Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra Sociedade da Informação Ana Mafalda Falcão Silva Dezembro de 2007 Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra Sociedade da Informação Trabalho elaborado para a disciplina fontes de informação sociológica, leccionada pelo docente Doutor Paulo Peixoto. Trabalho realizado por: Ana Mafalda Castro Falcão Figueiredo Silva Numero de aluno: 20070901 Dezembro de 2007 INDICE: 1. INTRODUÇÃO ........................................................................ 1 2. DESENVOLVIMENTO ........................................................... 2 2.1. Em que consiste a sociedade da informação? ..................... 2 2.1.1. Aspectos positivos e negativos …………………….... 3 2.2. A sociedade da informação e as relações sociais dos indivíduos................................................................................... 5 2.3. Quem tem acesso à Internet? .............................................. 8 2.4. A info-exclusão................................................................. 11 3. Descrição detalhada da pesquisa............................................. 12 4. Avaliação da página da Internet.............................................. 14 5. Ficha de Leitura ...................................................................... 16 6. Conclusão................................................................................ 19 7. Referências Bibliográficas: ..................................................... 19 Anexo I – Página da Internet Avaliada Anexo II – Capítulo utilizado para a realização da ficha de leitura. 1. INTRODUÇÃO Com este trabalho, subordinado ao tema “Sociedade da Informação”, pretendo reflectir acerca das novas tecnologias que se encontram presentes no dia a dia de cada indivíduo e que há muito se tornaram essenciais e indispensáveis na sociedade na qual estamos inseridos. É objectivo deste trabalho analisar se a sociedade de informação em que todos nos encontramos pode de alguma forma danificar as relações sociais, mais concretamente dentro do agregado familiar. Poderemos afirmar que com as novas tecnologias (que permitem novas formas de informação, comunicação e entretenimento) as pessoas se isolam, ou pelo contrário, comunicam mais? Será que os novos meios de comunicar diminuem a afectividade entre as pessoas e o seu contacto com familiares e amigos uma vez que é fácil estabelecer contactos com outras pessoas via internet ou telemóvel? Ou dar-se-á o caso de as constantes evoluções da técnica serem apenas positivas e não terem qualquer impacto negativo nas relações interpessoais? Estas questões, entre outras, serão tidas em conta no decorrer deste trabalho para chegar a uma conclusão. Terá mais aspectos negativos ou positivos a sociedade da informação da qual fazemos parte? Para além de esclarecer a relação existente entre a sociedade da informação e as relações sociais, tenciono mencionar os meios de comunicação mais usados pela população portuguesa, o telemóvel, a televisão e em especial a internet, para observar quais os efeitos que estes têm no dia a dia das pessoas, nas actividades que desempenham e na relação com a família e amigos. E ainda dar a conhecer quem são os indivíduos que têm acesso à informação e aos meios de chegar à mesma. Quem são as pessoas que não têm acesso às novas tecnologias e porquê? As novas tecnologias serão democráticas e chegam a toda a população ou servem para criar uma barreira entre aqueles que podem aceder facilmente às novas tecnologias e os ditos “excluídos”? Poderá afirmar-se que a sociedade da informação só traz benefícios ao Homem, tornando mais cómoda a sua vida, ou será que esta comodidade tem custos? Estaremos todos inseridos neste novo conceito de sociedade? 1 2. DESENVOLVIMENTO 2.1. Em que consiste a sociedade da informação? O conceito de sociedade de informação surgiu dos trabalhos de Alain Touraine e Daniel Bell em finais dos anos 60 e inicio dos anos 70, sobre a influência dos avanços tecnológicos nas relações de poder, identificando a informação como ponto central da sociedade contemporânea (Gouveia 2004). Nas palavras de José Amado da Silva (2001): É uma nova forma de organização social, proporcionada pelas novas características da informação — cara de produzir, mas de reprodução desenvolvimento muito das barata, graças Tecnologias de ao enorme Informação e Comunicação. Esta característica repassa toda a sociedade, reclamando novos modos de expressão da cidadania, da relação interpessoal e interinstitucional, da expressão cultural e, naturalmente, da organização económica e do governo. A sociedade de informação é aquela onde se faz uso das tecnologias de informação e comunicação (TIC) para fazer a troca de informação digital entre indivíduos e assegurar a comunicação entre estes. Nesta são usados com frequência e abundância os meios de comunicação electrónicos, o telemóvel, a rádio, a televisão, a televisão por cabo, o computador, a internet, entre muito outros instrumentos que permitem às pessoas informarem-se e entrarem em contacto umas com as outras, para além de uma grande multiplicidade de actividades que estão inerentes a estes mecanismos. Nesta sociedade a informação chega a todo o lado com enorme rapidez e é difícil ficar fora dela, sendo que os meios de informação são cada vez mais abundantes e todos difundem informação, por vezes, em directo. Hoje há a possibilidade de se assistir em directo a acontecimentos que se passam do outro lado do mundo. Estas tecnologias não transformam a sociedade, mas integram-se no dia a dia dos indivíduos, modificando os seus hábitos, as suas actividades, a forma de comunicar ou 2 trabalhar… no seu quotidiano as pessoas utilizam as tecnologias para desempenhar as mais diversas e simples tarefas, sendo que estas apresentam funcionalidades apropriadas para o trabalho e também para o lazer. A sociedade da informação caracteriza-se acima de tudo pela partilha de dados e pelo acesso à informação a baixos custos, onde a mesma informação, a comunicação e a transmissão de dados é feita com enorme velocidade e facilidade. 2.1.1. Aspectos positivos e negativos Esta nova forma de comunicação, informação, partilha de dados, etc. que evita a exclusão social por colocar os indivíduos em contacto com o mundo com um simples “clic”, permite manter o contacto com quem está mais longe e realizar todas as actividades possíveis e imaginárias. Hoje a internet permite entrar em contacto, em directo, com pessoas que estão longe, permite ter acesso a notícias de todos os acontecimentos à escala mundial, conhecer outras pessoas e para além disso ainda permite realizar actividades lúdicas, efectuar actividades profissionais, fazer compras, pagar todo o tipo de despesas, entre muitas outras acções. A distância deixa assim de ser um problema para a comunicação, hoje efectuam-se ligações entre as pessoas a grandes distâncias e a internet permite que as pessoas conversem e se vejam, por muito longe que se encontrem uma da outra. Há algum tempo atrás as pessoas tinham grandes dificuldades em comunicarem quando estavam longe, mesmo que fossem pequenas distâncias, e não se fazia a menor ideia do que acontecia noutras partes do mundo. O telefone era reservado só para os mais abastados, e outros meios como o telemóvel ou a internet eram inexistentes e inimagináveis. Em pouco tempo tudo mudou, a grande dificuldade que havia em obter uma informação ou contactar com pessoas que estavam longe desapareceu, sendo substituída pela facilidade de comunicação, possibilitada por imensos meios. Neste aspecto encontram-se factos inegavelmente benéficos para os indivíduos. Por isso é que a importância dos media nos nossos dias é um facto iniludível e o reconhecimento dessa importância apresenta-se tanto mais facilitado quanto as sociedades humanas atingem níveis mais elevados de desenvolvimento Esteves (2003). A internet possibilita a informação e a instrução, isto leva ao desejo de mais 3 informação, tal como o conhecimento gera o desejo de mais conhecimento. Uma população mais informada e mais instruída tem aspirações diferentes, incluindo a aspiração de saber mais Gouveia e Gaio (2004). Por outro lado a sociedade da informação também tem o seu lado negativo, mesmo com a redução dos custos de acesso aos meios de comunicação, há ainda quem não tenha possibilidades de os utilizar em pleno, pessoas com poucos rendimentos ou com pouca instrução não reúnem as condições necessárias para fazerem uso da internet ou do computador como os restantes indivíduos. As pessoas com poucos rendimentos não estão dispostas a utilizar o seu dinheiro em bens supérfluos como a internet ou o computador, quando lhe faltam bens essenciais. O mesmo acontece com as pessoas com mais idade que não acompanharam desde cedo as novas tecnologias e não fazem ideia de como fazer uso delas. Para além dos idosos, há pessoas com baixos níveis de escolarização que não têm formação necessária para usar a internet. A estas pessoas juntam-se ainda pessoas com deficiências de alguns níveis que as impedem de aceder a estes meios tecnológicos. Por isto é impossível afirmar-se que a internet e os restantes instrumentos tecnológicos tenham apenas um carácter positivo ou negativo, podem apontar-se vários aspectos negativos que este meio implica, no entanto é indiscutível os benefícios que este meio pode trazer ao individuo e à própria sociedade. 4 2.2. A sociedade da informação e as relações sociais dos indivíduos A tecnologia é considerada por muitos, ainda nos dias de hoje, um obstáculo ao desenvolvimento das relações humanas e um factor de aumento do isolamento do indivíduo. Muitos avaliam a sociedade da informação como principal causa da deterioração da relação e dos valores humanos. Para estes as tecnologias apresentam poucos ou nenhuns benefícios, provocam a solidão e o isolamento dos seus utilizadores, vindo posteriormente a danificar as relações individuais. Mas será que isto acontece assim? A tecnologia terá tantas desvantagens? Outros afirmam que as novas tecnologias permitem conjugar várias formas de comunicação sendo isto benéfico para as relações individuais. Defendem que as pessoas não alteram os seus hábitos comunicacionais e relacionais por serem utilizadores dos instrumentos tecnológicos. No caso especial da internet, há diversas opiniões, não há consenso, muitos defendem que a internet afasta as pessoas da família e amigos e contribui para o isolamentos, outros consideram que pelo contrário este meio de comunicação abre muitos horizontes aos seus utilizadores e que lhes permite, precisamente, não se afastar das pessoas, pelo que pode interagir até com aquelas que estão mais longe, o que permite concluir que a internet pode ter o efeito de reunir ou reforçar as relações sociais de dois espaços físicos (Cardoso et al. 2007). De acordo com Gustavo Cardoso et al. (2005), a internet tem aspectos, muito positivos e não há um abandono das actividades habituais nem da convivência com a família e amigos por parte dos cibernautas. A internet tem assim o efeito de permitir a comunicação à distância e de diminuir o sentimento de solidão e isolamento, na medida em que há possibilidade de entrar em contacto com pessoas que estão do outro lado do mundo, em qualquer sítio, desde que se esteja ligado à internet. O uso de instrumentos tecnológicos está por vezes ligado ao facto das famílias se reunirem poucas vezes, e por vezes à deterioração das relações sociais dentro do agregado familiar. No entanto com facilidade se observa que esta não é a causa para a pouca afectividade nem para o afastamento das pessoas, a introdução do uso da internet na vida da maioria dos indivíduos não altera as relações das pessoas dentro do agregado familiar, as pessoas continuam a encontrar-se regularmente, pelo que os utilizadores continuam a jantar todos os dias com todos os membros do agregado familiar, a conversar com os filhos e a conviver com a família, segundo Cardoso et al. (2005). 5 Verifica-se ainda nos portugueses um contacto forte com os seus progenitores, e os cibernautas não são excepção, uma vez que não diminui a frequência com que falam com os seus pais em relação aos não utilizadores da internet. Fora do agregado doméstico as relações com a família verificam-se igualmente satisfatórias tratando-se de utilizadores ou não. De facto o avanço das tecnologias de informação e comunicação fez surgir novas formas de interacção humana, por vezes mais simples e económicas. A tecnologia digital permitiu o agrupar de todos os tipos de mensagens, incluindo o som, imagens e informação, formou-se uma rede que era capaz de comunicar com os seus nós sem utilizar centros de controlo. A Universalidade da linguagem digital e a pura lógica do trabalho em rede do sistema de comunicação criavam as condições tecnológicas para a comunicação horizontal e global (Castells 2005). Esta evolução eliminou algumas barreiras como a distância, o tempo, etc. na comunicação entre as pessoas. Na verdade a forma simples de comunicar através destes instrumentos tecnológicos impede o contacto físico entre as pessoas, mas o contacto verbal fica assim mais facilitado, sendo que, falar com amigos ou familiares torna-se assim mais simples e rápido, o que pode favorecer a comunicação, porque em casa, cada indivíduo pode estabelecer uma ligação para vários locais do mundo. Para além disto, o contacto virtual não implica necessariamente uma diminuição do contacto ao vivo com as pessoas e até de encontros com as mesmas, não significa que o contacto físico acabe. Desta forma, as relações sociais podem até ser consolidadas com a conjugação destes vários tipos de comunicação. Contudo, na impossibilidade de se encontrarem, as pessoas podem usar meios como o telemóvel e a internet para entrarem em contacto umas com as outras. É impossível tomar uma posição acerca das consequências da utilização dos meios de comunicação nas relações inter-pessoais, existem aspectos negativos e positivos. Por um lado a interacção pessoas e o contacto físico são muito importantes e numa comunicação virtual são quebrados, nesta ficam de fora os gestos, as expressões faciais, o tom de voz, entre outros aspectos simples, mas muito importantes na comunicação entre duas pessoas. Sem dúvida que o contacto pessoal, ao vivo, é muito mais gratificante para o indivíduo, a afectividade é maior e até um simples diálogo é favorecido neste tipo de interacção. Por outro lado a comunicação através dos instrumentos tecnológicos também tem aspectos positivos, o contacto é feito de forma fácil e rápida, permitindo ligação a pessoas que estão longe e que por outro meio, por vezes, não seria possível; pela distância que separa as pessoas, pela despesa elevada que 6 essa comunicação por telefone ou ao vivo implicam, etc. a internet, por exemplo, torna possível e fácil a comunicação que por outros meios seria mais difícil. Os meios tecnológicos podem ser assim saudáveis quando conjugados com uma interacção ao vivo com as pessoas. 7 2.3. Quem tem acesso à Internet? De facto nem toda a população portuguesa tem acesso aos meios de comunicação e às novas tecnologias que hoje fazem parte da vida de todas as pessoas. Muitas pessoas estão excluídas do acesso à sociedade da informação, umas porque não têm possibilidade para o fazer, outras porque simplesmente não querem aderir aos novos meios de comunicação e entretenimento. Neste trabalho serão focados os principais meios existentes nos dias de hoje, o telemóvel, a televisão e essencialmente a internet. Estes três meios de comunicação são considerados essenciais ao quotidiano das pessoas nos dias de hoje, mas será que estão acessíveis a toda a população de igual forma? A televisão, como meio de comunicação mais antigo, dos três referidos, é um daqueles a que a maioria das pessoas tem acesso, faz parte da vida das pessoas há alguns anos e são raros os indivíduos que não a utilizam. Segue-se o telemóvel, o qual, hoje em dia, é comum ser utilizado por todas as pessoas. Nos dias de hoje são raras as pessoas que não têm televisão em casa e que não têm pelo menos um telemóvel. Já a internet não é tão democrática como isso, isto é, a internet ainda não é acessível a todos, há muitas pessoas que não sabem como funciona a internet, outras não têm condições financeiras para possuir ligação à internet… Segundo informações da UMIC (2003) metade da população usa computador, no entanto, destes 53% só 46% das famílias têm computador em casa. As famílias explicam o facto de possuírem computador com a importância deste para a educação dos filhos e a sua utilidade para trabalharem; as que não possuem, dão na sua maioria justificações como o custo elevado do computador e a pouca utilidade que este possa ter em casa. No que diz respeito ao uso da internet, pode afirmar-se que quase metade da população a utiliza, para diversos fins, como enviar e receber e-mail, efectuar downloads de jogos, filmes e música, para trabalhar, para estudar e fazer pesquisas. Nem todas as pessoas têm ligação à internet em casa, muitas delas consideram desnecessário, sendo que podem aceder à internet em locais públicos, muitas vezes de forma gratuita (espaços internet), já que o custo de ligação à internet é elevado para os rendimentos de alguns. Já as pessoas que têm acesso em casa dão como justificação o facto de esta ligação ser útil para a formação dos filhos, para trabalhar e até para se manterem informadas. 8 Há muitas causas para as pessoas não aderirem às novas tecnologias, começando pela idade, a maior parte dos idosos não acedem à internet, uma vez que esta é uma tecnologia sensivelmente recente que já não é acompanhada pelas pessoas mais velhas, principalmente as que nasceram antes de 1974, sendo que nasceram numa época em que a Democracia ainda não se encontrava em vigor e as tecnologias ainda não se encontravam tão desenvolvidas, hoje os indivíduos têm contacto com o computador e com a internet logo a partir do momento em que entram na escola primária. As pessoas mais velhas deparam-se ainda com outro problema, a sua formação é por vezes baixa e a sua capacidade e vontade de aprender mais não é suficiente, em alguns casos. Desta forma, os mais idosos não acedem à internet porque não sabem como o fazer e outros nem sabem que existe este mecanismo. Pelo contrário as pessoas nascidas depois de 1974 têm mais contacto com a internet uma vez que já nasceram num regime democrático, em que todos, ou quase todos têm maneira de aceder à internet, mesmo que seja só na escola, onde também recebem formação a este nível. Estas pessoas mais jovens são as que mais utilizam a internet, desde cedo têm acesso a este meio e por isso estão mais familiarizadas com este do que os mais velhos. Em Portugal, mais de 70% da população utilizadora da internet nasceu depois de 1974 (Cardoso et al. 2005). Para além disto há outros factos que distinguem quem utiliza mais e quem utiliza menos a internet, de que é exemplo o sexo, é um facto que os homens utilizam mais a internet do que as mulheres, o que não implica que as mulheres estejam afastadas da internet, pelo contrário. As mulheres ocupam um número crescente dos utilizadores da internet, embora o número de homens cibernautas continue a ser mais elevado. Ainda assim nos adolescentes esta diferença entre o sexo masculino e feminino é menos significativa, sendo que nesta idade há uma grande adesão à internet por ambos os sexos. Já nos indivíduos com mais idade esta diferença é muito evidente, as mulheres mais velhas que utilizam a internet são uma minoria. Temos ainda como factor importante da utilização da internet o nível de instrução. As pessoas com mais instrução (curso superior) são claramente as que mais acedem à internet, enquanto que as pessoas menos instruídas não têm tanto contacto com este instrumento tecnológico, devido aos poucos conhecimentos sobre este meio. Neste ponto volta a ser importante referir que as pessoas com mais idade se inserem no grupo das que têm menos conhecimentos acerca das novas tecnologias. Assim, a idade e o sexo assumem-se como as variáveis que mais contribuem para a explicação dos níveis de adesão à internet (Cardoso et al, 2005). 9 De acordo com a UMIC (2007), 90%, 81% e 24% das pessoas (de 16 a 74 anos) com, respectivamente, educação superior, secundária, e de 9º ano ou inferior, utilizam a Internet; a utilização do computador nos indivíduos com nível de educação superior, secundária e de 9º ano ou inferior é, respectivamente, 94%, 88% e 30%; 97% e 99% dos estudantes usam, respectivamente, Internet e computador; 77% dos agregados familiares com Internet estão ligados em banda larga; as actividades realizadas na Internet indicadas por mais utilizadores são as actividades de comunicação, interacção e colocação de conteúdos – correio electrónico (84%), chats, messenger e semelhantes (57%), colocação de conteúdos em sítios como hi5, Myspace, Youtube ou SapoVídeo (53%) , de pesquisa de informação sobre bens e serviços (83%), de consulta da Internet com o propósito de aprender (67%), de pesquisa de informação sobre saúde (45%), e de obtenção de informações de organismos da Administração Pública (42%); 67% das pessoas utilizam o Multibanco (o inquérito incluiu pela primeira vez dados sobre a utilização de Multibanco para comércio electrónico). As transacções de comércio electrónico pelo Multibanco realizadas por estas pessoas incluíram: carregamentos de telemóvel com saldo (76%), pagamentos de serviços de fornecimento de água, luz, telefone, TV cabo, etc. (57%), pagamentos de outras encomendas realizadas por outro meio que não a Internet (ex. compras por catálogo (14%), pagamentos de compras efectuadas através da Internet (10%), compra de bilhetes para espectáculos (9%), compra de bilhetes para transportes (9%); 94%, 88% e 30% das pessoas com, respectivamente, educação superior, secundária, e de 9º ano ou inferior, utilizam computador. As actividades que mais utilizadores realizam na Internet são de correio electrónico (84%), pesquisa de informação sobre bens e serviços (83%), consulta da Internet com o propósito de aprender (67%), chats, messenger e semelhantes (57%), colocação de conteúdos (53%), pesquisa de informação sobre saúde (45%). 10 2.4. A info-exclusão Este termo explicita a impossibilidade de aceder aos meios de informação e o desconhecimento dos mesmos. Segundo Castells (2004) o conceito de info-exclusão costuma estar ligado à desigualdade no acesso à internet. Na sociedade da informação é suposto que todas as pessoas estejam inseridas nela, acontece que há pessoas que não tem como integrar-se por não possuir o acesso às tecnologias de informação e comunicação, o que se deve a vários motivos, assim surgem os Info-excluidos. As duas principais razões pelas quais se dá a info-exclusão são a falta de instrução e conhecimento, que têm a consequência de não permitirem que as pessoas se adaptem aos meios de comunicação, pessoas sem instrução não conseguem dominar a forma de utilização da internet, por exemplo. Outro factor a ter em conta é a pobreza. Grande parte da população portuguesa não possui rendimentos suficientes para conseguir comprar um computador ou adquirir uma ligação à internet. Por muito que o preço dos computadores tenha baixado é evidente que numa família de fracos rendimentos (e frequentemente precários), não se vai gastar dinheiro em tecnologia, quando necessidades mais básicas como a habitação, alimentação e vestuário se impõem com maior premência (Mendes, 2002). Desta forma, quando as pessoas não têm rendimentos nem para assegurar as suas necessidades básicas, também não lhes é possível adquirirem os instrumentos necessários para se integrarem na sociedade da informação. Para além deste tipo de exclusão existe ainda outro, há pessoas com deficiências físicas às quais não está acessível a utilização de um computador e consequentemente da internet, disto são exemplos, a cegueira ou as deficiências motoras. Por outro lado, há pessoas com deficiências que podem ser beneficiadas com as tecnologias, é o caso do tele-trabalho que possibilita uma forma de trabalho permitindo uma posição activa na sociedade. 11 3. Descrição detalhada da pesquisa Assim que dei inicio à pesquisa para o meu trabalho, deparei-me com uma grande abundância de informação sobre esta temática, pelo que tive de seleccionar um dos muitos sub-temas que este tema abrange. Sociedade da informação pode dizer respeitos a muitas vertentes da nossa sociedade e eu decidi evidenciar em especial a internet e as consequências da sua utilização na sociedade actual, nas relações sociais e no facto de nem todas as pessoas terem acesso á internet. A maior dificuldade foi mesmo conseguir encontrar os pontos que iria salientar no meu trabalho. Comecei a minha pesquisa na internet, através do motor de busca Google, a partir das palavras-chave que já tinha seleccionado: sociedade da informação, desinformação, internet, a internet e as relações sociais, as relações interpessoais e a sociedade da informação, quem tem acesso á internet, info-excluidos. Através destas palavras-chave encontrei alguns sites que me foram úteis para a elaboração do trabalho. Para além deste utilizei ainda o twingine para solidificar a pesquisa que efectuara no Google. Efectuei também a minha pesquisa em alguns sites como o do instituto nacional de estatística (INE), no site do observatório da sociedade da informação da UNESCO, e também no site da …(UMIC) o qual escolhi para fazer a avaliação da página da internet. Outra página que me foi muito útil foi a wikipedia, onde encontrei diversa informação sobre o tema. Embora tenha encontrado muita informação na internet recorri também a livros, por considerar que estes são uma fonte mais credível e segura. Em primeiro lugar desloquei-me até à biblioteca do centro de estudos sociais (CES) onde realizei a primeira pesquisa e encontrei alguns livros úteis. No entanto a minha pesquisa foi sobretudo efectuada na biblioteca da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra onde encontrei a maior parte da informação utilizada neste trabalho. A esta biblioteca dirigi-me por diversas vezes para conseguir mais informação. De facto foi em livros que me baseei mais para fazer o trabalho, porque os autores parecem-me mais credíveis e foi onde encontrei mais informação de acordo com o meu tema. Para além disto, foi-me muito útil o site da cadeira de Fontes de Informação Sociológica e o meu caderno da disciplina, aos quais recorri sempre que tive alguma dúvida e por onde me guiei, sobretudo para efectuar a ficha de leitura, para avaliar a 12 página da internet e para fazer as referência bibliográficas, sobre as quais não dispunha de muitos conhecimentos. Considero que faltou na minha pesquisa, procurar informação em revistas científicas e jornais, que permitiriam ao meu trabalho ficar mais completo, no entanto julgo que a pesquisa por mim realizada foi suficiente para explorar o tema escolhido. É importante ainda referir que li os trabalhos dos alunos da cadeira de Fontes de Informação Sociológica do ano de 2006 que me ajudaram sobretudo a ter uma ideia sobre a dimensão que deveria ter o trabalho e de como o apresentar devidamente. 13 4. Avaliação da página da Internet Escolhi para avaliar a página da UMIC, Agência para a Sociedade do Conhecimento (http://www.umic.pt), pois considerei que este site falava de assuntos que estavam muito ligados com o tema que escolhi para o trabalho. Tive conhecimento da existência deste site através de um livro que li e que referia muitas vezes informação que tinha como origem este site e desde logo achei que era interessante para avaliar, pois tirei de lá alguma informação pertinente. Escolhi este site porque me pareceu fiável, e muito dentro do tema deste trabalho, para além de ser um instituto público que foca assuntos relacionados com a sociedade da informação, contendo actividades de divulgação, qualificação e investigação. O facto de ter encontrado alguns dados interessantes para o trabalho considerei que a página era a ideal para inserir num trabalho com este tema. Esta página é especializada na sociedade do conhecimento, tem tudo a ver com a sociedade da informação e tudo o que esta engloba. O seu público alvo são essencialmente os jovens que frequentam o ensino superior, sendo uma página que tem a ver com a ciência, a tecnologia, a educação e alguns projectos do interesse dos jovens que estão quase a chegar a uma etapa da sua vida em que vão procurar um primeiro emprego. É uma página actual, diz respeito a 2007 e os assuntos nela divulgados são assuntos que têm todo o interesse nos dias de hoje. Considero que esta página é muito completa e muito rica em informação, para além de ser de fácil consulta, tem todos os assuntos explícitos e acessíveis, tem todos os temas dos quais trata visíveis no inicio da página, na qual também apresenta algumas notícias interessantes sobre os temas que dizem respeito à sociedade do conhecimento. Não verifiquei qualquer erro ou informação repetida, parece-me que a informação é pertinente e cuidadosamente seleccionada de acordo com o tema. A informação presente nesta página é pertinente, fala de vários assuntos relacionados com o tema, apresenta dados estatísticos, notícias e ainda informação actual sobre assuntos que marcam a actualidade e dá a conhecer alguns dos acontecimentos importantes que irão realizar-se no âmbito do tema. A informação parece ser revelada de forma imparcial, não focando os assuntos numa só perspectiva, fundamentando as suas informações. A página socorre-se de fontes para legitimar a 14 informação nela contida, para além de estabelecer ligações a outras páginas que corroboram a sua informação. A partir desta página é possível aceder a páginas semelhantes e a organizações que têm informação complementar da informação presente na página. Na minha opinião a página é credível, uma vez que nos dão bastante informação sobre o site e sobre as pessoas responsáveis por ele. Mais do que isto, a página exerce a sua actividade sob a tutela e superintendência do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Os textos que se encontram nesta página, a meu ver são perfeitamente compreensíveis, em tudo o que li não encontrei qualquer erro ortográfico e é uma página gratuita o que faz dela acessível a todos. Por fim, mas também importante é o facto desta página ser agradável no que se refere ao seu aspecto estético, é simples, mas contem alguma cor e imagens que atraem os visitantes. 15 5. Ficha de Leitura O título desta publicação é “A Sociedade em Rede em Portugal”, da autoria de Gustavo Cardoso, António Firmino da Costa, Cristina Palma Conceição e Maria do Carmo Gomes. Foi um livro encontrado na biblioteca da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (cuja cota é 316.7 SOC), publicado em 2005, o local de edição é a cidade do Porto, sendo esta a primeira edição, da editora Campo das Letras. O capítulo alvo desta ficha de leitura é o capítulo 5: “Redes de Sociabilidade, internet e quotidiano”. Da autoria, mais uma vez, de Gustavo Cardoso, António Firmino da Costa, Cristina Palma Conceição e Maria do Carmo Gomes, com 10 páginas acerca das consequências da internet nas relações sociais nos dias de hoje. Algumas palavras-chave que podem ser encontradas neste capítulo são: internet, sociabilidade, contacto, comunicação, família, relações sociais, isolamento, redes sociais. Este livro insere-se na área científica de Sociologia e retrata a sociedade da informação, avaliando as suas consequências nas relações entre as pessoas, familiares, amigos, vizinhos, etc. Data de leitura: Dezembro de 2007 Neste capítulo os autores falam sobre a sociedade da informação e as relações sociais, mais concretamente, sobre a internet e o seu efeito nas relações entre familiares, amigos, vizinhos e dentro do agregado familiar. Segundo os autores, ao contrário do que é defendido por muitos, a internet não é nociva para as relações de sociabilidade dos indivíduos, ao contrário de contribuir para o isolamento das pessoas a internet consegue melhorar as relações sociais e não se verifica qualquer deterioração das relações interpessoais nos indivíduos utilizadores deste instrumento. As relações pessoais, com familiares, vizinhos e amigos, saem beneficiadas nos portugueses que assumem aceder à internet. Os portugueses utilizadores deste meio são 16 os que menos têm sentimentos de isolamento, depressão e desespero, ao mesmo tempo, continuam a prestar igual atenção à família quer faça ou não parte do agregado doméstico. De acordo com dados estatísticos o relacionamento dos utilizadores da internet com a família, vizinhos e amigos não sofre qualquer alteração devido ao uso deste meio. Os autores são explícitos no que diz respeito à sua opinião sobre a internet na vida dos indivíduos. Através de dados estatísticos mostram ao longo deste capítulo que a internet é benéfica para as relações sociais. (…) A internet tem o efeito notável de reunir ou reforçar as relações sociais de dois espaços físicos diferentes – o real e o virtual. O texto começa por abordar o estado emocional dos portugueses, o qual os autores concluem que é positivo, uma vez que segundo dados estatísticos os indivíduos utilizadores da internet demonstram ser os que se sentem menos isolados, deprimidos e desesperados. Posteriormente são focadas as relações de sociabilidade que os utilizadores estabelecem dentro do agregado familiar, com os vizinhos, amigos e familiares. Os autores afirmam, suportando a afirmação em dados estatísticos, que os portugueses utilizadores da internet continuam a desempenhar as suas funções de igual modo, que continuam a prestar atenção à família, dentro do agregado doméstico e que contactam regularmente os seus familiares, amigos e vizinhos, sendo este contacto feito pessoalmente, por via telefónica, e também via internet, embora com menor frequência. Este tipo de contacto tem vários motivos, o contacto com os amigos é um contacto que tanto se estabelece via internet, como pelo telefone, ou pessoalmente, enquanto que o contacto com familiares, principalmente os progenitores não é feito através da internet, mas sim pessoalmente ou via telefónica, sendo que estes já não são, na sua maioria, da geração da internet, pelo que não sabem como a utilizar. A internet é assim um meio mais utilizado por pessoas mais jovens, e mais à frente os autores referem os adolescentes como os maiores utilizadores da internet para contactar os amigos. Já o contacto com os vizinhos é estabelecido na maioria das vezes pessoalmente, uma vez que são aqueles que se encontram mais perto. Os autores acrescentam que à medida que a distância entre as pessoas é maior o meio de comunicação vai-se alterando, isto é, geralmente as pessoas que estão mais perto encontram-se pessoalmente, as que estão um pouco mais longe usam o telefone e as que se encontram a grandes distâncias são as que mais usam a internet. 17 De seguida os autores falam da questão do sexo nos utilizadores da internet. Conclui-se que nem todos os utilizadores comunicam da mesma forma com indivíduos do mesmo sexo e do sexo oposto, sendo que a internet é um meio facilitador do contacto com pessoas de outro sexo, uma vez que não é uma conversa ao vivo. Também se observa que as conversas via internet, com pessoas do sexo oposto são mais frequentes nos adolescentes do que nas restantes idades. O texto é concluído com a confirmação de que a internet não deteriora as relações sociais, pelo contrário fomenta-as por combinar duas formas de comunicação, a presencial e a virtual. Nas palavras dos autores: A internet é assim, em Portugal, tal como noutros locais do mundo, um instrumento da vida e das actividades quotidianas que em muitos casos reforça as relações sociais, em vez de enfraquecê-las. (página197) Na minha opinião este texto encontra-se muito bem elaborado, uma vez que os autores seguem um raciocínio lógico, sem nunca se afastarem da tese que defendem. Todo o texto está escrito com o objectivo de corroborar a ideia que o uso da internet é favorável às relações sociais e é neste sentido que o capitulo se desenvolve. Para além disto, o texto parece-me bastante credível, pois os autores demonstram as suas afirmações com dados estatísticos e quadros que ajudam na compreensão dos dados estatísticos que apresentam. Este texto é ainda muito útil a quem este interessado em analisar as consequências da utilização da internet nas relações entre os indivíduos. Considero que vale a pena ler este capítulo, pois é esclarecedor e contém a posição dos autores em relação a este tema de forma clara e devidamente justificada. A única crítica negativa que poderei apresentar acerca deste texto é o facto de os autores apenas abordarem uma face do problema, ou seja, apenas focam os aspectos positivos da utilização da internet, sem lhe apontarem qualquer consequência negativa. Será que o uso da internet só terá benefícios? 18 6. Conclusão Para concluir tenho a referir que foi muito interessante realizar este trabalho e que aprendi muito com ele, não só sobre o tema, mas sobre a elaboração de um trabalho académico. Senti algumas dificuldades na sua realização, foi difícil escolher o tema que iria abordar, dentro da sociedade da informação, depois deparei-me com imensa informação e foi-me difícil seleccionar a que era pertinente da que devia pôr de lado, mas as dificuldades que encontrei foram sobretudo na ficha de leitura. Em relação à sociedade da informação tenho a afirmar que não me arrependo de ter escolhido este tema, depois de o ter explorado considero que é um tema importante de analisar, uma vez que faz parte dos dias de hoje. A sociedade da informação engloba todas as pessoas, e mesmo aquelas que ainda não se integraram nesta e não aderiram às novas tecnologias não deixam de ser atingidas por se integrarem nesta sociedade. A sociedade da informação não é algo de que nos possamos afastar, ela instalou-se na vida das pessoas e é impossível não estar integrado nela. Pode concluir-se que sociedade da informação, no seu geral e depois de reflectir sobre o assunto, é muito importante nos dias de hoje, é impossível imaginar o mundo sem todos os mecanismos de informação de que dispomos. Não se concebe um mundo sem contacto com as pessoas que estão longe, ou sem saber o que se passa em todos os cantos do mundo. É por isso, que apesar de todas as suas consequências negativas eu posso afirmar que não são suficientes para anular as positivas. A sociedade da informação é, a meu ver, significado de desenvolvimento e progresso dos quais todas as sociedades necessitam. 19 7. Referências Bibliográficas: Cardoso, Gustavo; Costa, António Firmino; Conceição, Cristina Palma e Gomes, Maria do Carmo (2005), Sociedade em Rede em Portugal. Campo das Letras: Porto. Castells, Manuel (2004), A Galáxia Internet: Reflexões sobre internet, Negócios e Sociedade. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. Castells, Manuel (2005), A sociedade em rede. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. Esteves, João Pissarra (2003), “Sociedade da Informação e Democracia Deliberativa”, in João Pissarra Esteves (org.), Ciências da Comunicação: Espaço Público e Democracia. Lisboa: Colibri.169-205. Gouveia, Luís Borges; Gaio, Sofia (2004), Sociedade da informação: balanço e implicações. Porto: Universidade Fernando Pessoa. Gouveia, Luís Manuel Borges (2004) “Sociedade da Informação: Notas de contribuição para uma definição operacional”. Página consultada em 4 de Dezembro. http://www2.ufp.pt/~lmbg/reserva/lbg_socinformacao04.pdf Wikipedia (2007) “ Sociedade da Informação”. Página consultada em 4 de Dezembro. http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade_da_informa%C3%A7%C3%A3o Mendes, Ana (2002) “Os infoexcluídos e a Sociedade da Informação”http://www.setubalnarede.pt/content/index.php?action=articlesDetailFo&re c=9167 Silva, José Amado da (2001), “Os desafios da sociedade de informação”. Página consultada em 4 de Dezembro. http://www.janusonline.pt/2001/2001_1_2_7.html UMIC (2007), “Novos dados de inquéritos sobre a Sociedade da Informação em Portugal”. Página consultada em 8 de Dezembro. http://www.umic.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=2916&Itemid=161 Imagem da Capa: http://www.estudar.org/pessoa/internet/01internet/info.html Para realizar este trabalho consultei também, por diversas vezes, a página da disciplina. http://www.paulopeixoto.info/ 20