A Sensibilidade da Demanda a Preços Um preço “P” mais baixo tende a aumentar a quantidade demandada “Q0” A elasticidade – Preço da demanda mede a sensibilidade da quantidade em relação ao preço, ou seja: Elasticidade – preço da Demanda = Mudança Percentual em “Q0” Mudança percentual em “P” Supondo que haja um aumento de % no preço e como conseqüência implicando numa redução da demanda em 1% a elasticidade da demanda é : -2 = -2 +1 O sinal negativo significa que o preço e a quantidade mudam em direção opostas; A demanda é Elástica se a elasticidade de – preço é mais negativa que -1; A demanda é Inelástica se a elasticidade – preço está entre 1 e 0; Se a elasticidade da demanda é exatamente -1 , a demanda tem Elasticidade Unitária. Quando a mudança é elástica, mudanças de preços têm efeito sobre a quantidade demandada; Quando a demanda é inelástica, as mudanças de preços têm pouco efeito sobre a quantidade demandada; Mas por que é Importante Saber a se a Demanda é Elástica ou Inelástica? Tomemos como exemplo que devido a uma má colheita, o volume de cereais produzidos tenha sido baixo; Como a Elasticidade da demanda de alimentos é baixa o fracasso da colheita levará a uma forte elevação nos preços dos alimentos. Da mesma forma, colheitas fartas levarão a fortes quedas nos preços. Na figura anterior a curva S' representa a oferta depois de uma má colheita. A curva S' representa a oferta depois de uma boa colheita. O preço de equilíbrio flutua entre P1 (má colheita) e P2 ( boa colheita) porém com pequenas flutuações de quantidade. DEMANDA MUITO ELASTICA Já no caso de uma demanda muito elástica, as flutuações nos preços são menores, mas as flutuações de quantidade são maiores; A elasticidade de demanda demonstra por que alguns mercados têm quantidades voláteis mas preços estáveis, enquanto outros mercados têm preços voláteis mas quantidades estáveis. Mas o que determina as elasticidades de demanda? A elasticidade da demanda depende dos gastos do consumidor. Exemplo: Se todo mundo precisa ter um telefone celular, preço mais altos têm pouco efeito sobre a quantidade demandada. Já se os telefones celulares são considerados um luxo frívolo, a elasticidade da demanda. Preço, Quantidade e Receita? Como visto, a redução do preço “P” expande a quantidade demandada “Q” o efeito sobre a recita de vendas P x Q depende de como a quantidade responde ao corte de preços. Quando a demanda é elástica, a quantidade aumenta mais que a queda de preço, de modo que a receita sobe; Quando a demanda é inelástica os cortes de preço baixam “P” mais que estimulam “Q”, logo a receita diminui. Mas, o que determina às Elasticidades da Demanda? Exemplo: Se o preço de TODOS os cigarros aumenta, os fumantes viciados comprarão cigarros de qualquer maneira; Porém se há o aumento do preço dos cigarros de uma única marca, os fumantes mudarão para outras marcas a fim de satisfazer seu hábito de nicotina; Assim, para uma marca particular de cigarros, a elasticidade de demanda é bastante elevada, mas, para o cigarro em conjunto é baixa. Voltando ao exemplo dos cigarros. Observando a tabela abaixo percebe – se que a demanda por havana é elástica enquanto que a demanda pelos cigarros em geral é inelástica. Ao restringir coletivamente o suprimento de petróleo, a organização dos países exportadores de petróleo (OPEP) fez com que os preços do petróleo escalassem de US$ 13,00 o barril em 1998 para US$ 28,00 o barril em 2000. Isso aumentou a receita dos produtores de petróleo, pois demanda de petróleo era muito inelástica. Os usuários de petróleo não tinham muita alternativa, no curto prazo. Quadro resumo de elasticidade x mudança no gasto Se a demanda é inelástica, os agricultores obtem uma receita maior de uma colheita escassa do que uma colheita abundante. A elasticidade da demanda é baixa para vários dos componentes de nossa dieta básica como o café, o leite, o pão e carne. Curto prazo e longo prazo -No curto prazo é possível que os consumidores não se ajustem muito à mudança nos preços. -Contudo à medida que o tempo passa, é possível projetar e fabricar produtos que se a dequem à nova realidade; -Logo, no longo prazo, a demanda torna-se elástica; -Voltando ao exemplo da OPEP, conforme o preço do petróleo for subindo, maiores serão os esforços por substitutos (álcool, bio-combustíveis), bem como haverá a mudança nos hábitos das pessoas tentando minimizar seu uso; -Com a queda da demanda, a conseqüência é a queda dos preços. Elasticidade cruzada da demanda A elasticidade – preço da demanda descreve momentos ao longo de uma curva de demanda, medindo a resposta a uma mudança de preço do próprio bem; Já a elasticidade – Preço cruzada de um bem “A” em relação ao preço do bem “B” é a mudança percentual da quantidade demandada pelo bem “A”, ou seja, “QA”, dividida pela mudança percentual no preço do bem “B”, ou seja, “PB”; Logo, deseja-se aferir como “QA” responde a mudanças em “PB”; A elasticidade cruzada pode ser positiva ou negativa; Suponha que o bem “A” seja chá, e o bem “B” café. Um aumento no preço do café faz com que as pessoas mudem para o chá; Logo a elasticidade cruzada do chá em relação ao café é positiva; A elasticidade – preço tende a ser positiva quando os dois bens são substitutos, é negativa quando os dois bens são complementares. Um aumento no preço da gasolina reduz a demanda de carros porque a gasolina e os carros são complementares; O efeito da renda sobre a demanda Inicialmente serão esquecidos os efeitos da renda sobre a poupança e supõe-se que as alterações na renda são inteiramente direcionadas aos gastos. Dessa forma, um aumento da renda gera um aumento da quantidade demandada da maioria dos bens individuais; Contudo, as quantidades demandadas não mudam quando altera-se a renda; A participação no orçamento de um dado bem é o gasto com esse bem como uma fração do gasto total em consumo; A tabela a seguir mostra a participação no orçamento da alimentação e dos serviços ( pessoais e atividades de lazer ) no Reino Unido. Obs.: Serviços – entra alimentos consumidos fora de casa. O gasto real com consumo aumentou no período. A participação dos alimentos no orçamento caiu, mas a parcela dos serviços aumentou. Se os preços de todos os bens permanecem iguais, o gasto com um bem muda apenas porque a quantidade demandada muda. Para mostrar até que ponto a quantidade demandada é sensível as mudanças na renda, utilizase a elasticidade-renda da demanda: Elasticidade-renda da demanda = Mudança percentual na quantidade demandada Mudança percentual na renda A elasticidade-renda da demanda mede o efeito sobre a quantidade demandada quando a renda muda mas os preços de todos os bens são mantidos constantes; A elasticidade - renda da demanda é possível para um bem normal, mas é negativa para um bem inferior. No brasil os mais pobres consomem cerveja Lokal com um peixe chamado Mussum. Os ricos consome champagne Véuve Cliquot com Caviar. Renda mai alta reduz demanda de Lokal e Mussum. Deve – se também distinguir entre bens de luxo e bens de necessidades: Bens de luxo: Elasticidade de renda > +1 Bens de Necessidade: Elasticidade de renda < +1 Todos os bens inferiores são de necessidade pois sua elasticidade – renda da demanda é negativa < +1 ; Contudo, bens de necessidades incluem também normas, cuja elasticidade – renda demanda está entre 0 e +1; À medida que a renda sobe, a participação dos bens inferiores no orçamento: a renda aumenta, mas a quantidade demandada é o gasto com aquele bem diminuem; Do mesmo modo, a participação dos bens de luxo no orçamento aumenta quando a renda sobe; Um aumento de 1% na renda eleva a quantidade demandada ( e portanto o gasto naquele bem de luxo em mais de 1%). Já um aumento de 1% na renda expande a quantidade demandada dos bens de necessidade em menos de 1% de modo que a participação no orçamento cai. A tabela a seguir sintetiza as respostas de demanda a uma elevação da renda, mantidos constantes os preços de todos os bens. Um declínio da renda tem o efeito oposto; Demanda e escolha do consumidor Apesar de que a medição do comportamento passado seja uma indicação razoável para o futuro esta se resume a situações em que nada mude de modo muito drástico Porém caso aconteça uma situação futura completamente diferente do pssado? Para prever o comportamento da demanda precisa – se de uma teoria que explique como os consumidores fazem suas escolhas. Efeitos de uma mudança no preço: Efeito Renda e Efeito Substituição: O efeito substituição diz que, quando o preço relativo de um bem cai, a quantidade demandada aumenta; Já o efeito renda diz que , para uma dada renda nominal, uma queda de preço de um bem aumenta a renda real, afetando a demanda de todos os bens. Para bens normais, tanto o efeito renda quanto o efeito substituição aumentam a quantidade demandada quando o preço do bem diminui; Ou seja, o bem normal se torna mais barato de modo que as pessoas comprem mais. Além disso, bens normais mais baratos elevam o poder de compra de uma dada renda nominal, isso também aumenta a demanda pelo bem; Porém para os bens inferiores, uma renda real mais alta levaria a uma queda na quantidade demandada. Nesse caso, o efeito renda real de uma redução de preços iria na direção oposta ao efeito substituição. Seria correto dizer que taxas de juros mais altas incentivam a poupança? Poupança significa não gastar toda a reanda de hoje, reduzindo o consumo hoje para aumentar o consumo hoje; Imagine uma taxa de juros com o preço do tempo, o preço de consumir hoje ao invés de mais tarde. Quando o custo de consumir hoje aumenta, você escolhe menos consumo. Certo? A intuição indica o efeito substituição consumir se tornou relativamente mais caro, e você consome menos. Onde está escondido o efeito de renda? Para comprar um Audi no ano que vem você não precisa poupar tanto quanto as taxas de juros estão mais altas e seus ativos acumulam mais rapidamente! Isso faz você poupar menos, pois para obter o mesmo montanteserão necessários aportes menores à taxas de juros maiores. Empiricamente é muito difícil encontrar algum efeito significativo da taxa de juros na poupança total. Os Políticos pensam taxas de juros mais altas aumentam a poupança. Como visto os economistas duvidam de tal afirmação. Política de juros altos serve unicamente para cobrir deficits na conta – pagamento do governo e como conseqüência disto enriquece, cada vez mais os ricos. O Efeito Mudança na Renda A renda real pode aumentar, seja porque a renda nominal sobe enquanto os preços permanecem constantes, seja porque o preço de uma mercadoria cai enquanto a renda nominal permanece constante; O primeiro leva ao puro efeito renda, o segundo precisa ser decomposto em efeito renda e efeito substituição separados. Sucessivos aumentos de renda real levam a grandes elevações na quantidade demandada se o bem ( ou serviço) é de luxo, com elevada elasticidade – renda de demanda. A quantidade demandada se eleva mais lentamente para bens ou serviços normais, com elasticidade – renda menos, mais ainda positiva; Para bens inferiores, com elasticidade – renda negativa, renda mais alta reduz a quantidade demandada. Preferências e Demanda Pessoas diferentes podem preferências diferentes, fazendo escolhas diversas mesmo quando se defrontam com os mesmos preços e têm a mesma renda; Preferências descrevem a utilidade que um consumidor obtém dos bens consumidos; Utilidade pode ser definida como a sensação de felicidade ou satisfação. Preferências dependem da cultura, história, familiaridade, relações com os outros, propaganda eassim por diante; Contudo, preferências podem mudar, com efeitos importantes: quando há uma preferência maior por determinado produto/ serviço a curva de demanda desloca – se para direita, já caso haja uma queda nas preferências por outro prodduto/ serviço a demanda desloca – se para esquerda. Utilidade Marginal e Demanda A utilidade marginal de um bem é a utilidade extra de consumir uma unidade a mais desse bem mantida constante a quantidade dos outros bens consumidos; As preferências apresentam utilidade marginal decrescente de um bem se cada unidade extra acrescenta sucessivamente menos à utilidade total, quando o consumo dos outros bens permance constante. Exemplo: Joe freqüenta bares e bebe cerveja. Inicialmente ele vai a um bar mas não toma cerveja, bebe refrigerante. Joe mata sua sede mas não consegue se divertir. Bebendo uma cerveja ele ficaria muito mais feliz Passando estes instantes de sofrimento, Joe bebe a primeira cerveja, e esta lhe proporciona uma elevada utilidade marginal. Ainda não satisfeito bebe a segunda cerveja e esta lhe dá utilidade extra mas não tanto quanto lhe deu a primeira. A terceira e a quarta cervejas acrescentam cada vez menos utilidade extra e assim Joe bebe até que esta utilidade extra seja 0, ou seja, fique de porre. A figura anterior mostra a utilidade marginal de Joe, que se torna menor cada vez que ele bebe. Mostra também o preço de cada cerveja. Se uma cerveja custa R$ 4,00, e Joe obtém dela R$ 6,00 de utilidade marginal de sua última cerveja, ele deve comprar outra. Se ele obtém apenas R$ 2,00 de utlidade marginal de sua última cerveja, ele comprou demais; Joe deveria comprar cerveja até ao ponto em que o custo marginal se iguale ao benefício ou utilidade marginal ( ponto A); Caso o preço da cerveja cair de R$ 4,00 para R$ 3,00, certamente Joe comprará mais cerveja, devido à utilidade marginal decrescente. Mas a figura mostra apenas o efeito substituição. A curva de utlidade marginal supões que as quantidades dos outros bens permancem constantes; Contudo, à medida que o preço da cerveja cai, Joe tem condições de ir também a mais discotecas; Se isso causa deslocamento da curva de utilidade marginal dea ou para baixo depende de a cerveja ser um bem nominal ou um bem inferior, o qu vem a ser o efeito renda em funcionamento; Caso A - cerveja é um bem normal, o efeito renda desloca a curva de utilidade marginal para fora em Umg'. Isso também faz Joe consumir mais cerveja ( ponto C). Neste caso o efeito renda e o efeito substituição vão na mesma direação. A curva de demnada de cerveja, traçada passando por “A” e “C”, inclina – se para baixo; Se a cerveja fosse um bem inferior , a curva Umg poderia ser deslocado para dentro a ponto de fazer com que Joe consumisse menos cerveja a consumir Whisky. Da Curva de Demanda Individual à Curva de Mercado A curva de demanda de mercado é soma horizonteal das curvas de demnada individual naquele mercado. Suponha que todos os consumidores num mercado sew defrontam com o mesmo preço “P”; A um preço qualquer, tipo R$ 2,00, o primeiro consumidor demande a quantidade “A”, e o segundo, a quantidade “B”. A demanda de mercado é a quantidade “C = A+B” quando preço é R$ 2,00; Repetindo esse procedimento para cada preço possível traça – se a curva de demanda de mercado; A curva de demanda de mercado é importante porque, junto com a curva de oferta de mercado, determina o preço que Ajusta o mercado em equilíbrio. A Decisão de Oferta Objetivos das Firmas As firmas buscam, sempre a maximização de seus lucros: Objetivos dos Acionistas Os acionistas buscam,sempre, a maximização de suas riquezas. Dessa forma , a maximização da riqueza dos acionistas somente é obtida com a valorização de suas ações que por sua vez é conseqüência de bons resultados (lucros)! A Decisão de Oferta – Contas de Estoque Ativos – São os bens e direitos que a firma possui; Passivos – São o que a firma deve a terceiros (fornecedores; credores e investidores); Patrimônio Líquido – São os ativos menos os passivos, ou seja, tudo que a firma deve a seus proprietários. A Decisão da Oferta – Contabilidade da Firma As firmas apresentam dois conjuntos de contas: Estoques: São medidos em um ponto no tempo; Fluxos: São as medidas correspondentes durante um período de tempo A Decisão de Oferta – Contas de Fluxo A receita da firma é a renda proveniente das vendas durante o período; Seus custos são as despesas incorridas para a produção e vendas durante o período; E os lucros são o excesso de receita sobre os custos, ao contrario das perdas ( ou prejuízo) que são o excesso de custos sobre a receita; Lucro Normal: Lucro contábil que equilibra receita e despesa depois que todos os custos econômicos são pagos; Lucro Econômico (extraordinário): Excede o lucro normal, sendo um sinal para transferir recursos para aquela indústria; Perda Econômica: Significa que os recursos poderiam dar melhores resultados em outra atividade. Custo de Oportunidade é o montante perdido por não usar recursos em seu melhor uso alternativo Fluxo de Caixa é o montante líquido de dinheiro recebido por uma firma durante um dado período; Capital Físico é qualquer insumo à produção que não desaparece no período de produção; Todo Investimento é um acréscimo ao capital físico e Depreciação é o custo de usar este capital físico durante o período A Decisão de Oferta A curva de custo total mostra o custo mais baixo possível associado a cada nível de produto. O custo total aumenta à medida que aumenta o produto; Custo Marginal é a mudança no custo total que resulta da produção da última unidade; Receita Total é o preço do produto multiplicado pela quantidade produzida e vendida; Receita Marginal é a mudança na receita total resultante da produção e da venda da última unidade. A Decisão de Oferta – Traçando as curvas CMg e RMg A curva RMg cai continuamente à medida que a quantidade produzida também aumenta: cortes de preços são necessários para fazer com que os consumidores comprem mais; A curva CMg tem tendência de crescimento: produzir a última unidade torna-se cada vez mais difícil devido às restrições (limitação de matéria-prima, mão-de-obra,capital); O princípio marginal diz que, se a inclinação não é zero, mover-se em uma direção deve melhorar a situação, mover-se na direção contrária fará com que as coisas piorem