Medicina do Adolescente: reflexões sobre uma experiência de ensino Roberto Assis Ferreira Cristiane de Freitas Cunha Patrícia Regina Guimarães Medicina do Adolescente • Roberto Assis Ferreira • Cristiane de Freitas Cunha • Patrícia Regina Guimarães Departamento de Pediatria – FM-UFMG Núcleo de Saúde do Adolescente - HC-UFMG Experiência exitosa • Experiência - prática • Êxito - consequência, resultado, efeito • A clínica e seus efeitos Justificativa • Um espaço de resistência da clínica baseada em valores • Uma clínica que abriga a tyché Adolescência como sintoma • Puberdade como arrombamento (Freud) • A puberdade entra na criança (Ferreira) • Adolescência: sintoma da puberdade (Stevens) • Mudança de posição subjetiva: de desejado a desejante (Lacan) • Trabalho psíquico: a separação dos pais, a turbulência da vida afetiva (Recalcati) Adolescência como sintoma • Adolescência: abertura para o possível (Focchi) • O único tempo onde aprender é possível (Proust) Adolescência e contemporaneidade Novas formas de adoecer, novos sintomas: • Depressão e suicídio • Anorexia, bulimia, obesidade mórbida • Toxicomania • Atos infracionais, outras formas de violência • Fracasso escolar • Desinserção social O impasse clínico A adolescência, com a sua exuberância sintomática, nos recorda o inacabado de cada um de nós, a falta estrutural e incurável. O mal estar que experimentamos não é sem consequências: medicalização, segregação. O impasse clínico • A dificuldade do médico no atendimento do adolescente • A adolescência como tyché, contingência, algo ineliminável • O adolescente não deixa a adolescência em casa para ir ao médico (Ferreira) A demanda • Os novos sintomas • A não adesão ao tratamento • A adolescência • A clínica do resto • A Medicina separa o joio do trigo. Nós recolhemos o joio (Ferreira) A transmissão • Responsabilidade pelo mundo que oferecemos ao adolescente (Lacadée) • Desejo de transmitir • O valor da palavra • O respeito pela enunciação • Invenções singulares Núcleo de Saúde do Adolescente HC-UFMG • Acompanhamento de saúde do adolescente, pela equipe interdisciplinar, no ambulatório e na enfermaria • Trabalho com grupos • Disciplina optativa • Estágio dos residentes de Pediatria • Curso de Especialização • Grupo de Pesquisa • Disciplina da Pós-Graduação Pressupostos teórico-clínicos • Acompanhamento de saúde do adolescente • História da moléstia: a pergunta sobre o mal estar, e a possibilidade de um (bem) dizer • Eixos da consulta: a puberdade, a adolescência, a demanda, a direção do tratamento Pressupostos teórico-clínicos • A construção do caso clínico, a singularidade • O deslocamento do lugar de quem sabe, de quem quer saber, de quem não sabe • A interlocução com a equipe interdisciplinar, sem a ilusão de um saber todo • O acolhimento da família Táticas • Comer pela beirada (Ferreira) • Não há um problema que uma não solução não possa resolver (Ferreira) O lugar do professor • O professor não como o que sabe, mas como o que ensina • A transmissão da clínica: o saber fazer • Orientação ética: o caso a caso O lugar do aluno • A responsabilidade pelo acompanhamento do adolescente, sob supervisão • A ênfase na relação médico-paciente O lugar do adolescente • O adolescente no lugar de quem sabe, de especialista de si mesmo • Os adolescentes não desejam ser compreendidos. Eles ficam furiosos quando são compreendidos. Se o próprio desejo é um enigma, um x, é terrível que outro saiba no lugar de quem deseja. O que o adolescente quer é se sentir real. O adolescente provoca o outro para se sentir real por meio da resposta suscitada (La Sagna, 2009). Adolescência e risco • Seminário como uma forma de avaliação • A articulação da clínica com a teoria • A produção de um trabalho, com orientação de pesquisadores e debate com convidados Medicina do Adolescente: avaliação de uma experiência de ensino interdisciplinar Clara Sousa Diniz, Cristiane de Freitas Cunha, Roberto Assis Ferreira Rev Med Minas Gerais 2008; 18(4 Supl 1): S173-S178 A fala dos alunos • • • • Ir além da doença Reconciliação com a técnica (semiologia) Interdisciplinariedade que articula Acompanhar o adolescente, mesmo sem queixa • Aprendizado da Medicina Clínica • Na medicina, há muitas coisas atrás da cortina Docentes e professores convidados • • • • • • • • • Roberto Assis Ferreira Mirtes do Vale Beirão Maria Jussara Fernandes Fontes Cristiane de Freitas Cunha Eliana de Castro Jacy Gorgens Betty Liseta M. Castro Pires Solange de Melo Miranda Patrícia Regina Guimarães • • • • • • • • • • Mônica Froes Schettino Motta Márcia R. Parizzi Karine Ferreira Cristina Campolina Suzana Tayer Amaral Valéria Santos Brasil Musso Greco Maria Inês Jonas Eliane de Souza Jorge Antônio Pimenta Filho Projeto Sala de Espera • • • • • • Nathayl Elisa Mucci Cristiane de Freitas Cunha Solange de Melo Miranda Patrícia Regina Guimarães Ana Paula Miranda Pessoa Patrícia Carolina Chaves • • • • • Suzana Tayer Amaral Cristina Campolina Vias Boas Maria Cândida Marques Lisley Schlens Braun Leandro V.B. Souza Equipe interdisciplinar • • • • • • • • Jorge Antônio Pimenta Filho Maria Judith Gudinõ Rocha Patrícia Carolina Chaves Sandra Maria Carneiro Andréia Lourençoni Leandro V. B. Souza Laudislena Colodetti Liana Mara Nunes Lana • • • • • • • • Tânia Maria Gomes Stella Maria De Melo B. Braga Tatiane Miranda Adriana Alves de Almeida Mariana Ribeiro de Almeida Lana Ivone Silva Patrícia Zarzar Sônia de Cássia Munhoz Rodrigues Obrigada! Cristiane de Freitas Cunha [email protected] www.sintomascontemporaneos.blogspot.com