a ligadura tubária (procedimento de esterilização no qual as tubas uterinas são seccionadas ou obstruídas) são fatores que aumentam as probabilidades de gravidez ectópica. As anemias são doenças nas quais o número de eritrócitos (glóbulos vermelhos, hemácias) do sangue ou a quantidade de hemoglobina (a proteína que transporta o oxigênio) contida nessas células encontram-se abaixo do normal. O volume sangüíneo aumenta durante a gravidez, de modo que uma redução moderada da concentração de eritrócitos e de hemoglobina no sangue (hemodiluição) é normal. Durante a gravidez, a necessidade de ferro (o qual é indispensável para a produção de eritrócitos) aumenta para suprir as demandas da mãe e do feto. O tipo mais comum de anemia durante a gravidez é a anemia ferropriva (por deficiência de ferro), a qual é geralmente causada por uma quantidade inadequada de ferro na dieta. No entanto, este tipo de anemia também pode ser conseqüência de uma deficiência de ferro pré-existente decorrente da perda de ferro durante a menstruação ou de uma gravidez anterior. Menos comumente, a anemia é conseqüência de uma dieta deficiente em ácido fólico (folato), uma vitamina do complexo B, a qual também é necessária para a produção de eritrócitos. A incompatibilidade de Rh é a incompatibilidade do grupo Rh entre o sangue da gestante e do feto. Como resultado da incompatibilidade de Rh, a gestante pode produzir anticorpos contra os eritrócitos do concepto. Os anticorpos provocam a ruptura dessas células, causando algumas vezes a doença hemolítica (um tipo de anemia) no concepto. - O grupo sangüíneo de um indivíduo refere-se às moléculas localizadas sobre a superfície dos eritrócitos que identificam as células como exclusivas desse indivíduo. O grupo sangüíneo Rh inclui algumas dessas moléculas. Uma delas, a Rh0(D), é a que geralmente causa problemas de incompatibilidade de Rh. - Quando os eritrócitos possuem moléculas Rh0(D), o sangue é Rh positivo. Quando eles não as possuem, o sangue é Rh negativo. Os problemas ocorrem quando a mãe possui um sangue Rh negativo e o feto possui um sangue Rh positivo, herdado do pai que possui um sangue Rh positivo. Parte do sangue do feto pode entrar em contato com o sangue da mãe através da placenta, sobretudo no final da gestação e durante o parto. O organismo da mãe pode considerar os eritrócitos do feto como substâncias estranhas, produzindo anticorpos para destruí-los (anticorpos anti-Rh). A concentração de anticorpos na mãe aumenta durante toda a gravidez e eles conseguem atravessar a placenta e chegar ao feto, onde eles podem destruir alguns de seus eritrócitos. Como conseqüência, pode ocorrer a eritroblastose fetal (doença hemolítica do feto) ou a eritroblastose neonatal (doença hemolítica do recém-nascido). Durante a primeira gravidez, o feto ou o recém-nascido raramente apresentará problemas porque não é comum não ocorrer um contato significativo entre o sangue do feto e o da mãe até o momento do parto. Entretanto, em cada gravidez posterior, a mãe torna-se mais sensibilizada ao sangue Rh positivo e, em cada gravidez, ela produz anticorpos cada vez mais precocemente. -Normalmente, a placenta está localizada na parte superior do útero, firmemente aderida à parede uterina. No descolamento prematuro da placenta, a placenta descola da parede uterina prematuramente, acarretando sangramento uterino e reduzindo o aporte de oxigênio e de nutrientes ao feto. -Uma mulher que apresenta este quadro deve ser hospitalizada e o parto pode ocorrer prematuramente. Na placenta prévia, a placenta está localizada acima do colo do útero ou próximo dele, na parte inferior do útero. -Os sintomas incluem um sangramento indolor com início no final da gestação, o qual pode tornar-se intenso. Geralmente, o concepto é liberado através de uma Descolamento Prematuro da Placenta O descolamento prematuro da placenta (abruptio placentae) é o descolamento precoce de uma placenta em posição normal da parede uterina, a qual ocorre durante a gestação e não após o parto. - A placenta pode descolar de modo incompleto (às vezes 20 ou 30%) ou totalmente. A causa do descolamento prematuro da placenta é desconhecida. - O descolamento ocorre em 0,4 a 3,5% de todas as gestações. As mulheres com hipertensão arterial, doenças cardíacas, diabetes ou doença reumatóide e aquelas que fazem uso de cocaína apresentam uma maior probabilidade de apresentar essa complicação A placenta prévia é a implantação da placenta acima do colo do útero ou próximo dele, na parte inferior do útero. No interior do útero, a placenta pode recobrir parcial ou totalmente a abertura do colo do útero. - A hiperêmese gravídica (vômito excessivo durante a gestação), ao contrário do mal-estar matinal normal, é a ocorrência de náusea e vômito extremamente graves que causam desidratação e inanição. - A desidratação provoca alterações perigosas das concentrações dos eletrólitos no sangue e este tornase demasiadamente ácido. Quando o vômito persiste, o fígado pode ser lesado, algumas vezes rompendo e sangrando. Uma outra complicação grave é o sangramento na retina (retinite hemorrágica), o qual é causado pelo aumento da pressão arterial durante o vômito. - A pré-eclâmpsia, algumas vezes denominada toxemia gravídica, é a hipertensão arterial acompanhada de proteinúria (presença de proteínas na urina) ou de edema (retenção líquida) que ocorre entre a 20a semana de gestação e o final da primeira semana pósparto. A eclâmpsia é uma forma mais grave de pré-eclâmpsia que produz crises convulsivas ou o coma. A pré-eclâmpsia ocorre em 5% das mulheres grávidas. - É mais comum nas primeiras gestações e em mulheres que já apresentam hipertensão arterial ou algum distúrbio vascular. A eclâmpsia ocorre em 1 de cada 200 mulheres com pré-eclâmpsia e é geralmente fatal, exceto quando tratada imediatamente. - A causa da préeclâmpsia e da eclâmpsia é desconhecida. Um risco importante da préeclâmpsia é o descolamento prematuro da placenta da parede uterina. - Algumas erupções cutâneas ocorrem apenas durante a gravidez. Elas incluem o herpes gestacional e a urticária da gravidez. - Risco é uma palavra que indica probabilidade de lesão, dano ou perda; e risco gravídico é definido como sendo a oportunidade de agravos físicos, psíquicos e sociais a que estão expostos a gestante e o feto. - Gestação de alto risco é “aquela que tem alta probabilidade de apresentar uma criança com impedimento físico, intelectual, social ou de personalidade, que possa dificultar o crescimento eo desenvolvimento normais e a capacidade para aprender. Este impedimento pode ser originado no período pré-natal, perinatal ou pós-natal e pode resultar de influências hereditárias ou ambientais desfavoráveis, atuando em separado ou em combinação. INDICAÇÃO DE ALTO RISCO a)Fatores individuais e sócio econômicos . idade materna menor do que 17 anos ou maior do que 35 anos . altura materna menor do que 1,45 m . exposição a agentes físico-químicos nocivos e estresse . má aceitação da gestação . situação conjugal insegura . baixa escolaridade .baixa renda .peso materno inadequado .dependência de drogas lícitas ou ilícitas b) História ginecológica e obstétrica anterior .gestação ectópica . abortamento habitual .infertilidade .anormalidades uterinas .feto morto ou morte neonatal não explicada . .trabalho de parto prematuro .recém-nascido de baixo peso .neoplasia ginecológica .cirurgia uterina anterior hemorragia ou pressão alta em gestação anterior c) Doenças maternas prévias ou concomitantes •Cardiopatia •Pneumopatia Crônica •Doenças da Tireóide •Retardo Mental •Doenças Sexualmente Transmissíveis •Tumores •Doenças Psiquiátricas •Epilepsia •Doenças Hematológicas •Infecções d)Doenças da gestação atual . crescimento uterino maior ou menor do que o esperado .gestação gemelar ou múltipla .não realização de pré-natal ou pré-natal insuficiente .hipertensão associada a gestação .diabete associada a gestação .ruptura prematura de membranas (ruptura da bolsa antes de 37 semanas) .isoimunização (doença do RH) .ganho de peso excessivo