1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 ATA − 16ª. REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DO CENTRO DE GESTÃO E ESTUDOS ESTRATÉGICOS (CGEE) Abertura Aos dez dias de dezembro de dois mil e três, às dez horas, na sala de reuniões número um do Centro, em Brasília, o presidente do Conselho, Eduardo Moacyr Krieger deu início à reunião, estando presentes os conselheiros Angela Uller, Carlos Roberto Siqueira de Barros, Manuel Fernandes Lousada, Marco Antonio Reis Guarita, Maria José Lima da Silva, Sérgio Henrique Ferreira, Sergio Moreira, e os suplentes Flavio Coutinho de Carvalho, representando Erney Felício Plesman e Valdinei Costa Souza, respondendo pela CAPES/MEC. Do CGEE, compareceram o presidente da instituição, Evando Mirra; e, como convidados, os diretores Marcio Miranda e Paulo Bracarense; o chefe da assessoria técnica, Lélio Fellows Filho; o chefe de gabinete, Luiz Roberto Liza Curi e o gestor administrativo, Aldino Graef. O presidente do Conselho leu os itens que constam da ordem do dia: (1) leitura e aprovação da ata da reunião extraordinária de 19 de agosto de 2003; (2) informes do presidente do Centro; (3) modificação na diretoria do Centro; (4) quarto termo aditivo do contrato de gestão MCT/CGEE; (5) relatório parcial de atividades do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos; (6) plano de ação para 2004; (7) contratação de auditoria externa para os procedimentos contábeis e financeiros do Centro; (8) assuntos gerais. Item (1) da ordem do dia: leitura e aprovação da ata da reunião anterior A ata da reunião anterior foi lida e aprovada sem alterações. Item (2) da ordem do dia: informes do presidente do Centro O presidente do Centro, Evando Mirra, agradeceu a presença dos participantes. Mencionou o conteúdo do boletim informativo que é elaborado com o intuito de manter o Conselho de Administração informado sobre o andamento das atividades do Centro. Anunciou a atuação da Comissão de Avaliação do Contrato de Gestão, que naquele momento encontrava-se em reunião concomitante à sessão do Conselho. Informou que a formação dessa Comissão de Avaliação corresponde ao que foi designado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. Nesse âmbito, houve a recondução do professor Lindolpho de Carvalho Dias para presidi-la. Os outros membros integrantes desse grupo de trabalho são: Maria Cristina de Lima Perez Marçal, do MCT, e Eduardo Ramos Ferreira da Silva (suplente); Manoel Barral Neto, do CNPq, e Flávio Coutinho de Carvalho (suplente); Michel Chebel Labaki Júnior, da Finep, e Fernando de Nielander Ribeiro (suplente); Paulo Daniel Barreto Lima, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Secretaria de Gestão, e Maria Izabel Augusta Figueiredo Mota de Almeida (suplente). Cogitou a vinda do professor Lindolpho à reunião do Conselho para introduzir o tema da avaliação. Tal proposta foi secundada pelo presidente do Conselho, Eduardo Krieger, que consultou os demais sobre a pertinência desse intuito de realizar o convite. Essa proposta teve o assentimento dos presentes e foi concretizada posteriormente. Dando continuidade aos informes, Evando Mirra comentou os direcionamentos dos trabalhos mais recentes do Centro, abrangendo os estudos nas áreas de energia e recursos hídricos, que permitiram renovar a colaboração de lideranças científicas, entre as 1 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 quais citou os nomes de Carlos Tucci, Oscar Morais, Isaías Macedo e Gilberto Januzzi. Ressaltou, ainda, a evolução positiva das discussões e interações com o Núcleo de Assuntos Estratégicos (NAE). Esclareceu que este assunto será melhor detalhado no item referente ao quarto termo aditivo ao contrato de gestão. O presidente do Conselho abriu a sessão a comentários e, sem que houvesse intervenções, passou-se ao próximo tópico. Item (3) modificação na diretoria do Centro Evando Mirra discorreu sobre o histórico de formação e atuação da diretoria do Centro que, em sua gênese, teve um perfil de profissionais com habilidades atinentes ao complexo universo de C&T − “pessoas escolhidas por terem intimidade com os principais temas e iniciativas; experientes, com atuação destacada nas diferentes instâncias que abrangem a dinâmica desse sistema, e cujo itinerário as tivesse colocado nas Agências”. Esclareceu que, finda a primeira etapa de implantação e construção do Centro, extinguiu-se o prazo de compromisso dos exdiretores Roberto Vermulm e Lúcia Melo, o que se deu no mês de novembro de 2003. Fez constar em ata a menção de agradecimento e estima a ambos pela forma profissional, solidária e constante das colaborações, as quais abrangeram todas as áreas de atuação da instituição. O presidente do Conselho concedeu a palavra à Conselheira Angela Uller que ensejou manifestar-se sobre o mérito profissional e pessoal dos ex-diretores, ressaltando suas qualidades e razões que fazem com que se notabilizem como pessoas da mais alta estima entre aqueles com quem conviveram. O presidente do Conselho anunciou a expedição de cartas de agradecimento a Lúcia Melo e Roberto Vermulm pela dedicação e competência em suas respectivas atuações no Centro. Eduardo Krieger disse aguardar, para a primeira reunião de 2004, os informes sobre o redesenho institucional para a realização das atividades do Centro como um todo. Item (4) quarto termo aditivo ao contrato de gestão MCT/CGEE Ao anunciar o quarto item da ordem do dia, o presidente do Conselho mencionou a utilização do dispositivo previsto no parágrafo único do artigo vinte e três do Estatuto, que permitiu que ele aprovasse, ad referendum do Conselho, as razões, prazos e detalhes sobre as metas incluídas no quarto termo aditivo, inclusive aquelas referentes às ações e interesses do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República - NAE em áreas de colaboração com a instituição. Incentivou que os participantes lessem a carta do presidente do Centro, que se encontrava junto à documentação endereçada aos conselheiros, encaminhando esse pedido, e que embasa a decisão tomada. Relembrou que a vinda do representante do NAE, na reunião anterior, tem o seu conteúdo consubstanciado nesse adendo. Solicitou que o presidente do Centro prestasse os esclarecimentos que se fizessem necessários. Com a palavra, Evando Mirra rememorou a participação de Glauco Arbix na última reunião do Conselho, ocasião em que se narrou o conjunto dos trabalhos técnicos incluídos na atuação do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República incluídos nesse termo aditivo. Mencionou que esse formato institucional foi escolhido porque o contrato de gestão, assinado pelo CGEE, é um acordo estabelecido com a União, ente que designa o ministério afim, aquele cuja missão e atribuições estejam mais próximas à missão e atribuições da organização social em questão, o que está previsto na Lei das OSs. 2 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 142 143 144 145 146 147 148 149 150 Em função disso, elucidou que compete ao Ministério da Ciência e Tecnologia examinar as solicitações de estudos técnicos oriundas da Secretaria de Comunicação e Gestão Estratégica, o que foi realizado pelo MCT e comprovada a adequação entre esses estudos de alto nível em C&T − que envolvem ações estratégicas, prospecção, avaliação − e o que rege o Estatuto do Centro. Mediante a acolhida favorável do MCT a essa requisição da Secom, optou-se pela formatação em um termo aditivo. Indicou que esse termo é propício até mesmo por razões de ordem prática e orçamentária, visto que o orçamento previsto para ser repassado pelo MCT ao CGEE somava seis milhões de reais. Com a evolução das negociações, houve o repasse de três milhões e quatrocentos mil reais, aos quais se adicionam, agora, dois milhões e seiscentos mil reais correspondentes à parcela de solicitações da Secom, o que no documento entregue aos conselheiros, no anexo um, intitulado quadro de metas, está descrito nos itens (8) a (14), com prazos que se estendem até junho de 2004. Solicitou que o Conselheiro Carlos Siqueira comentasse o tema em questão que reiterou a exatidão das informações partilhadas pelo presidente do Centro. Frisou que o MCT foi muito receptivo à cooperação estabelecida com o NAE/Secom. Mencionou que o ministério tem Paulo Bracarense como seu representante no Núcleo. Disse que o termo aditivo foi publicado e a isso se seguiu a espera de liberação dos recursos pelo Ministério da Fazenda, precisando que a liberação dos dois milhões e seiscentos mil reais deveria ser feita ainda naquela semana e estariam, portanto, disponíveis para a execução das demandas feitas pela Secom, com prazo extensivo a 2004. A conselheira Angela Uller questionou sobre quais são as perspectivas de atuação do MCT em 2004. Lembrou que houve a reativação do Conselho Consultivo na Finep, com o novo conceito de câmaras temáticas, introduzido por Sérgio Rezende: “cada um dos fundos setoriais tem uma câmara temática e tem mais algumas câmaras temáticas de assuntos de interesse. Nessas câmaras que não estão cobertas pelos fundos, a idéia é que se encomendem estudos de prospecção para subsidiar ações que a Finep vai propor ao comitê gestor dos fundos. O Sérgio Rezende falou sobre a possibilidade de que os estudos que possam vir a ser requeridos nessas instâncias sejam feitos pelo CGEE. Já há entendimento nesse sentido?”, inquiriu a conselheira. Evando Mirra respondeu que considera a questão oportuna e que em contato recente com o presidente da Finep essa questão foi abordada e permanece em discussão. Enumerou contatos estabelecidos com os quadros da Finep, a parceria em estudos sobre a questão de software, em que a Finep tem uma gama de interesses. O presidente do Conselho concedeu a palavra à conselheira Maria José Lima da Silva que teceu comentários sobre a pertinência de se canalizar as demandas de estudos prospectivos para o CGEE, evitando duplicidade de funções, o que poderia vir a ocorrer em instâncias como as das câmaras temáticas na Finep, câmara permanente para estudos de indicadores de C&T, recém-instaurada pelo MCT, etc. Ressaltou que o Centro “tem todo um banco de informações que poderia ser ampliado”. Evando Mirra comentou as intervenções das conselheiras, dizendo-se otimista em relação ao futuro e ressaltando o reconhecimento da estratégia vivenciada nos últimos tempos, com o incremento de ações coordenadas pelo MCT (que procura fazê-lo, horizontalmente, com a inclusão de todos os ministérios e tendo o CGEE como um agente de prospecção e análises). Declarou que a percepção que o NAE tem do espaço inaugurado no CGEE será replicada em outras instituições. Citou a revitalização do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT), descreveu a forma como está estruturado e funciona, e que nessa instância também existe menção reincidente ao Centro, abrindo diversos caminhos de 3 151 152 153 154 155 156 157 158 159 160 161 162 163 164 165 166 167 168 169 170 171 172 173 174 175 176 177 178 179 180 181 182 183 184 185 186 187 188 189 190 191 192 193 194 195 196 197 198 199 200 atuação. O presidente do Conselho interveio para relatar o contato estabelecido, por iniciativa de Carlos José Pereira de Lucena, coordenador da Comissão de Prospectiva, Informação e Cooperação Internacional do CCT para obter informações sobre a estrutura de prospecção que o Centro detém, com o ensejo de que o CGEE faça parte do apoio ao CCT em atividades de prospecção. O conselheiro Carlos Siqueira mencionou que há recursos no valor de R$ 5 milhões para o próximo ano, e que poderão ser feitas demandas para o CGEE. Além desse valor, assegurou que outros montantes, de outros ministérios, poderão vir a ser agregados, em decorrência, inclusive, da reinstalação do CCT, espaço em que foi criada uma comissão específica para prospecção. Respondendo à pergunta da conselheira Angela Uller, Carlos Siqueira esclareceu que preferiu deixar os prognósticos para 2004 para a próxima reunião, quando muitas ações teriam sido concluídas e o levantamento solicitado pelo ministro Roberto Amaral − sobre as ações de cada ministério na área de C&T − estaria disponível. Carlos Siqueira cogitou, ainda, a necessidade do Centro em contratar novas pessoas para fazer face às demandas de 2004. O conselheiro Sérgio Ferreira inquiriu sobre a formatação das comissões do CCT. O presidente do Conselho, que também é membro do CCT, forneceu informações detalhadas (disponíveis na transcrição da reunião) sobre os trabalhos que são realizados no CCT. O conselhiro Manuel Lousada comentou o destaque atribuído ao assunto “prospectiva” e “política industrial”, enquanto “política para a produção”, considerando muito bem-vinda a parceria CGEE/Secom/NAE. Relatou sua percepção sobre as diferenças de abordagem existentes entre o MCT e o setor produtivo: “O MCT olha a tecnologia do ponto de vista das entidades de pesquisa até a produção; a gente procura olhar do ponto de vista da produção até quem faz ciências, até a universidade”; traçou um paralelo desse enfoque para a área de prospectiva conduzida em meio acadêmico e no setor produtivo; “vamos precisar ter as duas coisas, em ambas as direções”. Ressaltou a dificuldade em “articular os fãs da articulação”, nos muitos fóruns que proliferam. Apontou para o CGEE um papel de articulador dos centros de prospectiva espalhados pelo país, a fim de disseminar uma cultura de prospecção para determinar prioridades de investimentos. A Conselheira Maria José Lima da Silva retomou a palavra para comentar a constatação recente de que os recursos dos fundos setoriais sofriam certa “pulverização”, devido ao grande número de usuários em relação à rubrica “infraestrutura”. Relembrou o trabalho apresentado pelo CGEE, na décima segunda reunião do Conselho, sobre a avaliação do CT-Infra e o desenvolvimento de uma metodologia de abordagem para a questão de infra-estrutura institucional. Esse trabalho apresentou uma visão sobre as demandas e os desvios existentes, como, por exemplo, “em termos de comprar equipamentos e depois não ter onde colocar”. Reiterou sua preocupação com a replicação de comissões com um mesmo intuito, mas declarou-se mais tranqüila ao ouvir as informações apresentadas pelo presidente do Conselho. Marco Antônio Reis Guarita interveio para reiterar as colocações do Conselheiro Lousada quanto à necessidade de articulação das iniciativas de articulação. Comentou a proposta inicial para o CCT que seria a de “combinar a natureza pessoal da participação (de seus membros) com a natureza da representação institucional”, prevalecendo “uma participação institucional, mais restrita às áreas, vamos dizer assim, produtoras de ciência”, o que, a seu ver, não contemplou satisfatoriamente as instituições do setor produtivo no quesito “representação institucional”, não entendendo, inclusive, a participação dos diretores da CNI no CCT como “institucional”. Quanto ao relatório parcial de atividades do Centro, disse não ver nesse documento informações que espelhem de que modo 4 201 202 203 204 205 206 207 208 209 210 211 212 213 214 215 216 217 218 219 220 221 222 223 224 225 226 227 228 229 230 231 232 233 234 235 236 237 238 239 240 241 242 243 244 245 246 247 248 249 250 “determinadas áreas não-produtoras de conhecimento, mas demandantes desse conhecimento, estão sendo envolvidas nesse processo”, o que qualifica como uma lacuna de memória. Encerrou sua fala, deixando a seguinte pergunta: “de que modo o Centro colabora para encontrar soluções para o problema geral? Acaso estaria agravando essa desarticulação, em relação aos atores e às diversas iniciativas?” Evando Mirra respondeu que questões essenciais como essa justificam a existência do Centro. Discorreu sobre a natureza de alguns documentos − entre o conjunto de trabalhos que originou o relatório −, destacando aqueles que se entrelaçam ao setor de produção e de suas demandas, como as da área de instrumentação, sobretudo a evolução dos equipamentos de monitoração e controle, em interface com os temas aprofundados nos estudos prospectivos realizados pelo Centro. Marcio Miranda forneceu informações complementares sobre o equilíbrio existente entre as consultas, oriundas do setor produtivo e da instância governamental, direcionadas ao Centro. O conselheiro Marco Antônio Reis Guarita sugeriu que no processo de ausculta do setor privado seja trilhado o caminho de consulta direta às empresas, bem como o diálogo com instituições setoriais, o que é justificável por elas estarem aptas a multiplicar tanto o levantamento da informação, quanto a disseminação dos resultados obtidos. Evando Mirra acolheu a sugestão, frisando que ao se discutir a programação para o próximo ano, este seria um tópico a ser aprofundado. Convidou a CNI a participar na construção desse recorte, lembrando que as organizações como a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) e congêneres já são consultadas. Finalizada as intervenções dos conselheiros, o presidente do Conselho colocou em votação a aprovação do “ad referendum”, anteriormente descrito, que foi aprovado. Item (5) relatório parcial de atividades do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos Convidado a participar da sessão, Lindolpho de Carvalho Dias agradeceu a saudação do presidente do Conselho. Esclareceu que o relato da Comissão de Avaliação deverá ser apresentado primeiramente ao MCT e, posteriormente, ao CGEE. Contudo, de uma maneira informal, assentiu em aproveitar a ocasião e se dirigir ao Conselho com uma abordagem preliminar de alguns aspectos do que virá a ser o relatório final. Disse que a comissão reconheceu que o Centro “produziu um pouco menos do que poderia ter produzido”, mas isso se deveu aos contextos vivenciados no último ano. ”Levou-se em conta que a assinatura do primeiro contrato de gestão, com o conseqüente estabelecimento de metas e indicadores, ocorreu em abril de 2002 e que o estabelecimento final do orçamento relativo ao ano de 2003 só ocorreu no mês de setembro deste ano, quando da assinatura do terceiro termo aditivo. Esse fato não deixou de comprometer o desenvolvimento das ações durante os primeiros oito meses do ano 2003. O segundo termo aditivo, assinado em maio de 2003, não aportou recursos suficientes para o pleno desenvolvimento das metas estabelecidas até aquela data”. Elogiou a exposição do presidente do Centro na Comissão de Avaliação. Esclareceu que “houve uma análise do relatório semestral, análise das recomendações” e que este é um relatório parcial, que só vai até novembro e, ”na parte orçamentária, até outubro, de modo que o relatório final relativo ao ano de 2003, ele vai ser feito numa reunião que, provavelmente, vai ser convocada por volta de fevereiro, de modo que devem tomar esse relatório como um relatório parcial e, de propósito, nós não tomamos, por exemplo, o acompanhamento das recomendações feitas pela Comissão, em seu 5 251 252 253 254 255 256 257 258 259 260 261 262 263 264 265 266 267 268 269 270 271 272 273 274 275 276 277 278 279 280 281 282 283 284 285 286 287 288 289 290 291 292 293 294 295 296 297 298 299 300 relatório anual, com relação a esse acompanhamento”. Acrescentou que a Comissão decidiu “por ser mais oportuno que esse acompanhamento seja efetuado quando da apresentação, pelo Centro, do relatório final anual” e, “para esse fim, solicita que a direção do Centro apresente um relato referente ao atendimento de cada uma das recomendações feitas no relatório anterior”. Especificou que ”há uma avaliação do grau de alcance das metas”. Detalhou a especificidade da meta que diz respeito ao CT-Petro e que não teve uma definição clara entre as partes, o que resultou em sua supressão (ação “a”, do item “2”) no momento de efetuar o cálculo. Quanto às outras atividades, verificou-se que, entre as sete metas estabelecidas, todas foram atingidas, fazendo a ressalva de que a sétima meta − de aperfeiçoamento de mecanismos e instrumentos de desenvolvimento institucional − é uma atividade em desenvolvimento permanente. A sugestão feita para o momento de pactuação do quarto termo aditivo, é de que haja um novo termo de referência para a ação “a” da meta “2”. Finda a apresentação, Eduardo Krieger convidou o presidente do Centro para fazer a exposição sobre o relatório parcial de atividades. Evando Mirra discorreu sobre a natureza preliminar do documento entregue aos conselheiros, juntamente com um CD, contendo os produtos listados nesse documento. Pediu ao Conselho sua apreciação e sugestões para a montagem do relatório de atividades de 2003, esclarecendo que o material distribuído incluía versões intermediárias dos documentos, não sendo ainda de domínio público. Descreveu a primeira meta − edição e divulgação de dois números da revista “Parcerias Estratégicas” e sua temática; detalhou que foi pedido, pelo MCT, uma edição, em inglês, do número 16 da revista, intitulada Ethics of Genetic Manipulation: Proposal for a Conduct Code, contendo diversos artigos sobre bioética e temas congêneres, trabalhos que foram traduzidos e a edição concluída, mas essa publicação não foi utilizada em uma conferência internacional, conforme previsto inicialmente, por decisão do MCT. Elucidou o porquê da meta “2”, ação “A”, ter sido reformulada em sua execução, dado o inventário de estudos já contratados pela Finep, em temas correlatos, revelando a necessidade de que haja um redesenho e redimensionamento de propósitos; quanto à ação “B” − diagnóstico da situação nacional de biotérios de produção e experimentação (infra-estrutura e gestão), Evando Mirra lembrou a origem e desdobramentos dessa demanda, a qual foi cumprida integralmente. A meta “3” − manter um sistema de identificação do desenvolvimento provável da Ciência e Tecnologia, considerando como horizonte o ano de 2022 − “requer um sistema de atualização contínuo”. Informou que a articulação com a SBPC e ABC prossegue, devendo-se buscar a aproximação com o setor produtivo e incorporar a visão da sociedade, prosseguir com as reuniões, amadurecer as discussões, como as que o CGEE realizou em 2003. Com relação à meta “4” − realizar três eventos mobilizadores em Ciência, Tecnologia e Inovação − relatou o evento sobre o tema Farmacologia e Farmacologia Aplicada, a realização de dois seminários, contando com oito documentos de referência e um documento síntese. Na área de recursos hídricos, citou a realização do painel de especialistas para subsidiar as atividades de prospecção, detalhando pontos de destaque dos trabalhos realizados. “Essa ação de realização de eventos se articula, também, com trabalhos contratados pelo FNDCT, de apoio à ação do Fundo de Recursos Hídricos”, esclareceu. A meta “5” refere-se ao desenvolvimento regional. Disse que ela congrega inúmeros aprendizados que vão desde saber arregimentar o mapa de competências existentes para desenvolver uma metodologia para o mapeamento dos Sistemas Regionais, elucidar uma dada questão, formular um modelo de atuação, como também o fato de chegar a despertar o interesse da União Européia por esses instrumentos de ação, 6 301 302 303 304 305 306 307 308 309 310 311 312 313 314 315 316 317 318 319 320 321 322 323 324 325 326 327 328 329 330 331 332 333 334 335 336 337 338 339 340 341 342 343 344 345 346 347 348 349 350 oriundos de trabalhos de prospecção genuinamente brasileiros. Sobre a meta “6” − que previa a organização de um seminário internacional (Mercosul) e de um seminário regional de C&T − narrou a parceria com o Itamaraty, valorizando os trabalhos existentes de cooperações bilaterais e multilaterais e o sucesso traduzido na repercussão que ambos os eventos alcançaram. A meta “7” foi descrita como concebida para aperfeiçoar os mecanismos e instrumentos de desenvolvimento institucional, com ênfase especial para o desenvolvimento integrado de um sistema de informação que permita uma melhor aproximação e visibilidade das operações a serem desenvolvidas. Sobre o demonstrativo financeiro, falou sobre o valor total de R$5,4 milhões que cobrem gastos até o terceiro termo aditivo. Concluiu qualificando o ano de 2003 como “atípico” e “de transição”, momento em que, apesar das dificuldades, foi possível conduzir um volume significativo de ações. O presidente do Conselho agradeceu a exposição, lembrando que, por ser um relatório parcial, não é necessário votá-lo, deixando-se esta moção para a próxima reunião do Conselho, quando será apresentado o relatório final. O conselheiro Marco Antonio Reis Guarita pronunciou-se para qualificar um reincidente questionamento “ao se tentar esclarecer, identificar e consolidar o papel do Centro”, mencionando o distanciamento temático de alguns trabalhos, feita a ressalva de mérito e competência na realização dos mesmos, do propósito original do Centro, que seria o de tratar a questão da inovação: “acho que estamos distantes do desejo que se tinha quando várias instituições, várias organizações de governo e sociedades se juntaram para fazer esse projeto”, comentou. Evando Mirra disse que as críticas são sempre bem-vindas. Destacou a singularidade das ações do Centro, que não ocorreram em nenhuma das agências. Mencionou que o formato sucinto com que se delineou o relatório parcial pode ter prejudicado a apreensão de uma abordagem sob a ótica da inovação, que de fato existiu, inclusive na questão dos fármacos. Anunciou que essa ótica será mais valorizada no relatório final. Citou algumas vivências dos últimos meses de trabalho, como, por exemplo, o fato da Unicamp ter procurado o CGEE ao querer instalar um curso de farmácia, em que a inovação tem uma dimensão importante. Manuel Lousada elogiou a condução do Centro em um ano de adversidades . Questionou o papel que os conselheiros devem ter e sugeriu que se realize, em 2004, um workshop de dois dias para se pensar estrategicamente o Centro. Sérgio Henrique comentou a elaboração de projetos sob encomenda da Unicamp, um dos quais requisitados a ele próprio, mas que engendra uma reflexão sobre o fato de não se dever fazer projetos sem garantias de sua realização. Ao falar sobre o relatório, distinguiu farmacologia − “é coisa do micrograma, do miligrama, chegou no máximo ao grama, em que você tem que compreender as coisas e tende a desenvolver um tipo de novidade que pode ter utilidade prática” − de farmácia − “que é traduzir isso em possibilidade prática, vai passar do miligrama, do quilograma, para a tonelada, do controle de qualidade da habilidade”. “A visão da novidade não está na farmácia, a visão da tecnologia do processo está na farmácia”. Concluiu que se há que fazer “inovação pensando em colocar remédios já descobertos no mercado nacional, isso não é inovação, isso é, na realidade, criação, é fazer automóvel”. Angela Uller lamentou a ausência do conselheiro Marco Guarita no momento em que se passou a falar sobre inovação, inquirindo sobre a questão da definição desse termo. “Exatamente o que é inovação, quais são os atores que participam e sob que condições propiciam a inovação nos diferentes setores?” Sugeriu que, quando o relatório final fosse feito, que houvesse uma análise desses setores sob a ótica da inovação. Sérgio Moreira enalteceu a trajetória do Centro que passou da desestabilidade ao nível de assessoramento ao poder mais alto da 7 351 352 353 354 355 356 357 358 359 360 361 362 363 364 365 366 367 368 369 370 371 372 373 374 375 376 377 378 379 380 381 382 383 384 385 386 387 388 389 390 391 392 393 394 395 396 397 398 399 República, o que permite que se vislumbre “um futuro dedicado à discussão de questões mais substanciais”, como aquelas que pautaram esta reunião do Conselho. O presidente do Conselho manifestou sua satisfação pelo convívio que teve com todos os conselheiros e, de alguma forma, por ter podido “colaborar para uma compreensão mais adequada do papel que esse Centro pode desempenhar em relação ao ministério, com repercussões muito positivas para a academia e para o mundo científico e tecnológico”. Avaliou como promissor o contexto atual, com a reativação do CCT, formação do NAE, maior integração e demanda dos ministérios em assuntos de C&T, em conjunto com novas iniciativas do MCT. Endossou a preocupação do conselheiro Sérgio Ferreira, de que um estudo deva ter conseqüências, não ser um fim em si mesmo. Maria José Lima da Silva falou sobre o relatório parcial de atividades, que “mostrou um pouco do muito que se fez com poucos recursos”. Abordou a questão da inovação, valorizando que buscar identificar e antecipar o perfil do profissional que se precisa para atuar com CT&I é fundamental, o que também foi feito, em 1998, no Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação, um seminário na paulista de medicina, com participação de Eduardo Krieger e Glacy Zancan, com o tema “que pesquisador nós queremos?” Valorizou que estudos dessa natureza tenham sido (e sejam) feitos para a área de química e física, especialmente devido às peculiaridades de ambas. Alegou que são estudos como esses que vão promover a articulação necessária em termos de envolver instituições, de diferentes regiões e percepções, desembocando nos seguimentos que irão preparar os recursos humanos para a indústria. Relatou uma iniciativa da Capes com esse mesmo intuito. Quanto à meta “6”, disse ter observado a participação restrita do Fórum no seminário de desenvolvimento do Nordeste, integração entre as políticas de Ciência e Tecnologia e desenvolvimento regional. O Fórum inclui as estaduais; a Andifes, só as federais. Relatou que o vicepresidente da Andifes, reitor da UFS, José Fernandes de Lima, participou na abertura, mas não esteve presente durante as discussões. Esta e outras ausências foram indicadas como prejudiciais à abrangência desse coletivo pois a oportunidade de discussão se esvai se os principais atores não participam. Reiterou que o Centro cumpriu as metas e os conteúdos em discussão geram oportunidades para as ações de 2004. Eduardo Krieger ressaltou a importância de se discutir o Centro em relação às atividades de 2004 e também abordar a questão do papel da instituição diante do que está acontecendo no país, o que se prevê para a primeira reunião, em fevereiro de 2004. Comentou que o Brasil ainda está muito jovem na construção de ciências, tecnologia e inovação, o que ficou claro por ocasião da realização da Conferência Nacional de CT&I, o que foi exemplificado com o papel da Capes em triplicar, a cada dez anos, o número de doutores: “de 500 passaram para 1.500; depois 4.500 e, no ano passado, 6.200, o que indica o alcance da meta estabelecida pelo ministro de se chegar a 10 mil. A questão subseqüente a esse quantitativo, a seu ver, diz respeito ao aproveitamento desses profissionais, principalmente no setor produtivo, para que haja desenvolvimento e inovação. Comentou a mudança de governo e a evolução das percepções sobre o Centro, seu nicho específico de atuação e a necessidade de equacionamento diante da nova realidade. Descreveu a similaridade que se vê entre o Conselho do Centro e o CCT. Não considera, contudo, que haja duplicação de funções entre ambos, utilizando a ABC e SBPC como exemplo de parceiras, presentes nos fóruns em que se discute CT&I. “O que falta neste país é gente pensando em estratégias e, principalmente, que tenha a influência de fazer com que elas sejam implementadas”, comentou. Cumprimentou todos os participantes pela 8 400 401 402 403 404 405 406 407 408 409 410 411 412 413 414 415 416 417 418 419 420 421 422 423 424 425 426 427 428 429 qualidade dos trabalhos realizados no Centro. Houve consenso de que o item (6) fosse tratado na próxima reunião, conforme sugestão do presidente do Centro. Item (6) plano de ação para 2004 Foi remetido para a próxima reunião do Conselho. Item (7) contratação de auditoria externa para os procedimentos contábeis e financeiros do Centro Eduardo Krieger introduziu o item referente à contratação de auditoria externa para os procedimentos contábeis e financeiros do Centro. Sérgio Moreira interveio para dizer que sejam feitos os procedimentos de contratação de auditoria externa e preparação do material para a Secretaria Federal de Controle. Teceu comentários sobre as ações que serão propostas para 2004, ressaltando as novas parcerias do Centro. Disse que entraria em contato com o conselheiro Marco Guarita para obter proposições sobre esse tema. Eduardo Krieger concordou, dizendo tratar-se de um assunto estatutário, sujeito à aprovação do Conselho. Manuel Louzada pede que, caso acatada a sua sugestão, sejam estabelecidas as datas das reuniões. Eduardo Krieger sugere que isso seja feito em meados de fevereiro, nos dias 12 e 13. Evando Mirra agradece aos conselheiros pela “postura crítica, vigilante, solidária, com que se construiu um espaço político que foi precioso para que se fizesse essa caminhada, que se termina em um momento auspicioso, com perspectivas vigorosas e positivas para o ano que vem. A todos vocês um agradecimento especial e carinhoso, em particular, muito obrigado”, concluiu. Eduardo Krieger reiterou os cumprimentos do presidente do Centro, desejando a todos boas festas, e deu por encerrada a reunião. 9