Análise de desempenho nos teste matrizes
progressivas de Raven e Escala Wechsler para
crianças, em crianças e adolescentes com
Transtornos Mentais
INTRODUÇÃO
O procedimento conhecido como triagem em serviços assistenciais de saúde caracteriza-se pela seleção e escolha de pacientes que se enquadrem
e que possam ser beneficiados pelo atendimento prestado. O atendimento Neuropsicológico Infantil em ambulatório de psiquiatria está centrada
no diagnóstico interdisciplinar, e o serviço prestado atende gratuitamente crianças e adolescentes com trasntornos neuropsiquiátricos. No
processo de triagem cognitiva, que ocorre de maneira individual, utiliza-se o teste de Matrizes Progressivas de Raven, que foi desenvolvida para
abranger todas as faixas de desenvolvimento intelectual, esta escala é composta por duas versões: as Matrizes Progressivas Coloridas (CPM) e as
Matrizes Progressivas Avançadas (APM), sendo assim, as crianças que obtiverem percentil que não indicarem rebaixamento cognitivo nestas
escalas, serão avaliadas pela Escala de Inteligência Wechsler para Crianças (WISC-III), que avalia a inteligência de sujeitos com 6 até 16 anos e 11
meses de idade. Esta escala, inclui 13 subtestes que se dividem em dois grupos, verbal e de execução. Wechsler (1944) definiu a inteligência como
um todo e não como uma aptidão própria, caracterizando-a como uma “capacidade global do indivíduo para atuar finalizadamente, pensar
racionalmente e proceder com eficiência em relação ao meio”.
OBJETIVO
MÉTODO
Comparar resultados obtidos nas Matrizes Progressivas de Raven
com desempenhos apresentados pelo WISC-III – Escala Wechler
para Crianças, a fim de investigar as diferenças em medir
inteligência pelos testes citados. Os pacientes avaliados são de
ambos sexos, com idades entre oito e quinze anos, atendidos no
ambulatório de Psiquiatria da Infância e Adolescência no Centro de
Neuropediatria da Universidade Federal do Paraná – CENEP/HC.
Foram levantados os resultados e desempenhos obtidos nos testes
Matrizes progressivas Raven Colorido e Avançado, e Escala de
inteligência Wechsler para crianças- WISC-III, por 19 crianças, com
idades entre oito anos e dois meses e quinze anos e cinco meses de
idade, e estes foram comparados entre si e analisados por meio de
estatística frequencial.
RESULTADOS
Os resultados foram discrepantes, em alguns casos as diferenças de
percentil mostraram-se muito grande em um teste e outro, o que
intriga sobre a utilização destes instrumentos na avaliação da
inteligência em ambulatório de psiquiatria como diagnóstico de nível
cognitivo, principalmente em adolescentes, onde a demanda por
avaliação e quantificação de inteligência é constante. Esses resultados
poderiam indicar que testes verbais poderiam infuenciar, na
avaliação pela escala Wechsler, o desempenho superior nesse teste,
porém uma análise prévia dos resultados não confirmou tal hipótese,
já que os 2 adolescentes citados que obtiveram resultados que
indicavam uma deficiência mental no Raven, obtiveram um
desempenho médio inferior em testes verbais, e médio em execução.
Das 19 avaliações analisadas, somente 11(57,89%) tiveram
desempenhos coincidentes em ambos testes, sendo que 9(47,36%)
pertencem a uma classificação média, e duas a uma classificação
correspondente a deficiência mental. Entretanto pode-se observar
que 8 (42,11%) avaliações não coincidentes são referentes a
desempenhos superior a média ou intelectualmente deficiente.
Isto pareceu ser maior em adolescentes com mais de treze anos
de idade, já que no Raven Avançado, 2(10,52%) adolescentes que
obtiveram resultados que indicavam deficiência mental, no WISCIII alcançaram uma classificação média.
DISCUSSÃO
MARIANA ABUHAMAD, DANIELE FAJARDO NASCI MENTO, ANA MOREIRA
BORGES DE MACEDO, BR UNA CRISTINE SASS, FABIANA KNAPIK CALIX TO, KARINE
ANGLERI, LAÍS FARIA MASULK, DR. MAURÍCIO E. NASSER, DR. GUSTAVO DÓRI A,
PROF. DR. SÉRGIO ANTONIO A NTONIUK.
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Análise de desempenho nos teste matrizes progressivas de Raven