O Povo Reclama: Por que essa preferência odiosa? Recebemos: É chegada a ocasião de nós, contribuintes do Instituto de Aposentadoria dos Comerciários, reivindicarmos os nossos legítimos direitos, a defesa de nossa classe, cuja situação é das mais angustiosas, uma vez que os nossos montepios, deixado às nossas viúvas, e os nossos seguros na velhice, são tão miseráveis que não nos proporcionam uma aposentadoria justa e humana. Entretanto, por mais que a imprensa, no sul do país, se tenha levantado contra os Institutos de previdência social, mostrando que somos esbulhados e extorquidos de maneira indecorosa, nenhuma providencia já partiu das autoridades constituídas, em favor de nossa classe e de nossa família. Aumentaram os seus subsídios os deputados, alegando o aumento do custo de vida, subiram os vencimentos dos funcionários civis e militares, alcançam reivindicações em seus salários os operários, nós continuamos, no caso de falecimento ou invalidez, a deixar uma bota que não corresponde aos preços das atuais utilidades. Tudo subiu. Tudo aumentou. Acresce ainda que o governo aumentou as pensões federais de todos os Ministérios, não o fez, todavia, nos Institutos. Por que essa preferência odiosa? Nós também não contribuímos com a nossa parcela para o engrandecimento da Pátria? De tudo isso o mais triste é a orientação que até ao presente momento vem sendo dada ao Instituto de Aposentadoria dos Comerciários, onde as nossas contribuições são desviadas e o próprio governo não entra com sua parte, ficando devendo ao nosso Instituto e a outros. Só cabe ao comerciário, para alcançar os seus desejos, a união de todos nesta luta pelo seu bem e dos seus filhos.(a) UM ASSOCIADO DO I.A.P.C