UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ Departamento de Engenharia de Transportes Programa de Mestrado em Engenharia de Transportes - PETRAN CONCEPÇÃO DE MÉTODO SIMPLIFICADO DE LEVANTAMENTO E ANÁLISE DE DEFEITOS EM VIAS NÃO-PAVIMENTADAS Francisco Rafael Ribeiro da Silva FORTALEZA-CE 2007 UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PROGRAMA DE MESTRADO EM ENGENHARIA DE TRANSPORTES CONCEPÇÃO DE MÉTODO SIMPLIFICADO DE LEVANTAMENTO E ANÁLISE DE DEFEITOS EM VIAS NÃO-PAVIMENTADAS Francisco Rafael Ribeiro da Silva Dissertação submetida ao Programa de Mestrado em Engenharia de Transportes (PETRAN), da Universidade Federal do Ceará (UFC), como parte dos requisitos para a obtenção do Título de Mestre em Ciências (M.Sc.) em Engenharia de Transportes. ORIENTADOR: Prof° D.Sc. Ernesto Ferreira Nobre Júnior Fortaleza 2007 FICHA CATALOGRÁFICA RIBEIRO, FRANCISCO RAFAEL DA SILVA Concepção de Método Simplificado de Levantamento e Análise de Defeitos em Vias Não-Pavimentadas. Fortaleza, 2007. XX, 151 fls., Dissertação de Mestrado – Programa de Mestrado em Engenharia de Transportes, Centro de Tecnologia, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2007. 1. Transportes – Dissertação 2. Sistema de Gerência de Pavimentos 3. Estradas Não-Pavimentadas 4. Método de Levantamento de Defeitos CDD 388 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA RIBEIRO, F. R. S, (2007). Concepção de Método Simplificado de Levantamento e Análise de Defeitos em Vias Não-Pavimentadas. Fortaleza, 2007. Dissertação de Mestrado – Programa de Mestrado em Engenharia de Transportes, Centro de Tecnologia, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, 151 fls. CESSÃO DE DIREITOS NOME DO AUTOR: Francisco Rafael Ribeiro da Silva. TÍTULO DA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO: Concepção de Método Simplificado de Levantamento e Análise de Defeitos em Vias Não-Pavimentadas. Mestre / 2007. É concedida à Universidade Federal do Ceará permissão para reproduzir cópias desta dissertação de mestrado e para emprestar ou vender tais cópias somente para propósitos acadêmicos e científicos. O autor reserva outros direitos de publicação e nenhuma parte desta dissertação de mestrado pode ser reproduzida sem a autorização por escrito do autor. ______________________________________________________________________ Francisco Rafael Ribeiro da Silva Av. Penetração Norte, Bl. 235, Apto. 202 – Conj. Esperança 60.763–420 – Fortaleza/CE – Brasil Contato: (85) 3298-5490 CONCEPÇÃO DE MÉTODO SIMPLIFICADO DE LEVANTAMENTO E ANÁLISE DE DEFEITOS EM VIAS NÃO-PAVIMENTADAS Francisco Rafael Ribeiro da Silva DISSERTAÇÃO SUBMETIDA AO PROGRAMA DE MESTRADO EM ENGENHARIA DE TRANSPORTES (PETRAN), DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC), COMO PARTE DOS REQUISITOS PARA A OBTENÇÃO DO TÍTULO DE MESTRE EM CIÊNCIAS (M.Sc.) EM ENGENHARIA DE TRANSPORTES. Aprovado por: ________________________________________ Prof° Ernesto Ferreira Nobre Júnior, D.Sc. (Orientador – UFC) ________________________________________ Profª Suelly Helena de Araújo Barroso, D.Sc. (Examinador Interno – UFC) ________________________________________ Prof° David de Carvalho, D.Sc. (Examinador Externo – UNICAMP) FORTALEZA, CE – BRASIL AGOSTO DE 2007 iv DEDICATÓRIA A Deus em primeiro lugar, por sempre me abençoar nas minhas empreitadas, à minha família, em especial aos meus pais, Avelardo e Francineida e irmãos Gabriel e Miguel, pelo eterno amor, carinho, incentivo e ajuda que sempre me deram, à minha noiva e companheira, Lamara, por sempre me ajudar nos momentos difíceis, e a todos que direta ou indiretamente ajudaram na concepção deste trabalho. v AGRADECIMENTOS Ao professor Ernesto Ferreira Nobre Júnior, que apostou em mim e me propôs o tema aqui apresentado para o início do desenvolvimento da minha dissertação. Agradeço também pelo seu incentivo e amizade, desde os tempos da graduação. Aos engenheiros civis Ricardo Venescau de Oliveira Almeida, Luiz Antonio Ferreira de Santana, Marcos Lima Leandro Sucupira e ao amigo de infância Hallysson Emanuel, pela ajuda na coleta dos dados de campo. À professora Maria Elisabeth Pinheiro Moreira, pela sua grande amizade, pela confiança que sempre teve em mim, pelo incentivo que me deu para ingressar na monitoria de Topografia, e no mestrado, incentivos estes que vieram nas horas em que mais precisei. Ao Professor Vanildo Mendes de Medeiros, pela sua amizade e por confiar no meu trabalho e sempre me convidar para participar dos seus projetos. À professora Suelly Helena de Araújo Barroso, por sempre tirar minhas dúvidas quanto à estruturação do meu trabalho de dissertação e pelas ótimas aulas que ministrou durante o mestrado. Ao responsável pelo laboratório de Topografia, Joaquim Barroso Neto, por seus esclarecimentos aos meus questionamentos sobre topografia, e também pela confiança e incentivo que sempre me deu. Aos companheiros de mestrado Alexandre Carneiro Walter, Aline Colares do Vale e Clonilo M. Sindeaux de Oliveira Filho, pela amizade e ajuda que sempre me deram quando necessitei. À sra. Ivone Sales Aleixo, que sempre tirou minhas dúvidas sobre os assuntos relativos ao programa de mestrado e pela sua paciência em atender a todos os meus pedidos. À Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico FUNCAP, por me fornecer uma bolsa de estudo, que foi essencial para a conclusão deste trabalho. A todos os Professores do Departamento de Engenharia de Transportes, em especial, Felipe Loureiro, João Alencar, Júlio Francisco, Nadja Glheuca, Carlos Augusto Uchôa, Antônio Paulo, Mário Ângelo, Sérgio Armando, e aos funcionários Zacarias Barbosa, Maria Ioneide dos Santos, Carlos Alberto Germano e Roberto Antônio Cordeiro da Silva. vi Resumo da Dissertação submetida ao PETRAN / UFC como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em Ciências (M.Sc.) em Engenharia de Transportes. CONCEPÇÃO DE MÉTODO SIMPLIFICADO DE LEVANTAMENTO E ANÁLISE DE DEFEITOS EM VIAS NÃO-PAVIMENTADAS Francisco Rafael Ribeiro da Silva Agosto/2007 Orientador: Ernesto Ferreira Nobre Júnior. RESUMO A implantação de sistemas de gerência de pavimentos sempre foi um desafio para os órgãos responsáveis pela malha rodoviária de uma região. Este desafio torna-se maior ainda quando a implantação deste tipo de gerência deve ser aplicada a uma malha de estradas não pavimentadas, tendo em vista a sua maior extensão quando comparada às vias com algum tipo de revestimento, e além disso, a escassez de estudos e trabalhos publicados nesta área dificulta ainda mais a sua aplicação prática. O presente trabalho visa contribuir para a estruturação de um sistema de gerência de pavimentos (SGP), enfocando a sua primeira etapa, o levantamento de campo, além da posterior análise dos dados obtidos. Tendo como base estudos realizados nos Estados Unidos, como os de Eaton et al. (1987), procurou-se adaptar e inovar novas técnicas de levantamento de campo, visando facilitar a obtenção dos dados, que devem ser inseridos nos métodos de avaliação das condições de rolamento de estradas de terra. As estradas AQZ-01, AQZ-02 e AQZ-03, localizadas no município de Aquiraz, foram as escolhidas para a realização deste estudo, uma vez que, já foram utilizadas em estudos anteriores que seguiam a mesma linha de pesquisa, a gerência de vias não pavimentadas. Com a conclusão deste trabalho, espera-se fechar um ciclo de pesquisa que se iniciou em 2003 com os estudos de Correia (2003), Moreira (2003) e Nunes (2003) e foram retomados em 2006 por Almeida (2006) e Santana (2006), cada qual trabalhando em uma etapa específica de um SGP. Desta forma, é possível a estruturação de um SGP direcionado a vias não pavimentadas e que seja aplicável à realidade das estradas cearenses e que possa ser utilizado por órgãos municipais, auxiliando na gerência da malha de vias não pavimentadas. Palavras-Chaves: Sistema de Gerência de Pavimentos; Levantamento de Campo; Vias Não Pavimentadas; Métodos de Avaliação das Condições de Rolamento. vii Abstract of Thesis submitted to PETRAN / UFC as a partial fulfillment of the requirements for the degree of Master of Science (MSc.) in Transportation Engineering. CONCEPTION OF A SIMPLIFIED METHOD OF SURVEY AND ANALYSIS FOR UNPAVED ROADS DISTRESS Francisco Rafael Ribeiro da Silva August/2007 Advisor: Ernesto Ferreira Nobre Júnior. ABSTRACT The implantation of the management systems has always been a challenge for the functioning parts which are responsible for the roads of a region. Such challenge becomes even bigger when the implantation of this kind of management has to be applied to roads which are not paved. It is important to consider, in this case, the bigger extension when compared with roads with some kind of overlay. We may also consider the scarcity of studies and works published in this area which complicates even more its practical application. The present work aims to contribute for the arrangement of the pavement management system (PMS), focusing its first stage, the field survey, besides the posterior analysis of the data obtained. We have as a basis the research accomplished in the USA as the ones by Eaton et al. (1987), we also tried to adapt and innovate new techniques of field survey, aiming to facilitate the achievement of data which must be inserted in methods of evaluation of the bearing conditions of the unpaved roads. The roads AQZ01, AQZ-02 and AQZ-03, located in the district of Aquiraz, were chosen for the accomplishment of this research, once they had already been used in previous works which followed the same line of research, the management of unpaved roads. As a conclusion for this work, we hope to close this research cycle which was started in 2003 with the studies of Correia (2003), Moreira (2003) and Nunes (2003) and were recaptured in 2006 by Almeida (2006) and Santana (2006); each of them working at a specific stage of a PMS directed to the unpaved roads and that is applicable to the reality of the roads in Ceará and which can also be used by the municipal organs, helping in the management of the roads in general as well as of the unpaved ones. Keywords: Pavement Management System; Field Survey; Unpaved Roads; Bearing Condition Evaluation Methods. viii SUMÁRIO CAPÍTULO 01 INTRODUÇÃO............................................................................................................... 1 1.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS .......................................................................................................... 1 1.2. OBJETIVOS ................................................................................................................................. 2 1.2.1. Objetivos Gerais .................................................................................................................. 2 1.2.2. Objetivos Específicos ........................................................................................................... 2 1.3. JUSTIFICATIVA DO TRABALHO......................................................................................... 3 1.4. METODOLOGIA DE TRABALHO.................................................................................................... 5 1.4.1. Revisão Bibliográfica........................................................................................................... 5 1.4.2. Definição do Trecho-Piloto ................................................................................................. 5 1.4.3. Levantamento dos Defeitos .................................................................................................. 6 1.4.4. Análise dos Resultados de Campo ....................................................................................... 6 1.5. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ................................................................................................... 7 CAPÍTULO 02 SISTEMAS DE GERÊNCIA DE PAVIMENTOS....................................................... 9 2.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS................................................................................................. 9 2.2. SISTEMA DE GERÊNCIA DE PAVIMENTOS.................................................................... 10 2.2.1. Componentes de um SGP................................................................................................... 10 2.2.2. Níveis de um SGP............................................................................................................... 11 2.3. ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO DE UM SGP .......................................................................... 12 2.4. RELAÇÃO CUSTO-BENEFÍCIO DE SGP ........................................................................... 13 CAPÍTULO 03 ESTRADAS NÃO PAVIMENTADAS........................................................................ 15 3.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ........................................................................................................ 15 3.2. A IMPORTÂNCIA DAS ESTRADAS NÃO PAVIMENTADAS ............................................................. 16 3.3. CARACTERÍSTICAS DAS ESTRADAS NÃO PAVIMENTADAS ......................................................... 18 3.3.1. Jurisdição........................................................................................................................... 18 3.3.2. Classes Funcional e de Projeto.......................................................................................... 19 3.3.3. Superfície de Rolamento .................................................................................................... 21 3.3.4. Geometria .......................................................................................................................... 23 3.3.5. Nível de Serviço ................................................................................................................. 25 3.4. SITUAÇÃO DAS ESTRADAS NÃO PAVIMENTADAS NO ESTADO DO CEARÁ .................................. 25 3.4.1. Dados Informativos sobre o Estado do Ceará ................................................................... 25 3.4.2. Situação da Malha Rodoviária Cearense .......................................................................... 26 CAPÍTULO 04 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE ESTRADAS NÃO PAVIMENTADAS................................................................................................................................... 29 4.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ........................................................................................................ 29 4.2. METODO EATON ...................................................................................................................... 31 4.2.1. Identificação e Divisão da Rede ........................................................................................ 31 4.2.2. Levantamento das Condições da Superfície de Rolamento................................................ 32 4.2.3. Metodologia de Cálculo..................................................................................................... 33 4.2.4. Priorização das Atividades de Manutenção....................................................................... 34 4.2.5. Exemplo de aplicação ........................................................................................................ 35 4.2.6. Comentários sobre a Metodologia Eaton .......................................................................... 40 4.3. MÉTODO ALYNO.................................................................................................................... 41 4.3.1. Processo de levantamento topográfico da área ................................................................. 41 4.3.2. Metodologia de cálculo...................................................................................................... 43 4.3.3. Comentários sobre a Metodologia ALYNO ....................................................................... 45 CAPÍTULO 05 APLICAÇÃO DA METODOLOGIA PROPOSTA................................................... 46 5.1. ESCOLHA DO TRECHO PILOTO................................................................................................... 46 5.1.1. Dados gerais do município de Aquiraz.............................................................................. 46 5.1.2. Situação geográfica ........................................................................................................... 46 5.1.3. Aspectos físicos .................................................................................................................. 48 ix 5.1.4. Dados Gerais do Trecho-Piloto ......................................................................................... 50 5.2. PROPOSIÇÃO DO MÉTODO ......................................................................................................... 53 5.3. FERRAMENTAS UTILIZADAS NOS LEVANTAMENTOS DE CAMPO ................................................ 54 5.3.1. Medidor de Irregularidade Transversal (M.I.T). ............................................................... 54 5.3.2. Medidor de Declividade Longitudinal (M.D.L). ................................................................ 61 5.3.3. Treliça................................................................................................................................ 66 CAPÍTULO 6 ANÁLISE DOS RESULTADOS DOS LEVANTAMENTOS DE CAMPO .............. 69 6.1. APRESENTAÇÃO DAS FICHAS DE CAMPO ................................................................................... 69 6.2. APRESENTAÇÃO DAS INFORMAÇÕES DE CAMPO ....................................................................... 69 6.3. ANÁLISE DOS RESULTADOS ...................................................................................................... 75 6.3.1. Análise dos resultados na metodologia Eaton ................................................................... 75 6.3.2. Análise dos resultados na metodologia ALYNO ................................................................ 82 6.4. CONFRONTO DOS RESULTADOS OBTIDOS NAS METODOLOGIAS ................................................ 83 6.5. PROPOSIÇÃO DO MÉTODO SIMPLIFICADO DE LEVANTAMENTO DE CAMPO ................................ 84 6.5.1. Forma de levantamento dos dados de campo .................................................................... 84 6.5.2. Registro dos dados............................................................................................................. 84 6.5.3. Análise dos dados dos levantamentos de campo................................................................ 85 CAPÍTULO 07 CONCLUSÕES, RECOMENDAÇÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS ................ 87 7.1. 7.2. 7.3. PRINCIPAIS CONCLUSÕES ......................................................................................................... 87 RECOMENDAÇÕES .................................................................................................................... 88 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................... 88 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................................... 90 ANEXOS................................................................................................................................................... 93 ANEXO I – CUSTO OPERACIONAL DE INSPEÇÕES ANUAIS.................................................... 94 ANEXO II – DADOS DOS LEVANTAMENTOS DE CAMPO........................................................ 100 ANEXO III – ANÁLISE DOS DADOS DE CAMPO ......................................................................... 106 ANEXO IV – DETALHAMENTO DO MEDIDOR DE IRREGULARIDADE TRANSVERSAL (M.I.T.).................................................................................................................................................... 131 ANEXO V – DETALHAMENTO DO MEDIDOR DE DECLIVIDADE LONGITUDINAL (M.D.L.) 132 ANEXO VI – SEÇÕES TRANSVERSAIS .......................................................................................... 133 ANEXO VII – SEÇÕES LONGITUDINAIS....................................................................................... 136 ANEXO VIII – DIGITALIZAÇÕES DAS CURVAS DOS ÁBACOS .............................................. 139 ANEXO IX – FOTOS ............................................................................................................................ 143 x LISTA DE TABELAS Tabela 3.1 - Movimentação de cargas no Brasil em 2004.............................................. 16 Tabela 3.2 - Distribuição jurisdicional das estradas no Brasil........................................ 18 Tabela 3.3 - Distribuição jurisdicional da malha rodoviária cearense............................ 26 Tabela 3.4 - Situação física das estradas cearenses. ....................................................... 26 Tabela 4.1 - Descrição do nível de condição da estrada de acordo com a especificação do defeito. ....................................................................................................................... 30 Tabela 4.2 - Defeitos-tipo considerados pela metodologia de Eaton et al. (1992). ........ 32 Tabela 4.3 - Escala do URCI e condições correspondentes da unidade amostral. ......... 34 Tabela 4.4 - Resultados dos levantamentos de campo.................................................... 36 Tabela 4.5 - Resultados dos valores de densidade.......................................................... 36 Tabela 4.6 - Resultados dos valores deduzidos. ............................................................. 37 Tabela 4.7 - Classificação das condições de rolamento.................................................. 38 Tabela 4.8 - Escala do IST e classificações correspondentes. ........................................ 44 Tabela 5.1 - Médias das temperaturas – município de Aquiraz...................................... 48 Tabela 5.2 - Pluviometria – município de Aquiraz......................................................... 49 Tabela 5.3 - Formações pedológicas – município de Aquiraz........................................ 49 Tabela 5.4 - Características das estradas do trecho-piloto.............................................. 53 Tabela 5.5 - Especificações dos materiais utilizados na fabricação do M.I.T................ 56 Tabela 5.6 - Modelo da tabela para a transcrição dos dados – M.I.T.. ........................... 58 Tabela 5.7 - Dados indicativos para a determinação do nível de severidade do defeito Seção Transversal Imprópria. ......................................................................................... 60 Tabela 5.8 - Especificações dos materiais utilizados na fabricação do M.D.L.. ............ 62 Tabela 5.9 - Modelo da tabela para a transcrição dos dados – M.D.L.. ......................... 64 Tabela 6.1 - Equações das curvas dos defeitos considerados na Metodologia Eaton. ... 78 Tabela 6.2 - Equações das curvas do número q.............................................................. 79 Tabela 6.3 - Resultados obtidos na classificação ALYNO............................................. 82 Tabela 6.4 - Comparativo dos resultados obtidos na classificação Eaton e ALYNO. ... 83 xi LISTA DE FIGURAS Figura 1.1 - Situação da malha viária. .............................................................................. 4 Figura 1.2 - Etapas de um sistema de gerência de pavimentos......................................... 7 Figura 2.1 - Componentes de um sistema de gerência de pavimentos urbanos.............. 11 Figura 2.2 - Curva “desempenho do pavimento vs. tempo”. .......................................... 14 Figura 3.1 - Produção agrícola do Estado do Ceará - 2005. ........................................... 17 Figura 3.2 - Distribuição jurisdicional e física da malha rodoviária brasileira............... 19 Figura 3.3 - Divisão das rodovias quanto à classe funcional.......................................... 19 Figura 3.4 - Estrada com superfície de rolamento pertencente à Categoria A. .............. 22 Figura 3.5 - Estrada com superfície de rolamento pertencente à Categoria B................ 22 Figura 3.6 - Estrada com superfície de rolamento pertencente à Categoria C................ 23 Figura 3.7 - Estrada com superfície de rolamento pertencente à Categoria D. .............. 23 Figura 3.8 - Seção transversal tipo de uma estrada......................................................... 24 Figura 3.9 - Distribuição jurisdicional e física da malha rodoviária cearense................ 27 Figura 3.10 - Mapa rodoviário do Estado do Ceará........................................................ 28 Figura 4.1 - Gráfico de prioridades para atividades de M&R. ....................................... 35 Figura 4.2 - Curva para a obtenção do valor deduzido – Defeito Perda de Agregados.. 37 Figura 4.3 - Curva para a obtenção do URCI. ................................................................ 38 Figura 4.4 - Priorização das atividades de M&R para as três seções. ............................ 39 Figura 4.5 - Forma de medição dos defeitos seção transversal imprópria e drenagem lateral inadequada, respectivamente. .............................................................................. 40 Figura 4.6 - Curvas de nível geradas de 2 em 2 centímetros, identificando o defeito buraco.............................................................................................................................. 41 Figura 4.7 - Exemplo de seção transversal com medição de 11 pontos. ........................ 42 Figura 4.8 - Visualização do modelo digital do terreno (MDT)..................................... 43 Figura 5.1 - Localização do Município de Aquiraz no Estado do Ceará........................ 47 Figura 5.2 - Divisão político-administrativa do Município de Aquiraz. ........................ 47 Figura 5.3 - Vista aérea do município de Aquiraz com seus limites geográficos........... 48 Figura 5.4 - Vista aérea do trecho-piloto – Aquiraz. ...................................................... 50 Figura 5.5 - Vista aérea da estrada AQZ-01. .................................................................. 51 Figura 5.6 - Vista aérea da estrada AQZ-02. .................................................................. 51 Figura 5.7 - Vista aérea da estrada AQZ-03. .................................................................. 52 Figura 5.8 - Forma de análise do nível de severidade do defeito Seção Transversal Imprópria. ....................................................................................................................... 55 Figura 5.9 - Vista geral do medidor de irregularidade transversal (M.I.T.). .................. 56 Figura 5.10 - Detalhe dos elementos necessários para o nivelamento do M.I.T.. .......... 57 Figura 5.11 - Detalhe da leitura na haste de medição..................................................... 57 Figura 5.12 - Seções-Tipo com geometria ideal. ............................................................ 58 Figura 5.13 - Seções-Tipo com geometria imprópria. .................................................... 59 xii Figura 5.14 - Declividades encontradas para os três níveis de severidade para o defeito Seção Transversal Imprópria. ......................................................................................... 60 Figura 5.15 - Forma de análise do nível de severidade do defeito drenagem lateral inadequada. ..................................................................................................................... 61 Figura 5.16 - Vista geral do medidor de declividade longitudinal (M.D.L.).................. 62 Figura 5.17 - Detalhe da leitura no M.D.L.. ................................................................... 63 Figura 5.18 - Forma de medição como M.D.L. - Vista em planta.................................. 64 Figura 5.21 - Esquema ilustrativo da treliça e sua forma de medição. ........................... 66 Figura 5.24 - Modelo para definição da severidade para o defeito Poeira. .................... 68 Figura 6.1 - Ficha de campo para o defeito Seção Transversal Imprópria. .................... 70 Figura 6.2 - Ficha de campo para o defeito Drenagem Lateral Inadequada. .................. 71 Figura 6.3 - Ficha de campo para os defeitos Corrugações, Poeira, Afundamento nas Trilhas de Roda, Perda de Agregados e Buracos............................................................ 72 Figura 6.4 - Planilha de cálculo para determinação dos níveis de severidade de cada defeito. ............................................................................................................................ 73 Figura 6.5 - Seções transversais obtidas do terreno........................................................ 74 Figura 6.6 - Perfis Longitudinais obtidos do terreno. ..................................................... 74 Figura 6.7 - Modelagem simplificada do terreno. .......................................................... 74 Figura 6.8 - Quadro-resumo dos resultados de quantidades e níveis de severidade....... 75 Figura 6.9 - Digitalização das curvas dos ábacos da metodologia Eaton. ...................... 76 Figura 6.10 - Relatório do AUTOCAD que fornece os pares ordenados de cada ponto da curva................................................................................................................................ 77 Figura 6.11 - Interface da planilha desenvolvida para classificação das seções analisadas (dados de entrada e resultados)....................................................................................... 80 Figura 6.12 - Interface da planilha desenvolvida para classificação das seções analisadas (prioridades de intervenção). .......................................................................................... 81 Figura 6.13 - Interface da planilha desenvolvida para classificação das seções analisadas (gráfico de prioridades de intervenção). ......................................................................... 81 Figura 6.14 - Interface da planilha desenvolvida para classificação das seções analisadas Correia (2003)................................................................................................................. 82 Figura 6.14 - Estrutura de SGP para vias não pavimentadas no Estado do Ceará.......... 86 xiii LISTA DE SÍMBOLOS, NOMENCLATURAS E ABREVIAÇÕES CNT CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO TRANSPORTE CURT CENTER FOR URBAN TRANSPORTATION RESEARCH DERT-CE DEPARTAMENTO DE EDIFICAÇÕES, RODOVIAS E TRANSPORTES DO ESTADO DO CEARÁ DFID DEPARTMENT FOR INTERNATIONAL DEVELOPMENT DNER DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM DNIT DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES DRT DENSIDADE SUPERFICIAL RELATIVA POR TRECHO GPS GLOBAL POSITION SYSTEM IBGE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA IGG ÍNDICE DE GRAVIDADE GLOBAL IPECE INSTITUTO DE PESQUISA E ESTRATÉGIA ECONÔMICA DO ESTADO DO CEARÁ IST ÍNDICE DE SERVENTIA RELATIVA POR TRECHO M&R MANUTENÇÃO E REPARO M.D.L. MEDIDOR DE DECLIVIDADE LONGITUDINAL M.I.T. MEDIDOR DE IRREGULARIDADE TRANSVERSAL MDT MODELO DIGITAL DO TERRENO NASA NATIONAL AERONAUTICS AND SPACE ADMINISTRATION PCI PAVEMENT CONDITION INDEX PETRAN PROGRAMA DE MESTRADO EM ENGENHARIA DE TRANSPORTES SGP SISTEMA DE GERÊNCIA DE PAVIMENTOS SMT SERVENTIA MÉDIA DO DEFEITO POR TRECHO URCI UNPAVED ROAD CONDITION INDEX USACE U. S. ARMY CORPS OF ENGINEERS VMD VOLUME MÉDIO DIÁRIO 1 1 CAPÍTULO 01 INTRODUÇÃO 1.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS A partir da década de cinqüenta, com a chegada da indústria automobilística ao Brasil, surgiu a necessidade de garantir aos usuários dos novos meios de transporte, boas condições de tráfego, principalmente no que diz respeito à segurança e conforto. Esse fato foi ficando cada vez mais em evidência com o passar dos anos, uma vez que mais rodovias e caminhos foram sendo abertos e os primeiros pavimentos construídos começaram a sofrer o inevitável processo de deterioração e envelhecimento. Esse processo de construção e desgaste de pavimentos despertou, nos órgãos responsáveis por este setor, um interesse imediato de solucionar problemas que até então ainda não haviam sido percebidos ou levados em consideração. Surge então, dentro deste contexto, a idéia de gerência de pavimentos. Ou seja, gerenciar a malha rodoviária de tal forma que o órgão pudesse ter um controle rigoroso de seu estado de conservação e das condições de trafegabilidade, objetivando implementar, dentro das condições orçamentárias, atividades de manutenção e reparo (M&R) no tempo e local exatos, restabelecendo as condições iniciais de qualidade do pavimento, ou as mais próximas possíveis. Apesar da importância e da atenção despendida à malha rodoviária pavimentada ao longo de várias décadas, é extremamente importante tratar e estabelecer diretrizes para a gerência de vias não pavimentadas, por diversos motivos, sejam quantitativos ou qualitativos. Atualmente a malha não pavimentada é maior que a pavimentada, da ordem de aproximadamente 9 (nove) vezes, e sua importância para o setor rodoviário é tão grande quanto aquela. No Brasil, os grandes pólos produtores de riquezas minerais, agropecuárias e outras, quase sempre encontram-se localizados no interior dos estados, dessa forma, o escoamento desses bens passam antes, muitas vezes, por estradas sem pavimentação alguma que se interligam as rodovias pavimentadas, para então chegarem ao seu destino final, sejam os centros das capitais, portos, aeroportos, etc. Por isso é necessário manter 2 em bom estado de conservação essas estradas, para que um mínimo de qualidade de rolamento possível garanta a integridade física dos veículos e dos bens por eles transportados. 1.2. OBJETIVOS 1.2.1. Objetivos Gerais São objetivos gerais deste trabalho: propor um método simplificado de levantamento de defeitos, em campo, que complemente àquele utilizado por EATON como suporte a um sistema de gerência de vias não pavimentadas, visando utilizá-lo como insumo de dados para os métodos de avaliação USACE e ALYNO, contribuindo para a aplicação e utilização deste procedimento, na gerência de vias não pavimentadas, tanto em nível de rede quanto de projeto. 1.2.2. Objetivos Específicos São objetivos específicos deste trabalho: a) propor técnicas para o levantamento dos defeitos em campo, prezando pela praticidade e simplicidade; b) elaborar instrumentos de medição de defeitos para a utilização em campo; c) aplicar as técnicas e os instrumentos desenvolvidos em trecho-piloto, localizado em um município do Estado do Ceará; d) desenvolver rotinas de cálculo que facilitem a obtenção dos níveis de severidade dos defeitos, excluindo total ou parcialmente a subjetividade observada na classificação de alguns defeitos; 3 e) comparar os resultados obtidos nas metodologias de avaliação de defeitos existentes para estradas não pavimentadas, buscando avaliar a efetividade dos dados de entrada obtidos pelos procedimentos propostos para o levantamentos de campo; f) desenvolver rotinas de cálculo que facilitem a obtenção da classificação das condições da superfície de rolamento, a partir da inserção dos dados de entrada, seguindo as diretrizes propostas nas metodologias analisadas. 1.3. JUSTIFICATIVA DO TRABALHO Como mencionado anteriormente, este trabalho está relacionado com a gerência de vias não pavimentadas, sendo portanto indispensável deixar claro o “porquê” do interesse de se trabalhar nesta área, ou seja, por quais motivos se justificam as pesquisas neste âmbito. As estradas não pavimentadas são as principais, senão as únicas, vias para o escoamento dos insumos produzidos nos grandes pólos agropecuários, instalados no interior do país. Portanto é de extrema importância haver uma infra-estrutura adequada e que promova com segurança, economia e conforto, o movimento de pessoas e bens, visando o aumento das atividades econômicas e o desenvolvimento de toda uma região. Um questionamento que pode parecer óbvio, mas freqüentemente é feito: “mas por que, não solucionar o problema de estradas não pavimentadas, apenas pavimentado-as?”. Pode parecer simples, mas com certeza não é. Essas estradas originam-se geralmente de caminhos naturais feitos pela própria população, para vencer as dificuldades de locomoção e acessos a certos locais, e com o passar do tempo, esses caminhos começam a adquirir características geométricas não bem definidas, em virtude de não possuírem nenhum projeto geométrico, de terraplenagem ou de drenagem, dificultando assim, o planejamento e execução de atividades de pavimentação. O baixo volume diário de veículos é também uma característica inerente a esse tipo de estrada. O volume médio diário (VMD), geralmente é inferior a 400 veículos, portanto, a pavimentação não se justifica na maioria dos casos, ou seja, a relação benefício custo, não é atrativa. 4 Outro aspecto importante e de maior relevância talvez seja a extensão da malha viária não pavimentada. Segundo dados emitidos no boletim estatístico da Confederação Nacional do Transporte – CNT (CNT, 2005) e mostrados em forma de gráfico na Figura 1.1, cerca de 89% (oitenta e nove por cento) da malha viária brasileira é composta por estradas nãopavimentadas, totalizando, aproximadamente 1.400.000 (um milhão e quatrocentos mil) quilômetros. Para a realidade cearense as proporções se mantêm praticamente as mesmas. De acordo com dados do informativo gerencial do Departamento de Edificações, Rodovias e Transportes do Estado do Ceará – DERT-CE (DERT-CE, 2004), cerca de 84% (oitenta e quatro por cento) da malha viária cearense é composta por estradas não-pavimentadas, totalizando, aproximadamente 43.400 (quarenta e três mil e quatrocentos) quilômetros (Figura 1.1). Portanto, a pavimentação com qualquer tipo de revestimento desta extensa malha de viária torna-se inviável, às vistas da atual condição econômica do país. 100% 88,71% 83,98% 75% 50% 25% 16,02% 11,29% 0% BRASIL CEARÁ PAVIMENTADAS NÃO PAVIMENTADAS Figura 1.1 - Situação da malha viária. Fonte - CNT, 2005 e DERT, (2004). Portanto, mesmo que se justificasse a pavimentação dessas vias, os recursos financeiros disponíveis no Brasil, não seriam suficientes para a execução de obras de tamanho vulto. 5 Dessa forma, é imprescindível a utilização de um sistema de gerência nos municípios que seja simples, eficiente e de fácil aquisição, tendo em vista a escassez dos recursos financeiros disponíveis. 1.4. METODOLOGIA DE TRABALHO A metodologia de trabalho adotada neste trabalho procurou seguir uma linha de raciocínio lógica dos assuntos aqui abordados e que se adaptassem de forma adequada à idéia de pesquisa inicialmente proposta. As etapas adotadas para a realização da pesquisa foram as seguintes: 1.4.1. Revisão Bibliográfica A revisão bibliográfica foi de fundamental importância para a realização da pesquisa, uma vez que, conhecimentos em gerência de pavimentos, estradas rurais e metodologias de avaliação de defeitos foram adquiridos e amadurecidos, fornecendo embasamento técnico-científico suficiente, para alcançar os objetivos pré-estabelecidos. 1.4.2. Definição do Trecho-Piloto Como o objeto de estudo deste trabalho não está diretamente focado na concepção de um sistema de gerência de vias não pavimentadas, mas sim em uma de suas etapas, que é o levantamento de defeitos, então foi escolhido apenas um trecho de uma estrada não pavimentada para a realização dos levantamentos de campo, seguindo alguns critérios básicos: a) trecho com apresentação de variados tipos de defeitos e níveis de severidade; b) distância da capital; c) recursos financeiros, equipe de apoio e tempo disponíveis. 6 1.4.3. Levantamento dos Defeitos Nessa etapa realizou-se o levantamento dos defeitos encontrados no trecho-piloto determinado. Procurou-se proceder da forma mais simples e prática possível. E para isso, a metodologia desenvolvida por Eaton et al. (1987), foi tomada como referência, acrescentando-se adaptações e novas formas de medição dos defeitos. 1.4.4. Análise dos Resultados de Campo Com os resultados obtidos nos levantamentos dos defeitos realizados em campo, realizaram-se algumas análises, com o objetivo de comparar os resultados obtidos nas metodologias de avaliação de defeitos existentes para estradas não pavimentadas, buscando avaliar a efetividade dos dados de entrada obtidos neste procedimento. Essas análises consistem, de certa forma, em aplicar os resultados obtidos em campo nas seguintes metodologias de avaliação de defeitos em estradas não pavimentadas: a) USACE (metodologia norte-americana); b) ALYNO (metodologia brasileira – desenvolvida na Universidade Federal do Ceará); O estudo feito neste trabalho busca facilitar a aquisição de dados de entrada destas metodologias, uma vez que esta é a primeira, das várias etapas constituintes de um sistema de gerência de pavimentos, como ilustrado na Figura 1.2. 7 Levantamento de Campo (Aquisição de Dados) Avaliação dos Defeitos Priorização das Atividades de Manutenção e Reparo (M & R) Composição dos Custos de M & R Figura 1.2 - Etapas de um sistema de gerência de pavimentos. 1.5. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO Definidas e apresentadas as diretrizes básicas para a execução deste trabalho, o mesmo foi estruturado e dividido em 8 (oito) capítulos, os quais têm seus conteúdos brevemente descritos a seguir. Capítulo 01 – apresenta de forma clara e objetiva, o assunto tratado, os objetivos, a importância do trabalho, a metodologia utilizada e a organização do trabalho. Capítulo 02 – faz parte da revisão bibliográfica, discorre sobre sistemas de gerência de pavimentos de uma forma geral, apresentando definições e as principais características desta ferramenta de apoio à decisão. Capítulo 03 – complementa a revisão bibliográfica, discorre sobre estradas não pavimentadas de uma forma geral, apresentando conceitos básicos e suas principais características e peculiaridades. Capítulo 04 – trata dos métodos de avaliação das condições das estradas não pavimentadas, utilizados nesse trabalho. Apresenta as características principais de cada método, vantagens e desvantagens, procedimentos de levantamentos de defeitos e avaliação destes. 8 Capítulo 05 – apresenta o trecho-piloto escolhido, assim como as principais características da região em que este está inserido e que influenciam diretamente nas condições das estradas não pavimentadas, tais como, clima, topografia, dados de tráfego, atividades econômicas, etc. Neste capítulo também é mostrada a forma de levantamento dos defeitos realizada neste trabalho, assim como as técnicas e ferramentas utilizadas. Capítulo 06 – neste capítulo são mostrados os resultados dos levantamentos de campo realizados e a análise desses resultados seguindo as premissas estabelecidas e comentadas no item 1.5.4., e com base nos resultados obtidos, neste capítulo, é proposto então uma nova metodologia de levantamento de defeitos em estradas não pavimentadas, descrevendo as suas características e diretrizes básicas. Capítulo 07 – o último capítulo deste trabalho apresenta as principais conclusões obtidas no estudo, assim como, recomendações para futuros projetos que poderão ser realizados a partir deste estudo, contribuindo para a sua melhoria e eventuais correções. 9 2 CAPÍTULO 02 SISTEMAS DE GERÊNCIA DE PAVIMENTOS 2.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS Ao longo da história da humanidade sempre se fez necessário o estabelecimento das relações de comércio e comunicação entre as diversas regiões e povoados. Com o avanço da modernidade, essas relações básicas tornaram-se imprescindíveis para o progresso e desenvolvimento da sociedade atual. Para que sejam estabelecidas estas relações de comércio, prestação de serviços, distribuição de recursos, movimentação de riquezas e de pessoas, é evidente a existência de uma infra-estrutura física, com uma malha viária eficiente, por onde esses processos possam ocorrer. Atualmente, já existem fatos que comprovam uma interação muito forte entre o crescimento econômico de um país, renda per capita da população e infra-estrutura viária. Entretanto, não basta somente, a existência de uma malha viária funcionando efetivamente. Há de se manter ao longo da vida útil do pavimento, um nível de servicibilidade aceitável, para que as vias estejam constantemente em boas condições de trafegabilidade, proporcionando conforto e qualidade para seus usuários, portanto é indispensável um planejamento adequado para manter o sistema viário sempre em bom funcionamento. O planejamento, deve ser capaz de prever períodos para que sejam realizadas atividades de manutenção e reparo, tanto corretiva, quanto preventiva, distribuição adequada dos recursos disponíveis, etc. Dentro deste contexto, surge então a idéia de sistemas de gerência de pavimentos (SGP). Esta ferramenta de apoio à decisão auxilia o responsável pela malha viária, a tomar decisões e escolher alternativas baseadas em procedimentos estabelecidos de forma racional, em função dos vários fatores e dados disponíveis sobre a rede viária (Haas et al.,1994). Segundo a Center for Urban Transportation Research (CUTR, 1995, apud, Aps, et al., 2001), um sistema de gerência de pavimentos pode ser definido como: 10 “Um método sistemático para coletar, armazenar e atualizar, rotineiramente, as informações necessárias para que possam ser tomadas decisões de como melhor utilizar os recursos financeiros em obras de manutenção. Este método é um conjunto de ‘passos’ ou rotinas de computador, para que se tenha um rápido uso das informações e se façam os cálculos necessários para chegar a essas decisões. Um Sistema de Gerência de Pavimentos Urbanos é uma ferramenta para ajudar o engenheiro, o diretor de orçamento e o gerente de cidade ou o prefeito a fazer o melhor diagnóstico do problema, porém não substitui o julgamento do profissional, mas aumenta a eficácia da solução.” 2.2. SISTEMA DE GERÊNCIA DE PAVIMENTOS 2.2.1. Componentes de um SGP No Brasil, ainda existe uma cultura, de proceder atividades de manutenção de vias, somente quando o grau de deterioração destas, já encontra-se bastante elevado, o que conseqüentemente, acarreta custos maiores do que se fosse realizada uma manutenção preventiva ou mesmo, corretiva. Portanto para as cidades brasileiras de médio e pequeno porte principalmente, onde os recursos financeiros são escassos, é essencial a aplicação correta e eficiente destes recursos investidos em manutenção e reparo das vias. Um SGP pode auxiliar na decisão sobre a melhor alocação do dinheiro disponível, indicando o momento e local exatos, diminuindo assim os custos e aumentando a qualidade da malha viária. A Figura 2.1 mostra o fluxograma dos componentes de um sistema de gerência de pavimentos adaptado de Haas et al. (1994). 11 PLANEJAMENTO PROJETO CONSTRUÇÃO MANUTENÇÃO PESQUISA BANCO DE DADOS AVALIAÇÃO Figura 2.1 - Componentes de um sistema de gerência de pavimentos urbanos. Fonte - Haas et al., (1994) – Adaptado. 2.2.2. Níveis de um SGP Na sua forma clássica, um sistema de gerência de pavimentos urbanos é dividido em dois níveis: a) nível de rede; b) nível de projeto. Onde pode-se destacar as atividades para cada nível como sendo (Correia, 2003): Nível de Rede: a) seleção, aquisição de dados, organização da base de dados e processamento de dados; b) escolha e utilização de critérios para níveis mínimos aceitáveis de serventia, níveis máximos aceitáveis de deformações superficiais; c) avaliação e emprego de modelos de previsão de desempenho; d) avaliação de necessidades atuais, estimativas de necessidades futuras e restrições orçamentárias; e) identificação e avaliação de atividades e metodologias que consubstanciem o desenvolvimento de programas prioritários e o planejamento de tarefas para um determinado período em toda a malha ou rede rodoviária; f) relatório das atividades. 12 Nível de Projeto: a) análise detalhada por trecho ou grupo de trechos envolvendo dados de campo e de laboratório dentro do planejamento de projeto; b) processamento de dados levantados; c) análise técnica e econômica para alternativas de projetos; d) avaliação e escolha da melhor alternativa; e) implementação das atividades necessárias; f) relatório das atividades. Em outras palavras, o processo de tomadas de decisão em um sistema de gerência de pavimentos em nível de rede inclui as atividades de planejamento, programação e orçamento que em um nível de projeto estão envolvidas nas atividades de dimensionamento, construção e manutenção. 2.3. ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO DE UM SGP Segundo Bertollo (1997), as etapas de um sistema de gerência de pavimentos envolvem: a) inventário do pavimento; b) levantamento das condições do pavimento; c) implementação de um sistema de gerência; d) hierarquização dos projetos; e) programação das atividades de manutenção e reparo; f) alimentação de um banco de dados. 13 2.4. RELAÇÃO CUSTO-BENEFÍCIO DE SGP Os pavimentos naturalmente sofrem desgastes com o passar dos anos, por conta principalmente, das intempéries do ambiente em que estão inseridos e do tráfego a que são submetidos. A implementação de um SGP visa diminuir os prejuízos causados pela total degradação do pavimento através de atividades de M&R. Portanto é perfeitamente compreensível, que os custos com a implantação de um sistema de gerência sejam revertidos a médio e longo prazos em lucros pelos benefícios que um sistema como este proporciona. Segundo Correia (2003), são benefícios gerados pela implantação de sistema de gerência de pavimentos: a) auxílio na tomada de decisões dos órgãos responsáveis; b) fornecimento de informações precisas para a análise das condições da rede de pavimentos em vários níveis de gerenciamento; c) análise, orçamento e administração dos recursos em vários níveis de gerenciamento, oferecendo melhores alternativas para a alocação de recursos de acordo com as necessidades; d) fornecimento e avaliação de várias estratégias de manutenção e reparo da malha viária. No Brasil e em muitos outros países, infelizmente ainda existe uma cultura de realizar atividades de intervenção nos pavimentos apenas quando é atingido um nível mínimo de serventia. Segundo (Shahin, 1994, apud, Zanchetta et al., 2004), quando questionados por que não utilizam as mais recentes técnicas de gerência de pavimentos, uma das respostas dos responsáveis é que não podem dispor dos recursos para inspeções ou aquisição de sistemas de gerência, que preferem usar o dinheiro para a manutenção dos pavimentos. É preciso terminar com o círculo vicioso em que não se inicia um sistema de gerência de pavimentos porque não há recursos, dados de inventário, nem pessoal treinado, pois no fim gasta-se mais dinheiro público nas desesperadas atividades de manutenção, que muitas vezes são realizadas sem critério técnico algum. 14 Essa relação custo-benefício pode ser entendida melhor através da interpretação da curva típica de “desempenho de pavimentos vs. tempo” mostrada na Figura 2.2. ÍNDICE DE SERVENTIA 4X 5 PONTO A Y 4 3 PONTO B Y 2 1 X 0 0 5 10 15 20 25 TEMPO (ANOS) Figura 2.2 - Curva “desempenho do pavimento vs. tempo”. Fonte - Bertollo, 1997 - Adaptado. Como pode se observar, o pavimento sofre um processo de deterioração mais acelerado já perto do final de sua vida útil. Portanto as atividades de manutenção e reparo ficam cada vez mais caras na medida em que são adiadas. Podemos facilmente notar que no início da vida útil do pavimento, o índice de serventia varia Y em 4X anos, já mais próximo do final, a mesma variação Y ocorre em X anos, ou seja, quatro vezes mais rápido. Uma atividade de manutenção realizada no instante indicado pelo ponto B, seria quatro vezes mais onerosa do que se fosse realizada no instante indicado pelo ponto A. 15 3 CAPÍTULO 03 ESTRADAS NÃO PAVIMENTADAS 3.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS O deslocamento do homem de um lugar a outro buscando e explorando novos lugares, afim de uma melhor adaptação e perpetuação da espécie sempre foi uma característica marcante. Com a evolução, as formas de deslocamento foram sendo aperfeiçoadas, e rapidamente o homem conseguiu vencer cada vez mais obstáculos e dar início ao seu processo de desenvolvimento. Depois do invento da roda, foi possível a utilização da força animal, e conseqüentemente apareceram os primeiros veículos e a necessidade da criação de caminhos que facilitassem os deslocamentos. A partir de então, iniciava-se um processo de expansão da malha viária que dura até os dias atuais. Com o advento tecnológico, é possível projetar e executar rodovias pavimentadas em um tempo muito reduzido. Entretanto em muitos casos essa pavimentação não se justifica por diversos motivos, ora pela menor importância econômica ou social que a rodovia apresenta, ora pelo seu baixo volume de tráfego ou pela falta de recursos financeiros (Visser & Hudson, 1983). Por esses e outros motivos, a extensão da malha rodoviária pavimentada brasileira, chegar a ser irrisória quando comparada a não pavimentada. São estradas que não possuem nenhum projeto geométrico, de drenagem ou terraplenagem, pois surgem de caminhos naturais abertos pela própria população, a fim de vencer as suas necessidades de locomoção (Moreira, 2003), acompanham sempre que possível a topografia da região provocando assim, a existência de rampas acentuadas, que quando, associadas às intempéries naturais, prejudicam substancialmente as condições de rolamento, pois surgem os primeiros defeitos que se agravam com as solicitações do tráfego. Quando essas estradas passam a ser consideradas importantes, por interligarem localidades que iniciaram um processo de desenvolvimento e apresentam fortes atividades econômicas por exemplo, ou estão localizadas próximas a pólos industriais, os órgãos responsáveis começam a se preocupar com o estado de conservação dessas 16 estradas, e iniciam-se então as operações de manutenção e reparo, muitas vezes sem nenhum critério de procedimento para essas atividades, que podem ser consideradas como “operações para apagar incêndios”. As estradas não pavimentadas também recebem outras nomenclaturas, tanto por técnicos quanto pela população, tais como, estradas de terra, estradas de chão batido, estradas rurais, estradas vicinais, entre outras. Portanto quando mencionadas quaisquer uma dessas nomenclaturas no transcorrer deste trabalho, entende-se que se trata do mesmo tipo de estrada. 3.2. A IMPORTÂNCIA DAS ESTRADAS NÃO PAVIMENTADAS Existem vários fatores que mostram a importância da malha viária não pavimentada, para o desenvolvimento econômico e social de um país. Para o Department for International Development (DFID, 2003) quatro aspectos básicos retratam tal importância, tanto para os que trafegam quanto para os que moram próximo a estradas rurais: desenvolvimento social, econômico, administrativo e estratégico. No âmbito social, essas estradas possibilitam à população que vive em localidades mais afastadas, o acesso às infra-estruturas básicas, tais como escolas, hospitais, comércio, evitando assim o seu isolamento e melhorando as condições de vida. O desenvolvimento econômico de um país depende de vários setores, tais como mineração, agropecuária, comércio, entre outros. Estes setores dependem quase que em sua totalidade do sistema viário, seja este pavimentado ou não, visto que quase a metade da produção de bens e mercadorias, é transportada através do modal rodoviário como mostram os dados da Tabela 3.1. Tabela 3.1 - Movimentação de cargas no Brasil em 2004. Modal Rodoviário Aquaviário Ferroviário Aeroviário Total Quantidade (ton) 665.578.033 398.965.699 356.136.024 519.960 1.421.199.716 Fonte - Boletim Estatístico - CNT, 2005. (%) 46,83 28,07 25,06 0,04 100,00 17 Consubstanciados com os dados apresentados na Tabela 3.1, nota-se que para a realidade cearense, a malha viária então, exerce um papel de grande importância, especialmente para o escoamento da produção de grãos que se desenvolve em maior escala no interior do estado A Figura 3.1 mostra a produção de grãos produzida no Ceará em 2005 e como essa produção está distribuída pelo interior do estado, onde é grande a concentração da malha viária não pavimentada. Figura 3.1 - Produção agrícola do Estado do Ceará - 2005. Fonte - IPECE, 2005 - Adaptado. 18 3.3. CARACTERÍSTICAS DAS ESTRADAS NÃO PAVIMENTADAS Dados obtidos nos órgãos responsáveis pelas rodovias brasileiras confirmam que a maior parte da malha rodoviária não pavimentada, cerca de 90% (noventa por cento) está sob jurisdição municipal. A falta de recursos disponíveis para a infra-estrutura viária, principalmente neste âmbito, tem como conseqüência, a falta de técnicos especializados e a inexistência de sistemas para a gerência adequada das estradas, acarretando a falta de manutenção e prejuízos advindos da situação precária de conservação em que estas se encontram. 3.3.1. Jurisdição Com relação à jurisdição, as rodovias podem ser: federais, estaduais, municipais, ou privatizadas. No Brasil, a extensa malha rodoviária não pavimentada encontra-se aos cuidados dos municípios, sendo que em grande parte destes não há políticas adequadas para manter estas vias em boas condições de tráfego durante todo o ano. A Tabela 3.2 mostra como está distribuída a malha rodoviária brasileira no que diz respeito à sua jurisdição e sua situação física e o gráfico da Figura 3.2 ilustra melhor esta situação. Tabela 3.2 - Distribuição jurisdicional das estradas no Brasil. Jurisdição Pavimentada (km) (%) Não Pavimentada (km) (%) Federal 57.933 29,54 14.777 1,05 Estadual 17.049 8,69 7.277 0,51 Estadual Transitória 98.377 50,17 109.963 7,78 Municipal 22.735 11,59 1.281.965 90,66 Total 196.094 100,00 1.413.982 100,00 Obs: a malha privatizada atual é de 10.794 km. Os dados da sua situação física não estão disponíveis. Fonte - Boletim Estatístico - CNT, 2005. 19 100% 90,66% 75% 50,17% 50% 29,54% 25% 7,78% 8,69% 1,05% 11,59% 0,51% 0% Federal Estadual PAVIMENTADAS Estadual Transitória Municipal NÃO PAVIMENTADAS Figura 3.2 - Distribuição jurisdicional e física da malha rodoviária brasileira 3.3.2. Classes Funcional e de Projeto O DNER (1999) agrupa as vias em classes funcionais de forma hierárquica, de acordo com o tipo de serviço que oferecem e a função que exercem. A Figura 3.3 mostra como as rodovias brasileiras estão agrupadas. P rin c ip a l A rte ria l P rim á rio S e c u n d á rio P rim á rio C o le to r S e c u n d á rio L ocal Figura 3.3 - Divisão das rodovias quanto à classe funcional. Fonte - DNER, 1999. 20 As rodovias vicinais integram, normalmente, o sistema coletor secundário, que apresentam a seguintes características (DNER 1999): a) ligam centros populacionais acima de 2.000 habitantes; b) dão acesso às áreas de baixa densidade populacional; c) interligam as áreas servidas com o sistema coletor primário ou com o arterial; d) a extensão total desse sistema situa-se entre 10 e 15% da rede rodoviária; e) proporcionam ao tráfego velocidades médias de 30 a 60km/h. E o sistema local, que apresentam a seguintes características (DNER 1999): a) constituído de vias geralmente de pequena extensão; b) proporcionam o acesso ao tráfego intra-municipal de áreas rurais e de pequenas localidades às rodovias de nível superior; c) a extensão total desse sistema situa-se entre 65 e 80% da rede rodoviária; d) proporcionam ao tráfego velocidades médias de 20 a 50km/h. Ainda segundo o DNER (1999), as rodovias não pavimentadas pertencem a classe IV, onde enquadram-se as rodovias de pista simples e integrantes do sistema local, compreendendo as estradas vicinais e eventualmente estradas pioneiras. E em função do tráfego previsto são definidas duas subclasses: a) Classe IV-A: tráfego médio diário de 50 a 200 veículos no ano de abertura; b) Classe IV-B: tráfego médio diário inferior a 50 veículos no ano de abertura. Os principais critérios utilizados para definir a classe de um trecho de rodovia são: a) posição hierárquica dentro da classificação funcional; b) volume médio diário de veículos; c) nível de serviço; 21 d) outros aspectos relevantes. Apesar da classificação do DNER (1999) ser baseada em normas mundialmente difundidas, existem outras bibliografias que sugerem outras formas de classificação para estradas de terra. O DFID (2003) sugere uma classificação que segue a seguinte hierarquia: a) primárias; b) secundárias; c) terciárias; d) de acesso; e) alimentadoras; f) locais; g) sem classificação. 3.3.3. Superfície de Rolamento As estradas não pavimentadas, como o próprio nome já diz, são estradas que se encontram em leito natural, onde a sua única camada constituinte é o próprio subleito. Entretanto, em algumas situações estas podem ser melhoradas através da incorporação de materiais naturais ou artificiais a sua superfície de rolamento, visando a melhoria de suporte e condições de trafegabilidade. É importante ressaltar que a incorporação desses materiais à superfície de rolamento de uma via não pavimentada, não implica que esta passe a ser considerada como uma via pavimentada. Baesso e Gonçalves (2003) classificam as estradas não pavimentadas em quatro categorias, de acordo com a material que compõe a superfície de rolamento, a saber: a) categoria A: estradas compostas por agregados naturais, tais como cascalhos, seixos rolados e pedregulhos; b) categoria B: estradas compostas por artificialmente, tais como materiais britados; agregados produzidos 22 c) categoria C: estradas compostas por materiais oriundo de jazidas de solos naturalmente estabilizados, tais como areias e piçarras; d) categoria D: estradas compostas dos materiais do próprio subleito, sem a incorporação de quaisquer tipos de materiais. As Figuras 3.4 a 3.7 ilustram as categoria de estradas mencionadas anteriormente nos itens a, b, c e d, respectivamente. Figura 3.4 - Estrada com superfície de rolamento pertencente à Categoria A. Fonte - Baesso e Gonçalves (2003). Figura 3.5 - Estrada com superfície de rolamento pertencente à Categoria B. Fonte - Baesso e Gonçalves (2003). 23 Figura 3.6 - Estrada com superfície de rolamento pertencente à Categoria C. Fonte - Baesso e Gonçalves (2003). Figura 3.7 - Estrada com superfície de rolamento pertencente à Categoria D. Fonte - Baesso e Gonçalves (2003). 3.3.4. Geometria As estradas de terra originam-se a partir de caminhos naturais abertos pela população local (Moreira, 2003), sem nenhuma preocupação com o traçado de curvas ou drenagem. Com o tempo e as atividades de M&R realizadas, essas estradas adquirem características 24 geométricas mais bem definidas, apresentando declividades longitudinais e transversais mais adequadas, assegurando assim, uma boa drenagem. O DNER (1999) faz algumas recomendações com relação a geometria transversal e longitudinal de vias não pavimentadas. A largura das faixas de rolamento deve variar entre 2,50 e 3,00 metros, dependendo da classe da via e do relevo do terreno e neste caso, estes valores indicam a participação da superfície trafegável na determinação da largura total da plataforma. As declividades longitudinais ou rampas máximas a serem adotadas variam em torno de 4 a 10% de acordo com a classe da via e do relevo do terreno, entretanto é indesejável o emprego desses valores máximos. Com relação aos acostamentos, sempre que possível, recomenda-se que existam e que, preferencialmente, seja revestida uma faixa adjacente à pista, com 0,30 a 0,50 metro de largura, com o intuito de que se utilize a largura integral da pista. A declividade transversal dos acostamentos deve ser de 5% e a largura varia de 0,50 a 1,30 metro, dependendo da classe da via e do relevo do terreno. Quanto à declividade transversal, esta deve ser de 3%, excepcionalmente de 4%, conforme o tipo de solo constituinte, o revestimento e o regime pluviométrico da região do subleito da via. A Figura 3.8 mostra uma seção tipo de uma estrada com seção transversal adequada e bem definida. Figura 3.8 - Seção transversal tipo de uma estrada. Fonte - Baesso e Gonçalves (2003). 25 3.3.5. Nível de Serviço Nível de serviço pode ser considerado um índice que determina se as condições de tráfego de uma estrada pavimentada ou não, estão boas ou ruins. Vários fatores influenciam direta ou indiretamente o nível de serviço. Para Oda (1995) ele está relacionado com volume de tráfego, visibilidade e as condições da superfície de rolamento, sendo esta última uma das principais características que influenciam na servicibilidade, e podem ser definidas em relação a alguns parâmetros: a) qualidade de viagem; b) custo de manutenção dos veículos que trafegam nessas vias; c) desgaste dos pneus; d) conforto do usuário; e) velocidade limite. O nível de serviço pode ser determinado através de índices que variam de metodologia para metodologia. Shain (1994) determina na sua metodologia, o PCI – Pavement Condition Index. No Brasil, um índice bastante utilizado para a avaliação das condições do pavimento é o IGG – Índice de Gravidade Global descrito pela norma DNIT 006/2003 - PRO. Eaton et al. (1992) determina o URCI – Unpaved Road Condition Index e Correia (2003), o IST – Índice de Serventia Relativa por Trecho para classificarem o nível de serviço de estradas não pavimentadas. Esses métodos serão descritos com maiores detalhes no Capítulo 04. 3.4. SITUAÇÃO DAS ESTRADAS NÃO PAVIMENTADAS NO ESTADO DO CEARÁ 3.4.1. Dados Informativos sobre o Estado do Ceará 26 Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (IBGE, 2005), o Estado do Ceará possui uma área territorial de 148.825,602 km2 com uma população estimada de 8.097.276 habitantes, distribuída em 184 municípios, cuja capital é Fortaleza. 3.4.2. Situação da Malha Rodoviária Cearense Segundo dados do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Estado do Ceará – IPECE (IPECE, 2005), a extensão da malha rodoviária do estado atualmente é de 51.669,1 km, dos quais 43.392,5 km não são pavimentados, representando 83,98% da malha total estando distribuídas, de acordo com a sua jurisdição, conforme mostrado na Tabela 3.3. Tabela 3.3 - Distribuição jurisdicional da malha rodoviária cearense. Jurisdição Extensão (km) (%) Federal 2.442,7 4,73 Estadual 9.975,3 19,31 Municipal 38.552,6 74,61 Transitória 698,5 1,35 Total 51.669,1 100,00 Fonte - IPECE, 2005. Com relação a situação física, a malha rodoviária cearense está distribuída conforme mostra a Tabela 3.4 e essa situação é melhor visualizada no gráfico da Figura 3.9. Tabela 3.4 - Situação física das estradas cearenses. Jurisdição Pavimentada Federal Extensão (km) 2.152,9 Estadual Não Pavimentada 26,01 Extensão (km) 289,8 0,67 5.052,1 61,04 4.923,2 11,35 Municipal 373,1 4,51 38.179,5 87,99 Transitória 698,5 8,44 - - Total 8.276,6 100,00 43.392,5 100,00 (%) Fonte - DERT, 2004. (%) 27 100% 87,99% 75% 61,04% 50% 26,01% 25% 11,35% 0,67% 8,44% 4,51% 0,00% 0% Federal Estadual PAVIMENTADAS Transitória Municipal NÃO PAVIMENTADAS Figura 3.9 - Distribuição jurisdicional e física da malha rodoviária cearense. Fonte - DERT, 2004. Na pesquisa de contagem volumétrica de tráfego, realizada em 1998 pelo Departamento de Edificações, Rodovias e Transportes (DERT, 1998), na malha rodoviária estadual, verificou-se que 24,13% dos trechos pesquisados apresentavam um volume médio diário abaixo de 200 veículos nos dois sentidos. De acordo com os dados mostrados na Tabela 3.4, pode-se constatar que, em 2004, a malha rodoviária não pavimentada no estado era composta de 0,67% sob jurisdição federal, 11,35% sob jurisdição estadual e 87,99% municipal. Por outro lado, levando-se em conta a extensão total da malha do estado, 11,86% das rodovias federais, 49,35% das rodovias estaduais e 99,03% das municipais não são pavimentadas. Com relação ao estado de conservação dessa malha, Bastos (2005) conclui em seu estudo que este é, em geral, precário, dificultando a circulação de insumos, produtos e pessoas. A Figura 3.10 mostra o mapa rodoviário do Estado do Ceará. 28 Figura 3.10 - Mapa rodoviário do Estado do Ceará. Fonte - IPECE, 2005 - Adaptado. 29 4 CAPÍTULO 04 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE ESTRADAS NÃO PAVIMENTADAS 4.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS Na literatura nacional e internacional existem várias metodologias para a avaliação das condições de pavimentos, algumas delas são baseadas nos métodos pioneiros e sofreram pequenas modificações ou adaptações. Entretanto, o que é de interesse comum entre essas metodologias é a determinação de um índice numérico que defina exatamente as condições de rolamento, sejam de vias pavimentadas ou não. Esses índices de condição ou ainda, índices de serventia são valores, expressos em escalas numéricas que variam de metodologia para metodologia, e fornecem uma idéia geral sobre condição da superfície de rolamento (Correia, 2003). E através deles é possível obter uma visão geral das condições físicas da malha viária como um todo, permitindo, juntamente com outros parâmetros, a priorização das atividades de manutenção e reparo a serem executadas, otimizando o tempo e os recursos disponíveis para essas tarefas. Os métodos de avaliação de estradas podem ser subjetivos ou objetivos. A bibliografia existente sobre esses métodos, principalmente para vias não pavimentadas, ainda é muito escassa. Os principais trabalhos realizados e mais difundidos pelo meio técnico são os de Riverson et al. (1987), Eaton et al. (1987) e mais recentemente os de Oda (1995), Correia (2003), Moreira (2003), Nunes (2003) e Almeida (2006) realizados no Estado do Ceará. Riverson et al. (1987) propuseram uma metodologia de avaliação subjetiva das condições da superfície de rolamento de estradas não pavimentadas, onde uma equipe de avaliadores percorre a estrada a uma velocidade constante pré-estabelecida, avaliando o nível de conforto e segurança proporcionado e os defeitos encontrados. Eram atribuídas notas numa escala de 0 a 5 às condições de rolamento e aos defeitos de acordo com os níveis de severidade especificados, como mostra a Tabela 4.1. E então feita uma média de todos os valores encontrados determinado-se o índice de serventia da estrada. Esse tipo de avaliação por ser um método subjetivo, e depender basicamente da interpretação 30 humana, pode incorrer em erros, caso a equipe de avaliadores não esteja bem treinada e não siga rigorosamente os mesmos padrões de avaliação. Tabela 4.1 - Descrição do nível de condição da estrada de acordo com a especificação do defeito. DEFEITO Condições de Rolamento Corrugações Trilhas de Roda Buracos Perda de Agregados VALOR NÍVEL ESPECIFICAÇÃO 5 Muito Ruim Viagem muito desconfortável, com constantes mudanças de velocidade; Velocidade de operação baixa (cerca de 20 km/h). 4 Ruim Viagem desconfortável com velocidade de até 30 km/h. 3 Regular Qualidade da viagem média, com velocidade máxima de 40 km/h. 2 Bom Viagem com velocidade de até 50 Km/h. 1 Muito Bom 5 Muito Ruim 4 Ruim 3 Regular 2 Bom 1 Muito Bom 5 Muito Ruim 4 Ruim 3 Regular 2 Bom 1 Muito Bom 5 Muito Ruim 4 Ruim 3 Regular 2 Bom 1 Muito Bom 5 Muito Ruim 4 Ruim 3 Regular 2 Bom 1 Muito Bom Viagem confortável com velocidade de até 60 km/h, sem reduções de velocidade. Qualidade da viagem é muito baixa, presença de corrugações com mais de 5 cm de profundidade. Qualidade da viagem varia de baixa à média, presença de corrugações com 3,5 à 5 cm de profundidade. Qualidade da viagem é regular, presença de corrugações com cerca de 2,5 cm de profundidade. Qualidade da viagem é boa, presença de pequenas corrugações com menos de 1,5 cm de profundidade. Qualidade da viagem é ótima, não são percebidas corrugações. Trilhas com profundidades maiores que 5 cm, forçando os veículos a passarem por estas. Trilhas com profundidades entre 2,5 e 5 cm, forçam os veículos a passarem por estas. Trilhas com profundidades de até 2,5 cm, podendo forçar os veículos a passarem por estas. Pequenas trilhas com profundidades de até 1,5 cm, não afetam o caminho dos veículos. Não são percebidas trilhas de rodas Qualidade da viagem é muito baixa, ocorrência de mais 40 buracos em 100 m. Qualidade da viagem entre baixa e média, ocorrência de 30 a 40 buracos em 100 m. Qualidade da viagem média, ocorrência de 20 a 30 buracos em 100 m. Qualidade da viagem entre média e alta, ocorrência de até 10 buracos em 100 m. Qualidade da viagem alta, ocorrência de menos de 10 buracos em 100 m Qualidade da viagem muito baixa. Cascalho ou pedra colocados sem compactação. Qualidade da viagem entre baixa e média. Cascalho ou pedra colocados pouco compactados. Qualidade da viagem média. Cascalho compactado nas trilhas de roda, presença de pouco solto. Qualidade da viagem entre média e alta. Cascalho e pedra bem compactados. Qualidade da viagem alta. Cascalho e pedra muito bem compactados. Fonte - Riverson et al, 1987 - Adaptado. 31 A avaliação objetiva das condições da superfície de rolamento de estradas não pavimentadas desenvolvida por Eaton et al. (1987) e Correia (2003), propõe técnicas de levantamento dos defeitos, que são baseadas na geometria, extensão e severidade dos mesmos. A seguir serão detalhados os métodos que serão utilizados como base para os levantamentos de campo realizados neste trabalho. 4.2. METODO EATON Esse método de avaliação objetiva de estradas não pavimentadas foi desenvolvido por Eaton et al. (1992), no U. S. Army Corps of Engineers – USACE, com o intuito de prezar pelas boas condições das estradas de terra por onde trafegavam os equipamentos e veículos militares. Este método consiste de quatro etapas básicas: identificação da rede, inspeção das condições da superfície de rolamento, determinação das prioridades de atividades de M&R e gerenciamento dos dados. 4.2.1. Identificação e Divisão da Rede Inicialmente, é feita a identificação da rede, determinando os seus principais componentes, os quais são: a) rodovia não pavimentada: rodovia ou conjunto desta, que será avaliada; b) ramo: subdivisão da rodovia que possui função distinta dentro da rede ; c) seção: subdivisão do ramo, possuem características semelhantes com relação às espessuras e materiais, histórico construtivo, volume de tráfego e condições da superfície de rolamento; d) unidade amostral: subdivisão da seção, é o menor componente da rede, possui uma área variando entre 140 e 325 m2, com valor médio de aproximadamente 230 m2. A extensão média é de 30 m, conseqüentemente a largura total da pista deve ser de aproximadamente 32 7,6 m. Quando essa largura for menor, a extensão deve ser aumentada e vice-versa. 4.2.2. Levantamento das Condições da Superfície de Rolamento Eaton et al. (1987) determinam duas formas para o levantamento das condições da superfície de rolamento. A primeira deve ser realizada de forma rápida, através de um veículo, percorrendo toda a extensão da estrada com uma velocidade constante de aproximadamente 40 km/h, podendo esta ser maior ou menor, dependendo das condições de tráfego. Esta inspeção deve ter periodicidade de 4 vezes ao ano, uma em cada estação, e o seu objetivo é obter resultados para que possam ser realizadas estimativas das necessidades de atividades de M&R para a rede analisada de uma forma geral. A segunda forma é um método de levantamento mais detalhado, porém simples, uma vez que para a medição dos defeitos verificados na estrada, utilizam-se instrumentos de fácil manuseio e aquisição, tais como treliças e réguas graduadas. São levados em consideração para a medição dos defeitos a geometria, a extensão e o nível de severidade em que estes se encontram. Esta inspeção deve ser realizada anualmente. Na metodologia proposta por Eaton et al. (1995), são levantados 7 (sete) defeitos-tipo, os quais são mostrados na Tabela 4.2, juntamente com a sua unidade de medição. Tabela 4.2 - Defeitos-tipo considerados pela metodologia de Eaton et al. (1992). Identificação do Defeito-tipo 81 Defeito-tipo unidade de medição Seção Transversal Imprópria (STI) m 82 Drenagem Lateral Inadequada (DLI) m 83 Corrugações (COR) m2 84 Poeira (POR) - 85 Buracos (BUR) unid. 86 Afundamento nas Trilhas de Roda (ATR) m2 87 Perda de Agregados (PDA) m Obs: o defeito poeira é determinado pelas condições de visibilidade deixadas pela nuvem formada ao se trafegar com um veículo a uma velocidade constante de 40 km/h. Fonte - Eaton et al. (1995). No Capítulo 05, serão melhor detalhadas as formas de medição desses defeitos em campo. 33 4.2.3. Metodologia de Cálculo A metodologia de cálculo para a avaliação das condições da superfície da estrada é feita com base nos levantamento dos defeitos de campo. O índice determinado é o URCI (Unpaved Road Condition Index), em português, Índice de Condição da Estrada Não Pavimentada. A seqüência de cálculo é a seguinte: a) Cálculo da densidade de cada defeito-tipo (exceto poeira): é a relação entre as medidas dos defeitos para cada nível de severidade pela área da unidade amostral, ou seja, como mostrado na Equação 4.1; Densidade = medida dos defeitos (m 2 ; m; unidade) x 100% área da unidade amostral (m 2 ) (4.1) b) determinação dos valores deduzidos: cada defeito possui um ábaco (Anexo VIII) que é função do nível de severidade e da densidade, com os quais é determinado o valor deduzido de cada defeito; c) determinação do valor deduzido total: é a soma de todos os valores deduzidos obtidos, ou seja, como mostrado na Equação 4.2; VDT = ∑ D1 + D2 + ... + Dn (4.2) d) determinação do número “q”: é o número de valores deduzidos iguais ou maiores que 5; e) determinação do URCI: com o valor de dedução total e o número q, através de um ábaco, função destes dois parâmetros, determina-se o URCI; f) definição da condição da superfície de rolamento: comparar o valor do URCI encontrado com uma escala que varia de 0 (zero) a 100 (cem). Essa escala é mostrada na Tabela 4.3. 34 Tabela 4.3 - Escala do URCI e condições correspondentes da unidade amostral. URCI Condição 85 - 100 Excelente 70 – 84,999 Muito Boa 55 – 69,999 Boa 40 – 54,999 Regular 25 – 39,999 Pobre 10 – 24,999 Muito Pobre 0 – 9,999 Péssimo Fonte - Eaton et al. (1992) - Adaptado. Com as condições determinadas para cada unidade amostral, é possível a determinação da condição geral das seções, através da Equação 4.3. URCI Seções = ∑URCI Unid . Amostrais n° de Unid . Amostrais (4.3) 4.2.4. Priorização das Atividades de Manutenção Essa priorização é determinada através de uma combinação do URCI com volume diário de tráfego da estrada, onde estas são divididas em quatro categorias, a saber: a) Categoria I: estradas com VMD maior que 200 veículos; b) Categoria II: estradas com VMD entre 100 e 199 veículos; c) Categoria III: estradas com VMD entre 50e 99 veículos; d) Categoria IV: estradas com VMD entre 0 e 49 veículos. As prioridades de manutenção são para vias que apresentam URCI menores que os estabelecidos para a sua categoria, tendo preferência as categorias I, II, III e IV, nesta seqüência. A Figura 4.1 ilustra o gráfico utilizado para a priorização das atividades de M&R. 35 100 90 CATEGORIA I (> 200 vpd) URCI 70-100 80 70 CATEGORIA II (100-199 vpd) URCI 55-70 U R C I 60 CATEGORIA III (50-99 vpd) URCI 40-55 50 40 CATEGORIA IV (0-49 vpd) URCI 25-40 30 20 Estrada Comprometida URCI 0-25 10 0 Figura 4.1 - Gráfico de prioridades para atividades de M&R. Fonte - Eaton et al. (1992) - Adaptado. 4.2.5. Exemplo de aplicação Para melhor entendimento da metodologia proposta por Eaton et al. (1987), a seguir será mostrado um exemplo de aplicação, com valores estimados. Resultados dos levantamentos de campo Após a medição dos defeitos encontrados em campo, esses dados foram transferidos para a folha de inspeção e são mostrados na Tabela 4.4. Para efeito de cálculo considerar-se-ão os seguintes parâmetros: 36 a) comprimento das seções: 50 m; b) largura: 5 m; c) área: 250 m2; d) VMD: seção 01 - 100 veic/dia; seção 02 - 50 veic/dia; seção 03 - 350 veic/dia. Tabela 4.4 - Resultados dos levantamentos de campo. Tipo Baixa Seção Média 01 Alta Baixa Quantidade Seção e Média 02 Severidade Alta Baixa Seção Média 03 Alta 81 STI (m) 15,0 82 DLI (m) 83 COR (m2) 84 POR (-) 85 BUR (und.) 2,0 86 ATR (m2) 87 PDA (m) 25,0 1,0 24,0 30,0 35,0 30,0 36,0 x 8,0 25,0 6,0 45,0 30,0 24,0 Cálculo do URCI De acordo com o equacionamento apresentado no item 4.2.3. e os valores da Tabela 4.4 determina-se para cada defeito, a sua densidade. Esses valores são mostrados na Tabela 4.5. Tabela 4.5 - Resultados dos valores de densidade. Tipo 81 STI (m) 6,0 82 DLI (m) Baixa Seção Média 01 Alta Baixa Quantidade Seção e Média 14,0 02 Severidade Alta 12,0 Baixa 14,4 Seção Média 03 Alta 9,6 84 85 86 87 83 COR POR BUR ATR PDA (-) (und.) (m2) (m) (m2) 0,8 10,0 0,4 9,6 12,0 - 3,2 10,0 2,4 18,0 12,0 37 Determinadas as densidades de cada defeito, são encontrados os valores deduzidos para cada um deles (Tabela 4.6), através de ábacos, e em função destes determina-se o número “q”, que é o número de valores deduzidos iguais ou maiores que 5. A forma de obtenção dos valores deduzidos é exemplificada, de uma forma geral, na Figura 4.2, utilizando para tal, o ábaco do defeito Perda de Agregados e na Figura 4.3 é mostrado o ábaco para a determinação do URCI em função do número “q” e do valor deduzido total. Seção 03 DV = 19,6 Seção 02 DV = 12,5 Figura 4.2 - Curva para a obtenção do valor deduzido – Defeito Perda de Agregados. Fonte - Eaton et al. (1995) - Adaptado. Tabela 4.6 - Resultados dos valores deduzidos. Tipo Seção 01 Quantidade e Severidade Seção 02 Seção 03 81 Baixa 82 83 5,0 84 85 86 87 q 18,7 2 97,8 7 69,1 5 1,5 Média 8,5 Alta 3,7 Baixa 6,6 15,4 Média 12,4 Alta 11,5 Baixa 6,4 Média Alta Valor Deduzido Total 15,0 24,5 12,5 10,0 13,0 20,1 19,6 38 Seção 03 TDV = 69,1 53 Seção 02 TDV = 97,8 66 87 Seção 01 TDV = 18,7 Figura 4.3 - Curva para a obtenção do URCI. Fonte - Eaton et al. (1995) - Adaptado. Determinação das condições de rolamento Com os valores de URCI calculados, determinam-se as condições da superfície de rolamento das seções de acordo com a classificação proposta para a metodologia mostrada na Tabela 4.3. A Tabela 4.7 mostra a classificação de cada seção em função do URCI calculado. Tabela 4.7 - Classificação das condições de rolamento. Seção URCI Condição 01 87 Excelente 02 53 Regular 03 66 Boa Priorização das atividades de M&R Determinados os valores de URCI e conseqüentemente, as condições de rolamento das seções pode-se determinar a priorização das atividades de manutenção em função destes valores e do VMD. No exemplo, tem-se: a) Seção 01 – URCI = 87; VMD = 100 (categoria II); b) Seção 02 – URCI = 53; VMD = 50 (categoria III); c) Seção 03 – URCI = 66; VMD = 350 (categoria I); 39 Dessa maneira a priorização pode ser determinada através do gráfico apresentado anteriormente na Figura 4.1. Na Figura 4.4 visualiza-se como essa priorização é realizada em função dos parâmetros URCI e VMD. 100 90 1ª Prioridade Seção 03 CATEGORIA I (> 200 vpd) URCI 70-100 3ª Prioridade Seção 01 80 70 2ª Prioridade Seção 02 CATEGORIA II (100-199 vpd) URCI 55-70 U R C I 60 50 40 CATEGORIA III (50-99 vpd) URCI 40-55 CATEGORIA IV (0-49 vpd) URCI 25-40 30 20 Estrada Comprometida URCI 0-25 10 0 Figura 4.4 - Priorização das atividades de M&R para as três seções. Fonte - Eaton et al. (1992) - Adaptado. No caso de intervenções a serem realizadas, a seção 03 teria a maior prioridade. Mesmo suas condições de rolamento sendo melhores do que as da seção 02, o tráfego de veículos é mais intenso nesta seção, além disso, as condições de rolamento estão abaixo das mínimas exigidas para tal volume de tráfego. Em seguida, vem a seção 02 que está com condições de tráfego regular, porém o seu VMD é baixo e compatível com sua situação. A seção 01, portanto, seria a última, hipoteticamente, a receber intervenções, pois as suas condições de rolamento estão melhores do que as exigidas para o seu volume de tráfego diário. 40 4.2.6. Comentários sobre a Metodologia Eaton A proposta desenvolvida por Eaton et al. (1987) é uma metodologia do ponto de vista técnico muito simples de ser realizada e aplicada, entretanto existem algumas características no seu processo de levantamento e avaliação de defeitos que devem ser levadas em consideração. A referida metodologia de levantamento dos defeitos em campo é bem simples, sendo utilizados para isso, equipamentos relativamente simples, de fácil aquisição e manuseio, entretanto o processo em si não é suficientemente explicado, ou seja, não existem registros que detalhem o processo de medição de cada defeito. Por exemplo, os defeitos seção transversal imprópria e drenagem lateral inadequada são calculados em metros lineares ao longo da seção onde são considerados os três níveis de severidade, como observa-se na Figura 4.5. Dessa forma, esses tipos de defeitos podem ser determinados de uma forma muito mais subjetiva, como a proposta por Riverson et al. (1987), do que propriamente objetiva. Figura 4.5 - Forma de medição dos defeitos seção transversal imprópria e drenagem lateral inadequada, respectivamente. Fonte - Eaton et al. (1995) - Adaptado. Os ábacos utilizados na metodologia foram resultados de anos de levantamentos e pesquisas realizados nos Estados Unidos, onde de forma empírica resultaram as curvas para a obtenção dos valores deduzidos e do URCI. Portanto a utilização destes ábacos pode não ser totalmente aplicável em outras regiões do mundo, uma vez que as condições climáticas, a geologia, a pedologia, entre outros fatores físicos, variam de lugar para lugar. Além disso, uma metodologia baseada em ábacos, torna-se mais demorada na 41 obtenção dos resultados, além de ser cansativa e mais vulnerável a erros, sendo úteis apenas, quando não se dispõe no momento de tecnologia, tais como computadores e softwares que possam realizar e processar esses dados. Tecnologia esta, que está cada vez mais presente e acessível a todos, nos dias atuais, e que deve ser indispensável para o controle e gerenciamento da malha viária, até mesmo de órgãos responsáveis pelas mais afastadas e menos desenvolvidas regiões. 4.3. MÉTODO ALYNO Este método de levantamento das condições da superfície de rolamento de estradas não pavimentadas foi desenvolvido por Correia (2003) na sua dissertação de mestrado apresentada ao Programa de Mestrado em Engenharia de Transportes – PETRAN. 4.3.1. Processo de levantamento topográfico da área Na metodologia proposta por Correia (2003) a estrada é dividida em seções retilíneas, sempre que possível, de aproximadamente 100 m. Dentro de cada trecho é feito o levantamento topográfico com uma precisão centimétrica, para isso, são utilizados equipamento topográficos, tais como estações totais e Global Position System (GPS). Para cada trecho são feitos levantamentos dos defeitos através da coleta de pontos que possam identificar as suas dimensões e conseqüentemente, seus níveis de severidade. A visualização desses defeitos é possível através da geração de curvas de nível de 2 em 2 centímetros, como ilustra a Figura 4.6. Figura 4.6 - Curvas de nível geradas de 2 em 2 centímetros, identificando o defeito buraco. Fonte - Correia (2003). 42 Além dos defeitos encontrados, de 20 em 20 metros são coletados, quando possível, 11 pontos da seção transversal do terreno como mostra a Figura 4.7. Figura 4.7 - Exemplo de seção transversal com medição de 11 pontos. Fonte - Correia (2003). Pode-se dizer que nesse processo de levantamento de campo é feita uma verdadeira “varredura” do terreno, permitindo que o processamento dos dados em escritório, seja o mais apurado possível, uma vez que é possível a visualização do trecho através do modelo digital do terreno (MDT), que pode ser gerado em alguns softwares específicos, como mostra a Figura 4.8. 43 Figura 4.8 - Visualização do modelo digital do terreno (MDT). Fonte - Correia (2003). 4.3.2. Metodologia de cálculo Segundo Correia (2003) a metodologia de cálculo tem por base uma análise topológica simples dos defeitos encontrados em cada trecho. Neste método é determinado um índice de Serventia Relativa por Trecho – IST, que possui uma seqüência de cálculo bastante simples, conforme mostrado a seguir. Etapa 1 – Cálculo da serventia média do defeito por trecho Após a identificação e mensuração dos defeitos encontrados por trecho, determina-se a severidade para cada ocorrência, para cada severidade atribui-se um valor correspondente, ou seja, para: a) severidade alta – Valor 3; b) severidade média – Valor 2; c) severidade baixa – Valor 1. É calculada então a serventia média do defeito por trecho (SMT) para cada tipo de defeito, como mostra a Equação 4.4. SMT( def ) = ∑V 1 + V2 + ... + Vn n° de ocorrencias do defeito (4.4) 44 Etapa 2 – Cálculo da densidade superficial relativa por trecho O cálculo da densidade superficial relativa por trecho é feito em função das áreas de cada defeito e da área do trecho, como mostra a Equação 4.5. DRT( def ) ∑A = 1 + A2 + ... + An (m 2 ) Área do Trecho (m 2 ) (4.5) Etapa 3 – Cálculo do índice de serventia relativa por trecho para cada defeito Determinados o SMT e DRT pode-se calcular o índice de serventia relativa por trecho para cada defeito encontrado através da Equação 4.6. IST( def ) = SMT( def ) x DRT( def ) (4.6) Etapa 4 – Cálculo do índice de serventia relativa por trecho O índice de serventia relativa por trecho é igual ao máximo valor encontrado para cada valor de IST(def), como mostra a Equação 4.7. IST = Máx ( IST( def 1) ; IST( def 2 ) ; IST( def 3) ; IST( def 4 ) ;...; IST( defn ) (4.6) Determinação das condições de rolamento Define-se as condições da superfície de rolamento comparando o valor do IST encontrado com uma escala que varia de 0 (zero) a 3 (três). A Tabela 4.8 mostra essa escala. Tabela 4.8 - Escala do IST e classificações correspondentes. IST Classificação 0,0 – 0,1 Excelente 0,2 – 0,3 Bom 0,4 – 0,6 Regular 0,7 – 0,9 Ruim 1,0 – 1,4 Muito Ruim 1,5 – 3,0 Péssimo Fonte - Correia (2003). 45 4.3.3. Comentários sobre a Metodologia ALYNO A proposta apresentada por Correia (2003) pode ser considerada pioneira no Estado do Ceará, onde ainda não existem políticas que favoreçam estudos e pesquisas no âmbito rodoviário de estradas não pavimentadas. Esse estudo foi seguido de uma série de outros: Moreira (2003), Nunes (2003) e Almeida (2006), cujo objetivo principal era a elaboração de um sistema de gerência para vias não pavimentadas que fornecesse aos órgãos estaduais e municipais condições de manter as suas estradas em condições mínimas de trafegabilidade e que conseqüentemente, corroborassem para os desenvolvimentos econômico, social e técnico do Estado. O trabalho realizado por Correia (2003), como dito anteriormente, por ter sido pioneiro no estado, necessitava de dados suficientemente confiáveis para a concepção do método a ser proposto. Por tal razão, foram feitos levantamentos topográficos tão precisos e detalhados, uma vez que se fazia indispensável a mais fiel possível representação do trecho estudado, evitando assim distorções indesejadas nas análises dos resultados. Atualmente, tais levantamentos podem, e até certo ponto, devem ser substituídos por outros mais simples, uma vez que se conhece a realidade financeira e econômica do estado, assim como dos municípios cearenses, além da escassa mão de obra especializada para a realização de trabalhos topográficos de alta precisão. 46 5 CAPÍTULO 05 APLICAÇÃO DA METODOLOGIA PROPOSTA 5.1. ESCOLHA DO TRECHO PILOTO Os trabalhos desenvolvidos na linha de pesquisa de gerência de pavimentos do PETRAN tiveram início em 2000, com os estudos de Correia (2003), Moreira (2003) e Nunes (2003). Logo em seguida, estes tiveram continuidade com Almeida (2006) e Santana (2006). Todos estes trabalhos possuem em comum, além da linha de pesquisa, o trecho-piloto utilizado para o seu desenvolvimento. O trecho utilizado está localizado no município de Aquiraz, distante da capital Fortaleza cerca de 30 km, e foi escolhido também para a realização dos levantamentos de campo deste trabalho, uma vez que já são conhecidas a área e informações físicas do local, oriundas dos estudos anteriores. A distância, relativamente pequena da capital, também influenciou na escolha. 5.1.1. Dados gerais do município de Aquiraz Conhecida como a "primeira capital do Ceará", Aquiraz situa-se na costa leste do litoral cearense, distante cerca de 30 km de Fortaleza. Aquiraz, que em tupi significa "Água logo adiante", preserva em sua cultura, tradições da colonização européia, também como traços das culturas indígena e africana. A população atual do município é de aproximadamente 69.343 habitantes, possuindo uma área total de 482,8 km2 (IBGE, 2005). 5.1.2. Situação geográfica O município de Aquiraz localiza-se no Estado do Ceará, região Nordeste do Brasil, as coordenadas geográficas são, latitude Sul (3° 54' 05'') e Longitude oeste (38° 23' 28''). A altitude da sede do município em relação ao nível do mar é de 14,23 m. Os limites são, ao Norte, Oceano Atlântico, Fortaleza e Eusébio, ao Sul, Horizonte, Cascavel e 47 Pindoretama, a Leste, Oceano Atlântico, a Oeste, Eusébio, Itaitinga e Horizonte. O município de Aquiraz está inserido na Região Administrativa número 1 (um) do Estado do Ceará e sua divisão político-administrativa consiste em oito distritos, os quais são, a Sede, Jacaúna (Iguape), Justiniano de Serpa, Câmara, Patacas, Tapera, Caponga da Bernarda e João de Castro. As Figuras 5.1 e 5.2 mostram a localização do município de Aquiraz no Estado do Ceará e a divisão político-administrativa, respectivamente (Aquiraz, 2007). Na Figura 5.3 é mostrado uma vista aérea do município com seus limites geográficos (Aquiraz, 2007). Figura 5.1 - Localização do Município de Aquiraz no Estado do Ceará. Fonte - Aquiraz (2007). Figura 5.2 - Divisão político-administrativa do Município de Aquiraz. Fonte - Aquiraz (2007). 48 Fortaleza Eusébio Oceano Atlântico Itaitinga Pindoretama Horizonte Figura 5.3 - Vista aérea do município de Aquiraz com seus limites geográficos. Fonte - Aquiraz (2007). 5.1.3. Aspectos físicos Temperatura Os dados das médias máximas e mínimas de temperatura do município de Aquiraz estão dispostos na Tabela 5.1 (Aquiraz, 2007). Tabela 5.1 - Médias das temperaturas – município de Aquiraz. Médias Temperatura (°C) Máximas 36,0 Mínimas 28,0 Anual 27,0 Fonte - Aquiraz (2007). 49 Pluviometria Os dados de pluviometria do município de Aquiraz estão dispostos na Tabela 5.2 (Aquiraz, 2007). Tabela 5.2 - Pluviometria – município de Aquiraz. 1997 1379,9 1104,9 -275,0 Normal Observada Anomalia 1998 1379,9 722,1 -657,8 1999 1379,9 935,3 -444,6 Fonte - Aquiraz (2007). Geomorfologia Os principais tipos de formações geológicas encontradas no município de Aquiraz são os Tabuleiros Plio-Pleistocênicos (Terciário), Sedimentos de Praia, Aluviões e Paleodunas da Planície Litorânea (Holoceno) (IPECE, 2005). Fitoecologia Os principais tipos de vegetação encontrados no município de Aquiraz são o Cerrado e complexo vegetacional da zona litorânea (IPECE, 2005). Pedologia A Tabela 5.3 mostra as principais ocorrências de solos do município de Aquiraz (IPECE, 2005). Tabela 5.3 - Formações pedológicas – município de Aquiraz. Classe Areias Quartzosas Distróficas Podzólico Vermelho-Amarelo Areias Quartzosas Marinhas Solochak Solonetz Solodizado Bruno Não Cálcico Área (km2) 299,67 92,12 50,98 27,28 12,70 0,05 (%) 62,07 19,08 10,56 5,65 2,63 0,01 Fonte - (IPECE, 2005). Hidrografia Os principais afluentes do município de Aquiraz são os Rios Pacoti e Catu, além das lagoas existentes na região. 50 5.1.4. Dados Gerais do Trecho-Piloto O trecho-piloto está localizado no distrito de Camará, fronteira com o município de Itaitinga e é composto por três segmentos de estradas independentes. Para facilitar a identificação, estes segmentos foram nomeados da mesma maneira apresentada nos trabalhos anteriores, AQZ-01, AQZ-02 e AQZ-03. Uma vista aérea do trecho-piloto foi obtida através do programa computacional Google Earth, obtido em uma versão limitada, disponível gratuitamente na Internet, através do site, http://earth.google.com/. Neste programa as imagens são obtidas através de imagens enviadas por um satélite da National Aeronautics and Space Administration (NASA) e atualizadas periodicamente. As Figuras 5.4 à 5.7, mostram respectivamente a área em torno do trecho-piloto, a estrada AQZ-01, AQZ-02 e AQZ-03. AQZ-01 AQZ-03 AQZ-02 Figura 5.4 - Vista aérea do trecho-piloto – Aquiraz. Fonte - Google Earth (2007). 51 Figura 5.5 - Vista aérea da estrada AQZ-01. Fonte - Google Earth (2007). Figura 5.6 - Vista aérea da estrada AQZ-02. Fonte - Google Earth (2007). 52 Figura 5.7 - Vista aérea da estrada AQZ-03. Fonte - Google Earth (2007). As principais características geométricas, físicas e de tráfego foram obtidas nas dissertações de Nunes (2003), Moreira (2003) e Almeida (2006) e estão resumidas na Tabela 5.4. 53 Tabela 5.4 - Características das estradas do trecho-piloto. Estrada AQZ-01 AQZ-02 AQZ-03 Extensão (m) 1070,677 802,297 234,732 Em Calha 17,50 19,35 51,90 Mista 45,00 67,74 35,44 Abaulada 37,50 12,91 12,66 100,00 100,00 100,00 Rampas <3% 87,50 67,74 84,81 Rampas entre 3 e 8% 12,50 32,26 13,92 Rampas >8% 0,00 0,00 1,27 100,00 100,00 100,00 Granulares 37,50 80,65 77,22 Siltosos ou Argilosos 62,50 19,35 22,78 100,00 100,00 100,00 CBR < 20% 0,00 0,00 0,00 CBR > 20% 100,00 100,00 100,00 Total 100,00 100,00 100,00 Volume Médio Diário (veic/dia)*** 17 26 35 Leve 64,71 17,65 17,65 Médio 38,46 26,92 34,62 Pesado 37,14 28,57 34,29 100,00 100,00 100,00 Seção Transversal (%)* Total Geometria Longitudinal (%)* Total Tipos de Solo (%)** Total Capacidade de Suporte (%)** Tipo de Tráfego (%)*** Total Fonte - *Nunes (2003), **Moreira(2003) e ***Almeida (2006). 5.2. PROPOSIÇÃO DO MÉTODO O método de levantamento simplificado de defeitos em estradas não pavimentadas, aqui proposto, tem as seguintes premissas básicas: a) o método deve ser o mais objetivo possível; b) priorizar sempre a praticidade e simplicidade do levantamento; c) fornecer, através de um seqüência lógica de cálculos, elementos suficientes para a inserção de dados confiáveis nas metodologias de avaliação de defeitos existentes, ou seja, que reflitam o mais próximo possível as reais condições da superfície de rolamento das vias. 54 O atendimento às premissas foi feito através de várias etapas que compuseram a metodologia final proposta. A subjetividade observada em alguns pontos específicos da metodologia proposta por Eaton et al. (1987), comentada mais adiante, foi transformada em um processo objetivo através de alguns instrumentos de medição fabricados exclusivamente para os levantamentos, assim como a determinação dos níveis de severidade, obtidos através de uma rotina de cálculos, cujos princípios serão mostrados a seguir. 5.3. FERRAMENTAS UTILIZADAS NOS LEVANTAMENTOS DE CAMPO 5.3.1. Medidor de Irregularidade Transversal (M.I.T). A função principal desta ferramenta é eliminar a subjetividade encontrada na forma de levantamento e definição do nível de severidade do defeito “seção transversal imprópria”, preconizada na metodologia proposta por Eaton et al. (1987). Em seus estudos, este tipo de defeito é calculado em metros lineares ao longo da seção, onde são considerados três níveis de severidade, que devem ser definidos levando-se em consideração a irregularidade transversal da seção, de acordo com o gabarito mostrado na Figura 5.8. Portanto a única forma de definir o nível de severidade da seção em análise é comparando-a aos tipos de seções mostrados na Figura 5.8. Dessa forma a análise tornase mais subjetiva, como a proposta por Riverson et al. (1987). Um outro aspecto relevante é que a seção transversal nem sempre se comporta de forma constante, ao longo de toda a área amostral, podendo apresentar diferentes níveis de severidade em pequenas distâncias, tornando mais difícil a determinação da medida correta desse tipo de defeito. 55 Figura 5.8 - Forma de análise do nível de severidade do defeito Seção Transversal Imprópria. Fonte - Eaton et al. (1995) - Adaptado. O princípio básico do M.I.T. é obter as variações de altura do terreno na seção transversal da unidade amostral, sendo possível a visualização real do terreno, com os valores obtidos nas leituras realizadas. Materiais utilizados O M.I.T. consiste basicamente em duas barras de alumínio (haste principal) de 2,00 m cada, unidas através de uma dobradiça simples, possuindo assim um comprimento total de 4,00 m quando aberta e por ser de um material extremamente leve, seu peso não ultrapassa 2,0 quilogramas, sendo de fácil manuseio e transportada no interior de qualquer tipo de veículo. Para a medição das cotas do terreno, foram fabricadas hastes cilíndricas (hastes de medição), também em alumínio, com 30,00 cm de comprimento e diâmetro nominal de 95 mm (3/8”). A fixação da barra principal ao solo é feita através de três barras de ferro (hastes de fixação) de 50,00 cm e diâmetro nominal de 95 mm (3/8”), sendo introduzidas nas extremidades e no centro da barra e para uma melhor sustentação foram fabricados dois tripés colocados nas extremidades. Estes tripés são necessários quando as hastes de fixação não penetram no terreno, prejudicando a estabilidade do M.I.T.. Na Tabela 5.5 é mostrado um quadro-resumo com as especificações dos materiais que compõem o M.I.T. e este pode ser visualizado na Figura 5.9. Na seção de anexos (Anexo IV) encontram-se os desenhos com todos os detalhes da ferramenta. 56 Tabela 5.5 - Especificações dos materiais utilizados na fabricação do M.I.T.. Material Tipo de Material Comprimento (m) Seção (pol) Altura (m) Haste Principal Alumínio 4,00 □ 2” x 1” - Haste de Medição Alumínio 0,30 Φ 3/8” - Haste de Fixação Ferro 0,50 Φ 3/8” - Tripé Ferro - - 0,15 Figura 5.9 - Vista geral do medidor de irregularidade transversal (M.I.T.). Forma de medição Para a medição objetiva do defeito seção transversal imprópria com o M.I.T. são necessárias duas operações; a primeira, o nivelamento e a segunda, a leitura dos valores encontrados. Para que o nivelamento pudesse ser feito, foram acoplados à haste principal dois níveis de bolha do tipo tubular. Eles estão fixados através de parafusos, na extremidade final de cada barra, ou seja quando a haste principal está totalmente aberta um está posicionado no centro e o outro no fim. Isso se faz necessário, pois, como existem duas barras distintas unidas por uma dobradiça central, deve ser realizado um nivelamento para cada uma destas. Com a haste principal aberta, sua altura (de 15 a 25 cm, da face inferior ao terreno) regulada de acordo com as condições do terreno e fixada ao solo através das hastes de fixação e dos tripés, o nivelamento da primeira barra é realizado através do movimento 57 vertical desta, até que a bolha do primeiro nível estacione no centro do tubo, para a segunda barra o procedimento é o mesmo. O movimento vertical é realizado através das hastes de fixação e travado por um parafuso de fixação especial que o reveste. Estes elementos podem ser vistos na Figura 5.10. Haste de Fixação Nível de bolha tubular Haste de Medição Haste Principal Parafuso de fixação Figura 5.10 - Detalhe dos elementos necessários para o nivelamento do M.I.T.. As leituras que fornecem as variações de altura do terreno são obtidas através das hastes de medição, detalhada na Figura 5.11, introduzidas na barra principal através de orifícios, num total de 17 e espaçados de 25 cm. Nas hastes estão fixados adesivos de uma escala numérica que varia de 0 a 30 cm, dessa forma é possível obter a leitura, referenciada sempre pela face superior do M.I.T.. Linha de referência para a leitura Escala numérica variando de 0 a 30 cm Figura 5.11 - Detalhe da leitura na haste de medição. 58 Análise dos Dados Após o posicionamento do M.I.T. sobre o terreno, são realizadas as leituras nas hastes de medição, uma a cada 25 cm, e estes valores são transcritos para uma folha de campo como a exemplificada pela Tabela 5.6. Tabela 5.6 - Modelo da tabela para a transcrição dos dados – M.I.T.. Seção Transversal Imprópria Offset (m) 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 2,25 2,50 2,75 3,00 3,25 3,50 3,75 4,00 Leitura (cm) O tratamento dos dados de campo foi feito com a utilização do software MS Excel versão XP, com a finalidade de determinar o nível de severidade da seção. A seqüência de cálculo é bastante simples e quando aplicada no software, torna-se um processo sistemático. Inicialmente, com os valores das leituras obtêm-se as declividades de cada segmento de 25 cm. E essas declividades são necessárias uma vez que, percebeu-se que este seria o parâmetro ideal para a identificar as condições de uma seção transversal. Para isso foram definidas três seções-tipos, cuja geometria, condiciona um perfeito escoamento das águas, evitando os problemas causados pelo surgimento de poças sobre a superfície da estrada. Essas seções estão mostradas na Figura 5.12. Figura 5.12 - Seções-Tipo com geometria ideal. Obs: As escalas vertical e horizontal estão diferentes para que seja melhor percebida a variação das declividades. 59 Definido o padrão ideal de seção transversal, foram modelados mais cinco tipos de seções, cuja geometria, acarreta problemas de empoçamento d’água, interferindo diretamente no nível de severidade do defeito em questão. Essas seções estão mostradas na Figura 5.13. Além destas seções, aquelas que notadamente, não se enquadrarem no perfil das seções mostradas na Figura 5.12, também serão consideradas como seções transversais impróprias. Figura 5.13 - Seções-Tipo com geometria imprópria. Obs: As escalas vertical e horizontal estão diferentes para que seja melhor percebida a variação das declividades. Na análise do defeito “Seção Transversal Imprópria”, são necessárias duas determinações, a primeira é definir a seção como ideal ou imprópria, da forma mencionada acima. A segunda é definir o nível de severidade da seção, para isso serão levadas em consideração também, as declividades transversais, entretanto de uma forma mais quantitativa do que qualitativa, ou seja, os valores de declividade serão os determinantes na obtenção do grau de severidade. Os intervalos de declividades que definiram os níveis de severidade foram obtidos através dos modelos propostos por Eaton et al. (1987). Inicialmente os desenhos mostrados na Figura 5.8 foram digitalizados e inseridos em escala no software AUTOCAD versão 2005. Dessa forma foi possível obter as declividades das variações de altura entre os sulcos formados e que determinam o grau 60 de severidade. A distância considerada entre o nível da linha d’água e ponto mais baixo do sulco foi de 25 cm, exatamente a mesma distância das hastes de medição do M.I.T., assim é possível comparar as declividades encontradas nos modelos propostos por Eaton et al. (1987) com as encontradas com o M.I.T. e definir para cada segmento de 25 cm um nível de severidade independente, que conjuntamente, determinará o nível de severidade final da seção transversal em análise. A Figura 5.14 mostra a forma de obtenção destas declividades e a Tabela 5.7 mostra os valores de declividade obtidos para cada nível de severidade do defeito “Seção Transversal Imprópria” da metodologia Eaton et al. (1987). Figura 5.14 - Declividades encontradas para os três níveis de severidade para o defeito Seção Transversal Imprópria. Tabela 5.7 - Dados indicativos para a determinação do nível de severidade do defeito Seção Transversal Imprópria. Nível de Severidade Distância eixo x (cm) Diferença de altura eixo y (cm) Declividade (%) Limites (%) Baixo 25,00 2,18 8,72 Abaixo de 14,50 Médio 25,00 5,07 20,28 De 14,50 a 36,68 Alto 25,00 13,27 53,08 Acima de 36,68 61 5.3.2. Medidor de Declividade Longitudinal (M.D.L). A função principal desta ferramenta é eliminar parcialmente a subjetividade encontrada na forma de levantamento e definição do nível de severidade do defeito “Drenagem Lateral Inadequada”, preconizada na metodologia proposta por Eaton et al. (1987). Em seus estudos, este tipo de defeito é calculado em metros lineares ao longo da seção, onde são considerados três níveis de severidade, que devem ser definidos levando-se em consideração a presença de materiais existentes nos acostamentos (quando não existindo, nos limites da pista de rolamento) obstruindo a passagem das águas, de acordo com o gabarito mostrado na Figura 5.15. Portanto a única forma de definir o nível de severidade da seção em análise é comparando-a aos graus de obstrução mostrados na Figura 5.15. Dessa forma a análise torna-se mais subjetiva, como a proposta por Riverson et al. (1987). Entretanto, esta forma de medição é indispensável, pois os materiais que obstruem a passagem da água, estão diretamente relacionados aos problemas de drenagem inadequada, por estes ocasionados. Figura 5.15 - Forma de análise do nível de severidade do defeito drenagem lateral inadequada. Fonte - Eaton et al. (1995). Um outro fator importante e que influencia também, diretamente em uma boa drenagem é a declividade longitudinal. A existência de vários pontos baixos ao longo da via, sem dispositivos drenantes, como descidas d’água, provoca empoçamentos localizados e 62 conseqüentemente defeitos, como atoleiros, perda de suporte de carga e erosões, que apresentam alto risco de acidentes aos usuários da estrada. O princípio básico do M.D.L. é justamente fornecer uma forma de medição objetiva, baseada na obtenção da declividade longitudinal da estrada, de tal forma que, possa ser avaliado todo o perfil, verificando quais os pontos mais propícios ao surgimento de problemas relacionados à drenagem. Materiais utilizados Para a construção do M.D.L. foram utilizados materiais de fácil aquisição e baixo custo. Consiste apenas de duas hastes de medição fabricadas de madeira e uma mangueira de nível comum. Na Tabela 5.8 é mostrado um quadro-resumo com as especificações dos materiais que compõem o M.D.L. e este pode ser visualizado na Figura 5.9. Na seção de anexos (Anexo V) encontram-se os desenhos com todos os detalhes da ferramenta. Tabela 5.8 - Especificações dos materiais utilizados na fabricação do M.D.L.. Material Tipo de material Comprimento (m) Seção (pol) Haste de Medição Madeira 1,00 Φ 1” Mangueira de Nível Plástico 5,00 Φ 3/8” Figura 5.16 - Vista geral do medidor de declividade longitudinal (M.D.L.). 63 Forma de medição Para a medição objetiva do defeito drenagem lateral inadequada com o M.D.L. é necessário apenas o posicionamento correto das duas hastes de medição e a leitura dos valores encontrados. Quanto ao posicionamento, estas devem distar 5,00 metros uma da outra, estarem paralelas ao eixo central da estrada e situadas no acostamento ou quando não houver, no limite da pista de rolamento. A mangueira de nível deve estar fixa nas duas hastes de medição, de uma extremidade a outra e quando o posicionamento estiver correto, deve-se esperar que o nível da água existente na mangueira se estabilize e procede-se então a leitura dos valores encontrados, através de adesivos de uma escala numérica que varia de 0 a 100 cm. Conforme mostrado na Figura 5.17. Figura 5.17 - Detalhe da leitura no M.D.L.. São realizadas leituras a cada 5,00 m ao longo do acostamento, sendo que na leitura seguinte, a posição da primeira haste de medição coincide com a posição da segunda haste de medição da leitura anterior. Esse procedimento se faz necessário para que seja possível “amarrar” as declividades de cada segmento de 5,00 m, e gerar o perfil longitudinal de toda a extensão do trecho levantado, conforme ilustra a Figura 5.18. 64 50,00 m 5,00 m Leit.1 5,00 m Leit.2 Leit.3 5,00 m Leit.4 Leit.5 5,00 m Leit.6 Leit.7 5,00 m Leit.8 Leit.9 5,00 m Leit.10 Leit.11 5,00 m Leit.12 Leit.13 5,00 m Leit.14 Leit.15 5,00 m Leit.16 Leit.17 5,00 m Leit.18 Leit.19 Leit.20 Figura 5.18 - Forma de medição como M.D.L. - Vista em planta. É importante ressaltar que a medição com o M.D.L. é feita concomitantemente com a avaliação subjetiva proposta por Eaton et al. (1987), onde analisa-se o grau de obstrução nos acostamentos da estrada, atribuindo os níveis de severidade baixo, médio ou alto de acordo com o gabarito mostrado na Figura 5.15. Análise dos Dados Após a realização de todas as leituras no M.D.L., os valores encontrados são transcritos para uma folha de campo como a exemplificada pela Tabela 5.9. Tabela 5.9 - Modelo da tabela para a transcrição dos dados – M.D.L.. Drenagem Lateral Inadequada Bordo Direito Offset 0,0 5,0 5,0 10,0 10,0 15,0 15,0 20,0 20,0 25,0 25,0 30,0 30,0 35,0 35,0 40,0 40,0 45,0 45,0 50,0 Leitura (cm) Nível de presença de entulhos O tratamento dos dados de campo foi feito com a utilização do software MS Excel versão XP, com a finalidade de determinar o nível de severidade da seção. A seqüência de cálculo é bastante simples e quando aplicada no software, torna-se um processo sistemático. Inicialmente, com os valores das leituras obtêm-se as declividades de cada segmento de 5,0 m, essas declividades são necessárias uma vez que se percebeu que este seria o parâmetro ideal para identificar as condições de perfeito escoamento das águas ao longo da seção. Com as declividades de cada segmento definidas, foi arbitrada uma cota inicial de 100,0 m para o primeiro ponto da seção, como cada ponto estava “amarrado” ao ponto anterior como explicado, é possível determinar a variação de altura ao longo do segmento de 50 m. Com isso foram definidos três perfis-tipo, cuja geometria, condiciona um perfeito escoamento das águas, evitando os problemas causados pelo surgimento de poças ao longo da estrada. Esses perfis estão mostrados na Figura 5.19. 65 Perfil com declividade constante p/ esquerda 101,5 101,0 100,5 100,0 99,5 0,0 2,5 5,0 7,5 10,0 12,5 15,0 17,5 20,0 22,5 25,0 27,5 30,0 32,5 35,0 37,5 40,0 42,5 45,0 47,5 50,0 30,0 32,5 35,0 37,5 40,0 42,5 45,0 47,5 50,0 32,5 35,0 37,5 40,0 42,5 45,0 47,5 50,0 Perfil com abaulamento convexo 101,0 100,5 100,0 99,5 0,0 2,5 5,0 7,5 10,0 12,5 15,0 17,5 20,0 22,5 25,0 27,5 Perfil com declividade constante p/ direita 101,5 101,0 100,5 100,0 99,5 0,0 2,5 5,0 7,5 10,0 12,5 15,0 17,5 20,0 22,5 25,0 27,5 30,0 Figura 5.19: Perfis-Tipo com geometria ideal. Obs: As escalas vert. e horiz. estão diferentes para melhor percepção da variação das declividades. Definido o padrão ideal de perfil longitudinal, serão considerados perfis longitudinais inadequados, os perfis que cuja geometria, acarreta problemas de empoçamento d’água, interferindo diretamente no nível de severidade do defeito em questão. Alguns destes perfis estão exemplificados na Figura 5.20. Perfil com abaulamento côncavo 101,0 100,5 100,0 99,5 0,0 2,5 5,0 7,5 10,0 12,5 15,0 17,5 20,0 22,5 25,0 27,5 30,0 32,5 35,0 37,5 40,0 42,5 45,0 47,5 50,0 32,5 35,0 37,5 40,0 42,5 45,0 47,5 50,0 32,5 35,0 37,5 40,0 42,5 45,0 47,5 50,0 Perfil com declividades variadas e alternadas 100,5 100,0 99,5 0,0 2,5 5,0 7,5 10,0 12,5 15,0 17,5 20,0 22,5 25,0 27,5 30,0 Perfil sem declividade ou declividade nula 100,5 100,0 99,5 0,0 2,5 5,0 7,5 10,0 12,5 15,0 17,5 20,0 22,5 25,0 27,5 30,0 Figura 5.20: Exemplos de Perfis-Tipo com geometria inadequada. Obs: As escalas vert. e horiz. estão diferentes para melhor percepção da variação das declividades. Na análise do defeito “Drenagem Lateral Inadequada”, são necessárias duas determinações, a primeira é a definição do perfil como ideal ou inadequado, da forma mencionada. A segunda é definir o nível de severidade deste perfil, para isso serão levadas em consideração a presença de obstruções encontradas ao longo do perfil, tais 66 como a vegetação. Neste caso essa determinação de severidades se dá de uma forma mais qualitativa do que quantitativa, ou seja, será então seguido o modelo inicialmente proposto por Eaton et al. (1987) e já explicado e ilustrado na Figura 5.15, não havendo outra forma de se eliminar a avaliação subjetiva deste defeito, mas apenas complementando-o com a avaliação objetiva aqui proposta onde se leva em consideração as declividades do perfil longitudinal. 5.3.3. Treliça A treliça é um instrumento desenvolvido especificamente para a determinação de afundamento nas trilhas de roda. Esta ferramenta foi utilizada para a determinação dos seguintes defeitos considerados na metodologia proposta por Eaton et al. (1987): afundamento nas trilhas de roda, corrugações, buracos. Este instrumento basicamente consiste em uma armação de metal onde apóiam-se duas “pernas” no solo e uma haste central, que se movimenta verticalmente para determinar a deflexão existente entre o nível original do terreno e o ponto mais baixo da cavidade a ser considerada, através de uma régua graduada existente em seu topo. Uma ilustração da treliça e sua forma de medição é mostrada na Figura 5.21. Régua graduada p/ medir a deflexão Figura 5.21 - Esquema ilustrativo da treliça e sua forma de medição. 67 Em alguns casos é dispensável a utilização da treliça, isto ocorre quando o espaçamento entre as deflexões é muito pequeno, como observado normalmente nas corrugações e em buracos de diâmetro pequeno. Para a medição deste defeito pode ser utilizada apenas um haste metálica nivelada e uma régua graduada para a determinação das deflexões. As Figuras 5.22 e 5.23 ilustram estas situações. Figura 5.22: Esquema ilustrativo de medição com haste e régua graduada p/ pequenos espaçamentos (corrugações). Figura 5.23: Esquema ilustrativo de medição com haste e régua graduada p/ pequenos espaçamentos (buracos). Fonte - Eaton et al. (1995). Para a determinação do defeito Perda de Agregados é necessário apenas a utilização de réguas ou trenas graduadas uma vez que deseja-se determinar o comprimento e altura das ocorrências. Dos sete tipos de defeitos considerados na metodologia proposta por Eaton et al. (1987), apenas o defeito poeira é o único que não é possível eliminar a subjetividade do seu levantamento, uma vez que torna-se complicado definir a densidade ou a altura da nuvem 68 de poeira deixada após a passagem de um veículo, parâmetros estes que são utilizados para a determinação da severidade deste defeito (Figura 5.24). Figura 5.24 - Modelo para definição da severidade para o defeito Poeira. Fonte - Oda, 1995. Outro fator importante a ressaltar sobre este defeito é que a poeira não ocasiona desconforto algum ao veículo que transita pela estrada, mas sim aos transeuntes que por ventura estejam passando pelo local, ou a algum veículo que esteja imediatamente atrás de um outro. Essa situação não é muito comum devido ao baixo volume de tráfego verificado em estradas de terra. Um outro ponto importante a frisar é que o porte do veículo também influencia na formação da nuvem de poeira, ou seja, um caminhão carregado trafegando a uma velocidade de 40 km/h, produz uma nuvem de poeira muito maior do que um veículo de passeio trafegando a mesma velocidade. Sendo assim, é possível que um mesmo segmento de uma estrada apresente vários níveis de severidade para o defeito poeira, dificultando ainda mais a sua determinação. Essa dificuldade de mensuração também é exposta no estudo de Correia (2003), que inclusive não inclui este defeito na sua classificação IST. No método aqui proposto o defeito poeira será considerado, nas seguintes situações: a) porte do veículo: pequeno (veículo de passeio); b) velocidade de operação: 40 km/h; c) determinação do nível de severidade: percepção visual conforme proposto por Eaton et al. (1987). 69 6 CAPÍTULO 6 ANÁLISE DOS RESULTADOS DOS LEVANTAMENTOS DE CAMPO 6.1. APRESENTAÇÃO DAS FICHAS DE CAMPO Os dados obtidos nos levantamentos de campo foram devidamente registrados em fichas elaboradas especificamente para cada tipo de defeito e contendo os parâmetros necessários para posterior tratamento dos resultados. As Figuras 6.1 a 6.3 mostram as fichas de campo para os defeitos Seção Transversal Imprópria, Drenagem Lateral Inadequada e os outros cinco defeitos analisados: Corrugações, Poeira, Afundamento nas Trilhas de Roda, Perda de Agregados e Buracos, respectivamente. Após os levantamentos de campo os dados obtidos foram repassados para as planilhas de cálculo desenvolvidas no software MS Excel versão XP. O objetivo principal dessas planilhas é determinar de uma forma prática e rápida para cada tipo de defeito o nível de severidade, através de rotinas de cálculo, cujas formulações implementadas ao software tiveram como fundamento as premissas utilizadas na definição desses níveis de severidade para cada tipo de defeito. Quando não há presença de defeitos é atribuído nível ótimo. 6.2. APRESENTAÇÃO DAS INFORMAÇÕES DE CAMPO Além da determinação dos níveis de severidade a planilha de cálculo também fornece as seções transversais, os perfis longitudinais e a modelagem simplificada do terreno, através de gráficos e funções disponíveis nesta versão do software MS Excel, conforme mostram as Figuras 6.4 a 6.7. 70 FICHA DE LEVANTAMENTO DE DEFEITOS EM ESTRADAS NÃO PAVIMENTADAS 1. Identificação da Unidade Amostral: Número: Comprimento (m): 50,00 Largura (m): Início: Fim: 2. Geometria dos Defeitos: Seção Transversal Imprópria 1ª Medição 2ª Medição 3ª Medição 4ª Medição 5ª Medição 6ª Medição Offset 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 2,25 2,50 2,75 3,00 3,25 3,50 3,75 4,00 Leitura (cm) Offset 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 2,25 2,50 2,75 3,00 3,25 3,50 3,75 4,00 Leitura (cm) Offset 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 2,25 2,50 2,75 3,00 3,25 3,50 3,75 4,00 Leitura (cm) Offset 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 2,25 2,50 2,75 3,00 3,25 3,50 3,75 4,00 Leitura (cm) Offset 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 2,25 2,50 2,75 3,00 3,25 3,50 3,75 4,00 Leitura (cm) Offset 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 2,25 2,50 2,75 3,00 3,25 3,50 3,75 4,00 Leitura (cm) Croquis: Observações: Figura 6.1 - Ficha de campo para o defeito Seção Transversal Imprópria. 71 FICHA DE LEVANTAMENTO DE DEFEITOS EM ESTRADAS NÃO PAVIMENTADAS 1. Identificação da Unidade Amostral: Número: Comprimento (m): 50,00 Largura (m): Início: Fim: Drenagem Lateral Inadequada Bordo Direito Offset 0,0 5,0 5,0 10,0 10,0 15,0 15,0 20,0 20,0 25,0 25,0 30,0 30,0 35,0 35,0 40,0 40,0 45,0 45,0 50,0 0,0 5,0 5,0 10,0 10,0 15,0 15,0 20,0 20,0 25,0 25,0 30,0 30,0 35,0 35,0 40,0 40,0 45,0 45,0 50,0 0,0 5,0 5,0 10,0 10,0 15,0 15,0 20,0 20,0 25,0 25,0 30,0 30,0 35,0 35,0 40,0 40,0 45,0 45,0 50,0 Leitura (cm) Nível de presença de entulhos Eixo Offset Leitura (cm) Nível de presença de entulhos Bordo Esquerdo Offset Leitura (cm) Nível de presença de entulhos Croquis: Observações: Figura 6.2 - Ficha de campo para o defeito Drenagem Lateral Inadequada. 72 FICHA DE LEVANTAMENTO DE DEFEITOS EM ESTRADAS NÃO PAVIMENTADAS 1. Identificação da Unidade Amostral: Número: Comprimento (m): Largura (m): 50,00 Corrugações / Ondulações Ocorrência C (m) L (m) Ocorrência 2ª 3ª Ocorrência 4ª Prof. (cm) φ3 (m) Prof. (cm) 3ª Única 4ª 5ª Velocidade de Operação (km/h) 6ª L (m) 2ª Densidade da Nuvem de Poeira (Baixa, Média, Alta) 5ª C (m) 1ª Poeira 6ª 7ª 7ª 8ª 8ª 9ª 9ª 10ª 10ª Perda de Agregados C (m) Fim: Afundamento nas Trilhas de Roda Prof. (cm) 1ª Ocorrência Início: Buracos Prof. (cm) Ocorrência 1ª 1ª 2ª 2ª 3ª 3ª 4ª 4ª 5ª 5ª 6ª 6ª 7ª 7ª 8ª 8ª 9ª 9ª 10ª 10ª φ1 (m) φ2 (m) Croquis: Observações: Figura 6.3 - Ficha de campo para os defeitos Corrugações, Poeira, Afundamento nas Trilhas de Roda, Perda de Agregados e Buracos. 73 FICHA DE AVALIAÇÃO DE DEFEITOS EM ESTRADAS NÃO PAVIMENTADAS 1. Identificação da Estrada Nomenclatura: Município: Extensão (km): Estado: VDM (veic/dia): 2. Identificação da Unidade Amostral: Número: Comprimento* (m): Largura (m): (*) Preferencialmente 50 m 50,00 Inicial: Média: Final: 3. Geometria dos Defeitos: 3.1. Seção Transversal Imprópria 1ª Medição 2ª Medição 3ª Medição 4ª Medição 5ª Medição 6ª Medição Offset Leitura (cm) Declividade (%) Severidade Offset Leitura (cm) Declividade (%) Severidade Offset Leitura (cm) Declividade (%) Severidade Offset Leitura (cm) Declividade (%) Severidade Offset Leitura (cm) Declividade (%) Severidade Offset Leitura (cm) Declividade (%) Severidade 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 2,25 2,50 2,75 3,00 3,25 3,50 3,75 4,00 Severidade 1ª Seção 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 2,25 2,50 2,75 3,00 3,25 3,50 3,75 4,00 Severidade 2ª Seção 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 2,25 2,50 2,75 3,00 3,25 3,50 3,75 4,00 Severidade 3ª Seção 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 2,25 2,50 2,75 3,00 3,25 3,50 3,75 4,00 Severidade 4ª Seção 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 2,25 2,50 2,75 3,00 3,25 3,50 3,75 4,00 Severidade 5ª Seção 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 2,25 2,50 2,75 3,00 3,25 3,50 3,75 4,00 Severidade 6ª Seção 3.2. Drenagem Lateral Inadequada 0,0 Offset Bordo Direito Cota Estimada Leitura (cm) 0,0 5,0 5,0 10,0 10,0 15,0 15,0 20,0 20,0 25,0 5,0 25,0 10,0 30,0 15,0 30,0 20,0 35,0 25,0 35,0 30,0 40,0 35,0 40,0 40,0 45,0 45,0 45,0 50,0 50,0 Severidade Bordo Direito Declividade (%) Severidade Nível de presença de entulhos 0,0 Bordo Esquerdo Offset 0,0 5,0 5,0 10,0 10,0 15,0 15,0 20,0 2 Severidade 20,0 25,0 5,0 25,0 10,0 30,0 15,0 30,0 20,0 35,0 25,0 35,0 30,0 40,0 35,0 40,0 40,0 45,0 45,0 45,0 50,0 50,0 Cota Estimada Leitura (cm) Severidade Bordo Esquerdo Declividade (%) Severidade Nível de presença de entulhos 3.3. Corrugações / Ondulações Ocorrência 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª C (m) L (m) Prof. (cm) 3.6. Afundamento nas Trilhas de Roda A (m ) 3.4. Poeira Ocorrência Única Velocidade de Operação (km/h) 3.7. Perda de Agregados Ocorrência 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª Densidade da Nuvem de Poeira (Baixa, Média, Alta) C (m) Prof. (cm) Ocorrência 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª C (m) L (m) P (cm) A (m2) Severidade 3.5. Buracos Severidade Ocorrência φ1 (m) φ2 (m) φ3 (m) 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª φMédio (m) P (cm) Severidade Figura 6.4 - Planilha de cálculo para determinação dos níveis de severidade de cada defeito. 74 0m 10 m 20 m 30 m 40 m 50 m Figura 6.5 - Seções transversais obtidas do terreno. 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 BORDO DIREITO EIXO 40,0 45,0 50,0 BORDO ESQUERDO Figura 6.6 - Perfis Longitudinais obtidos do terreno. Figura 6.7 - Modelagem simplificada do terreno. Um quadro-resumo (Figura 6.8) é obtido da planilha mostrada na Figura 6.4 e apresenta a combinação das quantidades levantadas em cada tipo de defeito e seus respectivos níveis de severidade. 75 As unidades associadas aos defeitos são: a) Seção Transversal Imprópria: metro linear (m); b) Drenagem Lateral Inadequada: metro linear (m); c) Corrugações: metro quadrado (m2); d) Poeira: Presença ou Ausência; e) Buracos: unidade (und.); f) Afundamento nas Trilhas de Roda: metro quadrado (m2); g) Perda de Agregados: metro linear (m). QUADRO RESUMO TRECHO N°: Tipos de Defeitos Severidade 3.1 3.2 3.3 3.4 3.5 3.6 Baixa Média Alta 3.7 Figura 6.8 - Quadro-resumo dos resultados de quantidades e níveis de severidade. 6.3. ANÁLISE DOS RESULTADOS Para a análise dos resultados foram desenvolvidas duas rotinas de cálculo, uma baseada nas formulações da metodologia desenvolvida por Eaton et al. (1987) e a outra na metodologia proposta por Correia (2003). 6.3.1. Análise dos resultados na metodologia Eaton Por tratar-se de uma metodologia baseada em ábacos, foi necessária a determinação das equações que geraram as curvas que fornecem os valores de dedução para cada tipo de defeito e o número q. Com isso foi possível a sistematização do processo e a criação de uma rotina de cálculo para facilitar a determinação destes valores dispensando a utilização dos ábacos. Para esse processo foram seguidas as seguintes etapas: 76 Digitalização dos ábacos Os ábacos foram salvos em arquivos de imagem com a extensão “.jpg”, para que fosse possível a inserção destes no software AUTOCAD versão 2005. Utilizando-se das ferramentas deste software, os ábacos foram colocados em escala e as curvas digitalizadas através do comando Spline, como mostrado na Figura 6.9. Figura 6.9 - Digitalização das curvas dos ábacos da metodologia Eaton. Obtenção dos pontos das curvas Após a digitalização das curvas, as splines obtidas foram transformadas em polylines (várias linhas interligadas que formam uma só entidade) e divididas em segmentos de 0,05 unidades de comprimento. Dessa forma, foram obtidos para cada curva, de 1000 a 3000 pontos, onde cada ponto encontra-se representado pelo par ordenado (x,y), obtido através do comando list do Autocad, conforme mostra o relatório da Figura 6.10. 77 Figura 6.10 - Relatório do AUTOCAD que fornece os pares ordenados de cada ponto da curva. Obtenção das curvas e das equações Os pares ordenados de cada curva foram inseridos no software MS Excel versão XP e utilizando-se as ferramentas de geração de gráficos, foram obtidas curvas e equações através de linhas de tendência. A priori, estas equações já possuiriam níveis de aproximação desejáveis, contudo foi feita a análise estatística no software SSPS for Windows versão 13.0, através de regressões não-lineares com o intuito de validá-las. O SSPS é alimentado com os pares ordenados (x,y) e o tipo de equação que foi obtida no MS Excel, através do qual são determinados os parâmetros de cada equação, com intervalo de confiança de 95% e o R-quadrado, obtido pela Equação 6.1. R2 =1− soma dos quadrados soma corrigida dos quadrados (6.1) Na maioria dos casos foram geradas mais de uma equação para cada curva, uma vez que as curvas não podiam ser representadas por um único tipo de equação, linear, logarítmica, exponencial, potencial ou polinomial. 78 A Tabela 6.1 mostra as equações obtidas para cada curva, de cada tipo de defeito considerado, e a Tabela 6.2 mostra as equações para a determinação do número q. Tabela 6.1 - Equações das curvas dos defeitos considerados na Metodologia Eaton. Severidade Defeito B M STI A B M DLI A B Corrugações M A B M Buracos Intervalo de valores x <= 25 x > 25 x <= 40 x > 40 x <= 40 x > 40 Qualquer x x<=35 x >35 x <= 15 x >15 x <= 40 x > 40; x <= 40 x > 40 x <= 50 x > 50 x <=20 x <=20 x <= 10 10 < x <= 20 x > 20 x <= 5 A B Afundundamento nas Trilhas de Roda M A B Perda de Agregados M A 5 < x <= 10 x > 10 x <= 20 20 < x <= 40 x > 40 x <= 10 10 < x <= 25 x > 25 x <= 10 10 < x <= 30 x > 30 x <= 20 x > 20 x <= 20 x > 20 x <= 20 x > 20 Equações obtidas y = -0,0085x2 + 0,7425x - 0,0131 y = 1,7665x0,6318 y = -0,0044x2 + 0,7844x + 0,0934 y = -0,0115x2 + 1,3207x – 10,0097 y = 5E-05x3 - 0,0132x2 + 1,2327x + 0,0425 y = 18,4685Ln(x) - 36,5641 y = -0,0009x2 + 0,3688x + 0,1863 y = -0,0044x2 + 0,6699x - 0,0749 y = 14,9266Ln(x) - 35,3030 4 -7E-05x + 0,0026x3 - 0,0380x2 + 0,9753x + 0,1643 y = -0,0016x2 + 0,6709x + 1,8671 y = 6E-06x3 - 0,0053x2 + 0,7246x + 0,0788 y = 13,1854Ln(x) - 27,6514 y = 7E-05x3 - 0,0103x2 + 0,9431x + 0,0409 y = 18,4746Ln(x) - 42,0501 y = -0,0068x2 + 1,1421x + 0,3351 y = 4,25651x0,5736 3 y = 0,0005x - 0,0385x2 + 1,7597x + 0,0801 y = 19,6490Ln(x) - 35,2829 y = -0,0044x3 - 0,0076x2 + 2,9873x + 0,1205 y = 0,0007x3 - 0,0521x2 + 2,3426x + 5,9711 y = 8,7740x0,4902 6 y = 0,0344x - 0,5586x5 + 3,4078x4 - 9,5136x3 + 10,7719x2 + 5,8975x + 0,1042 y = 14,1505Ln(x) + 8,4956 y = 3E-06x4 - 0,0003x3 + 0,0011x2 + 1,3978x + 27,3068 y = 0,0001x4 - 0,0037x3 + 0,0040x2 + 1,5887x - 0,0368 y = 8,2574x0,2989 y = 5,6914Ln(x) + 4,0050 y = -0,0025x3 - 0,0224x2 + 2,1786x - 0,1802 y = -0,0263x2 + 1,6433x + 3,0206 y = 6,7283Ln(x) + 6,1490 y = 0,0128x3 - 0,3378x2 + 4,1766x + 0,0527 y = 8,2237x0,4004 y = -0,0006x2 + 0,4117x + 20,1288 y = -2E-05x4 + 0,0009x3 - 0,0167x2 + 0,4666x + 0,1041 y = 5,6577Ln(x) - 10,1117 y = -0,0145x2 + 0,7887x - 0,0208 y = 1,8733x0,5578 y = -0,0135x2 + 0,9887x + 0,0344 y = 2,1079x0,6397 Obs: os valores de x representam a densidade (%) e os de y, os valores dedutíveis. 79 Tabela 6.2 - Equações das curvas do número q. Nº de valores dedutíveis maiores que 5 (q) Intervalo de valores 0 ou 1 Qualquer x 2 3 4 5 6 7 Equações obtidas y=x 3 x <= 100 y = -7E-06x + 0,0006x2 + 0,7005x + 0,0772 100 < x <= 140 y = 58,6372Ln(x) - 201,0228 x > 140 y = 50,4910Ln(x) - 160,5243 x <= 100 y = -0,0006x2 + 0,7378x - 5,0636 100 < x <= 120 y = 57,8353Ln(x) - 203,8862 x > 120 y = 2,7707x0,6859 x <= 90 y = 2E-05x2 + 0,6423x - 6,7045 90 < x <= 140 y = 0,5208x1,0196 x > 140 y = -0,0026x2 + 1,1940x - 37,2852 x <= 120 y = -0,0004x2 + 0,6332x - 8,1941 120 < x <= 160 y = 65,7414Ln(x) - 252,9368 x > 160 y = 52,6662Ln(x) - 186,3544 x <= 90 y = 3E-05x2 + 0,5644x - 8,0357 90 < x <= 140 y = 4E-07x3 - 0,0008x2 + 0,6586x - 10,3338 x > 140 y = -2E-06x3 - 0,0010x2 + 0,8718x - 29,3154 x <= 90 y = 3E-05x2 + 0,5644x - 8,0357 90 < x <= 120 y = 0,3828x1,0491 x > 120 y = -0,0024x2 + 1,0616x - 34,6290 Obs: os valores de x representam o valor dedutível total e os de y o URCI. Finalmente, com a determinação das equações, foi possível a criação de uma planilha eletrônica no software MS Excel versão XP, cuja finalidade seria a determinação das condições de rolamento da superfície em análise, através dos parâmetros de entrada: a) número de seções; b) nomenclatura das seções; c) comprimento em metros; d) largura em metros; e) volume médio diário (VMD); f) os dados fornecidos no quadro-resumo mostrado na Figura 6.8. 80 E os resultados obtidos são: a) valor de dedução total; b) número q; c) URCI; d) classificação da rodovia. A interface da planilha de cálculo pode ser visualizada na Figura 6.11, onde é possível ver os dados de entrada e os resultados obtidos. Figura 6.11 - Interface da planilha desenvolvida para classificação das seções analisadas (dados de entrada e resultados). A mesma planilha também fornece um relatório com as prioridades de intervenção nas seções (Figura 6.12) de acordo com a classificação da mesma, onde são levados em consideração o valor do URCI e o VMD, para tal priorização. Além disso, é gerado um gráfico que complementa as informações de intervenção como observado na Figura 6.13. 81 Figura 6.12 - Interface da planilha desenvolvida para classificação das seções analisadas (prioridades de intervenção). Figura 6.13 - Interface da planilha desenvolvida para classificação das seções analisadas (gráfico de prioridades de intervenção). 82 6.3.2. Análise dos resultados na metodologia ALYNO Para a análise dos dados levantados em campo na metodologia ALYNO, foram utilizadas as formulações propostas por Correia (2003) e explicadas no item 4.3. Para facilitar a obtenção dos resultados, as fórmulas foram inseridas no software MS Excel versão XP e obtidos os resultados mostrados na Figura 6.14 e na Tabela 6.3. Figura 6.14 - Interface da planilha desenvolvida para classificação das seções analisadas Correia (2003). Tabela 6.3 - Resultados obtidos na classificação ALYNO. Seção AQZ-01 AQZ-02 AQZ-03 IST 0,75 1,65 0,75 Classificação Regular Muito Ruim Regular 83 6.4. CONFRONTO DOS RESULTADOS OBTIDOS NAS METODOLOGIAS Os resultados obtidos nas duas metodologias apresentaram divergências quanto à classificação das condições da superfície de rolamento das três seções analisadas, mesmo havendo nesta divergência, uma certa coerência. Na metodologia Eaton, as AQZ-01 e AQZ-03 receberam a classificação, “Muito Boa” e a AZ-02, a classificação “Boa”. Já na metodologia ALYNO, as seções AQZ-01 e AQZ-03 receberam a classificação e a AQZ02 “Muito Ruim”, ficando as classificações na metodologia ALYNO, num nível abaixo daquelas da metodologia Eaton, conforme mostra a Tabela 6.4. Tabela 6.4 - Comparativo dos resultados obtidos na classificação Eaton e ALYNO. Seção Classificação Eaton Classificação ALYNO URCI Classificação IST Classificação AQZ-01 77 Muito Boa 0,75 Regular AQZ-02 70 Boa 1,65 Muito Ruim AQZ-03 81 Muito Boa 0,75 Regular O que de fato se observa em campo através das visitas e de fotos, além da experiência prática da equipe que trabalhou nos levantamentos, é que as reais condições dos três segmentos analisados estão mais próximas da classificação obtida pela metodologia ALYNO, não que a metodologia proposta por Eaton et al. (1987) seja inválida ou apresente erros. Vale ressaltar que as condições em que esta metodologia foi desenvolvida são totalmente diferentes daquelas da metodologia ALYNO, como o clima, tráfego, pedologia, nível de sensibilidade quanto a verificação dos defeitos dos pesquisadores, entre outros fatores que foram importantes para a concepção do método americano. 84 6.5. PROPOSIÇÃO DO MÉTODO SIMPLIFICADO DE LEVANTAMENTO DE CAMPO 6.5.1. Forma de levantamento dos dados de campo A trecho em análise deve ser dividida em segmentos de 50 m. Quanto maior o número de segmentos levantados, maior é a aproximação das suas reais condições de rolamento. Devem ser levantados os sete defeitos, Seção Transversal Imprópria, Drenagem Lateral Inadequada, Corrugações, Poeira, Buracos, Afundamento nas Trilhas de Roda e Perda de Agregados. Para o levantamento do defeito Seção Transversal Imprópria, deve se utilizar o Medidor de Irregularidade Transversal (M.I.T.), e para o defeito Drenagem Lateral Inadequada, deve ser utilizado o Medidor de Declividade Longitudinal (M.D.L.), ambos utilizados como descrito no Capítulo 5. Para o levantamento dos defeitos Corrugações, Buracos, Afundamento nas Trilhas de Roda e Perda de Agregados, devem ser utilizados, trenas, treliças, hastes metálicas e réguas graduadas da forma como descrita no Capítulo 5. Apenas para o defeito Poeira, pelas peculiaridades apresentadas, não foi possível a elaboração de uma forma de levantamento objetiva, devendo ser mensurado também como descrito no Capítulo 5. 6.5.2. Registro dos dados Todos os dados devem ser anotados de forma organizada nas fichas de campo elaboradas neste estudo e mostradas no Capítulo 6, devendo ser utilizado um formulário para cada seção levantada. 85 6.5.3. Análise dos dados dos levantamentos de campo Os dados obtidos em campo e registrados nas fichas, devem ser transcritos para as planilhas especificamente elaboradas para análise. Os resultados fornecidos pelas planilhas eletrônicas são a determinação dos níveis de severidade, as áreas e extensões dos defeitos, e no caso do defeito poeira, a sua ausência ou presença e, se ocorrendo, qual seu nível de severidade. O resumo dos resultados (Figura 6.8) obtidos são inseridos na planilha eletrônica que foi desenvolvida na metodologia ALYNO, uma vez, que esta mostrou-se mais aplicável às estradas não pavimentadas submetidas as condições climáticas, geográficas e pedológicas do Estado do Ceará. Na metodologia proposta por Correia (2003), após a inserção dos dados de entrada, são fornecidos os índices de serventia de cada trecho, classificando-os em uma escala de avaliação que varia de “Péssima” à “Excelente”. Com essa classificação é possível a realização da próxima etapa de um sistema de gerência de vias não pavimentadas, a priorização das atividades de M&R. Na metodologia proposta por Eaton et al. (1987), o único parâmetro que influencia na priorização de intervenções é o volume de tráfego, ou seja, uma via com maior volume de tráfego e pior condição de rolamento, conseqüentemente deve ser a primeira a sofrer algum tipo de intervenção. Mais recentemente Almeida (2006) observou parâmetros que influenciam na priorização de intervenções das vias que estão associados a um maior número de fatores responsáveis por manter níveis mínimos de qualidade nas condições das estradas. Almeida (2006) leva em consideração para tal priorização além do tráfego, fatores físicos, climáticos, sociais e administrativos, dessa forma tornando possível uma maior proximidade das reais necessidades de trafegabilidade que uma estrada exige em função destes fatores. Santana (2006) elabora uma composição de custos unitários para serviços em estradas de terra, tornando possível a obtenção do preço global das atividades a serem executados, permitindo que os gestores responsáveis façam previsão dos recursos a serem destinados para a recuperação da malha das estradas não pavimentadas sobre sua jurisdição. Esta 86 etapa completa o ciclo de um SGP com a composição dos custos necessários para a execução das intervenções nas vias. Um SGP específico para estradas não pavimentadas do Estado do Ceará pode então ser estruturado da seguinte forma (Figura 6.14). Figura 6.14 - Estrutura de SGP para vias não pavimentadas no Estado do Ceará. 87 7 CAPÍTULO 07 CONCLUSÕES, RECOMENDAÇÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS 7.1. PRINCIPAIS CONCLUSÕES Este estudo enfocou principalmente a forma de levantamento de defeitos observados em estradas não pavimentadas e a posterior análise dos dados obtidos nestes levantamentos, primando sempre pela objetividade e simplicidade na coleta das informações. Para que este objetivo fosse atendido foi necessário reformular métodos existentes, tidos essencialmente como objetivos e que na verdade apresentavam certo nível de subjetividade em sua forma de análise. O confronto entre metodologias de classificação das condições de rolamento de vias não pavimentadas aqui apresentadas mostrou divergências nas classificações obtidas para os mesmos segmentos analisados, entretanto manteve coerência entre os resultados, sendo a que mais se aproximou das reais condições de trafegabilidade observadas em campo a concebida por Correia (2003). Com relação aos defeitos levantados em campo, para o defeito Seção Transversal Imprópria, notou-se que o seu nível de severidade estava mais relacionado à irregularidade da seção e que no método proposto pode ser realizada uma análise mais objetiva do que subjetiva, como a preconizada em outros estudos. Da mesma forma o defeito Drenagem Lateral Inadequada, onde o seu nível de severidade está diretamente relacionado a um perfil longitudinal que possibilite o perfeito escoamento das águas pluviais e a ausência de obstruções ao longo da seção, como vegetação, eliminaria assim, empoçamentos localizados na estrada. Os demais defeitos analisados foram levantados de acordo com o preconizado na metodologia proposta por Eaton et al. (1987), uma vez que nesta metodologia a essência dos levantamentos é puramente objetiva. Apenas para o defeito Poeira, pela sua dificuldade de mensuração, não foi possível eliminar a subjetividade em seu levantamento, tendo este sua obtenção também conseguida de acordo com o proposto por Eaton et al. (1987). 88 As ferramentas elaboradas e utilizadas nos levantamentos de campo além da facilidade de confecção e do baixo custo mostraram-se eficientes e os resultados esperados com sua utilização foram satisfatórios, uma vez que estas apresentaram fácil instalação, manuseio e rápida obtenção das leituras. Um outro aspecto importante na metodologia desenvolvida foi a elaboração das planilhas eletrônicas desenvolvidas no MS Excel, Versão XP, que facilitaram a obtenção dos níveis de severidade e classificação das rodovias, não sendo mais necessária a utilização de ábacos, que despendiam mais tempo e podiam levar a erros sistemáticos. No caso da obtenção dos níveis de severidade, as rotinas de cálculos foram elaboradas de acordo com as peculiaridades de cada defeito e trabalhadas em cima do parâmetro que exercia uma maior influência na ocorrência do defeito. No defeito Seção Transversal Imprópria, por exemplo, a irregularidade transversal seria determinada pela variação da declividade na seção. Já no defeito Drenagem Lateral Inadequada, além da variação da declividade, um outro parâmetro tem influência sobre sua ocorrência, a existência de obstruções ao longo da seção, impedindo o livre escoamento das águas. Todos estes parâmetros foram bem explorados para a elaboração das rotinas de cálculo que determinam os níveis de severidade de cada defeito. 7.2. RECOMENDAÇÕES Estudos utilizando a metodologia proposta poderão ser desenvolvidos em outras regiões, no sentido de consolidar a sua utilização e aprimorar as técnicas de levantamento por ela utilizadas, corrigindo possíveis deficiências e propondo os ajustes que se façam necessários. 7.3. CONSIDERAÇÕES FINAIS O estudo aqui exposto, como os vários outros realizados durante os quatro últimos anos na área de gerência de vias não pavimentadas, foi mais uma etapa na consolidação das pesquisas na linha de gerência de vias não pavimentadas. 89 Um dos objetivos destas pesquisas é a difusão nos meios acadêmico, técnico e profissional, dos seus procedimentos visando contribuir tecnicamente para que os gestores dos órgãos responsáveis pela gerência e manutenção de vias, possam manter de forma prática e exeqüível as boas condições de trafegabilidade da sua malha de estradas não pavimentadas, proporcionando mais conforto aos usuários e um maior desenvolvimento econômico e social para as regiões por elas utilizadas. Cada trabalho, de forma independente ou em conjunto, procura contribuir para a estruturação de um sistema de gerência de vias não-pavimentadas, onde cada um tem apresentado uma ou mais etapas deste. Acredita-se que, o conjunto destes estudos venha alcançar o seu objetivo final quando forem efetivamente utilizados e validados pelos órgãos gestores como uma metodologia aplicável. 90 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, R. V. O. (2006). Concepção de Modelos de Avaliação de Condições Rolamento e Indicação de Priorização de Vias como Etapas de um Sistema Gerência de Vias Não Pavimentadas, Dissertação de Mestrado, Programa Mestrado em Engenharia de Transportes (PETRAN), Universidade Federal Ceará. de de de do APS, M.; Cardoso, S. H. e Gonçalves, A. L. (2001). Obtenção Sistemática do Índice PCI – Pavement Condition Index, para Pavimentos Asfálticos e sua Associação a Procedimentos de Manutenção de Rotina em Nível de Rede. Anais da 33a Reunião Anual de Pavimentação da ABPV, Florianópolis, SC. AQUIRAZ (2007). Site da Prefeitura Municipal http://www.aquiraz.ce.gov.br/. Acesso em Junho de 2007. de Aquiraz, BAESSO, D. P. e GONÇALVES, F. L. R. (2003). 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Proposta de Composição de Custos Unitários e Orçamentos de Serviços em Vias Não Pavimentadas. Dissertação de Mestrado, Programa de Mestrado em Engenharia de Transportes (PETRAN), Universidade Federal do Ceará. SHAIN, M. Y. Pavement Management for Airports, Roads and parking Lots. Chapman & Hall, New York, 1994, 450 p. VISSER, A. T. and HUDSON, W. R. (1983). Performance, Design and Maintenance Relations for Unpaved Low-Volume Roads. In: Third International Conference on Low-Volume Roads, Transportation Research Record 898, Volume 1, 164 – 174 pp., Washington, D. C., USA. ZANCHETTA F., Lima J. P., Lopes S. B., Fernandes Jr. J. L. (2004). Considerações sobre Avaliações de Vias para a Implantação de um Sistema de Gerência de Pavimentos Urbanos. Comunicação Técnica. Anais do XVIII Congresso Nacional de Pesquisa e Ensino em Transportes, ANPET, Florianópolis, SC. 93 9 ANEXOS 94 10 ANEXO I – CUSTO OPERACIONAL DE INSPEÇÕES ANUAIS Nº Ordem REDE RODOVIÁRIA MUNICIPAL EM: Malha MUNICÍPIO Viária (Km) 001 ABAIARA 84,50 002 ACARAPE 0,00 003 ACARAÚ 226,50 004 ACOPIARA 296,00 005 AIUABA 237,00 006 ALCÂNTARAS 64,00 007 ALTANEIRA 91,00 008 ALTO SANTO 413,00 009 AMONTADA 64,00 010 ANTONINA DO NORTE 182,00 011 APUIARÉS 208,00 012 AQUIRAZ 164,00 013 ARACATI 200,00 014 ARACOIABA 575,00 015 ARARENDÁ 0,00 016 ARARIPE 453,00 017 ARATUBA 58,00 018 ARNEIROZ 148,00 019 ASSARÉ 421,00 020 AURORA 883,00 021 BAIXIO 105,00 022 BANABUIÚ 0,00 023 BARBALHA 208,90 024 BARREIRA 0,00 025 BARRO 224,00 026 BARROQUINHA 0,00 027 BATURITÉ 211,00 028 BEBERIBE 272,00 029 BELA CRUZ 108,00 030 BOA VIAGEM 345,00 Dados Gerais: Velocidades de Operação (km/h) 1ª Inspeção 30,00 2ª Inspeção 40,00 Consumo de Combustível (l/km) 0,13 1ª Inspeção 2ª Inspeção 0,12 Preço do Combustivel (R$/l) 2,62 Custos Variáveis (R$/km) 0,1403 Fator de Comprimento Virtual (km/km) Superfície de Rolamento em condição: Boa 0,24 Regular 0,26 Ruim 0,62 (h) 2 0 7 9 7 2 3 13 2 6 6 5 6 19 0 15 1 4 14 29 3 0 6 0 7 0 7 9 3 11 (min) 49 0 33 52 54 8 2 46 8 4 56 28 40 10 0 6 56 56 2 26 30 0 58 0 28 0 2 4 36 30 Tempo Gasto 1ª Inspeção Custo Operacional Superfície de Rolamento em condição Boa Regular Ruim 43,24 43,48 47,75 0,00 0,00 0,00 115,91 116,55 127,99 151,48 152,31 167,26 121,28 121,95 133,92 32,75 32,93 36,16 46,57 46,82 51,42 211,35 212,51 233,37 32,75 32,93 36,16 93,14 93,65 102,84 106,44 107,03 117,53 83,93 84,39 92,67 102,35 102,91 113,01 294,25 295,87 324,91 0,00 0,00 0,00 231,82 233,09 255,97 29,68 29,84 32,77 75,74 76,15 83,63 215,44 216,62 237,89 451,87 454,35 498,95 53,73 54,03 59,33 0,00 0,00 0,00 106,90 107,49 118,04 0,00 0,00 0,00 114,63 115,26 126,57 0,00 0,00 0,00 107,98 108,57 119,23 139,19 139,96 153,70 55,27 55,57 61,03 176,55 177,52 194,95 (h) 2 0 5 7 5 1 2 10 1 4 5 4 5 14 0 11 1 3 10 22 2 0 5 0 5 0 5 6 2 8 (min) 7 0 40 24 56 36 17 20 36 33 12 6 0 23 0 20 27 42 32 4 38 0 13 0 36 0 17 48 42 38 Tempo Gasto 2ª Inspeção Custo Operacional Superfície de Rolamento em condição Boa Regular Ruim 40,26 40,50 44,77 0,00 0,00 0,00 107,93 108,56 120,00 141,04 141,87 156,82 112,93 113,59 125,57 30,50 30,68 33,91 43,36 43,62 48,21 196,79 197,95 218,81 30,50 30,68 33,91 86,72 87,23 96,43 99,11 99,69 110,20 78,15 78,61 86,89 95,30 95,86 105,96 273,98 275,60 304,64 0,00 0,00 0,00 215,85 217,12 240,01 27,64 27,80 30,73 70,52 70,94 78,41 200,60 201,79 223,05 420,74 423,22 467,82 50,03 50,33 55,63 0,00 0,00 0,00 99,54 100,13 110,68 0,00 0,00 0,00 106,73 107,36 118,68 0,00 0,00 0,00 100,54 101,13 111,79 129,61 130,37 144,11 51,46 51,76 57,22 164,39 165,36 182,79 (h) 4 0 13 17 13 3 5 24 3 10 12 9 11 33 0 26 3 8 24 51 6 0 12 0 13 0 12 15 6 20 OCARA 1ª Inspeção + 2ª Inspeção Custo Operacional Superfície de Rolamento em condição (min) Boa Regular Ruim 56 83,51 83,98 92,52 0 0,00 0,00 0,00 13 223,84 225,11 247,99 16 292,52 294,18 324,08 50 234,21 235,54 259,49 44 63,25 63,61 70,07 19 89,93 90,44 99,63 6 408,14 410,46 452,18 44 63,25 63,61 70,07 37 179,86 180,88 199,27 8 205,55 206,72 227,73 34 162,07 162,99 179,56 40 197,65 198,77 218,97 33 568,24 571,46 629,55 0 0,00 0,00 0,00 25 447,67 450,21 495,98 23 57,32 57,64 63,50 38 146,26 147,09 162,04 34 416,05 418,41 460,94 31 872,61 877,57 966,77 8 103,76 104,35 114,96 0 0,00 0,00 0,00 11 206,44 207,61 228,72 0 0,00 0,00 0,00 4 221,36 222,62 245,25 0 0,00 0,00 0,00 19 208,52 209,70 231,02 52 268,80 270,33 297,81 18 106,73 107,34 118,25 8 340,94 342,88 377,73 Tempo Gasto INDEPENDÊNCIA Maior Custo (R$) Menor Custo (R$) Superfície de Rolamento em condição: Boa 1.378,59 Boa 2,96 Regular 1.386,42 Regular 2,98 Ruim 1.527,35 Ruim 3,28 Município Município 3,00 11 (min) 1395,00 0 Menor Rede (km) 23 Maior Rede (km) 81 Resumo Geral: Menor Maior Tempo Tempo (h) (min) (h) 95 REDE RODOVIÁRIA MUNICIPAL EM: Malha MUNICÍPIO Viária (Km) 031 BREJO SANTO 291,00 032 CAMOCIM 557,00 033 CAMPOS SALES 515,00 034 CANINDÉ 936,00 035 CAPISTRANO 206,00 036 CARIDADE 449,00 037 CARIRÉ 286,00 038 CARIRIAÇU 342,00 039 CARIÚS 119,00 040 CARNAUBAL 156,00 041 CASCAVEL 462,00 042 CATARINA 59,00 043 CATUNDA 0,00 044 CAUCAIA 224,00 045 CEDRO 533,00 046 CHAVAL 130,80 047 CHORÓ 0,00 048 CHOROZINHO 0,00 049 COREAÚ 127,00 050 CRATEÚS 251,00 051 CRATO 140,00 052 CROATÁ 0,00 053 CRUZ 38,50 054 DEP. IRAPUAN PINHEIRO 0,00 055 ERERÊ 0,00 056 EUSÉBIO 0,00 057 FARIAS BRITO 105,00 058 FORQUILHA 7,00 059 FORTALEZA 103,80 060 FORTIM 0,00 061 FRECHEIRINHA 163,00 062 GENERAL SAMPAIO 55,00 063 JIJOCA DE JERICOACOARA 0,00 064 GRAÇA 0,00 065 GRANJA 404,00 066 GRANJEIRO 86,00 067 GROAÍRAS 86,00 068 GUAIÚBA 0,00 069 GUARACIABA DO NORTE 180,00 070 GUARAMIRANGA 72,50 Nº Ordem (h) 9 18 17 31 6 14 9 11 3 5 15 1 0 7 17 4 0 0 4 8 4 0 1 0 0 0 3 0 3 0 5 1 0 0 13 2 2 0 6 2 (min) 42 34 10 12 52 58 32 24 58 12 24 58 0 28 46 22 0 0 14 22 40 0 17 0 0 0 30 14 28 0 26 50 0 0 28 52 52 0 0 25 Tempo Gasto 1ª Inspeção Custo Operacional Superfície de Rolamento em condição Boa Regular Ruim 148,92 149,73 164,43 285,04 286,60 314,74 263,55 264,99 291,01 478,99 481,62 528,90 105,42 106,00 116,40 229,77 231,03 253,71 146,36 147,16 161,61 175,02 175,98 193,25 60,90 61,23 67,24 79,83 80,27 88,15 236,42 237,72 261,06 30,19 30,36 33,34 0,00 0,00 0,00 114,63 115,26 126,57 272,76 274,25 301,18 66,94 67,30 73,91 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 64,99 65,35 71,76 128,45 129,15 141,83 71,64 72,04 79,11 0,00 0,00 0,00 19,70 19,81 21,75 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 53,73 54,03 59,33 3,58 3,60 3,96 53,12 53,41 58,65 0,00 0,00 0,00 83,41 83,87 92,10 28,15 28,30 31,08 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 206,74 207,88 228,28 44,01 44,25 48,60 44,01 44,25 48,60 0,00 0,00 0,00 92,11 92,62 101,71 37,10 37,30 40,97 (h) 7 13 12 23 5 11 7 8 2 3 11 1 0 5 13 3 0 0 3 6 3 0 0 0 0 0 2 0 2 0 4 1 0 0 10 2 2 0 4 1 (min) 17 56 53 24 9 14 9 33 59 54 33 29 0 36 20 16 0 0 11 17 30 0 58 0 0 0 38 11 36 0 5 23 0 0 6 9 9 0 30 49 Tempo Gasto 2ª Inspeção Custo Operacional Superfície de Rolamento em condição Boa Regular Ruim 138,66 139,48 154,18 265,41 266,97 295,11 245,39 246,84 272,85 446,00 448,62 495,91 98,16 98,74 109,14 213,95 215,21 237,89 136,28 137,08 151,53 162,96 163,92 181,20 56,70 57,04 63,05 74,33 74,77 82,65 220,14 221,44 244,77 28,11 28,28 31,26 0,00 0,00 0,00 106,73 107,36 118,68 253,97 255,47 282,39 62,33 62,69 69,30 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 60,51 60,87 67,29 119,60 120,30 132,98 66,71 67,10 74,17 0,00 0,00 0,00 18,35 18,45 20,40 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 50,03 50,33 55,63 3,34 3,36 3,71 49,46 49,75 54,99 0,00 0,00 0,00 77,67 78,13 86,36 26,21 26,36 29,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 192,50 193,64 214,04 40,98 41,22 45,56 40,98 41,22 45,56 0,00 0,00 0,00 85,77 86,27 95,37 34,55 34,75 38,41 (h) 16 32 30 54 12 26 16 19 6 9 26 3 0 13 31 7 0 0 7 14 8 0 2 0 0 0 6 0 6 0 9 3 0 0 23 5 5 0 10 4 1ª Inspeção + 2ª Inspeção Custo Operacional Superfície de Rolamento em condição (min) Boa Regular Ruim 59 287,58 289,21 318,61 30 550,45 553,57 609,84 3 508,94 511,83 563,86 36 924,99 930,24 1024,80 1 203,58 204,73 225,54 12 443,72 446,24 491,60 41 282,64 284,24 313,13 57 337,98 339,90 374,45 57 117,60 118,27 130,29 6 154,16 155,04 170,80 57 456,56 459,16 505,83 27 58,31 58,64 64,60 0 0,00 0,00 0,00 4 221,36 222,62 245,25 5 526,73 529,72 583,57 38 129,26 130,00 143,21 0 0,00 0,00 0,00 0 0,00 0,00 0,00 25 125,51 126,22 139,05 39 248,05 249,46 274,81 10 138,35 139,14 153,28 0 0,00 0,00 0,00 15 38,05 38,26 42,15 0 0,00 0,00 0,00 0 0,00 0,00 0,00 0 0,00 0,00 0,00 8 103,76 104,35 114,96 25 6,92 6,96 7,66 3 102,58 103,16 113,65 0 0,00 0,00 0,00 31 161,08 162,00 178,46 13 54,35 54,66 60,22 0 0,00 0,00 0,00 0 0,00 0,00 0,00 34 399,25 401,51 442,33 1 84,99 85,47 94,16 1 84,99 85,47 94,16 0 0,00 0,00 0,00 30 177,88 178,89 197,08 14 71,65 72,05 79,38 Tempo Gasto 96 REDE RODOVIÁRIA MUNICIPAL EM: Malha MUNICÍPIO Viária (Km) 071 HIDROLÂNDIA 186,00 072 HORIZONTE 0,00 073 IBARETAMA 0,00 074 IBIAPINA 148,00 075 IBICUITINGA 0,00 076 ICAPUÍ 0,00 077 ICÓ 453,00 078 IGUATU 382,00 079 INDEPENDÊNCIA 1395,00 080 IPAPORANGA 0,00 081 IPAUMIRIM 145,00 082 IPU 174,00 083 IPUEIRAS 491,00 084 IRACEMA 317,00 085 IRAUÇUBA 574,00 086 ITAIÇABA 36,00 087 ITAITINGA 0,00 088 ITAPAGÉ 542,00 089 ITAPIPOCA 718,00 090 ITAPIÚNA 141,00 091 ITAREMA 5,00 092 ITATIRA 514,00 093 JAGUARETAMA 337,00 094 JAGUARIBARA 123,00 095 JAGUARIBE 781,50 096 JAGUARUANA 135,00 097 JARDIM 169,00 098 JATI 61,00 099 JUAZEIRO DO NORTE 287,00 100 JUCÁS 136,00 101 LAVRAS DA MANGABEIRA 85,00 102 LIMOEIRO DO NORTE 95,50 103 MADALENA 0,00 104 MARACANAÚ 0,00 105 MARANGUAPE 168,60 106 MARCO 272,00 107 MARTINÓPOLE 134,00 108 MASSAPÊ 153,00 109 MAURITI 190,00 110 MERUOCA 76,60 Nº Ordem (h) 6 0 0 4 0 0 15 12 46 0 4 5 16 10 19 1 0 18 23 4 0 17 11 4 26 4 5 2 9 4 2 3 0 0 5 9 4 5 6 2 (min) 12 0 0 56 0 0 6 44 30 0 50 48 22 34 8 12 0 4 56 42 10 8 14 6 3 30 38 2 34 32 50 11 0 0 37 4 28 6 20 33 Tempo Gasto 1ª Inspeção Custo Operacional Superfície de Rolamento em condição Boa Regular Ruim 95,18 95,71 105,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 75,74 76,15 83,63 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 231,82 233,09 255,97 195,49 196,56 215,85 713,88 717,79 788,26 0,00 0,00 0,00 74,20 74,61 81,93 89,04 89,53 98,32 251,27 252,64 277,44 162,22 163,11 179,12 293,74 295,35 324,34 18,42 18,52 20,34 0,00 0,00 0,00 277,36 278,88 306,26 367,43 369,45 405,71 72,16 72,55 79,67 2,56 2,57 2,83 263,04 264,48 290,44 172,46 173,40 190,43 62,94 63,29 69,50 399,93 402,12 441,60 69,09 69,46 76,28 86,48 86,96 95,50 31,22 31,39 34,47 146,87 147,68 162,17 69,60 69,98 76,85 43,50 43,74 48,03 48,87 49,14 53,96 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 86,28 86,75 95,27 139,19 139,96 153,70 68,57 68,95 75,72 78,30 78,73 86,45 97,23 97,76 107,36 39,20 39,41 43,28 (h) 4 0 0 3 0 0 11 9 34 0 3 4 12 7 14 0 0 13 17 3 0 12 8 3 19 3 4 1 7 3 2 2 0 0 4 6 3 3 4 1 (min) 39 0 0 42 0 0 20 33 53 0 38 21 17 56 21 54 0 33 57 32 8 51 26 5 32 23 14 32 11 24 8 23 0 0 13 48 21 50 45 55 Tempo Gasto 2ª Inspeção Custo Operacional Superfície de Rolamento em condição Boa Regular Ruim 88,63 89,15 98,55 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 70,52 70,94 78,41 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 215,85 217,12 240,01 182,02 183,09 202,39 664,71 668,62 739,09 0,00 0,00 0,00 69,09 69,50 76,82 82,91 83,40 92,19 233,96 235,34 260,14 151,05 151,94 167,95 273,51 275,12 304,11 17,15 17,25 19,07 0,00 0,00 0,00 258,26 259,78 287,16 342,12 344,14 380,41 67,19 67,58 74,70 2,38 2,40 2,65 244,92 246,36 272,32 160,58 161,52 178,55 58,61 58,95 65,17 372,38 374,57 414,05 64,33 64,71 71,52 80,53 81,00 89,54 29,07 29,24 32,32 136,75 137,56 152,06 64,80 65,18 72,05 40,50 40,74 45,03 45,51 45,77 50,60 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 80,34 80,81 89,33 129,61 130,37 144,11 63,85 64,23 70,99 72,90 73,33 81,06 90,53 91,07 100,66 36,50 36,71 40,58 (h) 10 0 0 8 0 0 26 22 81 0 8 10 28 18 33 2 0 31 41 8 0 29 19 7 45 7 9 3 16 7 4 5 0 0 9 15 7 8 11 4 1ª Inspeção + 2ª Inspeção Custo Operacional Superfície de Rolamento em condição (min) Boa Regular Ruim 51 183,81 184,86 203,65 0 0,00 0,00 0,00 0 0,00 0,00 0,00 38 146,26 147,09 162,04 0 0,00 0,00 0,00 0 0,00 0,00 0,00 25 447,67 450,21 495,98 17 377,51 379,65 418,24 23 1378,59 1386,42 1527,35 0 0,00 0,00 0,00 28 143,29 144,11 158,76 9 171,95 172,93 190,51 39 485,22 487,98 537,58 30 313,27 315,05 347,08 29 567,25 570,47 628,46 6 35,58 35,78 39,42 0 0,00 0,00 0,00 37 535,62 538,67 593,42 53 709,55 713,58 786,12 14 139,34 140,13 154,38 18 4,94 4,97 5,47 59 507,95 510,84 562,77 40 333,04 334,93 368,97 11 121,55 122,24 134,67 35 772,31 776,69 855,64 53 133,41 134,17 147,81 52 167,01 167,96 185,03 34 60,28 60,62 66,79 45 283,62 285,23 314,23 56 134,40 135,16 148,90 58 84,00 84,48 93,06 34 94,38 94,91 104,56 0 0,00 0,00 0,00 0 0,00 0,00 0,00 50 166,62 167,56 184,60 52 268,80 270,33 297,81 49 132,42 133,18 146,71 56 151,20 152,06 167,52 5 187,76 188,83 208,03 28 75,70 76,13 83,87 Tempo Gasto 97 REDE RODOVIÁRIA MUNICIPAL EM: Malha MUNICÍPIO Viária (Km) 111 MILAGRES 231,00 112 MILHÃ 9,00 113 MIRAÍMA 0,00 114 MISSÃO VELHA 225,50 115 MOMBAÇA 581,50 116 MONSENHOR TABOSA 149,00 117 MORADA NOVA 926,00 118 MORAÚJO 118,00 119 MORRINHOS 138,00 120 MUCAMBO 84,00 121 MULUNGU 24,00 122 NOVA OLINDA 67,50 123 NOVA RUSSAS 962,00 124 NOVO ORIENTE 233,00 125 OCARA 3,00 126 ORÓS 250,00 127 PACAJUS 198,00 128 PACATUBA 247,00 129 PACOTI 84,00 130 PACUJÁ 47,00 131 PALHANO 65,00 132 PALMÁCIA 51,50 133 PARACURU 143,00 134 PARAIPABA 0,00 135 PARAMBU 397,00 136 PARAMOTI 270,00 137 PEDRA BRANCA 726,00 138 PENAFORTE 65,00 139 PENTECOSTE 413,00 140 PEREIRO 146,00 141 PINDORETAMA 0,00 142 PIQUET CARNEIRO 278,00 143 PIRES FERREIRA 0,00 144 PORANGA 322,00 145 PORTEIRAS 168,00 146 POTENGI 257,00 147 POTIRETAMA 0,00 148 QUITERIANÓPOLIS 0,00 149 QUIXADÁ 997,00 150 QUIXELÔ 67,00 Nº Ordem (h) 7 0 0 7 19 4 30 3 4 2 0 2 32 7 0 8 6 8 2 1 2 1 4 0 13 9 24 2 13 4 0 9 0 10 5 8 0 0 33 2 (min) 42 18 0 31 23 58 52 56 36 48 48 15 4 46 6 20 36 14 48 34 10 43 46 0 14 0 12 10 46 52 0 16 0 44 36 34 0 0 14 14 Tempo Gasto 1ª Inspeção Custo Operacional Superfície de Rolamento em condição Boa Regular Ruim 118,21 118,86 130,53 4,61 4,63 5,09 0,00 0,00 0,00 115,40 116,03 127,42 297,58 299,21 328,58 76,25 76,67 84,19 473,87 476,47 523,25 60,39 60,72 66,68 70,62 71,01 77,98 42,99 43,22 47,47 12,28 12,35 13,56 34,54 34,73 38,14 492,30 495,00 543,59 119,24 119,89 131,66 1,54 1,54 1,70 127,94 128,64 141,27 101,32 101,88 111,88 126,40 127,09 139,57 42,99 43,22 47,47 24,05 24,18 26,56 33,26 33,45 36,73 26,35 26,50 29,10 73,18 73,58 80,80 0,00 0,00 0,00 203,16 204,28 224,33 138,17 138,93 152,57 371,52 373,56 410,23 33,26 33,45 36,73 211,35 212,51 233,37 74,71 75,12 82,50 0,00 0,00 0,00 142,26 143,04 157,09 0,00 0,00 0,00 164,78 165,68 181,95 85,97 86,44 94,93 131,52 132,24 145,22 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 510,21 513,00 563,37 34,29 34,47 37,86 (h) 5 0 0 5 14 3 23 2 3 2 0 1 24 5 0 6 4 6 2 1 1 1 3 0 9 6 18 1 10 3 0 6 0 8 4 6 0 0 24 1 (min) 47 14 0 38 32 44 9 57 27 6 36 41 3 50 5 15 57 11 6 11 38 17 35 0 56 45 9 38 20 39 0 57 0 3 12 26 0 0 56 41 Tempo Gasto 2ª Inspeção Custo Operacional Superfície de Rolamento em condição Boa Regular Ruim 110,07 110,72 122,39 4,29 4,31 4,77 0,00 0,00 0,00 107,45 108,08 119,47 277,08 278,71 308,09 71,00 71,42 78,94 441,23 443,83 490,61 56,23 56,56 62,52 65,76 66,14 73,11 40,03 40,26 44,50 11,44 11,50 12,72 32,16 32,35 35,76 458,39 461,09 509,68 111,02 111,68 123,45 1,43 1,44 1,59 119,12 119,83 132,45 94,35 94,90 104,90 117,69 118,39 130,86 40,03 40,26 44,50 22,40 22,53 24,90 30,97 31,15 34,44 24,54 24,68 27,29 68,14 68,54 75,76 0,00 0,00 0,00 189,17 190,28 210,34 128,65 129,41 143,05 345,93 347,97 384,64 30,97 31,15 34,44 196,79 197,95 218,81 69,57 69,98 77,35 0,00 0,00 0,00 132,47 133,25 147,29 0,00 0,00 0,00 153,43 154,33 170,60 80,05 80,52 89,01 122,46 123,18 136,16 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 475,06 477,86 528,22 31,93 32,11 35,50 (h) 13 0 0 13 33 8 54 6 8 4 1 3 56 13 0 14 11 14 4 2 3 3 8 0 23 15 42 3 24 8 0 16 0 18 9 14 0 0 58 3 1ª Inspeção + 2ª Inspeção Custo Operacional Superfície de Rolamento em condição (min) Boa Regular Ruim 29 228,28 229,58 252,92 32 8,89 8,94 9,85 0 0,00 0,00 0,00 9 222,85 224,11 246,89 55 574,66 577,92 636,67 42 147,25 148,08 163,14 1 915,11 920,30 1013,85 53 116,61 117,27 129,20 3 136,38 137,15 151,09 54 83,01 83,48 91,97 24 23,72 23,85 26,28 56 66,71 67,08 73,90 7 950,68 956,08 1053,27 36 230,26 231,57 255,11 11 2,96 2,98 3,28 35 247,06 248,46 273,72 33 195,67 196,78 216,79 24 244,09 245,48 270,43 54 83,01 83,48 91,97 45 46,45 46,71 51,46 48 64,24 64,60 71,17 0 50,89 51,18 56,39 21 141,32 142,12 156,57 0 0,00 0,00 0,00 10 392,33 394,56 434,66 45 266,82 268,34 295,62 21 717,46 721,53 794,88 48 64,24 64,60 71,17 6 408,14 410,46 452,18 31 144,28 145,10 159,85 0 0,00 0,00 0,00 13 274,73 276,29 304,37 0 0,00 0,00 0,00 47 318,21 320,02 352,55 48 166,02 166,97 183,94 60 253,98 255,42 281,38 0 0,00 0,00 0,00 0 0,00 0,00 0,00 10 985,27 990,87 1091,59 55 66,21 66,59 73,36 Tempo Gasto 98 REDE RODOVIÁRIA MUNICIPAL EM: Malha MUNICÍPIO Viária (Km) 151 QUIXERAMOBIM 513,00 152 QUIXERÉ 114,00 153 REDENÇÃO 135,00 154 RERIUTABA 213,00 155 RUSSAS 504,00 156 SABOEIRO 225,00 157 SALITRE 0,00 158 SANTA QUITÉRIA 361,00 159 SANTANA DO ACARAÚ 227,00 160 SANTANA DO CARIRI 286,00 161 SÃO BENEDITO 252,00 162 SÃO GONÇALO DO AMARANTE 220,00 163 SÃO JOÃO DO JAGUARIBE 105,00 164 SÃO LUIS DO CURU 73,00 165 SENADOR POMPEU 214,00 166 SENADOR SÁ 136,00 167 SOBRAL 220,20 168 SOLONÓPOLE 364,00 169 TABULEIRO DO NORTE 141,00 170 TAMBORIL 425,60 171 TARRAFAS 0,00 172 TAUÁ 398,00 173 TEJUÇUOCA 0,00 174 TIANGUÁ 219,00 175 TRAIRI 229,00 176 TURURU 0,00 177 UBAJARA 147,00 178 UMARI 142,00 179 UMIRIM 0,00 180 URUBURETAMA 118,00 181 URUOCA 76,00 182 VARJOTA 0,00 183 VÁRZEA ALEGRE 187,00 184 VIÇOSA DO CEARÁ 240,00 (km) TOTAIS 38.179,50 Nº Ordem (h) 17 3 4 7 16 7 0 12 7 9 8 7 3 2 7 4 7 12 4 14 0 13 0 7 7 0 4 4 0 3 2 0 6 8 Dias 53 (min) 6 48 30 6 48 30 0 2 34 32 24 20 30 26 8 32 20 8 42 11 0 16 0 18 38 0 54 44 0 56 32 0 14 0 Horas 1 Tempo Gasto 1ª Inspeção Custo Operacional Superfície de Rolamento em condição Boa Regular Ruim 262,52 263,96 289,88 58,34 58,66 64,42 69,09 69,46 76,28 109,00 109,60 120,36 257,92 259,33 284,79 115,14 115,77 127,14 0,00 0,00 0,00 184,74 185,75 203,99 116,17 116,80 128,27 146,36 147,16 161,61 128,96 129,67 142,40 112,58 113,20 124,31 53,73 54,03 59,33 37,36 37,56 41,25 109,51 110,11 120,92 69,60 69,98 76,85 112,69 113,30 124,43 186,27 187,30 205,68 72,16 72,55 79,67 217,80 218,99 240,49 0,00 0,00 0,00 203,67 204,79 224,89 0,00 0,00 0,00 112,07 112,69 123,75 117,19 117,83 129,40 0,00 0,00 0,00 75,23 75,64 83,06 72,67 73,07 80,24 0,00 0,00 0,00 60,39 60,72 66,68 38,89 39,11 42,94 0,00 0,00 0,00 95,70 96,22 105,67 122,82 123,49 135,61 (R$) (R$) (R$) 19.538,04 19.645,18 21.573,74 (h) 12 2 3 5 12 5 0 9 5 7 6 5 2 1 5 3 5 9 3 10 0 9 0 5 5 0 3 3 0 2 1 0 4 6 Dias 39 (min) 50 51 23 20 36 38 0 2 41 9 18 30 38 50 21 24 30 6 32 38 0 57 0 29 44 0 41 33 0 57 54 0 41 0 Horas 18 Tempo Gasto 2ª Inspeção Custo Operacional Superfície de Rolamento em condição Boa Regular Ruim 244,44 245,88 271,79 54,32 54,64 60,40 64,33 64,71 71,52 101,49 102,09 112,85 240,15 241,57 267,03 107,21 107,84 119,21 0,00 0,00 0,00 172,01 173,03 191,26 108,16 108,80 120,27 136,28 137,08 151,53 120,08 120,78 133,51 104,83 105,45 116,56 50,03 50,33 55,63 34,78 34,99 38,68 101,97 102,57 113,38 64,80 65,18 72,05 104,92 105,54 116,66 173,44 174,47 192,85 67,19 67,58 74,70 202,80 203,99 225,49 0,00 0,00 0,00 189,64 190,76 210,87 0,00 0,00 0,00 104,35 104,97 116,03 109,12 109,76 121,33 0,00 0,00 0,00 70,04 70,46 77,88 67,66 68,06 75,23 0,00 0,00 0,00 56,23 56,56 62,52 36,21 36,43 40,27 0,00 0,00 0,00 89,10 89,63 99,08 114,36 115,03 127,16 (R$) (R$) (R$) 18.192,30 18.299,44 20.228,00 (h) 29 6 7 12 29 13 0 21 13 16 14 12 6 4 12 7 12 21 8 24 0 23 0 12 13 0 8 8 0 6 4 0 10 14 Dias 92 1ª Inspeção + 2ª Inspeção Custo Operacional Superfície de Rolamento em condição (min) Boa Regular Ruim 56 506,96 509,84 561,67 39 112,66 113,30 124,82 53 133,41 134,17 147,81 26 210,49 211,69 233,21 24 498,07 500,90 551,82 8 222,35 223,62 246,35 0 0,00 0,00 0,00 4 356,75 358,78 395,25 15 224,33 225,60 248,54 41 282,64 284,24 313,13 42 249,04 250,45 275,91 50 217,41 218,65 240,87 8 103,76 104,35 114,96 16 72,14 72,55 79,93 29 211,48 212,68 234,30 56 134,40 135,16 148,90 51 217,61 218,85 241,09 14 359,72 361,76 398,53 14 139,34 140,13 154,38 50 420,59 422,98 465,98 0 0,00 0,00 0,00 13 393,32 395,55 435,76 0 0,00 0,00 0,00 47 216,42 217,65 239,78 22 226,31 227,59 250,73 0 0,00 0,00 0,00 35 145,27 146,10 160,95 17 140,33 141,13 155,47 0 0,00 0,00 0,00 53 116,61 117,27 129,20 26 75,11 75,53 83,21 0 0,00 0,00 0,00 55 184,80 185,85 204,74 0 237,18 238,52 262,77 Horas (R$) (R$) (R$) 19 37.730,34 37.944,62 41.801,74 Tempo Gasto 99 100 11 ANEXO II – DADOS DOS LEVANTAMENTOS DE CAMPO 101 FICHA DE LEVANTAMENTO DE DEFEITOS EM ESTRADAS NÃO PAVIMENTADAS 1. Identificação da Unidade Amostral: Número: 01 - AQZ01 50,00 Comprimento (m): Largura (m): 6,40 6,50 2. Geometria dos Defeitos: Seção Transversal Imprópria 1ª Medição (0 m) 2ª Medição (10 m) 3ª Medição (20 m) 4ª Medição (30 m) 5ª Medição (40 m) 6ª Medição (50 m) Offset 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 2,25 2,50 2,75 3,00 3,25 3,50 3,75 4,00 Leitura (cm) 5,00 6,00 7,00 7,50 4,50 3,00 1,50 2,00 3,00 6,00 8,50 9,50 9,50 9,00 8,50 8,00 7,50 Offset 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 2,25 2,50 2,75 3,00 3,25 3,50 3,75 4,00 Leitura (cm) 7,50 7,00 7,00 6,00 6,00 6,00 6,50 6,50 7,00 7,00 6,50 7,00 6,50 7,00 6,50 7,00 6,50 Offset 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 2,25 2,50 2,75 3,00 3,25 3,50 3,75 4,00 Leitura (cm) 0,50 1,50 1,50 0,50 0,00 6,50 0,00 2,00 4,50 5,00 4,00 4,50 5,00 6,00 9,50 4,50 4,00 Offset 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 2,25 2,50 2,75 3,00 3,25 3,50 3,75 4,00 Leitura (cm) 0,00 1,00 1,50 1,50 1,00 3,00 3,00 5,00 6,00 6,50 7,50 8,00 9,00 9,50 10,00 9,50 9,00 Offset 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 2,25 2,50 2,75 3,00 3,25 4,00 Leitura (cm) 0,00 1,00 1,00 2,50 4,00 6,50 7,50 10,00 12,00 13,50 15,00 15,00 15,50 15,00 10,50 13,00 12,50 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 Offset Leitura (cm) 1,75 2,00 3,50 3,75 2,25 2,50 2,75 3,00 3,25 3,50 3,75 4,00 15,00 17,00 17,00 17,50 17,00 16,00 16,00 14,50 12,50 9,50 8,00 6,50 6,00 5,00 2,50 1,00 0,00 1. Identificação da Unidade Amostral: Número: 02 - AQZ02 50,00 Comprimento (m): Largura (m): 5,00 5,50 2. Geometria dos Defeitos: Seção Transversal Imprópria 1ª Medição (0 m) 2ª Medição (10 m) Offset 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 2,25 2,50 2,75 3,00 3,25 3,50 3,75 4,00 Leitura (cm) 4,50 4,00 3,00 3,00 3,00 2,00 1,50 1,50 0,00 0,00 1,50 2,00 1,00 1,00 1,00 0,50 0,00 Offset 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 2,25 2,50 2,75 3,00 3,25 3,50 3,75 4,00 12,50 8,00 4,00 2,00 1,00 2,00 1,50 1,50 0,00 3,00 2,00 4,00 4,50 3,50 3,50 9,00 13,50 Leitura (cm) 3ª Medição (20 m) 4ª Medição (30 m) 5ª Medição (40 m) 6ª Medição (50 m) Offset 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 2,25 2,50 2,75 3,00 3,25 3,50 3,75 4,00 Leitura (cm) 6,50 6,00 5,00 3,50 2,00 1,00 0,00 0,00 0,00 1,00 1,00 0,50 0,00 0,00 1,00 1,50 2,50 Offset 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 2,25 2,50 2,75 3,00 3,25 3,50 3,75 4,00 8,00 12,00 6,00 3,50 3,50 3,50 3,00 4,00 3,50 3,00 1,00 6,50 0,50 0,00 1,50 4,00 4,00 0,00 3,50 3,75 4,00 Leitura (cm) Offset 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 2,25 2,50 2,75 3,00 3,25 20,50 20,00 9,00 6,50 6,00 7,00 7,50 7,50 4,50 2,50 1,00 0,50 0,00 3,50 11,50 17,00 15,50 Offset 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 2,25 2,50 2,75 3,00 3,25 3,50 3,75 4,00 Leitura (cm) 7,00 5,00 4,00 4,50 3,50 5,00 4,50 2,50 0,00 0,00 0,50 0,50 3,50 4,50 3,50 0,00 0,00 Leitura (cm) 0,25 1. Identificação da Unidade Amostral: Número: 03 - AQZ03 50,00 Comprimento (m): Largura (m): 4,50 5,00 2. Geometria dos Defeitos: Seção Transversal Imprópria 1ª Medição (0 m) 2ª Medição (10 m) 3ª Medição (20 m) 4ª Medição (30 m) 5ª Medição (40 m) 6ª Medição (50 m) Offset 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 2,25 2,50 2,75 3,00 3,25 3,50 3,75 4,00 Leitura (cm) 8,50 6,50 2,50 1,00 0,50 1,00 1,00 1,50 3,50 4,00 2,00 0,50 0,50 0,50 0,50 0,00 0,50 Offset 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 2,25 2,50 2,75 3,00 3,25 3,50 3,75 4,00 Leitura (cm) 8,00 5,50 4,50 4,00 3,00 2,50 3,00 4,00 4,00 2,00 0,50 0,00 0,00 0,00 0,00 1,00 2,50 Offset 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 2,25 2,50 2,75 3,00 3,25 3,50 3,75 4,00 Leitura (cm) 8,00 8,00 6,50 5,00 3,50 4,00 5,00 5,50 4,00 3,00 2,00 1,50 0,50 1,50 0,50 1,00 3,00 Offset 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 2,25 2,50 2,75 3,00 3,25 3,50 3,75 4,00 Leitura (cm) 8,00 8,50 8,00 7,00 5,50 4,50 3,50 3,50 3,00 3,50 6,00 6,50 6,00 5,00 3,50 1,50 1,50 Offset 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 2,25 2,50 2,75 3,00 3,25 3,50 3,75 4,00 Leitura (cm) 8,50 8,00 7,50 6,50 6,00 6,00 6,50 8,00 8,50 7,50 5,00 3,50 3,00 3,50 4,50 5,00 4,50 Offset 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 2,25 2,50 2,75 3,00 3,25 3,50 3,75 4,00 Leitura (cm) 6,00 5,50 2,50 1,00 0,00 0,00 0,50 1,50 2,00 2,50 1,00 0,50 0,00 1,00 1,00 0,50 1,50 55,0 Leitura (cm) 0 52,5 5,0 0 54,0 5,0 0 53,5 5,0 0 54,5 5,0 01 - AQZ01 2 74,0 5,0 0 88,0 5,0 2 70,5 5,0 0 65,5 5,0 55,0 Leitura (cm) 1 0,0 Offset Nível de presença de entulhos Bordo Esquerdo 0 58,0 Leitura (cm) Nível de presença de entulhos Bordo Direito 0,0 Offset 1 58,0 5,0 0 55,0 5,0 1 55,5 5,0 0 55,0 5,0 03 - AQZ03 1. Identificação da Unidade Amostral: Número: 0 58,0 10,0 0 57,0 10,0 0 55,0 15,0 0 54,0 15,0 0 55,0 15,0 0 54,5 15,0 0 56,5 20,0 0 56,0 20,0 0 56,0 20,0 0 57,0 20,0 0 53,0 25,0 0 54,0 25,0 0 54,5 25,0 0 54,0 25,0 Drenagem Lateral Inadequada 50,00 30,0 0 58,5 30,0 0 58,0 30,0 0 56,0 30,0 0 56,5 0 54,5 35,0 0 55,0 35,0 0 55,0 35,0 0 53,5 35,0 Largura (m): 40,0 0 60,5 40,0 0 59,0 0 56,5 40,0 0 58,0 40,0 2 76,0 10,0 0 82,0 10,0 2 77,0 10,0 0 77,5 10,0 50,00 2 70,0 15,0 0 70,0 15,0 2 77,0 15,0 0 80,0 15,0 2 69,0 20,0 0 67,5 20,0 2 72,5 20,0 2 73,5 20,0 2 73,0 25,0 2 73,0 25,0 2 70,5 25,0 2 72,0 25,0 Drenagem Lateral Inadequada Comprimento (m): 30,0 2 76,0 30,0 2 75,0 30,0 0 72,5 30,0 2 71,5 0 74,0 35,0 2 76,0 35,0 0 75,0 35,0 2 75,5 35,0 Largura (m): 40,0 2 72,0 40,0 2 72,0 2 72,0 40,0 2 75,5 40,0 1 57,0 10,0 0 58,0 10,0 1 55,0 10,0 0 55,5 10,0 50,00 1 57,0 15,0 0 57,0 15,0 1 54,5 15,0 0 54,0 15,0 1 58,0 20,0 0 58,5 20,0 1 55,0 20,0 0 53,0 20,0 1 57,5 25,0 0 59,5 25,0 1 56,0 25,0 0 55,0 25,0 Drenagem Lateral Inadequada Comprimento (m): 30,0 0 56,0 30,0 0 57,0 30,0 0 60,0 30,0 0 62,0 0 52,0 35,0 0 51,5 35,0 0 58,0 35,0 0 59,0 35,0 Largura (m): 40,0 0 55,0 40,0 0 54,5 0 61,0 40,0 0 58,5 40,0 0 52,0 45,0 0 54,0 45,0 4,50 2 75,0 45,0 2 71,5 45,0 5,00 0 52,0 45,0 0 53,5 45,0 6,40 FICHA DE LEVANTAMENTO DE DEFEITOS EM ESTRADAS NÃO PAVIMENTADAS 2 67,0 Leitura (cm) Nível de presença de entulhos Bordo Esquerdo 0,0 Offset 0 84,5 Leitura (cm) Nível de presença de entulhos Bordo Direito 0,0 Offset 02 - AQZ02 1. Identificação da Unidade Amostral: Número: 0 55,0 10,0 0 56,0 10,0 Comprimento (m): FICHA DE LEVANTAMENTO DE DEFEITOS EM ESTRADAS NÃO PAVIMENTADAS 0 0,0 Offset Nível de presença de entulhos Bordo Esquerdo 0 56,5 Leitura (cm) Nível de presença de entulhos Bordo Direito 0,0 Offset Número: 1. Identificação da Unidade Amostral: FICHA DE LEVANTAMENTO DE DEFEITOS EM ESTRADAS NÃO PAVIMENTADAS 73,5 0 59,5 45,0 0 59,0 0 0 52,5 50,0 0 53,0 50,0 2 75,0 50,0 2 73,0 50,0 0 57,5 50,0 5,00 45,0 2 72,0 45,0 2 50,0 57,0 5,50 45,0 0 55,0 45,0 0 54,5 45,0 6,50 102 8ª 8ª 9ª 7ª 7ª 10ª 6ª 6ª 9ª 5ª 5ª 10ª 4ª 2ª 4ª 1,00 50,00 2ª 1ª 3ª 1,00 50,00 3ª P (cm) C (m) 1ª φ1 (m) 9ª 10ª 9ª 10ª Ocorrência 8ª 8ª 6ª 5ª 4ª 3ª 2ª 1ª C (m) φ2 (m) Buracos Ocorrência 7ª Ocorrência 6,40 6,50 φ3 (m) L (m) P (cm) P (cm) Afundamento nas Trilhas de Roda Largura (m): 40,0 Ó (Ótima, Baixa, Média, Alta) Densidade da Nuvem de Poeira Poeira 50,00 Velocidade de Operação (km/h) Única Ocorrência Comprimento (m): 7ª 6ª 5ª 4ª 3ª 0,50 Perda de Agregados 0,80 25,00 1ª 2ª L (m) C (m) Ocorrência P (cm) 01 - AQZ01 Corrugações / Ondulações Número: 1. Identificação da Unidade Amostral: FICHA DE LEVANTAMENTO DE DEFEITOS EM ESTRADAS NÃO PAVIMENTADAS 103 P (cm) 6ª 5ª 4ª 10,50 8,50 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª 9ª 10ª C (m) 1ª Ocorrência φ1 (m) 10ª Ocorrência 9ª 10ª 9ª 8,00 11,00 φ2 (m) Buracos 26,50 2ª 8ª P (cm) 26,50 1ª 3ª C (m) Ocorrência 40,0 Ó (Ótima, Baixa, Média, Alta) 5,00 5,50 9,20 9,70 φ3 (m) 1,52 1,80 L (m) 28,00 25,00 P (cm) 25,00 25,00 P (cm) Afundamento nas Trilhas de Roda Largura (m): 8ª Única Ocorrência Densidade da Nuvem de Poeira Poeira 50,00 7ª Perda de Agregados L (m) Comprimento (m): Velocidade de Operação (km/h) C (m) Corrugações / Ondulações 02 - AQZ02 7ª 6ª 5ª 4ª 3ª 2ª 1ª Ocorrência Número: 1. Identificação da Unidade Amostral: FICHA DE LEVANTAMENTO DE DEFEITOS EM ESTRADAS NÃO PAVIMENTADAS 104 1ª 6ª 7ª 8ª 6ª 7ª 8ª 9ª 5ª 5ª 10ª 4ª 4ª 9ª 3ª 10ª 2ª 1ª 3ª 1,00 46,00 1ª 2ª P (cm) φ1 (m) 10ª C (m) 9ª 10ª 9ª Ocorrência 8ª 40,0 6ª 5ª 4ª 3ª 2ª 1ª C (m) φ2 (m) Buracos Ocorrência 8ª Ocorrência 4,50 5,00 φ3 (m) L (m) P (cm) P (cm) Afundamento nas Trilhas de Roda Largura (m): 7ª Ó (Ótima, Baixa, Média, Alta) Densidade da Nuvem de Poeira Poeira 50,00 Velocidade de Operação (km/h) Única Ocorrência Comprimento (m): 7ª 6ª 5ª 4ª 3ª 2,00 Perda de Agregados 1,50 14,00 2ª L (m) C (m) Ocorrência P (cm) 03 - AQZ03 Corrugações / Ondulações Número: 1. Identificação da Unidade Amostral: FICHA DE LEVANTAMENTO DE DEFEITOS EM ESTRADAS NÃO PAVIMENTADAS 105 106 12 ANEXO III – ANÁLISE DOS DADOS DE CAMPO 6ª Medição 5ª Medição 4ª Medição 3ª Medição 2ª Medição 1ª Medição Offset Leitura (cm) Declividade (%) Severidade Offset Leitura (cm) Declividade (%) Severidade Offset Leitura (cm) Declividade (%) Severidade Offset Leitura (cm) Declividade (%) Severidade Offset Leitura (cm) Declividade (%) Severidade Offset Leitura (cm) Declividade (%) Severidade 3. Geometria dos Defeitos: (*) Preferencialmente 50 m Número: 2. Identificação da Unidade Amostral: Nomenclatura: Município: Extensão (km): 0,00 15,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,50 0,00 7,50 0,00 5,00 0,25 6,00 4,00 0 0,25 7,00 -2,00 1 0,25 1,50 4,00 0 0,25 1,00 4,00 0 0,25 1,00 4,00 0 0,25 17,00 8,00 0 0,50 7,00 4,00 0 0,50 7,00 0,00 1 0,50 1,50 0,00 1 0,50 1,50 2,00 0 0,50 1,00 0,00 1 0,50 17,00 0,00 1 01 AQUIRAZ 0,75 7,50 2,00 0 0,75 6,00 -4,00 1 0,75 0,50 -4,00 1 0,75 1,50 0,00 1 0,75 2,50 6,00 0 0,75 17,50 2,00 0 1,00 4,50 -12,00 1 1,00 6,00 0,00 1 1,00 0,00 -2,00 1 1,00 1,00 -2,00 1 1,00 4,00 6,00 0 1,00 17,00 -2,00 1 1,25 3,00 -6,00 1 1,25 6,00 0,00 1 1,25 6,50 26,00 0 1,25 3,00 8,00 0 1,25 6,50 10,00 0 1,25 16,00 -4,00 1 1,50 1,50 -6,00 1 1,50 6,50 2,00 0 1,50 0,00 -26,00 2 1,50 3,00 0,00 1 1,50 7,50 4,00 0 1,50 16,00 0,00 1 1,75 2,00 2,00 0 1,75 6,50 0,00 1 1,75 2,00 8,00 0 1,75 5,00 8,00 0 1,75 10,00 10,00 0 1,75 14,50 -6,00 1 2,00 3,00 4,00 0 2,00 7,00 2,00 0 2,00 4,50 10,00 0 2,00 6,00 4,00 0 2,00 12,00 8,00 0 2,00 12,50 -8,00 1 3.1. Seção Transversal Imprópria 2,25 6,00 -12,00 1 2,25 7,00 0,00 1 2,25 5,00 -2,00 1 2,25 6,50 -2,00 1 2,25 13,50 -6,00 1 2,25 9,50 12,00 0 Comprimento* (m): Largura (m): AQZ01 Estado: VDM (veic/dia): 2,50 8,50 -10,00 1 2,50 6,50 2,00 0 2,50 4,00 4,00 0 2,50 7,50 -4,00 1 2,50 15,00 -6,00 1 2,50 8,00 6,00 0 2,75 9,50 -4,00 1 2,75 7,00 -2,00 1 2,75 4,50 -2,00 1 2,75 8,00 -2,00 1 2,75 15,00 0,00 1 2,75 6,50 6,00 0 Inicial: 3,00 9,50 0,00 1 3,00 6,50 2,00 0 3,00 5,00 -2,00 1 3,00 9,00 -4,00 1 3,00 15,50 -2,00 1 3,00 6,00 2,00 0 6,50 3,25 9,00 2,00 0 3,25 7,00 -2,00 1 3,25 6,00 -4,00 1 3,25 9,50 -2,00 1 3,25 15,00 2,00 0 3,25 5,00 4,00 0 Final: 3,50 8,50 2,00 0 3,50 6,50 2,00 0 3,50 9,50 -14,00 1 3,50 10,00 -2,00 1 3,50 10,50 18,00 0 3,50 2,50 10,00 0 6,40 4,00 7,50 2,00 0 4,00 6,50 2,00 0 4,00 4,00 2,00 0 4,00 9,00 2,00 0 4,00 12,50 2,00 0 4,00 0,00 4,00 0 Média: 3,75 8,00 2,00 0 3,75 7,00 -2,00 1 3,75 4,50 20,00 0 3,75 9,50 2,00 0 3,75 13,00 -10,00 1 3,75 1,00 6,00 0 50,00 CEARÁ 40 FICHA DE AVALIAÇÃO DE DEFEITOS EM ESTRADAS NÃO PAVIMENTADAS 1. Identificação da Estrada B Severidade 6ª Seção B Severidade 5ª Seção B Severidade 4ª Seção M Severidade 3ª Seção B Severidade 2ª Seção B Severidade 1ª Seção 6,45 107 0,0 5,0 10,0 10,0 15,0 15,0 20,0 25,0 25,0 30,0 30,0 35,0 Leitura (cm) Declividade (%) 53,5 55,0 -0,3 0 0 0 58,0 55,0 0,6 1 0 0 55,0 56,5 -0,3 0 0 0 99,98 100,02 45,0 99,98 40,0 45,0 100,02 45,0 100,02 50,0 100,00 50,0 100,00 20,0 25,0 100,00 25,0 100,03 30,0 100,01 30,0 100,04 35,0 100,03 100,06 100,02 56,0 53,0 0,6 1 0 0 54,5 58,5 -0,8 0 0 0 56,0 54,5 0,3 1 0 0 55,0 60,5 -1,1 0 0 0 99,98 100,02 45,0 56,5 52,0 0,9 1 0 0 99,98 40,0 100,03 100,00 100,00 50,0 55,0 57,5 -0,5 0 0 0 100,02 45,0 100,02 57,0 54,0 54,0 58,0 56,5 55,0 53,5 59,0 58,0 53,5 54,5 57,0 -1,1 0,9 -0,5 0,6 0,3 -0,8 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0 45,0 50,0 20,0 99,98 5,0 20,0 54,5 56,0 -0,3 0 0 0 15,0 Cota Estimada 100,00 100,03 100,03 100,01 100,01 100,04 100,04 100,03 100,03 100,06 100,06 100,02 100,02 100,03 100,03 55,0 52,5 0,5 Severidade Nível de presença de entulhos 0 0 Bordo Esquerdo 5,0 15,0 57,0 54,0 0,6 1 0 0 10,0 40,0 0,0 10,0 54,5 56,0 -0,3 0 0 0 5,0 35,0 Offset Declividade (%) 56,5 54,0 0,5 Severidade Nível de presença de entulhos 0 0 Leitura (cm) Offset 40,0 35,0 99,98 30,0 40,0 25,0 100,06 35,0 20,0 100,03 Bordo Direito Cota Estimada 100,00 100,03 100,03 100,01 100,01 100,04 100,04 100,03 100,03 100,06 100,06 100,02 100,02 100,03 100,03 15,0 100,04 100,03 10,0 100,01 100,02 5,0 100,03 0,0 100,00 3.2. Drenagem Lateral Inadequada M Severidade Bordo Esquerdo M Severidade Bordo Direito 108 Ocorrência 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª Ocorrência 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª C (m) 25,00 C (m) 50,00 50,00 Prof. (cm) 0,50 A (m2) 20,00 Prof. (cm) 1,00 1,00 3.7. Perda de Agregados L (m) 0,80 3.3. Corrugações / Ondulações QUADRO RESUMO TRECHO N°: Tipos de Defeitos Severidade 3.1 3.2 3.3 3.4 3.5 3.6 Baixa 40 20 Média 10 40 Alta 3.7 100 01 φMédio (m) P (cm) Severidade 3.5. Buracos C (m) L (m) P (cm) A (m2) Severidade 3.6. Afundamento nas Trilhas de Roda Ocorrência 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª Ocorrência φ1 (m) φ2 (m) φ3 (m) 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª Densidade da Nuvem de Poeira (Baixa, Média, Alta) Única Ótima Velocidade de Operação (km/h) 40,00 3.4. Poeira Ocorrência Severidade B B Severidade B 109 0,0 0,00 5,0 10,0 15,0 20,0 0,0 0,00 5,0 10,0 15,0 20,0 0,0 0,00 5,0 10,0 15,0 0,0 0,00 5,0 10,0 0,0 0,00 5,0 10,0 0,0 0,00 5,0 10,0 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,75 0,75 0,75 0,75 0,75 0,75 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,25 1,25 1,25 1,25 1,25 1,25 1,50 1,50 1,50 1,50 1,50 1,50 1,75 1,75 1,75 1,75 1,75 1,75 2,00 6ª Medição 2,00 5ª Medição 2,00 4ª Medição 2,00 3ª Medição 2,00 2ª Medição 2,00 1ª Medição 2,25 2,25 2,25 2,25 2,25 2,25 Seções Transversais 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,75 2,75 2,75 2,75 2,75 2,75 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,25 3,25 3,25 3,25 3,25 3,25 3,50 3,50 3,50 3,50 3,50 3,50 3,75 3,75 3,75 3,75 3,75 3,75 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 110 0,0 0,0 99,5 100,0 100,5 99,5 100,0 100,5 2,5 2,5 5,0 5,0 7,5 7,5 10,0 10,0 12,5 12,5 15,0 15,0 17,5 17,5 20,0 20,0 25,0 22,5 25,0 Bordo Esquerdo 22,5 Bordo Direito 27,5 27,5 Perfis Longitudinais 30,0 30,0 32,5 32,5 35,0 35,0 37,5 37,5 40,0 40,0 42,5 42,5 45,0 45,0 47,5 47,5 50,0 50,0 111 0m 10 m 20 m 30 m 40 m SEÇÕES TRANSVERSAIS - AQZ-01 50 m 112 0m 10 m 20 m 30 m 40 m MODELO DIGITAL SIMPLIFICADO DO TERRENO - AQZ-01 50 m 113 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 EIXO 35,0 BORDO DIREITO 30,0 45,0 BORDO ESQUERDO 40,0 50,0 PERFIS LONGITUDINAIS - AQZ-01 114 6ª Medição 5ª Medição 4ª Medição 3ª Medição 2ª Medição 1ª Medição Offset Leitura (cm) Declividade (%) Severidade Offset Leitura (cm) Declividade (%) Severidade Offset Leitura (cm) Declividade (%) Severidade Offset Leitura (cm) Declividade (%) Severidade Offset Leitura (cm) Declividade (%) Severidade Offset Leitura (cm) Declividade (%) Severidade 3. Geometria dos Defeitos: (*) Preferencialmente 50 m Número: 2. Identificação da Unidade Amostral: Nomenclatura: Município: Extensão (km): 0,00 7,00 0,00 20,50 0,00 8,00 0,00 6,50 0,00 12,50 0,00 4,50 0,25 4,00 -2,00 1 0,25 8,00 -18,00 2 0,25 6,00 -2,00 1 0,25 12,00 16,00 0 0,25 20,00 -2,00 1 0,25 5,00 -8,00 1 0,50 3,00 -4,00 1 0,50 4,00 -16,00 2 0,50 5,00 -4,00 1 0,50 6,00 -24,00 2 0,50 9,00 -44,00 3 0,50 4,00 -4,00 1 02 AQUIRAZ 0,75 3,00 0,00 1 0,75 2,00 -8,00 1 0,75 3,50 -6,00 1 0,75 3,50 -10,00 1 0,75 6,50 -10,00 1 0,75 4,50 2,00 0 1,00 1,25 1,50 1,75 3,00 2,00 1,50 1,50 0,00 -4,00 -2,00 0,00 1 1 1 1 1,00 1,25 1,50 1,75 1,00 2,00 1,50 1,50 -4,00 4,00 -2,00 0,00 1 0 1 1 1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 1,00 0,00 0,00 -6,00 -4,00 -4,00 0,00 1 1 1 1 1,00 1,25 1,50 1,75 3,50 3,50 3,00 4,00 0,00 0,00 -2,00 4,00 1 1 1 0 1,00 1,25 1,50 1,75 6,00 7,00 7,50 7,50 -2,00 4,00 2,00 0,00 1 0 0 1 1,00 1,25 1,50 1,75 3,50 5,00 4,50 2,50 -4,00 6,00 -2,00 -8,00 1 0 1 1 2,00 0,00 -6,00 1 2,00 0,00 -6,00 1 2,00 0,00 0,00 1 2,00 3,50 -2,00 1 2,00 4,50 -12,00 1 2,00 0,00 -10,00 1 3.1. Seção Transversal Imprópria 2,25 0,00 0,00 1 2,25 3,00 -12,00 1 2,25 1,00 -4,00 1 2,25 3,00 2,00 0 2,25 2,50 8,00 0 2,25 0,00 0,00 1 Comprimento* (m): Largura (m): AQZ02 Estado: VDM (veic/dia): 5,50 Final: 50,00 5,00 4,00 0,00 2,00 0 4,00 13,50 -18,00 2 4,00 2,50 -4,00 1 4,00 4,00 0,00 0 4,00 15,50 6,00 0 4,00 0,00 0,00 1 Média: 2,50 2,75 3,00 3,25 3,50 3,75 1,50 2,00 1,00 1,00 1,00 0,50 -6,00 -2,00 4,00 0,00 0,00 2,00 1 1 0 1 1 0 2,50 2,75 3,00 3,25 3,50 3,75 2,00 4,00 4,50 3,50 3,50 9,00 4,00 -8,00 -2,00 4,00 0,00 -22,00 0 1 1 0 1 2 2,50 2,75 3,00 3,25 3,50 3,75 1,00 0,50 0,00 0,00 1,00 1,50 0,00 2,00 2,00 0,00 -4,00 -2,00 1 0 0 1 1 1 2,50 2,75 3,00 3,25 3,50 3,75 1,00 6,50 0,50 0,00 1,50 4,00 8,00 -22,00 24,00 2,00 -6,00 -10,00 0 2 0 0 1 1 2,50 2,75 3,00 3,25 3,50 3,75 1,00 0,50 0,00 3,50 11,50 17,00 6,00 2,00 2,00 -14,00 -32,00 -22,00 0 0 0 1 2 2 2,50 2,75 3,00 3,25 3,50 3,75 0,50 0,50 3,50 4,50 3,50 0,00 -2,00 0,00 -12,00 -4,00 4,00 14,00 1 1 1 1 0 0 Inicial: CEARÁ 40 FICHA DE AVALIAÇÃO DE DEFEITOS EM ESTRADAS NÃO PAVIMENTADAS 1. Identificação da Estrada B Severidade 6ª Seção A Severidade 5ª Seção M Severidade 4ª Seção B Severidade 3ª Seção M Severidade 2ª Seção B Severidade 1ª Seção 5,25 115 Offset 0,0 5,0 99,97 Leitura (cm) Cota Estimada 100,00 0,0 99,93 5,0 Declividade (%) 67,0 74,0 -1,4 Severidade Nível de presença de entulhos 1 1 Bordo Esquerdo Offset Declividade (%) 84,5 88,0 -0,7 Severidade Nível de presença de entulhos 0 0 Leitura (cm) Bordo Direito Cota Estimada 100,00 5,0 99,80 10,0 99,88 10,0 70,5 76,0 -1,1 0 1 1 99,93 5,0 65,5 82,0 -3,3 0 0 0 99,97 99,88 15,0 99,95 15,0 77,0 70,0 1,4 1 1 1 99,88 10,0 77,5 70,0 1,5 1 0 0 99,80 10,0 20,0 100,00 100,03 20,0 77,0 69,0 1,6 0 1 1 99,95 15,0 80,0 67,5 2,5 0 0 0 99,88 15,0 20,0 25,0 100,01 25,0 100,01 99,98 30,0 99,80 10,0 99,98 30,0 99,88 15,0 20,0 99,93 35,0 100,00 25,0 99,93 35,0 100,01 99,97 40,0 99,98 30,0 99,97 40,0 99,93 35,0 100,01 45,0 99,97 40,0 45,0 100,01 45,0 100,01 50,0 100,01 50,0 100,01 100,00 100,02 25,0 72,5 73,0 -0,1 0 1 1 100,03 20,0 99,88 99,97 30,0 70,5 76,0 -1,1 0 1 0 100,02 25,0 99,93 100,03 99,95 35,0 72,5 74,0 -0,3 0 0 0 99,97 30,0 99,95 99,97 99,98 40,0 75,0 72,0 0,6 1 0 0 99,95 35,0 100,02 99,98 99,95 45,0 72,0 75,0 -0,6 0 0 0 99,98 40,0 99,95 99,92 99,92 50,0 72,0 75,0 -0,6 0 0 0 99,95 45,0 99,95 73,5 73,0 72,0 75,0 71,5 76,0 75,5 72,0 75,5 71,5 73,5 73,0 0,7 0,8 0,1 0,1 -0,6 -0,9 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0 45,0 50,0 100,00 5,0 99,97 0,0 100,00 3.2. Drenagem Lateral Inadequada M Severidade Bordo Esquerdo M Severidade Bordo Direito 116 Ocorrência 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª Ocorrência 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª C (m) C (m) Prof. (cm) A (m2) Prof. (cm) 3.7. Perda de Agregados L (m) 3.3. Corrugações / Ondulações QUADRO RESUMO TRECHO N°: Tipos de Defeitos Severidade 3.1 3.2 3.3 3.4 3.5 3.6 Baixa 20 Média 20 20 Alta 10 2 88 3.7 02 φMédio (m) P (cm) Severidade 10,40 25,00 A 8,57 28,00 A 3.5. Buracos C (m) L (m) P (cm) A (m2) Severidade 26,50 1,80 25,00 47,70 A 26,50 1,52 25,00 40,28 A 3.6. Afundamento nas Trilhas de Roda Ocorrência 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª Ocorrência φ1 (m) φ2 (m) φ3 (m) 1ª 10,50 11,00 9,70 2ª 8,50 8,00 9,20 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª Densidade da Nuvem de Poeira (Baixa, Média, Alta) Única Ótima Velocidade de Operação (km/h) 20,00 3.4. Poeira Ocorrência Severidade Severidade 117 0,0 0,00 5,0 0,25 0,25 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 0,00 10,0 0,25 0,25 0,25 0,25 0,0 0,00 5,0 10,0 15,0 0,0 0,00 5,0 10,0 0,0 0,00 5,0 10,0 15,0 0,0 0,00 5,0 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,75 0,75 0,75 0,75 0,75 0,75 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,25 1,25 1,25 1,25 1,25 1,25 1,50 1,50 1,50 1,50 1,50 1,50 1,75 1,75 1,75 1,75 1,75 1,75 2,00 6ª Medição 2,00 5ª Medição 2,00 4ª Medição 2,00 3ª Medição 2,00 2ª Medição 2,00 1ª Medição 2,25 2,25 2,25 2,25 2,25 2,25 Seções Transversais 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,75 2,75 2,75 2,75 2,75 2,75 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,25 3,25 3,25 3,25 3,25 3,25 3,50 3,50 3,50 3,50 3,50 3,50 3,75 3,75 3,75 3,75 3,75 3,75 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 118 0,0 0,0 99,5 100,0 100,5 99,5 100,0 100,5 2,5 2,5 5,0 5,0 7,5 7,5 10,0 10,0 12,5 12,5 15,0 15,0 17,5 17,5 20,0 20,0 25,0 22,5 25,0 Bordo Esquerdo 22,5 Bordo Direito 27,5 27,5 Perfis Longitudinais 30,0 30,0 32,5 32,5 35,0 35,0 37,5 37,5 40,0 40,0 42,5 42,5 45,0 45,0 47,5 47,5 50,0 50,0 119 0m 10 m 20 m 30 m 40 m SEÇÕES TRANSVERSAIS - AQZ-02 50 m 120 0m 10 m 20 m 30 m 40 m MODELO DIGITAL SIMPLIFICADO DO TERRENO - AQZ-02 50 m 121 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 EIXO 35,0 BORDO DIREITO 30,0 45,0 BORDO ESQUERDO 40,0 50,0 PERFIS LONGITUDINAIS - AQZ-02 122 6ª Medição 5ª Medição 4ª Medição 3ª Medição 2ª Medição 1ª Medição Offset Leitura (cm) Declividade (%) Severidade Offset Leitura (cm) Declividade (%) Severidade Offset Leitura (cm) Declividade (%) Severidade Offset Leitura (cm) Declividade (%) Severidade Offset Leitura (cm) Declividade (%) Severidade Offset Leitura (cm) Declividade (%) Severidade 3. Geometria dos Defeitos: (*) Preferencialmente 50 m Número: 2. Identificação da Unidade Amostral: Nomenclatura: Município: Extensão (km): 0,00 6,00 0,00 8,50 0,00 8,00 0,00 8,00 0,00 8,00 0,00 8,50 0,25 6,50 -8,00 1 0,25 5,50 -10,00 1 0,25 8,00 0,00 1 0,25 8,50 2,00 0 0,25 8,00 -2,00 1 0,25 5,50 -2,00 1 0,50 2,50 -16,00 2 0,50 4,50 -4,00 1 0,50 6,50 -6,00 1 0,50 8,00 -2,00 1 0,50 7,50 -2,00 1 0,50 2,50 -12,00 1 03 AQUIRAZ 0,75 1,00 -6,00 1 0,75 4,00 -2,00 1 0,75 5,00 -6,00 1 0,75 7,00 -4,00 1 0,75 6,50 -4,00 1 0,75 1,00 -6,00 1 1,00 1,25 1,50 0,50 1,00 1,00 -2,00 2,00 0,00 1 0 1 1,00 1,25 1,50 3,00 2,50 3,00 -4,00 -2,00 2,00 1 1 0 1,00 1,25 1,50 3,50 4,00 5,00 -6,00 2,00 4,00 1 0 0 1,00 1,25 1,50 5,50 4,50 3,50 -6,00 -4,00 -4,00 1 1 1 1,00 1,25 1,50 6,00 6,00 6,50 -2,00 0,00 2,00 1 1 0 1,00 1,25 1,50 0,00 0,00 0,50 -4,00 0,00 2,00 1 1 0 1,75 1,50 2,00 0 1,75 4,00 4,00 0 1,75 5,50 2,00 0 1,75 3,50 0,00 1 1,75 8,00 6,00 0 1,75 1,50 4,00 0 Inicial: 2,00 2,25 2,50 2,75 3,50 4,00 2,00 0,50 8,00 -2,00 8,00 6,00 0 1 0 0 2,00 2,25 2,50 2,75 4,00 2,00 0,50 0,00 0,00 8,00 6,00 2,00 1 0 0 0 2,00 2,25 2,50 2,75 4,00 3,00 2,00 1,50 -6,00 4,00 4,00 2,00 1 0 0 0 2,00 2,25 2,50 2,75 3,00 3,50 6,00 6,50 -2,00 -2,00 -10,00 -2,00 1 1 1 1 2,00 2,25 2,50 2,75 8,50 7,50 5,00 3,50 2,00 4,00 10,00 6,00 0 0 0 0 2,00 2,25 2,50 2,75 2,00 2,50 1,00 0,50 2,00 -2,00 6,00 2,00 0 1 0 0 3.1. Seção Transversal Imprópria Comprimento* (m): Largura (m): AQZ03 Estado: VDM (veic/dia): 3,00 0,50 0,00 1 3,00 0,00 0,00 1 3,00 0,50 4,00 0 3,00 6,00 2,00 0 3,00 3,00 2,00 0 3,00 0,00 2,00 0 4,50 50,00 5,00 Média: 4,75 3,25 3,50 3,75 4,00 Severidade 1ª Seção 0,50 0,50 0,00 0,50 0,00 0,00 2,00 -2,00 M 1 1 0 1 3,25 3,50 3,75 4,00 Severidade 2ª Seção 0,00 0,00 1,00 2,50 0,00 0,00 -4,00 -6,00 B 1 1 1 1 3,25 3,50 3,75 4,00 Severidade 3ª Seção 1,50 0,50 1,00 3,00 -4,00 4,00 -2,00 -8,00 B 1 0 1 1 3,25 3,50 3,75 4,00 Severidade 4ª Seção 5,00 3,50 1,50 1,50 4,00 6,00 8,00 0,00 B 0 0 0 1 3,25 3,50 3,75 4,00 Severidade 5ª Seção 3,50 4,50 5,00 4,50 -2,00 -4,00 -2,00 2,00 B 1 1 1 0 3,25 3,50 3,75 4,00 Severidade 6ª Seção 1,00 1,00 0,50 1,50 -4,00 0,00 2,00 -4,00 B 1 1 0 1 Final: CEARÁ 40 FICHA DE AVALIAÇÃO DE DEFEITOS EM ESTRADAS NÃO PAVIMENTADAS 1. Identificação da Estrada 123 5,0 10,0 Leitura (cm) Cota Estimada 100,00 0,0 99,97 5,0 Declividade (%) 55,0 58,0 -0,6 Severidade Nível de presença de entulhos 1 1 Bordo Esquerdo Offset Declividade (%) 58,0 55,0 0,6 Severidade Nível de presença de entulhos 0 0 Leitura (cm) 99,96 10,0 55,5 57,0 -0,3 0 1 1 99,97 5,0 55,0 58,0 -0,6 0 0 0 99,94 15,0 55,0 57,0 -0,4 0 1 1 99,96 10,0 55,5 57,0 -0,3 0 0 0 99,99 5,0 15,0 0,0 10,0 Offset Bordo Direito Cota Estimada 100,00 100,03 100,03 100,00 100,00 99,94 20,0 99,90 20,0 54,5 58,0 -0,7 0 1 1 99,94 15,0 54,0 58,5 -0,9 0 0 0 99,99 15,0 99,88 25,0 99,88 25,0 10,0 99,86 30,0 100,00 99,86 30,0 99,99 15,0 99,96 35,0 99,94 20,0 99,96 35,0 99,88 25,0 100,01 40,0 99,86 30,0 100,01 40,0 99,96 35,0 40,0 100,05 45,0 100,01 45,0 100,05 45,0 100,05 50,0 100,11 50,0 100,11 100,00 99,88 25,0 55,0 57,5 -0,5 0 1 1 99,90 20,0 99,96 99,88 30,0 56,0 56,0 0,0 0 1 0 99,88 25,0 99,97 99,90 99,96 35,0 60,0 52,0 1,6 1 0 0 99,88 30,0 99,94 99,88 99,99 40,0 58,0 55,0 0,6 0 0 0 99,96 35,0 99,88 99,99 100,08 45,0 61,0 52,0 1,8 0 0 0 99,99 40,0 99,96 100,15 100,15 50,0 59,5 52,5 1,4 0 0 0 100,08 45,0 100,08 53,0 59,5 55,0 57,0 62,0 51,5 59,0 54,5 58,5 54,0 59,0 53,0 0,9 0,9 1,2 -1,3 -0,4 2,1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0 45,0 50,0 99,94 20,0 5,0 100,03 0,0 100,00 3.2. Drenagem Lateral Inadequada B Severidade Bordo Esquerdo B Severidade Bordo Direito 124 Ocorrência 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª Ocorrência 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª C (m) 14,00 C (m) 46,00 Prof. (cm) 2,00 A (m2) 21,00 Prof. (cm) 1,00 3.7. Perda de Agregados L (m) 1,50 3.3. Corrugações / Ondulações QUADRO RESUMO TRECHO N°: Tipos de Defeitos Severidade 3.1 3.2 3.3 3.4 3.5 3.6 Baixa 45 10 21 Média 5 Alta 3.7 46 03 φMédio (m) P (cm) Severidade 3.5. Buracos C (m) L (m) P (cm) A (m2) Severidade 3.6. Afundamento nas Trilhas de Roda Ocorrência 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª Ocorrência φ1 (m) φ2 (m) φ3 (m) 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª Densidade da Nuvem de Poeira (Baixa, Média, Alta) Única Ótima Velocidade de Operação (km/h) 40,00 3.4. Poeira Ocorrência Severidade B Severidade B 125 0,0 0,00 5,0 10,0 0,0 0,00 5,0 10,0 0,0 0,00 5,0 10,0 0,0 0,00 5,0 10,0 0,0 0,00 5,0 10,0 0,0 0,00 5,0 10,0 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,75 0,75 0,75 0,75 0,75 0,75 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,25 1,25 1,25 1,25 1,25 1,25 1,50 1,50 1,50 1,50 1,50 1,50 1,75 1,75 1,75 1,75 1,75 1,75 2,00 6ª Medição 2,00 5ª Medição 2,00 4ª Medição 2,00 3ª Medição 2,00 2ª Medição 2,00 1ª Medição 2,25 2,25 2,25 2,25 2,25 2,25 Seções Transversais 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,75 2,75 2,75 2,75 2,75 2,75 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,25 3,25 3,25 3,25 3,25 3,25 3,50 3,50 3,50 3,50 3,50 3,50 3,75 3,75 3,75 3,75 3,75 3,75 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 126 0,0 0,0 99,5 100,0 100,5 99,5 100,0 100,5 2,5 2,5 5,0 5,0 7,5 7,5 10,0 10,0 12,5 12,5 15,0 15,0 17,5 17,5 20,0 20,0 25,0 22,5 25,0 Bordo Esquerdo 22,5 Bordo Direito 27,5 27,5 Perfis Longitudinais 30,0 30,0 32,5 32,5 35,0 35,0 37,5 37,5 40,0 40,0 42,5 42,5 45,0 45,0 47,5 47,5 50,0 50,0 127 0m 10 m 20 m 30 m 40 m SEÇÕES TRANSVERSAIS - AQZ-03 50 m 128 0m 10 m 20 m 30 m 40 m MODELO DIGITAL SIMPLIFICADO DO TERRENO - AQZ-03 50 m 129 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 EIXO 35,0 BORDO DIREITO 30,0 45,0 BORDO ESQUERDO 40,0 50,0 PERFIS LONGITUDINAIS - AQZ-03 130 131 13 ANEXO IV – DETALHAMENTO DO MEDIDOR DE IRREGULARIDADE TRANSVERSAL (M.I.T.) 132 14 ANEXO V – DETALHAMENTO DO MEDIDOR DE DECLIVIDADE LONGITUDINAL (M.D.L.) 133 15 ANEXO VI – SEÇÕES TRANSVERSAIS 134 135 136 16 ANEXO VII – SEÇÕES LONGITUDINAIS 137 138 139 17 ANEXO VIII – DIGITALIZAÇÕES DAS CURVAS DOS ÁBACOS Figura VIII.1 – Digitalização das curvas do Defeito Seção Transversal Imprópria. Figura VIII.2 – Digitalização das curvas do Defeito Drenagem Lateral Inadequada. 140 Figura VIII.3 – Digitalização das curvas do Defeito Corrugação. Figura VIII.4 – Digitalização das curvas do Defeito Buracos. 141 Figura VIII.5 – Digitalização das curvas do Defeito Afundamento nas Trilha de Roda. Figura VIII.6 – Digitalização das curvas do Defeito Perda de Agregados. 142 Figura VIII.7 – Digitalização das curvas do Número “q”. 143 18 ANEXO IX – FOTOS Foto IX.1 – AQZ-01. Foto IX.2 – AQZ-02. 144 Foto IX.3 – AQZ-01. Foto IX.4 – AQZ-01. 145 Foto IX.5 – AQZ-01. Foto IX.6 – AQZ-01. 146 Foto IX.7 – AQZ-01. Foto IX.8 – AQZ-01. 147 Foto IX.9 – AQZ-02. Foto IX.10 – AQZ-02. 148 Foto IX.11 – AQZ-02. Foto IX.12 – AQZ-02. 149 Foto IX.13 – AQZ-02. Foto IX.14 – AQZ-03. 150 Foto IX.15 – AQZ-03. Foto IX.16 – AQZ-03. 151 Foto IX.17 – AQZ-03. Foto IX.18 – AQZ-03.