O Balanço Social é o documento que permite fornecer um conjunto de informações essenciais sobre a situação social do organismo, evidenciando pontos fortes e fracos da gestão social dos recursos humanos, o grau de eficiência dos investimentos sociais e os programas de acção que visem a realização pessoal dos trabalhadores, a sua identificação com o serviço e a melhoria da própria qualidade de vida. O Balanço Social é, assim, um instrumento indispensável para um correcto planeamento e uma efectiva gestão dos recursos humanos. O presente documento apresenta um conjunto de informação que espelha a realidade dos recursos humanos deste organismo do Ministério da Administração Interna, até ao dia 31 de Dezembro de 2006. 1. CARACTERIZAÇÃO DO EFECTIVO a) Efectivo por Número, Género, Escalão Etário e Grupo de Pessoal A 31 de Dezembro de 2006, encontravam-se ao serviço 249 funcionários; 120 mulheres (48%) e 129 homens (52%). É, como se constata, uma distribuição equilibrada, comparativamente ao cômputo geral da administração pública. Verifica-se, contudo, a existência, à data, de uma reduzida taxa de feminização de pessoal dirigente: 5,4%. O Escalão Etário dos 40-44 anos é o que regista uma maior frequência. Comparativamente ao ano de 2005, houve um acréscimo de 17 funcionários a desempenhar funções neste organismo. Os grupos de pessoal com maior efectivo são o grupo de pessoal Administrativo (30%) e o grupo de pessoal Técnico Superior (28%). b) Relação jurídica de emprego No que respeita à relação jurídica de emprego, o efectivo de nomeação corresponde a cerca 83,6% do efectivo total, sendo que o efectivo destacado, observável apenas no grupo profissional de pessoal das Forças Armadas, é o que regista uma menor percentagem, cerca de 1,2%. Está do seguinte modo distribuído o pessoal, por vínculo jurídico: a. Nomeação: 214 funcionários b. Contrato de Avença: 24 funcionários c. Destacamento: 3 funcionários d. Requisição: 8 funcionários c) Nível de Escolaridade A taxa de habilitação superior (incluindo bacharelato) dos efectivos deste organismo é de 44,9%, de entre os quais 18,4 são mulheres. 18,4% dos funcionários tem 12 anos de escolaridade e 17,7% tem 9 anos de escolaridade. 2. MOBILIDADE a) Admissões Em 2006 foram admitidos 45 funcionários. Contudo, não se pode afirmar que tenha havido um forte reforço de efectivos, uma vez que o número referido traduz, maioritariamente, nomeações em comissão de serviço para cargos dirigentes. b) Regressos No ano em análise regressaram 6 funcionários. c) Saídas Em 2006 cessaram definitivamente funções neste organismo 25 funcionários: 12 pertencentes ao quadro e 13 de fora do quadro de pessoal. Os motivos mais representativos foram a aposentação e o fim de situação transitória (comissão de serviço, destacamento, requisição), respectivamente, de 20% e 16%. 3. PRESTAÇÃO DE TRABALHO E ABSENTISMO a) Horários de Trabalho O SNBPC adoptou mais do que uma modalidade de horário de trabalho. Assim, 26,7% do seu efectivo de pessoal tem horário rígido, 32, 9% tem isenção de horário e 32% tem horário flexível. No que se refere a outras modalidades de horário existem 10 funcionários a beneficiar de jornada contínua, e 9 funcionários aos quais foi concedido o estatuto de trabalhador estudante. Importa referir que a modalidade de horário adoptada na sede e em dois dos serviços desconcentrados (Lisboa e Porto) é o horário flexível. Nos restantes 16 serviços distritais, a modalidade adoptada é o horário rígido. b) Trabalho Extraordinário Foram contabilizadas, em 2006, 5800 horas de trabalho extraordinário. Houve um decréscimo de 2257 horas (28%), comparativamente a 2005, fruto de uma melhor rentabilização do tempo e redistribuição de tarefas. c) Absentismo (em dias) O nº total de dias de ausência ao longo do ano ascendeu a 2723 (menos 1951 do que em 2005). Cerca de metade dos dias de falta (50,4%) aconteceram por motivos de doença (os atestados médicos prolongados assumem especial relevo). As mulheres foram as que registaram maior absentismo (81%), essencialmente por razões associadas a doença, maternidade e assistência à família. Os grupos de pessoal que registaram maior absentismo foram os Técnico Superior e Administrativo: 38 e 46,5%, respectivamente, face ao número total de dias de ausência. Em 2006 registaram-se 21 dias de falta em resultado de acidentes no trabalho. Ao abrigo do estatuto de trabalhador-estudante registaram-se 110 faltas. Houve um total de 64 dias de ausência devido a greve. O pessoal Técnico Superior é o que regista número superior de faltas por este motivo (42,1%). b) Férias Cada funcionário gozou, em média, 21,2 dias de férias. 4 FORMAÇÃO PROFISSIONAL a) Formação Ao longo do ano, realizaram-se 252 acções de formação, que contaram com a participação de funcionários deste organismo, perfazendo um total de 6658 horas em formação no território nacional. Em 89 das acções (35,3%) participaram dirigentes deste organismo, em 81 (32,1%) participaram técnicos superiores, e em 44 (17,4%) participaram funcionários administrativos. b) Encargos com a Formação Os encargos com formação registados em 2006 totalizaram o montante de 101.792,24 €. 5. ENCARGOS COM O PESSOAL a) Encargos com o Pessoal Em 2006 houve um incremento de 13,3% em relação a 2005, no que respeita a gastos com o pessoal. Assim, passou-se de 4.825.270,75 € (2005) para 5.469.917,36 € (2006). b) Encargos com Prestações Sociais Em 2006 este organismo despendeu 213.315,77 € referentes a prestações sociais, um incremento na ordem dos 9,3%. NOTA CONCLUSIVA Os dados apresentados espelham o trajecto particular deste organismo que, saliente-se, surge de uma fusão operada em 2003, entre o Serviço Nacional de Protecção Civil e o Serviço Nacional de Bombeiros. O número elevado de funcionários no grupo de pessoal Dirigentes deve-se ao facto de este organismo comportar, na sua estrutura hierárquica, um Comandante e um 2º Comandante Operacional Nacional, 36 Comandantes Operacionais Distritais (2 por Distrito) e de dois Adjuntos de Operações Nacionais. A reduzida taxa de feminização do pessoal Dirigente é, em parte, explicada pelo facto de lugares de comando operacional serem tradicionalmente ocupados por homens. Inverter esta tendência é um desafio que importa enfrentar. Assinala-se, todavia, a existência de um equilíbrio de género no total do seu quadro de pessoal, tendência que se mantém desde 2004. É de realçar, também, a elevada percentagem de funcionários com formação superior e o aumento verificado, comparativamente a 2005, de funcionários com formação pós-graduada. O facto é devido a um aumento da tecnicidade deste organismo, que resulta da atribuição de novas e mais complexas responsabilidades. Um programa de formação extensivo (i.e., que contemple novas competências e tendencialmente generalizada a todos os grupos de pessoal) é algo desejável para o bom funcionamento de qualquer organização. Os dados apresentados evidenciam uma preocupação clara nessa matéria, ainda que se constate um desequilíbrio de investimento que ainda privilegia o pessoal Dirigente e Técnico Superior.