A/462417
OBRAS COMPLETAS DE FERNANDO PESSOA
IV
H
de
RICARDO REIS
EDITORIAL NOVA ATIÇA
LISBOA
Data das poesias
12- 6-1914
12- 6-1914
12- 6-1914
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6-1914
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11- 7-1914
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17- 7-1914
30- 7-1914
30- 7-1914
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PIÍR.
Mestre, são plácidas
Os deuses desterrados,
Coroai-me de rosas, (Atena, n.° 1, Outubro
de 1924)
O deus PI não morreu
De Apoio o carro rodou pra fora
Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio. ...
Ao longe os montes têm neve ao sol,
Só o ter flores pela vista fora
A palidez do dia é levemente dourada
Não tenhas nada nas mãos
Sábio é o que se contenta com o espectáculo do
•mundo,
As rosas amo dos jardins de Adónis, (Ateria,
n.° 1, Outubro de 1924)
Cuidas, ínvio, que cumpres, apertando (Atena,
n.° 1, Outubro dè 1924)
Não consentem os deuses mais que a vida.
(Atena, n.° 1, Outubro de 1924)
Cada coisa a seu tempo tem seu tempo.
Da nossa semelhança com os deuses
Só esta liberdade nos concedem
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Data das poesias
Pag.
2- 8-1914
2- 8-1914
9- 8-1914
Aqui, Neera, longe
Da lâmpada nocturna
O ritmo antigo que há em pés descalços,
(Atena, n.° 1, Outubro de 1924)
9- 8-1914 Vós que, crentes em Cristos e Marias,
6-10-1914 O mar jaz; gemem em segredo os ventos (Atena, n.° 1, Outubro de 1924)
8-10-1914 Antes de nós nos mesmos arvoredos
16-10-1914 Acima da verdade estão os deuses
16-10-1914 Anjos ou deuses, sempre nós tivemos
6- 6-1915 Tirem-me os deuses
29- 8-1915 Bocas roxas de vinho,
1- 6-1916 Ouvi contar que oiítrora, quando a Pérsia
1- 6-1916 Prefiro rosas, meu amor, à Pátria,
1- 6-1916 Felizes, cujos corpos sob as árvores
1- 7-1916 Segue o teu destino,
11/12-9-1916 Feliz aquele a quem a vida grata
910-1916 Não a ti, Cristo, odeio ou te não quero
9-10-1916 Não a ti, Cristo, odeio ou menosprezo
26- 5-1917 Sofro, Lídia, do medo do destino
23-11-1918 Uma após uma as ondas apressadas
29- 1-1921 Seguro assento na coluna firme (Atena, n.° 1,
Outubro de 1924)
2- 9-1923 Não quero as oferendas
2- 9-1923 Vossa formosa juventude leda
2- 9-1923 Não canto a noite porque no meu canto
2- 9-1923 Não quero recordar nem conhecer-me
2- 9-1923 A abelha que, voando, freme sobre
2- 9-1925 Dia após dia a mesma vida é a mesma
2- 9-1923 Flores que colho, ou deixo,
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Data das poesias
21-10-1923
22-10-1923
22-10-1923
24-10-1923
3-11-1923
3-11-1923
16-11-1923
17-11-1923
17-11-1923
25-12-1923
24-11-1925
13- 6-1926
13- 6-1926
13- 6-1926
6-12-1926
30- 1-1927
31- 5-1927
31- 5-1927
Pag.
A flor que és, não a que dás, eu quero. (Atena,
n.° 1, Outubro de 1924)
87
Melhor destino que o de conhecer-se (Atena,
n.° 1, Outubro de 1924)
88
De novo traz as aparentes novas (Atena, n.° 1,
Outubro de 1924)
89
Quão breve tempo é a mais longa vida (Atena,
n.° 1, Outubro de 1924)
91
Tão cedo passa tudo quanto passa!
92
Prazer, mas devagar, (Atena, n.° 1, Outubro
de 1924)
93
Este, seu scasso campo ora lavrando, (Atena,
n.° 1, Outubro de 1924)
94
Como se cada beijo (Atena, n.° 1, Outubro
de 1924)
95
Tuas, não minhas, teço estas grinaldas, (Atena,
n.° 1, Outubro de 1924)
96
Olho os campos, Neera, (Atena, n.° 1, Outubro
de 1924)
97
No ciclo eterno das mudáveis coisas
98
Já sobre a fronte vã se me acinzenta (Presença,
n.° 10, 15 de Março de 1928)
99
Não só vinho, mas nele o olvido, deito (Presença, n.° 6, 18 de Julho de 1927)
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Quanta tristeza e amargura afoga (Presença,
n." 6, 18 de Julho de 1927)
101
Frutos, dão-os as árvores que vivem,
102
Gozo sonhado é gozo, ainda que em sonho
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Solene passa sobre a fértil terra
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Atrás não torna, nem, como Orfeu, volve
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Data das poesias
5-1927
6- 7-1927
6- 7-1927
19-11-1927
25- 1-1928
20- 2-1928
26- 4-1928
26- 4-1928
7- 6-1928
20-11-1928
20-11-1928
21-11-1928
21-11-1928
26- 5-1930
13- 6-1930
13- 6-1930
18- 6-1930
2- 7-1930
8- 7-1930
1-11-1930
1-11-1930
1-11-1930
12-11-1930
19-11-1930
19-11-1930
8- 2-1931
14- 3-1931
Pág.
A nada imploram tuas mãos já coisas, (Presença, n.<> 6, 18 de Julho de 1927)
Aqui, dizeis, na cova a que me abeiro,
Lenta, descansa a onda que a maré deixa
O sono é bom pois despertamos dele
O rastro breve que das ervas moles (Presença,
n.° 10, 15 de Março de 1928)
Pesa o decreto atroz do fim certeiro,
Nos altos ramos de árvores frondosas
Inglória é a vida, e inglório o conhecê-la
Tudo que cessa é morte, e a morte é nossa ...
A cada qual, como a statura, é dada
Nem da erva humilde se o destino esquece. ...
Quem diz ao dia, durai e à treva, acaba!
Negue-me tudo a sorte, menos vê-la,
Se recordo quem fui, outrem me vejo,
Quando, Lídia, vier o nosso Outono (Presença,
n.° 31/32, Março-Junho de 1931)
Ténue, como se o de Éolo a esquecessem, (Presença, n.° 31/32, Março-Junho de 1931) ...
No breve número de doze meses
Não sei de quem recordo meu passado
O que sentimos, não o que é sentido,
Quer pouco: terás tudo.
Não só quem nos odeia ou nos inveja
Não quero, Cloe, teu amor, que oprime
Não sei se é amor que tens, ou amor que finges,
Nunca a alheia vontade, inda que grata,
No inundo, só comigo, me deixaram
Os deuses e os Messias que são deuses
Do que quero renego, se o querê-lo
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Data das poesias
Pág.
8- 7-1931 Sim, sei bem
27- 9-1931 Breve o dia, breve o ano, breve tudo
27- 9-1931 Domina ou cala. Não te percas, dando
10-12-1931 Tudo, desde ermos astros afastados
10-12-1931 Ninguém, na vasta selva virgem
12-1931 Se a cada coisa que há um deus compete,
27- 2-1932 Quanto faças, supremamente faze
27- 2-1932 Rasteja mole pelos campos ermos
31- 3-1932 Azuis os montes que estão longe param
9- 6-1932 Lídia, ignoramos. Somos estrangeiros
16- 6-1932 Severo narro. Quanto sinto, penso
31- 7-1932, Sereno aguarda o fim que pouco tarda
10- 8-1932 Ninguém a outro ama, senão que ama
8- 9-1932 Vive sem horas. Quanto mede pesa,
28- 9-1932 Nada fica de nada. Nada somos
14- 2-1933 Para ser grande, sê inteiro: nada (Presença,
n.° 37, Fevereiro de 1933)
2- 3-1933 Quero ignorado, e calmo
14- 3-1933 Cada dia sem gozo não foi teu
16- 3-1933 Pois que nada que dure, ou que, durando,
6- 4-1933 Estás só. Ninguém o sabe. Cala e finge
6- 4-1933 Aqui, neste misérrimo desterro
28- 8-1933 Uns, com os olhos postos no passado,
19-11-1933 Súbdito inútil de astros dominantes
13-12-1933 Aguardo, equânime, o que não conheço—
13-11-1935 Vivem em nós inúmeros,
Ponho na altiva mente o fixo esforço (Atena,
n.° 1, Outubro de 1924)
Temo, Lídia, o destino. Nada é certo. (Atena,
n.° 1, Outubro de 1924)
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Não queiras, Lídia, edificar no spaço (Atena,
n.° 1, Outubro de 1924)
Saudoso já deste Verão que vejo, (Atena, n.° 1,
Outubro de 1924)
Deixemos, Lídia, a ciência que não põe
£ tão suave a fuga deste dia,
Para os deuses as coisas são mais coisas
No magno dia até os sons são claros
Quero dos deuses só que me não lembrem. ...
Aos deuses peço só que me concedam
Cada um cumpre o destino que lhe cumpre, ...
Meu gesto que destrói
Sob a leve tutela
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RICARDO REIS