8/2015 30 Out. GESTÃO DE MUDANÇA ATIVA (?) A “Gestão de Mudança Ativa” é uma área de afetação de pessoal da DRH da MEO que há muito deveria ter sido extinta. Foi criada supostamente para colocações temporárias de trabalhadores que por razões de reestruturação empresarial ficavam momentaneamente sem funções. Como se não bastasse a negatividade da criação do GMA, os fundamentos que originaram o seu aparecimento foram subvertidos pois há trabalhadores que estão lá colocados há diversos anos, tendo num passado recente sido afetos aquela área, outros que continuavam a desempenhar as mesmas funções, nas mesmas Direções e postos de trabalho, provavelmente numa simulação de diminuição de trabalhadores numa determinada Direção. Também alguns que tendo a infelicidade de ser acometidos por uma doença, internamento ou outro facto que os impossibilitasse de comparecer ao serviço por algum tempo, (em regra mais de um mês), quando regressavam eram informados que se encontravam colocados no GMA, passando o seu local de trabalho a ser o das respetivas “bolsas” GMA das regiões geográficas em que se encontravam. Por outro lado, há algum tempo são propostos “projetos” a alguns trabalhadores que ali se encontram. Tais “projetos” resumem-se ao desempenho de um conjunto de tarefas que em regra implicam mobilidade geográfica e terminam passado um curto período de tempo, regressando o trabalhador ao local onde se encontrava anteriormente sem qualquer função. Muitos trabalhadores já estiveram envolvidos em diversos daqueles projetos sendo lamentável que após reconhecidos bons desempenhos, tal mérito não seja traduzido numa colocação em posto de trabalho normal. Inadmissível é a proposta de desempenho de tarefas que não se enquadram nas funções profissionais de diversos trabalhadores o que se traduz numa ilegalidade e indignidade. As referidas situações são propiciadoras de stress, desmotivação e desalento pois, esses trabalhadores desejam que lhes sejam atribuídas funções duradouras e compatíveis com a sua categoria profissional. Refira-se que alguns infelizmente padecem de patologias como por exemplo a bipolar e outras que são potenciadas por estas injustiças. De um modo geral, independentemente das razões que originaram a colocação de um dado trabalhador no GMA, todos aqueles que temos contactado desejam e têm direito de lhes serem atribuídas funções nos moldes legais. Estamos preocupados com o futuro daqueles que se encontram incapacitados para o trabalho, tal como é conhecido pela empresa, DRH e da PT/ACS, em alguns casos com comprovativos emitidos por médicos especialistas e Juntas Médicas. Por isso, continuamos a defender junto da DRH, que tais casos, em número diminuto, deveriam ser resolvidos segundo critérios excecionais e específicos envolvendo a Responsabilidade Social Interna. Obviamente com soluções que não coloquem em causa a sobrevivência, a qualidade do nível de vida de tais trabalhadores, em condições que não lhes piorem as respetivas patologias, por exemplo com aplicação de algo similar ao que já ocorreu na PT, serem libertados da prestação laboral. Seria assim patente a compreensão e humanitarismo do acionista dono da PT, e revelar-se-ia uma Responsabilidade Social Interna, no máximo das suas potencialidades e eficácia, sendo igualmente um positivo marketing externo e interno para a gestão do Grupo PT. Não iremos abdicar de discutir este importante tema com a gestão da empresa e a PT/ACS. Por isso há mais de um ano que os Representantes dos Trabalhadores para a Segurança e Saúde no Trabalho, eleitos da lista por nós apoiada, colocaram em sede da Comissão de Segurança e Saúde no Trabalho o pertinente pedido de análise e conclusões sobre os riscos psicossociais a que estão sujeitos os trabalhadores colocados no GMA. Compreendemos que o tema é complicado e “incómodo”, mas é lamentável que até á data não tenhamos obtido qualquer resposta da PT/ACS, mantendo-se o assunto pendente nas atas da aludida Comissão. O GMA é uma iniquidade porque pressupõe uma grave limitação ao direito ao trabalho, um ostracismo laboral inaceitável num dado ambiente empresarial, uma marca negativa interna e externa para qualquer Organização. É claro que ninguém foi de bom grado “parar” ao GMA parecendo configurar a maior parte dos casos um tipo de assédio moral, provocado por indicações que partiram das chefias desses trabalhadores e que visavam ver-se livres daqueles que foram considerados “persona non grata”. Além de consequências físicas e principalmente psíquicas dessa espécie de “castigo”, o trabalhador é impossibilitado de ter prémios por avaliação e desempenho. Têm-nos sido reportadas situações em que esses trabalhadores ou não são avaliados ou tal avaliação é realizada “a olho”, no sentido de nunca atingirem quaisquer condições que lhes permita receber uma compensação. Esperamos que o GMA tenha os dias contados e que brevemente possamos celebrar o seu fim, com a colocação de todos os trabalhadores em funções continuas e normais, compatíveis com as respetivas categorias e experiências profissionais, sendo salvaguardadas e tratadas como real exceção as situações de doenças incapacitantes para o trabalho que afetam alguns, felizmente poucos! SINDICALIZA-TE Visita a nossa página em www.sntct.pt SNTCT – A força de continuarmos juntos!