COMUNICADO Data 3 de Novembro de 2015 Assunto Concluídos os trabalhos de perfuração do Túnel do Marão Perfuração da galeria Norte do Túnel do Marão concluída Ontem pelas 21h00, com a presença do presidente da IP, Antonio Ramalho, foi realizada a última carga explosiva que permitiu a abertura da segunda galeria, a galeria norte do Túnel do Marão. Durante a noite foram retiradas todos os escolhos e a galeria foi passada pela primeira vez de Amarante para Vila Real pelas 10H00 de hoje por um delegação técnica composta pelo Presidente da IP, Presidente do LNEC e Presidentes de todas as empresas envolvidas, tendo sido convidados os Presidentes das Câmaras de Vila Real e Amarante. Três semanas após a abertura da galeria Sul, estão concluídos os trabalhos de perfuração daquele que será o maior túnel rodoviário da Península Ibérica com 5.665 metros, permitindo a travessia da Serra do Marão. O empreendimento do Túnel do Marão que a IP está a desenvolver compreende, além da execução do Túnel, a construção do sublanço com 9,9 quilómetros da ligação Poente entre o Nó do IP4 e o Túnel e a ligação Nascente, entre o Túnel e o Nó de Parada de Cunhos. Esta ligação, igualmente com 9,9 quilómetros de extensão, inclui a execução de diversas obras de arte nomeadamente o viaduto sobre o vale do Rio Ovelha com 816 metros e o viaduto sobre o vale do Rio Marão com 915 metros. Aceitámos o desafio, concretizamos a obra Recorde-se que o contrato de Parceria Público Privada para a Concessão Túnel do Marão em regime de portagem com cobrança aos utilizadores foi assinado em maio de 2008. Previa um investimento de cerca de 458M€, dos quais 345M€ eram de construção. O mecanismo de remuneração da concessionária assentava exclusivamente em pagamentos por disponibilidade da via e em pagamentos por serviço prestado, ambos a cargo Infraestruturas de Portugal (ex. EP). Compreendia a construção de quatro lanços com característica de autoestrada, incluído a execução do Túnel, numa extensão total de 30 quilómetros, destinado a permitir a circulação entre Amarante e Vila Real. Ainda com grande parte da construção por realizar, a concessionária Auto-estrada do Marão, S.A., revela incapacidade de concretizar a obra e em junho de 2011 o empreendimento fica parado. Na obra estavam já executados 223M€ do investimento previsto para a construção, ou seja, 65%. Dos quatro lanços a construir apenas o troço da A4 entre o Nó de Geraldes e Nó com a atual IP4 estava efetivamente em serviço. Rapidez e rigor em todo o processo A obra inicial teve três paragens, duas por efeito de providências cautelares colocadas pela Empresa Águas do Marão, e a última por dificuldades financeiras do consórcio detentor da parceria público privada. Em julho de 2013 o Governo toma a decisão de resgatar a concessão do Túnel do Marão, fundada no incumprimento pela Concessionária que interrompeu a obra, ficando então a cargo da Infraestruturas de Portugal (à data Estradas de Portugal) a sua concretização. O Governo e a Estradas de Portugal, hoje IP, procederam de imediato ao diagnóstico da situação da obra, aos estudos necessários à sua conclusão e sobretudo, à obtenção de financiamento que permitisse reduzir os encargos da PPP que se consideravam incomportáveis. Foi possível apresentar uma solução adequada, obter o acordo comunitário para o financiamento do projeto restante é planear um modelo de conclusão. Para a execução do empreendimento do Túnel do Marão, a Infraestruturas de Portugal (exEP) optou pelo lançamento, no final de fevereiro de 2014, de três Concursos Públicos Internacionais para a construção dos acessos poente e nascente e de escavação e execução do Túnel. Uma decisão que teve como objetivo incrementar o potencial de concorrência, reduzir o nível de risco e garantir um menor custo público. Desta forma o custo total do Túnel para o Estado Português em termos de investimento inicial ficará entre os 260 a 280 M euros, valor substancialmente inferior aos 345 milhões do contrato inicial PPP. Uma obra relevante para a coesão nacional e desenvolvimento regional cofinanciada por fundos europeus A Infraestruturas de Portugal em colaboração com o POVT, apresentou candidatura ao cofinanciamento de um investimento de 150,8 M€, (que inclui as empreitadas dos sublanços Poente e nascente, a do Túnel, a de colocação do sistema de cobrança de portagem, os custos com a fiscalização e os projetos). Reconhecendo a importância que a concretização do projeto do Túnel do Marão representa para o desenvolvimento económico e social do país, a União Europeia decidiu atribuir um cofinanciamento de 89M€ no âmbito dos Fundos de Coesão. A aprovação dos fundos europeus torna possível alcançar uma ainda maior poupança nos custos necessários para a concretização deste empreendimento, reduzindo assim para 61M€ o total de encargos da Infraestruturas de Portugal com estas quatro empreitadas. Desta forma o custo total do Túnel para o Estado Português em termos de investimento inicial ficará entre os 260 a 280 M euros, valor substancialmente inferior aos 345 milhões do contrato inicial PPP Em tempo recorde, 58 semanas após a consignação da obra será possível utilizando as duas barreia, ligar a autoestrada A4 em Amarante com a Autoestrada Transmontana em Vila Real. Uma obra com fortíssimo apoio comunitário, planeada e executada num método de "total execution, global assembling" que envolve cerca de 1200 trabalhadores nas múltiplas frentes de trabalho e que tem decorrido até hoje com um nível muito baixo de acidentes de trabalho e com nenhuma vítima mortal.