VANTAGENS E DESVANTAGENS - A IMPORTANCIA DE SABER ESCOLHER
UM ARRANJO FÍSICO (LAYOUT)
Edilaine Cristina Duarte de Souza, Unisalesiano de Lins
e-mail: [email protected]
Érika Yuri Kotaki, Unisalesiano de Lins
e-mail: [email protected]
Juliana Carlos Dantas, Unisalesiano de Lins
e-mail: [email protected]
Profª. M.Sc. Máris de Cássia Ribeiro, Unisalesiano Lins
e-mail:[email protected]
RESUMO
O arranjo físico de uma empresa é de extrema importância, pois se trata de
canalizar a disposição das máquinas, estoques, fluxo de pessoas e material. Esse
arranjo tem uma relação custo benefício, de empresa para empresa, trazendo
consigo vantagens e desvantagens. Considerando os principais tipos de Layout
observa-se a seguintes condições: o layout posicional é aplicado ao produto parado,
e possui uma alta variedade de tarefas para a mão-de-obra, porém alto custo
unitário. Layout funcional é flexível para atender a demanda, adaptável a variedade
de produtos, porém o fluxo complexo pode ser difícil de controlar. Layout linear, o
material é que se move, promove um melhor aproveitamento do espaço, porém
requer alto investimento. Assim como esses três principais tipos, os demais arranjos
também possuem essa relação, escolher um arranjo dentre todos não será tarefa
fácil.
Palavras chaves: importância. vantagens. desvantagens.
1. INTRODUÇÃO
Há muitas razões pela qual um arranjo físico é essencial para uma empresa,
mas escolher um deles é de grande responsabilidade. E para que a escolha seja
correta, é necessário coletar informações sobre todo o processo desde a entrada
dos materiais até seu acabamento e também o seu transporte, pois não havendo
uma elaboração inicial afetará todo o seu fluxo, tornando assim processo demorado,
tendo um acumulo excessivo de trabalho, perda de tempo, entre outros. Para isso,
serão apontados fatores favoráveis e desfavoráveis em todos os arranjos físicos,
para que cada empresa tenha a opção de escolher o seu layout e de se
comprometer com suas desvantagens, tendo em vista que escolher o arranjo
assume-se obrigatoriamente um compromisso com o custo e seus pontos negativos,
e ainda conseguir o objetivo que é utilizar racionalmente o espaço físico disponível,
reduzir as movimentações de materiais, produtos e pessoas padronizar fluxos,
estoques, evitar filas, inconveniências para clientes entre outras coisas.
2
2. ARRANJO FÍSICO – LAYOUT
Layout é a disposição física de equipamentos, estoques, fluxo de pessoas e
de material de forma que tudo se organize harmoniosamente, pode ser uma
instalação real, um projeto ou um trabalho, afirma Matas (1998).
O seu estudo busca encontrar a melhor maneira de dispor fisicamente todos
os meio de produção, arrumando o espaço de trabalho a fim de otimizar a
funcionalidade do sistema, reduzir manuseio, transporte de material e circulação de
pessoas.
Faz-se necessário à modificação do layout na empresa quando:
a) existir máquinas improdutivas, por idade ou obsoletismo;
b) ocorrer acréscimos na demanda e novas máquinas precisam ser
instaladas;
c) existir ambiente de trabalho inadequado;
d) houver excesso de material em processo;
e) existir movimentação excessiva de material.
O objetivo principal do arranjo físico é obter operações econômicas a fim de:
a) utilizar racionalmente o espaço físico disponível;
b) reduzir ao mínimo as movimentações de materiais, produtos e
pessoas;
c) obter fluxo coerente de fabricação;
d) oferecer melhores condições de trabalho aos funcionários;
e) evitar investimento desnecessário;
f) permitir manutenção;
g) possibilitar supervisão e obtenção da qualidade;
h) obter soluções flexíveis, isto é, possíveis de serem modificadas sem
maiores atropelos.
2.1 ELABORAÇÃO DO LAYOUT
Há algumas razões práticas pelas quais as decisões de se escolher de um
arranjo físico são importantes, pois é uma atividade duradoura, e ainda mais quando
se trata da mudança de arranjo. A sua dificuldade se encontra por causa das
dimensões físicas dos recursos, o rearranjo pode interromper ou diminuir a produção
levando às perdas, ou sendo mal projetado eleva custos e perda de tempo e se o
arranjo físico estiver errado, pode levar a padrões de fluxo longos ou confusos,
estoques de materiais, filas de clientes formando-se ao longo da operação,
inconveniências para os clientes, tempos de processamento longos, operações
inflexíveis, fluxos imprevisíveis e altos custos.
A empresa ao adotar um determinado layout deve fazer o levantamento dos
dados, isto é, coletar informações sobre as especificações e características dos
produtos, quantidade de produto e de materiais, seqüência de operações e de
montagem, espaço necessário para cada equipamento, incluindo espaço para
movimentação do operador, dos estoques, da manutenção e informações sobre
recebimento, expedição, estocagem de matérias-primas e produtos acabados e
transportes, alem disso fazer a identificação do fluxo dos materiais, analisar a
capacidade de produção e os números de turnos de trabalho e identificar o número
de equipamentos a serem utilizados.
3
Depois de analisar o tipo de empresa considerando a relação custo benefício,
escolher o arranjo se torna uma operação mais fácil.
2.2 TIPOS DE ARRANJOS FÍSICOS
De acordo com Martins e Laugeni, os principais tipos de arranjos são:
a) layout por processo ou funcional;
b) layout linear;
c) layout celular;
d) layout fixa ou posicional;
e) layout combinados.
2.2.1 LAYOUT POR PROCESSO OU FUNCIONAL
Todos os processos e os equipamentos do mesmo tipo são desenvolvidos no
mesmo local as montagens e as operações semelhantes são agrupadas na mesma
área. O layout funcional é flexível para atender as mudanças do mercado,
atendendo produtos diversos e em quantidades variáveis ao longo do tempo.
Vantagens: melhor utilização das máquinas; supervisão de equipamentos e as
instalações fácies, e adaptados a uma variedade de produtos e mudanças.
Desvantagens: fluxo complexo pode ser difícil de controlar, poderá ocorrer estoque
alto em processo ou filas de clientes, fluxo complexo pode ser difícil de controlar.
S1
T1
P1
F1
S2
T2
P2
F2
S3
T3
P3
F3
S = Seção de soldar
P = Seção de pintar
T = Seção de tornear
F = Seção de furar
Adaptados pelos autores
2.2.2 LAYOUT LINEAR
Os equipamentos são dispostos de acordo com a seqüência de operações. O
material e que se move. Vantagens: melhor uso de espaço; facilidade de controle;
uso mais efetivo da mão-de-obra; tempo produção conhecido; e estoque reduzido de
material em processo. Desvantagens: alto investimento; defeito em uma máquina
implica na paralisação da linha; possibilidade de utilização incompleta da capacidade
produtiva das máquinas; e á indicado para produção com pouca ou nenhuma
diversificação.
Máquina
1
Máquina
2
Máquina
3
Máquina
4
4
Adaptados pelos autores
2.2.3 LAYOUT CELULAR
Consiste em arranjar em um só local, máquinas diferentes que possam
fabricar o produto inteiro. Vantagens: pode dar um bom equilíbrio entre custo e
flexibilidade para operações com variedade relativamente alta, atravessamento
rápido e trabalho em grupo pode resultar em melhor motivação. Desvantagens: pode
ser caro reconfigurar o arranjo físico atual, pode requerer capacidade adicional e
reduzir níveis de utilização de recursos.
Montagem
10
8
9
Célula 1
Célula 2
11
11
6
4
2
12
Célula 3
1
Matérias-primas e
componentes
3
7
5
A C B
Adaptados pelos autores
2.2.4 LAYOUT POSICIONAL
É o layout aplicado quando o produto fica parado, enquanto operadores e
máquinas se movimentam. O trabalho completo e executado ou o produto refeito
com a maioria dos componentes localizados. Um homem ou um grupo faz a
montagem completa, trazendo todas as peças a cada ponto de montagem.
Vantagens: o transporte de unidade é reduzido; a flexibilidade muito alta e mix e
produtos; não requer estudo muito custoso; alta variedade de tarefas para mão-deobra; e menos interrupções na continuidade do trabalho. Desvantagens: maior
capacidade de transporte de peças no local da montagem; capacidade maior de
cruzamento e movimento entre operários; e custo unitário muito elevado.
2.2.5 LAYOUTS COMBINADOS
5
Os layouts combinados ocorrem pra que sejam aproveitadas em um
determinado processo as vantagens do layout funcional e da linha de montagem,
segundo Martins e Laugeni.
De acordo com Slack, Chambers, Johnston muitas operações ou projetam
arranjos físicos mistos , que combinam elementos de alguns ou todo os tipos básicos
de arranjo físico, ou usam tipos básicos de arranjo físico de forma “pura” em
diferentes partes da operação.
Neste caso as vantagens e desvantagens, seriam da combinação dos
arranjos escolhidos.
Setor A
M1
Linha
P4
Setor B
M3
B1
M2
B2
P3
P2
P1
Adaptados pelos autores
3. METODOLOGIA
O artigo foi elaborado através de revisão bibliográfica onde foram abordados
os seguintes autores: MARTINS; LAUGENI (2006), SLACK; CHAMBERS;
JONHSTON (2002), ARAUJO (2001), MATAS (1998) E ROCHA (1995).
4. CONCLUSÃO
Conhecendo somente as vantagens e desvantagens de cada arranjo físico,
não é a forma mais acertada de se escolher um layout adequado para cada
empresa, e também não basta saber como se funciona de cada um deles. Para que
cada empresa possa fazer a melhor escolha é necessário conhecer os meios
internos e externos que influenciam a empresa, para em seguida fazer um
planejamento do todo, depois as partes, planejar o ideal e depois o prático. Dessa
forma inicia-se o layout com uma visão global, que posteriormente será detalhada e
trabalhada.
5. REFERÊNCIA
6
ARAUJO, L. C. G. Organização, Sistemas e Métodos. São Paulo: Atlas, 2001.
MARTINS, P. G. e LAUGENI, F. P. Administração da Produção. 2ed. São Paulo:
Saraiva, 2006.
MATAS, A. C. Layout. Artigo de 1998.
ROCHA, D. Fundamentos Técnicos da Produção. São Paulo: Makron Books,
1995.
SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JONHSTON, R. Administração da Produção. 2ed.
São Paulo: Atlas, 2002.
Download

INDICADORES DE PROBLEMAS NO LAYOUT