CLIPPING DEPUTADOS 14/11/2010 Moacir Pereira SOS Floripa Florianópolis está parecida com uma nau sem rumo. Instalada na ilha mais bela do Brasil, tem seu futuro comprometido. Sem Plano Diretor, invadida pela especulação, carente de planejamento urbano e sem priorizar ações reais de proteção, caminha para dias sombrios. A falta de mobilidade já massacra a população. O trânsito trava toda hora e todo dia. Para milhares de habitantes, virou um inferno. O prefeito Dário Berger é acusado de omissão e de desinteresse pela cidade. Mas quando propõe um basta na avassaladora “selva de pedra”, sem a mínima infraestrutura, não tem respaldo dos vereadores. E quando melhorias urbanas nos distritos são exigidas, a prefeitura recebe vetos das “comunidades”. A Lagoa da Conceição, uma das joias da coroa deste espaço encantador e único, é um exemplo patético. Suas águas foram tomadas por algas, produzidas por produtos tóxicos ou por destinação criminosa de esgoto. Duas medidas práticas resolveriam este dramático dilema: a primeira, com uma ação enérgica e radical da vigilância sanitária e dos órgãos ambientais, com respaldo do Ministério Público, lacrando bares, casas e restaurantes que estejam poluindo a Lagoa. A segunda, com o desassoreamento. As algas se espalham, causando odor insuportável e matando a galinha dos ovos de ouro, porque não há oxigenação da água. Mas se alguém propõe a retirada da areia da saída do canal da Barra, órgãos ambientais e procuradores levantam-se em vetos definitivos. Pior! Também não propõem uma solução. BASTA! O Parque São Jorge foi concebido para ser bairro residencial unifamiliar. A Câmara alterou o gabarito e, ao lado da Celesc, erguem-se pombais de concreto. O Sul da Ilha sofre com congestionamentos monstruosos e infernais. Nem pequenas ações, como rótulas para desafogar, são adotadas. O Norte virou o paraíso da ganância especulativa. A polícia informa que pelo menos três favelas novas surgiram nos últimos dois anos na 1 região: a do Mosquitinho, a dos Nordestinos e a do Córrego Grande. Investidor sério tem fiscalização implacável; já a ocupação ilegal do solo por invasores corre solta. E os problemas se multiplicam. Quadro alarmante ocorre no Itacorubi. No segundo trecho da Rua Amaro Antônio Vieira, a partir da Capela São Bento, surgiram 29 edifícios. Outros 16 estão em construção há menos de dois anos. Mobilidade zero. Sem áreas de lazer. Sem esgoto. Só numa área ao lado do Cepon são construídos nove novos prédios, alguns com 11 apartamentos por andar. Vão morar ali cerca de 3 mil pessoas. Está ruim? Se continuar esta apatia, vai ficar muito pior. diario.com.br Leia o blog de Moacir Pereira Informe Político A trincheira das Cidades Gestor da maior parte das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Ministério das Cidades está entre os mais cobiçados do futuro governo de Dilma Rousseff (PT). A disputa pode provocar reflexos e desgastes entre aliados na última eleição no Estado. Quando o nome da senadora Ideli Salvatti é indicado pelos petistas catarinenses ao Ministério de Dilma, a pasta das Cidades está entre os elencados endereços prováveis. Considerados os serviços prestados por Ideli ao governo Lula e sua pronta ação no Congresso contra a oposição, natural seria imaginar a presidente lhe dar o devido reconhecimento. Por que não na pasta das Cidades. Quem trabalhou por Dilma, como o secretário nacional de Saneamento Ambiental, Leodegar Tiscoski (PP), que comanda o órgão ligado ao ministério, admite que a presidente nada sinalizou. Mas Tiscoski tem um argumento novo. A partir dos primeiros relatos do vice-presidente eleito e coordenador da comissão de transição, Michel Temer (PMDB), seria mais natural que os aliados ficassem com as pastas que já possuem, ou seja, os pepistas manteriam o espaço, ocupado, hoje, por Márcio Fortes. Parece que as Cidades está na lista de desejos dos partidos que apoiaram Dilma, sem esquecer do guloso PMDB, que, agora, não só está no governo, como é governo na figura de Temer. A repartição de cargos trará, queiram ou não, desconfortos variados. Difícil será abrigar a todos que desejam pegar uma fatia do poder federal. EXPERIÊNCIA VALE MUITO Prestes a publicar o livro Muito Além do Meu Sonho, na quartafeira da semana que vem, na Assembleia, onde relata fatos de sua vida pessoal e pública, o senador Neuto De Conto (PMDB) – à direita – tem sido procurado pelos colegas catarinense de 2 parlamento para uma consultoria informal. Na foto, durante a reunião do Fórum Parlamentar Catarinense, Neuto conversava sobre o Orçamento da União de 2011 com o deputado Mauro Mariani (PMDB) – à esquerda –, o federal mais votado da próxima legislatura, e com o deputado Paulo Bauer (PSDB) ao centro –, que assumirá funções no Senado na próxima legislatura. O senador peemedebista deixa o Congresso em janeiro próximo com a bagagem de conhecer muito bem o funcionamento do Legislativo, em Brasília, onde também foi deputado federal. Na oposição O ultradireita Ronaldo Caiado, deputado federal do Democratas por Goiás, ícone do movimento ruralista, apontou a sua metralhadora giratória para o colega de partido Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo. Caiado acusa Kassab de querer “vender” o DEM para o PMDB, com a possibilidade de fusão das duas siglas. De fato, o prefeito paulistano é o maior incentivador de que o casamento ocorra. Se Caiado está indignado, diz que é para o “prefeito se dar bem”, imaginem os mais românticos, que sabem o que era a Arena e o que era o MDB. Nova regra Nos tempos atuais, segmentos do DEM e do PMDB falam a mesma língua há tempos e estão juntos. Santa Catarina, aliás, é um case de sucesso para o projeto de Kassab, que conta com o apoio de gente graúda no partido. Será que surgirá o maior dos maiores partidos da República, híbrido entre oposição e situação no governo Dilma, justamente para se posicionar frente ao PT nacional? Pedido renovado Tuitada disparada na sexta-feira, por Colombo, chamava, mais uma vez, os interessados em participar do pacto por Santa Catarina. São sugestões à futura administração, que podem ser dadas em www.raimundocolombo.com.br. Não se trata de plano de governo, mas de uma agenda para buscar a sintonia entre os setores da sociedade. “Eu me acostumo com esse aparato porque é inexorável. Mas, como ministra, a vida também não era muito normal, não.” DILMA ROUSSEFF, presidente eleita, sobre as exigências da segurança antes de seguir para a cúpula do G-20, em Seul. Parlatório Derly da Anunciação Sem ser filiado a nenhum partido político, Derly da Anunciação foi o responsável pela Comunicação Social do governo do Estado nos últimos oito anos. O secretário ainda não foi convidado, de forma oficial, para participar do governo 3 Raimundo Colombo. Mas o desempenho na campanha vitoriosa no primeiro turno, quando coordenou a área logística e foi um dos agentes da reviravolta eleitoral, o credencia a estar em um dos postos-chaves da administração. A descentralização terá uma sobrevida no governo de Raimundo Colombo? Derly da Anunciação – A definição é do governador eleito junto com o vicegovernador. Eu acho que o modelo em si é inteligente. Tanto é que proporcionou, com o apoio do ex-governador Luiz Henrique, a eleição do Raimundo Colombo e do Eduardo Pinho Moreira. Acho que é um modelo, que independente de nomes, trabalhou no principal, que é aquilo que a gente fez para a sociedade como um todo. O que pode melhorar na imagem do governo? Derly – Para fazer uma boa comunicação, eu entendo que tenha que existir duas coisas: um bom produto e como você mostra este conteúdo para a sociedade. Eu acho que os resultados das pesquisas demonstram que a estratégia foi acertada. Os indicadores entre péssimo e ruim nunca chegaram a dois dígitos. O que mostra que, à medida que o governo foi executando os serviços e obras, houve competência em mostrar os benefícios e a sociedade reconheceu e fez seu julgamento. A atuação na campanha o credencia ao governo? Derly – Eu não trabalho assim. Eu trabalho naquilo que me solicitam. Foi me solicitada uma contribuição na campanha. Tenho que deixar claro que ninguém ganha a campanha sozinho, sempre tem que ser um grupo a serviço do candidato e tem que ter um bom candidato. E foi este conjunto de coisas que levou à vitória do Colombo. O importante é dizer que ele não tem nenhum compromisso comigo, nem eu pedi nem ele ofertou. O meu trabalho está feito. As questões futuras é o tempo que vai dizer. Chegou a ser convidado? Derly – Não, não teve esta conversa. Eu desconheço convite a qualquer pessoa, a não ser ao Ubiratan Rezende. O que tem é que a gente deve ter alguma contribuição, e não é unilateral. Primeiro, tem que ter a vontade do governante. E, segundo, aí um ponto de vista meu, eu só aceitaria um cargo naquilo que eu acredite que tenha uma relativa competência para contribuir. A política é muito dinâmica, tem que respeitar as posições partidárias, não sou filiado a nenhum partido. O senhor preside o conselho de administração da Celesc. Deve continuar? Derly – Estou há oito meses na presidência do conselho. A Celesc é a maior empresa do Estado, e como toda a empresa grande tem os seus problemas. Nós estamos tentando encaminhar para que exista o mínimo de problemas possíveis. Eu acho que a minha contribuição está de bom tamanho no conselho. Também temos que entender que a Celesc, dentro de um contexto político, é muito importante na composição com os partidos. Eu acredito que a Celesc deve ser comandada por indicação de algum partido que faz parte da coligação vencedora. 4 Estela Benetti Com a missão de construir shoppings O que faz o empresário catarinense Jaimes Almeida Junior feliz é lançar e construir shopping centers. Ele viveu mais um desses momentos especiais na última quarta-feira, quando apresentou ao mercado o Continente Park Shopping, que vai edificar em um dos pontos mais estratégicos da região continental da Grande Florianópolis, a esquina da BR-101 com a SC-407, em São José. Lá, por volta de abril de 2012, será inaugurado o maior shopping de Santa Catarina, um projeto sofisticado de R$ 220 milhões, com mais de 250 lojas. O manezinho Jaimes está no setor de shoppings há quase 20 anos. Inaugurou o Neumarket, de Blumenau, em 1991, e fez o Santa Úrsula, em São Paulo, que vendeu, anos atrás, para focar o mercado catarinense. De lá para cá, incluiu no grupo o Balneário Camboriú Shopping e o Joinville Garten Shopping, está construindo o Blumenau Norte, lançou o Continente e tem planos para outros polos como Chapecó, Criciúma e Lages. Qual foi o seu primeiro negócio? Jaimes Almeida Junior – Morei em Florianópolis até os 20 anos. Aí fui para Blumenau, onde comecei a trabalhar no setor imobiliário. Em 10 de janeiro de 1980 abri a imobiliária Almeida Junior. De 1980 até 1990, fomos líderes no setor, fizemos locações e incorporações de prédios. Mas aqueles planos econômicos para enfrentar a inflação altíssima geraram dúvidas sobre o futuro do setor. O caminho foram os shoppings? Jaimes – Sempre achei que, em algum momento, o Brasil iria deixar a inflação para trás. Me preparei, fui para os EUA, fiz cursos no International Council of Shopping Centers. Voltei e resolvi fazer um shopping em Blumenau, o Neumarkt, em local que não tivesse enchente. Começamos em 1991 e concluímos em 1993. Em 1994, mudei para São Paulo e, em 1999 inaugurei o Shopping Santa Úrsula, em Ribeirão Preto. Em 2007, recebemos proposta para vender a empresa. Meus filhos disseram para eu não vender porque eu perderia o brilho nos olhos. Isso me animou a investir ainda mais. Por que o Continente Park? Jaimes – Não podíamos deixar de lado a Grande Florianópolis, minha terra natal. Há dois anos estamos analisando os números, e concluímos que a Ilha tem uma sensibilidade ambiental e de deslocamento muito grandes. Enquanto, no Continente, o céu é o limite. Há vários condomínios de luxo nascendo ali. Vamos fazer um projeto diferenciado, agradável, que trará desenvolvimento qualitativo à região. Para onde vai um shopping, o desenvolvimento vai junto. O Continente vai dividir com a Ilha a qualidade de vida para o público A e B. 5 E a parceria com o Bradesco? Jaimes – O Bradesco é o grande parceiro da Almeida Junior. Somos correntistas do banco há 30 anos, e nossos estilos de trabalhar são parecidos, de pôr a mão na massa. Isso nos dá conforto. Vamos lançar para o Continente Park um pacote para financiamento dos lojistas, com um projeto mais facilitador de liberação de crédito. Você participa da elaboração dos projetos dos shoppings? Jaimes - Procuro dar tudo de mim em cada novo shopping. Cada cantinho sou eu que desenho, sento com os arquitetos e eles dão forma. São dons que a gente acaba construindo ao longo do tempo, com erros e acertos. Sou muito otimista. Tenho o prazer e a realização de contribuir com as cidades. É o sentimento de deixar uma marca, porque ninguém é eterno. Entendo que tenho uma missão de transformar. Acho que shopping center é um equipamento de transformação social. É consumista? Jaimes – Me considero um consumista. Adoro entrar em supermercados, gosto de cozinhar. Para mim, entrar em bons supermercados é uma festa. Gosto de roupas, carros, de tudo o que é bom. Que conselho dá para quem está começando a vida empresarial? Jaimes – Tenho um conselho importante: foco, foco e foco. Não existe almoço de graça, é preciso trabalhar muito. Não desistir na primeira dificuldade, ser determinado e entender que o diferencial entre o empreendedor de sucesso e o que começa e desiste é a forma como enfrenta as dificuldades que sempre surgem no caminho. Jaimes Almeida Junior Fundador e presidente do Grupo Almeida Junior, maior empresa regional de shopping centers do Brasil, dona do Neumarkt, em Blumenau; do Balneário Camboriú Shopping e do Joinville Garten. Está construindo o Blumenau Norte Shopping e acaba de apresentar o Continente Park Shopping, para São José. Jaimes Almeida, 53 anos, é natural de Florianópolis e filho de militar. Iniciou o curso de Direito, mas desistiu para se dedicar ao setor imobiliário, em Blumenau, onde abriu a Almeida Junior, em 1980. Depois, ingressou na área de shoppings. É casado com Heloísa, com quem tem a filha Nicole. Também tem três filhos do primeiro casamento: Roberta, Camila (que trabalha no Grupo) e Jaimes Neto. Público O Continente Park Shopping vai focar não só o público da região continental da Grande Florianópolis, mas também o morador da Capital. Segundo Jaimes Almeida, o viajante da BR-101 não será alvo do empreendimento, embora ele possa parar se quiser, especialmente quem vem na direção norte-sul. O centro comercial vai valorizar a convivência. 6 Proposta O grupo tem recebido propostas para venda. – São fundo soberanos de Cingapura, Kuwait, Emirados Árabes, China, Estados Unidos, tudo o que você possa imaginar. O Brasil, no nosso setor, é o mais atrativo para investimento. Não tem vulnerabilidade cambial, não dependemos do humor da China, Rússia ou EUA, porque o mercado interno brasileiro está forte. Temos o bônus demográfico, com a maioria da população trabalhando, poucos idosos – diz Jaimes Almeida. O grupo Com cinco shopping centers entre os concluídos e lançados, o Grupo Almeida Junior soma 1,3 mil lojas no Estado. Ocupa 55% de toda a área bruta locável catarinense e tem planos de estar presente em todas as regiões que são polos regionais. Conforme Jaimes Almeida, o grupo ainda não está em Chapecó porque precisa concluir o programa de posicionamento em Joinville, de blindagem em Blumenau e de presença em Florianópolis. SC NO PLANALTO CAROLINA BAHIA com Helen Lopes Colombo ganha tempo Uma iniciativa do governador eleito, Raimundo Colombo (DEM), garante tempo para as discussões sobre a federalização das Letras do Tesouro do Estado no Senado. Presidente interino da Comissão de Assuntos Econômicos, o senador Delcídio Amaral (PT-MS) recebeu um pedido especial do colega de plenário e segurou a tramitação da proposta. O catarinense fez um apelo para que Amaral não colocasse nada em votação sem que ele estivesse em Brasília. Como Colombo retorna terça-feira à capital federal, eles devem se reunir para conversar sobre o assunto. Se o Senado autorizar a federalização dos títulos emitidos por conta de precatórios inexistentes, a dívida com a União cresce em R$ 2,3 bilhões, chegando a R$ 14,2 bilhões. Por isso, Colombo quer conduzir esse processo bem de perto. Prioridade Interlocutores de Dilma Rousseff garantem que as conversas estão adiantadas para a indicação da senadora Ideli Salvatti à Secretaria Especial das Mulheres. Sem peso na Esplanada ou candidatos pressionando, a pasta estaria reservada para a petista. 7 Critério O deputado Cláudio Vignatti (PT) deve ser destacado para a diretoria de uma estatal ou agência reguladora. Um cargo no Estado poderia servir de trampolim para seus planos de concorrer à prefeitura de Chapecó ou de Florianópolis, em 2012. Apesar de derrotado na disputa ao Senado, ele tem bom trânsito junto à cúpula do partido, e a presidente eleita já revelou aos aliados que não deseja ter prefeituráveis no primeiro escalão. Por falar nisso... Antes das eleições, Lula concedeu a Ideli o direito de escolher se gostaria ou não de concorrer ao governo estadual, mesmo considerando que uma aliança com o PMDB seria o melhor caminho – a exemplo do que foi forjado em Minas Gerais. Reserva O PMDB nacional pressiona para realocar o senador Edison Lobão no Ministério de Minas e Energia. Com isso, são pífias as chances de o catarinense Márcio Zimmermann permanecer no cargo. Dever sair o técnico para a entrada de um político. Atilados Ainda encrencado com a Lei da Ficha Limpa, o líder do PP na Câmara, João Pizzolatti, é um dos articuladores de um novo bloco no Congresso. Além de fazer frente à força dos maiores partidos, PTB, PP e PR querem potencializar a barganha por espaços na Esplanada. Na cota Outro nome cotado para o governo Dilma é Leodegar Tiscoski. O PP reivindica seguir à frente do Ministério das Cidades. A lógica, dizem os interlocutores do Planalto, é que permaneça na Secretaria de Saneamento Ambiental. Salada As negociações que envolvem a incorporação de parte do DEM ao PMDB passam por SC. Raimundo Colombo tem a missão de transformar o seu governo em exemplo de gestão para o Brasil, colocando em evidência a união dos dois partidos. Na última semana, Jorge Bornhausen manteve reuniões com Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo e um dos mentores da fusão. Essa é uma articulação viável em termos regionais. Afinal, seria difícil explicar ao eleitor como o DEM passaria a integrar um partido que é base do governo Dilma. 8 Recompensa A lista das cidades da Região Sul que serão contempladas com obras do PAC 2 está finalizada. Deve ser divulgada no final do mês. POLÍTICA PARA ONDE ELE VAI O futuro político de Pavan Desgastado no PSDB pela neutralidade na eleição estadual, governador recebe convites do PSB, PR e sondagem do PMDB Na segunda-feira, na reunião da executiva estadual do PSDB, o presidente do partido e governador Leonel Pavan (PSDB) comentou, de forma descontraída, que recebeu sondagem do PR para trocar de sigla. Quatro dias dias, recebeu o presidente do PSB, Djalma Berger, que faz o mesmo convite. As sondagens vêm a público por conta do próprio Pavan, ao divulgar nota dizendo que continua como tucano. – Não tenho motivos para sair do PSDB, ao menos por enquanto. Só aconteceria se eu tivesse um motivo muito forte – disse o governador. A cena de segunda, os convites de outras siglas e a resposta do governador seriam inimagináveis há dois anos. Ocupando o cargo de vice-governador e com a expectativa de ser o nome do partido na disputa pelo governo, Pavan comandava o partido sem sombra de outras lideranças. Ausente da eleição, da campanha, prestes a ficar sem mandato, vendo tucanos como Paulo Bauer, Jorginho Mello e Marco Tebaldi saírem mais fortes das urnas e afastado das discussões sobre a participação do partido no governo Raimundo Colombo (DEM), o governador parece mandar um recado aos colegas. O vazamento dos convites surpreendeu os tucanos. Boa parte das lideranças prefere nem comentar os convites e o fato da própria assessoria de Pavan passado adiante a informação. Quem comenta, minimiza o episódio. – A resposta que o governador Pavan deu é aquela que todo o partido já sabia que daria: se sente bem no partido e não vai sair do PSDB – disse o deputado estadual Marcos Vieira. – O desconforto com o afastamento dele do projeto do partido na eleição gera muita especulação e algumas pessoas aproveitam para ver o circo pegar fogo – afirmou o prefeito de Imbituba, Beto Martins. 9 Prova de fogo será a eleição para a direção partidária Quem não comenta oficialmente admite que o desgaste por Pavan ter optado pela neutralidade na eleição para o governo perdura. – Não há como negar que essa decisão provocou um esvaziamento da liderança dele – garantiu um tucano. O principal reflexo disso deve se dar em abril, quando será escolhido o próximo presidente da sigla. Pavan tem o direito de concorrer à reeleição, mas a disputa para sucedê-lo já está em campo dentro do partido. Nomes como Marcos Vieira, Beto Martins, Dalírio Beber e Paulo Bauer são cotados para o cargo. Na mesma nota em que disse que permanece no partido, Pavan colocou em dúvida sua participação na disputa. – Se precisar e eu quiser, poderei disputar, tudo depende da dinâmica da política – disse. Sem o controle do partido e sem mandato, Pavan poderia ficar à margem da sigla que tocou com mão de ferro desde que se elegeu senador na campanha de 2002. Quatro anos depois, aceitou trocar a candidatura ao governo pelo lugar de vice de Luiz Henrique (PMDB) na tríplice aliança. Naquela composição, manteve-se como tucano de maior destaque. Agora, vê principalmente em Bauer, eleito senador, uma ameaça. – Ele não está mais na condição de estrela solitária – afirmou um colega. UPIARA BOSCHI PARA ONDE ELE VAI Conversas e promessas – Ele confirmou? O próprio Nelson Goetten, presidente do PR-SC, pareceu surpreso ao falar sobre a sondagem que fez ao governador Leonel Pavan (PSDB) sobre o interesse de se filiar à sigla. O deputado federal admite um telefonema e diz que ficou acertada uma conversa pessoal para os próximos dias. O convite é ideia da direção nacional. – A gente carece de uma liderança da importância dele em Santa Catarina – explicou o deputado. Segundo Goetten, o principal argumento para convencer Pavan é a chance de levar adiante o projeto que quiser para 2012 ou 2014. Atrelado à tríplice, o PSDB teria mais dificuldade de garantir a cabeça-de-chapa na disputa pelo governo em 2014. 10 – Além da possível candidatura à reeleição de Colombo, a aliança tem outros nomes no estoque. Da parte do PSB, o convite foi feito na quinta-feira, na Casa d´Agronômica, pelo presidente estadual da sigla, Djalma Berger. Curiosamente, o próprio Djalma fez o mesmo caminho ao trocar o PSDB pelo PSB em 2007. O convite incluiria a garantia de que Pavan assumisse a presidência e o comando efetivo do partido. Dário Berger (PMDB) também teria convidado Pavan para se filiar ao PMDB. CÓPIA DA CHEFE A gerente que agrada à eleita Conhecida pelo perfil executivo, diretora que fez carreira na Petrobras é considerada nome certo no governo Dilma Rousseff Os íntimos a chamam de Graça, e destacam a determinação e a competência como principais atributos. A fama de exigente e temperamental adubou, nos corredores da Petrobras, o apelido de Caveirão, o implacável blindado que a Polícia Militar carioca usa para entrar nas favelas. Admiração e maledicências à parte, Maria das Graças Foster construiu nas últimas três décadas, de estagiária a diretora de Gás e Energia da maior empresa do país, uma carreira que a credencia a um lugar de destaque no governo Dilma. Sob a nuvem de interesses políticos que envolve a montagem do Ministério, é considerada nome certo no primeiro escalão. Cotada para a presidência da Petrobras ou para a Casa Civil – ministério disputado por políticos de peso –, ela tem no perfil executivo e na fidelidade à nova presidente dois trunfos capazes de solapar lobbies partidários. Em uma reunião recente, um dirigente petista disse a Dilma que Graça seria um ótimo nome para a Casa Civil, mas lamentou que ela teria um perfil demasiado técnico para o cargo. – Era o mesmo que diziam de mim – respondeu a presidente eleita, silenciando o interlocutor. Graça conheceu a presidente eleita em 1999, durante as negociações para a implantação do gasoduto Brasil-Bolívia, época em que Dilma era secretária de Minas e Energia do Rio Grande do Sul. As afinidades não tardaram a surgir. Em 2003, por indicação de Dilma, Graça foi nomeada secretária de Petróleo e Gás do Ministério das Minas e Energia. – Ela tem o estilo da Dilma Rousseff. Levanta a voz quando tem de levantar. É uma servidora pública exemplar – afirmou um dirigente petista. O afinco ao estudo da cadeia energética, as jornadas exaustivas e a firmeza na cobrança de resultados aproximaram ainda mais as duas. Nas horas de folga, se encontravam para jantar em restaurantes do Rio. Nas de trabalho, invadiam a madrugada discutindo questões sobre petróleo e gás. 11 Decisão de Graça revoltou políticos e empresários Graduada em engenharia química, com mestrados em Engenharia Mecânica e Nuclear e MBA em Economia, ela presidiu três subsidiárias da Petrobras, acumulando cargos simultâneos. Hoje, além da diretoria na estatal, mantém assento nos conselhos de administração de outras cinco empresas vinculadas à petrolífera. Por vezes, seu modelo de gestão causa problemas ao governo. Em 2008, durante a discussão de uma revisão nos preços do gás, mandou cortar 30% do fornecimento do Rio de Janeiro porque a empresa de distribuição no Estado não mandara representantes à reunião. Ao deixar taxistas sem combustível e indústrias sem abastecimento por 12 horas, Graça provocou protestos contra a Petrobras, irritando políticos e empresários. Na mesma época, ela não conseguiu impedir a votação de uma emenda que introduziu na Lei do Gás uma brecha para que atravessadores privados façam a intermediação entre a produção e a entrega do produto nos pontos de consumo. – É um negócio de bilhões de dólares, que teve um lobby muito pesado no Congresso. Graça é muito dedicada, mas, desta vez, comeu mosca – disse o presidente da Associação de Engenheiros da Petrobras, Fernando Siqueira. Na Petrobras, funcionários reclamam que ela costuma pedir estudos idênticos a assessores distintos, comparando a rapidez e o conteúdo de cada relatório entregue. O estilo rigoroso faz com que muitos servidores desejem Graça longe da presidência da empresa. O sentimento é compartilhado por políticos aliados, de olho nos R$ 91,3 bilhões que a estatal dispõe para investimentos em 2011. Outra ressalva que começa a conspirar contra uma eventual promoção de Graça ao topo hierárquico da petrolífera faz menção ao seu casamento com o empresário inglês Colin Foster, cuja empresa fechou contratos de R$ 614 mil, entre 2005 e 2010, com a Petrobras. Aos 56 anos, mãe de uma médica e de um jogador de basquete, torcedora do Botafogo, tem a seu favor o fato de evitar influências políticas nas tomadas de decisões e a resistência a receber clientes e fornecedores. FÁBIO SCHAFFNER CÓPIA DA CHEFE Eleita rouba a cena de Lula em Seul Se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinha dúvidas sobre o fim do ciclo de fama, assédio e gostinho do poder, não deve ter mais depois da reunião do G-20, que terminou na sexta-feira, em Seul. Ao seguir pelo tapete vermelho estendido até a saída do hotel onde estava, em companhia da presidente eleita, Dilma Rousseff, Lula não foi importunado uma única vez pelos repórteres de plantão; Dilma, sim. E a primeira pergunta foi exatamente sobre como ela vai se comportar daqui para a frente, sabendo que terá o assédio constante por parte da mídia e do público e falta de privacidade na nova vida que começa. 12 Enquanto um acanhado Lula esperava um pouco recuado, Dilma disse que não terá problemas em se acostumar com o aparato de seguranças e outros funcionários a serviço de quem está à frente do poder. – Vai ser o inexorável – filosofou. Em seguida, lembrou que tinha um tipo de vida e passou a ter outro no momento em que foi convidada para ser ministra de Lula, primeiro de Minas e Energia; depois, da Casa Civil. Nesse momento, Lula deu um leve sorriso. É que não há comparação entre a vida de um presidente da República e a de um ministro. Embora tenha procurado ter uma atuação discreta no G-20 – o que conseguiu, visto que evitou enquanto pôde fazer sombra a Lula –, a vida de Dilma mudou. Ela ganhou tantos presentes de chefes de Estado e de pessoas anônimas que a Presidência teve de providenciar um caminhão para carregar os pacotes. Entre eles, havia caixas e mais caixas de tipos variados, além de uma imensa, de chocolate suíço. Todas com a inscrição “presidente eleita Dilma Rousseff”. Tudo muito bem vigiado por Joelci de Oliveira, que desde o início do ano viaja com o presidente Lula com a única função de recolher as malas dos convidados. BATE-BOCA INTERNO Fusão com o PMDB divide os demistas A articulação para fundir o DEM ao PMDB ou PP, atribuída ao prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, tem causado irritação e troca de acusações no partido. No Twitter, o deputado federal Ronaldo Caiado (DEM-GO) responsabilizou Kassab pela movimentação, chamada por ele de “jogo sujo entre uma minoria do DEM e o PMDB”. O deputado atacou: – Minoria paulista usa subterfúgio de eleição dentro da sigla para ter controle do DEM e entregá-lo numa bandeja ao PMDB. Não conseguirão – escreveu o parlamentar goiano. – Querem usar todo o partido para se dar bem em eleição de SP. Sabem que não teria maioria.... Ele ainda acusou o prefeito de “tentar desviar o foco da fusão”. – Mas esse assunto será sepultado de vez por nós. A informação sobre a suposta articulação para a fusão do DEM com o PMDB surgiu ainda no primeiro turno da eleição, em setembro, quando o cacique peemedebista em São Paulo, Orestes Quércia, afastou-se da disputa ao Senado para tratar um câncer. Na época, o comentário era de que Kassab migraria ao PMDB com um grupo de deputados eleitos para se tornar a liderança paulista da sigla. 13 Caiado afirmou que Kassab pretende tomar o comando do DEM na disputa interna prevista para 2011, para “entregar o partido ao PMDB”. O goiano ainda disse que a legenda ficou “engessada” com o PSDB após acordo feito por Kassab e pelo presidente de honra do DEM, Jorge Bornhausen, para garantir a reeleição do prefeito na capital em 2008 – à época, parte dos tucanos ficou ao lado dele, apesar de o partido ter lançado na disputa Geraldo Alckmin, que acabou ficando em terceiro lugar. Kassab tem negado que pretenda fundir o DEM ao PMDB ou migrar de legenda. A articulação com o PMDB tem como objetivo a eleição ao governo paulista em 2014. FICHA LIMPA TSE libera candidatura de deputado do PP Uma decisão do ministro Arnaldo Versiani, do TSE, liberou a candidatura de Beto Mansur (PP-SP), que tentava a reeleição. Ele obteve 65 mil votos, que chegaram a ser anulados pelo fato de o candidato estar com o registro negado com base na Lei da Ficha Limpa. Mansur foi considerado inelegível por ter sido condenado por abuso de poder político em 2000. MANDATO AMEAÇADO STF mantém condenação a amazonense O Supremo Tribunal Federal rejeitou o recurso do deputado federal Silas Câmara (PSDC-AM). Ele é acusado de ter cometido crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso e peculato. Além de perder o mandato, caso seja condenado ao final do processo, o deputado amazonense pode pegar de um a cinco anos de prisão. PROPOSTA DE AUMENTO PSOL defende salário mínimo de R$ 700 Partido do candidato à Presidência da República derrotado Plínio de Arruda Sampaio, o PSOL defende salário mínimo de R$ 700 para 2011. São R$ 161,85 a mais do que o governo de Dilma Rousseff aceitou, por ora, dar: R$ 538,15. Também supera a proposta de R$ 600 da oposição, puxada por José Serra (PSDB) durante a campanha eleitoral. SENADO José Sarney quer buscar a reeleição O PMDB fechou acordo para lançar o nome de José Sarney (PMDB-AP) à reeleição na presidência do Senado. Maior bancada da Casa, o partido antecipou a discussão para 14 evitar que o PT ou o ex-governador Aécio Neves (PSDB-MG) se viabilizem para disputar a vaga. Desde 2001, com Jader Barbalho, o PMDB comanda o Senado. SUCESSÃO NA CÂMARA DEM espera diplomação para decidir O DEM ainda não tem uma posição definida sobre as negociações que estão sendo feitas entre o PT e o PMDB para definir qual deles ocupará a presidência da Câmara dos Deputados no primeiro biênio da próxima legislatura. De acordo com o senador Marco Maciel (DEM-PE), o partido somente se posicionará após a diplomação dos parlamentares. Maciel participou, na última sexta-feira, da sessão de encerramento do 6ª Foro de Parlamentares Ibero-Americanos, que reuniu, na capital argentina, representantes de Portugal, Andorra, Espanha, Bolívia, Chile, México, Paraguai e Uruguai. PT e PMDB querem um revezamento na presidência da Câmara. O PT negocia para que o mesmo revezamento ocorra na presidência do Senado, mas o regimento interno da Casa impede esse procedimento, o que não acontece na Câmara dos Deputados. O atual presidente da Câmara e vice-presidente da República eleito, Michel Temer, disse que somente em janeiro ou fevereiro será decidido qual partido ocupará a presidência da Casa no primeiro biênio de 2011. O senador Marco Maciel lembrou que no Senado existe, como também na Câmara, o princípio da proporcionalidade. Como o partido mais numeroso na Casa é o PMDB, tem a prerrogativa de indicar o presidente. – O fato de o PMDB dispor da maioria não quer dizer, necessariamente, que ele tenha de indicar o presidente, porque pode surgir uma composição que permita a participação do representante de outro partido. Estou dizendo isso por hipótese, porque até hoje essa questão não foi colocada no Senado – disse Temer. Maciel disse que não interpreta como inata a regra regimental do Senado que impede o revezamento dos partidos na presidência da Casa. – Essa regra pode ser ultrapassada pelos fatos. Talvez porque o Senado seja uma Casa menor – 81 senadores, enquanto na Câmara são 513 deputados – torne-se mais fácil se chegar a um acordo, até porque a mesa não se compõe apenas do presidente, mas inclui o vice-presidente e secretários, que podem ser de outros partidos. A composição da mesa já significa, por si mesma, uma composição política – afirmou o senador demista. Marco Maciel lembrou que o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) ocupa a secretariageral do Senado, cargo mais importante depois da presidência da Casa. 15 PROPAGANDA ANTECIPADA Campanha ao Planalto soma 28 multas A campanha presidencial resultou, até agora, em 28 multas por propaganda eleitoral antecipada, que somam R$ 175,5 mil. Todas aplicadas aos então candidatos Dilma Rousseff, do PT, e José Serra, do PSDB, e também ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Apenas R$ 63 mil foram quitados por eles. O valor das multas ainda pode mudar, porque o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda não julgou todos os recursos apresentados. A presidenta eleita, Dilma Rousseff, foi multada 12 vezes, resultando em R$ 58 mil em débitos com a Justiça Eleitoral. Cinco multas, que somavam R$ 23 mil, foram pagas. Seis aguardam julgamento de recursos. A última multa, de R$ 5 mil, foi aplicada individualmente pelo ministro Henrique Neves, do TSE, na última quarta-feira (10). José Serra recebeu nove multas, que somam R$ 70 mil em débitos. Ele já pagou quatro, totalizando R$ 40 mil, e apresentou recursos contra quatro. Uma ainda não foi quitada, mesmo após o fim do prazo para pagamento. O presidente Lula foi multado sete vezes por fazer propaganda antecipada em favor de Dilma Rousseff, totalizando R$ 47,5 mil em débitos. Ele recorreu de todas as decisões. O prazo para recurso é de um dia. Caso isso não ocorra, a multa é definitiva. O prazo para quitação, a partir do momento em que a multa se torna definitiva, é de 30 dias. Quem não pagar as multas não consegue a Certidão de Quitação com a Justiça Eleitoral, tem o nome inscrito na Dívida Ativa e, entre outros impedimentos, fica impedido de concorrer a cargo eletivo. LITERATURA História de Lula pode virar gibi A editora Sarandi, responsável pela publicação da coleção História do Brasil em Quadrinhos, defende a ideia de lançar os gibis com a história do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e nega que o fato de ter contratos com o Ministério da Educação tenha influenciado a decisão. – Num país com os índices de desigualdade como o nosso, a história do Lula é extraordinária – afirma a sócia da editora, Aloma Carvalho. Para ela, o público tem o direito de conhecer a história do país, de seus personagens políticos. Muitos livros didáticos de história sequer trazem o nome dos presidentes, há uma censura no meio educacional com relação a certos temas considerados ultrapassados. Segundo a editora, entre os 120 milhões de livros comprados pelo MEC no último Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), a participação da Sarandi, com 65 mil livros, é considerada “modesta”. 16 A editora prepara o lançamento de outro livro da área de política. Terá o título Por que Participar da Política?, escrito por Plínio de Arruda Sampaio, ex-candidato à Presidência da República pelo PSOL. SECRETARIA-GERAL Motivo de cobiça da nova gestão Pouco disputada nos governos anteriores, a Secretaria-Geral da Presidência da República vem se tornando objeto de cobiça dos petistas, que vislumbram a possibilidade da pasta passar da condição de coadjuvante para protagonista na gestão de Dilma Rousseff (PT). Tudo porque vem ganhando força, nos últimos dias, entre integrantes da equipe de transição, um projeto do órgão ser alçado ao posto de ministério, substituindo a chefia da Casa Civil como a principal vitrina da administração federal. No governo do presidente Lula, a Casa Civil ganhou notoriedade ao abrigar um dos homens fortes do PT, o ex-ministro e deputado cassado José Dirceu. Os escândalos envolvendo o ex-ministro e, posteriormente, a sucessora da presidente eleita Dilma Rousseff no cargo, Erenice Guerra, transformaram a pasta no órgão mais polêmico do governo. Na gestão Dilma, a Casa Civil deve ter seus poderes esvaziados, correndo o risco de até mesmo ser transformada no que é hoje a Secretaria-Geral da Presidência da República. Líderes do PT e pessoas próximas à presidente eleita ponderam que o novo ministério não terá os mesmos poderes da Casa Civil. A mudança tem como objetivo diminuir o tamanho da pasta que cacifou a petista ao Palácio do Planalto, tirando-lhe atribuições que, na opinião de Dilma, não cabem à Casa Civil. Na condição de ministério, a Secretaria-Geral da Presidência ficaria responsável pelas principais iniciativas do governo federal, como a coordenação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O novo ministério seguiria com funções executadas pelo órgão, como articular políticas do governo e intermediar o diálogo com governadores e prefeitos. A criação de um importante ministério tem sido vista por líderes do PT como a oportunidade de acomodar políticos considerados peças-chave no processo de transição. Dois deles são o deputado federal José Eduardo Cardozo (PT) e o ex-ministro Antônio Palocci (PT), que enfrenta oposição de petistas para a Casa Civil. Para a nova pasta, a indicação teria viés político, enquanto o escolhido para a Casa Civil teria perfil técnico, como seria desejo tanto de Dilma quanto de Lula. Algumas lideranças do PT apontam, contudo, que o presidente tem defendido nos bastidores o nome do atual secretário Gilberto Carvalho, que atuaria como os olhos de Lula no governo federal. 17 No retorno da viagem a Coreia do Sul, Dilma teria encontro com seus principais auxiliares, em São Paulo, para ouvir como foram as negociações com os aliados por cargos. FIM DE GOVERNO Lula corre para assinar contratos do PAC2 A menos de dois meses de deixar o cargo, o presidente Lula corre contra o tempo para assinar o maior número de contratos para execução de obras de saneamento básico e habitação da segunda etapa do PAC. Atendendo ao presidente, o Ministério das Cidades divulgou a seleção de 1.260 obras e projetos, o que representa R$ 17,27 bilhões. SAUDAÇÃO À PRESIDENTE Farc elogiam eleição de Dilma Rousseff O grupo rebelde Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) saudou a vitória de Dilma Rousseff (PT). Em comunicado no site da Agência de Notícias Nova Colômbia (Anncol), o comando das Farc elogia a eleição, “pela primeira vez na história do Brasil, de uma presidenta”. Dilma é descrita como “uma mulher ligada sempre à luta pela justiça”. TRAMITAÇÃO Mensalão faz três anos na Justiça A ação penal que apura a denúncia sobre esquema de propina para parlamentares, revelado em 2005, completou, no dia 12, três anos de tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF). De lá para cá, centenas de andamentos processuais movimentaram o gabinete do relator Joaquim Barbosa. Um dos empecilhos para a rapidez no julgamento é justamente o número de pessoas envolvidas, além de testemunhas de defesa e acusação. São 38 réus do caso que ficou conhecido como mensalão. Eles são defendidos por dezenas de advogados, inseridos em um processo de mais de 40 mil páginas. As testemunhas a serem ouvidas no caso eram tantas que Barbosa delegou a função de tomar os depoimentos a magistrados federais. Outro motivo que atrasa o desfecho do caso são os pedidos feitos pelos advogados no processo, como desmembramento da lista de réus. Muitos pedidos são levados por Barbosa para a apreciação do plenário. Um dos pedidos da defesa de Marcos Valério, acusado de ser operador do esquema, é o afastamento do ministro Joaquim Barbosa por suposta falta de isenção para julgar, após ter afirmado que Valério é um “expert” em lavagem de dinheiro. O caso aguarda julgamento do presidente da Corte, Cézar Peluso. 18 O último andamento relativo ao caso ocorreu na quinta-feira. Os advogados de Paulo Rocha (PT-PA), um dos réus, pediram para interrogar os peritos que serão ouvidos pela Justiça Federal para esclarecer questões controversas em alguns dos laudos feitos pelo Instituto de Criminalística. Cláudio Prisco Paraíso A MATEMÁTICA DOS CARGOS Na semana em que os protagonistas da transição do governo estadual estavam longe de Santa Catarina, não faltaram especulações sobre nomes e cargos pleiteados pelos aliados da tríplice aliança. É consenso que a divisão deve obedecer à proporção dos votos na Assembleia. Quem elegeu mais deputados terá direito a mais cargos. E até aí, tudo bem. Estão em jogo 36 SDRs e 21 secretarias. Sem falar das 29 sociedades de economia mista, autarquias e fundações. O problema maior está na disputa pelas secretarias centrais. O pessoal envolvido na transição identificou que pelo menos nove cargos despertam interesses de mais de uma legenda: Fazenda, Planejamento, Administração, Infraestrutura, Saúde, Educação e Turismo. Na conta também entram a Celesc e a Casan. O único nome para o futuro governo confirmado até agora é o do professor Ubiratan Rezende, que só não assume a Secretaria da Fazenda se não quiser. A escolha está na cota pessoal de Raimundo Colombo, disposto a indicar também os titulares da Segurança Pública, Procuradoria-geral do Estado e da Coordenação e Articulação. A antiga Casa Civil tem tudo para ir para as mãos de Antonio Ceron, que trabalhou na coordenação da campanha. Raimundo Colombo teria falado ainda em convocar quatro deputados estaduais e outros dois deputados federais para o governo. A estratégia, na prática, abriria vagas para acomodar suplentes. NOVO GOVERNO A imagem é do início de novembro, quando Raimundo Colombo (E) e Eduardo Pinho Moreira (D), governador e vicegovernador eleitos, procuraram Leonel Pavan para dar a largada à transição. Distribuição das vagas O PMDB, que elegeu dez deputados estaduais e deve indicar um número significativo de nomes para o novo governo, está de olho em pelo menos cinco secretarias: Educação; Infraestrutura; Saúde; Agricultura; Assistência Social, Trabalho e Habitação 19 (o PPS também estaria interessado nesta vaga). Na conta entram ainda as indicações para as 16 SDRs. Em conversa com Pinho Moreira, antes da viagem dele a Nova York, os deputados peemedebistas insistiram em participar da indicação dos nomes que vão ocupar as secretarias nas respectivas bases eleitorais. A bancada também defende que todas as indicações passem pelo crivo dos deputados peemedebistas. Outra curiosidade é que, das cinco secretarias pleiteadas, o PMDB só assumiu a Infraestrutura no governo de Luiz Henrique da Silveira. Opções do DEM Com sete deputados estaduais a partir de 2011, o DEM tem nomes para três secretarias: Infraestrutura; Desenvolvimento Econômico; e para o Turismo, Cultura e Esporte. Os liberais terão o direito de indicar os nomes de outros dez secretários regionais. Há ainda a informação de que Antonio Gavazzoni deve assumir a Celesc, até como meio de compensar a ala do DEM ligada a Gelson Merísio, que não gostou nem um pouco da indicação de Ubiratan Rezende para a Secretaria da Fazenda. O PSDB, que tem seis cadeiras na Assembleia, praticamente pede para manter o que ocupou no último governo. Os tucanos falam em quatro cadeiras: Saúde; Turismo; Educação – secretarias que comandou no último governo; – e Infraestrutura, que pode ser interpretada como a novidade. É prioridade para os tucanos indicar o novo titular da Secretaria da Educação (corre nos bastidores que podem faltar nomes). Considerando a influência do senador eleito Paulo Bauer, que ocupou a Secretaria da Educação mandato de Luiz Henrique da Silveira, é grande a expectativa de que pelo menos essa pasta continue sob os domínios do PSDB. Os tucanos também terão direito a indicar os nomes dos titulares de dez secretarias regionais. As escolhas de LHS Em 2002, quando venceu a disputa pelo governo estadual, Luiz Henrique da Silveira (PMDB) anunciou os nomes do secretariado poucos dias antes da diplomação, na segunda quinzena de dezembro. Contando com o apoio do PSDB, se comprometeu a entregar 30% dos cargos aos tucanos, o que gerou polêmica e dividiu o PMDB. Alguns peemedebistas consideraram a “conta muito cara”. O PT, que apoiou LHS somente no 2º turno, decidiu não ter participação direta no governo. Negociou o comando da Assembleia Legislativa. E levou com a posse de Volnei Morastoni. A demora no anúncio dos nomes também foi atribuída à implantação da descentralização. Logo no início do governo, LHS enviou à Assembleia a criação de 26 secretarias regionais, número que pulou para 30 dois anos depois. Na prática, as últimas nomeações ocorreram somente no início de 2003, quando as SDRs saíram do papel. Secretariado Em 2006, ao se reeleger com o apoio da tríplice aliança, LHS também anunciou o secretariado em dezembro, pouco antes de assumir o mandato – o peemedebista renunciou ao cargo para disputar a reeleição. Com outros aliados para acomodar no 20 governo, poucos secretários acabaram mantidos no cargo. E, a exemplo do que ocorreu em 2002, as últimas nomeações também só ocorreram em 2007, depois do início do novo governo. O quadro só ficou completo depois que a Assembleia aprovou a reforma administrativa que aumentou de 30 para 36 o número de SDRs. EQUIPE Com a volta de Raimundo Colombo, a escolha do secretariado entra em discussão, o que deve levar à divulgação de alguns nomes. MONTAGEM Mas o 1º escalão só deve estar completo em dezembro. Vagas de 2º e 3º escalão devem ficar para janeiro. PMDB Peemedebistas terão como interlocutor nessa negociação o vice-governador eleito Pinho Moreira. PSDB Os tucanos indicaram o suplente Dalírio Beber e o senador eleito Paulo Bauer para acompanhar o processo. DEM Antonio Gavazzoni e Gelson Merísio também serão ouvidos pelo futuro governador na hora da montagem do secretariado. NOME CERTO O professor Ubiratam Rezende certamente acompanha as discussões. PALPITE LHS só dará conselhos quando Raimundo Colombo pedir. Mas é claro que o liberal vai ouvir e muito as ideias do peemedebista. "Para ser um homem público hoje, além de muita coragem, é preciso ser uma fortaleza interior inexpugnável." ANTÔNIO DIOMÁRIO DE QUEIROZ, ex-reitor da UFSC e presidente da Fapesc. 21 Cláudio Loettz ÁGUAS DE JOINVILLE QUER ABRIR CAPITAL A Cia. Águas de Joinville, sob controle da Prefeitura, tem interesse em abrir capital – em até 30% do total – e ampliar atuação para outros municípios da região Norte de Santa Catarina. “Quanto antes, melhor.” Estão previstos investimentos de R$ 221,3 milhões até dezembro de 2012. Do total, 84% irão para aumento da cobertura de esgoto e o restante, para a modernização do abastecimento de água. Perfil Atanásio Pereira Filho é servidor com 37 anos de carreira da Prefeitura de Joinville. Advogado, tem 57 anos. Assumiu a presidência da Cia. Águas de Joinville em março do ano passado. O mandato vai até fevereiro do ano que vem. A companhia de economia mista é controlada (mais de 99%) pela Prefeitura. Atuação A Águas atende a moradores que tem 130 mil ligações e 170 mil economias (há múltiplas economias em prédios). A empresa faturou R$ 5,4 milhões, por mês, em 2005. Em 2008, o valor mensal apurado chegou a R$ 8 milhões. Agora, em 2010, soma R$ 9,3 milhões por mês. As perdas de água representavam 64% do total produzido. Atualmente, o índice é de 32%. Estamos melhorando. O aceitável mundialmente é de 25%. Abrangência A Cia. Águas de Joinville é empresa de capital fechado. Pode vender até 30% para a iniciativa privada. Para isso acontecer, precisa crescer. E, então, poderá abranger e prestar serviços em outros municípios da região. Poderia atender a Barra do Sul, Araquari e Garuva. Este é um assunto que temos conversado internamente. E quanto antes for possível, melhor. Tarifa A tarifa de água é decidida em abril de cada ano para vigorar em maio. O índice aplicado é o IPCA e quem define o reajuste é a agência reguladora, a Amae. A inadimplência é de 1,41% do total cobrado. Não dá para o povo ficar sem água. A receita estimada para o próximo ano é de R$ 119 milhões. Água A adutora do Piraí começou a assentar tubos nesta semana. A adutora é antiga, inaugurada pelo prefeito Rolf Colin. A adutora vai mudar seu traçado. A obra está 22 orçada em R$ 17,7 milhões. E sua conclusão está prevista para o terceiro trimestre de 2011. Com a obra, projetamos economia anual de energia de R$ 1 milhão. Atende a moradores do Glória, Centro, São Marcos, Nova Brasília, Floresta, Santa Catarina e Itinga. Meta A meta do plano de governo Carlito é atingir 70% de cobertura de esgoto. Sabemos que não será possível atingir este percentual. A meta é completar 52% até 2012. Em março de 2011, fica pronto o plano municipal de saneamento contratado. A empresa contratada é a paulista Engecorps. O plano municipal de abastecimento de água para o futuro ficará pronto no próximo mês. Audiências públicas serão feitas. Saneamento Num conjunto de 20 obras de esgoto (a licitar, em andamento, e com início definido e prazos de término de até o final de 2012), a companhia prevê investimentos de R$ 187,3 milhões. Os serviços significarão 64.655 ligações a mais a se distribuírem por 19 bairros de Joinville. A obra mais cara – de R$ 55,5 milhões – envolve saneamento nos bairros Costa e Silva, Santo Antônio, Bom Retiro e Zona Industrial. Licitações No começo, as licitações não foram realizadas. Mudamos as regras com a diminuição das exigências de acervo técnico, e isso permite que empreiteiras da região de Joinville disputem as concorrências. A Fortunato já atende no Espinheiros, e a Vogelsanger, nos bairros Saguaçu e Iririú. As alterações não implicam riscos de nenhum tipo. MUNICÍPIOS O governo federal deve anunciar neste mês os municípios contemplados com recursos para obras de saneamento via PAC 2 e dinheiro da Caixa. Temos projetos de R$ 65 milhões. A ampliação da estação de tratamento de esgoto do Cubatão é prioridade. ESGOTO Em Joinville, a cobertura de esgoto é de 16,6% da população. O que há foi feito pelo ex-prefeito Wittich Freitag e cobre as regiões dos bairros América, Centro, Bucarein, Anita Garibaldi, Itaum, Guanabara, Profipo e Ulysses Guimarães. PARAÍSO Haverá uma estação de tratamento no Jardim Paraíso. Estamos negociando com empreiteira para a retomada as obras. Há uma discussão judicial em andamento. A Prefeitura depositou em juízo R$ 550 mil. A questão está pendente na Justiça há dois meses. 23 PAC Existem investimentos programados via PAC 1 já contratados. É dinheiro com desembolso da Caixa. As obras do PAC 1 serão realizadas nos bairros Saguaçu, Morro do Amaral e Espinheiros. Jefferson Saavedra O ANO DA SEPARAÇÃO Que crise dos sete anos que nada. O ano mais comum para as separações entre casados no papel em Joinville é entre o primeiro e o segundo ano de casados. Pelo menos é o que indica o IBGE com base em estatísticas do registro civil. Das quase quase 500 separações registradas no ano passado na cidade, 45 foram entre o 1º e o 2º ano. Nenhum outro período de casamento teve tantas separações. E por algum motivo que dá para se fazer a menor ideia, tem mais gente em Joinville se separando depois de 20-25 anos de casados do que entre 15-19 de vida em comum. E os casamentos em comunhão parcial (o que cada um tinha antes segue de cada um; o que vem depois de casados, é dos dois) são a maioria esmagadora em Joinville – e no resto do País. Aquela de separação total dos bens não é muito comum. Ou pelo menos não aparece nas estatísticas de separações. Se não houver adiamento, é na terça o julgamento de recurso do ex-prefeito Marco Tebaldi no Tribunal de Justiça. O tucano foi condenado em primeira instância devido à acusação do Ministério Público de não-utilização em saneamento de verbas repassadas pela Casan (o dinheiro teria sido usado em outras ações do governo). Também houve problemas na prestação de contas. A defesa de Tebaldi alega que o dinheiro não era carimbado. As promessas Carlito Merss costuma se queixar de ser cobrado por promessas que não fez. Em um ou outro caso, até tem razão. Só que o prefeito também não se ajuda. Na campanha eleitoral, foi categórico em prometer novo hospital para a zona Sul, lamentar os salários dos médicos (há quem faça confusão, comparando PSF de outra cidade com os “normais” de Joinville, mas em Joinville PSF também ganha mais). O novo hospital E dizer que o problema da saúde não era dinheiro e sim gestão. Assim que assumiu, Carlito colocou mais dinheiro na folha do São José. Portanto, ali era problema de grana. Quanto aos salários dos médicos, nunca mais tocou no assunto. E agora passou a dizer que prometeu “discutir” um novo hospital. Uma das promessas mais reluzentes foi construir um. Até pode, provando por A mais B, que outra obra é mais importante do que hospital. Mas dizer que não prometeu... 24 CERCADO Cada vez mais rodeado por prédios, o Batalhão do Exército sobrevive na área central de Joinville. Vez por outra falam em fazer um parque por ali, mas é só palpite, nunca foi movida uma palha. Tebaldi x Mariani A relação entre Tebaldi e Mariani nunca foi uma maravilha, mas o tucano e o peemedebista sempre evitaram rusgas. Sempre foi cada um na sua. Depois das eleições, quem era aliado do tucano fazia “análises” apontando que a votação do outro em Joinville não foi lá essas coisas e a turma de Mariani retrucava com outras ponderações (teve o Dalmo, Tebaldi era o único do PSDB etc.). Guerra dos números Mariani fez 186,7 mil votos no Estado e 27,6 mil em Joinville. Tebaldi conquistou 100,8 mil em SC e 60,4 mil na cidade. O episódio do BNDES, em que Tebaldi disse que deixou tudo encaminhado e o contrato ainda não foi assinado, com Mariani retrucando que quase nada tinha em projetos e tudo teve de ser feito, os distanciou de vez. É mais fácil Tebaldi estar de um lado e Mariani de outro em 2012 do que juntos na tríplice. A Sociedade-Harmonia Lyra e Liselott Trinks (in memoriam) são as escolhidas de Joinville para receber a Medalha Cruz e Sousa, concedida pelo Conselho Estadual de Cultura. A homenagem será realizada no dia 24, em Florianópolis – outras personalidades e entidades também vão receber a medalha. A Harmonia-Lyra tem mais de 150 anos de atuação cultural. Trajetória Liselott, falecida em 1987, nasceu em Joinville e estudou na Alemanha antes de começar a carreira artística na cidade. “Atuou na Harmonia-Lyra, dançando, coreografando, dirigindo e dando aulas, numa trajetória de cinco décadas até fins dos anos 70, depois dedicando-se ao ensino da ioga”, conta Edson Machado, presidente do conselho. A “vez” do DEM na Câmara O pessoal do G10 ainda vai se acertar, mas nada impede um pouco de turbulência. O vereador Alodir Cristo diz que a Câmara foi comandada pelo DEM (Darci), depois pelo PSDB (Dalonso) e agora pelo PPS (Sandro). Portanto, agora seria a vez do DEM. Não se sabe o que significa esse argumento da alternância – é meio que nem dizer que como o governador será do DEM, que a presidência da Câmara também seja do DEM, ou seja, nada com coisa nenhuma. 25 Entrega dos Correios A pedido do MPF, a Justiça Federal determinou aos Correios que provem estar entregando correspondências em todas as regiões de Joinville. Ainda em 2002, o MPF entrou com ação para que os Correios não se desobrigassem de entregar correspondência em ruas não identificadas (sem placas). A Prefeitura provou que a identificação existia e a Justiça mandou os Correios fazer a entrega em tudo quanto é canto. Agora, o MPF quer a comprovação. Colombo volta ao Estado neste domingo, depois de um tempinho na Espanha. Pela internet, deve ter acompanhado o noticiário com muitas risadas depois de ler o nomes de alguns cotados para o seu governo. Em Londrina Do tamanho de Joinville, a paranaense Londrina está ganhando uma espécie de bairro só para endinheirados. É coisa de quase R$ 1 bilhão. O Complexo Marco Zero tem edifícios residenciais, shopping, torres para escritórios, centro de convenções e hotéis. Dá para fazer de (quase) tudo ali. As garagens serão subterrâneas. As obras no shopping já começaram. Na zona Oeste Em Joinville, o que chega mais perto é aquele projeto de grupo espanhol para uma área entre o Jativoca e Morro do Meio. Mas ainda é só plano. Teria todos os serviços, mas não seria algo assim tão sofisticado, é algo mais para B e C. Em Londrina, complexo é para a turma A e B. Na página 32 de “A Notícia” de hoje, Luiz Henrique dá alguns recados. Os mais diretos são para os donos dos imóveis próximos de onde estão previstas obras viárias. Os recados indiretos devem ser para governantes. Só para os grandões A Comissão de Urbanismo da Câmara de Joinville quer mais explicações do Ippuj sobre o projeto de estudo de impacto de vizinhança, enviado pela Prefeitura. Os vereadores estão achando a lei muito “generosa”, isto é, só empreendimentos grandes demais teriam de fazer os estudos. POLÍTICA ENTREVISTA - CARLITO MERSS, PREFEITO DE JOINVILLE Ele cá, ela lá Se ele foi um dos grandes derrotados no primeiro turno das eleições 2010, o resultado do segundo turno o fez respirar mais aliviado. Carlito Merss (PT), prefeito da cidade mais populosa do Estado, está apostando todas as fichas na parceria que terá com o governo federal de Dilma Rousseff e tem como sonho ser lembrado como o “senhor 26 saneamento”. Ele se diz satisfeito com ajuda de Lula até agora. Mas isso não foi suficiente para melhorar a imagem de seu governo com a população. Em entrevista de duas horas concedida para “A Notícia”, o prefeito fala de obras viárias que dependem do empréstimo do BNDES, como o binário do Vila Nova, prolongamento da rua Max Colin e duplicação da 15 de Novembro, cita obras de drenagem que estão em andamento, comenta sua relação com a Câmara de Vereadores e a expectativa para escolha da presidência da casa. Mas garante que seu maior desafio é sanear a cidade. É tirar Joinville de um patamar de 16% de rede de coleta e tratamento de esgoto e passar para 52% até 2012. A meta parece ambiciosa, mas Carlito está confiante porque a presidente eleita se comprometeu em investir pesado em saneamento básico no País. “Outro desafio é ampliar as redes de água e esgoto, que já contam com uma previsão de R$ 35 bilhões no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para o período entre 2011 e 2014”, prometeu Dilma ainda em campanha. O prefeito de Joinville pretende investir R$ 224 milhões em obras de água e esgoto. Algumas obras estão prontas ou em andamento, como a rede de esgoto na bacia do rio Cachoeira e a microdrenagem no Morro do Meio e no Jardim Paraíso. Na lista, estão ainda a ampliação da estação de tratamento de água do Cubatão, construção de reservatórios e unidades de tratamento de lodos. Paulo Arenhart http://www.pauloarenhart.blogspot.com/ PANORAMA Qualidade O Presidente da Assembléia Gelson Merísio, pretende deixar registrada sua marca de bom administrador no parlamento catarinense. A intenção é dar um choque de gestão na Casa do Povo organizando processos e serviços na busca da Qualidade Total no Poder Legislativo. Entrevista José Augusto Fretta - Presidente Executivo do Grupo Angeloni A Rede Angeloni é uma das empresas catarinenses de maior sucesso do estado no ramo do comércio varejista. Hoje conta com 22 lojas: seis em Florianópolis, duas nos municípios de Blumenau, Criciúma, Joinville, Jaraguá do Sul e Curitiba, e uma loja no Balneário Rincão (Içara), assim como em Laguna, Tubarão, Lages, Itajaí, e em Balneário Camboriú. A rede tem ainda 19 farmácias, seis postos de combustíveis e um 27 centro de distribuição de 38 mil m2 em Porto Belo. O Administrador de Empresas e Presidente Executivo do Grupo Angeloni, há dois anos, José Augusto Fretta, falou à Panorama sobre o grupo 1. Como o senhor avalia os resultados da rede Angeloni em 2010? José Augusto Fretta - Estamos tendo um ótimo 2010 , o mercado está aquecido e existe um cenário muito positivo para o fim do ano e o verão. Estamos com todas as lojasconso lidadas e temos uma grande expectativa para as lojas novas que estaremos inaugurando nos próximos meses (Criciúma, Balneário Camboriu e Bigaçu). 2. Qual será o o crescimento do grupo em relação a 2009? Quais são as novas metas para 2011? José Augusto Fretta - A rede Angeloni está projetando um crescimento de aproximadamente 15% neste ano em relação ao ano passado. Quanto às nossas metas para 2011 ainda estamos definindo e ajustando. 3 – Qual serão as ações da empresa diante do incêndio no Supermercado de Criciuma, ocorrido esta semana? José Augusto Fretta - A decisão referente à data de reabertura da loja dependerá dos laudos apresentados pela equipe técnica do Angeloni, o que deverá acontecer em aproximadamente 30 dias. Para que a comunidade de Criciúma e Região não fique sem a opção Angeloni, já foram tomadas duas decisões: antecipação da abertura da loja de Balneário Rincão (Içara) para o próximo dia 1º de dezembro; e não serão medidos esforços para que a abertura da loja da Avenida Centenário, hoje em construção, ocorra ainda durante o mês dezembro. 4. Qual o segredo do sucesso para se manter no mercado e resistir às grandes redes multinacionais? José Augusto Fretta - A rede ao longo de seus 52 anos de existência permanece fiel a sua política de qualidade, sempre baseando sua filosofia de trabalho na disciplina, dedicação e comprometimento de seus colaboradores, buscando assim cumprir seu compromisso com a clientela, proporcionando variedade, qualidade, conforto e bom atendimento. Esse compromisso se traduz em um atendimento pessoal diferenciado e totalmente voltado para o consumidor, sempre antevendo suas necessidades e trabalhando para fidelizá-lo sempre mais. Hurry Para aqueles que gostam de novidades, o triciclo Hurry está aproveitando o Folianópolis e fazendo o maior merchandising do produto. Usado para transportar pessoas entre os camarotes, é mais uma diversão no evento. O Hurry é uma inovadora opção de mobilidade nas cidades. A marca é da Luxor Comércio Internacional Ltda., grupo empresarial com sede em Florianópolis, que oferece no mercado brasileiro mais uma inovação do mercado mundial. O Custo do simpático triciclo é de R$ 2.699,00 28 Incentivos Representantes da Alcoa, líder mundial em produção e transformação de alumínio e produtos semimanufaturados, com atuação em 34 países, estiveram ontem com governador Leonel Pavan, o secretário da Fazenda, Cleverson Siewert e o secretário do Planejamento, Vinícius Lummertz, para tratar de incentivos fiscais para a empresa, que está expandindo sua unidade em Tubarão, com investimentos previstos de R$ 50 milhões até 2012. O secretário da Fazenda salientou que vai se empenhar para chegar a um valor que beneficie Estado e empresa no que se refere a redução do ICMS. [email protected] [email protected] twitter @PauloArenhart Olivete Salmória Reação do candidato Quanto à nota a respeito de um candidato que teria pressionado uma funcionária da SDR durante a campanha, o mesmo está solicitando que ela autorize a divulgação de seu nome para que ele possa cobrar a veracidade desse fato. Sendo assim, está portanto a palavra com a pessoa que se disse ofendida. Mas, cá entre nós... isso também pode ser considerada uma forma de intimidação. Ele garante que esse fato narrado por ela não ocorreu! Secretário conversou com a imprensa O secretario da agricultura, Enori Barbieri, esteve hoje em Lages, e conversou com a imprensa a respeito da anemia eqüina. Observou que SC possui hoje 90 mil animais (Cavalos, burros, mulas, etc..) A cada 60 dias é obrigatório exame. Em caso positivo o animal é sacrificado e o proprietário ressarcido entre R$ 300,00 e R$ 500,00. Os tradicionalistas, estão pressionando para estender este exame para cada 180 dias, ou seja duas vezes por ano, para não atrapalhar as calvagadas e rodeios. 29 Como o caso é grave, a secretaria está estudando esta situação. O secretário ressalta, que ninguém pode ser irresponsável em liberar os exames, sem antes ter todas as informações. São feitos três mil exames por mês em Santa Catarina Os animais são contaminados por picadas de insetos como mosca, mutucas, borrachudos e mosquitos. Os locais que registram o maior número de casos de anemia eqüina é Caçador e na costa do Canoas. Falta de água no interior... Enori Barbiere observou que devido a previsão de estiagem a Cidasc, vai ceder uma máquina para perfurar 11 poços artesianos até 200 metros de profundidade no interior. Nove deles em Lages e outros dois em Cerro Negro O prefeito Renatinho resolveu falar... O prefeito Renatinho marcou para terça-feira, às 9 horas, em seu gabinete, uma coletiva à imprensa para esclarecer últimos acontecimentos envolvendo irregularidades constatadas na Folha de Pagamento. Nota da assessoria Assessor de Comunicação da prefeitura, Paulo Marques esclarece a respeito da nota relativa ao desconto dos professores municipais do dia de paralisação: “Com relação ao desconto dos professores, tal greve foi sim declarada ilegal, inclusive com a notificação do presidente do sindicato. A secretaria negociou em partes e nas escolas que ficaram sem aulas e foi possível a reposição os professores não foram descontados. Nas escolas onde não foi possível a reposição, pois os alunos ficaram em aulas, os professores foram descontados.” É um descalabro, diz Matias João Carlos Matias, chefe de Gabinete do prefeito Renatinho contestou a informação de que três médicos estariam com vencimentos astronômicos na Secretaria da Saúde. Diz que é uma denúncia descabida e, que os números entre consultas, valor de vencimentos e tempo disponível não permitem que se chegue a um vencimento de R$ 150 mil. Preocupado com o desencadeamento de denúncias a partir do caso da Folha de Pagamentos, chega a dizer que “daqui a alguns dias vou ter vergonha de sair na rua”, ou dizer que é funcionário da prefeitura. Também não é bem assim Matias. Por enquanto o que temos de informação é de que houve adulteração na folha e as medidas foram tomadas. 30 Acredito até que o clima dentro da prefeitura não esteja dos mais acolhedores e a desconfiança paire no ar. Mas não acredito que a população esteja colocando todos na mesma vala. A prefeitura é como uma grande empresa, visto que tem mais de quatro mil funcionários. Se consultar o professor Oswald Souza ele poderá dar o percentual exato dos riscos de fraudes e irregularidades que podem ocorrer. Por isso é preciso ficar sempre atento. Quanto ao governante... veja o caso do presidente Lula! Com todos os escândalos que ocorreram em seu governo, vai sair sem nenhum arranhão em sua biografia. Pelas pesquisas, o governo Renatinho desfruta também de uma boa aceitação, embora não igual a Lula. Denúncias... Matias diz que não houve fraude no caso citado pelo vereador Lore, do médico da Acro pago com CPF de um ex-funcionário. “Apenas houve um erro de digitação do CPF. A folha saiu em nome do médico”. Quanto ao caso de João Carlos Vieira, com base nas informações divulgadas da coluna do CL de hoje, Matias diz que: “A produtividade é paga aos fiscais da prefeitura mas, ele (João Carlos), como chefe da Fiscalização, cargo comissionado, não tem direito a ela”. Pressão por cargos O Governador Eleito, Raimundo Colombo está retornando nesse final de semana ao estado. Deve reassumir sua cadeira no Senado na terça-feira. O vice Pinho Moreira , que está nos estados Unidos, também retorna até domingo. Ele ficará por aqui, conduzindo as conversações para a composição do secretariado. Em Brasília, Colombo continuará acompanhando as negociações, mas longe o bastante para evitar o assedio direto dos que desejam uma boquinha no futuro governo. É grande a pressão da base aliada por cargos no segundo e terceiro escalões. Imagina, só aqui em Lages, quantas pessoas estão esperando por uma oportunidade! Na campanha... Dizem que durante a campanha um candidato do DEM chegou a ameaçar uma funcionária da SDR que não quis trabalhar em sua campanha. Disse que quando assumisse a pasta ela seria demitida. Tem testemunha ocupar do fato! 31 Será que vai poder cumprir com o que disse! É que tem muita gente na fila esperando uma indicação para o comando da Secretaria Regional. As demissões no Ceav Nem o secretário da Segurança Pública, André da Silveira sabia da medida tomada da extinção do programa de atendimento às vítimas de violência, e das demissões no Ceav de Lages. Como medidas como essas são tomadas à revelia, sem o conhecimento da autoridade maior? E ainda, o secretário derruba por terra a justificativa de que não há recursos para continuar o programa, ao garantir que o convênio foi renovado até março do ano que vem. ============================================================== Sinopses dos Principais Jornais do Brasil Manchete: Gays vão às ruas para criminalizar homofobia Parada do Orgulho LGBT deve receber 1,3 milhão em Copacabana Os 15 anos da Parada do Orgulho LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros e simpatizantes) no Rio são comemorados hoje com uma festa de debutantes em plena Praia de Copacabana. O principal objetivo dos organizadores é lutar pela criminalização da homofobia no Brasil. Este ano, quase 200 homossexuais foram mortos no país. (Págs. 1 e Rio 9) Magistrados e Conselho Nacional de Justiça brigam no Supremo (Págs. 1 e País 2 e 3) Manchete: PanAmericano pagou juros de R$ 120 milhões a cliente BC suspeita que artifício serviu para camuflar saída de recurso; é o primeiro sinal concreto de desvio Um cliente pessoa física recebeu mais de R$ 120 milhões de rendimento por ano em aplicação de R$ 400 32 milhões no Banco PanAmericano, a taxas três vezes superiores às de mercado, informam Leonardo Souza e Mario Cesar Carvalho. É o primeiro indício concreto de desvio no banco do Grupo Sílvio Santos, segundo o Banco Central. A suspeita é que os juros tenham sido inflados para camuflar o desvio de recursos do banco. O investidor é Adalberto Salgado, empresário de Juiz de Fora (MG). Ele tinha R$ 400 milhões aplicados em CDB (Certificado de Depósito Bancário), que costuma render na faixa de 10% ao ano para pessoas físicas. Sua remuneração, porém, era superior a 30%. O PanAmericano deveria ter informado ao BC que uma pessoa física aplicara um valor inusual. (Págs. 1 e B1) Para erradicar pobreza, Brasil teria de gastar mais R$ 21,3 bi Para acabar com a pobreza no Brasil seria necessário gastar R$ 21,3 bilhões a mais por ano, além dos R$ 13,4 bilhões do Bolsa Família, segundo cálculos do Centro de Políticas Sociais da FGV. Para especialistas, a alternativa é expansão contínua do emprego no país. O que mais pode contribuir é permitir às mulheres trabalhar, analisa Lena Lavinas. (Págs. 1, A14 e A15) Petrobras fecha 43 contratos com marido de diretora indicada por Dilma (Págs. 1 e A4) Editoriais Leia “O caso PanAmericano”, acerca dos problemas do banco; e “Lobby dos remédios”, sobre a relação entre os médicos e a indústria farmacêutica. (Págs. 1 e A2) Manchete: Estados vão pressionar Dilma por mais dinheiro Lei Kandir, royalties do petróleo, reforma tributária e Fundo de Participação serão os principais focos A briga dos Estados e municípios por mais dinheiro atingirá níveis inéditos em 2011. Quatro temas na agenda legislativa que envolvem mudanças na distribuição dos royalties do petróleo, reforma tributária, Lei Kandir e revisão dos índices do Fundo de Participação. Se o governo tiver sucesso em suas ambições, Estados e municípios mais pobres terão mais recursos para sem que as áreas mais desenvolvidas percam. É certo, porém, que haverá mais pressões sobre o cofre federal, para contrariedade da presidente eleita, Dilma Rousseff, que gostaria de elevar os investimentos. O tema mais imediato é 33 articulação dos governadores por R$ 7,2 bilhões referentes à Lei Kandir, que trouxe perdas para aos Estados ao desonerar exportações de produtos básicos e semielaborados. Para estrategistas do governo, porém, a Lei Kandir é tema menor na agenda de relacionamento com os Estados em 2011. O grande trunfo é a distribuição dos royalties do petróleo, bolo estimado em R$ 50 bilhões. (Págs. 1 e Nacional A4) Rio quer fatia da capitalização O governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), entrou com Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal para exigir o pagamento de participação na capitalização da Petrobrás. (Págs. 1 e Nacional A4) “Liquidar o Panamericano seria danoso aos bancos” O presidente do Conselho do Fundo Garantidor de Crédito, Gabriel Jorge Ferreira, disse não ter razão para duvidar da situação das empresas do Grupo Sílvio Santos dadas em garantia do empréstimo para cobrir o rombo no Banco Panamericano. Em entrevista ao Estado, ele afirmou acreditar que a solução encontrada tenha sido a melhor, porque a liquidação “seria altamente danosa ao sistema financeiro”. (Págs. 1 e Economia B1) Crise no Enem abala emocional de vestibulando (Págs. 1 e Vida A27) Alías, Um olhar sobre a educação, a partir dos erros do Enem (Págs. 1 e Caderno 2 Domingo) Mianmar liberta ativista e Nobel da Paz (Págs. 1 e Internacional A23) João Ubaldo Ribeiro A República de Itaparica Não queremos desmerecer ninguém, mas esse negócio de independência no grito é mole, na ilha foi que o pessoal teve de sair no braço (Págs. 1, Caderno 2 Domingo D4) Mac Margolis A trincheira paraguaia Quem diria que legisladores paraguaios conseguiram frustrar o avanço do espaçoso Chávez e se tornar o firewall da democracia continental?(Págs. 1 e Internacional A18) Dora Kramer Insegurança legislativa Pela primeira vez, uma legislatura será iniciada sem que se saiba realmente quem são os deputados eleitos nem o tamanho de cada partido. (Págs. 1 e Nacional A8) 34 Notas & Informações As credenciais de cada um No torneio do Conselho de Segurança da ONU, o Brasil não é cabeça de chave. (Págs. 1 e A3) Manchete: Choque de ordem terá regra de ocupação, como as UPPs Projeto piloto será lançado na Tijuca, com guardas durante 24 horas A política de combate à desordem na cidade vai se inspirar no projeto de pacificação de favelas. O prefeito Eduardo Paes anuncia para março de 2011 o início do Choque de Ordem 2, que vai substituir ações pontuais por ocupações permanentes, informa Selma Schmidt. Assim como as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), a prefeitura criará as Unidades de Ordem Pública (UOPs), formadas por novos guardas municipais, que terão treinamento especial. O projeto piloto será lançado no miolo da Tijuca, que tem 26 mil habitantes e por onde circulam até cem mil pessoas diariamente. Os cem guardas da primeira UOP vão atuar em turnos durante 24 horas por dia. Paes disse estar atento às queixas feitas ao Twitter do @ILE-GALEeDAI, do Globo, e que vai se empenhar para que elas sejam resolvidas. Ele diz que não vai permitir o "e daí". (Págs. 1, 17 e 28) Fazendeiro ocupa 90% de reserva indígena Fazendas de gado e de soja ocupam ilegalmente a reserva indígena dos xavantes no Norte de Mato Grosso, levando um clima de guerra à região. Isolados numa área correspondente a cerca de 10% da reserva delimitada pelo governo, os índios sofrem com o desmatamento da mata nativa e doenças, mostra reportagem de Liana Melo. Até o prefeito da cidade mais próxima, São Félix do Araguaia, é acusado de ocupação irregular. (Págs. 1, 38 e 39) Laboratórios tentam barrar genéricos Na tentativa de barrar uma nova onda de genéricos, a indústria farmacêutica usa o Judiciário para esticar artificialmente suas patentes e impedir o lançamento de remédios mais baratos. Para o Ministério da Saúde, isso significa um custo extra de R$ 800 milhões por ano. (Págs. 1 e 3) Karla Maia A juíza do Enem odeia publicidade. Deu bronca no filho quando ele levou celular para o exame. (Págs. 1 e 13) Sérgio Guerra 35 O presidente do PSDB diz que o partido passa a impressão de ser de um pequeno grupo. (Págs. 1 e 12) Manchete: Fraude no Shopping Popular dá cadeia Polícia Civil prende cinco acusados de venda ilegal de boxes O Correio acompanhou com exclusividade a ação policial que apertou o cerco a uma quadilha acusada de manter um esquema para a negociação de espaços comerciais. Entre os suspeitos está o presidente da Associação dos Vendedores Ambulantes do Shopping Popular (Asshop), Caio Alves Donato, preso em sua casa no Cruzeiro, e dois ex-servidores do GDF. "Se eu vendi alguma coisa ou não, depois vocês vão ver. Vamos aguardar os fatos", disse, assim que foi algemado. As investigações começaram há quatro meses, após denúncia de ambulantes. Segundo eles, o shopping era usado como um empreendimento particular. Reportagem publicada há uma semana mostrou que o camelódromo se tornou uma vitrine de irregularidades - boxes cedidos pelo governo eram negociados até mesmo para empresários. Os policiais descobriram que uma mesma pessoa possuía até 12 bancas e, para se instalar no shopping, era obrigada a pagar de R$ 6 mil a R$ 80 mil à associação. (Págs. 1, 27 e 29) Depois do susto Dilma Rousseff e Lula vistaram José Alencar, que se recupera de enfarte. De acordo com boletim médico, quadro do vice é "estável". (Págs. 1 e 4) Agências cobiçadas Presidente eleita prometeu mudar aparelhamento político dos órgãos reguladores, mas poucos acreditam. Vagas serão disputadas a tapa pela base aliada. (Págs. 14 e 15) Laudo mostra falhas no Hras (Páginas 32 e 33) Manchete: Quem bancou a eleição dos deputados estaduais Construtoras, indústria automobilística, mineradoras e siderúrgicas, setor de combustíveis e bancos doaram R$ 15,2 milhões (25% do total arrecadado) às campanhas dos 77 parlamentares eleitos (Págs. 1, 3 , 4 e Editorial 12) Estado de saúde de Alencar é estável 36 O vice-presidente José Alencar recebeu a visita do presidente Lula e de sua sucessora, Dilma Rousseff. Eles desembarcaram no aeroporto de Congonhas, de volta da Coreia do Sul, e seguiram de helicóptero para o Hospital SírioLibanês, em São Paulo. Alencar se recupera de infarto e tem quadro de saúde estável, segundo boletim médico. (Págs. 1 e 5) Manchete: Os 10 desafios da segurança no RS A falta de 12 mil vagas nos presídios está no topo dos problemas para o próximo governo atacar, apontam especialistas. (Págs. 1, 4 e 5) 37 ============================== Diretoria de Comunicação Social Lúcia Helena Vieira Diretora Tayana Cardoso de Oliveira Coordenadora de Imprensa ELABORAÇÃO Moacir Cardoso Pereira Janine Souza Costa Carolina Amaral Goulart Lucas Gabriel Diniz INFORMAÇÕES Diretoria de Comunicação Social 3221 2757 / 3221 2750 www.alesc.sc.gov.br/clipping E-mails: [email protected] [email protected] [email protected] =============================== 38