8))7HUPRGLQkPLFD$SOLFDGDD$FLDULD (QWDOSLDGHUHDomRHGHVROXomR (QWDOSLDGH5HDomR Rea ções qu ím ica s sã o a com pa n h a da s, fr eqü en t em en t e, por efeit os t ér m icos. P a r a u m a r ea çã o qu a lqu er , a va r ia çã o de en t a lpia pode ser ca lcu la da com o: a A + bB= Aa B b ∆+ = + − D+ − E+ (1) A 298.15K e 1a t m t em -se: 298.15 ∆+ UHDFDR = + $298.15 − D+ $298.15 − E+ %298.157 % (2) Se A e B for em elem en t os pu r os em seu est a do est á vel a 298.15K, n a t u r a lm en t e t er em os: 298.15 .15 ∆+UHDFDR = + $298 % SRLV + $298.15 = + $6(5 = 0 H + %298.157 = +E6(5 = 0 Com bin a n do a s r ea ções (1) e (2) t em -se: ∆+ − ∆+ 298.15 = ∫F ! 298.15 G7 − D ∫F 298.15 G7 − E ∫F G7 = 298.15 ∫ ∆F G7 298.15 A UHJUD GH 1HZPDQ.RRS est a belece qu e pa r a sólidos e líqu idos, a va r ia çã o de cp n a r ea çã o é a pr oxim a da m en t e zer o (∆cp =0) e, n est es ca sos a va r ia çã o de en t a lpia da r ea çã o é pr a t ica m en t e in depen den t e da t em per a t u r a . É in t er essa n t e obser va r qu e qu a n do se em pr ega H SE R =0 com o est a do de r efer ên cia pa r a a s en t a lpia s, a en t a lpia da s su bst â n cia s, a 298.15K e 1 a t m é igu a l a va r ia çã o de en t a lpia de for m a çã o dest a s su bst â n cia s. Ma t em a t ica m en t e: 298.15 . ∆+ $298.15 = ∆+ $2 ,%298.15 % ,I = +$ % ,I "$# "# Reprodução proibida. © 1998 André Luiz V. da Costa e Silva r.1 04/2002 "$# 2-1 8))7HUPRGLQkPLFD$SOLFDGDD$FLDULD (QWDOSLDGHUHDomRHGHVROXomR E xem plifica n do com a r ea çã o de for m a çã o da sílica (SiO 2 ) t em os: Si+O 2 = SiO 2 H Si+H O2 ∆ Ht H (qu a r t zo L) H (qu a r t zo S) E n t a lpia de 1a t -g de Si+ 1 m ol de O 2 , com pa r a da com a en t a lpia do qu a r t zo (SiO 2 ). Not e a pequ en a va r ia çã o do ∆H com a t em per a t u r a (Regr a de Koop) E n t a lpia da s fa ses de equ ilíbr io do sist em a com post o de 1a t -g de Si+ 1 m ol de O 2 r efer ida a SE R. (Assu m in do qu e o ú n ico pr odu t o de oxida çã o seja qu a r t zo). O u so de t a bela s, t a m bém é con ven ien t e pa r a obt er os va lor es de va r ia çã o de en t a lpia a ssocia da a r ea ções qu ím ica s. É eviden t e qu e pa r a cá lcu los n ã o m u it o exa t os, o con h ecim en t o do ∆H 298.15 é su ficien t e. Reprodução proibida. © 1998 André Luiz V. da Costa e Silva r.1 04/2002 2-2 8))7HUPRGLQkPLFD$SOLFDGDD$FLDULD (QWDOSLDGHUHDomRHGHVROXomR OUT PUT F ROM T HERMO- CAL C 98. 6.10 12.21.32 Reaction: O2+SI=O2SI1 O2 stable as GAS SI stable as SI_S O2SI1 stable as QUARTZ *************************************************************** T Delta-Cp Delta-H Delta-S Delta-G (K) (Joule/K) (Joule) (Joule/K) (Joule) *************************************************************** 298.15 -4.78157E+00 -9.10857E+05 -1.82385E+02 -8.56479E+05 300.00 -4.63979E+00 -9.10866E+05 -1.82414E+02 -8.56141E+05 400.00 1.10080E+00 -9.11017E+05 -1.82889E+02 -8.37861E+05 500.00 4.99989E+00 -9.10704E+05 -1.82206E+02 -8.19601E+05 600.00 8.27139E+00 -9.10037E+05 -1.81000E+02 -8.01437E+05 700.00 1.13312E+01 -9.09056E+05 -1.79494E+02 -7.83411E+05 800.00 1.43531E+01 -9.07772E+05 -1.77784E+02 -7.65545E+05 848. ---- O2SI1 becomes QUARTZ_S2 ,delta-H = 732.20 900.00 7.72625E+00 -9.05921E+05 -1.75590E+02 -7.47891E+05 1000.00 7.77967E+00 -9.05147E+05 -1.74774E+02 -7.30373E+05 1080. ---- O2SI1 becomes QUARTZ_S3 ,delta-H = 2510.40 1100.00 8.72886E+00 -9.01835E+05 -1.71683E+02 -7.12983E+05 1200.00 8.60474E+00 -9.00967E+05 -1.70929E+02 -6.95853E+05 1300.00 8.40289E+00 -9.00116E+05 -1.70247E+02 -6.78795E+05 1400.00 8.14515E+00 -8.99289E+05 -1.69634E+02 -6.61801E+05 1500.00 7.84630E+00 -8.98489E+05 -1.69082E+02 -6.44866E+05 1600.00 7.51669E+00 -8.97720E+05 -1.68586E+02 -6.27983E+05 1686. ---- SI becomes SI_L ,delta-H = 50208.00 1700.00 9.24264E+00 -9.47167E+05 -1.97887E+02 -6.10760E+05 1800.00 9.27489E+00 -9.46241E+05 -1.97357E+02 -5.90998E+05 1900.00 9.29155E+00 -9.45313E+05 -1.96855E+02 -5.71288E+05 1995. ---- O2SI1 becomes QUARTZ_L ,delta-H = 10878.40 2000.00 2.11682E+01 -9.33446E+05 -1.90896E+02 -5.51654E+05 E xem plo: Ca lcu le o ca lor ger a do qu a n do 1kg de Si se oxida for m a n do SiO 2 a 1600 oC. A m a ssa a t ôm ica do Si é 28g/a t -g. E xem plo: Su pon h a qu e t odo o silício de 180t de gu sa (%Si=0.4) ca r r ega dos em u m con ver sor se oxida a silica a 1600 oC. 1RWD'HVSUH]HDHQWDOSLDGHVROXomRGR6LQR )H. Ca lcu le qu a n t a s t on ela da s de su ca t a de F e podem ser fu n dida s e a qu ecida s a t é 1600 oC com o “ca lor ” ger a do n est a oxida çã o. Su pon do o cp do fer r o líqu ido con st a n t e, ca lcu le qu a l ser ia o a u m en t o de t em per a t u r a do fer r o a pós a oxida çã o dest e silício. List e a s sim plifica ções n ecessá r ia s n est e cá lcu lo, e qu e da dos a dicion a is você gost a r ia de con h ecer pa r a poder ca lcu la r o m esm o pr ocesso em u m con ver sor . %DODQoR7pUPLFR Reprodução proibida. © 1998 André Luiz V. da Costa e Silva r.1 04/2002 2-3 8))7HUPRGLQkPLFD$SOLFDGDD$FLDULD (QWDOSLDGHUHDomRHGHVROXomR Ba la n ços sã o fer r a m en t a s im por t a n t es em en gen h a r ia (em con t a bilida de, t a m bém !). A ca r a ct er íst ica fu n da m en t a l pa r a a r ea liza çã o de u m ba la n ço é qu e som en t e gr a n deza s qu e se con ser va m podem ser su bm et ida s a u m ba la n ço. E n er gia e m om en t o, por exem plo, sã o exem plos de gr a n deza s qu e se con ser va m . Tem per a t u r a ou pr essã o, por ou t r o la do, sã o gr a n deza s qu e n ã o se con ser va m . O con ceit o de ba la n ço t ér m ico é a pr esen t a do desde m u it o cedo n o en sin o t ecn ológico, com o u m a decor r ên cia da pr im eir a lei da Ter m odin â m ica . Com o a en er gia se con ser va , é possível r ea liza r ba la n ço de en er gia . E m ger a l, som os a pr esen t a dos a u m a in t egr a çã o sim ples da expr essã o FS = GTS G7 = G+ G7 em qu e o ca lor específico (por gr a m a de su bst â n cia e n ã o m ola r ) é t om a do com o con st a n t e n o in t er va lo de in t egr a çã o e a expr essã o “clá ssica ” a ba ixo é obt ida . FS = GTS G7 = 72 72 72 G+ → ∫ GTS =∫ G+ = ∫ F S G7 71 71 71 G7 4S = ∆+ = F S ∫ G7 = F S ∆7 RX, 72 71 4′S = F S P∆7 Qu a n do n os defr on t a m os com sist em a s com plexos, em qu e n ã o podem os a ssu m ir qu e o ca lor específico seja con st a n t e, e em qu e ocor r em t r a n sfor m a ções de fa ses e r ea ções, fr eqü en t em en t e en con t r a m os sér ios pr oblem a s pa r a a plica r est a m et odologia . O exem plo a ba ixo a pr esen t a u m a pr opost a a lt er n a t iva , ba sea da n a fu n çã o en t a lpia . %DODQoR7pUPLFRGR&RQYHUVRU Um conversor se diferencia de um forno por não empregar nenhuma fonte externa de “calor”. O primeiro conversor comercialmente importante foi inventado por Bessemer, no final do século XIX. Como a única fonte de oxigênio em grandes quantidades, na época, era o ar, estes conversores insuflavam ar através do metal líquido, para convertê-lo em aço. Dois problemas interessantes ocorriam, associados a presença dominante do nitrogênio no ar: a) a dissolução de quantidades elevadas de nitrogênio no aço, com efeito significativo sobre as propriedades Reprodução proibida. © 1998 André Luiz V. da Costa e Silva r.1 04/2002 2-4 8))7HUPRGLQkPLFD$SOLFDGDD$FLDULD (QWDOSLDGHUHDomRHGHVROXomR mecânicas e b) perda térmica considerável, em função da necessidade de aquecer o nitrogênio que “atravessava” o processo. Um balanço térmico simples de um conversor pode ser formulado considerando: a) conservação de massa b) que a entalpia dos produtos é igual a entalpia da carga. 3HUJXQWDSDUDGLVFXVVmReFRUUHWRVXSRUTXHDHQWDOSLDGDFDUJDpLJXDODGRVSURGXWRV"4XDOD SUHPLVVDSDUDHVWDDILUPDWLYD4XDOLVDVFRUUHomR}HVQHFHVViULDSDUDXPSURFHVVRUHDO" Um balanço de massa precisa ser formulado para que se conheça as massas dos produtos. Naturalmente, além da condição da conservação de massa, outras condições devem ser estabelecidas. Se o processo de conversão fosse um processo que conduzisse ao equilíbrio termodinâmico, as demais condições poderiam ser definidas por este equilíbrio. Como o conversor não atinge equilíbrio termodinâmico, é necessário definir algumas relações “empíricas”. Um balanço simplificado pode ser obtido estabelecendo-se as seguintes condições: a) Todo o silício é oxidado a sílica. b) A quantidade de “FeO” na escória é o dobro da quantidade de sílica. c) Todo o carbono que é oxidado é oxidado até CO, não havendo pós-combustão, isto é não havendo formação de CO2. d) A presença e oxidação de Mn e P, principalmente, são ignoradas. e) A quantidade de CaO é calculada para garantir uma certa basicidade “binária”. (Isto é CaO/SiO2=3, por exemplo) Para formular um balanço de entalpia (ou qualquer balanço térmico) é necessário escolher uma temperatura de referência. No balanço simplificado proposto, a temperatura de referência escolhida é de 298.15K. Assim, os elementos puros, em sua fase estável a 298.15K e 1 atm, tem entalpia igual a zero nesta temperatura. Como conseqüência, a entalpia das substâncias, tais como os óxidos, a 298.15K será igual a sua entalpia de formação a esta temperatura. A entalpia a qualquer temperatura diferente será o resultado da integração do calor específico da fase em questão e da soma das variações de entalpia associadas as mudanças de fase. O livro BOF Steelmaking, fornece fórmulas que aproximam o valor de H(T)-H(298) para diversos elementos e substâncias a temperaturas inferiores a 1000 K e para temperaturas acima de 1400oC. Estas fórmulas podem ser empregadas para calcular as entalpias no balanço térmico (vide tabelas a seguir). Apenas no caso da CaO, sugere-se um procedimento diferente. Como não existe Ca puro no sistema, nem na carga nem nos produtos, pode-se adotar a entalpia da CaO a 298K como sendo igual a zero. Isto evita que se some um termo constante a entalpia da CaO carregada e da CaO que sai do conversor como parte da escória. 3HUJXQWD SDUD GLVFXVVmR4XDO VHULD R WHUPR D DGLFLRQDU D HQWDOSLD GD &D2 VH GHVHMiVVHPRV DGRWDU&DSXURVyOLGRD.FRPRWHQGRHQWDOSLDLJXDOD]HUR" ([HUFtFLR &RPR H[HUFtFLR IRUPXOH XP EDODQoR GH PDVVD H GH HQWDOSLD SDUD XP FRQYHUVRU XVDQGRSRUH[HPSORRSURJUDPD(;&(/HDVHTXDo}HVIRUQHFLGDVQDVWDEHODVDVHJXLU1HVWHEDODQoR 9HULILTXHTXDORHIHLWRGDVVHJXLQWHVYDULDo}HV([SOLTXHSRUTXHLVWRRFRUUH $XPHQWDUR6LGRJXVD $XPHQWDUGRPHVPRSHUFHQWXDOR&GRJXVD" $XPHQWDUR&GRDoRSURGX]LGR" $XPHQWDUDTXDQWLGDGHGHVXFDWDFDUUHJDGD" $XPHQWDUDEDVLFLGDGHGDHVFyULD" 'LPLQXLUDTXDQWLGDGHUHODWLYDGH)H2IRUPDGD" ([HUFtFLR Modificar o balanço, empregando a fórmula do BOF Steelmaking para incluir a formação de CO2. Modificações no balanço de massa: Reprodução proibida. © 1998 André Luiz V. da Costa e Silva r.1 04/2002 2-5 8))7HUPRGLQkPLFD$SOLFDGDD$FLDULD (QWDOSLDGHUHDomRHGHVROXomR b) Modificar o cálculo do peso de CO para incluir esta fração c) Incluir o cálculo do peso de CO2, considerando que você sabe quanto carbono foi a) transformado emIncluir CO2. um fator que definirá a fração de C que oxidará para CO. Modificações no balanço térmico: a) Incluir uma linha nas saídas para a entalpia do CO2 b) Modificar a equação da entalpia de saída do Fe para incluir este termo. Verifique agora o que ocorre quando a fração de CO2 formado aumenta. Reprodução proibida. © 1998 André Luiz V. da Costa e Silva r.1 04/2002 2-6 8))7HUPRGLQkPLFD$SOLFDGDD$FLDULD Reprodução proibida. © 1998 André Luiz V. da Costa e Silva r.1 04/2002 (QWDOSLDGHUHDomRHGHVROXomR 2-7 8))7HUPRGLQkPLFD$SOLFDGDD$FLDULD (QWDOSLDGHUHDomRHGHVROXomR Table 13-3 BOF Steelmaking, ISS-AIME, 1982, vol II, pg 855 Enthalpy Changes Due to Temperature 298 to 1000K 1400 to 2000K Mean specific H1000-H298 HT-H298 = A + BT,Kcal/Kg Material heat Kcal/Kg A B Al 0.390 274 - 7.2 0.2813 a Al203 0.261 183 - 8.4 0.3200 b C 0.335 235 -260.2 0.4812 c CO 0.264 185 -124.9 0.3043 d CO2 0.258 181 -147.4 0.3217 d CaC2 0.294 207 a CaCO3 0.262 184 e CaF2 0.244 171 - 12.4 0.3060 Ca0 0.210 147 -104.0 . 0.3200 b CaS 0.210 147 -104.0 0.3200 f Fe 0.148 104 - 46.3 0.1969 Fe3C 0.157 110 FeO 0.184 129 - 17.4 0.2366 Fe3O4 0.217 153 e Fe2O3fume 0.214 150 - 68.2 0.2173 Fe2O3slag 0.214 150 -114.5 0.3200 b FeSi 0.161 113 e H2 3.490 2450 -1582.7 3.9227 d H20 0.599 420 -330.8 0.6461 d L.O.I. 0.258 181 -147.4 0.3217 f MgO 0.268 188 + 5.0 0.320D b MgCO3 0.310 218 e Mn 0.155 109 - 34.3 0.2002 MnO 0.169 119 -167.6 0.3200 N2 0.261 183 -124.6 0.3016 d O2 0.241 170 -111.9 0.2768 d O 0.250 180 -108.0 0.3200 f P2 0.136 95 - 48.2 0.1431 d P205 0.251 176 -108.0 0.3200 f S2 0.133 93 - 47.5 0.1401 d Si 0.207 145 +369.7 0.2171 SiC 0.249 175 e SiO2 0.256 180 - 23.9 0.3200 b Remarks: a. completely oxidized in furnace b. liquid specific heat and heat of fusion estimated c. graphite d. gas e. decomposes in furnace f. estimated. Reprodução proibida. © 1998 André Luiz V. da Costa e Silva r.1 04/2002 2-8 8))7HUPRGLQkPLFD$SOLFDGDD$FLDULD (QWDOSLDGHUHDomRHGHVROXomR 9DULDomRGDV3URSULHGDGHVQR3URFHVVRGH0LVWXUD Qu a n do su bst â n cia s sã o m ist u r a da s, a s pr opr ieda des da m ist u r a obt ida QmR sã o, em ger a l, a com bin a çã o da s pr opr ieda des da s su bst â n cia s pu r a s pon der a da s pela con cen t r a çã o de ca da u m a da s fa ses. Ist o é, m esm o qu e n ã o se for m e u m a n ova su bst â n cia , a en t a lpia de u m a m ist u r a de 1 m ol de A e 1 m ol de B pode n ã o ser H A+H B . E st a é u m a ca r a ct er íst ica im por t a n t e do pr ocesso de m ist u r a , e n em m esm o o volu m e da m ist u r a pode ser con sider a do, sem pr e, com o Vm = VA+VB . E vidên cia s pr á t ica s dest e fa t o est ã o pr esen t es em obser va ções pr á t ica s com o a a bsor çã o de ca lor qu a n do dissolvem os sa l em á gu a , liber a çã o de ca lor qu a n do dissolvem os silício n o fer r o. E m con dições con t r ola da s é possível m edir a va r ia çã o de volu m e qu a n do se m ist u r a á lcool (a n idr o) a á gu a . É n ecessá r io, en t ã o, est a belecer XPDHVWUDWpJLDJHUDO qu e per m it a o cá lcu lo da s va r ia ções da s pr opr ieda des de u m sist em a , qu a n do o pr ocesso de m ist u r a ocor r e. Nos pr óxim os it en s, est a est r a t égia ser á a plica da pa r a a va r ia çã o de en t a lpia n o pr ocesso de m ist u r a . A est r a t égia , en t r et a n t o, é ger a l, e ser á u sa da , post er ior m en t e, pa r a t oda s a s dem a is fu n ções t er m odin â m ica s. E m a lgu n s pa ssos da a plica çã o da est r a t égia u t iliza r em os sist em a s bin á r ios, pa r a sim plifica r a s expr essões obt ida s. As r ela ções n ã o sã o lim it a da s a sist em a s bin á r ios. E xpr essões pa r a sist em a s m u lt icom pon en t es podem ser en con t r a da s em 'H+RII50DWHULDOV7KHUPRG\QDPLFV ou /XSLV&+&KHPLFDO7KHUPRG\QDPLFVRI0DWHULDOV en t r e ou t r os. 23URFHVVRGH0LVWXUD A va r ia çã o de u m a pr opr ieda de (n o ca so en t a lpia ) de u m sist em a pr odu zida a t r a vés da m ist u r a de u m a qu a n t ida de qu a lqu er de m oles de F espécies pode ser expr essa em for m a difer en cia l com o: ∂ +′ G+ ′ = ∑ G Q% % ' % ) & + ( * =1 ∂ Q , , -/. , ≠ P a r a sim plifica r (?) defin im os a s qu a n t ida des pa r cia is m ola r es: Reprodução proibida. © 1998 André Luiz V. da Costa e Silva r.1 04/2002 2-9 8))7HUPRGLQkPLFD$SOLFDGDD$FLDULD (QWDOSLDGHUHDomRHGHVROXomR ∂ + ′ +0 = ∂ Q02 14, 36,5 7/8 0 ≠ Desde qu e a pr essã o e a t em per a t u r a per m a n eça m con st a n t es. O su per scr it o é u sa do pa r a lem br a r qu e a pr opr ieda de em qu est ã o é ext en siva , ist o é, depen de do t a m a n h o do sist em a . E st a equ a çã o per m it e ca lcu la r a en t a lpia de u m a solu çã o a t r a vés da som a da con t r ibu içã o de t odos os con st it u in t es da solu çã o sobr e su a en t a lpia . P a r a t a l, ba st a in t egr a r G+ a t é a qu a n t ida de t ot a l de solu çã o, com os n ú m er os de m oles cor r et os de ca da u m dos pa r t icipa n t es da solu çã o. E st a in t egr a çã o t em u m va lor ú n ico, pois a en t a lpia da solu çã o é u m a fu n çã o de est a do. E n t r et a n t o, o SURFHVVR PDWHPiWLFR GH LQWHUJUDomR pode ser r ea liza da de for m a s m a is sim ples ou com plica da s. O m a ior com plica dor é o efeit o de ca da elem en t o sobr e a s qu a n t ida des pa r cia is m ola r es pois: + L = I ( ; 1 , ; 2 , .... , ; Q − 1 ) P a r a sim plifica r o pr ocesso de in t egr a çã o, podem os escolh er u m ca m in h o n o qu a l a s con cen t r a ções ; 9 n ã o se a lt er em , ist o é, a en t a lpia da m ist u r a é ca lcu la da su pon do u m pr ocesso em qu e t odos os elem en t os sã o a dicion a dos, GHVGH R LQtFLR QD SURSRUomRILQDO da m ist u r a , de m odo qu e a s qu a n t ida des pa r cia is m ola r es n ã o se a lt er em . Assim : ∂ +′ + ′ = ∫ G+ ′ = ∫ ∑ G Q: = : :2 ;)<>= ∂ Q 0 =1 , , @>A = B ? ≠ = B = A ∫ ∑ + GQ = ∑ ∫ + GQ ? : ? : 0 =1 : : : : =1 0 Com o o ca m in h o de in t egr a çã o escolh ido é t a l qu e a s qu a n t ida des pa r cia is m ola r es (qpm ´s) n ã o va r ia m , a s in t egr a is sã o t r ivia is, obt en do-se: + ′ = ∑ + CD QC E C =1 E st e é u m r esu lt a do m u it o im por t a n t e, pois per m it e ca lcu la r a pr opr ieda de t ot a l da solu çã o, con h ecida s a s pr opr ieda des pa r cia is m ola r es. Reprodução proibida. © 1998 André Luiz V. da Costa e Silva r.1 04/2002 2-10 8))7HUPRGLQkPLFD$SOLFDGDD$FLDULD (QWDOSLDGHUHDomRHGHVROXomR $9DULDomRGDV3URSULHGDGHV Con h ecida s a en t a lpia da m ist u r a , podem os a gor a ca lcu la r a va r ia çã o da en t a lpia n a for m a çã o da solu çã o, em ger a l o r esu lt a do qu e n os in t er essa m a is dir et a m en t e. A en t a lpia dos elem en t os (ou su bst â n cia s) n ã o m ist u r a dos pode ser obt ida som a n do a s pr opr ieda des m ola r es dos elem en t os (ou su bst â n cia s) m u lt iplica dos pela qu a n t ida de de ca da u m n a m ist u r a . n3 n4 nT n1 n2 An t es da Mist u r a Após Mist u r a I + F ′GHF IJF KML = ∑ + F NPO L KRQ F QF A va r ia çã o de en t a lpia n a for m a çã o da m ist u r a pode en t ã o ser ca lcu la da com o: U U ∆+ ′ = + ′ − + S ′TMS UJS VW = ∑ + SX QS −∑ + S S =1 S U YPZ W VR[ QS = ∑ ( + S − + S S =1 =1 U YPZ W V\[ )Q S = ∑ ∆+ SX QS S =1 Obt ém -se a ssim a s t r ês equ a ções bá sica s qu e r ela cion a m pr opr ieda des pa r cia is m ola r es com pr opr ieda des t ot a is: G+ ′ = ∑ + ] G Q] ^ ] =1 + ′ = ∑ + _` Q_ a _ =1 Reprodução proibida. © 1998 André Luiz V. da Costa e Silva r.1 04/2002 2-11 8))7HUPRGLQkPLFD$SOLFDGDD$FLDULD (QWDOSLDGHUHDomRHGHVROXomR c 0= ∑ G+ bD Qb b =1 A ú lt im a da s r ela ções é a ch a m a da equ a çã o de Gibbs-Du h em e decor r e da s du a s pr im eir a s3RUTXH" E st a s r ela ções sã o vá lida s SDUD WRGDV a s pr opr ieda des da s m ist u r a s, pois a dedu çã o em pr ega da n ã o u t ilizou n en h u m a ca r a ct er íst ica da en t a lpia É con ven ien t e n or m a liza r est a s equ a ções SRU PRO GH VROXomR a t r a vés da divisã o por n T . Obt ém -se en t ã o: G+ = ∑ + d G ; d e d =1 + = ∑ + fg ;f h f =1 j 0=∑ G+ig ;i i =1 G∆+ = ∑ ∆+ k G ; k l k =1 ∆+ m = ∑ ∆+ no ;n p n p =1 0 = ∑ G∆+ nq ;n n =1 P or fim , é possível dedu zir fór m u la s qu e per m it a m a obt en çã o da s pr opr ieda des pa r cia is a pa r t ir da s pr opr ieda des t ot a is. No ca so bin á r io, por exem plo: ∆+ 2 = ∆+ r + (1 − ; 2 ) G∆+ r G; 2 Assim , dispom os a gor a , do “ fer r a m en t a l” t er m odin â m ico pa r a ca lcu la r o efeit o t ér m ico, por exem plo, do pr ocesso de m ist u r a de dois ou m a is Reprodução proibida. © 1998 André Luiz V. da Costa e Silva r.1 04/2002 2-12 8))7HUPRGLQkPLFD$SOLFDGDD$FLDULD (QWDOSLDGHUHDomRHGHVROXomR elem en t os. É im por t a n t e obser va r qu e h á du a s “ in t er pr et a ções” pa r a a s qpm ´s: a ) E feit o de u m a a diçã o in fin it esim a l de L sobr e a pr opr ieda de ext en siva do sist em a e b) E feit o da a diçã o de 1 m ol de L sobr e a pr opr ieda de ext en siva do sist em a qu a n do o sist em a é gr a n de o su ficien t e pa r a qu e est a a diçã o n ã o a lt er e sign ifica t iva m en t e a com posiçã o do sist em a . &iOFXORGRHIHLWRWpUPLFRGHDGLo}HV No cá lcu lo do ba la n ço t ér m ico do con ver sor , discu t ido a n t er ior m en t e, é eviden t e qu e o efeit o da va r ia çã o de en t a lpia a ssocia da a dissolu çã o (ou r em oçã o de solu çã o) dos elem en t os n o fer r o líqu ido (gu sa ou a ço) n ã o foi con sider a do. Da m esm a for m a qu e, qu a n do a dicion a m os á lcool a á gu a , a m bos a t em per a t u r a a m bien t e, ocor r e u m a va r ia çã o de t em per a t u r a , a s a dições r ea liza da s a o a ço líqu ido, por exem plo, ca u sa m efeit o t ér m ico n ã o som en t e por a bsor ver “ ca lor ” pa r a ser em a qu ecida s a t é a t em per a t u r a do a ço, m a s t a m bém devido a s in t er a ções a ssocia da s a o pr ocesso de dissolu çã o. O efeit o t ér m ico da a diçã o de u m a fer r o-liga a u m ba n h o de a ço en volve, por t a n t o: a ) a en t a lpia de dissocia çã o dos com post os even t u a lm en t e pr esen t es n a fer r o-liga , b) o ca lor sen sível pa r a a qu ecer os con st it u in t es da liga a t é a t em per a t u r a do a ço e c) a va r ia çã o de en t a lpia a ssocia da a dissolu çã o dest es elem en t os n o ba n h o. Um a da s est r a t égia s u t iliza da s pa r a ca lcu la r o efeit o t ér m ico dest a s a dições en volve o cá lcu lo dest a s pa r cela s, da segu in t e for m a : a ) Dissocia çã o dos com post os exist en t es a 298.15K, b) Aqu ecim en t o dos elem en t os pu r os de 298.15K a t é a t em per a t u r a do ba n h o. c) Dissolu çã o dos elem en t os n o ba n h o a t em per a t u r a do ba n h o. E xem plo: Ca lcu la r o efeit o t ér m ico da a diçã o de F e-Si com com posiçã o 50% a t . a o a ço pa r a a for m a çã o de a ço com 1% de silício em solu çã o: Qu a is os com post os exist en t es? P odem os exa m in a r o dia gr a m a F e-Si ou t a bela s de ∆H ou ∆G pa r a sa ber qu a is com post os exist em e qu a l su a en t a lpia de for m a çã o. Reprodução proibida. © 1998 André Luiz V. da Costa e Silva r.1 04/2002 2-13 8))7HUPRGLQkPLFD$SOLFDGDD$FLDULD (QWDOSLDGHUHDomRHGHVROXomR No ca so exist e o com post o F eSi(s), com os segu in t es da dos F e(bcc)+Si(dia )=F eSi(s) ∆H 298.15K =-79.5 ±3.3KJ /m ol [93Ku b] Os pr ocessos a con sider a r , sã o: F eSi(s)=F e(bcc)+Si(dia ) a 298.15K F e(bcc)→F e(l) 298.15K a t é 1600 oC Si(dia )→Si(l) 298.15K a t é 1600 oC F e(l)→F e(em solu çã o 1%a t .Si) a 1600 oC Si(l)→Si(em solu çã o 1%a t .Si) a 1600 oC Resu lt a n do em u m pr ocesso globa l: F eSi(s)= F e(em solu çã o 1%Si)+ Si(em solu çã o 1%Si) a 1600 oC P a r a ca lcu la r a s va r ia ções de en t a lpia n o pr ocesso de m ist u r a pr ecisa m os con h ecer a in da o com por t a m en t o da s liga s F e-Si. Reprodução proibida. © 1998 André Luiz V. da Costa e Silva r.1 04/2002 2-14 8))7HUPRGLQkPLFD$SOLFDGDD$FLDULD (QWDOSLDGHUHDomRHGHVROXomR Da dos de [93Ku b] ;6L 0 0,1 0,3 0,5 0,7 0,9 1 '+ - 0 -12761 -33388 -37865 -28032 -10250 0 '+6LTSP -PRO -131377 -125101 -81170 -27820 -5606 -376 0 -20000 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 -40000 -60000 -80000 -100000 -120000 -140000 Ca lcu la da a va r ia çã o de en t a lpia por m ol de F e-Si, podem os con sider a r qu e o ca lor específico da liga for m a da é a pr oxim a da m en t e igu a l a o do fer r o (46 J /a t -g K) e, a plica n do a P r im eir a Lei da t er m odin â m ica , ca lcu la r qu a l a va r ia çã o de t em per a t u r a do ba n h o por kg de fer r o-liga a dicion a da . Ma ssa a t ôm ica do F e 55.85, Si 28. 3DUDGLVFXVVmR Qu a is a s lim it a ções e a pr oxim a ções r ea liza da s n est e m ét odo de cá lcu lo? Com o ser ia possível m elh or a r a est im a t iva do ca lor cedido ou a bsor vido n a dissolu çã o de fer r o-liga s em u m ba n h o de a ço? Reprodução proibida. © 1998 André Luiz V. da Costa e Silva r.1 04/2002 2-15 8))7HUPRGLQkPLFD$SOLFDGDD$FLDULD (QWDOSLDGHUHDomRHGHVROXomR Um t r a t a m en t o a lt er n a t ivo do pr oblem a a t r a vés de u m pr ogr a m a qu e ca lcu le a s pr opr ieda des t er m odin â m ica s de difer en t es sist em a s pode ser em pr ega do, t a m bém . Ca lcu la -se em pr im eir o lu ga r a en t a lpia de, por exem plo, 1kg de F e-liga Output from POLY-3, equilibrium number = 1 Conditions: T=298.15, P=100000, X(SI)=5E-1, B=1000 DEGREES OF FREEDOM 0 Temperature 298.15, Pressure 1.000000E+05 Number of moles of components 2.38287E+01, Mass 1.00000E+03 Total Gibbs energy -9.39930E+05, Enthalpy -7.57901E+05, Volume 0.00000E+00 Component FE SI Moles W-Fraction Activity Potential Ref.state 1.1914E+01 6.6538E-01 1.4522E-13 -7.3280E+04 SER 1.1914E+01 3.3462E-01 1.0399E-01 -5.6111E+03 SER FE1SI1#1 Status ENTERED Driving force 0.0000E+00 Number of moles 2.3829E+01, Mass 1.0000E+03 Mass fractions: FE 6.65380E-01 SI 3.34620E-01 Ca lcu la -se a segu ir a en t a lpia de, por exem plo, 1 t de F e pu r o: Output from POLY-3, equilibrium number = Conditions: T=1873, P=100000, X(SI)=0, B=1000000 DEGREES OF FREEDOM 0 1 Temperature 1873.00, Pressure 1.000000E+05 Number of moles of components 1.79061E+04, Mass 1.00000E+06 Total Gibbs energy -2.04946E+09, Enthalpy 1.34867E+09, Volume 1.43223E-01 Component FE SI Moles W-Fraction Activity Potential Ref.state 1.7906E+04 1.0000E+00 6.4283E-04 -1.1446E+05 SER 1.7906E-26 5.0290E-31 3.6439E-36 -1.2708E+06 SER LIQUID#1 Status ENTERED Driving force 0.0000E+00 Number of moles 1.7906E+04, Mass 1.0000E+06 Mass fractions: FE 1.00000E+00 SI 5.02901E-31 Ca lcu la -se a m a ssa t ot a l do sist em a a ço m a is fer r o-liga , e a en t a lpia do n ovo sist em a , som a n do a s en t a lpia s da s pa r t es. Ca lcu la -se a t em per a t u r a pa r a a qu a l est e sist em a est á em equ ilíbr io (fixa da s a s qu a n t ida des de m a t er ia l e a en t a lpia do sist em a ) Output from POLY-3, equilibrium number = 1 Conditions: P=100000, B(FE)=1000665, B(SI)=334, H=1.3478E9 DEGREES OF FREEDOM 0 Temperature , Pressure 1.000000E+05 Reprodução proibida. © 1998 André Luiz V. da Costa e Silva r.1 04/2002 2-16 8))7HUPRGLQkPLFD$SOLFDGDD$FLDULD (QWDOSLDGHUHDomRHGHVROXomR Total Gibbs energy -2.05277E+09, Enthalpy 1.34780E+09, Volume 1.43302E-01 Number of moles of components 1.79299E+04, 1.00100E+06 Component Moles W-Fraction ActivityMass Potential Ref.state FE 1.7918E+04 9.9967E-01 6.4399E-04 -1.1437E+05 SER SI 1.1892E+01 3.3367E-04 6.5671E-09 -2.9327E+05 SER LIQUID#1 Status ENTERED Driving force 0.0000E+00 Number of moles 1.7930E+04, Mass 1.0010E+06 Mass fractions: FE 9.99666E-01 SI 3.33667E-04 Obser va -se a t em per a t u r a ca lcu la da . E st e é o efeit o de 1kg de F e-liga em 1t de a ço. Reprodução proibida. © 1998 André Luiz V. da Costa e Silva r.1 04/2002 2-17