Foto: Iara Morselli artigo A primeira impressão é a que fica! Assunta Napolitano Camilo* N o mundo de alta velocidade nem sempre temos uma segunda chance, a ordem então é impressionar os sentidos dos consumidores na hora da verdade: naqueles segundos que eles se dedicam a decidir entre os vários produtos à frente da gôndola. Para isso, os fabricantes de equipamentos de impressão, bem como os de pré-impressão e pós-impressão da linha estão investindo todas as suas apostas O desafio de ser o escolhido dos consumidores entre tantos é enorme. A batalha de percepções está cada vez mais acirrada. Vence aquele que impressionar de cara. Os fabricantes de equipamentos e de máquinas de todos os setores de embalagens têm se movimentado para atender as demandas de conveniência, segurança, excelência de apresentação (estilo) e, até mesmo, de sustentabilidade. Com as máquinas de impressão, incluindo pré-impressão e pós-impressão, não tem sido diferente. As máquinas de impressão para atender aos aspectos de conveniência têm superado a todo lançamento o tempo de troca (ou o setup), uma vez que o número de versões de produtos cresce exponencialmente. Por exemplo, há sopas com mais de 28 tipos! Assim podemos dizer que a produtividade (velocidade, largura útil de impressão, etc.) continua importante, mas a facilidade de troca é um quesito relevante. 40 Editora Banas Para aumentar a segurança das embalagens, muitos recursos gráficos são usados, como tintas especiais (raspadinha, termocrômicas, fosforecentes, etc.), aplicação de vernizes coloridos, de selos holográficos ou mesmo aplicação de filmes laminados podem diferenciar a embalagem e permitir aos usuários saírem na dianteira em relação à distância de similares. Além disso, esses recursos gráficos são importantes para dificultar falsificações. ou estabelecidos pelo designer do projeto. Cada vez mais é possível conseguir efeitos de realidade de reprodução fotográfica em impressões em série. Isso é o resultado de um processo melhor controlado, registro entre cores justos, lineatura de retículas menores, novas formações de ponto e de retícula. Além disso, na linha série de corte e vinco também se pode incluir cortes, zíperes e encaixes que tornam as embalagens mais seguras. É nessa etapa que podemos incluir a linguagem braille por meio de relevos. Isso aumenta a segurança de uso correto e é uma ótima prática de responsabilidade social. Em relação à sustentabilidade, há impressoras que permitem o uso de tintas à base d’água, com um índice de perda pequeno nas trocas, acertos e paradas. Além disso, essas máquinas usam menos água para refrigeração de seus sistemas e menor gasto energético. Isso sem mencionar os inúmeros novos recursos do setor de pré-impressão. Reservas de verniz, laminações, envernizamentos brilhantes e foscos, janelas Para coibir roubos, as etiquetas inusitadas, relevos secos, marcados e RFID já são utilizadas (etiquetas registrados, enfim uma grande variedaque tornam possível a identificação à de de artes gráficas pode ser aplicada distância por leitura ou nas embalagens. Recentes rastreamento de radiofreCada vez mais embalagens de cereais perquência). Essas etiquetas mitem sentir a pata do tigre é possível já podem ser impressas em visualmente e com o tato! linha e receberem as anteconseguir efeitos Texturas também estão nas (insertos) também em sendo utilizadas. Um exemde realidade linha. Em alguns casos, a plo recente é a embalagem inserção da etiqueta inteide reprodução de porta-filtros de café da ra é feita na linha de corte que demonstra a fotográfica em Melitta e vinco ou na montagem/ nova textura dos filtros na colagem dos cartuchos. impressões em própria embalagem. Porém, o que pode desequilibrar? O que enche os olhos é a utilização de recursos gráficos, obviamente orientados *Assunta Napolitano Camilo é diretora do Instituto de Embalagens e da Consultoria de Embalagens FuturePack