S&e o_--.g&ne_ro Taeniorhynchus .~ bcikaga, 1891, cotn a descriq6o de _ tr& ~~owisesphcies_do Taeciorhynchus (Diptera, Culicidae) c M. _PiRElRA BARRETO e J. 0. COUTINHO c Separata dos ARQUIVOS I% HIGIENE E SAtiDE P0BLlCA Publica@o da Diretoria Geral do Departamento de Satie Ano Ix - do Estado de S%o Paulo - M a i o de 194 - ’ Brasil N.O 21 Paiginas 51 a 86 I -_ 1944 EMPRESACRAFICA DA “REVISTA DOS TRIBUNAIS” LTDA. SiiO PAUL0 S8BRE 0 G&NERO TAENZORHYNCHUS ARRIBALZAGA, 1‘ 891, COM A DESCRICA;O DE TReS NOVAS ESPfiCIES DO (DIPTERA, CULICIDAE) (*) StJBG@NERO TAENIORHYNCHUS M. PEREIRA Docente-livre e de Parasitologia da Universidade Prof. J. 0. BARRETO Assistente Assistente do Departamento da Faculdade de Medicina de SBo Paula. (Diretor: Dr. S. B. Pessoa) COUTINHO do Se&co (Diretor: Dr. Arribazaga (1891) criou o genera Taeniorhynchus notipo, nele incluiu as tr& especies seguintes: National de Mario Pinoti) Malaria e, sem designar o ge- T. taeniorhynchus (Wiedmann, 1821) Arribslzaga, T. confinis Arribalzaga, 1891; T. fasciolatus Arribalzaga, 1891. 1891; Ora, de a&do corn o artigo 30, item I, letra d do Codigo International Nomenclatura Zoologica (Amaral, 1937) : (** j de “Se urn genera, sem tipo originalmente designado ou indicado, contem entre suas especies originais uma que possua corn 0 carater especifico ou subespecifico o nome generico, seja ele valid0 ou sinonimico, tal especie ou subespecie se torna ipso facto tipo do genera (Tipo por tautonimia absoluta) “. Assim sendo, T. taeniorhynchus coma 0 gendtipo de Taeniorhynchus Arribalzaga, 1891 deve ser considerado Arribalzaga, 1891. Cumpre assinalar que Arribalzaga (1891) r&o so julgou ser a especie que denominou T. taeniorhynchus identica a Cz&lex taeniorhynchus Wiedmann, dessa especie Culex titillauls Waker, 1821, coma ainda considerou sinhimo 1848 e Culex sollicitans Walker, 1856. Assim, de acordo corn Arribalzaga Cl891>, teriamos: Taeniorhynchus taeniorhynchus (Wiedmann; 1821.) Arribalzaga, CuZex taeniorhynchus Wiedmann, 1821. CuZex titillans Walker, 1848. Culex soZZicitans Walker, 1856. 1891. Sin.: Ora, Theobald (1901), concluiu que a especie que Arribalzaga (1891) teve ein maos n%o poderia ser Culex taeniorhynchus Wiedmann, 1821 (especie de Aedes hoje colocada no subgenero Ochlerotatus -4rribalzaga, 1891, corn a denominacyao %Aeides (OchZerotatuv) taeniorhynchus (‘\Vi.edmann, 1891) Johnson, (*) Tropical (**) Trabalho apresentado da Aseocia@o Paulista No presente trabalho na SessPo de 4 de de Medicina. nHo foi respeitada < outubro a de ortografia 1943 da original SecqHo de dos autores Higiene citados. e Medicina 1908, Dyar, 1916), mas deveria ser realmente CuZex titiZZans Walker, 1848, que Arribalzaga (1891) cita, erroneamente, coma sin8nimo de CuEex taeniorhynchus Wiedmann, 1821. Demais, Theobald (1901) prop& T. jasciolatus Arribalzaga, 1891 para genotipo de Taeniorhynchus, provavelmente baseado no artigo 30, item II, letra g do Codigo International de Nomenclatura Zoologica, que diz ( Amaral, 1937) : “Se urn autor, ao publicar urn genera corn mais de .uma especie vslida, deixa de designar ou de indicar o tipo, este pode ser escolhido por qualquer autor subseqtiente e tal designa@ nao est& sujeita a mudanca (Tipo por designaC%osubseqiiente) “. 1848 Ainda, verificando Theobald (1901) que o CuZex titiZZans Walker, (= T. taeniorhynchm Arribalzazga, 1891, Theobald, 1901) apresenta caracteres que permitem a sua inclusao em urn genera diferente, criou o genera Panoplites, ficando, assim, esta especie coma genotipo de Panoplites, corn a designa@o: Panoplites titillans (Walker, 1848) Theobald, 1901. Blanchard (1901), verificando que o nome PanopZites se achava preocupado por urn genera de aves (Panoptites Gould, 1853), criou o nome Mansonia para substitui-lo. Corns assinalam Petrocchi (1925) e Costa Lima (1930)) n%o se compreende porque Theobald (1901), que estabeleceu a identidade de T. taeniorhynchus Arribalzaga, 1891 corn CuZex titillans Walker, 1848, tenha criado para esta espetie o genera PanopZites, mantendo o genera Taeniorhynchus Arribalzaga, 1891 para T. jasciolatus Arribalzaga, 1891, quando, por tautonimia, deveria ter mantido o genera Taeniorhynchus Arribalzaga, 1891 para o CuZex titillans Walker, 1848 (= T. taeniorhynchus Arribalzaga, 1891), de acordo corn o que estabelece o artigo 30, item I, letra d, do Codigo International de Nomenclatura Zooldgica. Howard, Dyar e Knab (1915) acham que a quest%0 da identificacao foi erradamente levantada e que o genotipo de Taeniorhynchus Arribalzaga; 1891 deve ser fixado, por tautonimia, em Culex taeniorhynchus Arribalzaga, 1891 (I CuZex taeniorhynchus Wiedmann, 1821)) especie hoje colocada no subgenero OchZerotatus do genera Aedes, coma dissemos. Sendo T. taeniorhynchus Arribalzaga, 1891 sinonimo de Culex taeniorhynchus Wiedmann, 1891, teriamos, Segundo Howard, Dyar e Knab (1915): Aedes (OchZerotatus) taeniorhynchus (Wiedmann, 1821) Johnson, 1908, Sin.: CuZex taeniorhynchus Wiedmann, 1821; Taeniorhynchus taeniorhynchus Arribalzaga, 1891. Assim, Taeniorhynchus Arribalzaga, 1891 seria sinonimo de Aedes Meigen, 1818. Mas, ja dissemos, Theobald (1901) concluira que T. taeniorhynchus Arribalzaga, 1891 nao poderia ser sinonimo de C. taeniorhynchus Wiedmann, 1821. Revendo OS tipos de Arribalzaga, Brethes (1916) conclui: “Desde varies aiios, esta especie (Taeniorhynchus taeniorhymhus AMbciZxagq 1891) de Lynch ha sido puesta en sinonimia de CuZex titillans Wlk. En este case tambien creo me autorizado a retirarla de la sinonimia y reconocerla coma bona species. La strutura de sus organos masculines, y especialmente de la pinza terminal, permiten reconocer claramente que se trata de una especie diferente de T. titillans Wk.". , EXPOSIC0ES E ESTUDOS De acordo corn Brethes (1916), a especie de Arribalzaga lida corn a denominacao: 55 (1891) seria va- Taeniorhynchus taeniorhynchus Arribalzaga, 1891 (net Culex: taeniorhynthus Wiedmann, 1821; net Culex titillans Walker, 1848). Em 1929, Costa Lima descreveu, pela primeira vez, o macho de Taeniorhynthus pseudotitillans (Theobald, 1901) ( = Panoplites pseudotitillans Theobald, 1901). Posteriormente (Costa Lima, 1930), comparando o seu material corn as fotografias do trabalho de BrPthes (1916), concluiu que o material de Arribalzaga, revisto por Brethes (1916), era realmente de P. p’seudotitillans (Theobald, 1901). Vejamos corn0 se expressa Costa Lima (1930) : “Sabendo-se que pseudotitillans 6 uma especie que dificilmente se distingue de titillans, 6 natural que F. Lynch Arribalzaga tenha suposto tratar-se desta dltima especie, quando na realidade ele teve em maos uma nova especie, conforme se depreende do trabalho de Brethes”. “Em conseqiiencia da verificacao de Brethes completada pela que fiz na nota ha pouco citada (refere-se ao seu trabalho de 1929), a quest%0 muda inteiramente de aspecto, 0 nome faeniorhynchus F. Lch. A. deve ser considerado valido, por ter prioridade sobre pseudotitillans Theob., ficando a especie estudada e bem descrita por F. Lch. Arribalzazga corn as seguintes notacdes: Taeniorhynchus taeniorhynchus F. Lch. A., 1891 (net Culex taeniorhnchus Wied., 1821; net Culex titillans Walk., 1848; net. Culex sollicitans Walk., 1856) = Panoplites pseudotitillans Theob., 1901; = _$fansonia pseudot$tillans (Theob., 1901) Blanch, .1905”. Costa Lima (1931), examinando o material de Taeniorhynchus estudado por Arribalzaga (1891) e por BrPthes (1916) e, entao conservado no Museu Nacional de Historia Natural Bernardino Rivadavia, verificou que OS exemplares estudados por BrPthes (1916) pertenciam a especie titillans e n%o a pseudotitillans ou melhor taeniorhynchus, coma pensara este autor. Assim se expressa Costa Lima (1931) : “Agora, porem, depois de ter examinado a preparacao de Br& thes, observado cuidadosamente a terminalia que nela se encontra . . . posso dizer corn seguranca que a mesma e da especie titillans e nao de pseudotitillans ou melhor, de taeniorhynchus”. Outros dois exemplares, alias em mau estado de conserva@o, s%o, Segundo Costa Lima (1931)) de T. taeniorhynchus Arribalzaga, 1891 (= Panoplites pseudotitillans Theobald, 1901). No referido material havia ainda urn outro exemplar que, Segundo Costa Lima (1931) e de T. titillans (Walker, 1848). Conclui Costa Lima (1931) que: “Tendo em vista as consideracdes expendidas no meu artigo anterior sobre a revalidaqao do genera Taeniorhynchus (refere& ao trabalho de 1930) e OS dados apresentados nesta nota, permanecem, pois, o genera Taeniorhynchus e o subgenero Taeniorhynchus, corn as seguintes especies: 1. Taeniorhynchus titillans (Walker, 1848). Taeniorhynchus taeniorhynchus BrPthes, 1916, net. F. Lynch A., 1891. 2. Taeniorhynchus taeniorhynchus F. Lch. Arrib., 1891. = Mansonia pseudotitillans (Theob., 1891) Blanch, 1905”. 56 ARQUIVOS DE HIGIENE E SA0DE PfTBLICA Costa Lima (1935), voltando a estudar o genera Taeniorhynchus ArribGlzaga, 1891, reviu o material tipico de Taeniorhynchus taeniorhynchus de Arribalzaga e verificou que OS exemplares que anteriormente (Costa Lima, 1930, 1931) havia considerado coma Taeniorhynchus taeniorhynchw Arribalzaga, 1891 (= Panoplites pseudotitillans Theobald, 1901; = Mansonia pseudotitillans (Theobald, 1901) Blanchard, 1905) eram, na realidade, T. titillans (Walker, 1848) e que OS exemplares estudados por Brethes (1916) e considerados por $ste coma T. taeniorhynchus Arribalzaga, 1891, Brethes, 1916, e tambem considerados por $le, Costa Lima (1931)) coma T. titillans Brethes, 1916, net. Arribslzaga, 1891, eram, na realidade, exemplares de T. indubitans (Dyar e Shannon, 1925) (= Mansonia indubitans Dyar e Shannon, 1925). Assim se expressa Costa Lima (1935) : “OS especimenes tipicos de Taeniorhynchus s%o identicos a titillans Walker e nso a pseudotitillans Theobald, coma erradamente considerei em trabalho de 1931 . . . 0s exemplares menores e mais escuros da cole@io do Museu National de Buenos Aires, determinados por Brethes, ora coma T. taeniorhynchus F. Lch. Arrib., ora coma T. titilZans (Walk.) me parecem ser da especie indubitans (Dyar e Shannon) “. Por outro lado, Edwards (1931)) procurando solucionar t%o intrincado probiema de nomenclatura, prop% a substitui@o do nome Ta.eni0rhynchu.s Arribalzaga, 1891 por Mansonia Blanchard, 1901 por julgar que 0 primeiro est& preocupado por Taeniarhynchus Weinland, 1858. Ora, as “RecomendaCbes” do artigo 36 do Cddigo International de Nomenclatura Zooldgica preceituam que (Amaral, 1937) : “E’ conveniente evitar a introdu@io de novos nomes genericos que difiram de nomes genericos ja em uso, pela terminac%o ou por uma pequena varia@o na ortografia que possa determinar confus_so. Todavia, uma vez introduzidos, tais nomes n%o devem ser rejeitados por essa raz%o. Exemplos: Picus, Pica; Polyodus, Polyodon, Polyodonte, Polyodontas, Polyodontus; Macrodon, Microdon”. Conseqtientemente, Taeniorhynchus Arribslzaga, 1891 n%o deve ser rejeitada em virtude da exist$ncia de Taeniarhynchus Weinland, 1858. Alias, foi precisamente baseada nestas “RecomendaCbes” do artigo 36 do Codigo, que a Comissao International de Nomenclatura Zoologica, arguida sobre a rejei@io de Damesella Walcott, 1905, coma preocupado por Damesiella Tornquist, 1898 (1899?), opinou pela n%o rejeiC%o (opiniao no 25). Do que acabamos de expor, podemos concluir que: 1) Taeniorhynchus taeniorhynchus -4rribGlzaga, 1891 nao e absolutamente sinonimo de Aedes (Ochlerotatus) taeniorhynchus (Wiedmann, 1821) Johnson, 1908, Dyar, 1916 (= Culex taeniorhynchus Wiedmann, 1821) 2) Por isso o genera Taeniorhynchus Arribalzaga, 1891 e v8lido, n%o podendo ser incluido na sinonimia de Aedes Meigen, 1818. 3) 0 nome Taeniorhynchus Arribalzaga, 1891 nao se acha preocupado por Taeniarhynchus Weinland, 1858. 4) Taeniorhynchus taeniorhynchus ArribBlzaga, 1891 e sinonimo de T. ti_ tillans (Walker, 1848) Dyar, 1905. 5) A especie tipo do genera, de a&do corn o artigo 30, item I, ietra d do Codigo- International de Nomenclatura Zoologica e T. titillans (Walker, 1848), que tera a seguinte nota@o: EXPOSICsES E ESTUDOS 57 Taeniorhynchus titillans (Walker, 1848) Dyar, 1905. Sin.: Culex titillans Walker, 1848. Taeniorhynchus taeniorhynchus Arribalzaga, 1891, net. T. taeniorhynchus BrPthes, 1916; net. T. taeniorhynchus Costa Lima, 1930; net. T. taeniorhynchus Costa Lima, 1931. Culex taeniorhynchus Giles, 1900 (part. net. Wiedmann, 1821). Panoplites titillans TheoEald, 1901. Mansonia titillans Neveu-Lemaire, 1902. * Baseia-se o presente trabalho * * no exame de material das colecdes do Depar- tamento de Parasitologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Sao Paulo, bem coma de material que, gentilmente, foi posto a nossa disposicao pelo Dr. Fred Soper, da Funda@o Rockefeller, pelo Snr. John Lane, do Instituto de Higiene d? Sao Paulo e pelo Prof. Dr. Costa Lima, do Instituto A todos consignamos aqui OS nossos melhores agradecimentos. Osvaldo Cruz. Pudemos, assim, descrever tres novas especies do subgenero .TaeniorhynJulgamos, porem, oportuno, antes de dar a thus do genera Taeniorhynchus. descricao dessas especies, fixar bem OS caracteres das especies neotropicais d&se subgitnero ja conhecidas e redescreve-las, de vez que ha na literatura Corn isso, procuramos facilitar futuras investiga@es. certa confusao a respeito. T. (T.) TITILLANS (WALKER, 1848) Esta especie foi descrita por Walker (1848) de material colhido no Brasil, Howard, Dyar e Knab (1912) estudaram a terminalia do macho, mas, na figura Bonne e Bonne-Wepster que apresentam, poucos detalhes podem ser vistos. (1935), alem de apresentarem urn born desenho da terminalia do macho, d%o uma razoavel descri@o da especie. Cabeqa - Clipio glabro, mais ou menos arredondado, grande e de c8r casPalpos medindo pouco mais de urn t&o do comprimento da tanho-escura. proboscida, sendo o terceiro segment0 palpal cerca de 2,5 vezes mais longo que Segundo; sao revestidos de escamas negras, semi-erectas, havendo entre elas algumas escamas esbranquicadas, irregularmente distribuidas. Proboscida longa, forte, revestida de escamas quase negras; na metade basal notam-se numerosas escamas esbranquicadas que d%o a prob6scida uma car mais Clara, escamas estas que sao mais abundantes na uniao do t&Co media distal, onde formam urn anal distinto. Antenas filiformes, mais curtas que a prob&cida, castanho-escuras e corn as articula@es mais claras. Occiput corn tegumento caso tanho-escuro e revestido de escamas recumbentes esbranquicadas e estreitas, numerosas escamas negras, delgadas, erectas e de spice bifido e algumas cerdas finas, longas e de c8r preta. T&ax - Mesonoto castanho-escuro, revestido de escamas castanho-escuras, pequenas, misturadas corn escamas amareladas, maiores, sendo estas mais nu- 58 ARQUIVOS DE HIGIENE E SAODE P0BLICA merosas na parte porterior do mesonoto; algumas cerdas castanho-escuras esparsas, mais abundantes nas proximidades da base das asas. Escutelo castanho-eseuro, corn escamas amareladas, mais abundantes no lobo mediano onde formam uma mancha Clara; cerdas finas, longas e de c8r castanha formando urn tufo de cada lado. Metanoto glabro e de c6r castanha, corn uma faixa mediana mais Clara. Pleuras e coxas castanhas, corn manchas de pequenas escamas de c6r branco-suja. Colora@o geral castanha. Comprimento media 5 mm. Nervuras Asas recobertas de escamas castanho-escuras misturadas corn escamas esbranquicadas, sendo, tanto as escamas escuras coma as claras, de dois tipos: umas ovais, largas, mais numerosas na por@o basal e na parte central da asa e outras lanceoladas, delgadas, mais numerosas na periferia. Franja de c6r acinzentada formada por escamas delgadas, longas e curvas. Patas Primeiro par corn OS femures e as tibias recobertos de escamas eastanho-escuras, misturadas corn escamas brancas; estas sao mais numerosas na face interna dos segmentos em quest%0 dando-lhe uma c8r esbranquicada; primeiro segment0 tarsal de car castanho-Clara corn uma pequena mancha branca basal; Segundo, terceiro e quart0 segmentos negros corn nitida mancha branca, basal, na face antero-externa; quint0 segment0 todo negro. Par media corn OS mesmos caracteres do par anterior, mas ligeiramente mais claros e corn as manchas brancas mais acentuadas. Par posterior corn OS caracteres dos pares anteriores, mas corn manchas brancas basais dos tarsos mais nitidas e corn o quint0 tarso tambern dotado de mancha branca. Abd6men Face dorsal dos segmentos revestida de escamas castanho-escuras, misturadas corn algumas escamas esbranquicadas, que s%o mais numerosas no primeiro tergito. Face lateral revestida de escamas castanho-escuras e amarelas, havendo ainda no bordo posterior de cada segment0 algumas escamas brancas. Face ventral revestida por mistura de escamas castanho-escuras, amarelas e brancas. Macho: Corn OS mesmos caracteres gerais da f&mea. mas urn pouco menor (asa corn 4,7 mas de comprimento) e corn coloracao castanha urn pouco mais Clara. Palpos mais longos que a probdscida, revestidos de escam,as castanho-escuras misturadas corn raras escamas esbranquicadas; estas escamas esbranquicadas @o mais numerosas na base do primeiro, Segundo e terceiro segmentos onde formam urn pequeno anel. Antenas plumosas, castanho-claras. Termina’lia (Prancha I). PeCa lateral (Fig. 2) longa, mais larga na base que no spice e corn o comprimento urn pouco menos de tr& vezes a largura; na face externa da por@o basal ha urn tufo de cerdas muito longas e delgadas e no Spice ha algumas cerdas menores, sem, todavia, formar urn tufo. PinGa (Fig. 1) curta, larga na base e afilando-se progressivamente para o spice que 4 recurvado para dentro e para baixo e termina em urn espinho gross0 e curto; o bordo externo continua sem limite nitido corn o bordo postero-externo; da cavidade formada pelo bordo interno destaca-se um ap$ndice pequeno, dirigido para dentro e para baixo. Pinceta (Fig. 2) ultrapassando pouco o limite entre o t&o media e o t&Co distal da peca lateral, ligeiramente dilatada na extremidade distal e dotada de urn espinho curto e grosso. Nono tergito (Fig. 4) pouco desenvolvido, membranoso, revestido de cerdas rudimentares e corn o EXPOSIQ?ES E ESTUDOS 59 bordo posterior chanfrado na parte media. Lobo anal (Fig. 5) subtriangular corn paraproctos bem esclerotizados e corn estrangulamento na parte media. Mesdsoma (Fig. 3) pequeno, estreito e bem quitinizado na base e dilatado na metade distal que e mais ou menos arredondada. Procedhcia do material: S%OJose dos Campos (Estado de S%o Paula), Sao Paulo (Estado de S%o Paula) , Puerto Suarez (Bolivia). T. (T.) PSEUDOTITILLANS (THEOBALD, 1901) A femea desta especie foi descrita por Theobald (1901), baseado em material proveniente do Baixo Amazonas. 0 macho foi estudado por Costa Lima (1929) que descreveu OS seus principais caracteres e apresentou uma microfotografia e urn desenho esquematico da terminalia. Baseia-se o estudo de Costa Lima (1929) em urn exemplar colecionado em Jacarepagua, Rio de Janeiro. Shannon (1934)) trabalhando corn material capturado no Vale do Amazonas, confirma as verificacbes de Costa Lima (1929). Cabeca - Clipio glabro, bem desenvolvido e quase t%o largo quanto longo. Pa!pos relativamente longos, atingindo mais de urn t&-co da probocida; o ter- ceiro segment0 tern, aproximadamente, uma vez e meia o comprimento do segun&; mostram-se revestidos de escamas quase negras, tendo de permeio numerosas escamas esbranquicadas. Proboscida longa e reta; apresenta o quart0 basal e o t&co distal revestidos de escamas quase negras e o t&co media recoberto de escamas branco- amareladas que formam urn largo anel sem limites nftidos. Antenas longas, mais longas que a probdscida; tern car castanho-escura e mostram an&s de escamas claras ao nivel das articulacoes dos segmentos. #Occiput corn o tegumento de c8r castanho-escura e revestido de pequenas escamas brancas, misturadas corn algumas escamas eretas negras, espatuladas e de spice bifido e corn algumas cerdas finas e longas, tambem eretas e negras. Mesonoto corn o tegumento de car castanho-escura, corn duas T&ax faixas longitudinais submedianas urn pouco mais claras; salvo ao nivel destas faixas, que s%o glabras, todo o resto do mesonoto e revestido de escamas castanho escuras esparsas misturadas corn algumas escamas amarelas; entre as escamas, notam-se numerosas cerdas castanho-escuras, finas e longas; na regiao situada anterior e internamente a raiz das asas, nota-se urn grupo de numerosas cerdas eretas ,espatuladas e de c8r negra, formando urn pequeno tufo. Escutelo corn numerosas escamas esbranquicadas e cerdas castanho-escuras longas, formando urn tufo em cada lobo. Metanoto glabro e de car castanhoescura, corn duas manchas longitudinais submedianas mais claras. Asas - Tern, em media, 6 mm de comprimento e apresenta coloracao geral castanho-escura. Sao revestidas de escamas castanho-escuras misturadas corn escamas amareladas, menos numerosas, todas elas de forma oval e muito largas, quase tao largas quanto longas. Franja formada por escamas de car castanha, longas e delgadas, entremeadas corn escamas da mesma car, porem mais curtas. 60 ARQUIVOS DE HIGIENE E SAtiDE P6BLTCA Par Patas - Patas castanho-escuras, sarapintadas de escamas amareladas. anterior corn OS femures e tibias revestidas de escamas castanho-escuras entremeadas corn algumas escamas amareladas, que e%o mais numerosas na face interna; primeiro segment0 tarsal, de c6r castanha mais Clara; Segundo e terceiro segmentos quase negros corn uma pequena mancha de escamas brancas na face &tero-externa da porcgo basal; quart0 e quint0 segmentos inteiramente castanhos. Par media corn caracteres semelhantes aos do par anterior, mas corn manchas basais no Segundo, terceiro e quart0 segmentos tarsais. Par posterior apresentando f@mures e tibias coma nos outros pares de patas, e todos OS segmentos tarsais corn mancha branca basal, mancha esta que 6 muito pequena no primeiro segment0 e bem evidente nos outros, nunca, porkm, formando urn anel complete. Ahd6men - Face dorsal de c8r castonho-escura, corn manchas de escamas amarelas; nos segmentos I a V, estas manchas tern a forma de urn tri%ngulo corn a base voltada para o rebordo posterior dos tergitos e o spice avancando algm da parte mbdia dos segmentos; nos outros segmentos as Rferidas manchas formam uma faixa transversal. Faces laterais e ventral corn misturas .de escamas esbranquicadas e castanho-escuras, sendo as escamas claras mais numerosas nos tiltimos segmentos. Macho: E’ urn pouco menor que a femea, medindo as asas 5 mm de comprimento, em media. Demais, apresenta colora@o geral mais Clara, embora a marcac2o seja, em ess@ncia, a mesma. As seguintes diferencas podem ser mencionadas: palpos mais llongos que a probhscida; moctram-se revestidos de escamas quase ncgras, tendo algumas escamas esbranquicadas de permeio; estas escamas chegam a formar urn anel branco na base do primeiro e Segundo segmentos e uma’ pequena mancha na base do terceiro. Antenas de c6r castanho-Clara e densamente plumosas. Probkida semelhante 2 da f&mea, mas sem anel branco mediano nitido. AbdGmen, corn as manchas brancas mais nitidas que na f&lea e OS tri2ngulos de escamas brancas observados ate no sexto scgmento. Termincilia - (Prancha II. PeGas laterais (Fig.6) longas e estreitas, medindo o comprimento c&ca de tr@z vezes a largura; apresentam urn forte t‘ufo de cerdas iongas e delgadas na face externa da por$io basal rz urn grupo de cerdas menores e mais delicadas na por@o apical. Pincas (Fig. 7) muito largas, subtriangulares no t&-Co basal; afilam-se em seguida, e se curvam, para baixo e para dentro no t&co media para se alargar depois no t&Co distal, formando urn rebordo pbstero-externo, que termina posteriormente por urn espinho gross0 e curto e que forma urn Gngulo agudo corn bordo externo. Da face ventraldirigida interna do t&-Co mbdio da pin@ destaca-se uma saliencia obliqua Pincetas (Fig. 6) longas, quase atingindo o &pice para tr& e para dentro. das peGas laterais; s%o ligeiramente dilatadas no spice onde apresentam. urn espinho forte, gross0 e curto. Nono tergito (Fig. 10) pouco desenvolvido, membranoso e revestido de cerdas rudimentares; apresenta, na parte media, Lobo anal (Fig. 8) corn forma mais ou menos urn entalhe no bordo posterior. triangular, coma paraproctos bem esclerotizados, e apresentando, na parte meMes6soma (Fig. 9) corn a base esdia, urn estrangulamento bem acentuado. treita e, bem esclerotizada; alargando-se rapidamente para o Apice, de modo que, em conjunto, tern forma mais ou menos arredondada. Y EXPOSIC0ES Procedhcia E ESTUDOS 61 do material: Avanhandava (Estado de S. Paula), Sao Jose dos Campos (Estado de S. Paulo) , Mogi das Cruzes (Estado de S. Paulo), Tingua, Rio de Janeiro (D. F.), Sao Paulo (Estado de Sao Paulo), Santarem, (Estado do Amazonas). T. (T.) AMA.ZONENSIS (THEOBALD, 1901) Esta especie foi descrita por Theobald (1901)) de material proveniente de Alenquer, Amazonas. A terminalia do macho foi pela primeira vez estudada por Bonne e Bonne-Wepster (1925) que assinalaram as principais diferencas entre esta especie e T. (T.) humeralis. Costa Lima (1929) descreve a terminslia de T. (T.) amaxonesis c? dela da uma micofotografia relativamente boa. Baseou-se Costa Lima (1929) em material capturado em Santarem, Estado do Amazonas. a Femea Cabeca - Clipio pequeno, quase t%o largo quanto longo, glabro e de car castanhoescura. Palpos medindo cerca de urn t&co do comprimento da proboscida, revestido de escamas quase negras, corn algumas escamas brancas misturadas as negras. Proboscida longa, forte e revestida de escamas quase negras, entre as quais se notam escamas brancas que, na uni%o do t&o media corn o t&o distal formam urn anel branco mais ou menos nitido. Antenas mais curtas que a proboscida, castanho-escuras, corn anel de escamas claras ao nivel das articula@es dos segmentos. Occiput corn tegumento castanho-escuro, revestido de numerosas escamas brancas, estreitas e recumbentes, misturadas corn escamas negras, espatuladas, eretas e de extremidade bifida e cerdas ncgras, finas e longas. To’rax Mesonoto de c6r castanha densamente revestido nos seus dois tercos anteriores de escamas douradas, fato este muito carateristico da esp&e; no t&o posterior ha escamas de c8r castanho-escura misturadas corn algumas escamas amarelas; cerdas finas e esparsamente implantadas s%o observadas no mesonoto. Escutelo corn numerosas escamas esbranquicadas e uma fila de cerdas castanhas longas e finas e cada lobo. Metanoto glabro, de c6r castanho-Clara, corn uma faixa longitudinal mediana de car castanho-escura. Pleuras castanhas, corn algumas escamas brancas. Medem em media, 4 mm de comprimento e tern coloracao geral Asas castanho-escura. Nervuras revestidas de escamas lanceoladas castanho-escuras irregularmente misturadas corn escamas da mesma forma e de c6r esbranquiCada. Franja formada de escamas castanho-claras delgadas, umas longas e outras curtas. Patas - Par anterior corn OS femures e tibias revestidos de escamas castanho-escuras misturadas corn escamas esbranquicadas que sao pouco numerosa na face antero-externa e mais abundantes na face interna, onde dao aos segmentos uma c8r mais Clara; primeiro segment0 tarsal castanho-escuro corn pequena mancha branca basal; Segundo, terceiro e quart0 segmentos castanho, corn mancha branca basal hem nitida; quint0 segment0 todo escuro Par media corn OS femures e tibias apresentando OS caracteres dos do par anterior; todos OS tarsos corn mancha branca basal, mancha esta que 6 muito pequena no primeiro segment0 e que no quart0 e quint0 segmentos atingem quasi 50% do articulo. Par posterior corn OS caracteres do par media, mas corn a mancha branca basal dos segmentos tarsais mais evidentes. 62 ARQUIVOS DE HIGIENE E SA0DE PfrBLICA AdGmen Face dorsal corn uma grande mancha de escamas hrancas no primeiro tergito sendo OS demais tergitos revestidos de escamas c6r de cobre e castanho-escuras e corn algumas escamas amarelas nos angulos postero-laterais, escamas estas que sao mais abundantes no setimo segmento. Faces laterais corn escamas castanhas e numerosas escamas douradas e brancas no bordo posterior dos tergitos. Face ventral revestida de escamas castanhas misturadas corn escamas amarelas e brancas muito numerosas. Macho: Apresenta OS caracteres gerais da femea, sendo, porem, urn pouco mais claro e menor (comprimento da asa 3,7 mm). OS principais caracteres distintivos das femeas sao: palpos mais longos que a proboscida, revestidos de escamas semi-erectas de car castanho-escura, corn anel branco nitido na base do primeiro e Segundo segmentos e pequena mancha basal na face dorsal do terceiro e quart0 segmentos; antenas plumosas mais curtas que a proboscida e de c8r castanha mais ou menos uniforme. Termindlia (Prancha III). Peca lateral (Fig.11) tendo o comprimento de c&ca de tres vezes a largura, mais delgada na parte media que nas extremidades e curva, corn a concavidade voltada para baixo; na porcao basal da face inferior ha urn tufo de cerdas finas e longas, quase tao longas quanto a peca lateral; a parte apical apresenta urn lobo subdividido em dois lobules:: urn ventral, trazendo uma fileira de cerdas delgadas e de comprimento media, e urn dorsal, mostrando urn tufo mais ou menos compact0 de cerdas longas das quais algumas s%o delgadas e outras espatuladas. Pinca (Fig. 12) fortemente dilatada na base, dividindo-se, em seguida, em duas porcoes: uma dorsal, mais ou menos cilindrica, curva para baixo, levemente bifida no spice que e bem esclerotizado e sem espinho terminal; outra ventral,, delgada na base e dilatada no dpice. Pinceta (Fig. 11) longa, recurvada para baixo e para fora e terminada por uma dilatacao arredondada, f‘ortemente esclerotizada e corn urn espinho subterminal gross0 e curto. Nono tergito (Fig. 15) pouco desenvollvido, membranoso, recoberto de cerdas rudimentares e corn uma chanfrada no bordo posterior. Lobo anal (Fig. 13) subtriangular, corn paraproctos bem esclerotizados e tendo urn estrangulamento na parte media. Mesosoma (Fig. 14) pequeno nao atingindo a metade do lobo anal, pouco esclerotizado, estreitado na base e dilatado na metade apical que e mais ou menos arredondada. Proae,dC?ncia do material: Loreto (Peru), Belterra (Estado do Par%), Manaus (Estado do Amazonas), Salobra (Estado de Mato Grosso), Santarem (Estado do Amazonas), Maracapurb (Estado do Amazonas), Belem (Estado do Para), Tucavacel (Bolivia). T. (T.) FLAVEOLUS (COQUILLETT, 1906) Esta especie foi descrita por Coquillett (1906) de urn exemplar macho coletado em St. Thomas, Antilhas. Howard, Dyar e Knab (1912) apresentam figuras das terminalias de T. (T.) titillaw e T. (T.) flaveolus, nas quais OS caracteres diferentes sao preckiamente indicados. Posteriormente, Dyar . EXPOSICGES E ESTUDOS 63 (1918)) reexaminando a terminalia de T. (T.) flaveolus, chegou a conclusao de que esta especie era sinbnima de 2’. (T.) titillans. Bonne e Bonne-Wepster (1925) acham que ela e uma simples variedade amarelada de T. (T.) titillans. Dyar (1928) afirmou que ela nada mais e do que uma forma aberrante de T. (T.) titillans. Shannon (1934)) baseado nos caracteres do adult0 e da terminalia do macho de copioso material coletado no vale do Amazonas, revalidou T. (T.) flaveolus. Stone (in Costa Lima 1935) julga que o material de Shannon (1934) e identico ao material tfpico conservado no U. S. National Museum e envia a Costa Lima (1935) uma microfotografia da terminalia do tipo de T. (T.) flawohs que e publicada por &te autor. Pudemos examinar urn exemplar macho que nos foi cedido para estudo pelo Prof. Dr. Costa Lima, bem coma material colecionado em Maw%, Estado do Amazonas, existente na Cole&o do nosso Departamento, e verificar as diferencas entre T. (T.) fZaveoZu.s e T. (T.) titillans assinalada por Shannon (1934) e Costa Lima (1935). FBmea: Apresenta colora@io geral amarelada, lembrando, a primeira vista, o coma assinala Costa Lima (1935). Tern tamanho media, Aedes (0.) fulvus, CabeCa Clipio de car castanho-Clara, pequeno, subtriangular e glabro. Palpos relativamente longos, ultrapassando urn pouco o meio da proboscida, revestido de escamas semi-erectas amarelas misturadas corn algumas escamas castanhas. Probdscida relativamente longa, tendo a metade basal revestida por escamas de car castanha e a metade distal recoberta por escamas amarelas, corn raras escamas castanhas entre elas. Antenas longas, aproximadamen& do c’omprimento da proboscida e de car castanho-Clara. Occiput corn tegumento castanho-claro, revestido de escamas amareladas, recumbentes e finas, escamas amareladas erectas e de extremidade bifica e cerdas finas, erectas e de car castanho-Clara. T&ax Mesonoto corn o tegumento castanho-claro, revestido de escamas douradas, mais numerosas nos angulos antero-laterais do mesonoto; algumas cerdas de car castanho-Clara sao vistas no mesonoto. Escutelo corn algumas escamas amarelas, mais numerosas no lobo mediano e uma fileira de cerdas finas e de car castanho-Clara em cada lobo. Mekanotq glabro e de car cask tanho-Clara, corn duas manchas castanho-escura de cada lado. Pleuras claras corn algumas escamas amarelas. Asas - Medindo, em media, 5 mm de comprimento e corn colora@io geral castanho-Clara. Nervuras claras recobertas de escamas castanho-escuras e amarelas misturadas, todas elas delgadas, alongadas e de Spice arredondado. F’ranja da asa Clara, formada por escamas finas longas e curtas. Patas - Par. anterior corn OS femures bem mais grosses que as tibias; f$mures e tibias recobertas de escamas castanho--escuras misturadas corn escamas amarelas predominando estas sobretudo na face interna; primeiro segment0 tarsal de c8r amarela corn pequena mancha escura apical; Segundo, terceiro e quart0 amarelados; quint0 segment0 castanho-escuro. Par media corn femures e tibias semelhantes aos do par anterior; primeiro segment0 tarsal amarelo corn uma mancha escura apical; Segundo, terceiro e quart0 segmentos castanhos corn anel amarelado basal; quint0 segment0 escuro, corn algumas escamas amarelas. Par posterior corn femures e tibias semelhantes aos dos pares anteriores; primeiro e Segundo segmentos tarsais amarelados corn pequena mancha escura apical; terceiro e quart0 segmentos corn a metade basal amarelada e a metade distal escura; quint0 segment0 escuro corn anel amarelado basal. 64 ARQUIVOS DE HIGIENE E SA6DE PtiBLICA Abd6men Face dorsal revestida de escamas douradas em todos OS segmentos. Faces laterais e ventral revestidas de escamas amarelas, corn algumas escamas castanho-escuras e brancas de permeio. Macho: 0 macho apresenta OS mesmos caracteres gerais da femea, sendo, porem, urn pouco menor (comprimento da asa 4.5 mm). Palpos longos, mais longos que a proboscida, recobertos de escamas amarelas misturadas corn algumas escamas de car castanha. Proboscida quase inteiramente .revestida de escamas amarelas, havendo apenas algumas escamas escuras na porC%obasal. Antenas longas, plumosas e de c8r castanho-alara. Termincilia (Prancha IV). PeCa lateral (Fig. 16) relativamente curta, o comprimento medindo pouco mais de duas vezes a largura maxima (base) ; por@io basal da face externa corn urn tufo de cerdas finas, tao longas quanto o comprimento da peca; algumas cerdas longas e finas s%o tambem vistas no spice, sem, contudo, haver forma@0 de urn tufo. PinGa (Fig. 17) curta, larga na base e afilando-se suavemente para o spice ao mesmo tempo que se curva para dentro e para baixo; o bordo postero-externo forma urn angulo corn o externo e traz, na extremidade distal, espinho curto e grosso; da parte media da face infero-interna destaca-se uma saliencia pouch desenvolvida. Pinceta (Fig. 16) relativamente curta, indo pouco alem da uni%o do t&o media corn o t&Co distal, dilatada no spice que traz urn espinho curto e grosso. Nono tergito (Fig. 20) pouco desenvolvido, membranoso, revestido de cerdas rudimentares e chanfrado no bordo posterior. Lobo anal (Fig. 18) cbnico, corn paraproctos bem esclerotizados e estrangulados na parte media. Mesosoma (Fig. 19) curto, mais estreito e esclerotizado na base e arredondado e pouco esclerotizado no gpice. Procedencia do material: Manaus (Estado do Amazonas), Rio Madeira (Estado do Amazonas), Maues (Estado do Amazonas). T. (T.) HIJMERALIS (DYAR e KNAB, 1916) Esta especie foi descrita por Dyar e Knab (1916) de material de femeas provenientes de Georgetown, Guiana Inglesa. Dyar (1928) apresenta uma fi- gura da terminalia do que pensou ser o macho de T. (T.) humwalis. Shannon (1934) que examinou o material de Dyar verificou tratar-se de T. (T.) titillans. Por outro lado, Edwards (1932) e Shannon (1934) julgam que a figura apresentada por Costa Lima (1939) coma sendo da terminalia de T. (T.) titillans reproduz, em realidade, a terminalia de 7’ ‘. (T.) Izumeralis. NCio sabemos se asziste razao Bqueles investigadores, porque nao examinamos o- material desta especie da co1eCa.odo Prof. Costa Lima. Julgamos, porem, que a figura em questao tanto pode representar uma coma outra especie, ja que elas s%o muito prbximas, diferindo apenas pela forma das pinGas, coma veremos adiante, forma essa dificil de ser vista na posi#o em que se acham as pinGas na fotografia do trabalho de Costa Lima (1929) e reproduzida corn maior aumento em trabalho posterior d&se autor (Costa Lima, 1935). De qualquer modo, porem, parece EXPOSICdES E ESTUDOS 65 que Costa Lima (1935)) ao estudar 2’. (T.) humeralis teve em maos mais de uma especie. De fato, as microfotografias que apresenta coma sendo da terminalia do macho de T. (T.) humeralis, mostram, na realidade, a terminalia do T. (T.) wilsoni, n. sp. que descreveremos adiante. Alias, isto explica certas diferencas assinaladas por esse autor entre OS machos e femeas de T. (T.) humeralis, em particular, 1) a ausencia das Greas de escamas douradas anterolaterais do mesonoto que, Segundo &se autor, faltaria nos machos por estarem as escamas douradas esparsamente distribuidas, e 2) a menor fascicula@o (escamas erectas) das tibias posteriores nos machos. Ora tais caracteres se enquadram perfeitamente na descricao que daremos de T. (T.) bilsoni 11. sp.. Assim, ate agora, a unica figura que reproduz a terminalia de T. (T.) h-urn& ralis, alias corn grande aproximaCao, e a apresentada par Prado (1934). FQmea: CabeCu Clipio pequeno, glabro e de c8r castanho-Clara. Palpos medindo aproximadamente urn t&Co do comprimento da proboscida, revestidos de escamas castanho-escuras misturadas corn algumas escamas esbranquicadas. Proboscida longa e reta, revestida de escamas castanho-escuras misturadas corn escamas esbranquicadas que s%o mais amundantes na parte media, sem, contudo, formar urn anal. Antenas mais curtas que a proboscida, de c8r castanhoescura, tendo an&s brancos nas articulacoes dos segmentos. Occiput de car castanho-escura, revestidos de escamas delgadas, lanceoladas e curvas, amareladas e castanhas, misturadas corn escamas pretas semi-erectas, de extremidade bifida: cerdas longas, finas e erectas esparsas. T&ax Mesonoto corn tegumento castanho-escuro, mais escuro na parte mediana, recoberto densamente nos angulos antero-laterais (desde o timer0 ate proximo a raiz das asas) de escamas douradas muito numerosas; resto do mesonoto corn algumas escamas douradas esparsas, escamas que sao mais abundantes na regiao pre-escutelar. Escutelo de c8r castanho-escura, recoberto de escamas douradas, mais abundantes na parte media, e corn uma fiIeira de cerdas em cada lobo. Metanoto glabro, castanho-escuro, corn duas manchas acinzentadas sub-medianas. Pleuras castanhas corn aIgumas manchas de eseamas amareladas. Asas - Corn coloracao geral castanho-escura, medindo 5 mm de comprimento em media. Nervuras revestidas de escamas ovais, largas, de spice truncado obliquamente e de car castanho-escura e esbranquicada, corn predominio das castanhas, recobrindo escamas estreitas, lanceoladas, claras e escuras. Franja de cdr acinzentada, r-&o manchada, formada de escamas delgadas, umas longas e outras curtas. Patas - Par anterior corn OS femures revestidos por mistura de escamas amareladas e castanho-escuras, corn predominio das primeiras; tibias recobertas de escamas castanho-escuras salpicadas corn escamas amareladas; primeiro segment0 tarsal de car semelhante a das tibias e corn pequena mancha branca basal; Segundo e terceiro segmentos castanho-escuros e corn mancha branca basal; quart0 e quint0 segmentos inteiramente escuros. Par media corn OS caracteres do par anterior mas corn mancha branca basal no primeiro, Segundo, terceiro e quart0 segmentos tarsais. Par posterior tendo o femur corn escamas escuras e amareladas, predominando as primeiras; tibias recobertas de escamas castanhas e amareladas, que s%o erectas nos dois tercos basais do segmento, dando-lhe urn aspect0 ciliado ou fasciculado, absolutamente carateristico da 66 ARQUIVOS DE HIGIENE E SAtjDE POBLICA especie; segmentos tarsais corn caracteres semelhantes aos do par media, mas corn as manchas brancas basais mais nitidas. AbdGmen - Face dorsal, revestida de escamas castanho-escuras e c6r de cobre, apresentando OS tres ou quatro primeiros segmentos uma mancha subtriangular de escamas amareladas no spice dos tergitos, OS tiltimos segmentos mostrando apenas algumas escamas amareladas nos tergitos. Faces laterais e ventral recobertas por uma mistura do escamas castanho-escuras, amareladas e esbranquicadas. Macho: Apresenta OS mesmos caracteres gerais da f@mea, sendo, porem, urn pouco menor (comprimento da asa - 4,5 mm) e mais claro. Palpos mais longos que a probdscida, revestidos de escamas castanho-escuras, misturadas corn escamas brancas que sgo mais numerosas na base dos segmentos I, II, IV e V, onde formam pequena mancha. Antenas plumosas, mais curtas que a proboscida, de c8r castanho-Clara. Termindlia (Prancha V). PeGa (lateral (Fig. 21) alongada, corn o comprimento cerca de 2,5 vezes maior que a largura maxima (base); parte basal da face externa corn urn tufo de cerdas finas, curvas e longas, t%o longas ou mais longas que a peca; raras cerdas finas e de comprimento media no Spice. PinCa (Fig. 22) curva, estreita e alongada, pouco mais grossa na parte basal do que na parte distal, que termina por urn espinho gross0 e curto; o bordo externo, convexo, continua sem limite nitido corn o bordo postero-externo; da concavidade interna destaca-se uma saliencia pouco volumosa dirigida para tras, para dentro e para baixo. Pinceta (Fig. 21) ultrapassando pouco a uniao do t&Co media corn o t&Co distal da peca lateral e corn a extremidade distal terminada por urn espinho curto e grosso, dilatada, estendendo-se, porem, a dilata@o ate muito aquem dessa extremidade. Nono tergito (Fig. 23) pouco desenvolvido, membranoso, recoberto de cerdas rudimentares e profundamente chanfrado no bordo posterior. Lobo anal (Fig. 24) subtriangular, corn paraproctos bem esclerotizados e estrangulados na parte media. Mesosoma (Fig. 25) curto, estreitado e bem esclerotizado na base e arredondado e pouco esclerotizado nos dois tercos distais. Prooedhcia do mat,erial: Salobra (Estado de Mato Grosso), Pomp&a (Estado de Sao Paulo) , Port0 Martins (Estado de S%o Paula), Maues (Estado do Amazonas). T. (T.) INDUBITANS (DYAR e SHANNON, 1925) T. (T.) indubitans foi descrito de femeas capturadas por Bequaert em Belem (Estado do Para), em Santarem e Itacoatiara (Estado do Amazonas) e em Carmo, Rio Branco (Territorio do‘ Acre). A terminalia do macho foi eesquematicamente figurada por Shannon (1934) corn base em material colecionado em Tocantins (Estado do Amazonas). OS exemplares machos que pudemos examinar, provenientes de Serrinha (Estado da Bahia), Maues (Estado do Amazonas), Pomp&a (Estado de S. Paulo), diferem urn pouco, pelo aspect0 da pinca, da figura de Shannon (1934) EXPOSICaES E ESTUDOS 67 e da de Costa Lima (1935), embora OS caracteres do adult0 sejam absolutamente identicos aos da femea. Examinando o material em que se baseou Costa Lima para a feitura do seu trabalho, verificamos que a pinGa apresenta aspect0 identico ao que se observa em nosso material. ’Outros exemplares machos examinados na cole@lo da Funda@o Rockefeller, no Rio de Janeiro, mostraram o mesmo aspecto. Na impossibilidade de decidir se todo este material examinado pertencia a uma especie nova e proxima, pelos caracteres do adulto, a T. (!I’.) indubitans, ou se a figura de Shannon (1934) n%o representava a realidade, recorremos ao Dr. Alan Stone do Bureau of Entomology and Plant Quarantine, United States Department ‘ of Agriculture, a quem enviamos urn desenho da pinGa, de perfil, coma se observa em nosti material, e a quem pedimos examinasse o material tipico de Dyar e Shannon e exarasse sua opiniao. Respondeu-nos o Dr. Stone nos seguintes termos: “Shannon drew his figure of the terminalia of 2Mansonia indw This seems Shannon’s, although not sketch of the clasper as between my sketch and the clasper as the slide bitans D. & S. from a sigle slide which is before me. to me to look more like your figure than agreeing entirely with either. I enclose a it appears to me. Perhaps the difference Shannon’s figure is due to the turning of dried”. Redesenhando cuidadosamente a pinGa de urn dos exemplares, na mesma posi@o em que se encontra a que serviu para o desenho do Dr. Stone, verificamos que o aspect0 6 o mesmo, coma se pode ver nas figuras 43 e 44. Chegamos, assim, a conclusao de que o nosso material 6 identico ao de Dyar e Shannon. Fihea: C ‘ abqa Clipio grande, alto, quase tao largo quanto longo, glabro e de c6r castanho-escura. Palpos muito curtos, corn cerca de urn quart0 do comprimento da proboscida, sendo o tiltimo segmento palpal extremamente pequeno e o terceiro corn c&ca de duas vezes o comprimento do Segundo; palpos recobertos de escamas quase negras, misturadas corn escamas brancas pouco numerosas. Proboscida longa e forte, tendo o t&o basal recoberto por escamas escuras misturadas corn muitas escamas esbranquicadas, dando uma colora@io Clara a essa por@o; t&Co media corn escamas esbranquicadas, tendo raras escamas pretas de permeio; t&Co distal revestido de escamas quase negras corn raras eseamas esbranquicadas misturadas. Antenas mais curtas que a probdscida, de car castanho-escura, corn an&s brancos ao nivel das articula@jes dos segmentos. Occiput corn tegumento castanho-escuro, recoberto por numerosas escamaa brancas delgadas,qescamas castanhas de spice bifido e cerdas pretas finas e erectas. Mesonoto de car castanho-escura corn duas linhas longitudinais Torax submedianas urn pouco mais claras, revestido de escamas esparsas de c6r castanho-escura e esbranquicadas e cerdas finas, longas e escuras, mais numerosas nas proximidades da raiz das asas, algumas das quais espatuladas. Escutelo castanho-escuro, corn numerosas escamas brancas, particularmente no lobo mediano; fileira de cerdas castanhas em cada lobe., Metatorax glabro, de c8r castanho-escura corn uma faixa longitudinal mediana urn pouco mais Clara. Pleuras castanhas, corn algumas escamas esbranquicadas. 68 ARQIJIVOS DE HIGIENE E SA6DE POBLICA Medem, em media, 3,8 mm de comprimento. Revestidas de escaAsas mas castanho-escuras misturadas de escamas esbranquicadas, predominando as primeiras, sendo algumas ovais longas e outras, mais estreitas. Franja da asa de c8r acinzentada, formada por escamas delgadas, umas longas e outras curtas. Patas - Par anterior corn o femur e a tibia revestidos de escamas castanho-escuras, salpicados de escamas esbranquicadas que s%o mais numerosas na face interna, onde dao aos segmentos uma c6r esbranquicada; primeiro segmento tarsal castanho-claro corn pequena mancha branca basal; Segundo e terceiro segmentos castanho-escuros corn mancha branca basal nitida; quart0 e quint0 quase negros. Par media corn femur e tibia coma no par anterior; primeiro, Segundo, terceiro e quarto segmentos tarsais revestidos de escamas castanhoescuras e corn mancha branca basal nitida; quint0 segment0 todo escuro corn raras escamas brancas na base. Par posterior corn femur e tibia coma nos outros pares; primeiro e Segundo segmentos tarsais castanho--escuros.corn escamas brancas esparsas pouco numerosas e mancha branca basal pequena; terceiro segment0 escuro corn mancha branca basal que atinge 30% do articulo; quart0 e quint0 segmentos corn a metade basal branca e a metade apical castanho-escura. AbdGmen - Face dorsal escura, revestida de escamas c8r de cobre, o primeiro tergito apresentando uma grande mancha de escamas brancas e OS outros corn algumas escamas esbranquicadas na parte distal. Faces laterais e ventral revestidas por mistura de escamas castanho-escuras, c6r de cobre e esbranquiCadas. Macho: Aprwenta OS caracteres gerais da femea, sendo, porem, urn pouco menor (&as. corn 3,4 mm de comprimento) e mais claro. Palpos mais longos que a proboscida, de c6r negra e corn algumas escamas bra&as nas bases dos segmentos, escamas estas que nao formam an&s. Proboscida longa, corn raras escamas brancas que nao formam anel. Antenas longas e plumosas. Termincilia (Prancha IX) - PeCa lateral (Fig. 42) longa, mais larga na base que no spice e corn ligeiro estrangulamento na parte media; na parte externa da por@o basal ha urn tufo de cerdas longas, t%o longas quanto o comprimento da peGa; no spice ha urn pequeno tufo frouxo de cerdas mais curtas. PinGa (Figs. 43 e 44) curta, corn o comprimento cerca de t&s vezes menor que o da peca lateral; darga na base, afila-se progressivamente para o spice que termina por urn espinho gross0 e curto ao mesmo tempo que se encurva para dentro e para baixo; da concavidade do bordo infero-interno destaca-se uma saliencia romba que continua corn uma crista muito pouco pronunciada que percorre a face ventral. Pinceta (Fig. 42) indo pouco alem da uniao do t&Co media corn o t&Co distal da peca lateral; e dilatada na extremidade e termina por urn espinho curto e grosso. Nono tergito pouco desenvolvido, membranoso, recoberto de cerdas rudimentares e apresentando uma chanfradura larga e rasa no bordo posterior. Lobo anal (Fig. 45) subtriangular, corn paraproctos bem esclerotizados e corn uma cintura na parte media. Mesosoma (Fig. 46) muito curto, estreitado e esclerotizado na base e largo, arredondado e pouco esclerotizado no spice. EXPOSIC6ES Proced6ncia E ESTUDOS 69 do material: Serrinha (Estado da Bahia), Ma&s (Estado do Amazonas), Pomp&a (Estado de S. Paulo), S. Jose dos Campos (Estado de S. Paula), Jaragua (Estado de S. Paulo) , Salobra (Estado de Mato Grosso). T. (T.) CHAGASI COSTA LIMA, 1935 Esta especie foi descrita por Costa Lima (1935) de urn exemplar macho apanhado em Bicudos, Estado de Minas Gerais. Tivemos a oportunidade de examinar o exemplar tipico, gracas a gentileza do Prof. Costa Lima, e verificar que, embora esteja em mau estado de conservaCao, o que alias ja sucedia quando da descri@o original, permite verificar-se que se trata de uma boa especie. Proxima de T. (T.) pseudotitillans, d&e difere pelos caracteres seguintes, assinalados por aquele autor: 1) a pinGa, embora se assemelhe a de T. (T.) pseudotitillans desta difere pela presenca de uma saliencia entre a extremidade distal, (munida de urn espinho curto e grosso) e o apendice do bordo interno. 2) 10s tergitos abdominais sao exclusivamente revestidos de escamas escuras. Nada mais podendo adiantar a respeito, limitamo-nos a apresentar a figura de Costa Lima (1935) que, alias, reproduz fielmente o aspect0 da pinca (Pran. cha VI, Fig. 31). T. (T.) PESSOAI, N. SP. Em janeiro de 1941 capturamos em Vila Queiroz, no Municipio de Pomp&a, Estado de Sao Paulo, urn exemplar macho de uma nova especie de Taeniorhynchus (Taeniorhynchus). Posteriormente, recebemos do Snr. John Lane, urn outro exemplar macho dessa especie que f&a capturado em Curitiba, Estado do Parana, em outubro de 1939. Para essa especie propomos o nome de T. (T.) pessoai em homenagem ao Prof. Dr. Samuel B. Pessoa. Macho: Cabeca - 0 clipio e pequeno, de forma subtriangular, glabro e de car castanho-Clara, corn pruinosidade cinza nas partes laterais. Palpos longos e recobertos de escamas castanho-escuras, corn algumas escamas esparsas; apresentam urn pequeno anel de escamas brancas na base do primeiro, Segundo e terceiro segmentos, sendo o dltimo completamente escuro. Probdscida curta, nao atingindo o quart0 segment0 do palpo, recoberta de escamas castanho-escuras, entremeadas corn escamas brancas, sendo estas bem mais abundantes na metade distal. Antenas menores que a proboscida, n%o apresentando outros caracteres dignos de nota. Occiput castanho-escuro e mvestido de algumas escamas brancas, numerosas escamas espatuladas de c8r castanho-escura e de extremi. dade bifida e algumas cerdas finas tambem de c8r escura. T&ax - Mesonoto apresentando duas faixas longitudinais submedianas, de c8r mais Clara, glabras, indo ate o meio do mesonoto, e duas faixas longitudinais, tambem mais claras e glabras, indo desde o dmero ate o rebordo posterior do mesonoto; regiao pre-escutelar glabra e de car mais Clara; resto do . 70 ARQUIVOS DE HIGIENE E SAtTDE P~JBLICA mesonoto recoberto de numerosas escamas brancas esparsas. Escutelo corn urn tufo de cerdas em cada lobo e algumas escamas brancas, que Go mais numerosas no lobo mediano. Metanoto de c6r castanho-escura, glabro. m ‘ m. de comprimento. As asas tern coloracao geral Asas - Medem castanha. Sao recobertas por escamas castanhas entremeadas corn algumas escamas brancas; quase todas as escamas sao muito largas e tern o spice truncado, obliquamente. Patas - Primeiro par corn o femur e a tibia revestidos de escamas castanhas entremeadas corn algumas escamas claras esparsas; o primeiro, Segundo e terceiro tarsos de c8r escura e corn algumas escamas brancas e pequena mancha branca basal; o quart0 e quint0 tarsos inteiramente negros. Segundo par de patas corn marcacao semelhante a do primeiro, corn excecao do quart0 tarso que tambem mostra uma pequena mancha branca basal. Terceiro par corn 0 femur e a tibia coma nos pares anterior e media e todos OS tarsos corn mancha branca basal, sendo esta mancha estreita nos segmentos I e II e larga nos segmentos III, IV e V. AbdGmen Tergitos de c8r castanho-escura corn urna larga mancha de escamas brancas que, nos segmentos I a IV, s%o mais ou menos triangulares, corn a base voltada para a margem distal ou posterior. Face ventral mais Clara e corn manchas de escamas brancas. Termina’lia (Prancha VI). Pecas laterais (Fig. 26) longas e ligeiramente afiladas no spice, apresentando, na face externa, numerosas cerdas longas, t%o longas ou mais longas que o comprimento da peca, e que na porcao basal formam urn tufo. Pincas (Fig. 27) longas, delgadas e ligeiramente curvas, alargando muito na parte distal que e subtriangular e termina por urn espinho curto e grosso; na metade distal da face ventral interna, que e cbncava, nota-se uma saliencia romba, desarmada, que se projeta para tras, para dentro e para baixo. Pinceta (Fig. 26) longa, atingindo quase o spice da peca lateral, pouco dilatada na extremidade distal, que apresenta urn espinho curto, gross0 e hem esclerotizado; na base bifurca-se, indo o ramo interno unir&eJ corn o do lado oposto e o externo articular-se corn a base da peca lateral. Nono tergito (Fig. 29) pequeno, constituido por dois lobos arredondados, membranosos, laterais, recobertos de cerdas rudimentares, unidos por uma faixa membranosa mediana, muito mais estreita. Lobo anal (Fig. 30) membranoso e subtriangular, tendo as faces laterais sustentadas por paraproctos muito esclerotizados que, na park media, apresentam urn acentuado entalhe; nas partes laterais da face ventral, ao nivel do terco distal, nota-se uma serie de pequenas cerdas curtas, finas e pouco numerosas. Mesosoma (Fig. 28)) curto e grosso, muito dilatado e arrendondado’ na metade distal, que e pouco esclerotizado, e mais estreito e mais esclerotizado na parte basal, sobretudo nas f‘aces laterais, que formam coma que duas hastes de sustenta@io. Localidade tipo -.Curitiba, Estado do Parana, Brasil. Localidade adicional: Pomp&a, Estado de S. Paulo, Brasil. Holo’tipo macho conservado na Colecao Padrao de Entomologia do Instituto de Higiene de S&o Paulo. Urn paratipo conservado na Colecao Padrao de Entomologia do Departamento de Parasitologia da Faculdade de Medicina da Universidade de S%oPaullo. D.iscnss~o taxin8mica: T. (T.) pessoai, n. sp. assemelha-se a T. (T.) pseudotitillans, d&e se distinguindo, porem, pela forma das pincas, coma podemos ver nas figs. 7 e 27. . EXPOSICdES T. (T.) E ESTUDOS WILSONI, 71 N. SP. Em capturas realizadas na Capital e em diversas localidades do interior do Estado de Sao Paulo, obtivemos numerosos exemplares desta especie que verificamos ser nova. Em material posteriormente recebido da Funda@o Rockefeller, havia exemplares identicos aos da nossa especie. Sabedores de que o Snr. Nelson Cerqueira, da referida Fundacao, havia considerado a especie coma possivelmente nova e pretendia dar-lhe o nome de Mansonia wilsoni, rcsolvemos manter 0 nome especifico por ele proposto. Damos a seguir a descri@io da especie em questao. FBmea: CabeCu - Clipio glabro, pequeno e quase tao largo quanto longo. Palpos, r&o atingindo o meio da proboscida, recobertos de escamas quase negras, entre as quais se notam algumas escamas brancas. Proboscida longa e robusta, apresentando, na uniao do t&Co media corn o t&Co distal, largo anel de escamas brancas; na parte restante notam-se algumas escamas brancas de mistura corn as escamas negras que recobrem a proboscida. Antenas mais curtas que a proboscida, apresentando c8r escura, exceto nas articula@es dos segmentos, onde existem an&s claros. Occiput revestido de escamas erectas brancas, corn algumas escamas amarelas de permeio; notam-se, ainda, numerosas escamas escuras de extremidade bifida e algumas cerdas longas e finas. T&-ax Mesonoto corn colora@o castanho-escura e revestido por numerosas escamas castanho-escuras, entremeadas corn muitas escamas douradas esparsas. Pleuras catanho-escuras corn algumas escamas brancas. Escutelo de car castanha corn numerosas escamas, mais numerosas no lobo mediano, e uma fila de cerdas castanhas para cada lobo. Metanoto glabro e de c8r castanha corn uma faixa longitudinal mais escura na parte mediana. Balancins corn a haste amarela e a clava negra. A.sas Apresentam colora@o geral escura. Modem, em media, 4,7 mm. de comprimento. Nervuras revestidas de escamas castanho-escuras, largas e de spice truncado, entre as quais h$i algumas escamas esbranquicadas; as escamas da margem anterior s%o mais estreitas, mas possuem tambern o spice truncado. Franja uniformemente colorida e formada por escamas acinzentadas delgadas, algumas longas, outras curtas. Patas - Par anterior corn femur e tibia corn a face interna esbranquicada e a face externa quase negra e corn algumas escamas amareladas; primeiro tarso castanho-claro corn uma pequena mancha basal; Segundo e terceiro tarsos castanho-escuros corn urn ante1 branco incomplete basal; quart0 e quint0 tarsos negros, nao marcados de branco. Par media corn marcar$io semelhantc, diferindo apenas pela c8r mais escura do primeiro tarso e pela presenca de mancha branca basal no quart0 segment0 tarsal. Par posterior tendo -aproximadamente OS mesmos caracteres do par media, corn a diferenca de que a marcacao branca dos tarsos 6 urn pouco mais evidente. Abdhen Face dorsal revestida de escamas negras, notando-se apenas algumas escamas amarelas na base dos tergitos. Faces laterais corn largas faixas verticais de escamas douradas e ‘ brancas misturadas. Face ventral corn colora$io geral Clara, sendo revestida por mistura de escamas brancas e douradas, entremeadas corn algumas escamas escuras, quase negras. 72 ARQUIVOS DE HIGIENE E SAfrDE PtTBLICA Macho: 0 macho apresenta OS caracteres gerais da femea, notando-se de particular 0 seguinte: Dimensoes urn pouco menores (comprimento media das asaa: 4,2mm). Colorac$o geral e urn pouco mais Clara; proboscida longa e escura, recoberta de escamas negras entre as quais hB escamas claras (amarelas e brancas), mas que nao formam o anal branco presente na fGmea. Palpos, mais longos que a proboscida, escuros, apresentando anel branco nas articula@es dos segmentos, aneis estes mais nitidos nas duas primeiras articula@es. Antenas escuras e plumosas. Abdomen corn numerosas cerdas finas e de c6r clara na por@o latero-dorsal dos tergitos, o que se nao observa na- femea. (Prancha VII). Assemelha-se algo B de T. (T.) amazonen- , Termincilia sis. PeCa lateral (Fig. 32), cujo comprimento mede cerca de duas vezes a largura, mostrando na porCao distal da face ventral externa, urn tufo constituido por numerosas cerdas curvas e longas, quase tao longas quanto o comprimento da peGa; Spice da peca lateral corn urn lobo ventral interno que traz urn tufo de cerdas curvas, algumas finas, outras largas, cujo comprimento aumenta a medida que se tornam mais dorsais. PinGa (Fig. 33) larga e relativamente curta, constituida por duas por@es: uma por@io dorsal sub-retangular pouco esclerotizada, cujo angulo distal externo se projeta numa saliencia recurvada que termina por urn pequeno espinho; outra porc%o, que se destaca da parte ba?al da face ventral interna da primeira, mais curta, mais grossa, mais esclerotizada e desarmada. Pinceta (Fig. 32) longa, tendo urn comprimento aproximadamente igual ao da peca lateral, e muito dilatada (arredondada) na extremidade distal que e fortemente esclerotizada e apresenta urn espinho curto e grossb bem distinto e outros espinhos menores, rudimentares mesmo. Nono tergito (Fig. 36) pequeno e de constitui@o membranosa, constando de duas metades subretangulares, parcialmente fundidas na linha mediana e revestidas de cerdas vestigiais. Lobo anal (Fig. 34) subtriangular e suportado lateralmente por paraproctos fortemente esclerotizados OS quais apresentam, na parte media das faces laterais, uma funda cintura; face ventral da extremidade distal, de cada lado, corn uma serie obliqua. de pequenas cerdas retas e curtas. Mesosoma (Fig. 35) curto e grosso, atingindo a metade do lobo anal e apresentando a parte distal dilatada e corn uma saliencia piramidal curta de cada lado. Localidade tipo - S5o Paulo, Estado de S. Paulo. Localidades adicionais: S%o Jose dos Campos, Juqueri, Itaporanga, Mogi das Cruzes, Pindorama, Pomp&a (Estado de Sao Paulo), Arceburgo (Estado de Minas Gerais). Holdtipo macho e alotipo femea conservados na Cole@0 Padrao da SecC%o de Entomologia do Departamento de Parasitologia da Faculdade de Medicina de Sao Paulo. Pardtipos em ndmero de 28, dois dos quais foram enviados para as cole@es da Funda@io Rockefeller, no Rio de Janeiro e quatro para as coleGoes do Instituto de Higiene da Universidade de Sao Paulo. IkiscussEo taxinGmica: T. (T.) wilsoni, n. sp. e afim a T. (T.) amaxonensis. Distinguem-se, porem, porque T. (T.) amaxonensis apresenta o mesonoto corn a metade anterior revestida de escamas douradas, o que se nao observa em T. (T.) wilsoni, n. sp., Demais, distinguem-se facilmente pelos caracteres da terminalia do macho. Assim, as pinGas tern forma completamente diferente e em T. (T.) wilsoni tvminam por urn espinho curto e grosso, espinho que nao e visivel em T. (T.j EXPOSICaES E EST’UDOS 73 amaxonensis, coma se pode observar nas figs. 9 e 13. Demais, o mesosoma de T. (T.) wilsoni apresenta duas saliencias piramidais latero-distais, o que nao se observa em 7’. (T.) amaxonensis, coma demonstram as figs. 12 e 14. T. (T.) CERQUEIR.AI, N. SP. No material recebido da Fundacao Rockefeller, encontramos urn exemplar macho capturado por R. C. Shannon em Maracaja, Estado de Mato Grosso, em marco de 1938, exemplar este identificado por N. Cerqueira coma Mansonia pseudotitillans. Tratando-se de uma especie nova, para ela propomos o nome T. (T.) cerqueirai, n. sp. Macho: E’ urn mosquito grande, de colora@o geral castanho-Clara, que 6 primeira vista se confunde corn T. (T.) pseudotitillans. Clipio pequeno, subtriangular e glabro. Palpos revestidos de Cabeca escamas castanhas entremeadas de algumas escamas esbranquicadas que, ao nivel da por@o basal dos segmentos, 60 mais numerosas, chegando a formar urn pequeno anel branco na base dos segmentos I, II e III. Proboscida longa, revestida de escamas castanhas e, entre estas, escamas esbranquicadas esparsas. Antenas plumosas e n%o atingindo a extremidade distal da proboscida. Occiput corn o tegumento de c8r castanho-escura e revestido por numerosas escamas erectas brancas, escamas castanhas erectas e de extremidade bifida e algumas cerdas longas e finas. Tdrax - Mesonoto de c8r castanho-Clara corn duas faixas longitudinais submedianas glabras, mais claras, indo at6 a parte media e duas faixas longitudinais laterais, corn OS mesmos caracteres, indo do dmero para tras. Resto do mesonoto recoberto por escamas brancas esparsas e algumas cerdas castanhas. Escutelo corn urn tufo de cerdas em cada lobo e algumas escamas brancas, mais numerosas no lobo mediano. Metanoto glabro, castanho e corn uma falxa longitudinal mediana de c6r esbranquicada. Pleuras sem caracteres dignos de nota. mm de comprimento. Tern colora@io geral castanhoAsas - Medem Clara. S%orevestidas de escamas castanhas entremeadas corn algumas escamas brancas esparsas, sendo quase todas muito largas e de spice truncado obli. quamente. Par anterior corn o femur e a tibia revestidos de escamas casPatas tanho-escuras entremeadas corn algumas escamas brancas; primeiro,’ Segundo e terceiro tarsos ‘ castanhos corn pequena mancha branca basal; quart0 e quint0 tarsos quase negros e sem mancha branca. Par media tendo marcaCao id&tica a do par anterior, corn excep@o do quart0 segment0 do tarso que tambem mostra uma mancha branca basal. Par posterior corn o f8mur e a tibia coma nos pares anterior e media; todos OS tarsos escuros e corn mancha branca basal, sendo esta muito estreita nos segmentos I e II e hem largas nos segmentos III, IV e V. AbdGmen - Face dorsal revestida de escamas castanhoescuras e corn uma larga mancha de escamas esbranquicadas no spice dos tergitos I a V. Face ventral corn identica colora@o. (Prancha VIII). Termindlia PeCa lateral (Fig. 37) alongada, mais longa na base onde ha, na face externa, urn tufo de numerosas cerdas finas longas, I;%0longas ou mais longas que a peGa. PinGa (Fig. 38) curva, corn a concavidade voltada para baixo e para dentro; bordo p&two-externo corn uma chanfradura rasa e larga que o divide em duas porches: uma distal interna, maior ’ ARQUIVOS 74 DE HIGIENE E SAdTDE POBLICA e terminada por urn espmho gross0 e curve e uma nroximal externa, menor e desarmada; bordo externo apresentando, imediatamente aquem do angulo do bordo p&two-externo, uma saliencia que termina em ponta delgada; da concavidade da pinGa destaca-se urn apendice digitiforme dirigido para tras, para dentro e para baixo. Pinceta (Fig. 37) longa, quase atlnglndo o ap1c.eda peca lateral, bifurcada na base, tendo urn ramo transversal que se artlcula corn o do lado oposto e urn ramo vertical articulado basalmente corn a peca ,lateral; a extremidade distal e ligeiramente dilatada e traz urn espinho gross0 e curto. Lobo anal (Fig. 40), subtriangular, sustentado lateralmente por paraproctos muito esclerotizados, apresentando, de cada lado, uma pequena escava@io que n%o chega a formar uma cintura pronunciada; a extremidade distal apresenta, na face inferior de cada lado, uma serie de pequenos espinhos. Nono tergito (Fig. 41) pequeno, membranoso, revestido de cerdas rudimentares e corn urn forte entalhe na margem posterior. Mesdsoma (Fig. 39) curto, pouco escleroti- zado dilatado e arredondado no Apice e ligeiramente afilado na parte proximal. Localidade tipo: Maracaju, Estado de Mato Grosso, Brasil. Holo’tipo macho nas cole@es da Fundacao Rockefeller. no Rio de Janeiro, Distrito Federal. Ddscuss5~ taxi&mica: T. (T.) cerqueirai, n. sp. aproxima-se de T. (T.) pseudotitiZZans e de T. (T.) pessoai. Distingue-se, porem, de ambas, principalmente pela forma das pinGas, coma se pode ver nas figs. 7, 27 R 38. CHAVE PARA A DETERMINACKO DAS FBMEAS Tibias posteriores corn, pelo menos, a metade basal revestida de escamas erectas; angulos anteriores do mesonoto corn manchas de escamas douradas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..~................................ humeralis Tibias posteriores sem escamas erectas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . , . 2. Tergitos abdominais totalmente revestidos de escamas douradas; palpo atinaindo o meio da probdscida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . flaveolus Tergitos abdominais n%o revestidos de escamas douradas; palpo n%o atingindo o meio da proboscida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3. Faces laterais do abdomen corn numerosas escamas douradas e brancas no rebordo posterior dos segmentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Faces laterais do abd8men sem estes caracteres . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4. Mesonoto corn a metade anterior revestida de escamas douradas; I tarso anterior corn pequena mancha branca basal; II, III e IV tarsos anteriores corn mancha branca basal; V tarso anterior negro . . . amaxonensis Mesonoto nao revestido de escamas douradas na metade anterior; I, II e III tarsos anteriors corn mancha branca basal; IV ,e V negros . . . . 1. ......... ..... .................................... 5. 6. 7. 2 3 4 5 . . . . . . . . . . . . wilsoni Especie muito grande, escura, corn duas linhas longitudinais submedianas mais claras e glabras no mesonoto; triangulo de escamas claras na parte posterior dos tergitos abdominais I a V; antenas ligeiramente mais longas que a proboscida; palpos corn mais de urn terw do corn-primento da proboscida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . pseudotitillans Especies medias ou pequenas sem linhas longitudinais glabras no mesonoto; sem triangulo de escamas claras nos tergitos abdominais I a V; antenas ligeiramente mais curtas que a proboscida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Palpos medindo cerca de urn t&Co do comprimento da proboscida; terceiro articulo dos palpos medindo 2,5 vezes o comprimento do Segundo titillans . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..~~...................................... Palpos medindo cerca de urn quart0 do comprimento da proboscida; terceiro articulo dos palpos medindo 2 vezes o comprimento do segundo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..D................_.............. indubitans 6 EXPOSICGES CHAVE PARA E ESTUDOS A DETER,MINACdO 75 DOS MACHOS Pe@ lateral corn urn grande lobo apical, de onde saem dois tufos de cerdas; pinceta corn a haste fortemente recurvada e corn a extremidade distal muito dilatada, arredondada . . . . . . . . . . . , . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . PeCa lateral sem lobo apical individuahzado; pinceta pouco curva e de extremidade distal pouco dilatada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2. PinCa corn espinho terminal curto e grosso; spice do mesosoma corn dois pares de saliencias mais ou menos piramidais (figs. 33 e 35) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . T. (T.) wilsoni Pinca sem espinho terminal; Spice do mesosoma uniformemente arredondado (figs. 12 e 14) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . T. (T.) amaxonensis 3. Bordo postero-externo da pinGa formando urn %ngulo muito pronunciado corn o bordo externo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Bordo p&two-externo da pinGa continuando sem limite nitido corn o .......... bordo externo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..i..... 1. 4. 5. PinGa corn uma so expansao em forma de l$mina destacando-se da face infero-interna e fazendo salikcia no bordo interno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . PinCa corn dupla saliencia no bordo interno (fig. 31) . . . T. (T.) chagasi PinGa corn uma pequena saliencia terminada em ponta afilada, situada no bordo externo, urn pouco aquem do angulo formado por este bordo corn o bordo postero-externo (fig. 38) . . . . . . . . . . . . . . T. (T.) cerqueirai PinGa sem tal carater . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Extremidade distal da pinceta quase atingindo o spice da peca lateral Extremidade distal da pinceta ultrapassando pouco a uniao do t&Co media corn o t&Co distal da peca lateral (fig. 16). . . T. (T.) flaveolus 7. PinGa corn o bordo postero-externo regularmente curve, formando urn gngulo agudo corn o bordo externo; expansso da face infero-interna fazendo pequena saliencia no bordo interno; acentuada curvatura da pinGa ao nivel da uniao do t&Co basal corn o t&Co media (fig. 7) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . T. (T.) pseudotitillans PinGa corn o bordo postero-externo ligeiramente chanfrado, formando urn angulo quase reto corn o bordo externo; expansao da face infero-interna formando grande saliencia no bordo interno; pequena curvatura da pinsa ao nivel da uniao do t&Co basal corn o t&-co media (fig. 27) T. (T.) pessoai . . . . . . . . . . . . . . . . ..*................ .,.................. 8. PinGa longa curva e estreita, quase t%o estreita na base quanto no spice (fig. 22) ; pinceta dilatada, apical e sub-apicalmente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . T. (T.) humeralis PinGa curta, larga na base e afilando-se progressivamente para a extremidade distal (fig. 1); pinceta corn dilata@io limitada B extremidade apical . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9. Pinca corn a crista da face infero-interna muito saliente e continuando corn urn process0 digitiforme muito evidente do bordo interno. Mesosoma mais largo que longo (fig, le 3) . . . . . . . . . . . . . T. (T.) titillans. PinGa corn a crista da face infero-interna pouco saliente e continuando corn urn processo pequeno do bordo interno. Mesosoma mais longo que largo (figs. 43, 44 e 36) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . T. (T.) indubitans 6. 2 3 4 8 5 6 7 9 RESUMO OS autores discutem a validade do nome Taeniorhynchus e chegam a conclusao de que o mesmo e valido. Arribalzaga, 1891 Redescrevem as especies neotropicais do subgenero Taeniarhynchus e descrevem tres novas especies deste subgenero: T. (T.) pessoai, n. sp. (macho), T. (T.) wilsoni, n. sp. (macho e f&mea) e T. (T.) cerqueirai, n. sp. (macho). Enfim, apresentam chaves para femeas e terminalia nero Taeniorhynchu.s. dos machos do subge- 76 ARQUIVOS DE HIGIENE E SA6DE PfrBLICA ON THE GENUS TAENIORHYNCHXJS ,4RRIBALZAGA, THE DESCRIPTION OF THREE NEW SPECIES OF THE TAEiVIORHYiVCHUS (DIPTERA, CULICIDAE) 1891, WITH SUBGENUS The Authors discusse the validity of the name Taeniorhynchus 1891 and come to the following conclusions: ArribAlzaga, 1) Taeniorhynchus taeniorhynchus ArribBlzaga, 1891 is not synonym of Aedes (Ochlerotatus) taeniorhynchus Wiedmann, 1821. 2) The genus Taeniorhynchus Arribslzaga, 1891 is valid and cannot be placed in the synonymy of Aedes Meigen, 1818. 3) The name Taeniorhynchus Arribrilzaga, 1891 is not preocupied by Taeniarhynchus Weinland, 1858 4) Taeniorhynchus taeniorhynchus Arribslzaga, 1891 is synonym of T. titillans (Walker, 1848) Dyar, 1905. 5) The genotype of Taeniorhynchus Arribglzaga, 1891 is T. titiEZans (Wal- ker, 1848) Dyar, 1905. They redescribe the neotropical species of the subgenus Taeniorhynchus, and describe three new species belonging to this subgenus: 1) T. (T.) pessoui, n. sp. from two male State of SBo Paulo, Brazil, and Curitiba, State 2) T. (T.) wilsoni, n. sp., from males and State of S%o Paulo, Brazil. 3) T. (T.) cerqueirai, n. sp., from one male State of Mato Grosso, Brazil. specimes collected at Pompei a, of Parans, Brazil. females collected at SBo Paulo, specimen collected at Maracaju, BTBLIOGRAFIA AMARAL, Regras Internacionais de Nomenclatura Zoologica. Tradu@o para o Inst. Butants, 11: 241-274. (1891). Dipteriologia argentina. Rev. Mus. La Plata, 1: 53: 1054 (Cit. por EDWARDS, 1932). R. (1901). C. R. Sot. Biol., Histoire Naturelle e Medicale. Paris. R. (1905). Les Moustiques. and BONN&WEPSTER, J. (1925). The Mosquitoes of Surinan. Royal Colonial Inst. A. do (1937). portugu@s. Mem. ARRIBALZAGA, F. LYNCH BLANCHARD, BLANCHARD, BoNNE, C., BR&THES, Amsterdam, J. (1916). no. - 347-377. 21. 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Figs. 21 peca lateral e pinceta; pinga ; 23 nono tergito ; 24 lobo anal ; 25 mesbsoma. 22 ARQUIVOS T. (T.) mnceta DE HIGIENE E SA6DE PfJBLICA PRANCHA VI pessoai e T. CT.1 chagasi. Figs. 26 peqa lateral e 27 pinca 28 meshoma: 29 nono tergito: 30 lobo anal; 31 pinqa de T. (TL) chagasi, s%un~o ; : Costa Lima (1936). EXPOSI@ES E ESTUDOS PRANCHA VII T. (T.) wilsoni. Figs. 32 peca lateral e pinceta; 33 pinea 34 lobo anal ; 35 mes6soma; 36 nono tergito. 83 ; 84 ARQUIVOS T. (T.) DE HIGIENE cerqueirai. Figs. pinGa; 39 mesosonia; E SAfrDE 37 peqa lateral anal; 41 40 lobo PfrBLICA e nono Pinceta: tergito. 38 EXJ?OSIC0ES E ESTUDOS \ \ \ i r\, 0 t” 4 PRANCHA IX T. CT.) indabitans Figs. 42 peca lateral e pinceta; 43 pinGa; 44 pinGa do exemplar que serviu a SHANNON (1934) pars a descri@io do macho (des. de Alan Stone) ; 45 lobo anal; 46 mes6soma. 85