Websites e pequenos negócios Introdução: Em certos meios acredita-se que todas as pequenas empresas deviam fazer a maior parte das suas vendas e comunicações através da Internet. Esta corrente vê as pequenas empresas como um mercado ainda por explorar mas pronto a desenvolver-se rapidamente. No campo oposto estão aqueles que acham que a adopção da Internet pelas pequenas empresas é uma realidade ainda distante, e que a relutância destes negócios em gastar dinheiro faz com que este seja um mercado pouco atractivo. Na nossa opinião nenhuma destas visões interpreta correctamente a realidade. Há pequenas empresas que dispõem de meios financeiros que lhes permitiriam usar a Internet para se relacionarem com os seus clientes mas não ao ponto de as obrigar a alterar demasiado a forma como conduzem os seus negócios. Muitas pequenas empresas não querem ter catálogos online, efectuar transacções online usando cartões de crédito nem gerir bases de dados interactivas sobre as visitas e as preferências dos seus clientes. Para a maior parte destas empresas será mais apropriado ter um website informativo como parte da sua estratégia de marketing. Os pequenos empresários sabem que precisam de ter um website — mesmo que não saibam exactamente porquê — e o custo de uma presença simples na Internet é algo que cabe no orçamento de marketing de qualquer empresa. O que acontece no ciberespaço tem grande influência no mundo real É cada vez maior o número dos consumidores que recorrem à Internet para obterem informações sobre os produtos que pensam comprar. Nos Estados Unidos esta nova realidade, que alguns analistas designam por "The Multichannel Era", está a ser comandada por um segmento de consumidores que é composto por pessoas mais jovens do que a média, com níveis de rendimento acima da média e já experientes no uso da Internet. São vários os estudos publicados recentemente que demonstram a influência crescente da Internet nos comportamentos dos consumidores. Baseando-se na observação dos comportamentos de 8000 consumidores norte americanos que compram através da Internet, os analistas da Forrester concluíram que em média cada um dos consumidores observados fez compras no valor de $458 fora da Internet tendo a decisão de compra sido tomada com base na informação obtida online. Um outro facto interessante é que uma vez no espaço físico da loja estes consumidores acabaram por gastar em média mais $154 em compras não planeadas. Isto vem pôr em evidência que um mau website não só perde dinheiro online como falha em atrair consumidores para as lojas físicas. O estudo revela ainda que 48% dos consumidores dizem preferir comprar no espaço físico de uma loja porque querem ver os produtos de perto antes de comprá-los. A razão menos forte (apenas 16% dos consumidores a indicaram) para preferir uma loja física é o contacto com um vendedor humano. Uma observação interessante é que uma vez na loja física metade dos consumidores acabaram por comprar produtos de marca diferente daquela que tinham escolhido antes. Apesar de o estudo ter sido realizado nos Estados Unidos, as conclusões são igualmente úteis em outros mercados, nomeadamente em Portugal. O número crescente de utilizadores da Internet e a expansão dos acessos em banda larga criam condições favoráveis para que também por cá os consumidores usem cada vez mais a informação disponível na Internet nas suas decisões de compra. Isto quer dizer que nem todas as empresas vão aderir ao eBusiness? É cada vez mais evidente que muito do que se disse e escreveu sobre o papel da Internet no universo das pequenas empresas assentava em ideias erradas. Existia uma crença segundo a qual a evolução natural de um negócio o levaria a aderir ao comércio electrónico, ao CRM e a outras tecnologias muito ao estilo da Amazon.com. O e-mail e os websites básicos eram vistos apenas como fazendo parte de um percurso que conduziria inevitavelmente ao eBusiness. Esta forma de pensar é incapaz de compreender as necessidades dos pequenos negócios e conduz a estratégias erradas. Muitos pequenos negócios estão prontos para tirar partido da Internet e investir seriamente neste meio mas só se isso encaixar bem nas suas formas de operar. Há várias tecnologias consideradas triviais na indústria das TI que podem ser muito benéficas para as pequenas empresas. Por outro lado, a maior parte das tecnologias que são muito faladas na indústria teriam pouca utilidade ou mesmo efeitos disruptivos se entrassem em pequenas empresas de sucesso. Quando olhamos para as grandes empresas vemos que praticamente todas elas estão a usar a Internet de múltiplas formas. Quando uma destas empresas faz publicidade aos seus esforços tecnológicos pode até parecer que toda a inovação conseguida se deve à adesão à Internet. Acontece que as grandes empresas são compostas por muitas partes e muito do que conseguiram fazer deve-se ao facto de a sua forma de operar ser logo à partida favorável à introdução das novas tecnologias. Quando uma empresa efectua milhares de transacções por dia basta que consiga melhorar um pouco a eficiência para que a poupança conseguida em cada transacção justifique o investimento nas tecnologias. Tudo se deve a economias de escala. O número de transacções efectuado pelas pequenas empresas é muito menor, por isso são poucas aquelas que podem investir seriamente no eBusiness. O que pode uma pequena empresa fazer para tirar partido da Internet? No artigo intitulado "O que acontece no ciberespaço tem grande influência no mundo real" descreve os resultados de um estudo recente, envolvendo 8000 consumidores norte americanos, que concluiu que estamos a entrar numa nova era designada por "The Multichannel Era". O resultado mais interessante desse estudo é que há cada vez mais consumidores a recorrer à Internet para obter informações e decidir sobre os produtos que depois compram fora da Internet. O estudo conclui que o volume de vendas offline motivado por informação obtida na Internet supera largamente o volume de vendas online. Já pensou no que isto pode significar para o futuro do seu negócio? Se há cada vez mais clientes a avaliarem as suas ofertas com base em informação que encontram na Internet é melhor que essa informação exista e seja de boa qualidade. O seu negócio precisa mesmo de ter uma presença adequada na Internet. O website da sua empresa será a sua montra e o seu balcão de informações no ciberespaço. Estará aberto 24 horas por dia todos os dias do ano e os custos de manutenção podem ser muito baixos. Já pensou em quanto lhe custa enviar uma brochura impressa para um cliente? Se tiver um website bom vai poder oferecer uma versão electrónica das suas brochuras que os clientes podem ver ou imprimir se desejarem, tudo com custos irrisórios para si. Marketing Você sabe que para manter o seu negócio em actividade não basta ter um estabelecimento aberto. Você precisa que os clientes o procurem e normalmente precisa de fazer alguma coisa para que isso aconteça: comprar um espaço nas Páginas Amarelas, anunciar no jornal local, distribuir brochuras, etc. Na Internet as coisas não são muito diferentes. Depois de construir e colocar o seu site online é preciso que ele receba muitas visitas. A melhor opção para gerar tráfego consiste em levar os motores de busca como o google a encaminharem visitantes para o seu site mas a compra de publicidade online também é uma opção a considerar. Os esforços desenvolvidos com o objectivo de levar os motores de busca a encaminharem visitantes para o seu site são a acção de marketing mais importante que pode realizar na Internet. Para obter um sucesso duradouro com esses esforços o seu site precisa de ser construído com qualidade