Exmo. Sr. Presidente do Conselho da Procuradoria Geral do Estado e Procurador Geral do Estado de São Paulo; Prezados Conselheiros; Caros Representantes das Associações estimados colegas aqui presentes: de Classes e Resolvi participar do momento do procurador para poder me apresentar aos prezados Conselheiros, em virtude da minha candidatura ao cargo de Corregedora Geral da PGE. Primeiramente, eu gostaria de esclarecer que eu quis prestigiar essa forma mais democrática de escolha do novo Corregedor pois permitiu que o procurador do estado que tenha vontade e ache que tenha vocação para o cargo, possa se inscrever de forma até independente, como foi o meu caso. A minha inscrição é neutra, independente e acredito ser técnica. Meu nome é Maria Rita de Carvalho Melo, sou procuradora do estado há 24 anos. Com relação à minha formação, eu sou mestre em processo civil pela PUC/SP. Tenho diversos artigos e um livro publicados. Os que me conhecem, tenho até ex-chefes que são conselheiros, sabem muito bem que eu sempre tive uma conduta muito correta no trabalho e em tudo o que faço e nunca tive qualquer problema de ordem disciplinar e posso dizer que tenho a moral ilibada, por absoluta convicção de que essa é uma condição essencial a um bom ser humano. Profissionalmente, eu tenho uma larga experiência em quase todos os setores da PGE. Atuei na PR-3, por cerca de 9 anos, iniciando no litoral, sempre em banca mista, com processos judiciais, trabalhistas, fiscais e ambientais e também exerci a função de chefia. Depois atuei no interior, em diversas comarcas. Depois me removi para a Procuradoria Regional da Grande São Paulo, onde trabalhei por 9 anos, também trabalhei em todas as áreas (judicial, trabalhista, fiscal e ambiental). Trabalhei na Procuradoria Fiscal por cerca de 6 anos, tanto na banca autora, como na ré. Trabalhei na Procuradoria do Patrimônio Imobiliário por 2 anos e atualmente estou na Consultoria Jurídica. Essa minha longa experiência me permitiu conhecer perfeitamente as dificuldades existentes nos diversos setores da PGE e também os problemas pelos quais passam os procuradores de banca e as chefias. Acho que essa experiência em todas as áreas é fundamental a um novo Corregedor para poder, não só orientar melhor os procuradores, como também para poder propor algumas alternativas que possam viabilizar a melhoria do trabalho a ser desenvolvido por todos. Tenho a vontade necessária e um grande ideal, porque acredito firmemente que posso realizar um bom trabalho e ajudar na permanente evolução da Corregedoria, para que ela continue a cumprir o seu papel institucional. Não há dúvida de que a Corregedoria tem que ser um órgão forte e efetivo para que a própria carreira possa ser respeitada. Acredito que essa minha imparcialidade e o fato de eu ser a alternativa técnica de escolha podem ajudar a restabelecer o necessário diálogo entre todos os órgãos da Procuradoria, justamente nesse momento tão importante de transição e de implementação da nova Lei Orgânica. Se eu for a escolhida para ser a nova Corregedora Geral, pretendo fazer com que a Corregedoria não seja temida, mas sim verdadeiramente respeitada. Para demonstrar como penso, faço um paralelo com a família, que na hipótese seria a procuradoria, e o pai o corregedor (ou a mãe, no meu 2 caso!). Não vejo que um bom pai seja apenas aquele que aplique punição aos seus filhos, porque o seu principal papel, antes de tudo, é o de dar diretrizes, é o de orientar como deve ser a conduta de seus filhos. Os bons filhos, ou seja, os procuradores que trabalham direito, poderão sentir a proteção e o respaldo da corregedoria. Quando ocorrer um erro, a que todos nós estamos sujeitos, caberá à Corregedoria, como diz o nome, corrigir, voltar ao prumo certo, sendo que a punição só deve ocorrer, quando for absolutamente necessária e ainda assim, depois da regular apuração, observada a gravidade do caso, a intenção do colega, o seu histórico profissional e sempre de forma imparcial, proporcional e justa. Assim, a Corregedoria deve atuar preferencialmente de forma preventiva, devendo ser a forma repressiva a exceção e não a regra, de modo que o Corregedor, assim como um pai, possa exercer a sua autoridade, sendo respeitado e também respeitando o colega procurador do estado, esteja ele trabalhando em uma banca ou exercendo um cargo de chefia. É assim que eu sonho a Corregedoria e tenho a firme convicção de que posso transformá-lo em realidade, pois estou disposta a trabalhar muito e a me dedicar, de verdade, a esse ideal, se os Sr. Conselheiros confiarem em mim. Assim, venho pedir o voto de cada um dos conselheiros aqui presentes para que eu possa fazer parte da lista tríplice a ser encaminhada ao Sr. Governador e quem sabe ter a honra de ser a próxima Corregedora Geral da PGE. Muito obrigada pela atenção de todos! 3