Informativo Gerencial de Mercado e Economia
Diretoria de Engenharia – DE
Superintendência de Planejamento – SL.E
Departamento de Estudos Gerenciais e de Mercado – DGM.E
Divisão de Estudos Econômicos e de Mercado – DEEM.E
Edição EXTRA
Setembro de 2010
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) divulgada pelo
IBGE, apesar do aumento da taxa de desocupação e da crise financeira
internacional, o rendimento médio do trabalhador brasileiro apresentou
crescimento de 2,2% em 2009, totalizando R$ 1.106,00 por mês. Além do
aumento do salário mínimo, o acréscimo no número de empregados no mercado
de trabalho formal contribuiu para esse resultado, pois os salários para as vagas
com carteira assinada em geral são mais altos, sem contar os benefícios, o que
reflete na melhora de qualidade do emprego e da renda. Entretanto, esse
crescimento não foi homogêneo entre as regiões brasileiras, sendo mais elevado
na Região Norte. Embora apenas o Centro-Oeste tenha recuado no índice, a
região continua sendo a que detém o maior rendimento médio.
Rendimento médio mensal real de todos os trabalhos das pessoas
ocupadas de 10 anos ou mais de idade
1400
1200
1000
800
600
400
200
0
4,4%
2,2%
2,7%
3,0%
2008
2,0%
2009
2009/2008
-0,6%
Brasil
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro
Oeste
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE
Outro destaque da pesquisa foi a taxa de desocupação, que passou de 7,1% para
8,3% em 2009. Esse aumento foi consequência do acréscimo de 18,5% na
população desocupada, estimada em 8,4 milhões de pessoas, uma vez que a
população ocupada manteve-se estável. Vale destacar o aumento de 1,5% no
número de empregados com carteira assinada. Na análise regional, a maior
proporção de trabalhadores com carteira de trabalho assinada situou-se no
Sudeste (67,3%), enquanto que a Região Norte apresentou a menor (42,4%). A
taxa de atividade só não teve elevação na Região Nordeste, que recuou de
60,2% para 59,6%, a menor dentre as regiões. Por outro lado, a Região Sul ficou
com a maior taxa de atividade (65,5%).
Em relação à desigualdade de renda medida pelo Índice Gini (quanto mais
próximo de zero, menor é a desigualdade de renda num país, ou seja, melhor a
distribuição de renda), a tendência de queda continuou, mas em um ritmo
inferior aos dos anos anteriores. Regionalmente, só a Região Norte apresentou
aumento na concentração de rendimentos de trabalho, retornando ao patamar
estimado em 2005. Diferentemente dos anos anteriores, a queda não beneficiou
os 10% mais pobres da população que não apresentaram variação no
rendimento. No grupo seguinte, da faixa entre 10% e 20% mais pobres, o
rendimento teve uma elevação de apenas 0,65%. Em 2008, a renda destes dois
grupos havia subido mais (4,1% e 6,9%). A queda foi sustentada pelas camadas
intermediárias já que os 10% mais ricos alcançaram uma acréscimo de 1,75% da
renda média mensal.
Índice de Gini
0,552
0,546 0,542
0,540
0,521 0,518
0,496 0,495
0,490
0,479
Brasil
Norte
Nordeste
Fonte: IBGE
2008
Sudeste
0,486
0,482
Sul
Centro Oeste
2009
Segundo a pesquisa, o número de bens duráveis por domicílio vem aumentando,
tendo como destaques na relação 2009/2008 os aumentos do percentual de
domicílios com máquina de lavar roupa, que passou de 41,5% para 44,3%,
micro-computador, com acréscimo de 31,2% para 34,7% e telefone, com alta de
82,1% para 84,3%. Porém, em relação aos serviços, o atendimento ao
saneamento básico reduziu, o que vem a ser uma grande preocupação. Apesar
do aumento de residências ligadas à rede coletora ou fossa séptica em 2009, o
indicador recuou de 59,3% para 59,1% devido ao aumento superior no número
de domicílios.
Percentual dos domicílios com esgotamento
sanitário ligado à rede coletora - 2009
85,6
59,1
57,3
39,2
33,8
13,5
Brasil
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
CentroOeste
Fonte: IBGE
Boletim Gerencial do Mercado de Energia Elétrica e da Economia
Publicação do Departamento de Estudos Gerenciais e de Mercado –
DGM.E da Superintendência de Planejamento – SL.E
Telefones: 21 2528 5030 e 21 2528 4516
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