II - INTRODUÇÃO – MENSAGEM DO BASTONÁRIO ROGÉRIO ALVES No improviso que proferi por ocasião da tomada de posse do Bastonário António Marinho e Pinto, recentemente editado pelo nosso Boletim, pude sublinhar alguns aspectos capitais da actividade da Ordem dos Advogados no decurso do ano de 2007. O relatório que agora se publica, descreve, ainda que de forma sucinta e tópica, o muito que se fez em prol da advocacia e da cidadania. Felizmente e porque estamos na Era da comunicação, muitas realizações e iniciativas podem ser conhecidas na hora, seja através da consulta do nosso Portal, hoje erigido a instrumento essencial na actividade dos advogados e de consulta frequente para muitos cidadãos, seja através dos meios de comunicação social e das demais formas de divulgação de eventos. As estatísticas estão mais acessíveis, os dados e os números consultáveis por todos. Muitas vezes enfatizei, nos mais diversos momentos e perante os mais variados auditórios, que a Ordem representa um magnífico exemplo de cidadania. Não são muitas as entidades que, com os meios ao dispor e, sobretudo, através da congregação de tantas e tantas pessoas, as quais, de forma gratuita e desinteressada, colaboram nas mais diversas áreas e segmentos de actividade, apresentam estes resultados. Cabe aqui uma justíssima palavra aos seus diversos órgãos. O Conselho Superior e o Conselho Geral; os conselhos de deontologia e os conselhos distritais; as delegações e os delegados. Como cabe uma palavra para todos os designados institutos e comissões da Ordem: o Gabinete de Estudos; a CNA; a CNEF; o IAPI; o IAE, o ISA; a CDHOA. Todos merecem uma palavra de profundo reconhecimento. Só a sua dedicação, a sua iniciativa e a sua perseverança, permitem esta vasta gama de tarefas concretizadas. Mas também os trabalhadores da Ordem são credores de uma palavra de reconhecimento. Ao longo deste ano continuaram a, permita-se-me a expressão, vestir a camisola, entusiasmandose com o nosso entusiasmo e dando mais, muito mais, do que aquilo que lhes seria exigível. Fica a minha homenagem que é também a de todo o Conselho Geral e, seguramente, de todos os órgãos da nossa Ordem. A Ordem modernizou-se. Essa modernização ficará simbolizada na instalação e funcionamento do SinOA. Finalmente temos um sistema informático comum, que gera um adequado tratamento de informação e gera enormes ganhos de produtividade, em quantidade e qualidade. Relatório e Contas 2007 5 A formação começou a reformar-se. Reforma essa que fica expressa na significativa diminuição dos advogados inscritos em 2007, comparativamente com os que o haviam feito nos 10 anos anteriores. O caminho correcto começou a ser trilhado. Há mais serviços proporcionados aos advogados. Recordo a legislação “on-line”, a base de dados de jurisprudência da Ordem e o aumento da cobertura base da nossa apólice de seguro de responsabilidade civil profissional. Tudo isto fizemos sem aumentar, em todo o triénio, a quota pedida aos advogados. O ano transacto viu regularizar, em moldes nunca antes atingidos, os pagamentos devidos no quadro do apoio judiciário, expresso no pagamento de montantes nunca antes alcançados e com uma pontualidade inédita. Também aqui a Ordem soube ser eficaz e conseguir o que, sendo de justiça, não se havia conseguido. Há muito a fazer. Mas isso não pode impedir que se constate o muito que foi feito. Saído daqui desejo a todos os advogados portugueses e desejo aos novos titulares dos órgãos da Ordem as maiores felicidades na sua tarefa, que é também a nossa. Rogério Alves Relatório e Contas 2007 6