Supermercados
já se preparam
para a Páscoa
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economia
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Terceirização
causa déficit na
Previdência
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A GAZETA - 1C
CUIABÁ, TERÇA-FEIRA,
6 DE MARÇO DE 2012
SAFRA 2011/2012 Infestação da ferrugem asiática na lavoura pode resultar em perdas para os agricultores
Fungo compromete produção
LAÍS COSTA MARQUES
entre 2 a 3 sacas a menos por hectare
neste ano comparando com a média anterior de 53 sacas por hectare.
Superintendente do Instituto MaClima favorável e janela longa no
to-Grossense de Economia Agropecuáplantio têm propagado a infestação da
ria (Imea), Otávio Celidônio confirma
ferrugem asiática nas lavouras matoque os números da safra 2011/2012 segrossense. Comparando com os regisrão inferiores aos safra 2010/2011, mas
tros da safra anterior, alta chega a 76%
que as estimativas ainda
estão sendo fechadas.
Como explica, o clima
favoreceu a propagação
dos fungos e a contaminação das lavouras.
Na região do Vale
do Araguaia a situação
nunca foi tão crítica. Secretária de Agricultura e
Meio Ambiente de
Canarana (a 633
km da Capital),
Eliane de Oliveira
revela que desde a
primeira vez em
que foi registrada
a ferrugem na região nunca havia
chegado a este nível de
infestação e que isso tem
assustado os produtores.
Como explica, este ano
as incidências começaram mais cedo, o que facilitou a propagação entre as plantações.
Goiás apresenta registro de muitos focos,
principalmente em região
de fronteira com o Estado, o que propiciou a
contaminação vinda de
outros locais. No município foram cultivados
153,753 mil hectares e
em toda a região serão
900 mil hectares, aproxiChico Ferreira
madamente.
Gerente técnico da
Por enquanto não há dimensão das perdas porque muitos produtores ainda não colheram, mas há tempo de agir para reduzir prejuízos
DA REDAÇÃO
com 88 casos diagnosticados pelo Consórcio Anti-ferrugem. Porém, nas prática, são milhões de focos espalhados por
todas as regiões, principalmente MédioNorte, Norte e Oeste do estado.
Crescimento da contaminação está
prejudicando a produtividade dos produtores. Ainda não há uma estimativa
de quanto serão as perdas, mas relatos
de produtores apontam casos que variam entre 5 e 8 sacas a menos por hectare. O pesquisador da Fundação de
Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT), Fabiano Siqueri relata que não há números fechados, mas que em média a perda ficará
Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT),
Luiz Nery Ribas confirma que ainda não
há dimensão das perdas porque muitos
produtores ainda não colheram, mas ressalta que são milhões de focos no Estado e que haverá impacto para produtividade e prejuízos aos produtores.
Fabiano Siqueri reforça, entretanto, que ainda há alternativas aos produtores para amenizar os problemas. Primeiramente ele afirma que é preciso aumentar as doses de fungicidas e reduzir
o intervalo de tempo entre elas. O tempo entre uma aplicação e outra deve cair
de 14 a 15 dias
para de 10 a 7
dias, segundo
ele. “O aumento do custo neste momento é menor do
que as perdas que
ocorrerão caso não
sejam feitas mais
aplicações”. Além
disso, é preciso que
sejam aplicados os medicamentos corretos e que haja o monitoramento de onde estão os focos.
Luiz Nery Ribas afirma que existem ferramentas para os produtores, como o monitoramento por meio das análises de laboratórios e a utilização de
variedades mais resistentes aos fungos.
De acordo com ele, nos 2 últimos anos
a incidência tinha sido muito pequena e
por isso os produtores foram pegos desprevenidos. O clima favorável privilegiou a infestação.
De acordo com o boletim do Imea
desta semana, além da ferrugem asiática
outras pragas e fungos também trazem
prejuízos aos produtores como a identificação, na região Sudeste do estado, da
lagarta da maçã e nas lavouras do Oeste
focos de vaquinha encontrados pelos
pesquisadores.
65% da
safra de soja
está colhida
Sindicatos cobram transparência
LAÍS COSTA MARQUES
DA REDAÇÃO
Produtores rurais de Mato
Grosso cobraram do governo do
Estado maior participação nos
conselhos que fiscalizam e estabelecem metas para os recursos
estaduais. Após terem parte dos
pedidos de revisão dos decretos
que suspendiam os benefícios ao
setor atendidos, os produtores cobraram do governador Silval Barbosa mais transparência nos recursos do Fundo de Transporte e
Habitação (Fethab).
Encontro reuniu representantes de sindicatos rurais de todo
o Estado nesta segunda-feira (05)
no auditório da Federação da
Agricultura e Pecuária de Mato
Grosso (Famato) com o governador Silval Barbosa. Na ocasião foram apresentadas algumas reivindicações com relação aos recursos
do governo e a participação de representantes do setor.
Presidente da Famato, Rui
Prado, explica que é natural quando há aumento na carga tributária
que também sejam feitas cobrança
sobre o destino desses recursos.
“Queremos transparência sobre a
arrecadação e destinação da verba”, revela ao confirmar que o Fethab, por exemplo, teve seus destinos alterados ao longo dos anos.
Governador Silval Barbosa
ressaltou que as alterações tributárias que estão sendo feitas fazem
parte de ajustes na máquina pública, mas negou qualquer indício de
crise na economia, afirmando se
tratar de questões administrativas.
Com relação a cobrança de mais
membros do setor do agronegócio
no Conselho do Fethab, o governador afirmou não ver problemas
com relação ao pedido.
Além de maior participação, os produtores solicitaram
participação do governo na cobrança dos repasses para compensação tributária da Lei Khandir. Como as exportações são
isentas de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
(ICMS), o governo federal indenizar os governos estaduais, porém não na mesma proporção.
Otmar de Oliveira
Encontro reuniu representantes de sindicatos rurais do Estado com o governador Silval Barbosa
DIA DA MULHER
Comércio tem boas expectativas para a data
DA REDAÇÃO DO GD
João Vieira
Setor de flores é o que apresenta maiores vendas neste dia
Comércio em Cuiabá espera
faturar de 4% a 5% a mais nas
vendas que comemoram o Dia Internacional da Mulher, no próximo dia 8 de Março. Em alguns segmentos a alta pode
alcançar até 100%, como é
caso das floriculturas. Aumento da demanda marca a
retomada da movimentação
do comércio, que em fevereiro
registrou queda de 24% nas consultas ao Serviço de Proteção ao
Crédito (SPC/CDL Cuiabá).
A expectativa do vice-presi-
dente do Sistema Federação do
Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Mato Grosso (Fecomércio/MT), Roberto Perón. Como
explica, a data ainda não entrou
no calendário das grandes vendas
do ano no setor varejista, mas
vem se destacando nos últimos
anos, principalmente devido a
campanhas de marketing e iniciativas públicas que valorizam o dia
dedicado às mulheres. “As vendas
segmentadas, no setor de perfumaria e flores são os que mais se
destacam. Vejo também uma movimentação no setor de gastronomia, seja em um jantar entre ami-
gas ou um mais romântico”.
O diretor administrativo e
financeiro da Matos & Matos, da
franquia O Boticário em Cuiabá e
Várzea Grande, Daniel Luiz Ferraz de Matos, acredita em um
crescimento de 15% nas vendas
em comparação com o mesmo período do ano passado. Ele explica
que este ano a data cairá em um
dia de semana, na quinta-feira, o
que influencia positivamente nas
vendas, ao contrário do ano anterior quando caiu em pleno Carnaval. A gerente da Flores & Bombons, Maria Fiuro, diz que alta pode chegar a 50%.
Para a Câmara de Dirigentes
Lojistas (CDL Cuiabá) a máxima
popular de que o Brasil volta a
funcionar depois do Carnaval está
se confirmando este ano. Tirando
as vendas e o fluxo de pessoas relacionados à festividade e férias, o
comércio espera normalização para março. “Começamos com o Dia
da Mulher, que aquece alguns segmentos em até 100% e já estamos
nos preparando para a Páscoa,
com perspectivas de pelo menos
equiparar a comercialização do
ano passado”, informa Ruyter
Barbosa, vice-presidente da CDL
Cuiabá. (I.B. Com Assessoria)
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Laís Costa Marques