CLIPPING DEPUTADOS
14/11/2010
Moacir Pereira
SOS Floripa
Florianópolis está parecida com uma nau sem rumo. Instalada na ilha mais bela do
Brasil, tem seu futuro comprometido. Sem Plano Diretor, invadida pela especulação,
carente de planejamento urbano e sem priorizar ações reais de proteção, caminha para
dias sombrios. A falta de mobilidade já massacra a população. O trânsito trava toda hora
e todo dia. Para milhares de habitantes, virou um inferno.
O prefeito Dário Berger é acusado de omissão e de desinteresse pela cidade. Mas
quando propõe um basta na avassaladora “selva de pedra”, sem a mínima infraestrutura,
não tem respaldo dos vereadores. E quando melhorias urbanas nos distritos são
exigidas, a prefeitura recebe vetos das “comunidades”.
A Lagoa da Conceição, uma das joias da coroa deste espaço encantador e único, é um
exemplo patético. Suas águas foram tomadas por algas, produzidas por produtos tóxicos
ou por destinação criminosa de esgoto. Duas medidas práticas resolveriam este
dramático dilema: a primeira, com uma ação enérgica e radical da vigilância sanitária e
dos órgãos ambientais, com respaldo do Ministério Público, lacrando bares, casas e
restaurantes que estejam poluindo a Lagoa. A segunda, com o desassoreamento. As
algas se espalham, causando odor insuportável e matando a galinha dos ovos de ouro,
porque não há oxigenação da água. Mas se alguém propõe a retirada da areia da saída
do canal da Barra, órgãos ambientais e procuradores levantam-se em vetos definitivos.
Pior! Também não propõem uma solução.
BASTA!
O Parque São Jorge foi concebido para ser bairro residencial unifamiliar. A Câmara
alterou o gabarito e, ao lado da Celesc, erguem-se pombais de concreto. O Sul da Ilha
sofre com congestionamentos monstruosos e infernais. Nem pequenas ações, como
rótulas para desafogar, são adotadas. O Norte virou o paraíso da ganância especulativa.
A polícia informa que pelo menos três favelas novas surgiram nos últimos dois anos na
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região: a do Mosquitinho, a dos Nordestinos e a do Córrego Grande. Investidor sério
tem fiscalização implacável; já a ocupação ilegal do solo por invasores corre solta. E os
problemas se multiplicam.
Quadro alarmante ocorre no Itacorubi. No segundo trecho da Rua Amaro Antônio
Vieira, a partir da Capela São Bento, surgiram 29 edifícios. Outros 16 estão em
construção há menos de dois anos. Mobilidade zero. Sem áreas de lazer. Sem esgoto. Só
numa área ao lado do Cepon são construídos nove novos prédios, alguns com 11
apartamentos por andar. Vão morar ali cerca de 3 mil pessoas.
Está ruim? Se continuar esta apatia, vai ficar muito pior.
diario.com.br
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Informe Político
A trincheira das Cidades
Gestor da maior parte das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o
Ministério das Cidades está entre os mais cobiçados do futuro governo de Dilma
Rousseff (PT). A disputa pode provocar reflexos e desgastes entre aliados na última
eleição no Estado.
Quando o nome da senadora Ideli Salvatti é indicado pelos petistas catarinenses ao
Ministério de Dilma, a pasta das Cidades está entre os elencados endereços prováveis.
Considerados os serviços prestados por Ideli ao governo Lula e sua pronta ação no
Congresso contra a oposição, natural seria imaginar a presidente lhe dar o devido
reconhecimento. Por que não na pasta das Cidades.
Quem trabalhou por Dilma, como o secretário nacional de Saneamento Ambiental,
Leodegar Tiscoski (PP), que comanda o órgão ligado ao ministério, admite que a
presidente nada sinalizou. Mas Tiscoski tem um argumento novo. A partir dos primeiros
relatos do vice-presidente eleito e coordenador da comissão de transição, Michel Temer
(PMDB), seria mais natural que os aliados ficassem com as pastas que já possuem, ou
seja, os pepistas manteriam o espaço, ocupado, hoje, por Márcio Fortes.
Parece que as Cidades está na lista de desejos dos partidos que apoiaram Dilma, sem
esquecer do guloso PMDB, que, agora, não só está no governo, como é governo na
figura de Temer. A repartição de cargos trará, queiram ou não, desconfortos variados.
Difícil será abrigar a todos que desejam pegar uma fatia do poder federal.
EXPERIÊNCIA VALE MUITO
Prestes a publicar o livro Muito Além do Meu Sonho, na quartafeira da semana que vem, na Assembleia, onde relata fatos de
sua vida pessoal e pública, o senador Neuto De Conto (PMDB)
– à direita – tem sido procurado pelos colegas catarinense de
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parlamento para uma consultoria informal. Na foto, durante a reunião do Fórum
Parlamentar Catarinense, Neuto conversava sobre o Orçamento da União de 2011 com o
deputado Mauro Mariani (PMDB) – à esquerda –, o federal mais votado da próxima
legislatura, e com o deputado Paulo Bauer (PSDB) ao centro –, que assumirá funções no
Senado na próxima legislatura. O senador peemedebista deixa o Congresso em janeiro
próximo com a bagagem de conhecer muito bem o funcionamento do Legislativo, em
Brasília, onde também foi deputado federal.
Na oposição
O ultradireita Ronaldo Caiado, deputado federal do Democratas por Goiás, ícone do
movimento ruralista, apontou a sua metralhadora giratória para o colega de partido
Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo. Caiado acusa Kassab de querer “vender” o
DEM para o PMDB, com a possibilidade de fusão das duas siglas.
De fato, o prefeito paulistano é o maior incentivador de que o casamento ocorra. Se
Caiado está indignado, diz que é para o “prefeito se dar bem”, imaginem os mais
românticos, que sabem o que era a Arena e o que era o MDB.
Nova regra
Nos tempos atuais, segmentos do DEM e do PMDB falam a mesma língua há tempos e
estão juntos.
Santa Catarina, aliás, é um case de sucesso para o projeto de Kassab, que conta com o
apoio de gente graúda no partido. Será que surgirá o maior dos maiores partidos da
República, híbrido entre oposição e situação no governo Dilma, justamente para se
posicionar frente ao PT nacional?
Pedido renovado
Tuitada disparada na sexta-feira, por Colombo, chamava, mais uma vez, os interessados
em participar do pacto por Santa Catarina. São sugestões à futura administração, que
podem ser dadas em www.raimundocolombo.com.br. Não se trata de plano de governo,
mas de uma agenda para buscar a sintonia entre os setores da sociedade.
“Eu me acostumo com esse aparato porque é inexorável. Mas, como
ministra, a vida também não era muito normal, não.”
DILMA ROUSSEFF, presidente eleita, sobre as exigências da
segurança antes de seguir para a cúpula do G-20, em Seul.
Parlatório Derly da Anunciação
Sem ser filiado a nenhum partido político, Derly da Anunciação
foi o responsável pela Comunicação Social do governo do
Estado nos últimos oito anos. O secretário ainda não foi
convidado, de forma oficial, para participar do governo
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Raimundo Colombo. Mas o desempenho na campanha vitoriosa no primeiro turno,
quando coordenou a área logística e foi um dos agentes da reviravolta eleitoral, o
credencia a estar em um dos postos-chaves da administração.
A descentralização terá uma sobrevida no governo de Raimundo Colombo?
Derly da Anunciação – A definição é do governador eleito junto com o vicegovernador. Eu acho que o modelo em si é inteligente. Tanto é que proporcionou, com o
apoio do ex-governador Luiz Henrique, a eleição do Raimundo Colombo e do Eduardo
Pinho Moreira. Acho que é um modelo, que independente de nomes, trabalhou no
principal, que é aquilo que a gente fez para a sociedade como um todo.
O que pode melhorar na imagem do governo?
Derly – Para fazer uma boa comunicação, eu entendo que tenha que existir duas coisas:
um bom produto e como você mostra este conteúdo para a sociedade. Eu acho que os
resultados das pesquisas demonstram que a estratégia foi acertada. Os indicadores entre
péssimo e ruim nunca chegaram a dois dígitos. O que mostra que, à medida que o
governo foi executando os serviços e obras, houve competência em mostrar os
benefícios e a sociedade reconheceu e fez seu julgamento.
A atuação na campanha o credencia ao governo?
Derly – Eu não trabalho assim. Eu trabalho naquilo que me solicitam. Foi me solicitada
uma contribuição na campanha. Tenho que deixar claro que ninguém ganha a campanha
sozinho, sempre tem que ser um grupo a serviço do candidato e tem que ter um bom
candidato. E foi este conjunto de coisas que levou à vitória do Colombo. O importante é
dizer que ele não tem nenhum compromisso comigo, nem eu pedi nem ele ofertou. O
meu trabalho está feito. As questões futuras é o tempo que vai dizer.
Chegou a ser convidado?
Derly – Não, não teve esta conversa. Eu desconheço convite a qualquer pessoa, a não
ser ao Ubiratan Rezende. O que tem é que a gente deve ter alguma contribuição, e não é
unilateral. Primeiro, tem que ter a vontade do governante. E, segundo, aí um ponto de
vista meu, eu só aceitaria um cargo naquilo que eu acredite que tenha uma relativa
competência para contribuir. A política é muito dinâmica, tem que respeitar as posições
partidárias, não sou filiado a nenhum partido.
O senhor preside o conselho de administração da Celesc. Deve continuar?
Derly – Estou há oito meses na presidência do conselho. A Celesc é a maior empresa do
Estado, e como toda a empresa grande tem os seus problemas. Nós estamos tentando
encaminhar para que exista o mínimo de problemas possíveis. Eu acho que a minha
contribuição está de bom tamanho no conselho. Também temos que entender que a
Celesc, dentro de um contexto político, é muito importante na composição com os
partidos. Eu acredito que a Celesc deve ser comandada por indicação de algum partido
que faz parte da coligação vencedora.
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Estela Benetti
Com a missão de construir shoppings
O que faz o empresário catarinense Jaimes Almeida Junior feliz é lançar e construir
shopping centers. Ele viveu mais um desses momentos especiais na última quarta-feira,
quando apresentou ao mercado o Continente Park Shopping, que vai edificar em um dos
pontos mais estratégicos da região continental da Grande Florianópolis, a esquina da
BR-101 com a SC-407, em São José. Lá, por volta de abril de 2012, será inaugurado o
maior shopping de Santa Catarina, um projeto sofisticado de R$ 220 milhões, com mais
de 250 lojas.
O manezinho Jaimes está no setor de shoppings há quase 20 anos. Inaugurou o
Neumarket, de Blumenau, em 1991, e fez o Santa Úrsula, em São Paulo, que vendeu,
anos atrás, para focar o mercado catarinense. De lá para cá, incluiu no grupo o Balneário
Camboriú Shopping e o Joinville Garten Shopping, está construindo o Blumenau Norte,
lançou o Continente e tem planos para outros polos como Chapecó, Criciúma e Lages.
Qual foi o seu primeiro negócio?
Jaimes Almeida Junior – Morei em Florianópolis até os 20 anos. Aí fui para
Blumenau, onde comecei a trabalhar no setor imobiliário. Em 10 de janeiro de 1980 abri
a imobiliária Almeida Junior. De 1980 até 1990, fomos líderes no setor, fizemos
locações e incorporações de prédios. Mas aqueles planos econômicos para enfrentar a
inflação altíssima geraram dúvidas sobre o futuro do setor.
O caminho foram os shoppings?
Jaimes – Sempre achei que, em algum momento, o Brasil iria deixar a inflação para
trás. Me preparei, fui para os EUA, fiz cursos no International Council of Shopping
Centers. Voltei e resolvi fazer um shopping em Blumenau, o Neumarkt, em local que
não tivesse enchente. Começamos em 1991 e concluímos em 1993. Em 1994, mudei
para São Paulo e, em 1999 inaugurei o Shopping Santa Úrsula, em Ribeirão Preto. Em
2007, recebemos proposta para vender a empresa. Meus filhos disseram para eu não
vender porque eu perderia o brilho nos olhos. Isso me animou a investir ainda mais.
Por que o Continente Park?
Jaimes – Não podíamos deixar de lado a Grande Florianópolis, minha terra natal. Há
dois anos estamos analisando os números, e concluímos que a Ilha tem uma
sensibilidade ambiental e de deslocamento muito grandes. Enquanto, no Continente, o
céu é o limite. Há vários condomínios de luxo nascendo ali. Vamos fazer um projeto
diferenciado, agradável, que trará desenvolvimento qualitativo à região. Para onde vai
um shopping, o desenvolvimento vai junto. O Continente vai dividir com a Ilha a
qualidade de vida para o público A e B.
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E a parceria com o Bradesco?
Jaimes – O Bradesco é o grande parceiro da Almeida Junior. Somos correntistas do
banco há 30 anos, e nossos estilos de trabalhar são parecidos, de pôr a mão na massa.
Isso nos dá conforto. Vamos lançar para o Continente Park um pacote para
financiamento dos lojistas, com um projeto mais facilitador de liberação de crédito.
Você participa da elaboração dos projetos dos shoppings?
Jaimes - Procuro dar tudo de mim em cada novo shopping. Cada cantinho sou eu que
desenho, sento com os arquitetos e eles dão forma. São dons que a gente acaba
construindo ao longo do tempo, com erros e acertos. Sou muito otimista. Tenho o prazer
e a realização de contribuir com as cidades. É o sentimento de deixar uma marca,
porque ninguém é eterno. Entendo que tenho uma missão de transformar. Acho que
shopping center é um equipamento de transformação social.
É consumista?
Jaimes – Me considero um consumista. Adoro entrar em supermercados, gosto de
cozinhar. Para mim, entrar em bons supermercados é uma festa. Gosto de roupas,
carros, de tudo o que é bom.
Que conselho dá para quem está começando a vida empresarial?
Jaimes – Tenho um conselho importante: foco, foco e foco. Não existe almoço de
graça, é preciso trabalhar muito. Não desistir na primeira dificuldade, ser determinado e
entender que o diferencial entre o empreendedor de sucesso e o que começa e desiste é a
forma como enfrenta as dificuldades que sempre surgem no caminho.
Jaimes Almeida Junior
Fundador e presidente do Grupo Almeida Junior, maior empresa regional
de shopping centers do Brasil, dona do Neumarkt, em Blumenau; do
Balneário Camboriú Shopping e do Joinville Garten. Está construindo o
Blumenau Norte Shopping e acaba de apresentar o Continente Park
Shopping, para São José. Jaimes Almeida, 53 anos, é natural de
Florianópolis e filho de militar. Iniciou o curso de Direito, mas desistiu
para se dedicar ao setor imobiliário, em Blumenau, onde abriu a Almeida
Junior, em 1980. Depois, ingressou na área de shoppings. É casado com
Heloísa, com quem tem a filha Nicole. Também tem três filhos do
primeiro casamento: Roberta, Camila (que trabalha no Grupo) e Jaimes Neto.
Público
O Continente Park Shopping vai focar não só o público da região continental da Grande
Florianópolis, mas também o morador da Capital. Segundo Jaimes Almeida, o viajante
da BR-101 não será alvo do empreendimento, embora ele possa parar se quiser,
especialmente quem vem na direção norte-sul. O centro comercial vai valorizar a
convivência.
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Proposta
O grupo tem recebido propostas para venda. – São fundo soberanos de Cingapura,
Kuwait, Emirados Árabes, China, Estados Unidos, tudo o que você possa imaginar. O
Brasil, no nosso setor, é o mais atrativo para investimento. Não tem vulnerabilidade
cambial, não dependemos do humor da China, Rússia ou EUA, porque o mercado
interno brasileiro está forte. Temos o bônus demográfico, com a maioria da população
trabalhando, poucos idosos – diz Jaimes Almeida.
O grupo
Com cinco shopping centers entre os concluídos e lançados, o Grupo Almeida Junior
soma 1,3 mil lojas no Estado. Ocupa 55% de toda a área bruta locável catarinense e tem
planos de estar presente em todas as regiões que são polos regionais. Conforme Jaimes
Almeida, o grupo ainda não está em Chapecó porque precisa concluir o programa de
posicionamento em Joinville, de blindagem em Blumenau e de presença em
Florianópolis.
SC NO PLANALTO
CAROLINA BAHIA com Helen Lopes
Colombo ganha tempo
Uma iniciativa do governador eleito, Raimundo Colombo (DEM), garante tempo para
as discussões sobre a federalização das Letras do Tesouro do Estado no Senado.
Presidente interino da Comissão de Assuntos Econômicos, o senador Delcídio Amaral
(PT-MS) recebeu um pedido especial do colega de plenário e segurou a tramitação da
proposta. O catarinense fez um apelo para que Amaral não colocasse nada em votação
sem que ele estivesse em Brasília. Como Colombo retorna terça-feira à capital federal,
eles devem se reunir para conversar sobre o assunto.
Se o Senado autorizar a federalização dos títulos emitidos por conta de precatórios
inexistentes, a dívida com a União cresce em R$ 2,3 bilhões, chegando a R$ 14,2
bilhões. Por isso, Colombo quer conduzir esse processo bem de perto.
Prioridade
Interlocutores de Dilma Rousseff garantem que as conversas estão
adiantadas para a indicação da senadora Ideli Salvatti à Secretaria
Especial das Mulheres. Sem peso na Esplanada ou candidatos
pressionando, a pasta estaria reservada para a petista.
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Critério
O deputado Cláudio Vignatti (PT) deve ser destacado para a diretoria de uma estatal ou
agência reguladora. Um cargo no Estado poderia servir de trampolim para seus planos
de concorrer à prefeitura de Chapecó ou de Florianópolis, em 2012.
Apesar de derrotado na disputa ao Senado, ele tem bom trânsito junto à cúpula do
partido, e a presidente eleita já revelou aos aliados que não deseja ter prefeituráveis no
primeiro escalão.
Por falar nisso...
Antes das eleições, Lula concedeu a Ideli o direito de escolher se gostaria ou não de
concorrer ao governo estadual, mesmo considerando que uma aliança com o PMDB
seria o melhor caminho – a exemplo do que foi forjado em Minas Gerais.
Reserva
O PMDB nacional pressiona para realocar o senador Edison Lobão no Ministério de
Minas e Energia.
Com isso, são pífias as chances de o catarinense Márcio Zimmermann permanecer no
cargo. Dever sair o técnico para a entrada de um político.
Atilados
Ainda encrencado com a Lei da Ficha Limpa, o líder do PP na Câmara, João Pizzolatti,
é um dos articuladores de um novo bloco no Congresso. Além de fazer frente à força
dos maiores partidos, PTB, PP e PR querem potencializar a barganha por espaços na
Esplanada.
Na cota
Outro nome cotado para o governo Dilma é Leodegar Tiscoski. O PP reivindica seguir à
frente do Ministério das Cidades. A lógica, dizem os interlocutores do Planalto, é que
permaneça na Secretaria de Saneamento Ambiental.
Salada
As negociações que envolvem a incorporação de parte do DEM
ao PMDB passam por SC. Raimundo Colombo tem a missão de
transformar o seu governo em exemplo de gestão para o Brasil,
colocando em evidência a união dos dois partidos. Na última
semana, Jorge Bornhausen manteve reuniões com Gilberto
Kassab, prefeito de São Paulo e um dos mentores da fusão.
Essa é uma articulação viável em termos regionais. Afinal, seria difícil explicar ao
eleitor como o DEM passaria a integrar um partido que é base do governo Dilma.
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Recompensa
A lista das cidades da Região Sul que serão contempladas com obras do PAC 2 está
finalizada. Deve ser divulgada no final do mês.
POLÍTICA
PARA ONDE ELE VAI
O futuro político de Pavan
Desgastado no PSDB pela neutralidade na eleição estadual, governador recebe
convites do PSB, PR e sondagem do PMDB
Na segunda-feira, na reunião da executiva estadual do PSDB, o presidente do partido e
governador Leonel Pavan (PSDB) comentou, de forma descontraída, que recebeu
sondagem do PR para trocar de sigla. Quatro dias dias, recebeu o presidente do PSB,
Djalma Berger, que faz o mesmo convite.
As sondagens vêm a público por conta do próprio Pavan, ao divulgar nota dizendo que
continua como tucano.
– Não tenho motivos para sair do PSDB, ao menos por enquanto. Só aconteceria se eu
tivesse um motivo muito forte – disse o governador.
A cena de segunda, os convites de outras siglas e a resposta do governador seriam
inimagináveis há dois anos. Ocupando o cargo de vice-governador e com a expectativa
de ser o nome do partido na disputa pelo governo, Pavan comandava o partido sem
sombra de outras lideranças.
Ausente da eleição, da campanha, prestes a ficar sem mandato, vendo tucanos como
Paulo Bauer, Jorginho Mello e Marco Tebaldi saírem mais fortes das urnas e afastado
das discussões sobre a participação do partido no governo Raimundo Colombo (DEM),
o governador parece mandar um recado aos colegas.
O vazamento dos convites surpreendeu os tucanos. Boa parte das lideranças prefere nem
comentar os convites e o fato da própria assessoria de Pavan passado adiante a
informação. Quem comenta, minimiza o episódio.
– A resposta que o governador Pavan deu é aquela que todo o partido já sabia que daria:
se sente bem no partido e não vai sair do PSDB – disse o deputado estadual Marcos
Vieira.
– O desconforto com o afastamento dele do projeto do partido na eleição gera muita
especulação e algumas pessoas aproveitam para ver o circo pegar fogo – afirmou o
prefeito de Imbituba, Beto Martins.
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Prova de fogo será a eleição para a direção partidária
Quem não comenta oficialmente admite que o desgaste por Pavan ter optado pela
neutralidade na eleição para o governo perdura.
– Não há como negar que essa decisão provocou um esvaziamento da liderança dele –
garantiu um tucano.
O principal reflexo disso deve se dar em abril, quando será escolhido o próximo
presidente da sigla. Pavan tem o direito de concorrer à reeleição, mas a disputa para
sucedê-lo já está em campo dentro do partido.
Nomes como Marcos Vieira, Beto Martins, Dalírio Beber e Paulo Bauer são cotados
para o cargo. Na mesma nota em que disse que permanece no partido, Pavan colocou
em dúvida sua participação na disputa.
– Se precisar e eu quiser, poderei disputar, tudo depende da dinâmica da política – disse.
Sem o controle do partido e sem mandato, Pavan poderia ficar à margem da sigla que
tocou com mão de ferro desde que se elegeu senador na campanha de 2002. Quatro anos
depois, aceitou trocar a candidatura ao governo pelo lugar de vice de Luiz Henrique
(PMDB) na tríplice aliança.
Naquela composição, manteve-se como tucano de maior destaque. Agora, vê
principalmente em Bauer, eleito senador, uma ameaça.
– Ele não está mais na condição de estrela solitária – afirmou um colega.
UPIARA BOSCHI
PARA ONDE ELE VAI
Conversas e promessas
– Ele confirmou?
O próprio Nelson Goetten, presidente do PR-SC, pareceu surpreso ao falar sobre a
sondagem que fez ao governador Leonel Pavan (PSDB) sobre o interesse de se filiar à
sigla.
O deputado federal admite um telefonema e diz que ficou acertada uma conversa
pessoal para os próximos dias. O convite é ideia da direção nacional.
– A gente carece de uma liderança da importância dele em Santa Catarina – explicou o
deputado.
Segundo Goetten, o principal argumento para convencer Pavan é a chance de levar
adiante o projeto que quiser para 2012 ou 2014. Atrelado à tríplice, o PSDB teria mais
dificuldade de garantir a cabeça-de-chapa na disputa pelo governo em 2014.
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– Além da possível candidatura à reeleição de Colombo, a aliança tem outros nomes no
estoque.
Da parte do PSB, o convite foi feito na quinta-feira, na Casa d´Agronômica, pelo
presidente estadual da sigla, Djalma Berger.
Curiosamente, o próprio Djalma fez o mesmo caminho ao trocar o PSDB pelo PSB em
2007. O convite incluiria a garantia de que Pavan assumisse a presidência e o comando
efetivo do partido. Dário Berger (PMDB) também teria convidado Pavan para se filiar
ao PMDB.
CÓPIA DA CHEFE
A gerente que agrada à eleita
Conhecida pelo perfil executivo, diretora que fez carreira na Petrobras é
considerada nome certo no governo Dilma Rousseff
Os íntimos a chamam de Graça, e destacam a determinação e a competência como
principais atributos. A fama de exigente e temperamental adubou, nos corredores da
Petrobras, o apelido de Caveirão, o implacável blindado que a Polícia Militar carioca
usa para entrar nas favelas.
Admiração e maledicências à parte, Maria das Graças Foster construiu nas últimas três
décadas, de estagiária a diretora de Gás e Energia da maior empresa do país, uma
carreira que a credencia a um lugar de destaque no governo Dilma. Sob a nuvem de
interesses políticos que envolve a montagem do Ministério, é considerada nome certo
no primeiro escalão.
Cotada para a presidência da Petrobras ou para a Casa Civil – ministério disputado por
políticos de peso –, ela tem no perfil executivo e na fidelidade à nova presidente dois
trunfos capazes de solapar lobbies partidários. Em uma reunião recente, um dirigente
petista disse a Dilma que Graça seria um ótimo nome para a Casa Civil, mas lamentou
que ela teria um perfil demasiado técnico para o cargo.
– Era o mesmo que diziam de mim – respondeu a presidente eleita, silenciando o
interlocutor.
Graça conheceu a presidente eleita em 1999, durante as negociações para a implantação
do gasoduto Brasil-Bolívia, época em que Dilma era secretária de Minas e Energia do
Rio Grande do Sul. As afinidades não tardaram a surgir. Em 2003, por indicação de
Dilma, Graça foi nomeada secretária de Petróleo e Gás do Ministério das Minas e
Energia.
– Ela tem o estilo da Dilma Rousseff. Levanta a voz quando tem de levantar. É uma
servidora pública exemplar – afirmou um dirigente petista.
O afinco ao estudo da cadeia energética, as jornadas exaustivas e a firmeza na cobrança
de resultados aproximaram ainda mais as duas. Nas horas de folga, se encontravam para
jantar em restaurantes do Rio. Nas de trabalho, invadiam a madrugada discutindo
questões sobre petróleo e gás.
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Decisão de Graça revoltou políticos e empresários
Graduada em engenharia química, com mestrados em Engenharia Mecânica e Nuclear e
MBA em Economia, ela presidiu três subsidiárias da Petrobras, acumulando cargos
simultâneos. Hoje, além da diretoria na estatal, mantém assento nos conselhos de
administração de outras cinco empresas vinculadas à petrolífera. Por vezes, seu modelo
de gestão causa problemas ao governo. Em 2008, durante a discussão de uma revisão
nos preços do gás, mandou cortar 30% do fornecimento do Rio de Janeiro porque a
empresa de distribuição no Estado não mandara representantes à reunião.
Ao deixar taxistas sem combustível e indústrias sem abastecimento por 12 horas, Graça
provocou protestos contra a Petrobras, irritando políticos e empresários. Na mesma
época, ela não conseguiu impedir a votação de uma emenda que introduziu na Lei do
Gás uma brecha para que atravessadores privados façam a intermediação entre a
produção e a entrega do produto nos pontos de consumo.
– É um negócio de bilhões de dólares, que teve um lobby muito pesado no Congresso.
Graça é muito dedicada, mas, desta vez, comeu mosca – disse o presidente da
Associação de Engenheiros da Petrobras, Fernando Siqueira.
Na Petrobras, funcionários reclamam que ela costuma pedir estudos idênticos a
assessores distintos, comparando a rapidez e o conteúdo de cada relatório entregue. O
estilo rigoroso faz com que muitos servidores desejem Graça longe da presidência da
empresa. O sentimento é compartilhado por políticos aliados, de olho nos R$ 91,3
bilhões que a estatal dispõe para investimentos em 2011.
Outra ressalva que começa a conspirar contra uma eventual promoção de Graça ao topo
hierárquico da petrolífera faz menção ao seu casamento com o empresário inglês Colin
Foster, cuja empresa fechou contratos de R$ 614 mil, entre 2005 e 2010, com a
Petrobras. Aos 56 anos, mãe de uma médica e de um jogador de basquete, torcedora do
Botafogo, tem a seu favor o fato de evitar influências políticas nas tomadas de decisões
e a resistência a receber clientes e fornecedores.
FÁBIO SCHAFFNER
CÓPIA DA CHEFE
Eleita rouba a cena de Lula em Seul
Se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinha dúvidas sobre o fim do ciclo de fama,
assédio e gostinho do poder, não deve ter mais depois da reunião do G-20, que terminou
na sexta-feira, em Seul.
Ao seguir pelo tapete vermelho estendido até a saída do hotel onde estava, em
companhia da presidente eleita, Dilma Rousseff, Lula não foi importunado uma única
vez pelos repórteres de plantão; Dilma, sim.
E a primeira pergunta foi exatamente sobre como ela vai se comportar daqui para a
frente, sabendo que terá o assédio constante por parte da mídia e do público e falta de
privacidade na nova vida que começa.
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Enquanto um acanhado Lula esperava um pouco recuado, Dilma disse que não terá
problemas em se acostumar com o aparato de seguranças e outros funcionários a serviço
de quem está à frente do poder.
– Vai ser o inexorável – filosofou.
Em seguida, lembrou que tinha um tipo de vida e passou a ter outro no momento em
que foi convidada para ser ministra de Lula, primeiro de Minas e Energia; depois, da
Casa Civil. Nesse momento, Lula deu um leve sorriso. É que não há comparação entre a
vida de um presidente da República e a de um ministro.
Embora tenha procurado ter uma atuação discreta no G-20 – o que conseguiu, visto que
evitou enquanto pôde fazer sombra a Lula –, a vida de Dilma mudou. Ela ganhou tantos
presentes de chefes de Estado e de pessoas anônimas que a Presidência teve de
providenciar um caminhão para carregar os pacotes.
Entre eles, havia caixas e mais caixas de tipos variados, além de uma imensa, de
chocolate suíço. Todas com a inscrição “presidente eleita Dilma Rousseff”. Tudo muito
bem vigiado por Joelci de Oliveira, que desde o início do ano viaja com o presidente
Lula com a única função de recolher as malas dos convidados.
BATE-BOCA INTERNO
Fusão com o PMDB divide os demistas
A articulação para fundir o DEM ao PMDB ou PP, atribuída ao prefeito de São Paulo,
Gilberto Kassab, tem causado irritação e troca de acusações no partido.
No Twitter, o deputado federal Ronaldo Caiado (DEM-GO) responsabilizou Kassab
pela movimentação, chamada por ele de “jogo sujo entre uma minoria do DEM e o
PMDB”. O deputado atacou:
– Minoria paulista usa subterfúgio de eleição dentro da sigla para ter controle do DEM e
entregá-lo numa bandeja ao PMDB. Não conseguirão – escreveu o parlamentar goiano.
– Querem usar todo o partido para se dar bem em eleição de SP. Sabem que não teria
maioria....
Ele ainda acusou o prefeito de “tentar desviar o foco da fusão”.
– Mas esse assunto será sepultado de vez por nós.
A informação sobre a suposta articulação para a fusão do DEM com o PMDB surgiu
ainda no primeiro turno da eleição, em setembro, quando o cacique peemedebista em
São Paulo, Orestes Quércia, afastou-se da disputa ao Senado para tratar um câncer.
Na época, o comentário era de que Kassab migraria ao PMDB com um grupo de
deputados eleitos para se tornar a liderança paulista da sigla.
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Caiado afirmou que Kassab pretende tomar o comando do DEM na disputa interna
prevista para 2011, para “entregar o partido ao PMDB”.
O goiano ainda disse que a legenda ficou “engessada” com o PSDB após acordo feito
por Kassab e pelo presidente de honra do DEM, Jorge Bornhausen, para garantir a
reeleição do prefeito na capital em 2008 – à época, parte dos tucanos ficou ao lado dele,
apesar de o partido ter lançado na disputa Geraldo Alckmin, que acabou ficando em
terceiro lugar.
Kassab tem negado que pretenda fundir o DEM ao PMDB ou migrar de legenda. A
articulação com o PMDB tem como objetivo a eleição ao governo paulista em 2014.
FICHA LIMPA
TSE libera candidatura de deputado do PP
Uma decisão do ministro Arnaldo Versiani, do TSE, liberou a candidatura de Beto
Mansur (PP-SP), que tentava a reeleição. Ele obteve 65 mil votos, que chegaram a ser
anulados pelo fato de o candidato estar com o registro negado com base na Lei da Ficha
Limpa. Mansur foi considerado inelegível por ter sido condenado por abuso de poder
político em 2000.
MANDATO AMEAÇADO
STF mantém condenação a amazonense
O Supremo Tribunal Federal rejeitou o recurso do deputado federal Silas Câmara
(PSDC-AM).
Ele é acusado de ter cometido crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso e
peculato. Além de perder o mandato, caso seja condenado ao final do processo, o
deputado amazonense pode pegar de um a cinco anos de prisão.
PROPOSTA DE AUMENTO
PSOL defende salário mínimo de R$ 700
Partido do candidato à Presidência da República derrotado Plínio de Arruda Sampaio, o
PSOL defende salário mínimo de R$ 700 para 2011. São R$ 161,85 a mais do que o
governo de Dilma Rousseff aceitou, por ora, dar: R$ 538,15. Também supera a proposta
de R$ 600 da oposição, puxada por José Serra (PSDB) durante a campanha eleitoral.
SENADO
José Sarney quer buscar a reeleição
O PMDB fechou acordo para lançar o nome de José Sarney (PMDB-AP) à reeleição na
presidência do Senado. Maior bancada da Casa, o partido antecipou a discussão para
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evitar que o PT ou o ex-governador Aécio Neves (PSDB-MG) se viabilizem para
disputar a vaga. Desde 2001, com Jader Barbalho, o PMDB comanda o Senado.
SUCESSÃO NA CÂMARA
DEM espera diplomação para decidir
O DEM ainda não tem uma posição definida sobre as negociações que estão sendo
feitas entre o PT e o PMDB para definir qual deles ocupará a presidência da Câmara dos
Deputados no primeiro biênio da próxima legislatura.
De acordo com o senador Marco Maciel (DEM-PE), o partido somente se posicionará
após a diplomação dos parlamentares. Maciel participou, na última sexta-feira, da
sessão de encerramento do 6ª Foro de Parlamentares Ibero-Americanos, que reuniu, na
capital argentina, representantes de Portugal, Andorra, Espanha, Bolívia, Chile, México,
Paraguai e Uruguai.
PT e PMDB querem um revezamento na presidência da Câmara. O PT negocia para que
o mesmo revezamento ocorra na presidência do Senado, mas o regimento interno da
Casa impede esse procedimento, o que não acontece na Câmara dos Deputados.
O atual presidente da Câmara e vice-presidente da República eleito, Michel Temer,
disse que somente em janeiro ou fevereiro será decidido qual partido ocupará a
presidência da Casa no primeiro biênio de 2011.
O senador Marco Maciel lembrou que no Senado existe, como também na Câmara, o
princípio da proporcionalidade. Como o partido mais numeroso na Casa é o PMDB, tem
a prerrogativa de indicar o presidente.
– O fato de o PMDB dispor da maioria não quer dizer, necessariamente, que ele tenha
de indicar o presidente, porque pode surgir uma composição que permita a participação
do representante de outro partido. Estou dizendo isso por hipótese, porque até hoje essa
questão não foi colocada no Senado – disse Temer.
Maciel disse que não interpreta como inata a regra regimental do Senado que impede o
revezamento dos partidos na presidência da Casa.
– Essa regra pode ser ultrapassada pelos fatos. Talvez porque o Senado seja uma Casa
menor – 81 senadores, enquanto na Câmara são 513 deputados – torne-se mais fácil se
chegar a um acordo, até porque a mesa não se compõe apenas do presidente, mas inclui
o vice-presidente e secretários, que podem ser de outros partidos. A composição da
mesa já significa, por si mesma, uma composição política – afirmou o senador demista.
Marco Maciel lembrou que o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) ocupa a secretariageral do Senado, cargo mais importante depois da presidência da Casa.
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PROPAGANDA ANTECIPADA
Campanha ao Planalto soma 28 multas
A campanha presidencial resultou, até agora, em 28 multas por propaganda eleitoral
antecipada, que somam R$ 175,5 mil. Todas aplicadas aos então candidatos Dilma
Rousseff, do PT, e José Serra, do PSDB, e também ao presidente da República, Luiz
Inácio Lula da Silva. Apenas R$ 63 mil foram quitados por eles.
O valor das multas ainda pode mudar, porque o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda
não julgou todos os recursos apresentados. A presidenta eleita, Dilma Rousseff, foi
multada 12 vezes, resultando em R$ 58 mil em débitos com a Justiça Eleitoral. Cinco
multas, que somavam R$ 23 mil, foram pagas. Seis aguardam julgamento de recursos.
A última multa, de R$ 5 mil, foi aplicada individualmente pelo ministro Henrique
Neves, do TSE, na última quarta-feira (10).
José Serra recebeu nove multas, que somam R$ 70 mil em débitos. Ele já pagou quatro,
totalizando R$ 40 mil, e apresentou recursos contra quatro. Uma ainda não foi quitada,
mesmo após o fim do prazo para pagamento. O presidente Lula foi multado sete vezes
por fazer propaganda antecipada em favor de Dilma Rousseff, totalizando R$ 47,5 mil
em débitos. Ele recorreu de todas as decisões.
O prazo para recurso é de um dia. Caso isso não ocorra, a multa é definitiva. O prazo
para quitação, a partir do momento em que a multa se torna definitiva, é de 30 dias.
Quem não pagar as multas não consegue a Certidão de Quitação com a Justiça Eleitoral,
tem o nome inscrito na Dívida Ativa e, entre outros impedimentos, fica impedido de
concorrer a cargo eletivo.
LITERATURA
História de Lula pode virar gibi
A editora Sarandi, responsável pela publicação da coleção História do Brasil em
Quadrinhos, defende a ideia de lançar os gibis com a história do presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, e nega que o fato de ter contratos com o Ministério da Educação tenha
influenciado a decisão.
– Num país com os índices de desigualdade como o nosso, a história do Lula é
extraordinária – afirma a sócia da editora, Aloma Carvalho.
Para ela, o público tem o direito de conhecer a história do país, de seus personagens
políticos. Muitos livros didáticos de história sequer trazem o nome dos presidentes, há
uma censura no meio educacional com relação a certos temas considerados
ultrapassados. Segundo a editora, entre os 120 milhões de livros comprados pelo MEC
no último Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), a participação da Sarandi,
com 65 mil livros, é considerada “modesta”.
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A editora prepara o lançamento de outro livro da área de política. Terá o título Por que
Participar da Política?, escrito por Plínio de Arruda Sampaio, ex-candidato à
Presidência da República pelo PSOL.
SECRETARIA-GERAL
Motivo de cobiça da nova gestão
Pouco disputada nos governos anteriores, a Secretaria-Geral da Presidência da
República vem se tornando objeto de cobiça dos petistas, que vislumbram a
possibilidade da pasta passar da condição de coadjuvante para protagonista na gestão de
Dilma Rousseff (PT).
Tudo porque vem ganhando força, nos últimos dias, entre integrantes da equipe de
transição, um projeto do órgão ser alçado ao posto de ministério, substituindo a chefia
da Casa Civil como a principal vitrina da administração federal.
No governo do presidente Lula, a Casa Civil ganhou notoriedade ao abrigar um dos
homens fortes do PT, o ex-ministro e deputado cassado José Dirceu. Os escândalos
envolvendo o ex-ministro e, posteriormente, a sucessora da presidente eleita Dilma
Rousseff no cargo, Erenice Guerra, transformaram a pasta no órgão mais polêmico do
governo.
Na gestão Dilma, a Casa Civil deve ter seus poderes esvaziados, correndo o risco de até
mesmo ser transformada no que é hoje a Secretaria-Geral da Presidência da República.
Líderes do PT e pessoas próximas à presidente eleita ponderam que o novo ministério
não terá os mesmos poderes da Casa Civil. A mudança tem como objetivo diminuir o
tamanho da pasta que cacifou a petista ao Palácio do Planalto, tirando-lhe atribuições
que, na opinião de Dilma, não cabem à Casa Civil.
Na condição de ministério, a Secretaria-Geral da Presidência ficaria responsável pelas
principais iniciativas do governo federal, como a coordenação do Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC). O novo ministério seguiria com funções executadas
pelo órgão, como articular políticas do governo e intermediar o diálogo com
governadores e prefeitos.
A criação de um importante ministério tem sido vista por líderes do PT como a
oportunidade de acomodar políticos considerados peças-chave no processo de transição.
Dois deles são o deputado federal José Eduardo Cardozo (PT) e o ex-ministro Antônio
Palocci (PT), que enfrenta oposição de petistas para a Casa Civil.
Para a nova pasta, a indicação teria viés político, enquanto o escolhido para a Casa Civil
teria perfil técnico, como seria desejo tanto de Dilma quanto de Lula. Algumas
lideranças do PT apontam, contudo, que o presidente tem defendido nos bastidores o
nome do atual secretário Gilberto Carvalho, que atuaria como os olhos de Lula no
governo federal.
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No retorno da viagem a Coreia do Sul, Dilma teria encontro com seus principais
auxiliares, em São Paulo, para ouvir como foram as negociações com os aliados por
cargos.
FIM DE GOVERNO
Lula corre para assinar contratos do PAC2
A menos de dois meses de deixar o cargo, o presidente Lula corre contra o tempo para
assinar o maior número de contratos para execução de obras de saneamento básico e
habitação da segunda etapa do PAC. Atendendo ao presidente, o Ministério das Cidades
divulgou a seleção de 1.260 obras e projetos, o que representa R$ 17,27 bilhões.
SAUDAÇÃO À PRESIDENTE
Farc elogiam eleição de Dilma Rousseff
O grupo rebelde Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) saudou a vitória
de Dilma Rousseff (PT). Em comunicado no site da Agência de Notícias Nova
Colômbia (Anncol), o comando das Farc elogia a eleição, “pela primeira vez na história
do Brasil, de uma presidenta”. Dilma é descrita como “uma mulher ligada sempre à luta
pela justiça”.
TRAMITAÇÃO
Mensalão faz três anos na Justiça
A ação penal que apura a denúncia sobre esquema de propina para parlamentares,
revelado em 2005, completou, no dia 12, três anos de tramitação no Supremo Tribunal
Federal (STF). De lá para cá, centenas de andamentos processuais movimentaram o
gabinete do relator Joaquim Barbosa.
Um dos empecilhos para a rapidez no julgamento é justamente o número de pessoas
envolvidas, além de testemunhas de defesa e acusação. São 38 réus do caso que ficou
conhecido como mensalão. Eles são defendidos por dezenas de advogados, inseridos em
um processo de mais de 40 mil páginas.
As testemunhas a serem ouvidas no caso eram tantas que Barbosa delegou a função de
tomar os depoimentos a magistrados federais.
Outro motivo que atrasa o desfecho do caso são os pedidos feitos pelos advogados no
processo, como desmembramento da lista de réus. Muitos pedidos são levados por
Barbosa para a apreciação do plenário.
Um dos pedidos da defesa de Marcos Valério, acusado de ser operador do esquema, é o
afastamento do ministro Joaquim Barbosa por suposta falta de isenção para julgar, após
ter afirmado que Valério é um “expert” em lavagem de dinheiro. O caso aguarda
julgamento do presidente da Corte, Cézar Peluso.
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O último andamento relativo ao caso ocorreu na quinta-feira. Os advogados de Paulo
Rocha (PT-PA), um dos réus, pediram para interrogar os peritos que serão ouvidos pela
Justiça Federal para esclarecer questões controversas em alguns dos laudos feitos pelo
Instituto de Criminalística.
Cláudio Prisco Paraíso
A MATEMÁTICA DOS CARGOS
Na semana em que os protagonistas da transição do governo estadual estavam longe de
Santa Catarina, não faltaram especulações sobre nomes e cargos pleiteados pelos aliados
da tríplice aliança. É consenso que a divisão deve obedecer à proporção dos votos na
Assembleia. Quem elegeu mais deputados terá direito a mais cargos. E até aí, tudo bem.
Estão em jogo 36 SDRs e 21 secretarias. Sem falar das 29 sociedades de economia
mista, autarquias e fundações. O problema maior está na disputa pelas secretarias
centrais.
O pessoal envolvido na transição identificou que pelo menos nove cargos despertam
interesses de mais de uma legenda: Fazenda, Planejamento, Administração,
Infraestrutura, Saúde, Educação e Turismo. Na conta também entram a Celesc e a
Casan. O único nome para o futuro governo confirmado até agora é o do professor
Ubiratan Rezende, que só não assume a Secretaria da Fazenda se não quiser. A escolha
está na cota pessoal de Raimundo Colombo, disposto a indicar também os titulares da
Segurança Pública, Procuradoria-geral do Estado e da Coordenação e Articulação. A
antiga Casa Civil tem tudo para ir para as mãos de Antonio Ceron, que trabalhou na
coordenação da campanha.
Raimundo Colombo teria falado ainda em convocar quatro deputados estaduais e outros
dois deputados federais para o governo. A estratégia, na prática, abriria vagas para
acomodar suplentes.
NOVO GOVERNO
A imagem é do início de novembro, quando Raimundo
Colombo (E) e Eduardo Pinho Moreira (D), governador e vicegovernador eleitos, procuraram Leonel Pavan para dar a largada
à transição.
Distribuição das vagas
O PMDB, que elegeu dez deputados estaduais e deve indicar um número significativo
de nomes para o novo governo, está de olho em pelo menos cinco secretarias:
Educação; Infraestrutura; Saúde; Agricultura; Assistência Social, Trabalho e Habitação
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(o PPS também estaria interessado nesta vaga). Na conta entram ainda as indicações
para as 16 SDRs.
Em conversa com Pinho Moreira, antes da viagem dele a Nova York, os deputados
peemedebistas insistiram em participar da indicação dos nomes que vão ocupar as
secretarias nas respectivas bases eleitorais. A bancada também defende que todas as
indicações passem pelo crivo dos deputados peemedebistas. Outra curiosidade é que,
das cinco secretarias pleiteadas, o PMDB só assumiu a Infraestrutura no governo de
Luiz Henrique da Silveira.
Opções do DEM
Com sete deputados estaduais a partir de 2011, o DEM tem nomes para três secretarias:
Infraestrutura; Desenvolvimento Econômico; e para o Turismo, Cultura e Esporte. Os
liberais terão o direito de indicar os nomes de outros dez secretários regionais. Há ainda
a informação de que Antonio Gavazzoni deve assumir a Celesc, até como meio de
compensar a ala do DEM ligada a Gelson Merísio, que não gostou nem um pouco da
indicação de Ubiratan Rezende para a Secretaria da Fazenda.
O PSDB, que tem seis cadeiras na Assembleia, praticamente pede para manter o que
ocupou no último governo. Os tucanos falam em quatro cadeiras: Saúde; Turismo;
Educação – secretarias que comandou no último governo; – e Infraestrutura, que pode
ser interpretada como a novidade. É prioridade para os tucanos indicar o novo titular da
Secretaria da Educação (corre nos bastidores que podem faltar nomes). Considerando a
influência do senador eleito Paulo Bauer, que ocupou a Secretaria da Educação mandato
de Luiz Henrique da Silveira, é grande a expectativa de que pelo menos essa pasta
continue sob os domínios do PSDB. Os tucanos também terão direito a indicar os nomes
dos titulares de dez secretarias regionais.
As escolhas de LHS
Em 2002, quando venceu a disputa pelo governo estadual, Luiz Henrique da Silveira
(PMDB) anunciou os nomes do secretariado poucos dias antes da diplomação, na
segunda quinzena de dezembro. Contando com o apoio do PSDB, se comprometeu a
entregar 30% dos cargos aos tucanos, o que gerou polêmica e dividiu o PMDB. Alguns
peemedebistas consideraram a “conta muito cara”.
O PT, que apoiou LHS somente no 2º turno, decidiu não ter participação direta no
governo. Negociou o comando da Assembleia Legislativa. E levou com a posse de
Volnei Morastoni. A demora no anúncio dos nomes também foi atribuída à implantação
da descentralização. Logo no início do governo, LHS enviou à Assembleia a criação de
26 secretarias regionais, número que pulou para 30 dois anos depois. Na prática, as
últimas nomeações ocorreram somente no início de 2003, quando as SDRs saíram do
papel.
Secretariado
Em 2006, ao se reeleger com o apoio da tríplice aliança, LHS também anunciou o
secretariado em dezembro, pouco antes de assumir o mandato – o peemedebista
renunciou ao cargo para disputar a reeleição. Com outros aliados para acomodar no
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governo, poucos secretários acabaram mantidos no cargo. E, a exemplo do que ocorreu
em 2002, as últimas nomeações também só ocorreram em 2007, depois do início do
novo governo. O quadro só ficou completo depois que a Assembleia aprovou a reforma
administrativa que aumentou de 30 para 36 o número de SDRs.
EQUIPE
Com a volta de Raimundo Colombo, a escolha do secretariado entra em discussão, o
que deve levar à divulgação de alguns nomes.
MONTAGEM
Mas o 1º escalão só deve estar completo em dezembro. Vagas de 2º e 3º escalão devem
ficar para janeiro.
PMDB
Peemedebistas terão como interlocutor nessa negociação o vice-governador eleito Pinho
Moreira.
PSDB
Os tucanos indicaram o suplente Dalírio Beber e o senador eleito Paulo Bauer para
acompanhar o processo.
DEM
Antonio Gavazzoni e Gelson Merísio também serão ouvidos pelo futuro governador na
hora da montagem do secretariado.
NOME CERTO
O professor Ubiratam Rezende certamente acompanha as discussões.
PALPITE
LHS só dará conselhos quando Raimundo Colombo pedir. Mas é claro que o liberal vai
ouvir e muito as ideias do peemedebista.
"Para ser um homem público hoje, além de muita coragem, é preciso ser uma fortaleza
interior inexpugnável."
ANTÔNIO DIOMÁRIO DE QUEIROZ, ex-reitor da UFSC e presidente da
Fapesc.
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Cláudio Loettz
ÁGUAS DE JOINVILLE QUER ABRIR CAPITAL
A Cia. Águas de Joinville, sob controle da Prefeitura, tem interesse em abrir capital –
em até 30% do total – e ampliar atuação para outros municípios da região Norte de
Santa Catarina. “Quanto antes, melhor.” Estão previstos investimentos de R$ 221,3
milhões até dezembro de 2012. Do total, 84% irão para aumento da cobertura de esgoto
e o restante, para a modernização do abastecimento de água.
Perfil
Atanásio Pereira Filho é servidor com 37 anos de carreira da Prefeitura de
Joinville. Advogado, tem 57 anos. Assumiu a presidência da Cia. Águas de
Joinville em março do ano passado. O mandato vai até fevereiro do ano que
vem. A companhia de economia mista é controlada (mais de 99%) pela
Prefeitura.
Atuação
A Águas atende a moradores que tem 130 mil ligações e 170 mil economias (há
múltiplas economias em prédios). A empresa faturou R$ 5,4 milhões, por mês, em
2005. Em 2008, o valor mensal apurado chegou a R$ 8 milhões. Agora, em 2010, soma
R$ 9,3 milhões por mês. As perdas de água representavam 64% do total produzido.
Atualmente, o índice é de 32%. Estamos melhorando. O aceitável mundialmente é de
25%.
Abrangência
A Cia. Águas de Joinville é empresa de capital fechado. Pode vender até 30% para a
iniciativa privada. Para isso acontecer, precisa crescer. E, então, poderá abranger e
prestar serviços em outros municípios da região. Poderia atender a Barra do Sul,
Araquari e Garuva. Este é um assunto que temos conversado internamente. E quanto
antes for possível, melhor.
Tarifa
A tarifa de água é decidida em abril de cada ano para vigorar em maio. O índice
aplicado é o IPCA e quem define o reajuste é a agência reguladora, a Amae. A
inadimplência é de 1,41% do total cobrado. Não dá para o povo ficar sem água. A
receita estimada para o próximo ano é de R$ 119 milhões.
Água
A adutora do Piraí começou a assentar tubos nesta semana. A adutora é antiga,
inaugurada pelo prefeito Rolf Colin. A adutora vai mudar seu traçado. A obra está
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orçada em R$ 17,7 milhões. E sua conclusão está prevista para o terceiro trimestre de
2011. Com a obra, projetamos economia anual de energia de R$ 1 milhão. Atende a
moradores do Glória, Centro, São Marcos, Nova Brasília, Floresta, Santa Catarina e
Itinga.
Meta
A meta do plano de governo Carlito é atingir 70% de cobertura de esgoto. Sabemos que
não será possível atingir este percentual. A meta é completar 52% até 2012. Em março
de 2011, fica pronto o plano municipal de saneamento contratado. A empresa contratada
é a paulista Engecorps. O plano municipal de abastecimento de água para o futuro ficará
pronto no próximo mês. Audiências públicas serão feitas.
Saneamento
Num conjunto de 20 obras de esgoto (a licitar, em andamento, e com início definido e
prazos de término de até o final de 2012), a companhia prevê investimentos de R$ 187,3
milhões. Os serviços significarão 64.655 ligações a mais a se distribuírem por 19 bairros
de Joinville. A obra mais cara – de R$ 55,5 milhões – envolve saneamento nos bairros
Costa e Silva, Santo Antônio, Bom Retiro e Zona Industrial.
Licitações
No começo, as licitações não foram realizadas. Mudamos as regras com a diminuição
das exigências de acervo técnico, e isso permite que empreiteiras da região de Joinville
disputem as concorrências. A Fortunato já atende no Espinheiros, e a Vogelsanger, nos
bairros Saguaçu e Iririú. As alterações não implicam riscos de nenhum tipo.
MUNICÍPIOS
O governo federal deve anunciar neste mês os municípios contemplados com recursos
para obras de saneamento via PAC 2 e dinheiro da Caixa. Temos projetos de R$ 65
milhões. A ampliação da estação de tratamento de esgoto do Cubatão é prioridade.
ESGOTO
Em Joinville, a cobertura de esgoto é de 16,6% da população. O que há foi feito pelo
ex-prefeito Wittich Freitag e cobre as regiões dos bairros América, Centro, Bucarein,
Anita Garibaldi, Itaum, Guanabara, Profipo e Ulysses Guimarães.
PARAÍSO
Haverá uma estação de tratamento no Jardim Paraíso. Estamos negociando com
empreiteira para a retomada as obras. Há uma discussão judicial em andamento. A
Prefeitura depositou em juízo R$ 550 mil. A questão está pendente na Justiça há dois
meses.
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PAC
Existem investimentos programados via PAC 1 já contratados. É dinheiro com
desembolso da Caixa. As obras do PAC 1 serão realizadas nos bairros Saguaçu, Morro
do Amaral e Espinheiros.
Jefferson Saavedra
O ANO DA SEPARAÇÃO
Que crise dos sete anos que nada. O ano mais comum para as separações entre casados
no papel em Joinville é entre o primeiro e o segundo ano de casados. Pelo menos é o
que indica o IBGE com base em estatísticas do registro civil. Das quase quase 500
separações registradas no ano passado na cidade, 45 foram entre o 1º e o 2º ano.
Nenhum outro período de casamento teve tantas separações. E por algum motivo que dá
para se fazer a menor ideia, tem mais gente em Joinville se separando depois de 20-25
anos de casados do que entre 15-19 de vida em comum. E os casamentos em comunhão
parcial (o que cada um tinha antes segue de cada um; o que vem depois de casados, é
dos dois) são a maioria esmagadora em Joinville – e no resto do País. Aquela de
separação total dos bens não é muito comum. Ou pelo menos não aparece nas
estatísticas de separações.
Se não houver adiamento, é na terça o julgamento de recurso do ex-prefeito Marco
Tebaldi no Tribunal de Justiça. O tucano foi condenado em primeira instância devido à
acusação do Ministério Público de não-utilização em saneamento de verbas repassadas
pela Casan (o dinheiro teria sido usado em outras ações do governo). Também houve
problemas na prestação de contas. A defesa de Tebaldi alega que o dinheiro não era
carimbado.
As promessas
Carlito Merss costuma se queixar de ser cobrado por promessas que não fez. Em um ou
outro caso, até tem razão. Só que o prefeito também não se ajuda. Na campanha
eleitoral, foi categórico em prometer novo hospital para a zona Sul, lamentar os salários
dos médicos (há quem faça confusão, comparando PSF de outra cidade com os
“normais” de Joinville, mas em Joinville PSF também ganha mais).
O novo hospital
E dizer que o problema da saúde não era dinheiro e sim gestão. Assim que assumiu,
Carlito colocou mais dinheiro na folha do São José. Portanto, ali era problema de grana.
Quanto aos salários dos médicos, nunca mais tocou no assunto. E agora passou a dizer
que prometeu “discutir” um novo hospital. Uma das promessas mais reluzentes foi
construir um. Até pode, provando por A mais B, que outra obra é mais importante do
que hospital. Mas dizer que não prometeu...
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CERCADO
Cada vez mais rodeado por prédios, o Batalhão do Exército
sobrevive na área central de Joinville. Vez por outra falam em
fazer um parque por ali, mas é só palpite, nunca foi movida uma
palha.
Tebaldi x Mariani
A relação entre Tebaldi e Mariani nunca foi uma maravilha, mas o tucano e o
peemedebista sempre evitaram rusgas. Sempre foi cada um na sua. Depois das eleições,
quem era aliado do tucano fazia “análises” apontando que a votação do outro em
Joinville não foi lá essas coisas e a turma de Mariani retrucava com outras ponderações
(teve o Dalmo, Tebaldi era o único do PSDB etc.).
Guerra dos números
Mariani fez 186,7 mil votos no Estado e 27,6 mil em Joinville. Tebaldi conquistou
100,8 mil em SC e 60,4 mil na cidade. O episódio do BNDES, em que Tebaldi disse que
deixou tudo encaminhado e o contrato ainda não foi assinado, com Mariani retrucando
que quase nada tinha em projetos e tudo teve de ser feito, os distanciou de vez. É mais
fácil Tebaldi estar de um lado e Mariani de outro em 2012 do que juntos na tríplice.
A Sociedade-Harmonia Lyra e Liselott Trinks (in memoriam) são as escolhidas de
Joinville para receber a Medalha Cruz e Sousa, concedida pelo Conselho Estadual de
Cultura. A homenagem será realizada no dia 24, em Florianópolis – outras
personalidades e entidades também vão receber a medalha. A Harmonia-Lyra tem mais
de 150 anos de atuação cultural.
Trajetória
Liselott, falecida em 1987, nasceu em Joinville e estudou na Alemanha antes de
começar a carreira artística na cidade. “Atuou na Harmonia-Lyra, dançando,
coreografando, dirigindo e dando aulas, numa trajetória de cinco décadas até fins dos
anos 70, depois dedicando-se ao ensino da ioga”, conta Edson Machado, presidente do
conselho.
A “vez” do DEM na Câmara
O pessoal do G10 ainda vai se acertar, mas nada impede um pouco de turbulência. O
vereador Alodir Cristo diz que a Câmara foi comandada pelo DEM (Darci), depois pelo
PSDB (Dalonso) e agora pelo PPS (Sandro). Portanto, agora seria a vez do DEM.
Não se sabe o que significa esse argumento da alternância – é meio que nem dizer que
como o governador será do DEM, que a presidência da Câmara também seja do DEM,
ou seja, nada com coisa nenhuma.
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Entrega dos Correios
A pedido do MPF, a Justiça Federal determinou aos Correios que provem estar
entregando correspondências em todas as regiões de Joinville. Ainda em 2002, o MPF
entrou com ação para que os Correios não se desobrigassem de entregar
correspondência em ruas não identificadas (sem placas). A Prefeitura provou que a
identificação existia e a Justiça mandou os Correios fazer a entrega em tudo quanto é
canto. Agora, o MPF quer a comprovação.
Colombo volta ao Estado neste domingo, depois de um tempinho na Espanha. Pela
internet, deve ter acompanhado o noticiário com muitas risadas depois de ler o nomes
de alguns cotados para o seu governo.
Em Londrina
Do tamanho de Joinville, a paranaense Londrina está ganhando uma espécie de bairro
só para endinheirados. É coisa de quase R$ 1 bilhão. O Complexo Marco Zero tem
edifícios residenciais, shopping, torres para escritórios, centro de convenções e hotéis.
Dá para fazer de (quase) tudo ali. As garagens serão subterrâneas. As obras no shopping
já começaram.
Na zona Oeste
Em Joinville, o que chega mais perto é aquele projeto de grupo espanhol para uma área
entre o Jativoca e Morro do Meio. Mas ainda é só plano. Teria todos os serviços, mas
não seria algo assim tão sofisticado, é algo mais para B e C. Em Londrina, complexo é
para a turma A e B.
Na página 32 de “A Notícia” de hoje, Luiz Henrique dá alguns recados. Os mais diretos
são para os donos dos imóveis próximos de onde estão previstas obras viárias. Os
recados indiretos devem ser para governantes.
Só para os grandões
A Comissão de Urbanismo da Câmara de Joinville quer mais explicações do Ippuj sobre
o projeto de estudo de impacto de vizinhança, enviado pela Prefeitura. Os vereadores
estão achando a lei muito “generosa”, isto é, só empreendimentos grandes demais
teriam de fazer os estudos.
POLÍTICA
ENTREVISTA - CARLITO MERSS, PREFEITO DE JOINVILLE
Ele cá, ela lá
Se ele foi um dos grandes derrotados no primeiro turno das eleições 2010, o resultado
do segundo turno o fez respirar mais aliviado. Carlito Merss (PT), prefeito da cidade
mais populosa do Estado, está apostando todas as fichas na parceria que terá com o
governo federal de Dilma Rousseff e tem como sonho ser lembrado como o “senhor
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saneamento”. Ele se diz satisfeito com ajuda de Lula até agora. Mas isso não foi
suficiente para melhorar a imagem de seu governo com a população.
Em entrevista de duas horas concedida para “A Notícia”, o prefeito fala de obras viárias
que dependem do empréstimo do BNDES, como o binário do Vila Nova,
prolongamento da rua Max Colin e duplicação da 15 de Novembro, cita obras de
drenagem que estão em andamento, comenta sua relação com a Câmara de Vereadores e
a expectativa para escolha da presidência da casa. Mas garante que seu maior desafio é
sanear a cidade. É tirar Joinville de um patamar de 16% de rede de coleta e tratamento
de esgoto e passar para 52% até 2012.
A meta parece ambiciosa, mas Carlito está confiante porque a presidente eleita se
comprometeu em investir pesado em saneamento básico no País. “Outro desafio é
ampliar as redes de água e esgoto, que já contam com uma previsão de R$ 35 bilhões no
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para o período entre 2011 e 2014”,
prometeu Dilma ainda em campanha.
O prefeito de Joinville pretende investir R$ 224 milhões em obras de água e esgoto.
Algumas obras estão prontas ou em andamento, como a rede de esgoto na bacia do rio
Cachoeira e a microdrenagem no Morro do Meio e no Jardim Paraíso. Na lista, estão
ainda a ampliação da estação de tratamento de água do Cubatão, construção de
reservatórios e unidades de tratamento de lodos.
Paulo Arenhart
http://www.pauloarenhart.blogspot.com/
PANORAMA
Qualidade
O Presidente da Assembléia Gelson Merísio, pretende deixar registrada sua marca de
bom administrador no parlamento catarinense. A intenção é dar um choque de gestão na
Casa do Povo organizando processos e serviços na busca da Qualidade Total no Poder
Legislativo.
Entrevista
José Augusto Fretta - Presidente Executivo do Grupo Angeloni
A Rede Angeloni é uma das empresas catarinenses de maior sucesso do estado no ramo
do comércio varejista. Hoje conta com 22 lojas: seis em Florianópolis, duas nos
municípios de Blumenau, Criciúma, Joinville, Jaraguá do Sul e Curitiba, e uma loja no
Balneário Rincão (Içara), assim como em Laguna, Tubarão, Lages, Itajaí, e em
Balneário Camboriú. A rede tem ainda 19 farmácias, seis postos de combustíveis e um
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centro de distribuição de 38 mil m2 em Porto Belo. O Administrador de Empresas e
Presidente Executivo do Grupo Angeloni, há dois anos, José Augusto Fretta, falou à
Panorama sobre o grupo
1. Como o senhor avalia os resultados da rede Angeloni em 2010?
José Augusto Fretta - Estamos tendo um ótimo 2010 , o mercado está aquecido e
existe um cenário muito positivo para o fim do ano e o verão. Estamos com todas as
lojasconso lidadas e temos uma grande expectativa para as lojas novas que estaremos
inaugurando nos próximos meses (Criciúma, Balneário Camboriu e Bigaçu).
2. Qual será o o crescimento do grupo em relação a 2009? Quais são as novas
metas para 2011?
José Augusto Fretta - A rede Angeloni está projetando um crescimento de
aproximadamente 15% neste ano em relação ao ano passado. Quanto às nossas metas
para 2011 ainda estamos definindo e ajustando.
3 – Qual serão as ações da empresa diante do incêndio no Supermercado de
Criciuma, ocorrido esta semana?
José Augusto Fretta - A decisão referente à data de reabertura da loja dependerá dos
laudos apresentados pela equipe técnica do Angeloni, o que deverá acontecer em
aproximadamente 30 dias. Para que a comunidade de Criciúma e Região não fique sem
a opção Angeloni, já foram tomadas duas decisões: antecipação da abertura da loja de
Balneário Rincão (Içara) para o próximo dia 1º de dezembro; e não serão medidos
esforços para que a abertura da loja da Avenida Centenário, hoje em construção, ocorra
ainda durante o mês dezembro.
4. Qual o segredo do sucesso para se manter no mercado e resistir às grandes redes
multinacionais?
José Augusto Fretta - A rede ao longo de seus 52 anos de existência permanece fiel a
sua política de qualidade, sempre baseando sua filosofia de trabalho na disciplina,
dedicação e comprometimento de seus colaboradores, buscando assim cumprir seu
compromisso com a clientela, proporcionando variedade, qualidade, conforto e bom
atendimento. Esse compromisso se traduz em um atendimento pessoal diferenciado e
totalmente voltado para o consumidor, sempre antevendo suas necessidades e
trabalhando para fidelizá-lo sempre mais.
Hurry
Para aqueles que gostam de novidades, o triciclo Hurry está aproveitando o Folianópolis
e fazendo o maior merchandising do produto. Usado para transportar pessoas entre os
camarotes, é mais uma diversão no evento. O Hurry é uma inovadora opção de
mobilidade nas cidades. A marca é da Luxor Comércio Internacional Ltda., grupo
empresarial com sede em Florianópolis, que oferece no mercado brasileiro mais uma
inovação do mercado mundial. O Custo do simpático triciclo é de R$ 2.699,00
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Incentivos
Representantes da Alcoa, líder mundial em produção e transformação de alumínio e
produtos semimanufaturados, com atuação em 34 países, estiveram ontem com
governador Leonel Pavan, o secretário da Fazenda, Cleverson Siewert e o secretário do
Planejamento, Vinícius Lummertz, para tratar de incentivos fiscais para a empresa, que
está expandindo sua unidade em Tubarão, com investimentos previstos de R$ 50
milhões até 2012. O secretário da Fazenda salientou que vai se empenhar para chegar a
um valor que beneficie Estado e empresa no que se refere a redução do ICMS.
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twitter @PauloArenhart
Olivete Salmória
Reação do candidato
Quanto à nota a respeito de um candidato que teria pressionado uma funcionária da
SDR durante a campanha, o mesmo está solicitando que ela autorize a divulgação de
seu nome para que ele possa cobrar a veracidade desse fato.
Sendo assim, está portanto a palavra com a pessoa que se disse ofendida. Mas, cá entre
nós... isso também pode ser considerada uma forma de intimidação.
Ele garante que esse fato narrado por ela não ocorreu!
Secretário conversou com a imprensa
O secretario da agricultura, Enori Barbieri, esteve hoje em Lages, e conversou com a
imprensa a respeito da anemia eqüina.
Observou que SC possui hoje 90 mil animais (Cavalos, burros, mulas, etc..)
A cada 60 dias é obrigatório exame. Em caso positivo o animal é sacrificado e o
proprietário ressarcido entre R$ 300,00 e R$ 500,00.
Os tradicionalistas, estão pressionando para estender este exame para cada 180 dias, ou
seja duas vezes por ano, para não atrapalhar as calvagadas e rodeios.
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Como o caso é grave, a secretaria está estudando esta situação. O secretário ressalta, que
ninguém pode ser irresponsável em liberar os exames, sem antes ter todas as
informações.
São feitos três mil exames por mês em Santa Catarina
Os animais são contaminados por picadas de insetos como mosca, mutucas,
borrachudos e mosquitos.
Os locais que registram o maior número de casos de anemia eqüina é Caçador e na costa
do Canoas.
Falta de água no interior...
Enori Barbiere observou que devido a previsão de estiagem a Cidasc, vai ceder uma
máquina para perfurar 11 poços artesianos até 200 metros de profundidade no interior.
Nove deles em Lages e outros dois em Cerro Negro
O prefeito Renatinho resolveu falar...
O prefeito Renatinho marcou para terça-feira, às 9 horas, em seu gabinete, uma coletiva
à imprensa para esclarecer últimos acontecimentos envolvendo irregularidades
constatadas na Folha de Pagamento.
Nota da assessoria
Assessor de Comunicação da prefeitura, Paulo Marques esclarece a respeito da nota
relativa ao desconto dos professores municipais do dia de paralisação:
“Com relação ao desconto dos professores, tal greve foi sim declarada ilegal, inclusive
com a notificação do presidente do sindicato. A secretaria negociou em partes e nas
escolas que ficaram sem aulas e foi possível a reposição os professores não foram
descontados. Nas escolas onde não foi possível a reposição, pois os alunos ficaram em
aulas, os professores foram descontados.”
É um descalabro, diz Matias
João Carlos Matias, chefe de Gabinete do prefeito Renatinho contestou a informação de
que três médicos estariam com vencimentos astronômicos na Secretaria da Saúde.
Diz que é uma denúncia descabida e, que os números entre consultas, valor de
vencimentos e tempo disponível não permitem que se chegue a um vencimento de R$
150 mil.
Preocupado com o desencadeamento de denúncias a partir do caso da Folha de
Pagamentos, chega a dizer que “daqui a alguns dias vou ter vergonha de sair na rua”, ou
dizer que é funcionário da prefeitura.
Também não é bem assim Matias. Por enquanto o que temos de informação é de que
houve adulteração na folha e as medidas foram tomadas.
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Acredito até que o clima dentro da prefeitura não esteja dos mais acolhedores e a
desconfiança paire no ar. Mas não acredito que a população esteja colocando todos na
mesma vala.
A prefeitura é como uma grande empresa, visto que tem mais de quatro mil
funcionários. Se consultar o professor Oswald Souza ele poderá dar o percentual exato
dos riscos de fraudes e irregularidades que podem ocorrer. Por isso é preciso ficar
sempre atento.
Quanto ao governante... veja o caso do presidente Lula! Com todos os escândalos que
ocorreram em seu governo, vai sair sem nenhum arranhão em sua biografia. Pelas
pesquisas, o governo Renatinho desfruta também de uma boa aceitação, embora não
igual a Lula.
Denúncias...
Matias diz que não houve fraude no caso citado pelo vereador Lore, do médico da Acro
pago com CPF de um ex-funcionário.
“Apenas houve um erro de digitação do CPF. A folha saiu em nome do médico”.
Quanto ao caso de João Carlos Vieira, com base nas informações divulgadas da coluna
do CL de hoje, Matias diz que:
“A produtividade é paga aos fiscais da prefeitura mas, ele (João Carlos), como chefe da
Fiscalização, cargo comissionado, não tem direito a ela”.
Pressão por cargos
O Governador Eleito, Raimundo Colombo está retornando nesse final de semana ao
estado.
Deve reassumir sua cadeira no Senado na terça-feira.
O vice Pinho Moreira , que está nos estados Unidos, também retorna até domingo.
Ele ficará por aqui, conduzindo as conversações para a composição do secretariado.
Em Brasília, Colombo continuará acompanhando as negociações, mas longe o bastante
para evitar o assedio direto dos que desejam uma boquinha no futuro governo.
É grande a pressão da base aliada por cargos no segundo e terceiro escalões. Imagina, só
aqui em Lages, quantas pessoas estão esperando por uma oportunidade!
Na campanha...
Dizem que durante a campanha um candidato do DEM chegou a ameaçar uma
funcionária da SDR que não quis trabalhar em sua campanha.
Disse que quando assumisse a pasta ela seria demitida. Tem testemunha ocupar do fato!
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Será que vai poder cumprir com o que disse! É que tem muita gente na fila esperando
uma indicação para o comando da Secretaria Regional.
As demissões no Ceav
Nem o secretário da Segurança Pública, André da Silveira sabia da medida tomada da
extinção do programa de atendimento às vítimas de violência, e das demissões no Ceav
de Lages.
Como medidas como essas são tomadas à revelia, sem o conhecimento da autoridade
maior? E ainda, o secretário derruba por terra a justificativa de que não há recursos para
continuar o programa, ao garantir que o convênio foi renovado até março do ano que
vem.
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Sinopses dos Principais Jornais do Brasil
Manchete: Gays vão às ruas para criminalizar
homofobia
Parada do Orgulho LGBT deve receber 1,3 milhão em
Copacabana
Os 15 anos da Parada do Orgulho LGBT (lésbicas,
gays, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros
e simpatizantes) no Rio são comemorados hoje com uma festa de debutantes
em plena Praia de Copacabana. O principal objetivo dos organizadores é lutar
pela criminalização da homofobia no Brasil. Este ano, quase 200 homossexuais
foram mortos no país. (Págs. 1 e Rio 9)
Magistrados e Conselho Nacional de Justiça brigam no Supremo (Págs. 1
e País 2 e 3)
Manchete: PanAmericano pagou juros de R$ 120
milhões a cliente
BC suspeita que artifício serviu para camuflar saída de
recurso; é o primeiro sinal concreto de desvio
Um cliente pessoa física recebeu mais de R$ 120
milhões de rendimento por ano em aplicação de R$ 400
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milhões no Banco PanAmericano, a taxas três vezes superiores às de
mercado, informam Leonardo Souza e Mario Cesar Carvalho.
É o primeiro indício concreto de desvio no banco do Grupo Sílvio Santos,
segundo o Banco Central.
A suspeita é que os juros tenham sido inflados para camuflar o desvio de
recursos do banco. O investidor é Adalberto Salgado, empresário de Juiz de
Fora (MG).
Ele tinha R$ 400 milhões aplicados em CDB (Certificado de Depósito
Bancário), que costuma render na faixa de 10% ao ano para pessoas físicas.
Sua remuneração, porém, era superior a 30%.
O PanAmericano deveria ter informado ao BC que uma pessoa física aplicara
um valor inusual. (Págs. 1 e B1)
Para erradicar pobreza, Brasil teria de gastar mais R$ 21,3 bi
Para acabar com a pobreza no Brasil seria necessário gastar R$ 21,3 bilhões a
mais por ano, além dos R$ 13,4 bilhões do Bolsa Família, segundo cálculos do
Centro de Políticas Sociais da FGV.
Para especialistas, a alternativa é expansão contínua do emprego no país.
O que mais pode contribuir é permitir às mulheres trabalhar, analisa Lena
Lavinas. (Págs. 1, A14 e A15)
Petrobras fecha 43 contratos com marido de diretora indicada por Dilma (Págs.
1 e A4)
Editoriais
Leia “O caso PanAmericano”, acerca dos problemas do banco; e “Lobby dos
remédios”, sobre a relação entre os médicos e a indústria farmacêutica. (Págs.
1 e A2)
Manchete: Estados vão pressionar Dilma por mais dinheiro
Lei Kandir, royalties do petróleo, reforma tributária e Fundo de Participação
serão os principais focos
A briga dos Estados e municípios por mais dinheiro atingirá níveis inéditos em
2011. Quatro temas na agenda legislativa que envolvem mudanças na
distribuição dos royalties do petróleo, reforma tributária, Lei Kandir e revisão
dos índices do Fundo de Participação. Se o governo tiver sucesso em suas
ambições, Estados e municípios mais pobres terão mais recursos para sem
que as áreas mais desenvolvidas percam. É certo, porém, que haverá mais
pressões sobre o cofre federal, para contrariedade da presidente eleita, Dilma
Rousseff, que gostaria de elevar os investimentos. O tema mais imediato é
33
articulação dos governadores por R$ 7,2 bilhões referentes à Lei Kandir, que
trouxe perdas para aos Estados ao desonerar exportações de produtos básicos
e semielaborados. Para estrategistas do governo, porém, a Lei Kandir é tema
menor na agenda de relacionamento com os Estados em 2011. O grande
trunfo é a distribuição dos royalties do petróleo, bolo estimado em R$ 50
bilhões. (Págs. 1 e Nacional A4)
Rio quer fatia da capitalização
O governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), entrou com Ação Direta de
Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal para exigir o
pagamento de participação na capitalização da Petrobrás. (Págs. 1 e Nacional
A4)
“Liquidar o Panamericano seria danoso aos bancos”
O presidente do Conselho do Fundo Garantidor de Crédito, Gabriel Jorge
Ferreira, disse não ter razão para duvidar da situação das empresas do Grupo
Sílvio Santos dadas em garantia do empréstimo para cobrir o rombo no Banco
Panamericano. Em entrevista ao Estado, ele afirmou acreditar que a solução
encontrada tenha sido a melhor, porque a liquidação “seria altamente danosa
ao sistema financeiro”. (Págs. 1 e Economia B1)
Crise no Enem abala emocional de vestibulando (Págs. 1 e Vida A27)
Alías,
Um olhar sobre a educação, a partir dos erros do Enem (Págs. 1 e Caderno 2
Domingo)
Mianmar liberta ativista e Nobel da Paz (Págs. 1 e Internacional A23)
João Ubaldo Ribeiro
A República de Itaparica
Não queremos desmerecer ninguém, mas esse negócio de independência no
grito é mole, na ilha foi que o pessoal teve de sair no braço (Págs. 1, Caderno 2
Domingo D4)
Mac Margolis
A trincheira paraguaia
Quem diria que legisladores paraguaios conseguiram frustrar o avanço do
espaçoso Chávez e se tornar o firewall da democracia continental?(Págs. 1 e
Internacional A18)
Dora Kramer
Insegurança legislativa
Pela primeira vez, uma legislatura será iniciada sem que se saiba realmente
quem são os deputados eleitos nem o tamanho de cada partido. (Págs. 1 e
Nacional A8)
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Notas & Informações
As credenciais de cada um
No torneio do Conselho de Segurança da ONU, o Brasil não é cabeça de
chave. (Págs. 1 e A3)
Manchete: Choque de ordem terá regra de ocupação, como
as UPPs
Projeto piloto será lançado na Tijuca, com guardas durante 24
horas
A política de combate à desordem na cidade vai se inspirar no
projeto de pacificação de favelas. O prefeito Eduardo Paes
anuncia para março de 2011 o início do Choque de Ordem 2,
que vai substituir ações pontuais por ocupações permanentes,
informa Selma Schmidt. Assim como as Unidades de Polícia
Pacificadora (UPPs), a prefeitura criará as Unidades de Ordem
Pública (UOPs), formadas por novos guardas municipais, que terão
treinamento especial. O projeto piloto será lançado no miolo da Tijuca, que tem
26 mil habitantes e por onde circulam até cem mil pessoas diariamente. Os
cem guardas da primeira UOP vão atuar em turnos durante 24 horas por dia.
Paes disse estar atento às queixas feitas ao Twitter do @ILE-GALEeDAI, do
Globo, e que vai se empenhar para que elas sejam resolvidas. Ele diz que não
vai permitir o "e daí". (Págs. 1, 17 e 28)
Fazendeiro ocupa 90% de reserva indígena
Fazendas de gado e de soja ocupam ilegalmente a reserva indígena dos
xavantes no Norte de Mato Grosso, levando um clima de guerra à região.
Isolados numa área correspondente a cerca de 10% da reserva delimitada pelo
governo, os índios sofrem com o desmatamento da mata nativa e doenças,
mostra reportagem de Liana Melo. Até o prefeito da cidade mais próxima, São
Félix do Araguaia, é acusado de ocupação irregular. (Págs. 1, 38 e 39)
Laboratórios tentam barrar genéricos
Na tentativa de barrar uma nova onda de genéricos, a indústria farmacêutica
usa o Judiciário para esticar artificialmente suas patentes e impedir o
lançamento de remédios mais baratos. Para o Ministério da Saúde, isso
significa um custo extra de R$ 800 milhões por ano. (Págs. 1 e 3)
Karla Maia
A juíza do Enem odeia publicidade. Deu bronca no filho quando ele levou
celular para o exame. (Págs. 1 e 13)
Sérgio Guerra
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O presidente do PSDB diz que o partido passa a impressão de ser de um
pequeno grupo. (Págs. 1 e 12)
Manchete: Fraude no Shopping Popular dá cadeia
Polícia Civil prende cinco acusados de venda ilegal de boxes
O Correio acompanhou com exclusividade a ação policial que
apertou o cerco a uma quadilha acusada de manter um
esquema para a negociação de espaços comerciais. Entre os
suspeitos está o presidente da Associação dos Vendedores
Ambulantes do Shopping Popular (Asshop), Caio Alves
Donato, preso em sua casa no Cruzeiro, e dois ex-servidores
do GDF. "Se eu vendi alguma coisa ou não, depois vocês vão
ver. Vamos aguardar os fatos", disse, assim que foi algemado.
As investigações começaram há quatro meses, após denúncia
de ambulantes. Segundo eles, o shopping era usado como um
empreendimento particular. Reportagem publicada há uma semana mostrou
que o camelódromo se tornou uma vitrine de irregularidades - boxes cedidos
pelo governo eram negociados até mesmo para empresários. Os policiais
descobriram que uma mesma pessoa possuía até 12 bancas e, para se instalar
no shopping, era obrigada a pagar de R$ 6 mil a R$ 80 mil à associação.
(Págs. 1, 27 e 29)
Depois do susto
Dilma Rousseff e Lula vistaram José Alencar, que se recupera de enfarte. De
acordo com boletim médico, quadro do vice é "estável". (Págs. 1 e 4)
Agências cobiçadas
Presidente eleita prometeu mudar aparelhamento político dos órgãos
reguladores, mas poucos acreditam. Vagas serão disputadas a tapa pela base
aliada. (Págs. 14 e 15)
Laudo mostra falhas no Hras (Páginas 32 e 33)
Manchete: Quem bancou a eleição dos deputados estaduais
Construtoras, indústria automobilística, mineradoras e
siderúrgicas, setor de combustíveis e bancos doaram R$ 15,2
milhões (25% do total arrecadado) às campanhas dos 77
parlamentares eleitos (Págs. 1, 3 , 4 e Editorial 12)
Estado de saúde de Alencar é estável
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O vice-presidente José Alencar recebeu a visita do presidente Lula e de sua
sucessora, Dilma Rousseff. Eles desembarcaram no aeroporto de Congonhas,
de volta da Coreia do Sul, e seguiram de helicóptero para o Hospital SírioLibanês, em São Paulo. Alencar se recupera de infarto e tem quadro de saúde
estável, segundo boletim médico. (Págs. 1 e 5)
Manchete: Os 10 desafios da segurança no RS
A falta de 12 mil vagas nos presídios está no topo dos problemas
para o próximo governo atacar, apontam especialistas. (Págs. 1,
4 e 5)
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